quinta-feira, 3 de outubro de 2019

Lição 01 - 4º Trimestre 2019 - E Recebereis a Virtude do Espírito Santo - Jovens.

Lição 1 - E recebereis a virtude do Espírito Santo 

4º Trimestre de 2019
Introdução
I-O Livro de Atos dos Apóstolos;
II-A Promessa da Vinda do Espírito Santo;
III- O Propósito da Promessa.
Conclusão
Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivos:
Apresentar o livro de Atos e suas características principais;
Mostrar as promessas acerca da vinda do Espírito Santo no Antigo e no Novo Testamento;
Destacar o propósito da promessa da virtude do Espírito Santo na vida do crente.
Palavras-chave: Poder, cura e salvação.
E Recebereis a Virtude do Espírito (At 1.1-14)
Nesta primeira parte do livro, o autor, Lucas, informa ao seu destinatário, Teófilo, que ele havia escrito sobre tudo o que Jesus fez e ensinou no primeiro tratado. Esse tratado é o terceiro evangelho. Está claro que Lucas quis informar tudo o que Jesus havia feito no evangelho e que agora ele quer informar sobre a continuação de sua obra. 
No segundo versículo do primeiro capítulo, o autor diz que relatou até ao dia em que Jesus foi recebido no Céu após ter dado mandamentos pelo Espírito Santo aos apóstolos que Ele escolhera. Aqui, Jesus aparece aos seus ressuscitado, cheio de poder e soberania. No entanto, é interessante perceber que Ele fez isso pelo Espírito Santo. Se o próprio Jesus fez isso por meio do Espírito Santo, o que dizer de nós, seres humanos falhos que somos. Nunca devemos pensar que podemos alguma coisa, a não ser se for pela atuação do Espírito Santo em nós. Esse é o padrão que vai seguir ao longo de todo o livro de Atos, no qual o Espírito Santo tem um papel preponderante, que é o de impulsionar os seguidores de Jesus.
O Espírito Santo é a Terceira Pessoa da Trindade, tendo a incumbência de habitar no ser humano salvo, além de capacitá-lo e impulsioná-lo. O Espírito Santo tem grande papel na vida do descrente, convencendo-o do pecado, como diz João 16.8: “E, quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça, e do juízo”. Todavia, o Espírito Santo também tem um papel muito importante na vida do crente. 
E o texto no início do livro de Atos continua dizendo que, depois de Jesus ter morrido, apareceu vivo, com muitas provas, apresentando-se aos apóstolos por 40 dias. Que paradoxo interessante; depois de padecido, apareceu vivo! Isso mostra que Deus tem todo o poder e que nem a morte é capaz de impedir seu plano de salvação do mundo. Jesus não queria deixar qualquer tipo de dúvida de que Ele havia ressuscitado. Em 1 Coríntios 15.6, Paulo descreve uma dessas muitas infalíveis provas: “Depois, foi visto, uma vez, por mais de quinhentos irmãos, dos quais vive ainda a maior parte, mas alguns já dormem também.” Jesus foi visto de uma só vez por mais de 500 irmãos, e muitos destes ainda estavam vivos mesmo depois do início do ministério do apóstolo Paulo. 
“Falando do que respeita ao Reino de Deus” (At 1.3). O ensinamento de Jesus durante o período após sua ressurreição e ascensão não é relatado na Bíblia, mas aqui é informado que Ele tomou esse tempo para falar a respeito das coisas de Deus. Alguns agnósticos e ensinadores da Nova Era apontam que Jesus utilizou-se desse tempo para ensinar doutrinas estranhas e obscuras que precisam ser descobertas. Lucas, porém, enfatiza que Jesus passou esse tempo ensinando as mesmas coisas que Ele já fazia antes mesmo de sua morte e ressurreição — coisas concernentes ao Reino de Deus. Poucas foram as palavras para expressar uma grandeza de conteúdo, pois falar sobre as coisas do Reino de Deus deveria ser o assunto predileto de nossas conversas e reuniões, mesmo as casuais. 
Cristo reina, “e o seu Reino não terá fim”, conforme o anúncio do anjo Gabriel à Maria (Lc 1.33). Ele é soberano. Ele mesmo disse que toda a autoridade nos céus e na terra era dada a Ele. Deveríamos, portanto, ir por todas as nações e ensinar a guardar tudo aquilo que nos foi dito por Ele. Só podemos ensinar porque foi o próprio Jesus quem nos deu a garantia de que Ele possui todo o poder. Trata-se de uma segurança, um respaldo de que não faremos isso em nosso nome, mas, sim, em nome de Jesus Cristo, o Todo-poderoso. Quando refletimos mais profundamente sobre isso, adquirimos coragem para poder falar do amor de Deus em Cristo para qualquer pessoa, desde o mais vil pecador àquele que se julga mais santo. Podemos, portanto, ter a confiança de que Jesus sempre nos dará o suporte necessário para realizarmos sua missão. 
A Ordem de Jesus
Seguindo o texto, Jesus então ordenou seus discípulos que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai. Por que Jerusalém? Por que eles não poderiam voltar à sua terra natal? 
Jesus já havia feito a sua obra, e seus discípulos não tinham mais nada a fazer a não ser esperar a vinda do Espírito Santo (a promessa do Pai). Jesus sabia que eles não conseguiriam fazer nada efetivamente até que o Espírito Santo viesse. 
E é aqui que entra um verbo muito difícil na vida de qualquer cristão — esperar. Geralmente, somos apressados e ansiosos para conseguir qualquer coisa. Se Jesus disse para esperar, é porque algo realmente valia a pena. Significava que eles tinham uma promessa que viria, que a receberiam e que não havia nada que poderiam fazer para merecê-la. E também significava que eles seriam testados, pelo menos por um pouco de tempo. Quantas vezes também somos testados quando é o próprio Deus quem nos pede para esperar por algo. Ele testa nossa obediência assim como sempre exigiu daqueles que creem no seu nome. O profeta Samuel já havia repreendido o rei Saul e dito a ele que Deus mais se alegrava na obediência do que nos sacrifícios oferecidos a Ele (1 Sm 15.22). No entanto, nem sempre é fácil obedecer quando se espera uma promessa de Deus ser cumprida. Aqui, Jesus deixa claro que a promessa era do Pai, dita por Ele (Jesus); por isso, precisavam esperar. Podemos ter a confiança de que, se Deus prometeu, Ele irá cumprir. Se for para esperarmos na localidade onde estamos, então assim o faremos. Se for para mudar, como o Senhor disse a Abrão para sair do meio dos seus (Gn 12), então assim o faremos. A questão é obedecer à voz do Senhor e estar no lugar onde Ele manda-nos estar. A promessa não seria cumprida na Galileia, nem em Samaria, mas, sim, em Jerusalém. 
Característica da Promessa
No versículo 5, Jesus explica que o batismo de João foi importante para o arrependimento, mas que agora o batismo seria de outra ordem com a efusão do Espírito Santo. Aquele mesmo Espírito que veio sobre Jesus em forma de uma pomba, quando de seu batismo em água por João Batista, viria sobre seus discípulos. Que privilégio Jesus está dizendo a esses homens: “Algo que só eu tive até agora, vocês terão também”. E o caminho está aberto para todos quantos têm sede disso, pois disse Pedro: “Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos e a todos os que estão longe: a tantos quantos Deus, nosso Senhor, chamar” (At 2.39).
