segunda-feira, 24 de junho de 2019

Lição 12 - 2º Trimestre 2019 - Jesus Faz Lázaro Viver Novamente - Jd. Infância.

Lição 12 - Jesus faz Lázaro viver novamente

2º Trimestre de 2019
Objetivos: Os alunos deverão compreender que Jesus, o Filho de Deus, tem poder para vencer a morte; e conscientizar-se de que, para obter a vida eterna no céu, é preciso aceitá-lo. 
É hora do versículo: “[...] Quem crê em mim, ainda que morra, viverá” (Jo 11.25).
Nesta lição, as crianças verão mais uma vez que Jesus é poderoso. Jesus fez voltar à vida uma pessoa que já estava morta há três dias! Jesus é a ressurreição e a vida. Ele tem todo o poder! 
Enfatize que para ter uma vida eterna com Jesus no céu, é preciso aceitá-lo como Salvador. Quem convida Jesus para morar no coração, pode ter certeza de que, lá no céu, nunca mais morrerá, pois Jesus deu-nos a vida eterna.
Como atividade complementar, após a realização das atividades propostas na revista do aluno e do professor, e caso haja tempo, sugerimos que você imprima a folha a seguir ilustrando a cena que representa o momento em que Jesus ressuscita Lázaro depois de já estar morto três dias e entregue para as crianças colorirem. 
lazaro.licao12.jardim
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Jardim de Infância

Lição 12 - 2º Trimestre 2019 - O Perdão - Primários.

Lição 12 - O Perdão

2º Trimestre de 2019
Objetivo: Que o aluno compreenda porque precisamos perdoar uns aos outros.
Ponto central: Assim como Deus nos perdoa, precisamos também perdoar o nosso próximo.
Memória em ação: “Perdoa as nossas ofensas como também nós perdoamos as pessoas que nos ofenderam” (Mt 6.12).

Querido (a) professor (a), estamos nos aproximando do final de mais um trimestre. E esta penúltima lição traz um tema importantíssimo, muito negligenciado apesar de ser um dos pilares da vida cristã: PERDÃO. Nas palavras do próprio Jesus Cristo:
Porque, se vocês perdoarem as pessoas que ofenderem vocês, o Pai de vocês, que está no céu, também perdoará vocês. Mas, se não perdoarem essas pessoas, o Pai de vocês também não perdoará as ofensas de vocês” (Mt 6. 14,15).
Reflitamos por um tempo o quanto o perdoar é importante para Deus e o quanto o perdão dEle é importante para nós. Ele condicionou um ao outro porque, como conta nas Sagradas Escrituras:
Se alguém diz: ‘Eu amo a Deus’, mas odeia o seu irmão, é mentiroso. Pois ninguém pode amar a Deus, a quem não vê, se não amar o seu irmão, a quem vê. O mandamento que Cristo nos deu é este: quem ama a Deus, que ame também o seu irmão” (1 Jo 4.19-21).
Isto significa que só é possível amar verdadeiramente a Deus no outro. E o perdão é maior das provas de amor: foi para nos dar este valioso presente que Jesus morreu na cruz por nós. Enquanto prepara esta aula, sente que precisa liberar perdão a alguém?! Pedir perdão a alguém?! Esta é uma parte muito rica de ser ensinador da Palavra de Deus, ela primeiro fala, age, transforma e cura a você mesmo, antes de levar tal mensagem ao coração do outro.
Para o seu devocional, segue abaixo o artigo do teólogo, autor e comentarista da CPAD, Valmir Nascimento sobre a importância do perdão.

[...] Em uma sociedade de ressentimentos, mágoas e sede de vingança pessoal, precisamos refletir mais sobre a importância do perdão. Quantas pessoas vivem amarguradas e trancafiadas nos grilhões do ódio e da raiva? Pessoas que não conseguem perdoar e se deixam consumir diariamente por sentimentos de raiva e ódio? Filhos que não conseguem perdoar seus pais e pais que não perdoam seus filhos? Colegas de trabalho que vivem anos e anos sem se relacionar, porque não puderam perdoar uns aos outros?

Benjamin Fraklin dizia que as três coisas mais difíceis do mundo são: guardar um segredo, perdoar uma ofensa e aproveitar o tempo. Por isso é tão difícil perdoar. É uma ação que requer coragem, graça e, sobretudo, amor. Coragem para contrariar o senso comum de “olho por olho e dente por dente”. Graça para perdoar o ofensor não porque ele merece, mas como o oferecimento de uma dádiva. E amor, pois, não há perdão verdadeiro sem amor. Seja o amor próprio, seja o amor pelo próximo. Como disse Jesus, o segundo mandamento é amar ao próximo como a si mesmo (Mc 12.31).

O estudo etimológico da palavra perdão também nos diz muita coisa. Como escreve J. B. Libâneo [2], a “partícula latina per significa, em algumas palavras, que aquela realidade é levada a seu grau maior. Vejam o próprio termo perfeição. “Feição” na sua raiz significa algo feito, vindo do verbo fazer. Se aquilo que fazemos chega a um nível muito elevado, exprimimo-lo com o afixo per e temos, portanto, a per+feição”.

Assim acontece com doar, acrescenta Libâneo. “Se nosso gesto de doação, de dom atinge o grau mais sublime, traduzimos tal realidade acrescentando o mesmo afixo per. Temos então per+doar, per+dom. Portanto, perdoar é doar-se em plenitude. Mas como? A plenitude do dom é a vida. Perdoar é restituir à vida a quem nos ofendeu. Toda ofensa, em grau menor ou maior, é um atestado e um atentado de morte contra a vida. O outro está aí vivo, feliz e, pelo ataque ou agressão, alguém lhe atenta contra a vida. Quem o faz está morto por dentro. Desejar o mal a alguém mata primeiro quem o deseja e só depois a quem o atinge”.

Perdão, portanto, é um ato sublime de doação; de entrega. Nesse sentido, o exemplo mais claro dessa entrega é o próprio Senhor Jesus (Jo 3.16, Rm 8.32). As Escrituras dizem que ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados (Is 53:5). E o mais interessante é que ele está disposto a perdoar (Cl 1.14; Mt 26.28).   
Deus te abençoe e capacite. Boa aula!

Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Primários da CPAD

Lição 12 - 2º Trimestre 2019 - Cristo Venceu a Morte - Juniores.

