terça-feira, 14 de maio de 2019

Lição 07 - 2º Trimestre 2019 - Prostituição, a Perversão da Sexualidade - Jovens.

Lição 7 - Prostituição, a perversão da sexualidade 

2º Trimestre de 2019 
Introdução
I-O Contexto da Primeira Carta aos Coríntios
II-A Liberdade em Cristo não Pode ser Confundida com Libertinagem
III-O Cristão não Pode Submeter seu Corpo à Promiscuidade
Conclusão
Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivos:
Compreender o contexto da Primeira Carta aos Coríntios;
Mostrar que a liberdade em Cristo não pode ser confundida com libertinagem;
Conscientizar de que o crente não pode submeter seu corpo à promiscuidade. 
Palavras-chave: Cobiça e soberba.
O sexo foi criado para ser uma bênção na vida do ser humano, proporcionando a possibilidade de continuidade, bem como de prazer. A Primeira Epístola que Paulo escreveu aos coríntios traz sérias recomendações com relação ao uso do corpo e do prazer, apresentando negativas em relação algumas práticas sexuais. Para entendermos o motivo e a própria mensagem do apóstolo faz-se necessário conhecermos o contexto da cidade e da comunidade de Corinto. Assim, será possível compreender a seriedade com que Paulo adverte o povo para não ceder a qualquer motivo que pudesse levá-los à imoralidade sexual e contaminar o corpo, o templo do Espírito Santo.
I. A Liberdade em Cristo não Pode Ser Confundida com Libertinagem
Um panorama sobre a cidade de Corinto
Após três anos de tensões sem precedentes entre Roma e Corinto, em 146 a.C. o general romano Lúcio Múmio, exterminou grande parte da população masculina e os libertos, escravizou as mulheres e crianças, saqueou a cidade e devastou as edificações e construções referenciais a ponto de tornar Corinto um desolado monte de ruínas. Aproximadamente 100 anos depois ela resurge. Júlio César a reconstruiu em um curto período de tempo, favorecido devido às vantagens topográficas do local. Corinto tornou-se uma cidade-colônia, a metrópole da província romana de Acaia que passou a se chamar Laus Julia Corinthiensis, que incluía virtualmente toda a Grécia. 
Corinto chegou a ter mais de 500 mil habitantes, uma das maiores cidades de todo o Império Romano. Por ser uma cidade com dois portos: Laqueu/Lequeo (golfo de Corinto — que ligava a cidade à navegação para a Itália e o Ocidente) e Cencreia (golfo sarônico — que movimentava todo o comércio que vinha para Atenas, Éfeso, Antioquia e o Oriente) possuía uma grande prosperidade comercial. No entanto, dois terços da população eram de escravos e trabalhadores: “doqueiros” (descarregavam e carregavam os navios) e os “diolcois” (transportadores de navios de um porto, o Egeu, para o outro, o Adriático, por meio de paus roliços). O outro terço da população era composto de homens livres e libertos, principalmente helênicos e romanos, pertencentes ao sistema patronal romano e elite grega. Além destes, os ricos capitães e marinheiros que controlavam as embarcações comerciais e turísticas que transitavam nos dois portos da cidade. Quando ocorriam os jogos ístmicos (atletismo) durante a primavera, a sociedade se dinamizava para receber centenas de turistas. Pessoas das mais diversas regiões, pensadores itinerantes, filósofos consagrados portadores das mais diversas visões de mundo, além de proclamadores de diversas religiões.
Quanto à religião, a cidade possuía os dois grandes templos da época: o templo de Afrodite/Vênus (deusa do amor) e templo de Apolo (deus da música, canto, poesia e da beleza masculina). As religiões mistéricas promoviam experiências em que seus participantes eram levados ao êxtase, com vistas à autossatisfação, alienação e ausência de consciência crítica. Eram celebradas grandes festas tidas como sagradas com carnes sacrificadas a ídolos e representantes do Império Romano. Existia uma sinagoga judaica, possivelmente faziam parte dela a maioria de judeus que foram expulsos de Roma pelo Imperador Cláudio em 54 d.C., conforme afirma Renan (2003, p. 183): “Próximo ao desembarque de Paulo, um grupo de judeus expulsos de Roma pelo édito de Cláudio também havia chegado de barco entre os quais estavam Áquila e Priscila que já nesta época professavam a fé em Cristo”.
Em relação à sexualidade havia um grande conflito entre os costumes dos religiosos, a valorização do ser humano, como se dava a exploração do corpo, tratativas com o casamento, viuvez, celibato, virgindade, entre outros costumes de uma cidade cosmopolita como Corinto, no primeiro século. Existia uma grande valorização da sabedoria filosófica e do conhecimento considerado como fonte de libertação humana. Na contramão da sabedoria e do sistema de governo que dominava a cidade de Corinto, Paulo apresenta a sabedoria da cruz, a opção pelo Crucificado e não pela elite e poderosos, pelos pobres e desprotegidos, pelos desprezados e sem projeção na sociedade corintiana. Ferreira (2013, p. 33) afirma que a perspectiva de Paulo, Apolo e Pedro era outra: “a construção de comunidades que deveriam servir”. Paulo procurava conscientizar os cristãos de coríntios que eles não podiam reproduzir as desigualdades, as injustiças e as promiscuidades romanas, que dominavam a cidade. 
Corinto era sinônimo de riqueza e luxo, de alcoolismo e corrupção. O estilo de vida era tão depravado que era utilizado um termo pejorativo para os moradores da cidade “coritizar”, tamanha era a falta de seriedade e frouxidão moral. Nos dias do apóstolo Paulo, a raça da população de Corinto era indefinida e heterogênea. Os primeiros colonizadores romanos eram homens livres vindos da Grécia, Egito, Síria e Judeia. Na sua maioria, aventureiros gregos e burgueses romanos. Quanto às profissões, havia ex-soldados romanos, filósofos, mercadores, marinheiros, marreteiros, entre outras. 
O apóstolo Paulo escreveu, pelo menos, quatro epístolas aos coríntios (cartas perdidas: 1 Co 5.9; 2.4;7.8). A primeira epístola canônica foi escrita por volta de 55/56 a.C. Com exceção de Éfeso, Corinto foi a cidade em que Paulo permaneceu mais tempo (18 meses, At 18.1-17). As epístolas de Paulo, em geral, eram escritas para tirar dúvidas e orientar pastoralmente as recentes comunidades cristãs entre os gentios. Quando estava em Éfeso, o apóstolo toma conhecimento de alguns problemas da igreja devido à grande influência secular e religiosa. Além das tensões entre judeus e gregos (1 Cor 1,18-31; 12 e 13), livres e escravos (1 Cor 7,21-23), existiam questões doutrinárias sobre ressurreição, casamento, dons espirituais, questões morais e éticas, entre outras. Isso faz das epístolas aos coríntios uma grande fonte de doutrinas sistemáticas, que graças a disposição e desprendimento do apóstolo Paulo para a missão e o ensino chegou até nós. 
Fazer tudo o que quer não é liberdade, mas escravidão 
O apóstolo divide 1 Coríntios 6 em duas em partes principais. Na primeira parte, ele adverte os membros da igreja a respeito da incompetência ou má vontade de resolverem internamente questões de relacionamentos entre eles e pequenas causas, preferindo levar aos tribunais seculares. Na segunda parte, objeto deste estudo, ele censura a tolerância com a promiscuidade sexual, cujo contexto da epístola dá a entender estava se tornando algo normal entre eles. Paulo fala com um tom forte e de ameaça, na sequência, como seu costume, e desenvolve uma argumentação para embasar sua advertência, como forma de apoio espiritual aos seus destinatários. 
Os coríntios achavam que podiam fazer tudo o que quisessem, em nome da liberdade em Cristo, sem prejuízo para a vida espiritual. De tal modo, se tornavam escravos da paixão, que dominavam suas vontades e ações. Provavelmente, eles estavam retendo grande porção de sua antiga licenciosidade incorporada dos costumes da cidade. Eram criados pretextos para legitimar suas atividades, como a mal interpretada liberdade cristã. Desse modo, práticas consideradas como pecado passava a ser considerada comum. 
Outro extremo era a prática dos gnósticos. Para eles, o que se faz com o corpo é indiferente, desde que mantenha o espírito puro, ou seja, o que se faz com o corpo, que é a matéria má, não tem efeito sobre a vida espiritual. As crenças gnósticas causaram muita confusão na igreja de Corinto, e Paulo precisou demonstrar que o corpo do cristão é para a glorificação a Deus pelo uso que se faz com ele. O gnosticismo imperou até o terceiro século, quando surge o maniqueísmo que aproveita pouco de suas ideias em sincretismo com elementos do zoroastrismo, hinduísmo e judaísmo. O indivíduo em pecado poderia ser redimido por meio de penitências, como jejuns, flagelos, mortificações, entre outras formas de castigar o corpo com intuído de dominá-lo e purificá-lo. Uma interpretação equivocada que levou muitos a utilizar a castidade e a virgindade como meios mais eficazes para purificar o corpo e a alma. Segundo Strabeli, essas práticas continuam torturando muitas pessoas em seus complexos de culpa:
Hoje em dia, embora a teologia já tenha dado grandes passos na compreensão do homem como unidade ôntica, isto é, entendendo-o como realmente é: todo corpo, toda alma, embora a concepção do homem seja profundamente antropológica e bíblica, valorizando o corpo humano, e reconhecendo todas as suas potencialidades, sua beleza, sua espiritualidade (ele é “templo do Espírito Santo”) assim há muita gente que ainda tem medo do próprio corpo. Para muitos ele é ainda instrumento de pecado e terrível inimigo da alma. É preciso mudar profundamente esse modo de ver e de considerar o corpo humano. Deus não o fez mal nem ele é ou se tornou mal. Deus fez tudo bom e muito bom (Gn 1,31). O mal está na nossa cabeça! (STRABELI, 1998, 62)
A argumentação do apóstolo é a sacralidade do corpo humano daquele que está em Cristo. Paulo reforça que Cristo morreu na cruz para resgate tanto da parte espiritual como material do ser humano, seu corpo. A falta de respeito ao corpo torna-o profano, em vez de objeto de glorificação a Deus. Paulo, ao afirmar que o corpo do cristão é templo de Espírito Santo, iguala o respeito ao corpo ao respeito ao próprio Templo, tido como sagrado pelo principalmente pelos judeus. 
Para Paulo somente aquele que está em Cristo tem a liberdade real. A expressão “em Cristo” era querida pelo apóstolo, ela aparece 86 vezes nas cartas de atribuição paulina, isso sem considerar expressões análogas como “nele” e “no qual”. Quando uma palavra é utilizada com frequência por um autor se torna uma palavra-chave para interpretação do texto. 
Paulo, na epístola que escreveu aos romanos, utiliza uma expressão para caracterizar o oposto de estar “em Cristo”, ele usa a expressão estar “em Adão”. Em Romanos 5.12-19, ele compara e contrasta a vida e a obra de dois homens que afetaram toda a humanidade. Assim, pode-se dizer que há duas humanidades: aquela que está em Adão e aquela que está em Cristo, em virtude da fé (NEVES, 2015, p.77-87). Alguns cristãos coríntios, em nome de uma liberdade equivocada do estar em Cristo, na realidade estavam “em Adão”.
Aos coríntios, Paulo afirma que da mesma forma como em Adão todos morrem, em Cristo todos serão vivificados (1 Co 15.22). Para ele o estar “em Cristo” remodela a vida humana em todas as suas esferas e aspectos, o novo convertido passa ser a imagem do próprio Cristo (2 Co 5.17). A nova criatura em Cristo vive a vida de um modo inteiramente diferente e em oposição às pessoas “sem Cristo”. Todos os seres humanos estão “em Adão”, até que passam a estar “em Cristo”. “Em Cristo”, porém, descreve a posição da pessoa remida, livre da tirania do pecado (1 Co 10.13). Os que estão “em Cristo” se relacionam com Ele por meio da fé. O propósito é tornar os que estão em Cristo mais parecidos com Cristo, para o louvor de sua glória (2 Co 3.18; Ef 1.4-6). No entendimento de Paulo, a vida em Cristo na presente era é caracterizada por contradições. 
O mundo ainda está debaixo da maldição do pecado, e por isso não é o lugar ideal para se viver. No entanto, em Cristo é possível conviver com o mundo sem se conformar com ele (Rm 12.1,2) e manter a integridade de uma vida cristã, a espera da redenção final. Portanto, fazer tudo que a vontade da carne quer é estar em Adão. Paulo recomenda viver a liberdade de Cristo, dominando a vontade da carne e vivendo em espírito, em Cristo.