Mediante a orientação e explicação de Jesus para os seus discípulos, eles perguntam-lhe se Jesus restauraria Israel naquele tempo. Eles não haviam entendido a promessa. Não era sobre quando, nem apenas sobre Israel — a terra deles. Os discípulos achavam que a promessa era apenas sobre a restauração da terra deles, ou seja, era uma visão egoísta para a promessa. Infelizmente, o ser humano é egoísta por natureza. Pensamos que a bênção que Deus quer dar para nós é apenas nossa, mas o tempo de espera e a promessa de Deus sobre nossas vidas têm uma amplidão maior que imaginamos. Jesus estava falando algo espiritual sobre o Espírito Santo; algo que possui valor muito maior do que qualquer física. O próprio Jesus ensinara algo acerca dessa realidade a esses discípulos por meio de uma parábola, quando conta a história de um homem rico cujo campo produziu com abundância. Somente Lucas registra essa parábola em que o homem diz para si mesmo que construiria celeiros maiores, que teria, então, bens para muitos anos, descansaria, comeria e beberia. E Deus então o adverte: “Louco, esta noite te pedirão a tua alma, e o que tens preparado para quem será?” (Lc 12.16-20). 
O Espírito Santo ainda não havia sido bem compreendido por aqueles homens, embora Jesus tivesse explicado seu papel em algumas ocasiões (Jo 14.17,26; 15.26,27; 16.13,14). Os discípulos, no entanto, preocupados com a restauração da terra de Israel, cogitam sua independência política sob um descendente de Davi. Jesus então lhes responde que não competia a eles saber sobre tempos e épocas que o Pai havia reservado para sua exclusiva autoridade. Nada de ficar cogitando momentos, tempos e especulando acerca daquilo que não sabemos. Jesus não diz que isso não acontecerá, mas apenas os adverte para não ficarem especulando quando. O que Jesus quis dizer àqueles homens é que Deus havia preparado um “tempo” novo para a humanidade — o estabelecimento da Igreja. Jesus não seria apenas o Rei de Israel, ou apenas o Senhor e Juiz do mundo, mas também a cabeça dessa Igreja, que é o corpo de Cristo. Era como se Deus desejasse dar um presente ao seu filho obediente até o fim, consumindo a obra de redenção. Esse presente seria o “corpo”, representante dEle na terra. 
Efusão do Espírito
Para esse corpo existir, não somente pessoas de Israel fariam parte dele, mas também de todas as nações. O Espírito Santo teria esse papel de internacionalizar o evangelho, impulsionando-os a levar as Boas Novas para além de Jerusalém, Judeia, Samaria e confins da terra. Essa mensagem não poderia ser levada sem a capacitação do alto. A virtude ou poder do Espírito Santo seria recebida por eles e, então, seriam as testemunhas que Deus queria. Sem o Espírito Santo, não haveria esse poder (Dunamis) para um testemunho eficaz, nem avanço aos quatro cantos da terra, e, sem tal avanço, Cristo não voltaria para estabelecer seu Reino. 
E, de fato, o Reino de Deus expandiu-se por todo o livro de Atos, onde vemos o estabelecimento e extensão da Igreja entre judeus e gentios mediante a gradual localização de centros de influência em pontos destacados do Império Romano, desde Jerusalém até Roma. Essa expansão não viria pelo poder humano, intelectual, financeiro, político ou militar. Seria pelo poder do Espírito Santo que atua em nós e age dentro e através de nós. Esse poder transformaria aqueles homens em testemunhas. Da área jurídica, uma testemunha é um vocábulo que significa uma pessoa que é interrogada num processo judicial. Não lhe cabe falar o que convém, mas apenas falar das coisas que viu e ouviu (At 4.20). Por isso, agora, os apóstolos de Jesus podiam ser testemunhas, porque o viram e ouviram seus ensinamentos. Porém, como se trata de realidades divinas, invisíveis, espirituais, o testemunho humano não é suficiente para convencer as pessoas. Somente o poder do Espírito Santo pode atestar o testemunho de Jesus de forma que tenha eficácia nas pessoas, fazendo-as crer ou rejeitar tal verdade. Esse Espírito é aquEle que, segundo Jesus, é o Espírito da verdade, que “não falará de si mesmo”, mas, como está escrito em João 16.14: “Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu e vo-lo há de anunciar”. 
É interessante notar que os apóstolos não recebem novos ensinamentos ou uma “nova revelação”. Eles teriam que falar dos mesmos ensinamentos que ouviram de Jesus, do que já testemunharam. A diferença agora é que falariam de “outra forma” que impactaria as pessoas, que atingiria o coração delas, pois teria o envolvimento do Espírito Santo. 
A Ascensão de Cristo e a Espera da Promessa
Após Jesus ter dito essas palavras, Ele foi elevado às alturas até desaparecer entre as nuvens. Apareceu-lhes, então, dois anjos que lhe disseram: “Varões galileus, por que estais olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir” (At 1.11). Que maravilha! Quem sabe, por alguns instantes, aqueles apóstolos ficaram tristes, já nostálgicos pela partida de seu Mestre, aquEle que significou tanto para vida deles. Mas como Deus é aquEle que conhece o coração humano e sempre tem uma palavra certa para animar-nos, não permitiu que aqueles homens ficassem tristes ou desesperançosos, mas, sim, que tivessem a garantia de que Ele voltaria novamente. Essa promessa certamente lhes trouxe a alegria e o ânimo de novo, pois o Pai desejava que eles estivessem encorajados para empreenderem a grande missão que estava à frente deles.
No fim dessa perícope (At 1.1-14), é-nos dito que os apóstolos voltaram para Jerusalém do monte Olival (das Oliveiras) — o local da agonia no jardim (Lc 22.39), que é o mesmo da sua exaltação e de sua segunda vinda (Zc 14.4). E foram direto ao cenáculo orar, junto com as mulheres, Maria, mãe de Jesus, e seus irmãos. É interessante notar que eles não ficaram ociosamente esperando, ou foram apenas cuidar de suas vidas enquanto a promessa não chegava. Eles entregaram-se à oração, mesmo recebendo tal promessa do próprio Senhor Jesus. Não foi, como alguns pensam: “Se Deus prometeu, Ele vai cumprir não importa o que eu faça”. Não. A promessa impulsionou-os a buscar mais ao Senhor e a perseverar na oração. Isso é maravilhoso, pois essa deve ser a atitude de cada crente que já recebeu as muitas promessas registradas na Bíblia para a sua vida, além de promessas específicas que podem ter recebido. Uma vida de oração e de busca ao Senhor deve caracterizar cada jovem ou qualquer pessoa que tenha o desejo de que os planos de Deus sejam cumpridos em sua vida (1 Ts 5.17). 
Para ajudá-lo(a) na sua reflexão, e na preparação do seu plano de aula, leia o subsídio de autoria do pastor Henrique Pesch:
*Adquira o livro do trimestre. PESCH, Henrique. Poder Cura e Salvação: O Espírito Santo Agindo na Igreja em Atos. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2019.
Que Deus o(a) abençoe.
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista Lições Bíblicas Jovens 
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Jovens. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