Lição 12 - Cristo venceu a morte – Mateus 27.45-66

2º Trimestre de 2019
Prezado(a) professor(a),
Na aula desta semana seus alunos terão a oportunidade de conhecer com maiores detalhes como se deu a crucificação e ressurreição de Cristo. Enquanto para alguns o sofrimento e a morte de Jesus era o seu fim, na verdade, o Filho de Deus estava prestes a conquistar para nós a maior vitória de todos os tempos: a vitória da salvação! Jesus Cristo não retrocedeu perante o desafio de doar a sua vida para ser a causa da nossa eterna salvação. Neste caso é importante que seus alunos aprendam com detalhes como se dá tal processo de salvação. Aproveite a oportunidade para explicar aos seus alunos que somos salvos pela graça mediante a fé em Cristo Jesus:
“A salvação é um dom da graça de Deus, mas somente podemos recebê-la em resposta à fé, do lado humano. Para entender corretamente o processo da salvação, precisamos entender essas duas palavras: Fé e Graça.
Fé Salvífica. A fé em Jesus Cristo é a única condição prévia que Deus requer do homem para a salvação. A fé não é somente uma confissão a respeito de Cristo, mas também uma ação dinâmica, que brota do coração do crente que quer seguir a Cristo como Senhor e Salvador (cf. Mt 4.19; 16.24; Lc 9.23-25; Jo 10.4,27; Ap 14.4).
(1) O conceito de fé no Novo Testamento abrange quatro elementos principais:
(a) Fé significa crer e confiar firmemente no Cristo crucificado e ressurreto como nosso Senhor e Salvador pessoal (ver Rm 1.17 – nota). Importa em crer de todo coração (At 8.37; Rm 6.17; Ef 6.6; Hb 10.22), ou seja: entregar a nossa vontade e a totalidade do nosso ser a Jesus Cristo tal como Ele é revelado no Novo Testamento.
(b) Fé inclui arrependimento, isto é, desviar-se do pecado com verdadeira tristeza (At 17.30; 2 Co 7.10) e voltar-se para Deus através de Cristo. Fé salvífica é sempre fé mais arrependimento (At 2.37,38; ver Mt 3.2, nota sobre arrependimento).
(c) A fé inclui obediência a Jesus Cristo e à sua Palavra, como maneira de viver inspirada por nossa fé, por nossa gratidão a Deus e pela obra regeneradora do Espírito Santo em nós (Jo 3.3-6; 14.15,21-24; Hb 5.8,9). É a ‘obediência que provém da fé’ (Rm 1.5). Logo, fé e obediência são inseparáveis (cf. Rm 16.26). A fé salvífica sem uma busca dedicada da santificação é ilegítima e impossível. 
(d) A fé inclui sincera dedicação pessoal e fidelidade a Jesus Cristo, que se expressam na confiança, amor, gratidão e lealdade para com Ele. A fé, no seu sentido mais elevado, não se diferencia muito do amor. É uma atividade pessoal de sacrifício e de abnegação para com Cristo (cf. Mt 22.37; Jo 21.15-17; At 8.37; Rm 6.17; Gl 2.20; Ef 6.6; 1 Pe 1.8).
(2) A fé em Jesus como nosso Senhor e Salvador é tanto um ato de um único momento, como uma atitude contínua para a vida inteira, que precisa crescer e se fortalecer (ver Jo 1.12 – nota). Porque temos fé numa Pessoa real e única que morreu por nós (Rm 4.25; 8.32; 1 Ts 5.9,10), nossa fé deve crescer (Rm 4.20; 2 Ts 1.3; 1 Pe 1.3-9). A confiança e a obediência transformam-se em fidelidade e devoção (Rm 14.8; 2 Co 5.15); nossa fidelidade e devoção transformam-se numa intensa dedicação pessoal e amorosa ao Senhor Jesus Cristo (Fp 1.21; 3.8-10; ver Jo 15.4 – nota; Gl 2.20 – nota)” (Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, p. 1704).
Compartilhe com seus alunos da alegria que sentimos como salvos em Cristo Jesus. Você pode aproveitar para elaborar com seus alunos um acróstico. Para cada letra das palavras “FÉ SALVÍFICA” construa frases que dizem a respeito ao assunto da aula de hoje, por exemplo:
F -
E -
S - SEM A SANTIDADE NÃO PODEMOS TER COMUNHÃO COM DEUS.
A -
L -
V -
I -
F -
I -
C -
A -
Por Thiago Santos
Educação Cristã.

Lição 12 - 2º Trimestre 2019 - Preparando-se para o Futuro - Pré Adolescentes.

Lição 12 - Preparando-se para o Futuro 

2º Trimestre de 2019
A lição de hoje encontra-se em: Gálatas 6.7-9.
Prezado(a) professor(a),
A aula desta semana atenta para um assunto que é importante ser conversado com seus alunos: “como eles estão se preparando para o futuro?” O tempo de semeadura pode ser trabalhoso, mas para aqueles que sabem o que querem e onde querem chegar, não dificuldades que possam impedi-los de alcançar seus objetivos. Entretanto, não há como alcançar objetivos sem que haja um planejamento de qualidade.
A preocupação com um futuro proveitoso deve ser estimulada desde a mais tenra idade. Isto não significa que o adolescente tenha que queimar etapas. Pelo contrário, deve se preparar para viver cada etapa da vida através da prática de boas obras que sirvam de aprendizado e experiência e, certamente, no futuro se tornará uma pessoa responsável, que respeita as autoridades e sabe administrar bem o seu tempo e as finanças. Por esse motivo o diálogo a respeito deste assunto não pode ser ignorado na fase em que estão vivendo.
“Os Planos na vida do adolescente.
Uma das mais sérias preocupações na adolescência é a construção de um plano de vida, o que implica na definição de ideias, na determinação do estado de vida e na escolha da profissão.
O trabalho do responsável auxilia a construir os alvos, nunca esquecendo que a felicidade é, sem dúvida, o alvo máximo.
Um dos trabalhos mais nobres é preparar o jovem para servir as pessoas ao seu redor. O seu futuro tem que ser planejado incluindo o amor ao próximo e a misericórdia. Muitas pessoas se tornam egoístas, porque nunca incluem o ‘próximo’ nos seus projetos. Os responsáveis pela sua educação precisam sempre dar ênfase a este assunto importantíssimo.
Para ajudá-lo a melhorar, procure orientar nos seguintes aspectos:
• Conhecimentos e habilidades tais como: boas maneiras, facilidade para conversar, tato e interesse em comum com os outros.
• Cultivo da prática de atitudes favoráveis para com seus amigos, demonstrando amor e sinceridade.
• Aquisição de independência e segurança para conseguir autossuficiência; adaptação fácil aos grupos pequenos e grandes.
• Senso de responsabilidade demonstrado pelo respeito para com suas obrigações e para com o próximo; observar o seu relacionamento.
• Atuação efetiva em outros grupos, a fim de contribuir para o sucesso coletivo.
• Ajustamento aos colegas, sendo agradável e apreciando os esforços dos companheiros.
• Hábito de sempre terminar o trabalho que começou – perseverança.
• Atitude interessada nos problemas da comunidade e vontade espontânea de aceitar a responsabilidade.
• Atitude de interesse e participação nos acontecimentos da igreja, procurando avaliar os problemas, para poder ajudar com sabedoria.
Ajudar a administrar todos esses elementos acima é um pouco complicado, mas esses requisitos são necessários nos relacionamentos sociais. Requer métodos especiais de aprendizagem e treinamento em grupo.” (Texto extraído do livro de COSTA, Débora F. Os Maravilhosos Anos da Adolescência. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, pp. 259,260).
Converse com seus alunos e pergunte como estão se preparando para o futuro. Aproveite e imprima a lista com os aspectos citados acima e distribua para os seus alunos. Solicite que eles façam uma autoavaliação e verifiquem se estão em conformidade com os aspectos listados, e o que ainda precisam melhorar.
Thiago Santos
Educação Cristã.

Lição 12 - 2º Trimestre 2019 - Eu? A Mãe do Salvador? Adolescentes.

Lição 12 - Eu? A mãe do Salvador?

2º Trimestre de 2019
ESBOÇO DA LIÇÃO:
AGRACIADA
SOFREU HUMILHAÇÕES
A MÃE DO NOSSO SALVADOR
OBJETIVOS
Levar o aluno a desenvolver a obediência e a confiança em Deus;
Mediar a reflexão acerca da vontade divina para nossas vidas; 
Conscientizar os alunos a viver para Cristo.
MARIA, MÃE DO SALVADOR – MAS UMA SERVA HUMILDE
Devido ao equívoco de a igreja romana prestar culto e venerar Maria, caindo na “mariolatria”, há outro exagero no meio evangélico que representa o quase silêncio em relação à mãe do Salvador. Não se deve cultuar e venerar Maria, mas também não se deve ignorá-la e esquecê-la. A Bíblia diz que dentre as mulheres da Terra, Maria é a mais bem-aventurada: “Salve, agraciada; o Senhor é contigo; bendita és tu entre as mulheres” (Lc 1.28). A “agraciada” e “bendita” mãe do Salvador: assim chamou o anjo Gabriel em relação à Maria.
Maria de acordo com as Escrituras
Segundo os estudiosos, Maria aparece aproximadamente 150 vezes ao longo do Novo Testamento. Mas o livro de Lucas é o Evangelho que mais a menciona, pois das 150 vezes citada no Novo Testamento, 90 vezes Maria está presente no Evangelho do autor gentílico. Em Lucas também consta o mais famoso cântico de Maria quando da anunciação da vinda do Salvador por intermédio do anjo Gabriel, o Magnificat (Lucas 1.46-55): “A minha alma engrandece ao Senhor, e o meu espírito se alegra em Deus, meu salvador [...]” (vv.46,47). Quantas canções maravilhosas e edificantes não foram compostas a partir desse cântico precioso?! A beleza do Magnificat é poética, musical e essencialmente espiritual. É a expressão humana de agradecimento pelo presente recebido por Deus pelo privilégio de gerar o Salvador. E que privilégio! Humilde como era, Maria não se via merecedora de tão nobre missão, por isso, se dirigia humildemente diante do Pai com coração agradecido.
Mas além de Lucas, outros três Evangelhos (Mateus, Marcos e João) mencionam Maria (Mt 1.1-25; 2.10-23; Mc 3.20-21,31-35; 6.1-6; Jo 2.1-12; 19.25-27). Os Atos dos Apóstolos também a mencionam (1.14), bem como a carta do apóstolo Paulo aos Gálatas (4.4). Ora, os textos são abundantes e mostram como as Escrituras Sagradas levam em conta à mãe do Salvador. 
Portanto, (1) com Maria aprendemos a ser humildes. Esta é uma das lições mais maravilhosa que a jovem da Galileia nos ensina. Mesmo após receber milagrosamente a visita de um anjo anunciando o milagre da concepção virginal do Salvador, Maria permaneceu extradordinariamente dependente de Deus. Mas também (2) com Maria aprendemos a ser gratos a Deus. O cântico de Maria mostra a sua gratidão ao Pai. Ao entoar louvores a Deus por gratidão pela tão nobre escolha que o Pai fizera, Maria agradece o Pai de todo o coração. 
(Texto extraído da revista Ensinador Cristão, CPAD, p.41)
Marcelo Oliveira de Oliveira
Editor da revista Adolescentes Vencedores

Lição 12 - 2º Trimestre 2019 - Pastores e Doutores - Juvenis.

