quarta-feira, 8 de maio de 2019

Lição 06 - 2º Trimestre 2019 - As Cortinas do Tabernáculo - Adultos.

Lição 6 - As Cortinas do Tabernáculo

2º Trimestre de 2019
ESBOÇO 
I – AS COBERTAS E AS CORTINAS DO TABERNÁCULO (ÊX 26.1-14)
II – AS CORTINAS DO PÁTIO DO TABERNÁCULO (ÊX 27.9-15)
III – AS CORES DAS CORTINAS DO TABERNÁCULO 
AS CORTINAS DO TABERNÁCULO
Elienai Cabral 
“Deus tomou coisas simples do Tabernáculo para compará-las com coisas celestiais a fim de que aprendamos verdades espirituais em linguagem figurada.” (Êx 26.1-14)
Num capítulo anterior, tratamos do cortinado do pátio do Tabernáculo, que cercava aquele lugar sagrado do povo de Israel. Alguns estudiosos fazem distinção entre o Santuário, que o veem como sendo o Lugar Santo, e o Tabernáculo como o hamiskhan de Yahweh, o Deus de Israel. Entretanto, toda a estrutura do Tabernáculo é, sem dúvida, o Santuário do Altíssimo. 
As cortinas internas e as externas do Tabernáculo foram feitas com especial primor e beleza para, em primeiro lugar, enaltecer a presença divina no Tabernáculo e, em segundo lugar, para dar um sentido de santidade aos serviços sacerdotais no seu interior. As cortinas externas eram para cobrir o Tabernáculo. Portanto, toda a sua estrutura teve o trabalho inspirado dos artesãos, os quais receberam de Deus todo o desenho do projeto do Tabernáculo para ser o lugar da habitação de Deus com o seu povo. Era ohamiskhan de Deus, que, em hebraico, significa “habitação, morada” de Deus no meio do seu povo.
Para que as cortinas pudessem ser armadas, toda a construção requereu uma base especial que incluía madeira e metais. A madeira era de cetim, serrada em tábuas lisas, as quais eram ligadas uma a outra e, em seguida, revestidas com ouro, sendo toda a base de sustentação de prata. 
Todo aquele lugar tornou-se santo, um lugar de habitação, uma morada especial para o Deus de Israel, que veio habitar numa “morada santa” com o seu povo. Como era uma habitação especial, todos os materiais utilizados no Tabernáculo tinham um significado especial e celestial, começando com a cobertura de cortinas internas e externas. 
Essas cortinas e cobertas feitas para o Tabernáculo eram figuras e tipos de Jesus Cristo, visto que cada elemento material tinha um tipo celestial e mostrava, numa linguagem figurada, algumas características da obra redentora de Jesus. Num sentido especial, Cristo tornou-se a nossa cobertura perfeita porque Ele cobriu o nosso pecado (ver Sl 32.1,2; Rm 4.6-8).
I – AS COBERTAS E AS CORTINAS DO TABERNÁCULO (ÊX 26.1-14)
A despeito dos detalhes especificados dos materiais e cores utilizadas para compor a estética do Tabernáculo, a construção tinha de ser de fácil montagem e desmontagem por causa das mudanças de locais na vida desértica de Israel. 
1. A Coberta Exterior
Qual a diferença das cortinas internas para as externas? A coberta exterior era rústica, contrastando com a beleza interior. Por isso, tanto as cortinas internas quanto as externas revelam tipologicamente a figura de Jesus, que, sendo Deus, “aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo” (Fp 2.6-8). Os olhos humanos não podiam vê-lo como Deus, e sim como “o filho do carpinteiro” (Mt 13.55). Ele, no entanto, era o Verbo (a Palavra viva) feito carne (Jo 1.14). 
Esta coberta era feita de peles de animais marinhos (texugos ou golfinhos) e não tinha beleza exterior que chamasse a atenção (ver Is 53.2). Simbolicamente, a cobertura exterior do Tabernáculo representava a humanidade de Jesus; por isso, sendo Deus fez-se carne (ver Jo 1.14). Uma das finalidades da coberta exterior era resistir às intempéries climáticas do deserto e, por isso, era rústica. Essa coberta tinha uma estrutura de madeira de cetim cortada em tábuas que servia para as partes internas e externas (Êx 26.15-30), a qual recebia uma lâmina de ouro que sustentava as peles estendidas sobre o Tabernáculo. As peles que ficavam por cima de tudo eram de um animal aquático identificado como texugo, mas, de fato, eram de foca ou golfinho. Quem olhasse para a Tenda do lado de fora nada veria de especial, porque essa coberta era parecida com a cor do deserto, ou seja, não tinha beleza alguma. Essa tenda é um tipo de Jesus quando se fez homem, cumprindo, assim, a profecia de Isaías 53.2: “Porque foi subindo como renovo perante ele e como raiz de uma terra seca; não tinha parecer nem formosura; e, olhando nós para ele, nenhuma beleza havia, para que o desejássemos”.
2. As Cortinas Internas
Indiscutivelmente, as cortinas internas do Tabernáculo feitas com linho retorcido branco, estofo azul, púrpura e carmesim revelavam, tipologicamente, o caráter de Jesus. O linho retorcido é um símbolo de justiça (ver Ap 19.8). Por baixo da primeira cobertura de peles, eram colocadas peles de carneiro tingidas de vermelho (ver Êx 26.14), que representam a Cristo em seu sacrifício na cruz do Calvário. A cor vermelha representa o seu sangue, que remiu nossos pecados. Ainda por baixo das peles de carneiro de cor vermelha, havia outras peles que eram de cabra, e eram brancas, sem ser tingidas (26.7-13), e elas falam da pureza do Senhor Jesus e da sua justiça perfeita para com os que confiam nEle e no seu sangue (ver 2 Co 5.21; Fp 3.9). Por último, havia uma quarta cortina que podia ser vista apenas do lado de dentro do Tabernáculo. Ela era feita de linho branco e fino com bordados das figuras de querubins (ver Êx 26.1-6) e tinha as cores de púrpura, escarlate e azul. A visão que se tinha dessa cortina interna lembrava o céu de glória. As figuras de querubins, impressas e bordadas naquela cortina, representavam tipos de seres angelicais que servem junto ao Trono de Deus. As cores eram branco, azul, carmesim e púrpura. As cortinas e cobertas do Tabernáculo significavam a morada de Deus e tipificavam o próprio Senhor Jesus, por cujas características a obra redentora de Cristo está expressa e que, em seu conjunto, nos fala claramente daquEle que é nossa cobertura perfeita, pois foi Ele quem cobriu o nosso pecado com seu sangue (ver Sl 32.1,2; Rm 4.6-8). O azul é a cor celestial, símbolo do céu; todavia, os fios entrelaçados de púrpura falam da realeza de Cristo, pois Ele é o Rei dos reis e Senhor dos senhores.
Texto extraído da obra “O TABERNÁCULO”, editada pela CPAD.
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Adultos. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

sexta-feira, 3 de maio de 2019

Lição 05 - 2º Trimestre 2019 - A Prisão - Primários.

Lição 5 - A Prisão

2º Trimestre de 2019
Objetivo: Conscientizar o aluno de que devemos ser fiéis a Deus, pois Ele sempre nos abençoa e é poderoso para mudar a situação mais difícil.
Ponto central: Deus sempre nos abençoa e é poderoso para mudar a situação mais difícil.
Memória em ação: “[...] O Senhor estava com ele e o abençoava em tudo o que fazia” (Gn 39.23b).
Querido (a) professor (a), a lição desta semana toca em algumas questões cruciais da vida cristã: a capacidade de permanecer fiel a Deus, embora as circunstâncias sejam contrárias; a importância e a necessidade de se oferecer o perdão ao outro e permanecer com o coração limpo. 
Certamente, até mesmo nós que já ouvimos a história de José dezenas de vezes, ainda temos muito que aprender com este jovem hebreu, que de traído, escravo e prisioneiro foi posto por Deus como governador da nação mais poderosa de sua era, o Egito, a fim de preservar a linhagem que séculos depois nos daria Jesus Cristo. 
Para auxiliar a preparação de sua aula lhe disponibilizamos o trecho abaixo com um panorama da vida de José para seu estudo e edificação.
JOSÉ
1. Décimo primeiro filho de Jacó, e primeiro filho com sua esposa favorita, Raquel, depois que sua irmã Leia já lhe havia dado seis filhos e uma filha. Estéril há muito tempo, e desejosa de ter filhos, Raquel chamou seu primeiro filho de José, em hebraico, yosep ou yehosep, que significa ‘Que Ele acrescente’; e como ela explica, ‘O Senhor me acrescente outro filho’ (Gn 30.24).
José era o único filho de Raquel na época do retorno da região de Harã à Palestina, e tornou-se o filho favorito de Jacó. Quando Jacó foi ao encontro de Esaú, colocou Raquel e José no lugar mais seguro da caravana. Esse favoritismo é comentado em Gênesis 37.3, como consequência da idade avançada de seu pai. José era um pastor, assim como seus irmãos, e provocou sua hostilidade ao relatar ao pai informações sobre a má conduta destes. Jacó demonstrou sua parcialidade dando ao filho um longo manto ornado com mangas (literalmente, um manto especial). É possível que aquele manto tivesse sido confeccionado sob encomenda, com um tecido colorido (cf. vestimenta dos asiáticos, mostrada no túmulo de Khumhotep II do Reino do Meio, em Beni Hasan). Esse presente indicava que Jacó pretendia fazer de José o seu principal herdeiro e, com isso, acirrou a ira de seus irmãos contra ele (37.4).
Após ser vendido como escravo pelos seus irmãos, sofrido todas as sortes de injustiças, Deus se lembrou de José e o elevou a governador do Egito. Anos depois, ele reencontra seus irmãos e se depara diante de tudo o que aconteceu com ele em anos anteriores. O resultado desse encontro é uma das narrativas mais belas da Bíblia.[...]
Por fim, José revelou sua identidade, e isso foi feito com uma considerável emoção de sua parte; ele chorou tão alto que todos os egípcios o ouviram (45.2; cf. 42.24; 43.30,31). Podemos observar claramente o sensível e compreensivo caráter de José pela segurança que deu aos irmãos, mostrando que os havia perdoado e estava preocupado com seu bem estar. Além disso, José viu a mão de Deus em sua carreira, pois Senhor o havia escolhido com a finalidade de preservar Israel através de sua pessoa (45.7,8). (PFEIFFER, Charles F. VOS, Howard F. REA, John. Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, p.1091).
O Senhor te abençoe e capacite. Boa aula! 
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Primários da CPAD