quarta-feira, 2 de outubro de 2019

Subsídios Revistas do 4º Trimestre 2019.

Subsídios 

Banner subsidios GDCom o objetivo de dar ao professor uma oportunidade de análise e/ou estudo mais profundo, o setor de Educação Cristã da CPAD fornece gratuitamente, toda semana, dados e informações relevantes de todas as Revistas do Currículo CPAD, por meio de subsídios escritos por profissionais preparados na área e material de apoio para que o professor de Escola Dominical possa ministrar uma boa aula. Confira!

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    Lições Bíblicas - Adultos    Lições Bíblicas - Jovens    Juvenis
   
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    Adolescentes Vencedores     Pré Adolescentes    Juniores
   
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sábado, 28 de setembro de 2019

O Professor de Escola Dominical na Era Digital.

O professor de Escola Dominical na era digital 

Lembro-me, saudoso, das primeiras aulas que ministrei na ED, em 1988, quando ainda não havia textos com subsídios para a lição do próximo domingo e videoaulas na grande rede. Aliás, naquele tempo, sequer sabia o que era navegar pela web! Empunhando a minha primeira Bíblia — que hoje faz parte do meu museu particular, aqui em casa — e um exemplar de Lições Bíblicas, falava com certa desenvoltura, para um jovem de apenas 18 anos, a uma classe de juvenis bastante atenta. À época, também não existia smartphone para desviar a atenção dos alunos.
Não era muito fácil preparar uma aula de ED, no fim do milênio passado. Eu começava a orar e a estudar a próxima lição desde a segunda-feira; e fazia questão de ler cada texto bíblico, procurando encontrar na própria Palavra de Deus as respostas para as principais perguntas que os jovens poderiam fazer. Mas também dispunha de um dicionário bíblico que ganhara da minha mãe, além de uma concordância abreviada, alguns livros especiais — de autores como Antonio Gilberto, Eurico Bergstén, Abraão de Almeida, Severino Pedro da Silva etc. — e um minidicionário da língua portuguesa.
Como os tempos mudaram! Agora vivemos na era digital e fazemos parte da sociedade de informação — uma das marcas dos tempos pós-modernos —, que opera com base numa rede de comunicação organizada. Trata-se da Internet, criada em 1969, a qual cobre todo o globo e é responsável por conectar a world wide web (rede mundial de computadores, mais conhecida pela sigla www), inaugurada em meados dos anos de 1990. A era digital, tecnológica ou da interatividade é regida pela cibernética, palavra que deriva da Bíblia: do substantivo “piloto” (gr. kubernētēs) e do verbo “governar” ou “controlar” (gr. kubernesis), que aparecem no Novo Testamento (At 27.11; Ap 18.17 e 1Co 12.28).
O que é a cibernética?É a ciência que tem por objeto o estudo comparativo dos sistemas e mecanismos de controle automático, regulação e comunicação nos seres vivos e nas máquinas. E a sociedade de informação? Três conceitos básicos a definem: a convergência midiática, a inteligência coletiva e a cultura participativa. Em outras palavras, não somos mais meros receptores de dados e informações; antes, interagimos, contribuindo para produzir novas ideias e ações. Entretanto, essa necessidade de interação gera dependência da tecnologia. E, como o espaço geográfico está cada vez mais integrado às inovações tecnológicas e informacionais, boa parte da humanidade não vive mais sem a Internet.
Há pouco tempo, ficávamos felizes por haver wireless fidelity (WiFi) em um hotel ou restaurante. Hoje, nos irritamos se não houver esse tipo de conexão sem fio nos mencionados estabelecimentos. Não perguntamos mais: “Aqui tem WiFi?”, e sim: “Qual é a senha do WiFi?” Além disso, muitos de nós já dispõem de um bom plano de 4G para smartphone, haja vista não ser possível viver desconectado. Qual professor de ED, nesses tempos, prepara sua aula sem consultar as fontes disponíveis na Internet? Grande tem sido o impacto da cibernética na educação. Mas, para quem vem do século passado, como este articulista, o que mudou, efetivamente, na preparação e na apresentação das aulas de ED?
Sem dúvida, os avanços tecnológicos modificaram a leitura, a escrita e até mesmo a maneira de pensar, visto que a transição da era industrial para a digital foi — e tem sido — a mais radical transformação da história intelectual, desde a invenção do alfabeto grego. Aceitemos ou não, tais avanços fazem parte do nosso dia a dia. A escrita cursiva, por exemplo, está caindo em desuso. E já há escolas, sobretudo na Europa, abolindo a caligrafia. Como não seria plausível viver desconectado, rechaçando os benefícios da era digital, precisamos conhecer bem os riscos cibernéticos, para que não nos privemos, por causa destes, dos excelentes recursos tecnológicos à nossa disposição.
O professor de ED que sabe usar a Internet não se limita a dar aulas aos domingos, mas interage o tempo todo com os seus alunos. Quem sabe utilizar as ferramentas tecnológicas se torna um professor multitasking (multitarefa), que pode escrever textos ou gravar vídeos e publicá-los em seu blog (ou weblog), nas redes sociais ou compartilhá-los por meio de aplicativos de mensagens, como WhatsApp. A colaboração ou interação entre professor e aluno é uma relação de cooperação que beneficia a ambos. Aliás, essa interatividade não fica restrita a eles, pois pessoas de qualquer lugar do mundo podem participar — exceto quando o assunto diz respeito exclusivamente à classe — lendo, assistindo a vídeos, perguntando, respondendo, fazendo com que haja uma grande simbiose, que resulta em aprendizagem de todos.
Por outro lado, como o professor ganha ferramentas que lhe permitem, entre outras coisas, apresentar conteúdo multimídia a seus alunos e monitorar sua audiência como um todo, ele passa também a acumular uma série de novas tarefas: produzir e alimentar suas páginas e blogs, bem como estar atento a cada mensagem enviada por seus alunos. Além disso, às vezes, pode sofrer ataques pessoais. Como reagir a isso? Há que se ter cuidado com críticas e elogios (Pv 15.1 e 26.4,5), além de saber “responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós” (1Pd 3.15).
Uma coisa é certa: Internet é realmente útil; e não deve ser vista como algo negativo, já que amplia nossas possibilidades de ensino e aprendizado. A CPAD, por exemplo, há três anos, produz as Lições Bíblicas no formato digital, o que é uma excelente ferramenta para o professor e também para o aluno de Escola Bíblica Dominical. Mesmo assim, é claro que precisamos lançar sobre as ferramentas da era digital um olhar crítico e saber como usá-las. Um exemplo, aqui, é o texto para web, o hipertexto (hypertext) — cujo prefixo advém do grego hiper, “acima de”, equivalente do latim super —, o qual é um supertexto na tela, com hyperlinks (ícones, palavras etc.) para outros textos, vídeos, gráficos etc.
Objetivando facilitar a interação e fomentar o aprendizado, as redes sociais vêm aprimorando as antigas listas de discussões e fóruns, acrescentando-lhes um visual mais limpo e elaborado, com diferentes graus de interatividade, acompanhados de recursos audiovisuais, o que torna a experiência de compartilhar informações ainda mais enriquecedora na Internet. O leitor já tem um blog ou um canal no YouTube? Estes são muito úteis para publicação de textos e vídeos, e tudo pode ser organizado em forma de mural ou diário eletrônico.
Blogs são ótimas ferramentas para desenvolver e aprimorar as habilidades de leitura e escrita. Mas há também outros recursos, como Twitter e Facebook. Com o primeiro, você pode publicar frases de até 140 caracteres e compartilhar links para textos ou vídeos; o ideal é usar essa ferramenta em conexão com páginas e blogs. Com o outro, é possível interagir melhor com os alunos. Outrossim, use hashtags, palavras-chave antecedidas pelo símbolo “#”, que geram hyperlinks, como #LicoesBiblicas, #AulaEBD etc., os quais possibilitam que outras pessoas tenham acesso às suas publicações. 
Portanto, caro professor, navegar é preciso. Conecte-se! Esteja atento ao que acontece no mundo digital. Interaja com seus alunos; eles vão gostar disso. Mas não se esqueça do principal. Nunca perca o fervor, a espiritualidade. Jamais se afaste do estudo das Escrituras. Se Jesus andasse na terra, hoje, usaria todos os recursos à sua disposição, porém continuaria se retirando, “a fim de orar sozinho” e passar “a noite orando a Deus” (Mt 14.23 e Lc 16.12, ARA). #FicaADica.

Ciro Sanches Zibordi

A Escola Dominical e sua Influência na Vida do Adolescente.