II. O Cristão não Pode Submeter seu Corpo à Promiscuidade Sexual 
O contexto de corpo, alma e espírito na cultura de Corinto e do Novo Testamento
Para entender o conceito de corporeidade apresentado por Paulo na epístola, faz-se necessário conhecer qual era a visão da civilização hegemônica helênica, abrangente em todo o Império Romano no ocidente, incluindo o mundo semita israelita. Os gregos desenvolveram uma antropologia especialmente platônica, que era dicotomista (ser humano em duas partes: corpo e alma). Nessa visão, a alma era supervalorizada, a parte do bem, sendo o corpo a parte do mal, consequentemente desvalorizado e considerado o cárcere da alma. Por outro lado, a concepção hebraica considerava o ser humano em sua totalidade, ou seja, não se via a alma sem corpo e nem o corpo sem a parte espiritual. Sendo assim, na narrativa judaica da criação, como já visto, não se menciona a criação do corpo, mas do ser humano sem distinção de partes, de forma integral. A visão dicotômica aparece somente em literaturas judaicas influenciadas pelo helenismo, como nas literaturas pseudoepígrafas. No Novo Testamento, por influência paulina, prevaleceu o ponto de vista judaico. Ferreira (2003, p. 40) apresenta os cinco eixos do corpo apresentado por Paulo na Primeira Epístola aos Coríntios: a) a comunidade como Corpo de Cristo; b) embate com os espiritualistas/esclarecidos (uma linha filosófica de Corinto sobre o corpo; c) o corpo na vida sexual; d) o corpo na Última Ceia; e) a ressurreição do corpo. O apóstolo Paulo, apesar de inserido profundamente na cultura grega, preservou a força da antropologia semítica que via o ser humano como um todo. 
O ser humano como espírito, ruah em hebraico e pneuma em grego que significa pessoa-corpo-alma, extrapola os limites de sua existência como carne-corpo-alma para se comunicar com a esfera divina. A maior referência a essa esfera transcendental é a experiência da ressurreição de Jesus, que apresenta uma nova possibilidade de existência humana. Essa possibilidade é apresentada por Paulo como argumento favorável em defesa de uma vida que preserva o corpo, no texto em estudo, mais precisamente em 1 Coríntios 6.14,17: “Ora, Deus, que também ressuscitou o Senhor, nos ressuscitará a nós pelo seu poder. [...] Mas o que se ajunta com o Senhor é um mesmo espírito”. Ferreira (2013, p. 41) afirma que quando Paulo queria falar dos dotes humanos da inteligência natural, “ele usava como em 1 Coríntios 14.14,15 a palavra ‘noos’ (mente para distingui-la do significado de ‘pneuma’ espírito). Esta significa o próprio ser do homem, no que tem de natural-espiritual”. Para Paulo, no sentido teológico, o termo pneuma significava o próprio ser de Deus atuando sobe o mundo criado. Para ele o campo de atuação entre Deus e o ser humano está sob o domínio do Espírito Santo (1 Co 2.10). Assim, na visão paulina, o ser humano obtém o Espírito divino somente por meio da fé (Gl 3.2,5,14,26,28; 1 Co 6.11). Por isso, a oposição ferrenha em carne e espírito, descrita por Paulo em 1 Coríntios 2.10. 
A comunidade como corpo do Espírito Santo
A tipologia bíblica utiliza alguns termos simbólicos para representar uma pessoa ou coisa. Em 1 Coríntios 6.19, Paulo adverte: “Ou não sabeis que o nosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos?”. Ele utiliza o corpo como representante do templo, quando se refere a este, vem na mente dos destinatários o Templo que eles conheciam em Jerusalém, com toda a sua representatividade. Um lugar de encontro com Deus, em que as pessoas adoravam e reverenciavam como santo, ou seja, separado para uso exclusivo de adoração a Deus. A intenção de Paulo é que as pessoas com isso em mente se imaginassem como igreja, parte do corpo de Cristo, santificando-se e oferecendo seus corpos como sacrifícios vivos para o louvor e glória de Deus (Rm 12.1,2). 
Na mesma epístola Paulo utiliza novamente essa tipologia (2 Co 5.1):  “Porque sabemos que, se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos de Deus um edifício, uma casa não feita por mãos, eterna, nos céus”. Nessa linguagem figurada, o apóstolo quer dizer que aquele que cuidar adequadamente deste tabernáculo, que é o corpo recebido, como excelentes mordomos receberá um novo tabernáculo na eternidade, superior a este que é corruptível. Outro texto que usa a mesma tipologia é 2 Pedro 1.14: “sabendo que brevemente hei de deixar este meu tabernáculo”, que fala da ciência de que em breve teria uma morte vitoriosa, como no texto anterior, trocando o corpo mortal por um corpo imortal. Note que nessas referências é citado o Tabernáculo e o protótipo do Templo que, na realidade, mantinham as características fundamentais. Eles tinham praticamente a mesma divisão, o pátio, o lugar santo e o lugar santo dos santos (Êx 26.31-33; 27.9-15). A diferença é que o Tabernáculo era temporário e portátil. Na realidade, o próprio Templo com toda a sua pompa, por mais que fosse permanente, também foi retirado do local, ou seja, destruído. Portanto, também temporal. Assim, a comunidade como corpo e o corpo de cada pessoa também é temporário. O que fazemos com ele em vida determinará a eternidade. Alguns teólogos, como, por exemplo, o pastor Elienai Cabral (2003, p.57), usa uma comparação também com o conceito do corpo tricotômico: corpo como o átrio externo, o lugar santo como a alma e o lugar santo dos santos como o espírito. Como didática, é válida a comparação. Assim como deveriam ser respeitados como santos todos os espaços, da mesma forma a comunidade e o cristão devem cuidar das partes do ser como um todo, como partes integrantes e inter-relacionadas. 
Em 1 Coríntios 3.4 está descrito que alguns grupos se intitulavam de Paulo, ou de Apolo, ou de Cefas, porém o apóstolo desmascara-os afirmando que eles eram simplesmente cooperadores do evangelho, a comunidade era do Espírito Santo, quem verdadeiramente era a fonte de vida e crescimento. Ninguém, por mais influente, eloquente, conhecedor das Escrituras deveria tomar para si os créditos, pois sem a ação do Espírito Santo não teriam êxito. Paulo deixa bem claro isso, além de recomendar ações coletivas para reduzir ao máximo as individualidades (1 Co 12—14). Agentes do evangelho como cooperadores dos mistérios de Deus (1 Co 4.1). Daí a afirmação de que a comunidade é templo de Deus, um lugar santo, morada de Deus. O Espírito de Deus tendo liberdade de ação não haveria espaço para as imoralidades que dominava a cidade de Corinto. No entanto, dentro da comunidade havia um grupo que Paulo chama de “fortes”, que se achavam “perfeitos” e cheios do Espírito de Deus e julgavam que podiam fazer o que quisessem com o corpo, pois não atingiria o espírito (1 Co 6.12; 10.23). Se o corpo é templo do Espírito Santo, então a comunidade e os seus membros são mordomos do corpo, que pertence a Deus. Por isso, deve ser conservado (Rm 12.1,2; 1 Co 6.20). Todas as ações e motivações dos membros do corpo devem ser conscientes com vistas o louvor e a glória de Deus. 
Se o campo de atuação do Espírito de Deus é a comunidade, esta precisa viver em espírito, pois é devedora não à carne para viver na promiscuidade sexual, mas à pura graça de Deus, sendo guiado pelo espírito para mortificar as obras carne, que é mortífera espiritualmente falando (Rm 8.12-17). A comunidade cristã não recebeu um espírito de escravidão, mas espírito de adoção de filhos (Rm 8.15). 
A promiscuidade sexual e a comunidade do Espírito Santo
Poucas igrejas cristãs abrigaram tantos fiéis como a igreja em Corinto. A comunidade se alastrou por toda a província de Acaia, “tornando-se o núcleo do cristianismo na península helênica” (RENAN, 2003, p. 185). No entanto, infelizmente, a igreja em Corinto não ficou alheia às práticas imorais da cidade. Nem todas as pessoas que frequentam as igrejas estão verdadeiramente libertas. Por isso, a necessidade tratar dos assuntos para bem da edificação da igreja. Renan (2003, p. 182,183) afirma que “O grande templo de Vênus abrigava mais de mil cortesãs sagradas; a cidade inteira era como um vasto lugar suspeito onde um grande número de estrangeiros, sobretudo marinheiros, vinham gastar as suas riquezas”. A imoralidade da cidade ainda influenciava a igreja a ponto de “em alguns anos Corinto será palco de cristãos incestuosos e ébrios sentados à mesa de Cristo”. As cortesãs sagradas citadas por Renan são prostitutas sagradas. Ferreira (2013, p. 24) contesta essa grande quantidade para a época. No entanto, considerando que a cidade foi reconstruída em 44 a.C., como uma cidade-colônia, e na época de Paulo, já havia passado mais de um século, além de ser uma cidade portuária, e a prática sexual estar ligada à religião principal da cidade, com dois templos dedicados a Afrodite, o número deveria ser considerável. Assim as relações entre homens e mulheres eram múltiplas, sem o menor pudor.  
Paulo adverte sobre o perigo das relações sexuais imorais entrarem na igreja. Ele fala que a atração sexual continua viva entre os membros da comunidade. O apóstolo firma que durante o ato sexual os corpos do homem e da mulher passam a pertencer um ao outro, formando uma única carne (1 Co 7.4). Em uma relação extraconjugal, o cristão cede o corpo que é para o Senhor e o Senhor para ele, à prostituição, profanando-o (1 Co 6.13). Paulo assevera que o corpo do cristão é membro de Cristo e não poderia ser entregue a uma prostituta (1 Co 6.15).
Em 1 Coríntios 6.13 se pode aplicar o que foi aprendido nas seções anteriores. Aqui, neste versículo, Paulo utiliza o termo soma para corpo. Ferreira (2013, p. 94) afirma que Paulo utilizou essa expressão “por que entendia que na relação sexual estava presente todo o ser da pessoa, como na experiência da doença e da cura, da morte e da ressurreição”. Desse modo é possível compreender a preocupação de Paulo com a promiscuidade sexual que assolava a comunidade de Cristo, e como isso poderia minar a comunhão dos membros da comunidade com o Espírito de Deus. A população de Corinto tinha um slogan: “Tudo me é permitido”. Esse slogan não servia para a igreja e continua não servindo. Paulo o complementa, “tudo me é permitido, mas nem tudo convém” ao cristão. Pode parecer que o apóstolo era contrário a liberdade, mas não é a verdade. Na epístola que escreveu aos gálatas ele deixa bem claro qual é a liberdade que há em Cristo. Ele os advertiu para não usar essa liberdade genuína como pretexto para servir à carne e transformá-la em libertinagem (Gl 5.1-13).
Em 1 Coríntios 6.15,16, Paulo parece contraditório ao misturar alimentação que está relacionado com a nutrição com a prática sexual ao falar, mais uma vez, de “carne”. Tem-se a impressão de que não existe coerência em suas palavras, mas, na realidade, os dois assuntos tratam de necessidades físicas. Mas no conceito defendido pelo apóstolo do ser integral, a alimentação e a sexualidade vão além de meras necessidades físicas. O que estiver fora das restrições, da normalidade, rebaixaria o ser humano a escravo dessas necessidades. Por isso, Paulo afiança “mas eu não me deixarei dominar por nenhuma”. De tal modo, que Paulo critica no versículo 16 o prazer por prazer, o cristão deve se unir com alguém que também se uniu ao Senhor, assim estariam no mesmo Espírito (1 Co 6.17). 
Paulo conclui a perícope advertindo: “Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus” (1 Co 6.20). Ele traz à memória o preço que Cristo pagou pela comunidade e a morte vergonhosa de cruz. Por gratidão, o cristão deve glorificar a Deus por meio de seu corpo, não o profanando, e espírito, pois foi criado para o louvor e a glória de Deus (Is 43.7; Ef 1.11,12; 1 Co 10.31). 
Quando o desejo da carne quiser dominá-lo, lembre-se do preço pelo qual você foi comprado!
*Adquira o livro do trimestre. NEVES, Natalino. Cobiça e Orgulho: Combatendo o desejo da Carne, o Desejo dos Olhos e a Soberba da Vida. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2018.
Que Deus o(a) abençoe.
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista Lições Bíblicas Jovens 
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Jovens. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