Lição 05 - 2º Trimestre 2019 - Ouvi Teu Chamado - Adolescentes.

Lição 5 - Ouvi o Teu Chamado 

2º Trimestre de 2019
OBJETIVOS
Compreender que Deus tem um chamado especial para cada um de seus servos;
Refletir a respeito da responsabilidade de ser um profeta de Deus;
Adquirir intimidade com Deus.
ESBOÇO DA LIÇÃO:
DEUS APARECE A SAMUEL
FALA, Ó SENHOR, QUE O TEU SERVO ESTÁ ESCUTANDO!
SAMUEL, UM PROFETA RESPEITADO EM ISRAEL
O PROFETA E O SEU MINISTÉRIO
O termo profeta é derivado do grego prophetes, “aquele que fala sobre aquilo que está porvir, um proclamador ou intérprete da revelação divina. Esse termo refere-se àquele que age como porta-voz de um superior. Pode, também, ser utilizado como sinônimo de “vidente” ou “pessoa inspirada” (Os 9.7; 1 Sm 9.9). O termo hebraico para profeta é nabi’ cujo o significado etimológico mostra uma força de autoridade representativa . Em Deuteronômio 1.18b Deus afirma que o profeta [nabi’] declarará tudo  que Ele ordenar. Em Êxodo 7.1 nabi’ [profeta] tem o mesmo valor semântico de representação de autoridade. Em outras passagens como Êxodo 4.15,16; Jeremias 1.17a; 15.19; a palavra nabi’ [profeta] aparece no contexto de um mensageiro que fala em nome de um superior. 
O ministério de profeta tem seu início em Moisés com a manifestação clara do exercício profético no arraial israelita (Nm 11.25,26). A concepção da instituição divina de ministério profético é ratificada em Deuteronômio 18.9-22, onde a contraposição entre profeta e prognosticadores (encantadores, mágico, etc.) é feita com a promessa do surgimento do grande profeta em Israel (vv. 15-22): Jesus Cristo (At 7.37,38). 
No período monárquico, em Israel, aparecia a primeira escola de profetas (1 Sm 10.5,10). Isso introduz o papel importante que o profeta exerceria no período monárquico. Ele seria consultado pelos os reis como representantes de Deus para com o povo. Este profeta falaria ao rei através dos oráculos. Esse período para os profetas, em Israel, é marcado por respeito e reverência por parte da nobreza e do povo (1 Sm 16.4,5).
No período da monarquia dividida, surge o então conhecido movimento de profetas em Israel que tecnicamente, em Teologia, é chamado de Profetismo. Esse movimento tinha o objetivo de restaurar o monoteísmo hebreu. Os profetas desse período combatiam a idolatria, denunciavam as injustiças sociais, proclamavam o Dia do Senhor com o objetivo de reacender a esperança messiânica no povo. Esse movimento iniciou em Amós encerrando, cronologicamente com Malaquias. Esse período, diferentemente do anterior, caracterizado pelo sofrimento e marginalização que os profetas eram condicionados a passar. De homens dignos de reverência passaram, os profetas, a homens “dignos” de tratamentos mais baixos possíveis. Isso porque a mensagem de tais profetas ia de encontro aos interesses escusos das lideranças religiosas e políticas de Israel e Judá (Hb 11.36-38). 
Professor, faça esse mapeamento a fim de introduzir os dados essenciais para compreender o início e o propósito do ministério profético em Israel no período do Antigo Testamento. Assim, será bem mais eficiente compreender o papel do profeta Samuel na nação de Israel. 
Boa Aula!
Referência Bibliográfica
Dicionário Wycliffe. Rio de Janeiro, CPAD. ANDRADE, Claudionor de. Dicionário Teológico. Rio de Janeiro, CPAD. 
Marcelo Oliveira de Oliveira
Editor da revista Adolescentes Vencedores 

Lição 05 - 2º Trimestre 2019 - O Sumo Sacerdote e os Sacerdotes - Juvenis.

Lição 5 - O Sumo Sacerdote e os sacerdotes

2º Trimestre de 2019
“Jurou o SENHOR e não se arrependerá: Tu serás um sacerdote eterno, segundo a ordem de Melquisedeque” (Sl 110.4).
OBJETIVOS
Compreender o conceito de sacerdote;
Refletir sobre a liderança sacerdotal;
Reconhecer a necessidade dos pré-requisitos para a liderança.
ESBOÇO DA LIÇÃO
1. QUEM É O SACERDOTE?
2. A FUNÇÃO SACERDOTAL NO JUDAÍSMO
3. PRÉ-REQUESITOS PARA O EXERCÍCIO SACERDOTAL
4. O SACERDÓCIO ETERNO DE CRISTO
Querido (a) professor (a), no próximo domingo vamos prosseguir com nosso estudo sobre liderança, desta vez analisando-a sob a perspectiva da instituição divina do sacerdócio.
Provavelmente o conceito, propósito e atribuições do sacerdote não estão claros para muitos alunos em sua turma. Portanto, é primordial antes de focar nos demais objetivos desta aula, esclarecer esses aspectos. Por isso, disponibilizamos aqui como subsídio um aprofundamento sobre o tema sacerdócio. 
Lembrando sempre o que vale para esta e todas as suas aulas: caso surja alguma dúvida em classe que você, mestre, não tenha estudado ou que não esteja totalmente convicto da resposta, seja franco com seus juvenis. A humildade e honestidade são lições que só podem ser ensinadas, tal como aprendidas, na prática. Quantas não são as vezes que, mesmo sem perceber, você está ensinando a seus juvenis sobre elas com suas atitudes?!  E dizer a verdade sempre, inclusive em aula quando não souber algo, é uma forma de ensinar essas que estão entre as mais importantes lições da vida.
Portanto, em caso de dúvida, não se preocupe, apenas comprometa-se a pesquisar e trazer uma resposta na próxima aula. Você pode até mesmo convidar a todos a te acompanharem nesta busca. Anote o lembrete em sua agenda, revista ou mesmo smartphone, para não se esquecer de cumprir com tal compromisso.