A Escola Dominical e sua influência na vida do adolescente 

Adolescência é a faixa etária considerada a mais difícil da vida humana, tanto por pais como por psicólogos, professores e estudiosos do assunto. Por que seria esse o principal conceito? Por que a maioria das pessoas nega seus favores para ajudar os pequenos quase jovens nessa fase da vida?
A verdade é que não existe preparação para lidar com adolescentes, e no lar, na vida com os pais seria onde eles deveriam encontrar amor, aceitação, paciência e orientação para enfrentar as dificuldades que invadem suas mentes e seus pensamentos continuamente, mas não acontece assim e muitos pais, por acharem que seus adolescentes já são bem crescidinhos para conduzir suas vidas, abandonam seus filhos aos ensinamentos e exemplos do mundo. Certamente o adolescente busca um modelo para seguir, e espera encontrar esse modelo primeiramente nos seus pais, na união e ensinamentos da família, se não, ele busca experimentar outros estilos de vida em outros convívios.
As diferenças existentes nas áreas psicológicas, sociais, financeiras, espirituais, amizades e relacionamentos entre os adolescentes e seus pais são muito grandes. Suas maneiras de agir, sentir, pensar e decidir são próprias do seu tempo, devem acontecer no seu espaço e no seu meio social. A Escola Dominical tem papel magistral na orientação e educação cristã contribuindo para o aperfeiçoamento dos relacionamentos entre os pais e seus filhos adolescentes.
A falta de conhecimento de muitos pais em relação à vida de seus filhos os deixa sem a capacidade de compreender as coisas e estilos de vida de seus filhos nesses novos tempos. O mundo de hoje é diferente do mundo em que os pais viveram sua adolescência, assim precisam se relacionar com seus filhos levando em conta, além dos ensinos da Palavra de Deus, a época em que estão vivendo. Não dar certo para os adolescentes de hoje às metodologias que foram usadas por nossos pais em relação a nós que somos hoje os educadores. 
Outro fator importante na vida dos pais e seus filhos adolescentes é o tempo. O tamanho do amor dos pais pelos filhos é também medido pela quantidade e qualidade do tempo que eles reservam para passarem juntos. O futuro dos nossos adolescentes e jovens vai depender, também, do tempo que seus pais lhes oferecem desde sua vida infantil. É necessário que os pais administrem a dedicação do tempo acompanhado de atenção exclusiva para ganhar o espaço precioso para a educação de seus filhos adolescentes.
É aqui que acho imprescindível entrar o papel da Igreja, através da Escola Dominical para agregar os queridos adolescentes, sejam eles de famílias cristãs ou não. Obreiros, líderes e professores da ED têm incluído muitos alunos nessa faixa etária. E muitas vezes não sabemos ler o que se passa na vida desses nossos alunos tão preciosos e capazes. O nosso comportamento, a nossa maneira de falar, o nosso carinho, o nosso abraço, a nossa atenção, e muitas outras atitudes têm um efeito de tanta importância, como se fosse um medicamento de uso contínuo para a vida do nosso aluno adolescente.
No meu magistério, ou melhor, diria, no meu ministério com os queridos adolescentes, alguns foram, ao mesmo tempo, meus alunos na Escola Estadual e na Escola Dominical, tenho tantas alegrias ao reencontrá-los e perceber que de alguma forma, contribuímos na Educação Cristã que neste texto resolvi declarar dois testemunhos de duas adolescentes que viveram alguns anos de sua adolescência sob os meus cuidados na Escola Dominical e uma delas foi minha aluna também na Escola Estadual de Ensino Fundamental na qual fui professora de Língua Portuguesa.
Depoimento dos pais de uma adolescente:
Ensina a criança no Caminho em que deve andar, e mesmo quando for idoso não se desviará dele!” Provérbios 22.6. “Foi confiando nessa Palavra maravilhosa do Senhor que tivemos duas filhas que criamos na obediência aos preceitos da Palavra de Deus, e no seu temor. Mas os filhos crescem e entram nas dimensões da vida que lhes proporcionam mudanças no comportamento de acordo com sua faixa etária. Uns com menos ímpetos e outros com mais. Uma de nossas filhas não se afastou dos caminhos do Senhor, graças a Deus, mas, por ser um pouco mais temperamental e impetuosa nas atitudes e tomadas de decisões e no relacionamento com os familiares e as demais pessoas, em sua adolescência, assumiu uma postura que exigiu de nós um cuidado a mais. Tínhamos medo de nossa filha se acompanhar com pessoas de má reputação, pois sempre queria chegar tarde da noite em casa, não atendendo aos conselhos que dávamos, mas para nossa felicidade, Deus ouviu as nossas orações, isso não aconteceu. Foi então que ela voltou a ser aluna da Escola Dominical, agora no Templo Sede da Igreja Assembleia de Deus em Rio Branco, que na época a Professora era a irmã Alderí Cruz, esposa do Pastor Francelino.
Isso foi simplesmente maravilhoso. O convívio, a educação, o respeito, o amor, o profissionalismo teológico e secular transmitidos por aquela equipe de servos de Deus coordenada pela irmã Alderí que, com inteligência e sabedoria de Deus, lidavam diretamente com os adolescentes, contribuíram positivamente na formação do seu caráter, crescimento espiritual e equilíbrio moral. Na Escola Dominical encontramos uma formação completa e adequada para a vida da nossa adolescente!
O próximo depoimento é de outra adolescente, ela mesma testemunhou:
“Comecei a frequentar a Assembleia de Deus, ainda adolescente, 15, 16 anos. Eu estranhei aquele ambiente, logo no inicio, porque não era habituada. Comecei a fazer amizade com os adolescentes da Congregação e me tornei aluna da ED. Hoje estou com 28 anos, e posso dizer com toda propriedade que eu não fiz no decorrer da vida, amizades tão sinceras, quanto as que eu tive ali. 
A parte que eu gostaria de compartilhar, e dizer no quanto eles mudaram a minha vida, e no quanto àquela família e aquela igreja foram importantes na minha vida, é que hoje, eu tenho a minha própria família também, e eu procuro falar com o meu marido, com o mesmo carinho que sempre observava naquela família, procuro dizer para ele o tanto que ele é importante para mim, porque foi assim que eu aprendi na igreja, através da Escola Dominical. As refeições são feitas sempre com todos à mesa, até a minha filha pequena, que é para ela já aprender, que a união começa nas pequenas coisas. Tento educá-la da melhor forma, ensinando respeito, educação e amor.
Foi uma fase importante na minha vida, muito importante! Aquelas reuniões dominicais, mudaram a minha vida, me transformaram como pessoa, e hoje como mãe de família. O sentimento que eu tenho é de gratidão, gratidão a Deus e claro, aquela família cristã que me acolheu com tanto amor. Eu amo vocês, e como eu disse outro dia olhando nos olhos de vocês: Vocês mudaram a minha vida, e me mostraram que uma pessoa não é obrigada a se tornar aquilo que esta destinada a ser. Vocês me mostraram que eu poderia ser diferente, que eu poderia formar uma família diferente da que eu tive, que o que aconteceu comigo de ruim na vida, poderia ser transformado em combustível para algo melhor. E eu usei a meu favor, tudo o que vocês me ensinaram. Obrigada Deus! Obrigada a Família Assembleia de Deus e a Escola Dominical!”
Que todos os professores da Escola Dominical que trabalham nas classes de adolescentes sejam despertados, a cada domingo, para buscar capacidade e aprimoramento para desenvolver um ensino mais criativo, dinâmico, produtivo e acima de tudo atencioso em suas classes. Lembrando sempre que estamos lidando com alunos em formação e que nossa responsabilidade deve ser maior para mantê-los aqui conosco, na Escola Dominical e em comunhão com DEUS!
Artigo publicado na revista Ensinador Cristão, edição 73

Qual a Estratégia de Trabalho para Alcançar os Alunos da Terceira Idade?

Qual a estratégia de trabalho para alcançar os alunos da Terceira Idade? 

“O idoso também é gente, é sujeito, e, portanto, não pode ser tratado como um simples objeto – um objeto descartável” 
 
Em seu livro: Vida Para Consumo – a transformação das pessoas em mercadoria, o sociólogo polonês Zygmunt Bauman escreveu: “Numa sociedade de consumidores é muito difícil ser sujeito sem primeiramente se tornar objeto”.
 
Uma das marcas da cultura pós-moderna é a “coisificação” das pessoas, isto é, a transformação de sujeitos em objetos. E transformação de gente em mercadoria. Nesse aspecto, o que vale e o que conta hoje em dia em nossa sociedade líquida é aquilo que possui valor de mercado.
 
Na cultura líquida, pós-moderna e onde se prega o fim das certezas, os relacionamentos, quando existem, são frágeis. Bauman comenta em uma outra obra: Capitalismo Parasitário, que:
 
“Para os jovens, a principal atração do mundo virtual deriva da ausência de contradições e objetivos contrastantes que infestam a vida off-line. O mundo on-line, ao contrário de sua alternativa off-line, torna possível pensar na infinita multiplicação de contatos como algo plausível e factível. Isso acontece pelo enfraquecimento dos laços – em nítido contraste com o mundo off-line, orientado para a tentativa constante de reforçar os laços, limitando muito o número de contatos e aprofundando cada um deles”.
 
Na metáfora de Bauman, o mundo off-line é formado pelos relacionamentos reais, corpo a corpo. Por outro lado, o mundo on-line é o mundo onde os relacionamentos não acontecem de forma real, presencial. São relacionamentos que se constroem virtualmente. São relacionamentos fecebookianos, onde é fácil se construir uma amizade e mais fácil ainda desfazê-la. Dessa forma, se os relacionamentos se tornaram fragmentários entre jovens, como aponta Bauman, entre os mais velhos eles se tornaram patológicos. A exclusão dos mais velhos, portanto, dos considerados mais inaptos dentro dessa cultura é um dos piores efeitos colaterais.
 
Em uma análise detalhada dos efeitos dessa cultura de mercado sobre a sociedade, o filósofo espanhol Antonio Cruz denunciou esse o individualismo narcisista da cultura Pós-moderna. Em seu livro: Posmodernidad – el evangelio ante o desafio del bienestar, disse: “O individualismo da modernidade que era competitivo na economia, sentimental no doméstico, revolucionário no político e artístico, se transformou na cultura pós-moderna em um individualismo puro e duro, sem os valores morais e sociais da família. O próximo já não é o outro, mas eu mesmo. O organismo deve estar sempre jovem e em perfeito funcionamento, igual aos automóveis. Não se aceita a velhice. O velho é aquele que não pode desfrutar de corpo jovem.
 