sexta-feira, 10 de maio de 2019

Lição 06 - 2º Trimestre 2019 - Interpretando Sonhos na Prisão - Primários.

Lição 6 - Interpretando Sonhos na Prisão

2º Trimestre de 2019
Objetivo: Que o aluno entenda que é servir a um Deus que aprimora o nosso caráter.
Ponto central: Deus aprimora o nosso caráter.
Memória em ação: “É Deus quem dá à gente a capacidade de explicar os sonhos” (Gn 40.8).
Querido (a) professor (a), dando prosseguimento a história de José, a lição desta semana vai focar em um tema extremamente importante, especialmente no cenário atual da Igreja e sociedade: CARÁTER.  Primeiramente, vamos entender melhor esta palavra, para que melhor possamos explicá-la na linguagem de nossos Primários?! Segundo o Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa Michaelis, veja os significados:
[...] Conjunto de traços psicológicos e morais que caracterizam um indivíduo ou um grupo de pessoas.
Modo de ser, ou de se comportar, próprio de um indivíduo; temperamento. Sentido ético dos deveres a serem respeitados; honestidade. 
Marca específica de algo; especificidade.
Podemos perceber então que caráter está relacionado ao conteúdo mais íntimo de uma pessoa, como ela se comporta, mesmo quando ninguém está olhando, a sua essência. E devido ao pecado original, todos nós carregamos uma inclinação para o mal; o que já podemos observar desde a tenra idade. 
Ninguém fala firmemente sobre o desenvolvimento moral, em nossos dias, sem mencionar o nome de Kohlberg. Lawrence Kohlberg identificou os “estágios” e níveis do método Piaget como raciocínio moral. Eis aqui uma breve descrição dos quatro níveis e dos estágios em cada um deles. 
Nível Pré-moral. Estágio 0: Até a fase em que começa engatinhar, a criança não é capaz de entender ou raciocinar sobre todos os assuntos morais. Ela ainda não faz idéia do que é ter obrigações para com os outros, nem sobre o que é autoridade. Para ela, o bom é o que é agradável, e o  mau, o que causa dor. Ela faz o quer ou pode fazer.
Nível Pré-convencional. A criança que recebe disciplina cresce de modo a ser sensível à maneira como sua sociedade rotula o bom e o mau, o certo e o errado. Mostra-se sensível em razão das conseqüências para si própria. Estágio 1: Neste primeiro estágio, a criança é guiada pela punição ou recompensa. Ela acata a autoridade ou poder não porque tenha respeito, mas porque é “bom” evitar a punição. Estágio 2: Neste estágio, a criança é guiada pela satisfação. Este estágio é caracterizado pelo dizer: “Você é bom para mim e eu vou ser bom para você”. Muitas crianças do primário estão nos Estágios 1 ou 2 do Nível Pré-convencional. [...]
O professor cristão necessita colocar Deus em todo ensinamento do raciocínio moral. No Estágio 1, onde a criança é guiada pelas consequências da punição ou recompensa, é inteiramente apropriado ensinar que Deus pune o pecado e retribui o que é bom. Muitas histórias da Bíblia mostram isto de forma clara e concretamente. (BEECHICK, Ruth. Como ensinar Crianças do Primário. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, pp. 13- 16).
Algumas pessoas são mais suscetíveis quanto a delitos “x”, enquanto outros mais vulneráveis ao “y”.  Mas o fato é que todos nós passaremos a vida lutando contra a nossa natureza pecaminosa, aprimorando assim o nosso caráter. E como é bom poder começar a aprender sobre isto cedo, como nossos Primários estão tendo oportunidade. Que o Senhor Jesus te use como um farol e um exemplo de caráter para estes pequeninos.
O Senhor te abençoe e capacite. Boa aula! 
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Primários da CPAD

Lição 06 - 2º Trimestre 2019 - Os Profetas em Israel - Juvenis.