Lição 12 - Pastores e Doutores

2º Trimestre de 2019
“Para o que foi constituído pregador, e apóstolo, e doutor dos gentios” (2 Tm 1.11).
OBJETIVOS
Expor a necessidade de múltiplos dons na Igreja;
Apresentar o pastor como aquele que prega a Cristo com a vida;
Definir o doutor como o líder centrado no ensino.
ESBOÇO DA LIÇÃO
1. OS MÚLTIPLOS DONS NA IGREJA DE CRISTO
2. A LIDERANÇA PASTORAL EM O NT
3. O DOUTOR COMO LÍDER DA IGREJA
4. DE QUEM MAIS PRECISAMOS PASTORES OU DOUTORES?
Querido (a) professor (a), prosseguindo com o tema do trimestre “Eu, um Líder”, em nossa próxima lição ensinaremos aos Juvenis sobre liderança nos papéis de pastor e doutor. É crucial que eles entendam que, como membros de um mesmo corpo, todos nós temos uma função importante. Por isso, é primordial descobrir a nossa vocação, a fim de exercê-la em prol do Reino de Deus, sempre avaliando a motivação de agradar ao Senhor, não impressionar a homens. 
Conforme temos aproveitado este espaço há algumas semanas, a fim de ampliar ainda mais a visão sobre essas formas de liderar e servir ao Senhor e aos santos, segue abaixo mais um artigo da série de estudos sobre dons ministeriais de autoria do saudoso mestre e consultor teológico Pr. Antonio Gilberto, publicado em nosso portal de notícias CPADNews.
Muitos dizem que os dons ministeriais de Efésios 4.11 cessaram, mas o versículo catorze desse mesmo capítulo diz que eles existem "até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a varão perfeito, à medida da estatura completa de Cristo", e isso ainda não ocorreu.
Sobre o assunto, duas coisas básicas devem ser ditas de antemão. A primeira é que é Deus quem concede os dons ministeriais (Ef 4.11; Nm 18.7). A segunda é que é o dom ministerial recebido de Deus que determina o ministério ou o ofício do ministro. Em 1 Timóteo 4.14 e 2 Timóteo 1.6, vemos o dom ministerial. Em 2 Timóteo 4.5, o ministério resultante do dom. Os dons e seus ministérios podem ser vistos em 1 Coríntios 12.8-10, 27-30.
[...] A igreja ordena o obreiro como ministro do Evangelho, e não como apóstolo, profeta, evangelista, pastor ou mestre. Esses são ministérios dados por Deus. A igreja convencionou por si mesma chamar todos os ministros ora como pastores, ora como evangelistas, mas precisamos encarar o assunto dos dons ministeriais apresentados em Efésios 4.11 à luz da doutrina bíblica do ministério.
A soberania de Deus na distribuição dos dons ministeriais
Os dons do ministério são recebidos de Deus, segundo a sua soberania e no seu tempo. A uns Deus chama e capacita quando ainda estão no ventre de suas mães: "Antes que te formasse no ventre te conheci, e antes que saísses da madre te santifiquei: às nações te dei por profeta", Jr 1.5. "E tu, ó menino, serás chamado profeta do Altíssimo, porque hás de ir a face do Senhor, a preparar os seus caminhos", Lc 1.76. "Mas quando aprouve a Deus, que desde o ventre de minha mãe me separou, e me chamou pela sua graça, revelar seu filho em mim, para que o pregasse entre os gentios, não consultei a carne nem o sangue", Gl 1.15-16.  
Outros Deus chama na infância: "O Senhor chamou a Samuel, e disse ele: Eis-me aqui", 1Sm 3.4. Samuel ainda era uma criança quando Deus o chamou.
Há alguns a quem Deus chama e capacita na idade adulta: "E subiu ao monte, e chamou para si os que ele quis; e vieram a ele. E nomeou doze para que estivessem com ele e os mandasse a pregar", Mc 3.13-14. "também a Jeú, filho de Ninsi, ungirás rei de Israel; e também a Eliseu, filho de Safate de Abel-Meola, ungirás profeta em teu lugar", 1Rs 19.16. "Depois disto ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Então disse eu: Eis-me aqui, envia-me a mim", Is 6.8.
Há também aqueles recebem o dom por imposição de mãos, por profecia: "Não desprezes o dom que há em ti, o qual te foi dado por profecia, com a imposição das mãos do presbitério", 1Tm 4.14. "Por cujo motivo te lembro que despertes o dom de Deus que existe em ti pela imposição das minhas mãos", 2Tm 1.6.
Deus é soberano quanto ao exercício dos dons ministeriais na vida do obreiro. Timóteo era evangelista (2Tm 4.5), mas cuidou de igrejas por algum tempo (1Tm 1.3; 4.13). João Batista era profeta e cheio do Espírito Santo, mas não operava milagres (Jo 10.41).
O Senhor te abençoe e capacite. Boa aula!
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Juvenis da CPAD 

Lição 12 - 2º Trimestre 2019 - O Governo da Igreja Local - Jovens.