Daí que os anciãos hajam inaugurado essa terrível infância chamada de terceira idade. O corpo assassinou o espírito, como Caim assassinou Abel”.
 
É um fato que a população brasileira, a exemplo da mundial, está envelhecendo. Os estudos mostram que esta é uma tendência mundial. “Todas as pessoas estão envelhecendo”, observa o expositor bíblico D.O. Moberg, destacando que elas devem “reconhecer a brevidade da vida, vivendo sabiamente como bons mordomos os anos que lhe foram dados (Sl 90). Devendo lembrar-se do seu Criador nos dias da sua mocidade “antes que venham os maus dias” (Ec 12), mas até mesmo os idosos podem nascer de novo (Jo 3.4). Quem tiver o relacionamento certo com Deus ainda será frutífero na velhice (Sl 92.12-15). Servirão ao próximo até o fim da sua vida e, como resultado colherão bênçãos para si mesmos e para os outros. Dessa forma o crescimento espiritual continua por muito tempo, mesmo após o início de outras perdas e declínios”.
 
Como tratar, portanto, essa importante parte da sociedade tem se constituído em um dos principais desafios para governantes, educadores e pesquisadores. Esse desafio tem sido encarado de duas formas – primeiramente vemos políticas públicas que usam o lazer como forma de inserção do idoso na vida ativa. Por outro lado, há aqueles, que acham que somente isso não basta, e buscam uma dar uma ressignificação ao “eu” do idoso.
 
Em outras palavras, o idoso também é gente, é sujeito, e, portanto, não pode ser tratado como um simples objeto – um objeto descartável.
 
Alguns educadores acreditam que um melhor juízo de valor sobre essa questão será feito se algumas variáveis forem levadas em conta:
 
1. Problematizar o conhecimento e o reconhecimento da realidade do idoso;
2. Discutir a geografia existencial do cotidiano do idoso;
3. Argumentar sobre a destinação antropológica do ser que envelhece;
4. Refletir sobre fatos e situações problemáticas do cotidiano;
5. Perceber a si e o seu grupo de pertinência como potencial;
6. Gerar novas interpretações dos fatos conhecidos;
7. Refletir sobre o relacionamento com as pessoas próximas.
 
Esses vetores sociais revelam que a educação do idoso, que não é mais um jovem, nem tampouco um simples adulto, precisa ser vista de uma forma especial.
 
Nesse contexto, para que um processo educativo se mostre eficiente, é necessário que leve em conta a inserção do idoso em seu contexto social. É preciso que se enxergue o idoso como um ser existencial importante, e mais, fazer com que ele mesmo se veja assim. O idoso precisa se sentir motivado e ter sua autoestima elevada. Isso ajuda a eliminar a cultura que ver o idoso como um simples “ferro velho” ou um “aposentado” que já deu o que tinha de dar. 
 
É preciso mais - é necessário integrar o idoso na vida ativa através de métodos que permitam a sua participação. Nunca esquecer que o idoso ainda possui um “eu” em construção. Ele pode ensinar através do seu histórico de vida, mas também pode se abrir para o mundo que se descortina à sua volta e aprender com as novas formas de saberes que se constroem.
 
Em um verbete intitulado de Conceito Cristão de Velhice, a Enciclopédia Histórico-Teológica da Igreja Cristã, destaca a importância de um ministério cristão com essa importante fase da vida:
 
É extremamente ampla a gama dos serviços em potencial e já existentes prestados pela igreja aos idosos. Além dos ministérios que servem a todas as idades, as instituições patrocinadas pela igreja para alojar e cuidar dos idosos ajudam a satisfazer as necessidades em vários níveis. É desejável, também, que haja um aumento na variedade de serviços domiciliares. A maioria dos gerontólogos recomenda que as pessoas sejam ajudadas para permanecerem no seu próprio lar o máximo possível, tanto para promover o sendo de bem-estar deles mesmo, como para reduzir os custos econômicos globais. Serviços voluntários e mutirões de trabalho e uma ajuda regular na limpeza da casa, lavagem das roupas, banhos, consertos domésticos e transportes para serviços externos necessários poderão aumentar os anos durante os quais muitos idosos conseguirão continuar residindo em casa.
 
Programas para cidadãos idosos ajudam a satisfazer muitas necessidades físicas, materiais, sociais, espirituais quando são planejados e orientados com sabedoria. Além disso, dão às pessoas mais idosas a oportunidade de servirem ao próximo.
 
Serviços de atendimento diurno poderão cuidar das necessidades diárias dos idosos enquanto os membros da família estão no emprego ou na escola. As igrejas poderão suplementar os programas públicos de assistência social, e ao mesmo tempo, fornecerão às pessoas mais idosas a oportunidade de ajudarem aos outros e, assim, ajudarem a si mesmas.
 
Artigo do pastor José Gonçalves, publicado na Revista Ensinador Cristão, Ano 16 – Nº 63 (jul/ago/set de 2015)

Projeto Discipulando Crianças, Mudando Vidas.

Projeto Discipulando Crianças, Mudando Vidas ! 