Lição 6 - Os profetas em Israel

2º Trimestre de 2019
“Mas o SENHOR me tirou de após o gado e o SENHOR me disse: Vai e profetiza ao meu povo Israel” (Am 7.15).
OBJETIVOS
Apresentar as características da liderança profética;
Justificar a necessidade da liderança profética na atualidade;
Associar o profetismo à justiça social.
ESBOÇO DA LIÇÃO
1. O QUE É SER UM PROFETA?
2. O MODELO DE LIDERANÇA PROFÉTICA NO AT
3. AMÓS, UM CLÁSSICO TIPO DE PROFETA DO AT
4. O MINISTÉRIO PROFÉTICO COMO LIDERANÇA DO POVO
Querido (a) professor (a), no próximo domingo vamos analisar o tema do nosso trimestre, isto é, liderança, contudo nesta aula sob a função do profeta. Devido a excessos e até mesmo desvios de algumas pessoas no meio pentecostal e neopentecostal, este dom talvez tenha caído em descrédito ou mesmo o entendimento sobre o real significado de um legítimo profeta tenha sido deturpado para muitos. Por isso é crucial esclarecer o papel, a importância desse servo que o Senhor levanta para orientar, exortar e guiar o seu povo pelo caminho que se deve andar.
Liderar como profeta pode ser uma das mais árduas formas de liderança, já que comumente o profeta é levantado por Deus para corrigir a rota de seu povo, quando a maioria encontra-se desviada. A sua mensagem quase sempre não é fácil ou de imediato do agrado de seus ouvintes. Portanto, é necessária muita comunhão com Deus para suportar a pressão da maioria sem se deixar levar por ela, é preciso demasiada coragem e autenticidade para tal. 
Para ampliar o desafio, esta maioria não era pagã, os de fora da igreja, como se pode pensar; ao contrário, a mensagem era endereçada ao Israel de Deus, a quem estava ou se dizia estar nos caminhos do Senhor. Como confrontar quem se acha e aparenta estar certo? Pense que desafio! Proponha esta reflexão aos seus Juvenis. 
E para ilustrar de forma ainda mais palpável e compreensível para a classe proponha um exercício de empatia, que eles se coloquem no lugar dos profetas e como seria nos dias de hoje.   Por exemplo: Você consegue imaginar ser usado por Deus para confrontar o presidente!? Expor os pecados dele quando a maioria do povo de Deus o aclama?! Corrigi-lo, enquanto muitos crentes o ovacionam? Pois foi exatamente o que o Senhor pediu a Natã quando este foi até Davi! (Leia 2 Sm 12.1-15). 
E o que dizer se mais de 400 profetas estivessem apoiando e favorecendo os planos e atitudes do presidente, você teria coragem de ser a única voz a dizer o contrário?! Pois foi exatamente o que aconteceu a Micaías frente ao tirano Acabe, mesmo correndo o risco da impopularidade, exclusão de seu círculo social, cárcere e até mesmo a execução. Ainda assim ele cumpriu o seu papel com ousadia e obediência. (Leia 2 Cr 18).
Elias, Jeremias, Amós (o profeta destacado em nossa lição) e tantos outros exemplos de profetas solitários, vozes que clamaram no deserto, que foram punidos, exilados, excluídos e mortos por proclamarem a verdade de Deus, mesmo quando esta contrariava as massas, reis e sacerdotes. Incentive a seus alunos a desejarem ser este tipo de profeta, fiel a Deus acima de tudo e todos, corajoso, ousado e obediente.
Para aprofundar ainda mais os seus estudos sobre o tema, segue abaixo um artigo do grande e saudoso mestre, pastor Antônio Gilberto, publicado pelo nosso portal CPAD News. Caso deseje ler o artigo completo, basta clicar aqui.
Quando estudamos a atividade profética na Bíblia Sagrada, encontramo-la manifestando-se em três aspectos distintos.
Em primeiro lugar, vemos a profecia como ministério permanente recebido de Deus no Antigo Testamento, em Israel (Hb 1.1; 2Pe 1.19 e Jr 35.15).
Em segundo lugar, identificamos no Novo Testamento a profecia como um dom ministerial na Igreja (Ef 4.11-13; 1Co 12.28-29 e Ef 2.20).
Por fim, vemos ainda no Novo Testamento a profecia como dom espiritual na Igreja, na congregação (At 2.17-18; 1Co 12.10; 14.1-4, 29-40; Rm 12.6-8). 
Profecia no Novo Testamento
Falaremos nesse ponto sobre o dom ministerial de profeta no Novo Testamento. Trata-se do ministério profético na Nova Aliança. Não confundir com o dom de profecia.
O termo profeta, como já vimos, significa literalmente porta-voz, como em Êxodo 7.1 e Lucas 1.70. Essa é a ideia do ministério profético.
As diferenças entre o ministério profético (dom ministerial) e o dom de profecia são as seguintes:
1) O ministério profético não é para todos. “São todos profetas?”, 1Co 12.29. Em Éfesios 4.11, Paulo diz que Deus “deu uns” para profetas. O dom espiritual de profecia, ao contrário, é para todos: “Todos podereis profetizar”, 1Co 14.31.
2) O dom de profecia é uma capacitação sobrenatural do Espírito Santo concedida a uma pessoa da congregação, do povo, para transmitir a mensagem de Deus. O ministério profético resultante do respectivo dom ministerial é, por sua vez, exercido através de um ministro dado por Deus à Igreja.
A profecia no ministério profético, como aqui abordado, não é a pregação comum. É uma mensagem divina revelada no momento, ao passo que a pregação habitual é estudada, preparada (1Tm 5.17b).
3) No dom de profecia, Deus usa principalmente o aparelho fonador da pessoa; no ministério profético, Deus usa principalmente a mente da pessoa.4) O dom de profecia tem âmbito local, congregacional; o dom ministerial tem âmbito geral e itinerante (At 11.27; 13.1,3 e 15.32-3
4).Precisamos de ambos hoje na Igreja! (Pv 29.18; At 15.32). A Bíblia diz, em Atos, que os “profetas exortaram e confirmaram os irmãos com muitas palavras”.
A unção divina sobre o profeta costuma ser repentina. No mestre, costuma ser durativa.
O forte do profeta como dom ministerial é expor os padrões de justiça divina para o povo. O profeta é um arauto da santidade de Deus. O seu espírito ferve com isso. Ele foi chamado para isso, geme por causa disso, da santidade de Deus e de tudo o que é dEle!
A mensagem de Deus sai da mente e da boca do profeta como chamas de fogo santo e divino. João 5.35 diz de João Batista, o profeta: “Ele era candeia que ardia”. O profeta de Deus faz o carnal estremecer, parar e considerar o seu mau e tortuoso caminho (At 24.24-25). O profeta recebe de Deus amplas revelações divinas (Ef 3.5).
O Senhor te abençoe e capacite. Boa aula!
Paula Renata Santos Editora Responsável pela Revista Juvenis da CPAD

quinta-feira, 9 de maio de 2019

Lição 06 - 2º Trimestre 2019 - Quando eu Oro, o Papai do Céu me Perdoa - Maternal.