Lição 12 - O governo da igreja local

2º Trimestre de 2019 
Introdução
I-O poder de julgamento da igreja local;
II-O poder institucional na igreja local.
Conclusão
Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivos:
Mostrar o poder de julgamento da igreja local;
Refletir a respeito do poder institucional na igreja local.
Palavras-chave: Cobiça e soberba.
Por Pr. Natalino das Neves
A nova comunidade cristã em Corinto estava em fase de adequação da antiga vida de promiscuidade e corrupta que imperava na grande metrópole com a nova vida com base no evangelho de Cristo. Os membros que se envolviam em conflitos buscavam os tribunais romanos para julgarem suas causas. Paulo defende a independência de julgamento da igreja nesses casos e orienta a igreja. 
I. O Poder de Julgamento da Igreja Local 
Paulo propõe um modelo inovador para resoluções de litígios cristãos 
O conflito faz parte da realidade constante da vida do ser humano. Esse foi o motivo da carta de Paulo aos coríntios, onde ele apresenta uma série de conflitos como: a) a divisão partidária dos membros da igreja (1 Co 1); b) o escândalo do incesto e a convivência da igreja (1 Co 5); c) conflitos entre irmão sendo submetidos aos tribunais pagãos (1 Co 6); d) Libertinagem e prostituição (1 Co 6); e) práticas pagãs no relacionamento conjugal e sexual (1 Co 7); f) possibilidade ou não de comer carnes sacrificadas aos ídolos (1 Co 8 e 10); g) a participação das mulheres na celebração do culto (1 Co 11); participação da Ceia do Senhor sem solidariedade (1 Co 11); utilização dos dons espirituais (1 Co 12 e 14); ceticismo quanto à ressurreição (1 Co 15). Para todos os conflitos, inclusive a submissão dos conflitos internos aos tribunais pagãos, o apóstolo apresenta proposta de espiritualidade e autonomia da igreja em relação ao poder imperial. Para ele, a comunidade cristã possui uma sabedoria superior à sabedoria “dos poderosos desta época, que se reduzem a nada” (1 Co 2.6, ARA). 
Considerando o sistema ideológico e dominante greco-romano, Paulo apresenta uma forma inovadora de gestão independente e exclusiva para a comunidade cristã. Segundo Ferreira, nesse modelo estão presentes duas propostas basilares:
Essa perícope (vv. 1-11) deixa entrever uma postura ultraconsciente do apóstolo. Ele apostou em algo, totalmente novo. O modo de produção escravagista romano e a sociedade elitista grega não conheciam e nem tinham experiência do que Paulo sugeriu aqui. Ele propôs à comunidade de Corinto duas coisas fundamentais: a) a solidariedade do grupo; b) que a comunidade de Corinto resolvesse, autonomamente, seus assuntos internos, deixando de lado, a interferência do Estado. (FERREIRA, 2013, p. 90)
Paulo era um homem culto e sabia que para uma sociedade como da grande metrópole corintiana era preciso um sistema jurídico para controlar os potenciais litígios. Uma cidade com diversidade tão acentuada de classes sociais, culturais e ideológicas era uma fonte de conflitos, em especial com a crescente classe de novos ricos, principais usuários do sistema jurídico imperial. No entanto, o apóstolo entendia que muitos desses conflitos poderiam ser resolvidos dentro da comunidade cristã, sem interferência do Estado. Assim, Paulo reconhece a importância desse processo de julgamento romano para a sociedade secular, porém destaca que a igreja tem um papel de julgamento superior ao do estabelecido no mundo secular. Ele faz isso numa perspectiva escatológica (Dn 7.22; 1 Ts 4.16,17; Mt 19.28; Lc 22.28-30), pois afirma que a igreja vai julgar o mundo (1 Co 6.2), como também os anjos (1 Co 6.3; Jd 6; 2 Pe 2.4). Uma forma de valorizar o poder de resolução de problemas que a igreja pode exercer para resolver seus conflitos internos, sem a necessidade de envolver pessoas externas a ela. Se a igreja tem essa prerrogativa futura de julgamento do mundo e dos anjos, os problemas internos gerados por rixas entre os irmãos, comum em qualquer grupo humano, poderiam muito bem ser resolvidos pelas autoridades eclesiásticas e de forma justa. Paulo não estava incentivando a comunidade a se isolar totalmente do mundo secular, mas que ela pudesse se blindar das injustiças deste. Como afirma Ferreira (2013, p. 92) “estando vivendo na sociedade desigual e injusta, os cristãos precisavam criar mecanismos de sobrevivência dentro da própria comunidade na base da justiça”.
Paulo, com riqueza literária, utiliza da ironia ao afirmar que o mais desprezível dos membros da igreja teria melhores condições de julgamento do que os poderosos juízes romanos, uma vez que como tementes a Deus teriam como base de julgamento os princípios cristãos (v.4). Ele questiona se não havia na comunidade pessoa sábio o suficiente para julgar as rixas internas da comunidade (v. 5), em vez de submeter conflitos internos ao julgamento de injustos (v. 6). Por isso, ele propõe que as questões entre os irmãos fossem julgadas dentro do ideal igualitário cristão, sem favorecimentos injustos, tendo como base os princípios da fé cristã e Deus como o soberano sobre todos. 
O universo jurídico romano e a organização da igreja local
O sistema judicial atual herdou muito do sistema jurídico e social do Império Romano. Os romanos tiveram de desenvolver uma estrutura que atendesse a sociedade que era nitidamente litigiosa devido a complexidade de gestão e um império tão abrangente como o romano. Paulo deixa claro que no universo jurídico romano a prática da injustiça era comum. As decisões eram tomadas com objetivo de favorecer os patronos ricos, que ele os denomina como “poderosos”. Keener (2005, p. 52) afirma que a maioria dos processos litigiosos daquela época estava relacionada a questões de propriedade entre os ricos, sendo que algumas rixas eram simplesmente pretextos para vingar agravos e perseguir pessoas consideradas inimigas. Dessa forma, as questões precisavam ser intermediadas pelo sistema jurídico romano, que dava a palavra final de resolução do problema. Todavia, a jurisprudência não era exercida com imparcialidade pelos representantes da “justiça romana”, pois a sociedade romana ficou conhecida por ser corrupta e ter por comum a prática do suborno. 
Segundo Costa e Rodriguez a igreja local era uma cópia do modelo do Estado:
A igreja doméstica funcionava como núcleo da comunidade cristã. A família era maior do que as nossas famílias de hoje. Havia familiares, clientes, sócios, escravos. Era como uma miniatura do Estado. [...] a igreja se adaptou à organização do Estado e isso trouxe muitas consequências, especialmente para a liderança da comunidade. O cabeça da família, chamado paterfamilias, exercia autoridade legal sobre o grupo cristão daquele lugar. O domínio natural do paterfamilias nas igrejas domésticas explica muito do patriarcalismo que dominou a Igreja desde as suas origens. Por outro lado, dentro da igreja doméstica, a mãe de família, muito provavelmente, tinha função significativa. [...] Na maioria das vezes, a conversão do paterfamilias, por causa de sua autoridade, era acompanhada de todos os componentes da sua casa. Isso explica a variedade de nível social e cultural dos componentes das primeiras comunidades cristãs, e fazia a diferença entre o Cristianismo e as associações religiosas greco-romanas que agregavam, separadamente, pessoas de alto nível, pessoas das classes inferiores, ou ainda, só mulheres. (COSTA E RODRIGUES, 2008, p. 116-118) 
Como visto a família não era somente dos parentes próximos, mas também os agregados. As decisões passavam pela figura do cabeça da família e quando esse se convertia toda a casa deveria segui-lo. O que poderia caracterizar algumas falsas conversões. O modelo familiar seguia o modelo do Estado, todavia algumas evoluções nos relacionamentos interpessoais ocorreram nas famílias que se converteram ao cristianismo. A mulher passa a ter um papel mais significativo e as conversões das famílias, formadas por várias classes sociais, passam a se congregar em conjunto nas reuniões religiosas, diferente do que ocorria no modelo estatal. A igreja local passa a ser um conjunto dessas famílias, com isso um grande desafio na nova forma de relação entre os diversos membros. 
A pregação cristã da solidariedade e o projeto da igualdade certamente influenciou o pensamento das pessoas de menor poder aquisitivo e cultural, que vislumbravam a possibilidade de ascensão e mais liberdade dentro da nova comunidade. Por outro lado, os líderes das famílias passam a ser questionados quanto à manutenção do modelo estatal hierarquizado e opressor. Na sociedade greco-romana o homem prevalecia sobre a mulher, os pais sobre os filhos e os senhores sobre os escravos. A mudança de comportamento e relacionamento proposto pelo evangelho contrastava muito com a cultura do império. A cultura não se muda de um dia para o outro, a evolução é lenta. Todavia, Paulo insiste nos princípios do evangelho e na mudança de estilo de vida dentro das famílias e entre as famílias da comunidade. Em uma comunidade cristã nova como a de Corinto os conflitos e a busca dos “direitos” institucionalizados pelo império seriam inevitáveis, mas o apóstolo não poderia desanimar diante desse desafio. Ele insiste na implantação e manutenção dos valores do evangelho.