A revista Ensinador Cristão publicou nesta última edição o projeto do primeiro colocado do Prêmio Professor de ED do Ano 2016. O trabalho pertence à Renata de Souza Santos Damasceno. Ela é formada em Letras e tem dois MBA’s, sendo um deles na Gestão de Projetos. Atualmente ela atua como coordenadora do Departamento Infantil e Professora dos Primários na AD Bonfim, em Salvador (BA).
Em especial nos dias atuais, a Escola Dominical tem papel fundamental na vida Cristã. A ED permanece, sendo a principal agencia de ensino da Palavra de Deus e isso ratifica a importância de projetos como esse, que trabalham no ambiente de aprendizado e socialização trazendo resultados que culminam em mudança no contexto social do cristão. O desejo do meu coração sempre foi ajudar a transformar a vida das pessoas e a Palavra de Deus é a única ferramenta pertinente nessa jornada.
A cidade de Salvador tem hoje cerca de 2.938.092 habitantes (IBGE,2016), cerca de 10% desse contingente reside em bairros da região suburbana da cidade, onde vivem aproximadamente 286.115 habitantes. Um dos bairros dessa região é o bairro do Uruguai. O Uruguai surgiu de um processo de invasões de terrenos alagadiços e da luta de seus moradores, como outros bairros da Península Itapagipana, enfrenta uma baixa infraestrutura de esgotamento sanitário e de segurança pública.
O bairro do Uruguai é conhecido pela sua baixa renda e contexto social carente. A presença ativa de usuários e traficantes de drogas contrasta com uma quantidade grande de crianças que brincam pelas ruas, desprovidas de um ambiente de escolarização adequado para garantir que estejam afastadas da marginalidade e do fracasso social.
Estamos falando de um alto índice de crianças e jovens que singram pelas ruas desprovidos de direcionamento e sujeitos ao pecado e à morte.
Falta de saneamento básico e drenagem estão entre os problemas de infraestrutura enfrentados pelos moradores do bairro, além disso, a região possui altos índices de violência e mortalidade. Se considerarmos a população da região em questão, a taxa de homicídios por 100 mil habitantes ao ano (referência utilizada pela ONU para medir a violência) varia entre 61 e 90 homicídios. O índice considerado aceitável pela Organização Mundial de Saúde da Organização das Nações é de 10 homicídios por 100 mil habitantes.
O tema central desse projeto é garantir a atuação da Escola Dominical no processo de evangelização, destacando que o conhecimento bíblico garante uma mudança de vida espiritual, intelectual e social. Essa ação tem proporcionado uma experiência educativa integralmente ligada ao Currículo de Escola Dominical proposta pela CPAD. No último trimestre de 2016 trabalhamos ativamente “O desafio da Evangelização” iniciando os trabalhos no ambiente descrito anteriormente.
A temática aqui é a evangelização, discipulado e acolhimento de crianças na nossa igreja.
Entendemos que a ED não deve ser um programa de discipulado apenas de seus membros efetivos ou descendentes, tampouco deve selecionar alunos causando separação e um abismo social, a ED deve permitir um aprendizado prático, um processo de ensino-aprendizagem proporcionado por Deus, através de sua Palavra, pelo Poder do Espírito Santo, transmitindo valores e princípios divinos. Ela precisa ser ativa em defender as causas sociais, o amor, cuidado e a evangelização e esse é o nosso objetivo com o projeto: “Discipulando Crianças, Mudando Vidas”
Nosso projeto tem levado a ED até essas crianças. O projeto que iniciou com o transporte de 11 crianças, hoje recebe, cuida e ensina 21 crianças ativas e matriculadas na Escola Dominical.
Nosso objetivo não é apenas aspergir gotas de conhecimento bíblico, mas, garantir que as vidas de cada criança e seus familiares sejam impactadas à medida que elas crescem na graça e no conhecimento.
• As crianças diretamente atingidas pelo projeto têm entre 05 e 12 anos de idade.
• Este projeto tem duração contínua e permanente, não tendo data para término.
• Este projeto está sendo executado com objetivos de curto, médio e longo prazo. Nossa estimativa é atender um número maior de crianças além de adolescentes e jovens, mas para isso carecemos de investimentos substanciais motivo pelo qual estamos aguardando a providência Divina para próximos passos.
• Esse projeto não se resume ao transporte, mas envolve o acolhimento e cuidado dessas crianças permitindo que estejam em um ambiente totalmente apropriado para o aprendizado.
A justificativa para nos gastarmos nessa obra é a missão de fazer discípulos. O ensino da Palavra de Deus deve romper as barreiras físicas e permitir educação cristã. Por muito tempo ensinamos nossas crianças que era necessário levar as boas novas de salvação, mas, a prática disso não era exercitada na igreja. Levar o ensino bíblico para além das fronteiras da igreja, atendendo a um público entrincheirado pelo mundanismo e pecado é não só uma oportunidade, mas uma obrigação da igreja. Somos gratos à CPAD pelo currículo que nos ajuda a traçar objetivos de aprendizado, cada temática nos leva a planejar uma atuação mais assertiva transformando teoria em prática!
Através de um Plano de ação de começa no transporte das crianças até a disponibilização de recursos e o fomento ao aprendizado e desenvolvimento de cada criança, com diferentes estratégias para a busca contínua da melhoria dos resultados.
O projeto Discipulando Crianças, Mudando Vidas pretende, acima de tudo, colaborar na evangelização infantil com ações efetivas para a garantia do acesso das crianças ao ensino da Palavra de Deus, acreditando e apostando na educação e transformação individual. Entre os objetivos específicos estão:
• Ganhar mais crianças para Jesus através do ensino da palavra na ED.
• Aumentar o número de matriculados na Escola Dominical.• Crescimento de visitantes na ED.
• Formar novos professores para atuação na ED.
• Realizar campanhas de doação missionária regional.
• Dobrar o número de salas disponíveis para atendimento às crianças.
• Adotar um projeto de atendimento psicopedagógico na comunidade do Uruguai.
• Implementar uma biblioteca cristã com acervo completo para aperfeiçoamento de discentes e docentes.
Existem muitas dificuldades para a manutenção desse projeto, organizar a logística para pegar 21 crianças (e às vezes pais) hoje é o mais complexo problema a ser resolvido, pois contamos com carros voluntários e nem sempre existe disponibilidade necessária. Às vezes é necessário fazer até quatro viagens para garantir a transporte de todas as crianças. Além disso, por ser uma comunidade com altos índices de violência, a falta de um carro padronizado para acessar o local gera certa insegurança. Esse é um desafio que ainda precisamos vencer, mas cremos na vitória que Deus já nos garantiu!
Somos gratos a Deus pela oportunidade de apresentar esse projeto à CPAD na esperança de que ele possa incentivar outras igrejas a seguirem por esse caminho da evangelização.
Temos expectativa de que o reconhecimento desse trabalho nos permita investir 100% dos recursos no prêmio na igreja, e nesse que hoje é nossa principal frente: A evangelização de crianças pelo mundo!
“Entretanto, onde o Evangelho foi proclamado e aceito, nova alegria e Esperança substituíram o desespero predominante” (Shedd, 2013, p. 26).
Fonte: Revista Ensinador Cristão, ano 19, edição 75 (jul/ago/set de 2018).

Professor de EBD Além das Fronteiras.

Professor de EBD além das fronteiras 

Trabalhar em uma classe de Escola Dominical não tem sido fácil, devido ao perfil de alunos que estamos tendo atualmente. Nossos alunos estão mais atualizados, exigentes, dinâmicos, participativos, questionadores e, infelizmente, mais influenciados pelo mundo moderno. Também, levando em conta os conflitos pessoais, familiares, sociais e profissionais, que esse aluno enfrenta no seu dia a dia. Tudo isso exige professores mais capacitados na missão “quase impossível” de promover um ensino com excelência. Na qualidade, não somente, de formador de opinião, mas de contribuir na construção do caráter cristão nos indivíduos. Nossos mestres precisam aprimorar sua didática, seu relacionamento com seus alunos e, principalmente, ir além das fronteiras, isto é, fazer além do convencional.
Tenho acompanhado a Escola Dominical ao longo dos anos, como aluno, professor, superintendente e pastor. Percebo as dificuldades que nossa EBD enfrenta em encontrar professores capacitados para realizar esta função, tão importante em nossas igrejas. Os nossos superintendentes quem o diga. A maioria das Escolas Dominicais não tem professores com formação acadêmica, são homens e mulheres que fazem a obra de Deus por chamado e convicção. E através dessa dedicação de nossos mestres, vocacionados por Cristo, que se tem alcançado alguns resultados positivos.

O rei Josafá no terceiro ano do seu reinado enviou príncipes, levitas e sacerdotes para ensinar a Lei do Senhor em todas as cidades de Judá (2 Cr 17.7-9). Ele promoveu uma estratégia diferente para transmitir o ensino da Palavra de Deus. O resultado foi um grande avivamento espiritual em sua nação. O professor da Escola Dominical tem a ferramenta mais poderosa para transformar a vida de uma pessoa, a Palavra de Deus. Por isso, vale todo o sacrifício e esforço, para que a Palavra de Deus chegue aos corações dos nossos alunos e faça guarida. Temos a melhor e mais completa escola do mundo. A EBD atinge todos os níveis de idade, desce o recém-nascido até o idoso, é um trabalho excepcional e precisa de professores que correspondam a essa grandeza.

É preciso atentar para esse contexto, há um grito de socorro além da nossa zona de conforto, pessoas esperando serem alcançadas de forma mais profunda pele ensino da Palavra de Deus. O apóstolo Paulo ouviu um pedido de socorro: Passe à Macedônia e ajude-nos! (At 16.9). Foi uma experiência maravilhosa na vida ministerial do apóstolo e Deus fez grandes obras por intermédio do seu servo. Caro professor, você é um instrumento poderoso nas mãos do Senhor, seus alunos precisam de você. Comece a pensar nas estratégias que te ajudarão nessa missão e com a ajuda e orientação do Espírito Santo, vamos combater a evasão escolar que vem acontecendo em muitas EBD. Nada de ficar reclamando, a ação é a melhor resposta diante das adversidades.
Por Paulo Sergio Santos
Paulo Sergio Santos é pastor na Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Paraíso do Tocantis (TO), pertence a Convenção Ciadseta, ligada a CGADB. Atualmente cursa Bacharel em Teologia pela Faetad. O pastor foi o segundo colocado na categoria Adultos, do Concurso Nacional Crente Bom de Bíblia, promovido pela CPAD. 

O Aluno e o seu Compromisso com a Escola Dominical.