Lição 6 - Quando eu oro, o Papai do Céu me perdoa

2º Trimestre de 2019
Objetivo da lição: Que o aluno compreenda que Deus perdoa os nossos pecados.
Para guardar no coração: “[...] Ele perdoará os nossos pecados [...]” (1 Jo 1.9).
Nesta lição, o aluno vai conhecer uma parte da história do pecado do rei Davi. É importante ressaltar que Davi errou, mas ele se arrependeu e buscou o perdão do Papai do Céu. Deus é bom! Quando pecamos, nos arrependemos e buscamos o seu perdão, Ele nos perdoa. 
Considerando que nesta faixa etária o período de atenção da criança é muito curto, achamos interessante citar um trecho retirado do livro Como Ensinar Crianças do Maternal: Não é tão fácil, mas aqui está como fazer, da autora Ruth Beechick, publicado pela CPAD.
“O Mito do Período de Atenção
Existem muitas fórmulas para se chegar ao tempo de atenção das crianças em termos de minutos. A mais comum consiste em utilizar a idade da criança mais um. Ou seja, uma criança de três anos teria um período máximo de atenção de quatro minutos. Isto não é só um mito, como também é um meio inútil de se raciocinar com relação à atenção. Em vez de refletirmos sobre a atenção infantil em termos de minutos, deveríamos considerá-la sob o prisma das tarefas. A tarefa que propomos está num nível de dificuldade apropriado para nosso aluno? Ele a realiza até o fim? Com o nível de dificuldade adequado, uma criança pode, e frequentemente consegue, dar atenção à atividade proposta.
O mito do período de atenção se iniciou com algumas pesquisas que analisavam por quanto tempo uma criança conseguia se concentrar numa determinada atividade imposta pelo professor. Entretanto, tais testes foram feitos em situações experimentais. Se os pesquisadores tivessem observado menininhos brincando naturalmente com seus caminhões, derramando areia em baldinhos, ou uma criança sentada no colo de sua mãe, vendo as gravuras de um livro, os resultados de suas pesquisas teriam sido muito diferentes. Qualquer um que trabalhe com crianças sabe que em algumas ocasiões, com determinadas tarefas, o tempo de atenção delas pode ser surpreendentemente longo.
Portanto, não há nenhum fator interno que delimite a atenção das crianças num período específico de tempo. Consequentemente, o tempo não é o fator apropriado para o estudo da atenção infantil. Muito mais relevante é avaliar que tipo de tarefa atrai a atenção desses pequeninos e quais são as características essenciais nestas atividades — nível de dificuldade, características sinestésicas (de movimento) e visuais, e assim por diante. Como devemos preparar e apresentar as atividades de forma que lhes chame a atenção? Como podemos tornar o momento da história mais interessante que caminhões e areia?
Precisamos aprender a nos concentrar na atenção infantil, e não no tempo da atenção infantil.”
OFICINA DE IDEIAS 2
Depois de contar a história bíblica e realizar as atividades propostas na seção “Oficina de Ideias” da revista do professor, caso ainda haja tempo e queira realizar mais uma atividade manual, sugerimos que entregue para cada criança uma cópia da atividade proposta abaixo. As crianças deverão pintar a figura que mostra o que devemos fazer quando pecamos. Oriente os alunos para que pintem a figura da criança que está orando. Enquanto realizam a atividade, diga que o Papai do Céu perdoa os nossos pecados.
maternal licao6 criancas 
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

Lição 06 - 2º Trimestre 2019 -Sexo, Uma Dádiva Divina - Jovens.