SACERDOTE, SACERDÓCIO O sacerdote é um ministro autorizado para as coisas sagradas, especialmente aquele que oferece sacrifícios no altar e age como mediador entre o homem e Deus.
Propósito
O sacerdócio hebraico constituiu uma das características dominantes da religião e da vida do AT. Isso pode ser constatado não só através das múltiplas referências feitas nas Escrituras, mas na própria construção da religião do AT com sua classe especial de sacerdotes representativos, e pela importância das relações e das funções religiosas durante a vida toda.
A visão hebraica do mundo, e da vida no mundo, era completamente controlada pelo sobrenatural e impregnada dele. A necessidade de manter relações aceitáveis com Deus, que não eram naturais ao homem, concedia ao sacerdote e aos seus ensinos a mais elevada prioridade. Eles eram necessários para a preservação de um permanente contato de Israel com Deus. O israelita relacionava-se com Deus através de um pacto nacional especial que envolvia o sacerdócio por causa de seus serviços essenciais como mediador e representante. Portanto, os sacerdotes operavam entre Deus e o povo a fim de preservar esse relacionamento estabelecido através da aliança.
O sucesso da religião sacerdotal dependia intensamente di significado e do espírito dessa operação, especialmente por parte do próprio povo. [...]
Terminologia
As palavras hebraicas kohen, kahen (uma forma aramaica), que foram em geral traduzidas como “sacerdote”, e kehunna como “sacerdócio”,  junto com a forma verbal kahan, “ser sacerdote”, “ministrar” ou “desempenhar a função de sacerdote”, ocorrem 775 vezes no AT. [...]Acredita-se que a origem da palavra kohen, embora desconhecida, venha do termo kahan aliado a kun, isto é “permanecer”, referindo-se ao sacerdote como aquele que permanece perante Deus como servo e representante do povo, e também como alguém que permanece perante o povo como representante de Deus, O serviço do sacerdócio é representado dessa maneira (Nm 16.9; Dt 10.8; 17.12; 18.5). (PFEIFFER, Charles F. VOS, Howard F. REA, John. DICIONÁRIO BÍBLICO WYCLIFFE.Rio de Janeiro: CPAD, 2007, pp. 1713-14)
O Senhor te abençoe e capacite. Boa aula! 
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Juvenis da CPAD

Lição 05 - 2º Trimestre 2019 - A Pia de Bronze: Lugar de Purificação - Adultos.

Lição 5 - A Pia de Bronze: Lugar de Purificação 

2º Trimestre de 2019
ESBOÇO
I – A PIA DE BRONZE  ̶  A IMPORTÂNCIA DA SANTIDADE (ÊX 30.18-21)
II – A PIA DE BRONZE – LUGAR DE LIMPEZA E PUREZA
III – DOIS ASPECTOS DO RITO DE LAVAGEM DOS SACERDOTES 
A PIA DE BRONZE – A IMPORTÂNCIA DA SANTIDADE (Êx 30.17-21)
Elienai Cabral
Independentemente do “Dia da Expiação”, quando era imolado apenas um cordeiro pelo pecado do povo, e o sumo sacerdote ministrava com o sangue da expiação na presença de Deus no Lugar Santo e no Lugar Santíssimo, as pessoas podiam, uma por uma, entrar no grande pátio do Tabernáculo pela manhã e à tarde acompanhando o sacerdote, primeiramente no altar de sacrifícios. Depois, o sacerdote lavava-se na Pia de Bronze, que tinha uma água limpíssima, e lavava as mãos e os pés antes de adentrar no Santuário. 
A Pia de Bronze Ficava no Pátio entre o Altar de Sacrifícios e o Tabernáculo
Para que os sacerdotes pudessem ministrar tanto no Pátio quanto no Lugar Santo, independentemente do serviço do sumo sacerdote que ministrava no Lugar Santíssimo, eles precisavam fazer as abluções necessárias. O recipiente para conter água, identificado como uma bacia ou pia lavatório, servia como lavabo e recebia água limpíssima, e alguns comentadores bíblicos dizem que eram águas trazidas da rocha de Horebe, ainda que não há nada no texto bíblico que se possa comprovar isso. O importante é que as águas eram limpíssimas, e os sacerdotes, depois de ministrarem no Altar de Sacrifícios e sujarem as mãos e os pés com as vísceras e outros órgãos rejeitados para os sacrifícios, deviam lavar-se com aquelas águas (ver Êx 30.17-21). Os sacerdotes não podiam banhar-se dentro da bacia, mas deviam tirar as águas do interior da bacia para lavarem-se. Depois de lavados, os sacerdotes mudavam suas roupas e, devidamente limpos, podiam entrar no Tabernáculo para ministrarem perante o Senhor no Lugar Santo. A parte interna da pia (ou bacia) tinha que brilhar e refletir como “o espelho das mulheres” para revelar, na exposição ao sol, toda a sujeira da lavagem. A Bíblia diz que a “palavra de Deus” é como “espelho”. Paulo escreveu: “Mas todos nós, com cara descoberta, refletindo, como um espelho, a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória, na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor” (ver 2 Co 3.18).
Nosso pecado foi expiado por Cristo no altar de sacrifícios, a cruz do Calvário. Porém, a limpeza das sujeiras do pós-sacrifício implica, tipologicamente, na limpeza da imolação, do sangue e das vísceras, a qual tinha de ser feita pelos sacerdotes antes de entrarem no Lugar Santo e o Lugar Santíssimo (ver Sl 24.3,4; Is 52.11; Jo 13.8; 1 Co 6.11). Ora, todos sabemos que, no dia a dia, às vezes ficamos manchados e sujos com as sujeiras de ações carnais (ver 1 Jo 1.8,10), mas temos o recurso purificador e santificador da Palavra de Deus, prefigurada pela água da Pia de Bronze. O sangue de Jesus, mediante nossa aceitação dEle como Expiador, quita a culpa (ver Rm 3.24,25; Ef 1.7), mas todos sabemos que a nossa natureza pecaminosa (“o velho homem”, Ef 4.22) ainda produz o pecado e expõe-nos constantemente às tentações que nos rodeia e assedia (ver Hb 12.1). A Palavra de Deus, porém, é o espelho que mostra quem somos e as obras que praticamos para que nos purifiquemos com a ajuda do Espírito Santo. A Palavra de Deus, portanto, revela nossas impurezas e, por isso, precisamos ver com cara descoberta quem somos. 
A Bacia Era de Bronze Polido (Cobre), e o seu Interior Era como o Espelho das Mulheres (Êx 38.8)
Com a água limpíssima e exposta à luz do sol, toda e qualquer sujeira era revelada no interior daquela bacia. A obra regeneradora do Espírito Santo torna-nos limpos e lavados. Ninguém entrará na presença de Deus no seu santuário com as marcas das sujeiras do pecado (ver 2 Co 5.16,17). Paulo falou aos efésios da obra santificadora e purificadora por meio da “lavagem da água, pela palavra” (Ef 5.26). O interior da bacia como “o espelho das mulheres” sugere uma tipologia especial. Ora, quando os sacerdotes lavavam-se com aquela água, as sujeiras revelavam o estado daquelas pessoas. Assim, também, é o poder extraordinário da Palavra de Deus em revelar a verdade de cada um de nós. Todas as sujeiras morais e espirituais são reveladas nesta “bacia”. Por isso, ninguém deve tentar chegar com as sujeiras da sua vida, mas deve lavar-se pela “lavagem com água” da Palavra de Deus. Aquele receptáculo construído com metal polido podia refletir o rosto das pessoas e, por isso, no exercício do ministério sacerdotal, cada sacerdote precisava conhecer e perceber o estado de sua limpeza para poder ministrar na presença de Deus. 
A Pia de Bronze Tinha um Caráter de Juízo sobre a Vida do Crente
No Altar de sacrifícios, o juízo era aplicado sobre o pecador com a oferta do sacrifício, com a qual ele tinha remissão dos pecados. A redenção do pecador aponta para Cristo, que ocuparia nosso lugar como substituto. Ele assumiu sobre si o juízo que merecíamos e assim o fez pela sua morte vicária (ver 2 Co 5.21; Gl 1.4). Porém, as águas da pia tinham como finalidade lavar aquele que já passou pelo Altar de Sacrifícios, e agora, “as águas” que simbolizam a Palavra de Deus tem o poder de limpar e disciplinar nossas obras para uma vida cristã santa e purificada (ver 1 Co 3.13-15; 5.3-5; 11.31,32; 2 Co 5.10). Mesmo que nossos pecados tenham sido expiados (ver Hb 10.17), tudo quanto fazemos no nosso dia a dia precisa passar pela limpeza para que, quando chegar o juízo para recompensa, sejamos julgados pelas nossas obras. 
Texto extraído da obra “O TABERNÁCULO”, editada pela CPAD. 
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Adultos. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

terça-feira, 30 de abril de 2019

Lição 05 - 2º Trimestre 2019 - O Papai do Céu está Sempre Comigo - Berçário.

Lição 05 - O Papai do Céu está sempre comigo!

