Lição 12 - O Perdão
2º Trimestre de 2019
Objetivo: Que o aluno compreenda porque precisamos perdoar uns aos outros.
Ponto central: Assim como Deus nos perdoa, precisamos também perdoar o nosso próximo.
Memória em ação: “Perdoa as nossas ofensas como também nós perdoamos as pessoas que nos ofenderam” (Mt 6.12).
Querido (a) professor (a), estamos nos aproximando do final de mais um trimestre. E esta penúltima lição traz um tema importantíssimo, muito negligenciado apesar de ser um dos pilares da vida cristã: PERDÃO. Nas palavras do próprio Jesus Cristo:
Querido (a) professor (a), estamos nos aproximando do final de mais um trimestre. E esta penúltima lição traz um tema importantíssimo, muito negligenciado apesar de ser um dos pilares da vida cristã: PERDÃO. Nas palavras do próprio Jesus Cristo:
“Porque, se vocês perdoarem as pessoas que ofenderem vocês, o Pai de vocês, que está no céu, também perdoará vocês. Mas, se não perdoarem essas pessoas, o Pai de vocês também não perdoará as ofensas de vocês” (Mt 6. 14,15).
Reflitamos por um tempo o quanto o perdoar é importante para Deus e o quanto o perdão dEle é importante para nós. Ele condicionou um ao outro porque, como conta nas Sagradas Escrituras:
“Se alguém diz: ‘Eu amo a Deus’, mas odeia o seu irmão, é mentiroso. Pois ninguém pode amar a Deus, a quem não vê, se não amar o seu irmão, a quem vê. O mandamento que Cristo nos deu é este: quem ama a Deus, que ame também o seu irmão” (1 Jo 4.19-21).
Isto significa que só é possível amar verdadeiramente a Deus no outro. E o perdão é maior das provas de amor: foi para nos dar este valioso presente que Jesus morreu na cruz por nós. Enquanto prepara esta aula, sente que precisa liberar perdão a alguém?! Pedir perdão a alguém?! Esta é uma parte muito rica de ser ensinador da Palavra de Deus, ela primeiro fala, age, transforma e cura a você mesmo, antes de levar tal mensagem ao coração do outro.
Para o seu devocional, segue abaixo o artigo do teólogo, autor e comentarista da CPAD, Valmir Nascimento sobre a importância do perdão.
[...] Em uma sociedade de ressentimentos, mágoas e sede de vingança pessoal, precisamos refletir mais sobre a importância do perdão. Quantas pessoas vivem amarguradas e trancafiadas nos grilhões do ódio e da raiva? Pessoas que não conseguem perdoar e se deixam consumir diariamente por sentimentos de raiva e ódio? Filhos que não conseguem perdoar seus pais e pais que não perdoam seus filhos? Colegas de trabalho que vivem anos e anos sem se relacionar, porque não puderam perdoar uns aos outros?
Benjamin Fraklin dizia que as três coisas mais difíceis do mundo são: guardar um segredo, perdoar uma ofensa e aproveitar o tempo. Por isso é tão difícil perdoar. É uma ação que requer coragem, graça e, sobretudo, amor. Coragem para contrariar o senso comum de “olho por olho e dente por dente”. Graça para perdoar o ofensor não porque ele merece, mas como o oferecimento de uma dádiva. E amor, pois, não há perdão verdadeiro sem amor. Seja o amor próprio, seja o amor pelo próximo. Como disse Jesus, o segundo mandamento é amar ao próximo como a si mesmo (Mc 12.31).
O estudo etimológico da palavra perdão também nos diz muita coisa. Como escreve J. B. Libâneo [2], a “partícula latina per significa, em algumas palavras, que aquela realidade é levada a seu grau maior. Vejam o próprio termo perfeição. “Feição” na sua raiz significa algo feito, vindo do verbo fazer. Se aquilo que fazemos chega a um nível muito elevado, exprimimo-lo com o afixo per e temos, portanto, a per+feição”.