Lição 6 - Sexo, uma dádiva divina

2º Trimestre de 2019
Introdução
I-O Sexo e a Criação do Ser Humano
II-Sexo, uma Dádiva Divina para ser Desfrutada no Casamento
Conclusão
Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivos:
Mostrar que Deus criou o homem e a mulher distintos e com objetivos específicos;
Saber que o sexo é  uma dádiva divina para ser desfrutada no casamento.
Palavras-chave: Cobiça e soberba.
I. O Sexo na Narrativa da Criação 
O homem e a mulher como obra prima da criação 
As religiões orientais haviam criado no mundo uma ilusão de natureza má. Da mesma forma, o pensamento helenista dos gregos considerava o mundo como algo negativo. Segundo Faros (1993, p.206), “a tradição judaico-cristã se encontra em dramática antítese com tudo isso, no consenso que exprime em relação ao mundo material, que o vê como criado do nada pelo próprio Deus”, que constatou que tudo era bom. O próprio apóstolo Paulo afirma: “porque toda criatura de Deus é boa, e não há nada que rejeitar, sendo recebido com ações de graças”. Essa concepção com a correspondente concepção da santidade de todas as coisas se torna imprescindível para a compreensão da criação, do homem, da mulher e do eros (sexo). A aceitação da criação como uma atitude positiva como é doutrinado pela antropologia bíblica resulta na confirmação da criação do ser humano como uma unidade psicossomática, carne e espírito indissoluvelmente ligados entre si, diferente da concepção oriental e helenista que separa entre partes boa e má (corpo e alma; carne e espírito). O ser humano como obra-prima da criação, com capacidade para usar o corpo criado em seu benefício e para domínio, e preservação do restante da criação. A narrativa da criação atesta que o ser humano foi criado à imagem e semelhança de Deus, macho e fêmea os criou. Assim como Deus é criador da vida criou os seres humanos com capacidade de gerar vida. Para os hebreus imagem tem um significado dinâmico porque suscita a presença real de quem se representa.
A narrativa bíblica da criação traz uma sequência lógica na ordem das coisas criadas. Não entraremos nas questões críticas sobre a natureza mítica, alegórica ou literal do relato da criação, mas extrair a essência do objetivo do relato criacional. Na intenção de criar um local apropriado para suas criaturas, de início Deus cria o céu e a terra. Independente do tempo que leva, deixa esses ambientes habitáveis e com possibilidades de vida (luz, firmamento, terra firme e estrelas) tanto nas águas (peixes), no céu (aves) e na terra (animais, plantas). Por último, a criação do ser humano. Neste momento, o padrão da narrativa muda, surge um tom mais solene e detalhado, afinal passa a ser apresentada a obra-prima da criação, Deus cria à sua imagem (Gn 1.27). Diferente dos demais relatos da criação do oriente, em que acreditavam na criação do ser humano para suportar o jugo dos deuses e para servi-los em suas necessidades cotidianas, em Gênesis ele é criado para reinar sobre a criação. Portanto, o relacionamento entre o ser humano e o restante da criação, de espécie diferente, é de domínio e submissão. Domínio sobre: a) a terra (Gn 1.28); b) os vegetais (Gn 1.29); e c) os animais em múltiplas relações: pastor, cavaleiro, criador, caçador, entre outras. 
Quase todas as plantas e criaturas criadas se reproduzem por meio da polaridade de gênero. No entanto, o sexo humano foi criado de forma especial. Mas o que tem de especial? Ellens (2011, p. 60) traz uma explicação interessante sobre o assunto:
Talvez, no centro desta questão, repousa o fato de que Deus nos criou com a capacidade de expressar tanto nosso desejo intenso, irrepreensível, cru, inconsciente, e libidinoso pelos outros quanto, ao mesmo tempo, nossa decisão consciente e profunda sobre quando, onde, por que, como e com quem ter esta comunhão e união prazerosa que nos faz sentir como pessoas completas. Desta forma, existe algo sobre nossa natureza sexual que reflete a natureza de Deus, nisto nosso comportamento sexual é primordialmente para criação de relações prazerosas de amor, bondade e carinho, não primordialmente para reprodução como todo o resto do mundo orgânico. O sexo humano é especial. Sim, ele pode levar à reprodução, mas este aspecto está subordinado à criação de um a qualidade de vida de amor e união, alegria e plenitude, paz e tranquilidade. (ELLENS, 2011, p. 60)
Assim, o homem e mulher são a obra-prima da criação, diferenciados não somente no sentido de dominar o restante da criação, mas também na maneira de se relacionar sexualmente.
Deus criou homem e mulher distintos e com objetivo específico
O homem e a mulher não foram criados para se relacionarem com os demais seres em condições de igualdade e para procriação. Em Gênesis 1.22, após a criação dos animais “Deus os abençoou, dizendo”, na sequência a ordem para a multiplicação. No entanto, em Gênesis 1.28 temos: “E Deus os abençoou e Deus lhes disse”. Aqui Deus se comunica direto com o ser humano, demonstrando a relação especial, inclusive no processo de fecundação. Para Israel, a fecundidade era precedida de uma palavra de especial bênção divina. Deus criou macho e fêmea, homem e mulher, para procriação e relação de complementariedade. A expressão macho e fêmea se refere à identidade do homem e da mulher, e a identidade sexual é o primeiro elemento abençoado por Deus na narrativa das obras da criação.
Em Gênesis 2.24, texto do segundo relato da criação humana, que apresenta primeiro a criação do homem e depois a criação da mulher, é utilizado à expressão hebraica “kenegdô” na criação da mulher, que dá sentido de algo distinto e que se ajusta perfeitamente. Portanto, os dois sexos tem a mesma dignidade de imagens de Deus, para se complementarem e gerar filhos também à sua imagem e semelhança (Gn 5.3). Por isso não há necessidade de hierarquia entre eles. Homem e mulher criados para se relacionarem emocional e efetivamente entre si, diferente da relação com as demais criaturas. Aqui merece comentário o relacionamento afetivo que hoje se propaga entre seres humanos e animais, como comemorações de aniversários, funerais, entre outras práticas. A criação deve ser cuidada e preservada, mas deve haver equilíbrio e bom senso neste relacionamento afetivo.  
Apesar de criados à imagem e semelhança de Deus e para se complementarem, o homem e a mulher são diferentes na forma biológica, emocional, entre outras diferenças. O homem vê, sente e interpreta de forma diferente da mulher. Se isso não for identificado causará conflitos no relacionamento. A tendência masculina é ser mais racional e analisar as coisas de forma mais geral, enquanto a mulher tende a ser mais emocional e analisa as coisas nas suas particularidades, por ser mais observadora. Essa tendência já faz parte da criação dos dois e o casal sábio investe no respeito dessas diferenças em seu relacionamento, respeitando a individualidade e características dos gêneros. Quando isso ocorre, o casal se complementa. O lar não pode ser um ringe de lutas e competições, mas um ambiente de parcerias, um ajudando ao outro para a melhoria da convivência e criação dos membros da família. Portanto, não há superior ou inferior e sim, pessoas diferentes que se complementam. Em relação à sexualidade também são diferentes, a mulher é mais atraída pelo que ouve, enquanto o homem pelo que vê. Explorar essas diferenças no relacionamento conjugal é uma boa iniciativa para a melhor satisfação de ambos: a mulher deve investir na apresentação pessoal e o homem nas palavras que a mulher gosta de ouvir. O sexo para o homem começa com o ato sexual, enquanto para a mulher começa ao iniciar o dia, o relacionamento e a intimidade fazem parte do ato noturno. As diferenças na constituição física são mais visíveis e também devem ser observadas e respeitadas. 
Portanto, a narrativa da criação do homem e a da mulher, evidenciando as diferenças e complementações entre eles, tem muito a nos ensinar sobre o relacionamento conjugal. Algumas pessoas defendem que isso deve ser orientado após o casamento, por isso há muitos casais com problemas conjugais. O jovem que recebe orientações sobre a sexualidade antes do casamento tende a ter um casamento mais feliz e bem-sucedido.
O sexo humano foi criado para a procriação e o prazer
A sexualidade humana é parte da criação. Os seres humanos foram criados como seres sexuados pela livre vontade de Deus (Gn 1.26,27). Deus em sua soberana vontade resolve criar o homem e mulher. A narrativa bíblica é clara de que a sexualidade é algo outorgado por Deus e sexo é bom (Gn 1.31). Neste segundo relato da criação o homem é criado primeiro, convive e domina os animais. No entanto, tem uma vida solitária, pois falta de companhia do sexo oposto, como tinha os animais. Em todo relato criacionista, somente uma coisa é assinalada como não sendo boa: “que o homem estivesse só” o que reforça a ideia de que a sexualidade é algo bom e criado por Deus para a plenitude do ser humano. O sentimento de solidão de Adão “comove” o coração de Deus que afirma não ser bom que ele vivesse só. Deus então decide criar para uma companheira (Gn 2.18). Após a criação da mulher o homem a contempla e diz: “Esta é agora osso dos meus ossos e carne da minha carne”. Agora, ele tem uma companheira consanguínea, que o complementa e pode se relacionar afetivamente.  
O homem e a mulher foram criados com uma química no corpo que estimula o interesse e o prazer no ato sexual, respeitada a diferença de gênero que será tratada em capítulo posterior. A dopamina, que atua em certa área do cérebro e cria o senso de antecipação do prazer, que acrescentada com uma boa dose de testosterona, tanto no homem como na mulher, estimula o desejo sexual. Aliado a isso, foram criados com outras substâncias químicas que após o ato sexual criam o sentimento de ternura e ligação íntima. Esse sentimento produz o prazer mútuo e a necessidade de proximidade para uma vida sexual sadia, se não fosse assim, comprometeria a procriação humana. A interpretação equivocada do texto bíblico tem tirado de muitos casais o direito de participarem juntos do prazer sexual, além do prazer de gerarem filhos. 
A ética cristã, como base no relato da criação, define alguns padrões para o cristão.
Há certo consenso na ética cristã de que: a) Por certo Deus destinou o ser humano a buscar a realização sexual com outros seres vivos. A necrofilia ou atração sexual por cadáveres fere esse padrão; b) Deus destinou o ser humano à realização sexual com outro ser da mesma espécie. A zoofilia, ou atração sexual por irracionais fere esse padrão; c) Deus destinou o ser humano à realização com o sexo oposto. O homossexualismo fere esse padrão; d) Deus destinou o ser humano a se realizar sexualmente por livre manifestação da vontade. O estupro ou relação sexual à força fere esse padrão; e) Deus destinou o ser humano à realização sexual por amor. A prostituição fere esse padrão; f) Deus destinou o ser humano a relacionamentos estáveis que crescem e se aprofundam. A fornicação, ou relacionamentos sexuais efêmeros e sucessivos fere esse padrão; g) Deus destinou o ser humano a relacionamentos na amplitude da espécie. O incesto ou relacionamento sexual com parentes próximos fere esse padrão; h) Deus concebeu a atividade sexual como um ato de comunicação interpessoal. A masturbação, ou autorrealização sexual solitária, quando opção permanente fere esse padrão. i) Deus criou o ser humano a incumbência e a capacidade de reprodução da espécie. Ele é a fonte da vida e condena a morte. O aborto, ou destruição do ser enquanto ainda no útero, fere esse padrão; j) Destinou Deus o ser humano a fazer da atividade sexual um ato construtivo de afeto. O sadismo, ou prazer em fazer sofrer, e o masoquismo, ou prazer no sofrer, ferem esse padrão. (LISBOA, 2001, p. 41)
Deus criou o sexo e os instintos, tanto no homem como na mulher, com motivações tanto para a procriação como para o prazer dentro da instituição do matrimônio.
II. Sexo, uma Dádiva para Ser Desfrutada no Casamento 
O sexo no casamento e com a bênção da família 
Uma frase já muito repetida é comprovada neste verso, o casamento foi a primeira instituição criada por Deus. Gênesis 2.24 demonstra que o casal não é um elemento acidental, mas planejado, incluindo a participação das famílias envolvidas. As famílias bem estruturadas trazem consigo o papel forte dos pais na educação e formação dos filhos, principalmente, no momento da constituição de novas famílias. A Bíblia destaca a importância da família e o respeito entre os seus membros. Há que se considerar a questão cultural, identificar o que é o costume de uma época, mas preservar os princípios morais e éticos, que são permanentes.
No modelo do primeiro casamento, vemos Deus, que em muitos textos é relacionado com a figura do Pai, conduzir a Eva até o Adão. Ele os abençoou e deu a autorização para serem fecundos. Esse é o modelo ideal bíblico para a formação das famílias e a consumação do sexo. A epístola que foi escrita aos Efésios fornece alguns preceitos que norteiam o relacionamento entre o casal e entre pais e filhos. O autor aconselha a plena união entre os casados, num clima de amor e de respeito. Na Lei mosaica já estava previsto a participação da família e o incentivo para que os jovens recém-casados desfrutassem desse momento tão especial, sendo retiradas algumas responsabilidades do homem para que desfrutasse o primeiro ano de casamento com a sua jovem esposa:
Outras informações quanto à aprovação divina do ato sexual aparecem nos mandamentos e ordenanças que Deus deu a Moisés, para os filhos de Israel. Ali Ele dispões que, no primeiro ano do matrimônio, o jovem marido era desobrigado do serviço militar e de todas as responsabilidades de negócio (Dt 24.5), para que os dois pudessem conhecer-se um ao outro numa época de suas vidas em que o instinto sexual se achava no ponto mais elevado, sob circunstâncias que lhes dariam amplas oportunidades de fazerem experiências e desfrutarem delas. Reconhecemos também que este dispositivo da lei tinha o objetivo de possibilitar ao jovem “propagar a raça” antes de enfrenar sérios riscos de vida nos campos de batalha. Naquela época, não se usavam anticoncepcionais, e, como o casal podia ficar junto durante tanto tempo, é compreensível que tivessem filhos, logo nos primeiros anos do casamento. Há outro verso que ensina que Deus entendia claramente o instinto sexual que Ele próprio colocou no homem: “É melhor casar do que viver abrasado” (1 Co 7.9). Por quê? Porque existe uma forma lícita, ordenada por Deus, de se liberar a pressão natural que ele colocou nos seres humanos — o ato conjugal. Esse é o método básico de Deus para a satisfação do instinto sexual. É seu propósito que marido e mulher dependam totalmente um do outro para obterem satisfação sexual. (LAHAYE e LAHAYE, 1989)
No que tange aos filhos, exorta os à obediência. Aos pais, ele recomenda-os a bem cuidar de seus filhos (Ef 5.22—6.9). O modelo bíblico cristão é o início da vida sexual após o casamento com a participação das famílias. Portanto, para um bom encaminhamento se faz necessário um bom relacionamento entre os jovens casais e seus pais. Uma convivência com base no respeito e na boa comunicação entre os envolvidos. Os jovens precisam de uma orientação pré-nupcial sobre a sexualidade dos pais, podendo ser auxiliados por um departamento da família da igreja. Quanto maior o envolvimento das famílias e da igreja em uma educação sexual bíblica e coerente, melhor será a possibilidade de um casamento bem-sucedido. O modelo bíblico é a família como entidade básica da vida, em termos econômicos, espirituais, culturais, emocionais, entre outros, não prevendo o indivíduo em uma vida isolada. O casamento culmina a interação de duas famílias com a finalidade de estabelecer laços de parentesco entre si.
A Bíblia prescreve o casamento heteroafetivo e monogâmico
O modelo de casamento hetero e monogâmico está implícito em Gênesis 2.24. O casamento entre um homem e uma mulher (monogamia), macho e fêmea (hetero) com plena competência para procriar e gerar novos seres humanos (Gn 2.18-24; Mt 19.5; 1 Co 6.16). Portanto, esse é o padrão ideal a ser buscado por aqueles que acreditam na Bíblia como Palavra de Deus, regra de fé e conduta, e desejam estar dentro da vontade e bênção do Criador. 
O texto diz que o homem deixará o seu pai e a sua mãe, e é evidente que o mesmo se aplica à mulher. Na prática, normalmente, era a mulher que saía da casa paterna para morar com a família do marido (Gn 24.45-61; 31; entre outras citações). O termo “deixar” pressupõe que ambos estejam em condições de assumir tal compromisso, seja no aspecto físico, psicológico, econômico e financeiro. Dentro de condições normais e ideais, o novo casal deve se separar fisicamente de seus pais, assim terão liberdade para conduzirem suas vidas, agora independentes. Os pais se envolverão se convidados pelo casal, isso em situações extremas, caso contrário não haverá crescimento também nas demais áreas (econômico, financeiro e psicológico). A expressão do verbo “apegar-se-á à sua mulher” pressupõe aliança (Dt 11.22; Js 22.5); afeição (Rt 1.14;) e amor que une homem e mulher (Gn 34.3; 1 Rs 11.2).
O sexo sem culpa 
Para uma relação sexual sem culpa é preciso estar dentro do projeto de Deus para a sexualidade humana. O primeiro casal estava nu e não tinham vergonha de sua nudez. No estado ideal não havia motivo para se envergonharem ou sentirem culpa. Nesse estado, a nudez é a própria imagem de franqueza e confiança. Eles vão sentir vergonha somente quando estiverem no estágio da culpa pela desobediência, ou seja, a perda da inocência. Importante ressaltar, que a culpa não veio com o ato sexual em si, mas pela desobediência à Palavra de Deus. Da mesma forma, se o relacionamento enquanto namorados, noivos e casal estiver dentro do projeto ideal de Deus, respeitando os limites de cada estágio, não haverá sentimento de culpa. O sentimento que deverá prevalecer é o de realização. 
Muitas pessoas ainda se surpreendem quando se afirma que Deus criou os órgãos sexuais para o prazer do homem e da mulher, mas é isso que a Bíblia apresenta. Minirth e Minirth descrevem o processo químico durante o ato sexual e a importância do bom relacionamento entre o casal para um casamento saudável:
Levando em conta a química do sexo no corpo humano, não me surpreende o tempo e a energia que despendemos com sexo. Há várias substâncias químicas em ação, das quais uma, a dopamina, atua em certa área do cérebro chamada núcleo accumbens do sistema límbico, criando o senso de antecipação do prazer. Acrescente a isso uma boa dose de testosterona (que ocorre nos homens e nas mulheres), que estimula o desejo sexual, e a necessidade de fazer sexo pode ser irresistível. Depois da satisfação, outras substâncias químicas entram em ação para criar o sentimento de ternura e ligação íntima. Com o tempo, o ciclo recomeça. Deus criou o corpo humano. Ele também dotou cada pessoa com uma mente e a dignidade da escolha. Dentro dos laços matrimoniais, os desejos fortes têm o desígnio de incentivar proximidade por meio do prazer mútuo com certa regularidade. O ciclo varia de pessoa para pessoa e de casal para casal, mas é convenientemente regular. [...] Temos de nos conscientizar de que o desejo de sexo é tanto fisiológico quanto emocional e espiritual, e que conta muito em um casamento saudável. Pelo fato de as forças serem fortes e o risco alto, você e o seu cônjuge têm de estar abertos quanto às suas necessidades sexuais: os desejos, os padrões, os gostos, tudo. [...] E, por acordo mútuo, cada um tem de achar meios de satisfazer as necessidades sexuais do outro sem sacrificar a felicidade e a dignidade de qualquer um dos dois. (MINIRTH e MINIRTH, 2017, p.51,52)
Diferente do que se defende em algumas culturas, tanto o homem como a mulher foram criados para sentir prazer durante a relação sexual. Assim, não deve ser praticado apressadamente, nem com satisfação apenas de um dos cônjuges, mas de ambos. Entrar em um casamento sem esse claro entendimento pode causar sérios problemas no relacionamento entre o casal. Por isso, é fundamental que a compreensão ocorra durante a juventude para que ao chegar ao casamento o cônjuge desfrute de uma vida sexual sem culpa. Para um casamento feliz e realizado, o jovem precisa compreender antes de se casar, que Deus criou a sexo para a plena realização do homem e da mulher. Durante muito tempo na história se defendeu que o prazer no sexo era permitido somente para o homem e era privado à mulher. Para a mulher, sentir prazer durante a relação sexual era censurado e acompanhado da culpa, pois para ela a missão era somente de procriar. Infelizmente, em muitas culturas e mesmo em grupos do nossa sociedade isso ainda se repete. No entanto, se os jovens forem bem orientados, procurarão identificar as diferenças entre o homem e a mulher para chegarem ao clímax no relacionamento sexual, e juntos poderem desfrutar da benção divina para o sexo e serem felizes sob a bênção de Deus. 
*Adquira o livro do trimestre. NEVES, Natalino. Cobiça e Orgulho: Combatendo o desejo da Carne, o Desejo dos Olhos e a Soberba da Vida. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2018.
Que Deus o(a) abençoe.
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista Lições Bíblicas Jovens 
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Jovens. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