O Aluno e o seu compromisso com a Escola Dominical 

“Então conheçamos, e prossigamos em conhecer ao Senhor; a sua saída, como a alva, é certa; e ele a nós virá como a chuva, como chuva serôdia que rega a terra” (Os 6.3).
O sucesso de qualquer escola dominical que tenha um perfil dinâmico e eficaz depende, e muito, do aluno. Como deve se comportar o aluno da Escola Dominical? Qual o perfil ideal desse aluno? Antes de respondermos essas indagações citadas acima, faz-se necessário esclarecer que quando dizemos aluno ideal não referimo-nos, propriamente, a alguém que seja: extraordinário, sublime, gênio, ou intelectual. Não, o discente ideal para ED é antes de tudo uma pessoa com propósito. De que forma?
Ele é esforçado, dedicasse ao máximo: Assíduo, pontual e responsável. Não apenas vai à Escola Dominical, todavia frequenta com prazer buscando sua edificação, consolo, aprendizado e não para simplesmente marcar presença dizendo "estou aqui", "cheguei" ou "agora o meu líder, superintendente, ou pastor não irão pegar mais no meu pé". O aluno da Escola Dominical convicto do seu propósito e de seu ideal não pensa nem se comporta assim. Sobretudo cumpre seu papel, Ele faz a lição de casa. Lê, estuda a Bíblia e sua revista; faz suas anotações para possíveis argumentações, a fim de sanar suas dúvidas, e crescer na graça e no Conhecimento, ele vem disposto a colaborar seriamente na sala de aula.
Todavia é lamentável quando alguns alunos vão à ED sem ter estudado ou se quer pegou no material durante a semana, isso dificulta demais a interação professor e aluno; por vezes ainda vão sem sua Bíblia e/ou sem revista. E não estamos referindo-nos aos pequeninos, mas sim, de gente grande, adulto mesmo! Pode soar indelicado de nossa parte, porém por vezes ponho-me a pensar: "Porque alguém que não leva Bíblia, revista (ou qualquer outro material didático), e que não estuda em casa, não se esforça vai pra Escola Dominical, o que será que vai fazer lá?". Aprender? Não pode ser! Não há aprendizagem quando o simples, básico é negligenciado. Precisamos conscientizarmo-nos que: De acordo com dados levantados, 60% ou superior a essa porcentagem do bom desempenho do docente numa sala de aula depende de seus alunos (discentes).
É notório que, quando o aluno não se prepara durante a semana, como já relatamos acima, perde muito e deixa de contribuir com algo além naquele espaço que poderia ser mais prazeroso. Contribuindo ele pode conquistar a classe e ganhar o professor também. Todos os alunos que permanecem quietos em sua zona de conforto durante a ministração da aula do professor cometem um grande erro (para não dizer "pecado") da negligência semanal. Faz-se necessário que você, aluno da ED, reverta esse quadro, e transforme a realidade em sua igreja se porventura está sendo negligente; não obstante, por vezes a culpa de uma aula mal ministrada recai sobre o professor quando na realidade o culpado é outro. Sabemos e concordamos que o professor tem suas responsabilidades, contudo nenhum docente, mestre, educador a menos que esteja fora de si, teria coragem de posicionar-se frente a uma classe sem que estivesse devidamente preparado.
Aqui fica o nosso apelo, em detrimento de vossa saúde espiritual, elevo na Fé, e valorização de nossos professores (a), cumpra o seu papel enquanto aluno e servo do Senhor, faz a sua parte, independentemente de qualquer realidade. Segundo Cesár Moisés, devem ser as seguintes ações do aluno: “Participar de cultos de oração, vigílias e demais atividades evangelísticas. Participar ativamente dos cultos de ensino, estudos bíblicos e Escola Dominical. Interagir com os membros da igreja, auxiliando aqueles que estão “fracos” na fé” (MOISÉS, 2016, P. 359, CPAD).
Cresçam, porém, na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A ele seja a glória, agora e para sempre! Amém” (II Pe 3.18).
Ezequiel Pereira da Silva é diácono da Assembleia de Deus do Ministério do Ouro Fino (RJ), exercendo a função de auxiliar de congregação. Licenciado em História, Bacharel em teologia, pós-graduado em Psicopedagogia e pós-graduando em Língua Portuguesa, Redação e Oratória. 
Bibliografia:MOISÉS, César Carvalho. Uma pedagogia para educação cristã. Noções básicas da ciência da educação a pessoas não especializadas. 3. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2016.

Subsídios para a Escola Dominical - Incentivo Pastoral.

Incentivo pastoral como fator decisivo do crescimento da Escola Dominical 

A Escola Dominical desempenha papel de relevada importância na vida da Igreja. É inquestionável a sua contribuição na educação cristã, capaz de alcançar as mais variadas faixas etárias da membresia. A ED organizada e bem estruturada exerce grande influência na salvação e na formação do caráter cristão de seus alunos. Ela proporciona conhecimento das doutrinas bíblicas e aperfeiçoamento espiritual. O ensino é a mola principal da ED e sua eficácia depende da capacitação de seus professores e da frequência e assiduidade de seus alunos. E um fator decisivo na motivação daqueles que ensinam e recebem a instrução bíblica se processa por meio da atuação, participação, incentivo e exemplo demonstrados pelo pastor da Igreja.
O pastor é o líder espiritual vocacionado por Deus para apascentar o rebanho do Senhor. A defesa do verdadeiro evangelho e o ensino da doutrina bíblica constituem-se no propósito original da chamada ministerial: “Querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo” (Ef 4.12).
Portanto, cabe ao pastor incentivar e motivar setores da Igreja que o possam auxiliar nesse mister. Sob esse aspecto, as atividades da ED merecem a atenção, o esmero e o cuidado pastoral. Uma ED de qualidade depende da participação e comprometimento pastoral. Portanto, as ações pastorais devem visar ao crescimento e à qualidade da ED.
Com esse propósito, ressaltamos abaixo alguns elementos fundamentais:
Valorização do Ensino: Não ensinar à Igreja equivale a deixá-la perecer. O pastor que não valoriza o ensino conduzirá um rebanho doente e suscetível a todo vento herético. Para motivar o ensino, é necessário despertar na igreja o desejo e a inclinação para aprender. Para alcançar esse propósito, é indispensável a realização de simpósios, seminários e conferências de educação cristã no âmbito da igreja local.
Os temas desses eventos devem ser essencialmente bíblicos e os preletores devem possuir notório conhecimento na área a ser abordada. O apelo, o incentivo e a motivação pastoral são fundamentais para o sucesso de tais atividades.
O pastor que preocupa-se apenas com a promoção de milagres e prosperidade torna-se responsável pelo ensino parcial das Escrituras e pelo desinteresse da igreja em aprender.A maior parte desses eventos não produzem arrependimento, confissão, regeneração ou santificação. Todo pastor que não tem apreço pelo conhecimento caminha pelo fanatismo religioso.
E esse comportamento é tanto reprovável como prejudicial à fé cristã. Na Igreja Primitiva, a direção era apontada pelo ensino contínuo da Palavra de Deus e as manifestações espirituais estavam sempre sujeitas ao ensino autorizado das Escrituras (1Tm 4.11, 6.2; 1Co 4.17; 2Ts 2.15).
Valorização da Escola Dominical: O pastor da Igreja deve enfatizar a importância da ED e priorizar suas atividades em todas as ocasiões possíveis. Ser o principal e maior motivador da educação cristã implica ações práticas e não evasivos discursos.
Ao pastor cabe a responsabilidade de ser aluno frequente, assíduo e pontual e assim servir de  exemplo ao rebanho. Ao pastor como administrador cabe prover a infraestrutura adequada para o bom funcionamento da ED. Salas de aula arejadas e equipadas, espaço para secretaria, recursos didáticos e pedagógicos entre outros demonstram interesse e preocupação pastoral com a ED.
Valorizar a ED também requer o estabelecimento de prioridade do ensino. Os horários preestabelecidos para as aulas não podem ser substituídos ou alterados em hipótese alguma.
Jamais a ED deve ser suspensa ou adiada para se promover ou priorizar outros eventos. O espaço da ED é sagrado e imexível.
Mesmo diante de outras atividades da igreja, o horário da ED deve manter-se inalterado.Enquanto o pastor manter a prioridade do estudo sistematizado e não autorizar a supressão ou adiamento das atividades de educação cristã, a membresia da igreja saberá valorizar o ensino e a importância da ED.
Valorização dos Professores: Outra preocupação do pastor incentivador da ED deve ser com a qualidade do ensino ministrado. A seleção de professores vocacionados e com unção para ministrar deve fazer parte do cuidado pastoral para com a educação cristã. Na escolha dos professores, é indispensável um prudente e atento exame da capacitação dos que são indicados. É imprescindível que os professores sejam idôneos e com reputação ilibada. Requer-se vida espiritual e bom testemunho, habilidade didática e pedagógica, conhecimentobíblico e teológico, comprometimento e responsabilidade, disposição e desejo de servir à causa do Mestre.
Para tanto, os cursos de capacitação e aperfeiçoamento para professores devem ser constantemente promovidos pelo pastor da Igreja. É preciso também possuir a mentalidade de que os recursos aplicados na qualificação dos professores são investimento para a melhoria e crescimento da ED. Ter ciência que o interesse dos alunos é despertado quando as lições são apresentadas com profundo conhecimento bíblico e didática adequada. Assim, o pastor não deve permitir improvisação no suprimento das necessidades das classes. E ainda deve exigir e fiscalizar avaliações periódicas do desempenho dos professores e do aproveitamento dos alunos.
Valorização do Material Didático: Para alcançar a excelência na educação cristã, seja no discipulado de novos membros, na educação infantil, bem como para educar adolescentes, jovens e adultos, a ED necessita observar o material didático e o currículo disponibilizado pela instituição oficial. Para que isto aconteça o pastor da Igreja deve destacar a importância e requerer o uso indispensável e obrigatório das revistas de aluno e periódicos que retratam a confissão de fé pentecostal adotada pelas Assembleias de Deus no Brasil. O uso do material apropriado facilita o processo ensino-aprendizagem e mantém a unidade doutrinária na Igreja.
Quando o pastor permite o uso de material didático diverso ao oficialmente disponível acaba promovendo um desserviço a ED.
Outros materiais que sistematizam o ensino bíblico, embora possuam qualidade teológica, não atendem a doutrina pentecostal professada pela Igreja.
Deste modo, é responsabilidade pastoral coibir possíveis atos de desprestígio ou desconsideração do material a disposição.
O pastor deve promover enaltecer e incentivar o uso do material apropriado. Com estação evita-se a introdução de heresias e previne-se os desvios doutrinários.
Percebe-se então, diante destas valorações o importantíssimo papel da ação pastoralpara o crescimento e o aumento do nível de qualidade da ED.
Ao promover a importância do ensino, ao priorizar a ED, ao reconhecer o valor dos professores e ao usar o currículo e material didático apropriado, o pastor da Igreja estimula e incentiva a membresia a frequentar a Escola Dominical. Por meio dessas ações, o pastor multiplica o número de alunos, resolve o problema de baixa frequência, elimina a evasão escolar e ainda cumpre sua função ministerial de capacitar e aperfeiçoar a Igreja.
Pastor Douglas Roberto de Almeida Baptista é líder da Assembleia de Deus de Missão no Distrito Federal e do Conselho de Educação e Cultura da CGADB. Ele é graduado em Teologia, Pedagogia e Filosofia; especialista em Docência; mestre em Ciência das Religiões e doutor em Teologia.
Artigo publicado na Revista Ensinador Cristão, ano 18, ed69, jan/fev/mar de 2017