2º Trimestre de 2019
Objetivo da lição: Que a criança perceba, mediante as atividades propostas, que o Papai do Céu está sempre ao seu lado.
É hora do versículo: “[...] Eu estou com vocês todos os dias [...]” (Mt 28.20).
Nesta lição, as crianças perceberão que o Papai do Céu está sempre ao nosso lado. Esteja ao lado das crianças enquanto lhes ensina essa verdade. 
Considerando que nesta faixa etária o período de atenção da criança é muito curto, achamos interessante citar um trecho retirado do livro Como ensinar crianças do maternal: Não é tão fácil mas aqui está como fazer, da autora Ruth Beechick, publicado pela CPAD.
“O Mito do Período de Atenção
Existem muitas fórmulas para se chegar ao tempo de atenção das crianças em termos de minutos. A mais comum consiste em utilizar a idade da criança mais um. Ou seja, uma criança de três anos teria um período máximo de atenção de quatro minutos. Isto não é só um mito, como também é um meio inútil de se raciocinar com relação à atenção. Em vez de refletirmos sobre a atenção infantil em termos de minutos, deveríamos considerá-la sob o prisma das tarefas. A tarefa que propomos está num nível de dificuldade apropriado para nosso aluno? Ele a realiza até o fim? Com o nível de dificuldade adequado, uma criança pode, e frequentemente consegue, dar atenção à atividade proposta.
O mito do período de atenção se iniciou com algumas pesquisas que analisavam por quanto tempo uma criança conseguia se concentrar numa determinada atividade imposta pelo professor. Entretanto, tais testes foram feitos em situações experimentais. Se os pesquisadores tivessem observado menininhos brincando naturalmente com seus caminhões, derramando areia em baldinhos, ou uma criança sentada no colo de sua mãe, vendo as gravuras de um livro, os resultados de suas pesquisas teriam sido muito diferentes. Qualquer um que trabalhe com crianças sabe que em algumas ocasiões, com determinadas tarefas, o tempo de atenção delas pode ser surpreendentemente longo.
Portanto, não há nenhum fator interno que delimite a atenção das crianças num período específico de tempo. Consequentemente, o tempo não é o fator apropriado para o estudo da atenção infantil. Muito mais relevante é avaliar que tipo de tarefa atrai a atenção desses pequeninos e quais são as características essenciais nestas atividades — nível de dificuldade, características sinestésicas (de movimento) e visuais, e assim por diante. Como devemos preparar e apresentar as atividades de forma que lhes chame a atenção? Como podemos tornar o momento da história mais interessante que caminhões e areia?
Precisamos aprender a nos concentrar na atenção infantil, e não no tempo da atenção infantil.”
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Berçário 

Lição 05 - 2º Trimestre 2019 - A História de Uma Amiga - Maternal.

Lição 05 - A história de uma amiga

 2º Trimestre de 2019
Objetivo da lição: Que os alunos salvos vivam de modo a atrair seus amigos para Cristo, e que os não salvos decidam-se a recebê-lo como Salvador.
Para guardar no coração: “[...] O seu Deus será o meu Deus.” (Rt 1.16)
Nesta lição, o aluno vai conhecer a história de Rute. Quando ela e sua sogra, Noemi, ficaram viúvas, Rute decidiu segui-la para Belém. Deus cuidou das duas mulheres que se tornaram grandes amigas. Não deixou faltar alimento para elas. 
Após narrar a história bíblica em sua totalidade e realizar as atividades propostas na revista do professor, caso ainda haja tempo, sugerimos que faça cópias da atividade a seguir. Oriente os alunos a molharem o dedinho na cola branca, passar na espiga de milho e colar bolinhas de papel crepom amarelo no lugar dos grãos. 
milho licao5 maternal
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

Lição 05 - 2º Trimestre 2019 - Jesus Faz o Moço Viver Novamente - Jd. Infância.

Lição 5 - Jesus faz o moço viver novamente

2º Trimestre de 2019
Objetivos: Os alunos deverão compreender que Jesus sente pena de nós quando nos vê sofrer, e que Ele tem poder para fazer milagres que nos ajudam a ficar bem. Ao ouvir a história de hoje, as crianças deverão encorajar-se a fim de contar a todos sobre as maravilhas de Jesus. 
É hora do versículo:  “[...] Vão pelo mundo inteiro e anunciem o evangelho a todas as pessoas” (Mc 16.15).
Nesta lição, os alunos aprenderão que Jesus é poderoso até para trazer à vida alguém que estava morto. Jesus deu a vida ao filho daquela viúva porque se compadeceu dela. Quando recebemos as bênçãos de Jesus, devemos contá-las a todas as pessoas.
Tratar sobre o tema da morte com as crianças requer um pouco de atenção porque, antes de mais nada, precisamos saber como esta faixa etária compreende esse conceito.
“A compreensão da criança a respeito da morte é assunto de diversas pesquisas, que sempre seguem a teoria piagetiana e seus ‘estágios’. Primeiramente, as crianças falam sobre a morte descrevendo-a. as pessoas mortas ficam deitadas, sem se mover, com os braços cruzados e os olhos fechados. A morte é definida como uma posição. Em suas brincadeiras, se fingem de mortas, mas não permanecem mortas. A irreversibilidade da morte ainda não faz parte do seu raciocínio. Para eles a morte envolve pouco sentimento ou emoção. Nesta fase, as histórias bíblicas envolvendo morte não são necessariamente tão violentas para as crianças, quanto imaginamos. As crianças não compreendem a morte o suficiente para serem atingidas por ela com impacto. [...] Do estágio ‘descritivo’ da morte, as crianças caminham para o estágio ‘funcional’. Passam a compreender que o corpo não funciona quando o indivíduo morre. Num primeiro momento, percebem apenas disfunções mais óbvias — os mortos não se movem, não falam, não piscam os olhos e assim por diante. Zangam-se, mas não comem porque não podem mover os braços. Ouvem, mas não respondem. Mais tarde, as disfunções menos óbvias são incluídas no conceito de morte. Os mortos não podem ouvir, nem sentir o perfume das flores. Seu coração e os outros órgãos internos não funcionam. Não sonham e não pensam. Algumas crianças nessa idade começam a entender a universalidade da morte. Ao entrar em contato com a morte repetidas vezes, por meio de histórias ou de outros contextos, percebem que é um fato que acontece a todos e que está geralmente associado aos mais velhos, exceto pela violência. Este conceito universal da morte está, de certa forma, incompleto, pois abrange o fato de que acontece a todos, mas não, que deve acontecer — o aspecto da necessidade lógica.”
BEECHICK, Ruth. Como ensinar crianças do Jardim de Infância: Compreendendo e educando crianças de 4 e 5 anos. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p. 38,39)
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Jardim de Infância

Lição 05 - 2º Trimestre 2019 - Apenas 300? Juniores.

Lição 5 - Apenas 300?

2º Trimestre de 2019
Texto bíblico – Juízes 7.1-22.
Prezado professor,
Na lição desta semana seus alunos aprenderão mais um pouco a respeito de como o povo de Deus foi vitorioso. Os tempos agora são outros, os hebreus já haviam enfrentado adversários bem maiores e mais fortes do que podiam suportar e o Senhor foi com eles para livrá-los e conceder vitória. Tanto Moisés quanto Josué, líderes de Israel, aprenderam a lidar com suas próprias limitações e a depender de Deus de uma maneira muito especial. Com isso, eles encontraram forças para lutar e vencer, mesmo quando as circunstâncias não eram favoráveis. 
A história mencionada na lição de hoje apresenta o personagem conhecido como Gideão. No episódio em que os amalequitas e midianitas se uniram para destruir os israelitas, o Senhor levantou o seu valoroso servo para comandar o exército e livrar o seu povo. O Senhor quis mostrar a Gideão que não seria com as armas humanas que a vitória seria alcançada, e sim pela mão do Deus Todo-Poderoso. Então, o Senhor ordenou ao seu servo que mandasse os soldados beberem água no ribeiro. Aqueles que levassem a mão com água à boca para beber deveriam ser separados à parte. Mas aqueles que lamberam a água como cachorros deveriam retornar para casa. Este ato foi um teste não só para os soldados, mas, principalmente, para Gideão que estava tendo a sua fé desafiada. A vitória estava prestes a vir, mas com ela o aprendizado também. Deus realiza milagres com o propósito de ensinar grandes lições aos seus servos.
Ensine aos seus alunos que qualquer dificuldade que enfrentarem é uma oportunidade de crescimento e aprendizado. É preciso aprender a viver na dependência de Deus. Mostre-lhes como identificar as possíveis dificuldades que estão enfrentando no momento e a recorrerem a Deus em oração. 
Gideão foi vencedor porque seguiu estritamente as orientações de Deus. Para reforçar o ensinamento da lição de hoje, sugerimos a seguinte atividade:
Sente-se com seus alunos em círculo. Depois, peça que eles citem o que faz parte da rotina de um aluno que só tira nota 10. À medida que forem falando, vá relacionando as informações numa folha de papel à parte. Explique que a rotina de um bom aluno não é fácil. É preciso horas de estudo, ter uma boa alimentação, prestar atenção na explicação do professor, dormir cedo, etc. O bom aluno trabalha duro em busca de uma nota além da média. Assim também é na vida cristã. Temos que ter disciplina: disciplina da oração, da leitura da Palavra, ida à igreja, disciplina na adoração, nos dízimos e ofertas, etc. Em seguida, pergunte: “Podemos viver de qualquer maneira?” “Quais são as disciplinas que temos que observar como um cristão? Depois de ouvir as respostas, peça que os alunos, utilizando apenas gestos, demonstrem uma das disciplinas que precisamos observar para obtermos a vitória na vida cristã. O restante terá que descobrir qual disciplina o colega está mostrando.
(Atividade adaptada do livro Boas Ideias para Professores de Educação Cristã. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2015, p. 75).