O poder de julgamento da igreja estava condicionado à prática da justiça 
O modelo estatal continuava influenciando nos relacionamentos dentro da comunidade cristã. A resposta de Paulo foi radical, apontando para a justificação em Jesus (v. 11). Justificação, ponto central da teologia da cruz que desfaz toda a ideologia imperial de desigualdade social, competição e endeusamento da liderança. 
Se havia conflito e rixas a serem levadas a julgamento era porque alguns continuavam tirando vantagens dos próprios irmãos da comunidade. No entanto, Paulo afirma que tantos os que estavam causando danos como os lesados estavam errados. Em 1 Coríntios 6.7 ele incentiva aqueles que foram lesados a sofrerem a injustiça sem buscar os recursos jurídicos, recorrendo assim aos ensinamentos de Cristo no Sermão da Montanha (Mt 5.39s), o que reforça também em 1 Tessalonicenses 5.15. Quem abre mão assim de seus direitos? No entanto, em muitas situações o prejuízo será menor se assim proceder. Pelo menos, essa era a recomendação de Paulo para o caso específico que estava ocorrendo na comunidade de Corinto. Naquela época, os juízes ficavam às portas das cidades para julgar questões, quando procurados por aqueles que se diziam lesados. Os cristãos estavam procurando esses juízes, em vez de tratar primeiro dentro da comunidade cristã. Uma vez recorrido aos tribunais da cidade o relacionamento dos envolvidos, incluindo suas famílias, estaria comprometido. Considerando a cultura da época de como era arranjadas as famílias, um percentual significativo da igreja poderia se envolver e o prejuízo para o Reino seria grande. Então, Paulo se volta para os defraudadores dos irmãos e adverte o comprometimento da vida eterna com Deus devido às injustiças praticadas. O comportamento deles não estava coerente com o novo relacionamento que o cristão deve ter com Deus e seu próximo. A reprimenda paulina é forte, ele iguala quem defrauda o irmão com os: a) devassos; b) idólatras; c) adúlteros; d) efeminados; e) ladrões; f) avarentos; g) bêbados; h) os maldizentes (v. 9,10). Portanto, todos debaixo da mesma condenação. Em 1 Coríntios 6.1 o termo injusto é empregado para se referir aos juízes dos tribunais romanos, agora em 1 Coríntios 6.9 o mesmo termo é empregado aos próprios cristãos que cometem injustiça. Portanto, colocados em pé de igualdade. Assim, aquele que procede da maneira dos juízes injustos também não tem condições de julgar dentro da comunidade. Se não suportar pacientemente a injustiça de irmãos é considerada uma atitude errada para um cristão, quão pior é praticar a injustiça, por isso o teor da reprimenda do apóstolo. 
Todos os pecados citados por Paulo certamente fizeram parte do estilo de vida anterior de um ou outro membro da comunidade de Corinto. Logo, o apóstolo incita os seus ouvintes a reconhecer a graça divina a seu favor, que os havia resgatado de uma vida de miséria espiritual por meio do perdão de seus pecados. Uma vez justificados, eles não deviam se submeter a uma nova condenação. Uma vez santificados não deviam se contaminar novamente com o pecado. Uma vez lavados não deviam se sujar com as imundícias da carne. O texto não fala quais eram os litígios que os irmãos estavam levando aos tribunais romanos, mas é possível que fossem questões irrelevantes e sem maiores implicações pessoais, inclusive com base nos novos princípios recebidos pelo cristianismo. Consequentemente, as pessoas mais indicadas para resolver esses conflitos seriam os próprios líderes da comunidade. Mas, se mesmo assim as partes envolvidas não entrassem em acordo? Seguramente, os conflitos judiciais seriam inevitáveis. E hoje, quais questões deveriam ser tratadas nas igrejas? A igreja está estruturada para tratar dos assuntos internos? São questionamentos que ficam para reflexão. Embora haja questões que, por lei, têm que ser submetidos às autoridades legais, outras podem ser tratadas por líderes cristãos qualificados na igreja.
II. Advertências sobre o Uso do Poder na Igreja Local 
Para abordar o tema do uso do poder local será analisado o texto da Primeira Epístola de Pedro que foi enviada a outra comunidade cristã. Os destinatários da epístola viviam em uma situação de pobreza e marginalidade social, além das perseguições dos romanos, judeus e comunidade local. Por isso, Paulo recomenda aos líderes locais um tratamento amoroso e justo de seus membros.
Os destinatários da Primeira Epístola de Pedro
A epístola foi destinada aos estrangeiros espalhados pelas regiões da província romana da Ásia Menor: Ponto, Galácia, Capadócia, Ásia (região ocidental da Ásia Menor) e Bítinia (1.1; 2.11). Região do oriente da província onde a urbanização promovida pelos romanos não teve o mesmo êxito do que outras grandes cidades como Éfeso, Colossenses, Gálatas, entre outras. A população se concentrava na zona rural ou em vilarejos. Portanto, pequenos povoados. Além disso, eram estrangeiros, uma condição de não cidadãos naquela sociedade, uma posição não privilegiada entre os habitantes (1.17). Nogueira (2012, p.23) afirma que o termo grego utilizado para designar peregrinos e forasteiros é paroikoi que significa “estrangeiros que tinham adquirido o direito de residência, mas que ainda não desfrutavam do direito da cidadania. [...] Entre os direitos de que eram excluídos, contam voto, posse da terra, casamento com cidadãos, herança e transferência de bens”. Em 1 Pedro 2.11 ainda temos a expressão grega parepidemoi, uma minoria, que eram estrangeiros que nem sequer tinham o direito de permanecer no país. Já em 1 Pedro 2.13-17 há uma referência a escravos domésticos (oiketai), e como não existe menção a senhores pode sugerir que não havia pessoas ricas na comunidade. Portanto, uma situação de pobreza e marginalidade social. 
Judeus da diáspora espalhados pelo mundo, escolhidos como povo exclusivo segundo a presciência de Deus Pai (At 7.6; 13.17; 1 Pe 1.1,2), resgatados pelo sangue de Cristo e novas criaturas (1.18-23). Eles assumem a condição de pobres e estrangeiros, mas dão um novo sentido, de herdeiros de uma herança que dinheiro ou bens nenhum pode comprar. Eles são agentes de libertação, diferente do antigo concerto de sacerdócio centralizado, todos são sacerdotes (2.5-10). Desprezados pelo poder imperial, mas integrantes do povo do Deus Todo-poderoso.
Como se não bastasse a condição social da comunidade cristã nessas regiões, eles enfrentavam também perseguições. Os cristãos eram perseguidos pelos romanos, que os consideravam como povo de desprezível superstição e pervertores da moral e da ordem romana. Depois tinha a perseguição das lideranças judaicas, que perseguiam os cristãos por motivos religiosos e políticos. Os cristãos não se submetiam a algumas práticas judaicas e nem as práticas romanas. Os romanos por longo período classificavam os cristãos como uma ramificação do judaísmo. Por isso, os judeus, em algumas situações, para manterem a boa relação de poder e política com os romanos denunciavam os cristãos às autoridades romanas (At 13.45-52; 14.2; 17.6,7).  O terceiro tipo de perseguição era da própria população local das províncias, quer por motivos sociais (grande maioria de pobres) ou pela diferença de práticas religiosas e políticas. Nogueira (2012, p. 33) afirma que “Só Roma tinha autoridade e poder para executar e prender. Mas nem sempre era Roma que iniciava um processo de perseguição”. 
Os destinatários da carta recebem a orientação de praticarem o bem a todos, pois se os opositores falassem mal deles ou os perseguissem veriam suas boas obras. Assim, o sofrimento deles não seria em vão, pois estavam dentro da vontade de Deus (1 Pe 2.12; 3.13-17). Era comum aos cristãos serem caluniados injustamente (1 Pe 4.12,15,16; 5.9) e o principal motivo das infamas era o estilo de vida separado da sociedade (1 Pe 4.3,4). Desse modo, a maioria das perseguições sobre os destinatários da epístola eram difamatórias. No entanto, em uma carta escrita cerca de 110 d.C. por Plínio (responsável por reorganizar a província da Bitínia) ao imperador Trajano é mencionado que os cristãos que não adoravam a imagem do imperador, dos deuses e blasfemassem a Cristo eram executados. Este é o “fogo ardente que surge no meio de vós, destinado a provar-vos” (1 Pe 4.12).
Portanto, os destinatários da Primeira Epístola de Pedro eram marginalizados, em sua maioria estrangeiros residentes de baixa condição social, destituídos dos direitos de cidadania e sem poderem participar da vida pública. A fé cristã era considerada supersticiosa e prejudicial ao sistema romano. Além disso, os membros da comunidade eram caluniados e discriminados pela sociedade local e que nos momentos de perseguição eram entregues aos romanos que tinham poder para prender e matar. Um grupo que vivia debaixo de grande opressão e sofrimento, cuja esperança estava em Deus e no Crucificado, cuja resignação ao sofrimento eles tinham por modelo (1 Pe 2.19-25). Tudo isso é tido pelo autor como motivo de alegria por estarem participando dos sofrimentos de Cristo (1 Pe 4.13).