Assim acontece com doar, acrescenta Libâneo. “Se nosso gesto de doação, de dom atinge o grau mais sublime, traduzimos tal realidade acrescentando o mesmo afixo per. Temos então per+doar, per+dom. Portanto, perdoar é doar-se em plenitude. Mas como? A plenitude do dom é a vida. Perdoar é restituir à vida a quem nos ofendeu. Toda ofensa, em grau menor ou maior, é um atestado e um atentado de morte contra a vida. O outro está aí vivo, feliz e, pelo ataque ou agressão, alguém lhe atenta contra a vida. Quem o faz está morto por dentro. Desejar o mal a alguém mata primeiro quem o deseja e só depois a quem o atinge”.
Perdão, portanto, é um ato sublime de doação; de entrega. Nesse sentido, o exemplo mais claro dessa entrega é o próprio Senhor Jesus (Jo 3.16, Rm 8.32). As Escrituras dizem que ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados (Is 53:5). E o mais interessante é que ele está disposto a perdoar (Cl 1.14; Mt 26.28).
[...] Em uma sociedade de ressentimentos, mágoas e sede de vingança pessoal, precisamos refletir mais sobre a importância do perdão. Quantas pessoas vivem amarguradas e trancafiadas nos grilhões do ódio e da raiva? Pessoas que não conseguem perdoar e se deixam consumir diariamente por sentimentos de raiva e ódio? Filhos que não conseguem perdoar seus pais e pais que não perdoam seus filhos? Colegas de trabalho que vivem anos e anos sem se relacionar, porque não puderam perdoar uns aos outros?
Benjamin Fraklin dizia que as três coisas mais difíceis do mundo são: guardar um segredo, perdoar uma ofensa e aproveitar o tempo. Por isso é tão difícil perdoar. É uma ação que requer coragem, graça e, sobretudo, amor. Coragem para contrariar o senso comum de “olho por olho e dente por dente”. Graça para perdoar o ofensor não porque ele merece, mas como o oferecimento de uma dádiva. E amor, pois, não há perdão verdadeiro sem amor. Seja o amor próprio, seja o amor pelo próximo. Como disse Jesus, o segundo mandamento é amar ao próximo como a si mesmo (Mc 12.31).
O estudo etimológico da palavra perdão também nos diz muita coisa. Como escreve J. B. Libâneo [2], a “partícula latina per significa, em algumas palavras, que aquela realidade é levada a seu grau maior. Vejam o próprio termo perfeição. “Feição” na sua raiz significa algo feito, vindo do verbo fazer. Se aquilo que fazemos chega a um nível muito elevado, exprimimo-lo com o afixo per e temos, portanto, a per+feição”.
Assim acontece com doar, acrescenta Libâneo. “Se nosso gesto de doação, de dom atinge o grau mais sublime, traduzimos tal realidade acrescentando o mesmo afixo per. Temos então per+doar, per+dom. Portanto, perdoar é doar-se em plenitude. Mas como? A plenitude do dom é a vida. Perdoar é restituir à vida a quem nos ofendeu. Toda ofensa, em grau menor ou maior, é um atestado e um atentado de morte contra a vida. O outro está aí vivo, feliz e, pelo ataque ou agressão, alguém lhe atenta contra a vida. Quem o faz está morto por dentro. Desejar o mal a alguém mata primeiro quem o deseja e só depois a quem o atinge”.
Perdão, portanto, é um ato sublime de doação; de entrega. Nesse sentido, o exemplo mais claro dessa entrega é o próprio Senhor Jesus (Jo 3.16, Rm 8.32). As Escrituras dizem que ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados (Is 53:5). E o mais interessante é que ele está disposto a perdoar (Cl 1.14; Mt 26.28).
Deus te abençoe e capacite. Boa aula!
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Primários da CPAD
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Primários da CPAD
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