Lição 05 - 2º Trimestre 2019 - Domínio Próprio - Pré Adolescentes.

Lição 5 - Domínio Próprio 

2º Trimestre de 2019
A lição de hoje encontra-se em: Tiago 1.19-21.
Car(a) professor(a),
Na lição desta semana seus alunos aprenderão um pouco mais a respeito de um aspecto do Fruto do Espírito que é importantíssimo para a vida cristã: o domínio próprio. O conselho de Tiago sobre a prática da Palavra de Deus exorta o ser humano a ser paciente para ouvir, mas não ansioso para falar. O exercício de ouvir deve ser estimulado aos alunos para que possam aprender o que realmente pode trazer edificação para a vida espiritual.
O autor de Provérbios ensina que “se você não quer ser meter em dificuldades, tome cuidado com o que diz” (21.23). Controlar as palavras e as ações é um dos maiores desafios enfrentados pelo cristão e seus alunos devem aprender para que se tornem crentes maduros na fé em Cristo. Seus alunos devem contar com a ação do Espírito Santo agindo sobre suas vidas para que possam andar conforme a vontade de Deus, e não de acordo com a vontade da carne.
“Todos nós temos desejos pecaminosos e não podemos ignorá-los. A fim de podermos seguir a orientação do Espírito Santo, devemos, decididamente, enfrentá-los (crucificá-los — Gl 5.24). Esses desejos incluem pecados evidentes como a imoralidade sexual e atividades demoníacas. Incluem, também, outros que são menos óbvios, como hostilidade, ciúme e ambição egoísta. Aqueles que ignoram esses pecados, ou se recusam a enfrentá-los, mostram que não receberam o dom do Espírito que leva a uma vida transformada. 
O Fruto do Espírito é a obra espontânea do Espírito Santo dentro de nós. O Espírito produz certos traços de caráter que são encontrados na natureza de Cristo. São os subprodutos de seu controle sobre a nossa vida — não conseguiremos obtê-los se tentarmos alcançá-los sem sua ajuda. Se quisermos que o Fruto do Espírito cresça em nós, devemos unir nossa vida à dEle (Jo 15.4,5). Devemos conhecê-lo, amá-lo, lembrá-lo e imitá-lo. Como resultado, cumpriremos o propósito da lei — amar a Deus e aos nossos semelhantes. Qual dessas qualidades você gostaria que o Espírito produzisse em você?
[...] Deus está interessado em cada área de nossa vida, não apenas em nosso lado espiritual. Como vivemos pelo poder do Espírito Santo, devemos submeter cada aspecto de nossa vida a Deus: emocional, físico, social, intelectual e vocacional. Paulo diz que, porque fomos salvos, devemos viver de acordo com essa salvação! O Espírito Santo é a fonte de nossa vida, portanto, submetamo-nos à sua liderança. Não deixe que nada ou ninguém determine os valores e padrões de qualquer área de sua vida.”
(Texto extraído da Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, pp. 1640-41).

Lição 05 - 2º Trimestre 2019 - Dízimos e Ofertas como Disciplina para uma vida Bem-sucedida - Jovens.