O sofrimento imposto pelo poder imperial como tema principal da epístola
O problema do sofrimento é o tema central da epístola. Ao conhecer os destinatários da epístola já foi evidenciado como a comunidade cristã, receptora do escrito, espalhada pelas cinco províncias da Ásia Menor era marginalizada e sofria por se identificar com a fé cristã. A epístola tem o propósito de encorajar os destinatários a manterem a fé mesmo diante das adversidades e perseguições. A referência era o sofrimento de Cristo, mas a caminhada não seria em vão. Inclusive, os escravos são exortados a se submeterem aos seus senhores, mesmos os maus (1 Pe 2.18). 
Para muitos parece uma loucura ou uma vida fanática. Muitas palavras e orientações da epístola são difíceis de ouvir, principalmente por alguém do século XXI, época em que a defesa dos direitos humanos tem avançado nas discussões entre as principais nações do mundo. Como explicar uma comunidade que sofre as piores humilhações e perseguições, vivendo praticamente uma vida de miséria social, receber de bom grado uma orientação para se alegrarem? Como se animar “simplesmente” com a afirmação de que a vida que estavam levando fazia deles participantes dos sofrimentos de Cristo? 
A comunidade é incentivada a manter sua fidelidade a um Crucificado com base na promessa de que teriam uma vida eterna com Deus. Para reforçar a fé e a perseverança da comunidade a epístola evoca a memória e a tradição do apóstolo Pedro. Coluna da Igreja Primitiva, que por ciúme e inveja de seus adversários foi perseguido, mas sustentou o seu combate pela fé até a morte para alcançar o lugar da glória prometido por Jesus. Pedro como um exemplo de paciência durante a submissão a um sofrimento imposto de forma injusta. Uma pessoa que experimentou o mesmo destino de Cristo, o sofrimento por martírio. Afinal ele foi “testemunha dos sofrimentos de Cristo e participante da glória que se há de revelar” (1 Pe 5.1). O sofrimento é visto como uma virtude, uma demonstração de perseverança e fé cristã. 
O exemplo de Pedro é fortalecido por um exemplo superior, o de Jesus. Inspirado no texto de Isaías 53, conhecido como o cântico do “servo sofredor” e relido no Novo Testamento como referência ao sofrimento de Cristo. O autor, em 1 Pedro 2.21-25, fundamenta a fidelidade mesmo no momento de adversidade, diante do sofrimento injusto imposto pelo poder imperial e seus aliados. Ele afirma que Jesus sofreu injustamente pela comunidade e deixou o exemplo a ser seguido. Ele não havia cometido pecado algum e falava a verdade, mesmo assim foi condenado injustamente sem ameaçar ou revidar, confiando naquEle que julga com justiça. Jesus sofreu injustamente por amor a humanidade para que pessoas fossem libertas e seguissem seu exemplo, influenciando para que outras pessoas também possam ser vivificadas. Nogueira (2012, p. 48) assevera que o sofrimento pode “ser comparado a uma semente que morrendo, dá vida. [...] O exemplo de Jesus diz como devem se comportar os cristãos que sofrem. Diz também que é um sofrimento que dá vida a outros”. 
Comentar sobre o sofrimento dos cristãos primitivos e reforçar as orientações da epístola parece ser utopia. Viver realmente a situação deles e seguir as orientações bíblicas não é tão simples assim, exige muita disciplina e esperança que produz fé. No entanto, o autor afirma veementemente que o sofrimento por causa da justiça (1 Pe 3.14) é a vontade e o projeto de Deus para a comunidade cristã (1 Pe 3.17; 4.19), como consequência de se fazer o bem e praticar a justiça de Deus (1 Pe 2.15; 4.12,13), a exemplo de Jesus (1 Pe 2.24). Por esse motivo, o autor coloca uma esperança na vida da comunidade. Ele afirma que se Deus estava permitindo o sofrimento de seu povo daquela maneira, o julgamento daqueles que não obedecem ao Evangelho de Deus seria terrível (1 Pe 4.17-19). Dessa forma, cria-se a expectativa de que a libertação estava a caminho (1 Pe 5.9-11; Ap 14.7).  A Primeira Epístola de Pedro mostra que depois da provação vem a salvação, e que o sofrimento dos justos é a predição da libertação divina.  
Advertência contra o abuso do poder eclesiástico
Diante de tantos sofrimentos e discriminação, os cristãos veem na igreja um lugar em que podiam se sentir em família, entre irmãos e irmãs. Nascidos de novo (1 Pe 1.23) e filhos de um mesmo Pai (1 Pe 1.14,17), ou seja, filhos de Deus e irmãos uns dos outros. Participantes do povo de Deus (1 Pe 2.10) e abrigados na casa de Deus (1 Pe 4.17). Em uma situação de crise e pobreza, eles são advertidos à oração e a uma vida de comunhão e amor mútuo, além da hospitalidade para com a comunidade de peregrinos e estrangeiros e o serviço voluntário uns aos outros para que Deus fosse glorificado, por meio de suas vidas (1 Pe 4.7-11). Uma forma de distribuição de poder compartilhado, um sacerdócio comum (1 Pe 2.9), cada membro da comunidade um administrador da graça de Deus (1 Pe 4.10). Na sociedade secular eles não tinham praticamente nenhum poder ou direito, mas na comunidade cristã eles exercem a cidadania celeste e distribuem o poder. Assim, a comunidade cristã Anuncia o Reino de Deus, uma sociedade onde todos são iguais e da mesma família. A epístola incentiva a vida comunitária, onde um grupo sofrido e discriminado se une, soma forças, oferece apoio a cada membro, vive sem a imposição exploratória e desumana do poder, que era o modelo do império romano e predominava na sociedade secular. Um ambiente de alento e segurança, em um ambiente em que estar presente era motivo de alegria e satisfação, bem diferente do ambiente externo. 
Todavia, a Segunda Epístola de Pedro, mostra que essa realidade não perdurou por muito tempo e apresenta um ambiente bem diferente de disputa por espaço e poder representativo entre a liderança, daí surgem os vários temas de conflito (político, econômico, geopolítico, teológico, cultural, gênero, entre outros). Uma das grandes preciosidades da Bíblia é a exposição da realidade vivida pelas comunidades e pelos autores, e não somente as concordâncias com a doutrina e comportamento esperado dos cristãos. Ela mostra também os comportamentos imorais e desprezíveis como forma de alerta e advertência para que os cristãos não sigam esse exemplo. Na Segunda Epístola, a comunidade passa a ser vítima de falsos mestres, avarentos e propagadores de fábulas complicadas, heresias e do ceticismo quanto à volta de Jesus (1,15-19; 2.1-3; 3,1-4). Além da preocupação com o crescimento de um espírito de anarquia (antinomianismo — lei moral não é obrigatória aos cristãos), o desprezo pelos anjos e divergências sobre escatologia (2.10-22). Além do abandono da fé por alguns membros ainda ativos na comunidade. 
A admoestação de 1 Pedro 5.1-4 não deixa claro se o comportamento reprimido já ocorria na comunidade ou era uma alerta para o futuro. Provavelmente, o comportamento reprovado pelo apóstolo já acontecia. Os líderes são advertidos a apascentar o rebanho de Deus com cuidado, sem autoritarismo e nem por avareza para alcançar a glória que se há de revelar aos salvos. Na estrutura da igreja são colocados líderes que se destacam na comunidade, que era sofrida e estava passando por várias tribulações, não para aumentar a exploração e opressão, mas para serem administradores da graça de Deus sobre a família cristã, amparar e oferecer refrigério para tanto sofrimento. No entanto, infelizmente, em um ambiente de opressão e dominação como era o sistema greco-romano, existe a tendência de produzir seres ambíguos, enquanto oprimidos e subjugados veem na figura do opressor uma figura a ser conquistada, uma posição almejada. “Estes, no exercício do poder, serão influenciados por essa ambiguidade em suas ações e atitudes” (NEVES, 2013, p. 59). Na primeira oportunidade, reproduzem as práticas de seus opressores. Lamentavelmente, muitas pessoas que alcançam posição de poder na vida secular, por diversos motivos, veem a igreja como uma possibilidade de ascensão. Quando alcançam seu intento, tratam os membros da congregação de forma autoritária com objetivo de tirar vantagens. Estes não serão tomados por inocentes no Dia do Julgamento, quer na vida presente ou no fim dos tempos. Para um cristão é muito mais difícil aceitar a exploração interna, já que é pior do que a externa. Por isso a recomendação do autor aos jovens é para que se humilhem diante de Deus, confiem no poder do seu amor e entreguem nas mãos dEle todas as suas preocupações, pois Ele cuida dos seus (1 Pe 5.5,6). A comunidade cristã sempre passou por perseguições e humilhações, todavia a nossa prioridade deve ser a nossa salvação.
*Adquira o livro do trimestre. NEVES, Natalino. Cobiça e Orgulho: Combatendo o desejo da Carne, o Desejo dos Olhos e a Soberba da Vida. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2018.
Que Deus o(a) abençoe.
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista Lições Bíblicas Jovens  
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Jovens. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