quarta-feira, 8 de maio de 2019

Lição 06 - 2º Trimestre 2019 - O Papai do Céu Cuida de Mim! Berçário.

Lição 06 - O Papai do Céu cuida de mim!

2º Trimestre de 2019
Objetivo da lição: Levar a criança a reconhecer, através das atividades e exposições, que o Papai do Céu está cuidando dela.
É hora do versículo: “O Senhor guardará você [...]” (Sl 121.5).
Nesta lição, as crianças reconhecerão que o Papai do Céu está sempre cuidando delas. Um exemplo disso é que Ele cuidou de Paulo durante uma viagem de navio. 
Ao ensinar esta verdade aos bebês, tenha em mente que algumas ações não são compreendidas pelos bebês se não houver exemplos. Ao ouvir a frase “Deus cuida de nós”, a ideia de cuidar é extremamente abstrata, pois inclui uma grande variedade de significados. A criança é capaz de raciocinar concretamente que Deus nos dá alimento, nos ajuda a não ter medo no escuro e assim por diante. Utilizando esses exemplos concretos, ensinamos às crianças a nomear aquilo que Deus faz por nós. Quando ensinamos que Deus cuida de nós, os bebês assimilam esta ideia como mais uma das coisas que Deus faz. O significado desta frase dependerá da experiência de vida de cada bebê. Uma criança pode associar o cuidar ao que a babá faz em sua casa, se esta for a sua experiência com a palavra cuidar. Ao ensinarmos crianças precisamos continuamente utilizar exemplos concretos para demonstrar o que Deus fez, o que pode fazer ou como Ele cuida de nós.
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Berçário

Lição 06 - 2º Trimestre 2019 - Jesus Para a Tempestade - Jd. Infância.

Lição 6 - Jesus para a tempestade


2º Trimestre de 2019
Objetivos: Os alunos deverão compreender que o poder de Jesus é tão grande, que até as forças da natureza o obedecem. 
É hora do versículo: “A sua força é maior do que a fúria do oceano e mais poderosa do que as ondas do mar” (Sl 93.4)
Nesta lição, os alunos aprenderão que Jesus é tão poderoso que Ele pode fazer uma tempestade parar. 
Algumas vezes, é possível variar a forma de contar a história, utilizando-se da participação das crianças. O modo mais simples de fazê-lo é orientá-las a dizer certas palavras ou frases como “Vuuu” para o vento, ou “Potoc, Potoc” para o caminhar da mula. As crianças precisam ouvir com atenção a palavra-chave que indicará quando devem participar da história. Ao planejar este tipo de história, certifique-se de que sua participação será constante, de forma que a atividade seja prazerosa. Algumas histórias bíblicas, por sua repetição, se encaixam perfeitamente nesta atividade. Esta técnica pode ser utilizada na lição de hoje enquanto você narra a tempestade com os fortes ventos soprando, o ronco de Jesus dormindo e o desespero dos discípulos.
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Jardim de Infância

Lição 06 - 2º Trimestre 2019 - A Última Batalha - Juniores.