Lição 5 - Dízimos e Ofertas como disciplina para uma vida bem-sucedida

2º Trimestre de 2019
Introdução
I-Abraão Entregou o Dízimo a Melquisedeque Porque Era Depreendido de Bens Materiais
II-Os Contribuintes Fiéis Têm uma Vida Equilibrada e Garantia de Bênçãos Espirituais
Conclusão
Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivos:
Compreender o significado de Abrão ter entregado o dízimo a Melquisedeque;
Conscientizar de que aqueles que são fiéis em seus dízimos têm uma vida equilibrada e abençoada.
Palavras-chave: Cobiça e soberba.
Para falar sobre o tema desta lição: dízimos e ofertas como disciplinas para lidar com o dinheiro, em primeiro lugar será analisada uma narrativa bem conhecida de Gênesis sobre a entrega de dízimo por Abraão à Melquisedeque, rei de Salém, após a vitória surpreendente de Abraão sobre quatro grandes reis orientais. No segundo tópico, a pesquisa será sobre a tratativa com relação à entrega do dízimo no Novo Testamento. Para tal, será analisado um texto bastante usado para falar sobre o assunto (2 Co 9.9,10), além de dois textos que mostram como Jesus também lidou com o tema. Ao final, a intenção é refletir como os estudos destes textos auxiliarão no equilíbrio entre as contribuições e a vida financeira do cristão.
I. ABRAÃO ENTREGOU O DÍZIMO A MELQUISEDEQUE PORQUE ERA DESPRENDIDO DE BENS MATERIAIS 
A prática do dízimo antecede a Lei mosaica e o sacerdócio levita
O dízimo é citado tanto no Antigo Testamento (Gn 14.20; 28.22; Lv 27.30-32; Nm 18.21-28; Dt 12.6-17; 14.22-28; 26.12; 1 Sm 8.15-17; 2 Cr 31.5-12; Ne 10.37,38; 13.5-12; Am 4.4; Ml 3.8-10) como no Novo Testamento (Mt 23.23; Lc 11.42; 18.12; Hb 7.2-9), embora a ordem para dizimar não apareça de forma direta nos ensinos do NT. 
O dízimo foi regulamentado no AT por meio do sistema levítico e era destinado aos levitas, que não tinham o direito a herança na Terra Prometida e viviam exclusivamente para o serviço religioso (Lv 27.30-34). Além dos levitas que atuavam como sacerdotes, cantores, e mestres da Lei e ficavam com os dízimos de tudo em Israel (Nm 18.21-32), os sacerdotes da família de Arão também eram beneficiados com: a) as ofertas que não eram queimadas; b) o que fosse consagrado a Deus por voto; c) todas as primícias; d) todos os primogênitos dos animais; e) o dízimo dos dízimos entregue pelos levitas (Nm 18.9-26; Lv 5.15 —7.35; Ne 10.37,38; 12.44; 13.5-12). Os pobres também eram lembrados em situações excepcionais. Na época do reinado de Josias, Judá tem certa independência, enquanto o Reino Norte foi massacrado pelos assírios. Nesse período muitos israelitas da região norte desceram para Judá, fugindo da situação de penúria que se encontravam. Os levitas também fugiram do norte para o sul e ficaram à margem, ao lado das viúvas, estrangeiros e órfãos (Dt 12.14,26; 14.29; 16,11,14; 26.11). As mudanças socioeconômicas geradas pela situação vigente obrigou a alteração de parte do antigo Código da Aliança. Assim, o santuário se transformou em uma espécie de centro comunitário e no terceiro ano, o dízimo foi distribuído diretamente aos pobres no lugar da produção. 
No entanto, o dízimo antecede a Lei mosaica e a própria existência do povo israelita, conquanto, independente do sacerdócio levítico. O evento de Abraão e Melquisedeque é a primeira citação sobre o dízimo na Bíblia e a principal evidência de que o dízimo antecede a regulamentação levítica (Gn 14.20; 28.22; Hb 7.5-10). Gênesis 14.20 e 28.22 ligam o dízimo com dois lugares que se tornariam importantes santuários em Israel, no caso de Betel, e em Judá, no caso de Jerusalém. Todavia, a primeira referência ao dízimo no AT não traz detalhes sobre essa prática, o que sugere que era algo bem conhecido na época e algo já praticado há muito tempo pelos povos vizinhos dos hebreus. O reconhecimento e prática por Abraão, considerado o principal patriarca para os judeus, dá uma grande legitimidade para essa prática entre o povo israelita. 
O motivo da gratidão de Abraão
Desde o conflito entre os servos de Ló e Abrão, tio e sobrinho viviam separados. Ló estava habitando no local em que havia escolhido morar, quando seu tio mesmo tendo o direito de escolha permite que Ló decida para onde queria ir com seu clã e rebanhos (Gn 13.10-12). Trata-se de Sodoma, que ficava na região da campina do Jordão, uma área urbana e proporcionalmente bem habitada com costumes mais liberais para a época (Gn 19.14-17; Lc 17.28,32).  Enquanto isso, Abraão vivia em paz com seu clã na região rural cuidando de suas terras e rebanhos. Abraão já demonstrava o seu desprendimento dos bens materiais e a valorização que dava à paz com Deus e com sua família. No entanto, a escolha de Ló acabou o envolvendo em uma guerra, que resultou na rendição do povo de sua cidade, incluindo ele e sua família. 
O capítulo 14 de Gênesis inicia com o relato da guerra entre reis do oriente e reis cananeus que resultou no cativeiro de Ló. Quatro reis das maiores potências orientais da época (Sinar, Elasar, Elão e Goim) derrotaram os cinco reis das cidades cananeias (Sodoma, Gomorra, Admá, Zeboim e Zoar). Os vencedores, como era o costume, levaram consigo os prisioneiros, entre eles o sobrinho de Abraão e toda a sua casa, além dos despojos da guerra. O texto demonstra que Abraão estava unido aos cananeus numa aliança. Ele, ao saber do ocorrido convidou seus confederados Aner, Escol e Manre e formaram uma pequena tropa de 318 homens. O grupo foi atrás dos grandes reis do Oriente que haviam vencido os cinco reis cananeus e de forma extraordinária venceram a batalha com os cinco reis do Oriente. Assim, o grupo libertou todos os prisioneiros e recuperou bens materiais tomados pelos reis vencidos. Além, dos prisioneiros e bens recuperados, Abraão e seus aliados retornam também com os despojos da guerra, ou seja, os bens e alimentos tomados em guerra dos reis do Oriente. 
Ao retornar, ele consagrou a décima parte (dízimo) dos despojos tomados dos reis do Oriente à Melquisedeque, rei-sacerdote de Salém. O texto afirma: “E deu-lhe o dízimo de tudo”. A prática comum da época era o dízimo da colheita (entregue pelos camponeses) e dos rebanhos (entregue pelos pastores). Esse é o único caso bíblico em que é citado o dízimo do despojo de uma guerra. É importante ressaltar que esse é o primeiro ato que Abraão realiza após a vitória, uma forma de reconhecimento e gratidão por um livramento divino. Abraão teve um histórico de gratidão a Deus, sempre após as conquistas.
Abraão entrega o dízimo a Melquisedeque, o sacerdote do Deus altíssimo 
Deus chama Abraão e promete fazer dele pai de uma grande nação com sua própria terra, dar-lhe fama e prestigio (Gn 12.1-3). A orientação era para deixar o que era conhecido, palpável e concreto para se apegar a algo desconhecido e incerto. Abrão creu na promessa de Deus e obedeceu a sua ordem. A promessa de Deus vem acompanhada no versículo 2 de uma ordem imperativa para Abraão ser uma bênção. Abraão iria receber as bênçãos de Deus, mas também deveria ser uma bênção para as demais pessoas. Um grande exemplo para os dias atuais, em que as pessoas estão constantemente em busca de bênçãos, de atendimento aos seus interesses pessoais, mesquinhos e egoístas. Tornando a religião um instrumento mercantilista da fé, uma troca. O que vemos na promessa condicional de Deus a Abraão é que as pessoas que são abençoadas pelo Senhor devem transformar o que recebe em bênçãos para o próximo também. Diferente do que muitas pessoas acreditam, as bênçãos não são sinônimos de valores materiais e prestígio, mas sim de compartilhamento e benefício coletivo. Deus prioriza o coletivo e não privilégios pessoais e egoístas. A orientação divina a Abraão evidencia essa verdade, a experiência do patriarca com Deus fazia toda a diferença, quando comparado ao comportamento com as demais pessoas. Por isso, ele não teve dificuldade de entregar o dízimo a Melquisedeque. Mas quem era Melquisedeque?
Melquisedeque (Malki-Sédeq = Rei de Justiça) é identificado como sacerdote de El Elyon, o Deus altíssimo, e também como o rei de Salém, reino onde posteriormente seria edificada a cidade santa de Jerusalém (Sl 76.2). No encontro com Abraão, Melquisedeque ofereceu pão e vinho a ele no santuário de Salém, um gesto que indicava oferta de paz e de bênção em nome do Deus Altíssimo. O fato de Abraão entregar o dízimo a Melquisedeque, pela cultura dá época, o torna maior do que o patriarca, por esse motivo o autor de Epístola aos Hebreus considera seu ministério superior ao dos filhos de Levi, uma vez que estes eram descendentes de Abraão. O nome de Melquisedeque mais tarde é relacionado com a figura do Messias rei e sacerdote (Sl 110.4; Hb 7). 
Abraão se une à Melquisedeque, o rei cananeu, por meio do dízimo (poder estatal-religioso). Fica evidente a aliança e boa convivência entre Abraão e os cananeus, um defendendo o outro. De certa forma, o cumprimento parcial da promessa inicial de Gênesis 12.1-3, em que os cananeus participam da bênção e do poder do Deus de Abraão e este, por sua vez, recebe em troca a bênção deles. Além de estabelecer desde já um nexo entre o patriarca e Jerusalém. Uma legitimação da prática do dízimo em favor do santuário de Jerusalém ligada ao grande patriarca de Israel. 
Abraão entregou o dízimo a Melquisedeque e não lhe fez falta
Após cumprir suas obrigações religiosas, Abraão vai até o rei de Sodoma. Este oferece a Abraão os bens recuperados como gratidão pela libertação, mas ele recusa veementemente (Gn 14.21-23), diferente do bom grado como que recebeu os presentes e a bênção do rei-sacerdote Melquisedeque. O comportamento de Abraão foi atípico de situações semelhantes em que era concedido ao vencedor da guerra o direito sobre o despojo. No entanto, Abraão demonstra sua característica pacífica peculiar e o desprendimento de bens matérias, como já havia demonstrado no episódio da separação de Ló e seu grupo (Gn 13). Ele não quer dar motivo para ao rei de Sodoma falar a seu respeito e prefere selar um juramento em agradecimento a Deus: levanta sua mão ao Deus Altíssimo, criador do céu e da terra. A atitude de Abraão se dá pelo seu desapego aos bens materiais, como comprovado na entrega do dízimo. Ele não teve a intenção de enriquecer com o evento ocorrido, uma atitude geralmente típica de quem entrega dízimo, não ser avarento e ter suas contas controladas. O fato de Abrão rejeitar os valores do desposo não fez falta em sua vida financeira, pelo contrário, ele prosperou mesmo assim. A entrega do dízimo como uma forma didática de lidar com bens materiais, pois muitas pessoas não entregam por falta de controle econômico e financeiro. 