quinta-feira, 20 de junho de 2019

Lição 12 - 2º Trimestre 2019 - A Nuvem de Glória - Adultos.

Lição 12 - A Nuvem de Glória 

2º Trimestre de 2019
ESBOÇO 
I – A COLUNA DE NUVEM: A GLÓRIA DIVINA SOBRE ISRAEL (Êx 40.34)
II – A SHEKINAH QUE ESTEVE PRESENTE NAS PEREGRINAÇÕES DE ISRAEL 
III – ALGUMAS LIÇÕES PARA HOJE
SOBRE “GLÓRIA”
“Essencial ao uso da palavra no Antigo Testamento é a ideia da glória do Senhor (Is 6.3). Nesse sentido, a glória está ligada à revelação, e consiste na manifestação da natureza de Deus. O assunto específico de Isaías 6 é a revelação da santidade, e a majestosa santidade e glória de Deus, que estão intimamente  relacionadas. Algumas vezes, no Antigo Testamento, esta manifestação aproxima-se de uma aparição física irresistível de glória, esplendor ou brilho (Lv 9.23; Êx 33.18ss.). Teologicamente, isto é representado pelos termos ‘presença’, ou ‘glória Shekina’.
No Novo Testamento, a glória do Senhor é vista em conexão com Jesus Cristo de várias maneiras. A narrativa do nascimento no relato de Lucas mostra que o primeiro advento do Messias foi marcado pela aparição da glória do Senhor (Lc 2.9,14,32). Esta glória, a soma de toda a perfeição da Trindade, esteve velada durante a transfiguração (Lc 9.28.ss.), e em momentos cruciais do ministério de Cristo (Jo 2.11; 11.40). Em Hebreus 1.3, delineia-se Jesus Cristo como o resplendor ou a radiação da glória de Deus. 
Pela graça soberana, o crente do Novo Testamento é visto compartilhando essa glória até certo ponto (Rm 8.30; 2 Co 4.6). Na ressurreição, o crente será transformado e assim será semelhante ao Salvador glorificado, em uma condição muito superior àquela que ele percebe ou imagina agora, e irá compartilhar a glória escatológica de Cristo (1 Pe 5.4; Ap 21.23). Cada crente estará livre da natureza pecadora e decaída, e terá um corpo ressuscitado.  
(Trecho extraído “Dicionário Bíblico Wycliffe”, editado pela CPAD) 
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Adultos. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

quinta-feira, 13 de junho de 2019

Lição 11 - 2º Trimestre 2019 - O Papai do Céu Cuida da Minha Igreja - Berçário.

Lição 11 - O Papai do Céu cuida da minha igreja!

2º Trimestre de 2019

Objetivo da lição: Levar a criança a reconhecer, através das atividades e exposições, que a igreja é a Casa de Deus.
É hora do versículo: “[...] Vamos à casa de Deus [...]” (Sl 122.1).
Nesta lição, as crianças reconhecerão que o Papai do Céu criou as pessoas, o mundo e também a igreja. Além de criar tudo isso, Ele também cuida de nós, como também cuida da nossa igreja! Como Ele faz isso? O Papai do Céu é poderoso e sabe como fazer.
Para que os bebês visualizem melhor, no imaginário infantil, o Papai do Céu cuidando da igreja isso, faça cópias da imagem abaixo e distribua para eles colorirem com giz de cera. Chame a atenção deles para a imagem de Jesus abraçando o templo para eles entenderem o cuidado divino através de seu abraço. 
jesuscuidadaigreja licao11 bercario
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Berçário

Lição 11 - 2º Trimestre 2019 - Jesus Também Orou - Maternal.

Lição 11 - Jesus também orou

2º Trimestre de 2019
Objetivo da lição: Que o aluno compreenda que Jesus orou e ensinou a respeito da oração. 
Para guardar no coração: “Orem sempre” (1 Ts 5.17).
Perfil da criança
Duas características espirituais importantes da criança do maternal: Desenvolvem uma consciência sensível. Quando ensinadas a respeito do pecado, inquietam-se com ele e temem ofender a Deus, pois desejam agradá-lo em tudo. O professor deve ensinar sobre o perdão divino e as maneiras de se agradar ao Papai do céu.
Aceitam a Jesus como Salvador pessoal. Procure sempre introduzir na lição o ensino sobre o pecado, que nos separa de Deus, e o meio que Ele providenciou para nos salvar do pecado e unir-nos a Si: a morte e a ressurreição de seu Filho Jesus. Em seguida, faça o apelo (Marta Doreto).”
Subsídio Professor
“O Mito do Período de Atenção
Existem muitas fórmulas para se chegar ao tempo de atenção das crianças, em termos de minutos. A mais comum consiste em utilizar a idade da criança mais um. Ou seja, uma criança de três anos teria um período máximo de atenção de quatro minutos. Isto não só é um mito, como também é um meio inútil de se raciocinar com relação à atenção. Em vez de refletirmos sobre a atenção infantil em termos de minutos, deveríamos considerá-la sob o prisma das tarefas. A tarefa que propomos está num nível de dificuldade apropriado para o nosso aluno? Ele a realiza até o fim? Com o nível de dificuldade adequado, uma criança pode, e frequentemente consegue, dar atenção à atividade proposta. Precisamos aprender a nos concentrar na atenção infantil, não no tempo da atenção infantil” (BEECHICK, Ruth. Como Ensinar Crianças do Maternal. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, pp. 17,18). 
Oficina de Ideias 2
Exponha os visuais no quadro ou na parede. Peça que um aluno(a) aponte nos visuais a figura da criança que está orando, falando com o Pai do Céu. Se ele(a) acertar, a classe deverá bater palmas. Faça perguntas à turma acerca da oração, como por exemplo: “Jesus orava?” “Você gosta de orar?” “O que é orar?” Repita a brincadeira com outros alunos.  
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista de Maternal

Lição 11 - 2º Trimestre 2019 - Jesus Anda Sobre as Águas - Jd. Infância.

Lição 11 - Jesus anda sobre as águas

2º Trimestre de 2019
Objetivos: Os alunos deverão identificar a importância de confiar plenamente no poder de Deus e de jamais duvidar. 
É hora do versículo: “Sem fé ninguém pode agradar a Deus [...]” (Hb 11.6).
Nesta lição, as crianças continuarão aprendendo que Jesus é poderoso. Dessa vez, Jesus anda sobre as águas! Que maravilha! Pedro também quis fazer o mesmo que Jesus e andou sobre as águas. Mas Pedro não confiou totalmente e quase afundou.
Enfatize que Deus se alegra ao ver que confiamos em seu poder. O único modo de agradá-lo é ter fé. O medo fez Pedro duvidar. Ele sentiu o vento forte, viu as ondas que batiam com força, e deixou de prestar atenção em Jesus. As situações difíceis não podem nos desviar de crer no poder de Deus. Mesmo com tudo contrário ao redor, devemos continuar caminhando em direção a Jesus, sem duvidar.
Como atividade complementar, após a realização das atividades propostas na revista do aluno e do professor, e caso haja tempo, sugerimos que você imprima a folha a seguir ilustrando a cena que representa o momento em que Pedro anda sobre as águas e entregue para as crianças colorirem. 
jesus licao11 jardim
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Jardim de Infância

Lição 11 - 2º Trimestre 2019 - Uma Situação Complicada - Primários.