Lição 6 - A Última Batalha 

2º Trimestre de 2019
Texto Bíblico: Juízes 16.
Prezado(a) professor(a),
Na aula desta semana seus alunos aprenderão a respeito de um personagem marcante na história de Israel. Sansão é o nome dele. A história desse jovem é um grande exemplo de que não podemos abrir mão do nosso compromisso com Deus em troca de alegrias momentâneas. Esta é uma oportunidade de seus alunos conhecerem melhor a história de Sansão e observarem o quanto Deus é misericordioso com seus filhos e não quer que nenhum deles se perca.
É triste alguém ser lembrado por algo de errado que porventura fez na vida. Sansão possuía um grande potencial. Muitas pessoas iniciaram suas vidas com características semelhantes às dele. Nascido como resultado da promessa do Senhor para os israelitas, Sansão faria uma grande obra para Deus — salvaria Israel dos filisteus. Para ajudá-lo a realizar aquela determinação divina, ele recebeu uma enorme força física.
Por ter desperdiçado suas energias em enigmas, se envolvido em brigas e abandonado completamente o seu nazireado para satisfazer a mulher a quem amava, ficamos inclinados a ver Sansão como um fracasso. Lembramos dele como o juiz em Israel que passou seus últimos dias moendo numa prisão inimiga, e dizemos: ‘Que desperdício de potencial!’
Sim, Sansão desperdiçou sua vida. Poderia ter fortalecido a sua nação e conduzido o seu povo de volta à sincera adoração a Deus. Poderia ter derrotado completamente os filisteus, porém, apesar de não fazer nenhuma dessas coisas, ele realizou o propósito anunciado pelo anjo que visitou seus pais antes de seu nascimento e, no momento final de sua vida, derrubou o templo de Dagon sobre os seus inimigos. Com este ato final, Sansão começou a resgatar Israel dos filisteus.
Curiosamente, o Novo Testamento não menciona os erros de Sansão ou suas heróicas proezas de força. Em Hebreus 11.32,33, ele é apenas listado entre os que ‘subjugaram reinos, praticaram a justiça, obtiveram promessas’ e também receberam ajuda sobrenatural.
Finalmente, Sansão reconheceu que dependia de Deus para ser vitorioso. Quando morreu, o Senhor transformou suas falhas e derrotas em vitória. Sua história ensina-nos que nunca é muito tarde para recomeçarmos. Não importa quão terrível possa ter sido nossa falha no passado, hoje, ainda há tempo de depositarmos nossa confiança completamente em Deus. Não podemos desperdiçar esta oportunidade!
Pontos fortes e êxitos: Dedicado a Deus desde seu nascimento como nazireu; Conhecido por suas demonstrações de força; Listado na galeria dos Heróis da Fé em Hebreus 11; Deu início à libertação de Israel da opressão filisteia. 
Fraquezas e erros: Violou seu voto e as leis de Deus em muitas ocasiões; Era controlado pela sensualidade; Confiava nas pessoas erradas; Usava seus dons e habilidades imprudentemente.
Lições de vida: Excepcional força em determinada área da vida não compensa as grandes fraquezas em outras atividades; A presença de Deus não oprime a vontade da pessoa; Deus pode usar a pessoa de fé a despeito de seus erros.
Informações essenciais: Locais: Zorá, Timna, Asquelon, Gaza e vale de Soreque; ocupação: Juiz; Familiares: Pai – Manoá; Contemporâneos: Dalila e Samuel (que nasceu provavelmente enquanto Sansão era o juiz).
(Texto adaptado da Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, p. 341).
Para reforçar o ensinamento da lição, sugerimos a seguinte atividade:
Divida a dinâmica em duas fases: na primeira fase, peça para os alunos escreverem suas virtudes num pedaço de cartolina branca e pendurem no pescoço com um barbante. Na segunda fase, os alunos escreverão somente os seus defeitos e colarão com durex nas costas. A seguir, todos formarão uma fila indiana e passearão pela sala observando bem, no seu companheiro à frente, o que está escrito nas costas. Depois do passeio pela sala, todos deverão tirar as qualidades e defeitos e entregar ao líder. 
A segunda parte da dinâmica prossegue da seguinte maneira: cada componente escreve o que lembrar sobre o companheiro que estava à sua frente. Observe se ele escreverá mais sobre as virtudes ou sobre os defeitos.
A finalidade da dinâmica é analisar que, às vezes, o companheiro é levado a observar mais os defeitos do outro companheiro do que as virtudes, principalmente porque o que aparece mais no ser humano nem sempre são as boas qualidades, mas sim seus defeitos.
Ensine que, embora a história tenha apresentado várias falhas de seu caráter, Sansão foi escolhido por Deus e está presente na galeria dos Heróis da Fé (cf. Hb 11). Deus observou o arrependimento de Sansão no final da sua vida. Explique que é preciso aprender observar as virtudes e qualidades das pessoas e não os seus defeitos. Afinal de contas, Deus é quem conhece os corações e somente Ele pode nos julgar conforme a sua Palavra. (Atividade adaptada do livro Os Maravilhosos Anos da Adolescência. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, pp. 142,143).

Lição 06 - 2º Trimestre 2019 - Lidando Com as Emoções - Pré Adolescentes.

Lição 6 - Lidando com as Emoções 

 2º Trimestre de 2019
A lição de hoje encontra-se em: Salmos 42.
Prezado(a) professor(a),
Na aula desta semana seus alunos aprenderão a respeito de como lidar com as emoções. Eles estão num período de amadurecimento das emoções e muitas situações surgirão como desafios que eles terão de superar. Neste caso, é seu papel, professor, apresentar o conselho da Palavra de Deus aos seus alunos para que eles aprendam a lidar com esses momentos de adversidade.
Adolescentes são bem propensos a entrarem em depressão tendo em vista que ainda não possuem a maturidade de lidar com tantas situações. Ainda mais se considerarmos que estamos vivendo dias difíceis e trabalhosos como afirmou o apóstolo Paulo (cf. 2 Tm 3.1).
“Na adolescência há o desejo de ser diferente, pois adolescentes precisam ser assim para que possam formar a própria identidade. O que acontece é que eles ainda não têm material psicológico para isso, portanto o resultado é um troca-troca de opinião, que reflete insegurança e leva os familiares e líderes a imaginar que eles não têm personalidade.
Quando está sozinho, ele expõe abertamente o desejo de ser bastante diferente dos adultos; a contestação é a sua maior arma de defesa, principalmente quando começa a se desviar das regras e orientações, que antes eram seguidas sem muita discussão. Essa tentativa de romper com os modelos dos pais e da igreja não significa, porém, que o adolescente esteja em busca de novas referências, ele está apenas tentando se conhecer melhor e se localizar dentro do mundo adulto. De qualquer forma, isso abala o ambiente familiar; os atritos são diários, às vezes sem motivo. O comportamento do adolescente pode-se tornar até mesmo agressivo, quando as reações são explosivas.
É fundamental que os líderes entendam que o adolescente está diante de uma crise, e que os conflitos são inevitáveis, embora contornáveis. Amenizar as tensões é tudo o que os líderes podem fazer, oferecendo tempo e espaço para que eles desabafem quando quiserem e sentirem necessidade. Nem sempre os adolescentes querem ouvir o que os adultos pensam, mas mesmo assim precisam ser contestados. É uma forma também de eles sentirem que os vínculos com os pais e líderes são sólidos e verem neles um porto seguro ao qual podem voltar, em caso de necessidade.
Os momentos de crise vêm acompanhados de algumas variações aqui, outras ali, além daquele emaranhado de estados de humor. É uma fase dura que, às vezes, leva os orientadores a tentar imaginar onde foi que erraram. Mas, nessas horas, carinho e paciência são fundamentais.
Nunca se deve abandonar os adolescentes quando estão aflitos; é bom estar sempre por perto e disponível para ouvir desabafos e opiniões (sem necessariamente ter de concordar ou discordar).
Estabelecer limites continua sendo fundamental. A vida em sociedade, em maior ou menor grau, exige muito dos adolescentes; principalmente a submissão aos seus valores. O líder deve estar atento como estes serão impostos e com quais regras.” (Texto extraído do livro de COSTA, Débora F. Os Maravilhosos Anos da Adolescência. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, pp. 69,70).  

Lição 06 - 2º Trimestre 2019 - Fui Escolhido - Adolescentes.

Lição 6 - Fui Escolhido 

2º Trimestre de 2019
OBJETIVOS
Estimular a comunhão e a intimidade com Deus;
Ensinar que Deus exalta os pequenos e desprezados;
Mostrar as formas que Deus tem de escolher seus servos.
ESBOÇO DA LIÇÃO:
A NECESSIDADE DE UM NOVO REI PARA ISRAEL
O MENOR DE SEUS IRMÃOS
A UNÇÃO DE DEUS NA VIDA DE DAVI
UM HOMEM SEGUNDO O CORAÇÃO DE DEUS
A vida de Davi, na perspectiva de viver uma espiritualidade verdadeira, é um grande exemplo. Por isso, na lição desta semana veremos como é importante cultivar uma vida de comunhão e de intimidade com Deus, passando pelo fato de que Deus contempla a verdade de nossas ações. Davi cria tanto nisso que fez uma famosa oração: “Sonda-me, ó Deus”. A fim de ajudar o prezado professor e a prezada professora disponibilizamos o texto abaixo como referência de reflexão na preparação de sua aula. Sem dúvida, o Deus que sondou o coração de Davi, sondará o seu e o de seu aluno. 
Boa aula! 
“DEUS SONDA O CORAÇÃO
‘Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração’. Estas não são as palavras de um desafio orgulhoso; são a confissão de um homem ciente de que Deus descobrirá nele alguma coisa má, no entanto quer que tudo seja trazido à lume para então ser extirpado. 
Como você pode obter coragem para orar assim? Precisa ter o ponto de vista certo quanto à natureza de Deus, e assim terá confiança. Se você pensa que Deus é um investigador severo e um juiz austero, é provável que você se encolha diante dEle como certas plantas sensíveis, na tentativa de esconder dEle os seus pecados. Mas se você reconhece que Deus é um Pai gracioso e amoroso, pode abrir a Ele o seu coração com confiança e júbilo, sabendo que Ele o contempla com olhar de misericórdia. Pedro tendo aprendido a não confiar demasiadamente em si mesmo, dependia totalmente do conhecimento e amor de Cristo quando disse: ‘Senhor, tu sabes todas as cousas, tu sabes que eu te amo’ (Jo 21.17). 
Já que Deus conhece de antemão o nosso coração, por que orar a Ele? Porque a oração do versículo 23, convidando Deus a sondar o coração, visa ao propósito de nos limpar do pecado, e Deus somente faz isso quando recebe nosso consentimento. Esta oração deve ser proferida tendo em mente a promessa: ‘E o sangue de Jesus Cristo, seu filho, nos purifica de todo o pecado’.” (Texto extraído da obra Salmos: Orando com os Filhos de Israel, editada pela CPAD).  
Marcelo Oliveira de Oliveira
Editor da revista Adolescentes Vencedores