Abrão entregou o dízimo do espólio tomado dos adversários vencidos e entregou o restante aos demais reis parceiros. Isso ocorreu porque ele tinha um comportamento diferente da cultura local, ele valorizava mais as pessoas do que as coisas.
A narrativa de Gênesis 14 demonstra como Abraão era desprendimento de bens materiais. Ele teve uma vida equilibrada e próspera.
1.1 II. OS CONTRIBUINTES FIÉIS TEM UMA VIDA EQUILIBRADA E GARANTIA DE BÊNÇÃOS ESPIRITUAIS
Paulo incentiva a prática de contribuições para os menos favorecidos
Durante segunda viagem missionária Paulo funda as comunidades na Galácia, de Filipos, de Tessalônica e de Corinto (At 15.36—18.22), que se tornaram famosas no contexto bíblico por meio das epístolas enviadas a essas comunidades. Em Corinto, o apóstolo fica por um ano e meio (At 18.1-17). Uma cidade que havia perdido a influência política, mas que se mantinha como um centro de cultura universalmente reconhecido. Tratava-se de uma cidade comercial próspera e moderna, com dois portos que se abriam, um na parte ocidental sobre o mar Adriático e o outro na parte oriental sobre o mar Egeu, que facilitava o transporte de mercadorias. Enquanto estava ainda em Corinto, Paulo tem uma grata e dupla surpresa, a chegada de Silas e Timóteo, acompanhados com ajuda financeira das igrejas da Macedônia (At 18.5; 1Ts 3.6). O pastor Elienai Cabral afirma que a igreja desde o início contribuía para a continuidade da obra de Deus como também aos necessitados:
Após o dia de Pentecostes, a Igreja multiplicou-se com muitos crentes. Muitos estrangeiros se converteram naquele dia. A perseguição foi iniciada contra os primeiros cristãos, e estes perderam propriedades e outros bens. A igreja promoveu um atendimento filantrópico aos necessitados, e sob a força do Espírito Santo aqueles primeiros crentes se uniram e reconhecerem a necessidade de mordomia e, diz a Bíblia: “e tinham tudo em comum” (At 4.32-35). A contribuição arrecadada era consagrada ao serviço de Deus e os necessitados eram atendidos. (CABRAL, 2003, pp. 132,137)
O apóstolo Paulo dedica dois capítulos (8 e 9) de sua Segunda Epístola aos Coríntios para orientá-los sobre a contribuição aos irmãos pobres de Jerusalém, que na época passavam por vários surtos de fome. Para incentivar os coríntios, Paulo utiliza o exemplo das igrejas macedônias, uma região mais pobre, mas rica em generosidade e bens espirituais. Paulo incentivava uma contribuição consciente, pois elas tinham como fim a igualdade e não a sobrecarga. O texto demonstra que o processo requer disciplina, exige uma atitude de amor e equilíbrio, consequência da obediência à Palavra de Deus. 
Com essa contextualização em mente é possível compreender melhor 2 Coríntios 9.6, texto preferido para reforçar o momento da oferta e do dízimo. Paulo utiliza a figura da semente para incentivar os coríntios semearem ricamente, pois não se tornarão pobres e a semeadura vai produzir bons frutos. Em 2 Coríntios 9.10 é possível ler qual é o resultado esperado: “também multiplicará a vossa sementeira e aumentará os frutos da vossa justiça”. As pessoas que se comprometem em ajudar as necessidades de outras têm tendência de não viver em função do acumulo de bens materiais, com objetivos egoístas. Nos púlpitos é comum pessoas prometerem recompensa material para quem contribui, porém como visto não há segurança bíblica neste texto e também não há coerência com a própria vida de Cristo. 
O grande desafio da igreja é viver o projeto de economia do Reino, que segue uma lógica da partilha solidária, um projeto alternativo ao que prevalece no mundo. Jesus ensinou que a provisão divina passa pela organização fraterna, assim haverá o necessário para todos. Testemunhar o Ressuscitado era implantar uma vida comunitária. O cristão deve focalizar na multiplicação dos “frutos da vossa justiça”.
Jesus ratifica a entrega do dízimo, mas critica sua prática sem justiça, misericórdia e fé 
Uma das polêmicas sobre o dízimo é a ausência de uma ordem específica sobre sua entrega no Novo Testamento. No entanto, um texto que aborda de forma satisfatória sobre o assunto é Mateus 23.23. O versículo 23 faz parte de um contexto de conflitos entre Jesus e os escribas e fariseus. Jesus os critica por algumas práticas hipócritas e contraditórias. Eles tinham uma visão equivocada sobre a vontade de Deus, pois acrescentavam peso sobre os mandamentos já recebidos. Jesus adverte-os: “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho”. A recomendação do judaísmo era entregar o dízimo de rebanhos, vinho, grão e óleo (Lv 27,30-33; Nm 18.21-32; Dt 14.22-29; 26.12-15; Ml 3.8-12) para sustento dos levitas, manutenção do Templo e ajuda aos pobres. Jesus reconhece o acréscimo (dízimo das ervas), mas reprova a motivação deles. Ele os acusa de desprezar o que é mais importante da lei: a justiça/juízo (dia escatológico de prestação de contas por negligenciar os menos favorecidos — Mt 5.22; 10.15; 11.22,24; 12.36,41,42; 12.18,20 — Is 1.17,21-23; 3.13-15), misericórdia (socorro ao necessitado — Mt 6.2-4; 9.13,27; 12.7; 15.22; 17.15; 18.33; 20.30) e fé. O dízimo deve ser entregue com a motivação certa:
Não basta ser dizimista, é preciso ter a motivação correta. É um engano pensar que as bênçãos de Deus se limitam apenas às coisas materiais. As pessoas mais ricas e mais felizes do mundo foram aquelas que abriram mão do que não podiam reter, para ganhar o que não podiam perder. Dízimo não é barganha nem negócio com Deus. Precisamos servir a Deus por quem Ele é e não pelo que vamos receber em troca. Se o seu coração ainda está no dinheiro, você precisa se converter. A prosperidade financeira sem Deus pode ser um laço. Um homem nunca é tão pobre como quando só possui dinheiro. Jesus disse que a vida de um homem não consiste nas riquezas que ele tem. [...] riqueza sem salvação é a mais consumada miséria. (LOPES, 2009, p. 93)
A entrega do dízimo não deve ser um incomodo ao cristão. Para isso, alguns cuidados devem ser tomados. Sem a pretensão de contemplar todas as orientações possíveis, o dízimo e as ofertas: a) devem ocorrer de forma voluntária (2 Co 9.7); b) não deve ser por medo de ser punido por Deus; c) não deve ser um meio de barganhar com Deus; d) não deve ser visto como uma esmola; e) não deve ser para promoção pessoal ou demonstração de religiosidade; f) entre outras atitudes que não seja compatível com a justiça, misericórdia e fé.
Jesus não coloca as regras acima das pessoas, por duas vezes ele resume toda a tradição judaica em amar a Deus e ao próximo (Mt 7.12; 22.37-39). Os líderes são criticados não por entregar o dízimo, mas por se justificarem por isso, e negligenciar a justiça, misericórdia e fé, que são causas maiores. 
 O dízimo e a parábola do fariseu e do publicano 
Os fariseus observavam os mais rigorosos padrões legalistas como jejuns, orações, esmolas, dízimo, entre outros práticas que excediam até as próprias leis cerimoniais mosaicas. Jesus apresenta por meio da Parábola do Fariseu e do Publicano algo que chocou seus ouvintes: colocar um dos cobradores de impostos, considerados traidores pelos judeus, como justificado diante de Deus, enquanto um fariseu zeloso pela sua religião é reprovado. A lição de Jesus é clara. O publicano reconhecia que sua dívida era muito alta e não tinha condições de pagá-la, a única coisa que poderia fazer era rogar pela misericórdia de Deus. Não recorreu a obras que havia realizado, nem ofereceu fazer nada, simplesmente rogou que Deus fizesse por ele o que não podia fazer, somente baseado na fé e misericórdia divina. Por outro lado, o fariseu demonstrou arrogância, confiando que os jejuns realizados, dízimos e outras obras consideradas justas o tornariam aceito por Deus. Uma cobrança de retribuição. Porém Jesus afirma que dos dois, somente o publicano foi justificado. Às vezes, como o fariseu, o cristão ignora o aprendizado com os julgamentos de Jesus e corre o risco de no final ser reprovado. 
Portanto, o dízimo e ofertas não devem ser praticados com objetivo de demonstrar superioridade espiritual em relação aos outros ou como meio de se justificar diante de Deus. Um dos princípios básicos da entrega do dízimo é o reconhecimento da soberania de Deus como Senhor de tudo e todos (Ag 2.8; Cl 1.17), que está relacionado a outro que é o reconhecimento da dependência humana de Deus. O cristão que reconhece a Bíblia como a revelação de Deus, não tem como negar que Deus é o doador e tem o controle sobre tudo. Outro princípio é reconhecer o valor do próximo que é menos favorecido. Conforme lido, desde o Antigo Testamento o dízimo também deveria ser repartido com os pobres (Dt 14.28,29; 26.12-15). O pastor José Gonçalves (2011, p.147) afirma que “devemos reconhecer algumas dimensões do dízimo: religiosa, ligada à manutenção dos templos, obreiros, et.; social, ligada à manutenção das obras assistenciais da igreja; missionária, ligada ao propósito de levar o evangelho a todas as pessoas; patrimonial, ligada a regularização de obras, aquisição, edificações, funcionários”. Como qualquer organização, a igreja como instituição tem que provisionar seu orçamento de custeio, para manutenção de suas despesas rotineiras, como também o seu orçamento de investimento, para novas aquisições e ampliação das instalações. O provisionamento de orçamento é elaborado com base nas contribuições de seus membros. Portanto, quanto mais envolvidos e comprometidos os membros, maior será o retorno para o Reino de Deus. 
*Adquira o livro do trimestre. NEVES, Natalino. Cobiça e Orgulho: Combatendo o desejo da Carne, o Desejo dos Olhos e a Soberba da Vida. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2018.
Que Deus o(a) abençoe.
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista Lições Bíblicas Jovens 
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Jovens. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