Lição 11 - Uma Situação Complicada

2º Trimestre de 2019
Objetivo: Conscientizar o aluno de que Deus deseja mudar a nossa mente através do seu amor e poder.
Ponto central: Deus nos transforma mediante o seu amor e poder.
Memória em ação: “É preciso que o coração e a mente de vocês sejam completamente renovadas" (Ef 4.23).
Querido (a) professor (a), no próximo domingo vamos falar aos pequeninos de um tema um pouco abstrato: a renovação que o Espírito Santo opera em nossas mentes e corações. E como explicar para os pequeninos o mistério desta transformação, mencionada no nosso “Memória em Ação” e também muito conhecida através do alerta do apóstolo Paulo aos crentes de Roma e a todos nós:
Não vivam como vivem as pessoas deste mundo, mas deixem que Deus os transforme por meio de uma completa mudança da mente de vocês” (Romanos 12.2).
Deus tem planos bons, agradáveis e perfeitos para seus filhos. Ele quer que nos transformemos em pessoas com mentes renovadas, que vivam para obedecê-lo e honrá-lo. Tendo em vista que Deus deseja somente o melhor para nós e deu seu Filho para tornar essa vida possível, com toda alegria devemos oferecer-nos a Ele como sacrifício vivo e colocar-nos a seu serviço.
As pessoas deveriam ser capazes de perceber a diferença entre cristãos e não-cristãos pela forma como vivem os crentes, isto é, na luz do Senhor (Ef 5.8). Paulo disse aos efésios que deveriam abandonar sua antiga vida pecaminosa, pois agora eram seguidores de Cristo. Ter uma vida cristã representa um verdadeiro processo. Embora tenhamos recebido uma nova vida em Cristo, isso não quer dizer que automaticamente teremos somente bons pensamentos e atitudes corretas. Mas se continuarmos ouvindo a Deus estaremos em constante transformação. Ao analisar o ano que passou, será que você é capaz de identificar o processo de mudança para melhor que ocorreu em seus pensamentos atitudes e ações? Embora a mudança possa ser lenta, ela virá, se você confiar em Deus. Para mais informações sobre a nossa nova natureza como crentes veja Romanos 6.6; 8.9; Gálatas 5.16-26 e Colossenses 3.3-8. (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, pp. 1573, 1652)
Para ilustrar a fim de se obter uma melhor compreensão por parte dos pequeninos sobre este conceito de transformação, você pode aplicar a dinâmica do livro sem palavras em cartolina com formato de coração ou da maneira que mais achar interessante (veja alguns modelos nas imagens abaixo). Ao final todos podem cantar juntos a canção: 
Meu coração era sujo (coração preto), mas Cristo aqui já entrou (coração vermelho); com seu precioso sangue, mais alvo que a neve o tronou (coração branco); e disse em suas palavras que em ruas de ouro andarei (coração amarelo/dourado); ó dia feliz, quando em Cristo a vida eterna ganhei (coração verde de esperança).
Eles mesmos podem confeccionar o seu para levar para suas casas e sempre lembrar que diariamente precisamos convidar Jesus para limpar os nossos corações de toda sujeira.
plano1
plano 2

O Senhor te abençoe e capacite. Boa aula!
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Primários da CPAD

Lição 11 - 2º Trimestre 2019 - O Exército Que Fugiu - Juniores.

Lição 11 - O Exército que fugiu 

2º Trimestre de 2019
Texto Bíblico – 2 Reis 6.24,25,31-33; 7.
Prezado(a) professor(a),
Na aula desta semana seus alunos aprenderão que Deus é quem providencia o que os seus filhos precisam. Em muitas situações a provisão de Deus vem de um modo que não esperamos ou por meio de pessoas que jamais imaginamos. Desta forma se cumpre a palavra enviada pelo apóstolo Paulo aos coríntios: “Para envergonhar os sábios, Deus escolheu aquilo que o mundo acha que é loucura; e, para envergonhar os poderosos, Ele escolheu o que o mundo acha fraco. Para destruir o que o mundo pensa que é importante, Deus escolheu aquilo que o mundo despreza, acha humilde e diz que não tem valor” (1 Co 1.26,27).
A história que veremos hoje narra o episódio em que o rei Jorão estava irado por conta da situação caótica em que Israel se encontrava. Havia fome no país e o povo vivia em decadência. Nesse contexto, o profeta Eliseu exercia o seu ministério. Certo dia, o rei muito furioso, mandou seus servos em busca do profeta para matá-lo, mas Deus havia revelado ao profeta que acabaria com a escassez: “Amanhã, nesta mesma hora, você estará comprando a melhor comida pelo melhor preço” — afirmou Eliseu ao rei (cf. 2 Rs 7.1).
Como se não bastasse a insatisfação do rei com Eliseu, o servo do rei também zombou do profeta e disse que mesmo que o Senhor abrisse janelas no céu, tal feito não seria possível. A resposta de Eliseu foi imediata: “Você verá, porém, não vai participar” (v. 2). Ninguém imaginava de que forma aquele milagre poderia acontecer.
Como já afirmamos anteriormente, Deus usa as coisas que não são para confundir as que são. No portão de Samaria havia quatro leprosos famintos que lamentavam entre si se ali permaneceriam até morrer. Então, um deles teve a ideia de ir até o acampamento dos siros implorar por comida, afinal de contas, de qualquer maneira poderiam morrer. Quando chegaram ao local, não viram ninguém, o arraial estava completamente abandonado. Os siros ouviram um barulho de uma grande multidão como de um exército e pensaram que os heteus e os egípcios haviam se unido a Israel para combater contra eles. Mas, na verdade, era o exército do Deus vivo que estava marchando para livrar o seu povo daquela vergonha. Isso significa que Deus havia enviado o livramento para o seu povo, libertando-o do domínio siro e saciando a fome que maltratava a terra de Israel.
O milagre aconteceu de um modo que o povo de Deus não esperava. Seus alunos devem aprender que o Senhor jamais abandona o seu povo, Ele não deixa os seus filhos desamparados. 
O livramento
“Quando Eliseu profetizou o livramento de Deus, o capitão do rei disse que isto seria impossível. A fé e a esperança dele o deixaram, porém a Palavra de Deus se cumpriu (2 Rs 7.14-16)! Algumas vezes preocupamo-nos com os problemas quando deveríamos procurar as oportunidades. Em vez de enfocar os pontos negativos, devemos desenvolver uma atitude de esperança e termos sempre uma perspectiva. Dizer que Deus não pode livrar alguém ou que a solução de uma situação é impossível, demonstra falta de fé. 
Os leprosos
De acordo com a lei, não era permitido que os leprosos permanecessem na cidade, mas eram dependentes da caridade, fora do arraial (Lv 13.45,46; Nm 5.1-4). Por causa da fome e da presença do exército sírio, a situação deles tornou-se desesperadora.
Os leprosos descobriram o acampamento abandonado e perceberam que suas vidas foram poupadas. Inicialmente guardaram isso para si próprios e esqueceram-se de seus compatriotas que morriam de fome na cidade. As Boas Novas sobre Jesus Cristo também devem ser compartilhadas, pois não há notícias mais importantes. Não devemos nos esquecer daqueles que padecem sem elas. Não devemos nos preocupar tanto com a nossa própria fé a ponto de não a partilhar com os que estão à nossa volta. Nossas ‘boas novas’, como as daqueles leprosos, não devem aguardar ‘até a luz da manhã’” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, p. 519).
Deus surpreende os seus servos em sua forma de agir. Quando achamos que não há saída ou resposta para situações complexas o Senhor manifesta o seu poder de maneira gloriosa.
Para reforçar o ensinamento da lição de hoje, sugerimos a seguinte atividade:
Aprendemos na história de hoje que Deus realiza milagres tais que nos surpreendem. São situações em que precisamos exercitar a fé. Há três tipos de fé que podemos perceber nas Escrituras Sagradas: a fé salvífica, a fé natural e a fé espiritual. A fé que nos traz salvação é quando cremos em Cristo como nosso único, exclusivo e suficiente Salvador; a fé natural é quando pensamos em nossa rotina e acreditamos com base na lógica que assim sucederá; a fé espiritual é quando oramos a Deus e cremos que Ele pode realizar o milagre que tanto estamos pedindo. 
Com base nestas informações, prepare uma sacola com frases que apresentam situações em que seus alunos deverão identificar que tipo de fé a informação se refere:
1. Quando cremos em Jesus Cristo temos paz com Deus e somos salvos por sua maravilhosa graça.
2. No próximo domingo estaremos presente na Escola Dominical estudando a respeito de como cristo venceu a morte.
3. “Amanhã, nesta mesma hora, você estará comprando a melhor comida pelo melhor preço” — afirmou Eliseu ao rei.
4. Em breve Cristo voltará para buscar a sua igreja gloriosa, pura, santa, que o adora em espírito e em verdade.
5. No próximo feriado a igreja se reunirá para evangelizar.