domingo, 28 de abril de 2019

Lição 04 - 2º Trimestre 2019 - Um Dia Triste - Primários.

Lição 4 - Um Dia Triste

2º Trimestre de 2019
Objetivo: Que o aluno saiba que precisamos confiar em Deus, pois Ele está sempre perto para nos ajudar em todas as circunstâncias, favoráveis ou difíceis.
Ponto central: Deus está conosco nos momentos de alegria e tristeza.
Memória em ação: “Eu sou o Senhor, o Deus de vocês, eu os seguro pela mão e lhes digo: ‘Não fiquem com medo, pois eu os ajudo’” (Is 41.13).
Querido (a) professor (a), por meio da história de José, nesta próxima aula nós vamos ter a oportunidade de conversar com as crianças sobre emoções e sentimentos muito difíceis e mal vistos socialmente: ciúme, inveja, medo, mágoa...  Se até a maioria dos adultos ainda não aprendeu a lidar com maturidade em face de tais emoções, mesmo sendo elas inerentes a todo ser humano, imagina quão complexo – e até traumático –, não pode ser para as crianças, constantemente censuradas por tais adultos. 
Sentimentos como ira, ciúme, inveja, soberba, rancor e tantos outros foram tão censurados, estigmatizados, punidos com rigor e crueldade pelos mais velhos que logo na infância tratamos de aprender a reprimi-los, negá-los, até para nós mesmos. Esconder invés de resolver crescendo em aprendizado com eles. Evidentemente que aqueles que assim agem o fazem com a melhor das intenções, a de educar para o bem. Porém, há uma maneira mais eficaz de fazer isto. Você já notou que às vezes nós só reproduzimos, repassamos algo como nos foi ensinado, (ainda que tenha sido de uma maneira traumática ou que não nos agrada) pelo simples fato de ter sido esta a única forma que conhecemos. Não sabemos como ensinar de outra maneira. E assim traumas podem atravessar gerações. Por exemplo, o meu pai me ensinou a nadar ainda bem pequena me atirando na piscina, porque o pai dele o ensinou assim. Por isso, antes de reproduzir ou repassar um conhecimento precisamos sempre repensá-lo, refletir se ele se aplica a realidade de hoje, ao contexto individual, se a maneira como nos foi passada é a mais adequada, etc.
Graças a Deus, hoje o conhecimento se difundiu; através da internet, temos fácil acesso a diversos saberes, assuntos, avanços em estudos na educação, descobertas, especialistas e conteúdos que antes para os nossos pais eram impensáveis. Hoje, você está aqui lendo essas linhas e sendo convidado a repensar a maneira de lidar com “lixos” emocionais, que costumamos enterrar – mas eles continuam lá, às vezes até crescem, apodrecem, se agravam. E como educador também está tendo a oportunidade de ensinar uma nova geração de uma maneira diferente, mais sábia e saudável, tanto no âmbito emocional, quanto relacional e espiritual.
O suíço Carl Jung, fundador da psicologia analítica, tem uma frase que ilustra bem o assunto: “O que negas te domina. O que aceitas te transforma”. Esta aceitação é no sentido de autoconhecimento, humildade e maturidade para RECONHECER as próprias falhas e se responsabilizar por elas. Contudo, sem se autoflagelar por saber que é algo da natureza humana. O Mestre dos mestres ilustra muito bem tudo isso na parábola do Fariseu e do Publicano, em Lucas 18.9-14. Vamos relê-la e refletir sobre ela, sob essa perspectiva?!
E (Jesus) disse também esta parábola a uns que confiavam em si mesmos, crendo que eram justos, e desprezavam os outros:
Dois homens subiram ao templo, a orar; um, fariseu, e o outro, publicano. O fariseu, estando em pé, orava consigo desta maneira:
— Ó Deus, graças te dou, porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros; nem ainda como este publicano. Jejuo duas vezes na semana e dou os dízimos de tudo quanto possuo.
O publicano, porém, estando em pé, de longe, nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo:
— Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador!  
Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque qualquer que a si mesmo se exalta será humilhado, e qualquer que a si mesmo se humilha será exaltado.
Até mesmo os maiores e mais admiráveis servos de Deus tiveram sentimentos e emoções consideradas mesquinhas: vaidade, inveja, ressentimento... Como disse o apóstolo Tiago quando mencionou o grande profeta Elias, todos nós seres humanos somos frágeis, isto é, sujeitos as mesmas fraquezas (cf. Tg 5.17). A diferença está em como lidamos com elas. As confessamos diante de Deus com humildade? Ou as escondemos (até de nós mesmos), enquanto elas fazem mal a nós e a outros? 
Transmita às crianças que desde o Pecado Original, sentimentos como os que os irmãos de José tiveram, também surgirão em nossos corações. Por isso precisamos sempre ser sinceros para Deus confessando-os, pedindo a Ele que nos perdoe e nos livre deles para que não façamos mal a nós e a outras pessoas. Mas se fizermos, também precisamos aprender a assumir e pedir perdão com humildade. Um coração sincero e arrependido Deus nunca rejeita.
O Senhor te abençoe e capacite. Boa aula! 
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Primários da CPAD 

Lição 04 - 2º Trimestre 2019 - Os Reis de Judá e de Israel - Juvenis.

Lição 4 - Os reis de Judá e de Israel

2º Trimestre de 2019
“Este será grande e será chamado filho do Altíssimo; e o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai, e reinará eternamente na casa de Jacó, e o seu Reino não terá fim” (Lc 1.32,33).
OBJETIVOS
Refletir sobre as características da liderança exercidas pelos reis;
Apontar Ezequias e Acabe como exemplos de liderança;
Compreender o conceito de vocação integral para liderança.
ESBOÇO DA LIÇÃO
1. O REI COMO LÍDER – CARACTERÍSTICAS E FINALIDADE
2. O PÉSSIMO EXEMPLO DE ACABE
3. EZEQUIAS, UM REI QUE CUMPRIU O SEU PAPEL
4. A LIDERANÇA NA PERSPECTIVA INTEGRAL DO REINO DE DEUS
Querido (a) professor (a), na próxima aula vamos no aprofundar no tema “liderança”, analisando o governo monárquico; mais especificamente o exemplo de dois reis, um de Israel, outro de Judá.
A fim de que você possa melhor introduzir o assunto em classe, sugerimos brevemente recordar como se deu esse processo de transição da liderança dos juízes para o período da liderança dos reis. A forma como o pedido do povo para ser como as demais nações, adeptas à monarquia, se desdobrou e até se tornar um insulto ao maior de todos os líderes, o Senhor, o Rei que tirou seu povo da escravidão do Egito, liderando-os através de porta-vozes escolhidos por Ele, rumo à Terra Prometida. 
Lições da monarquia.
Embora a monarquia fosse algo previsto por Deus na história de Israel (Dt 17.14), ficou explícito em sua instituição que Deus reprovou tal escolha (1Sm 12.18-19). A monarquia em Israel traz uma série de lições para a nossa vida. Na monarquia imperava a descendência, onde muitos reis, despreparados e novos, herdavam o trono de seus pais e não eram aprovados por Deus. Eram reis que não conheciam ao Senhor e sempre repetiam os pecados de seus pais.O resultado de tal insanidade foi uma idolatria generalizada, o pecado grassando no meio da nação e a destruição dos reinos do Norte e do Sul. 
Professor, explique aos alunos que não era errado Israel desejar um rei, pois Deus já havia mencionado esta possibilidade (Dt 17.14-10). O problema residia no fato de que o povo estava rejeitando o Senhor como seu líder, porque queria ser como as “outras nações”. Deus, em sua misericórdia, ordenou que Samuel cuidadosamente explicasse ao povo os “prós” e “contras” de se ter um rei. Nesta lição, sugerimos que você reproduza a tabela abaixo (onde constam os problemas e as realizações da monarquia), e discuta com os alunos o que significou para Israel ter um rei. (Texto extraído da revista Jovens e Adultos, 2009, CPAD).
problemas
É interessante debater em classe e ouvir a opinião dos seus Juvenis sobre este tipo de liderança, em que uma pessoa “herda” o cargo, mas será que também o dom, o interesse, a dedicação e demais requisitos necessários para exercê-lo? Levante esta e outras questões que demonstrem as diferenças entre monarquia e democracia. Pode-se ir pontuando no quadro os prós e os contras de ambas. É interessante debater em classe e ouvir a opinião dos seus Juvenis sobre este tipo de liderança, em que uma pessoa “herda” o cargo, mas será que também o dom, o interesse, a dedicação e demais requisitos necessários para exercê-lo? Levante esta e outras questões que demonstrem as diferenças entre monarquia e democracia. Pode-se ir pontuando no quadro os prós e os contras de ambas. 
Procure ler previamente sobre o modelo de liderança política na Inglaterra, que é uma das monarquias mais conhecidas do mundo; fale sobre o papel do Primeiro Ministro; a diferença entre presidente e Chanceler, e outras curiosidades que despertem o interesse da turma para o foco da lição e objetivos a serem atingidos através dela. 
O Senhor te abençoe e capacite. Boa aula! 
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Juvenis da CPAD

quinta-feira, 25 de abril de 2019

Lição 04 - 2º Trimestre 2019 - O Papai do Céu é Bom - Berçário.

Lição 04 - O Papai do Céu é bom!

2º Trimestre de 2019
Objetivo da lição: Que a criança compreenda que Deus é bom.
É hora do versículo: “[...] O Senhor Deus é bom” (Sl 34.8).
Nesta lição, as crianças serão conscientizadas de que o Papai do Céu é bom. Por este motivo, Ele faz muitas coisas boas para nós. Ele manda o sol, a chuva, a lua, as estrelas, o papai, a mamãe, a nossa comidinha e a comidinha dos animais. O Papai do Céu é muito bom!
Quando ensinamos ao bebê sobre amor e amar a Deus, e que o Papai do Céu é bom, devemos ter consciência de que a criança que na primeira infância ama e é amada por aqueles que a cercam, gradativamente, saberá amar a Deus. Aquelas que têm um pai amoroso serão capazes de ver a Deus como o amoroso Pai celestial. As que são ensinadas a obedecer aos pais e a outras autoridades, adiante, aprenderão a obedecer a Deus.
Após realizar todas as atividades propostas no manual do professor e caso haja tempo, imprima a folha abaixo, com a palavra “bom” e peça aos alunos para colarem bolinhas de papel crepom. Enquanto realizam a atividade, reforce que o Papai do Céu é bom em todo tempo.
bom
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Berçário