31ª Conferência de Escola Dominical da CPAD em Belém - PA - 31 de Outubro a 03 de Novembro 2019.

Vem aí 31ª Conferência de Escola Dominical da CPAD em Belém-PA 

Nos próximos dias 31 de outubro a 03 de novembro, a Casa Publicadora das Assembleias de Deus realizará mais uma Conferência de Escola Dominical. Desta vez será a cidade de Belém do Pará que vai sediar este evento voltado para pastores, professores, superintendentes e alunos da Escola Dominical de todo o país.
O tema a ser abordado, “No princípio era a Palavra” João 1.1, será muito bem discursado em Plenárias, Seminários e Workshops, com os grandes nomes da Educação Cristã. Entre os preletores convidados para os eventos estão os pastores: Elienai Cabral, Claudionor de Andrade, Esequias Soares, Douglas Baptista, Alexandre Coelho, Eliezer Moraes, Claiton Pommerening, César Moisés, Esdras Bentho, Jamiel Lopes e Valmir Nascimento; as professoras Helena Figueiredo, Joany Bentes, Telma Bueno, Anita Oyaizu e Siléia Chiquini; e as psicólogas, Elaine Cruz e Valquíria Salinas.
O evento conta com a participação dos adoradores com selo CPAD Music, como Lília Paz e Marcelo Santos.
SERVIÇO:
Local: CENTRO DE EVENTOS PR. FRANCISCO ALVES RIBEIRO
End.: Passagem Sulei, 41 Ananindeua - PA
Como chegar: https://goo.gl/maps/VigFkymS25wiSFGY9
Dias: 31 de outubro a 03 de novembro de 2019
INSCRIÇÕES ABERTAS:
* Sem alimentaçãoInclui todo material do evento (crachá, pasta, bloco, apostila, caneta e certificado)
Parcelado em até 5X de R$ 25,00 ou R$ 125,00 (à vista)
* Com alimentação (almoço e jantar nos dias 01 e 02/11)Inclui todo material do evento (crachá, pasta, bloco, apostila, caneta e certificado)
Parcelado em até 6X de R$ 32,50 ou R$ 195,00 (à vista).
INFORMAÇÕES:
Tel.: (21) 2406-7400 / 2406-7352
WhatsApp: (21) 96453-1287 / 96452-2990
E-mail: eventos@cpad.com.br

3ª Conferência Nacional de Escola Dominical em Angola - Maio 2019.

3ª Conferência Nacional de Escola Dominical em Angola 

Quase seiscentos professores de Escola Dominical participaram da 3ª Conferência Nacional da Escola Dominical que ocorreu dos dias 14 a 18 de maio, na sede da Convenção Geral das Assembleias de Deus em Luanda, Angola. O tema geral foi “A Dimensão 3D da ED” e contou com a participação de delegados oriundos de 16 das 18 províncias de Angola, bem como palestrantes vindos do Brasil, representando a Casa Publicadora das Assembleias de Deus (CPAD), missionários americanos radicados em Angola e líderes eclesiásticos angolanos.
O Reverendo Francisco Domingos Sebastião, presidente da Convenção, manifestou gratidão aos esforços empreendido pela CPAD, na pessoa do seu Diretor Executivo, Ronaldo Rodrigues de Souza.
pr. cesarParticiparam como palestrantes o pastor César Moisés de Carvalho e a professora Telma Bueno, ambos da Gerência de Publicações da CPAD. O pastor César Moisés ministrou sobre: “O Perfil do Professor de ED Aprovado”, “Perfil do Superintendente de ED”, “Como utilizar o Currículo de ED da Editora CPAD”, “Marketing para a Escola Dominical”, abrindo espaço na sequência para perguntas dos participantes. “Essa é a minha segunda vez em Angola e a quarta no Continente Africano. Sinto-me satisfeito por contribuir de alguma forma com o povo angolano. A cada contato com os irmãos angolanos percebo o quanto quem não tem acesso aos recursos que temos, valorizam até mesmo as pequenas coisas que no Brasil desprezamos. Aprendendo mais na convivência com eles, do que eles me ouvindo”, afirmou o pastor César. 
telma
Para a professora Telma Bueno, a Conferência em Angola foi excelente, pois era visível o amor que a igreja angolana tem pela Escola Dominical. “Eles também têm um carinho especial pela CPAD e o nosso currículo. Nesta conferência dei três plenárias: “Psicologia do Desenvolvimento”, a “Igreja Saudável” e “Como trabalhar com o currículo CPAD”. Os temas foram sugeridos pela liderança local segundo as necessidades da igreja. Foi um tempo de ensino, aprendizagem, compartilhamento e de comunhão”, explicou Telma. 
Juntamente com os palestrantes, estavam representando a CPAD em Angola, o irmão Silvio Tomé, Gerente de Projetos (CPAD) e o pastor Alexander Costa.
Fonte: Informações extraídas de Filipe Campos Jr. da Igreja Assembleia de Deus Pentecostal Maculusso.

Lição 13 - 3º Trimestre 2019 - Seja um Mordomo Fiel - Adultos.

Lição 13 - Seja um Mordomo Fiel 

3º Trimestre de 2019
ESBOÇO GERAL
I – O QUE DEUS ESPERA DE SEUS MORDOMOS
II – AS CARACTERÍSTICAS DO MORDOMO INFIEL
III – AS QUALIDADES DO MORDOMO FIEL

Elinaldo Renovato
A função de mordomo não é bem conhecida nos tempos presentes e no mundo ocidental. Em séculos passados, mesmo no Brasil, havia mordomos entre os nobres e ricos, mais notadamente no tempo do Império ou dos reinos, que dominaram o país. Mas essa figura, ligada à área da administração da nobreza, era bem conhecida nos tempos bíblicos, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento. No AT, Abraão, personagem de destaque na História de Israel, tinha um mordomo chamado Eliézer. Este gozava de tanta confiança que, além de cuidar de todos os seus bens, foi designado para buscar uma esposa para seu filho, Isaque, na terra longínqua de seus parentes. José, filho de Jacó, foi vendido para o Egito como escravo, e Deus fez dele governador daquele reino, e José teve mordomos a seu serviço. Reis e senhores sempre tiveram servos de muita confiança, a quem entregavam a administração de todos os seus bens. 
No Novo Testamento, nos tempos de Jesus, também havia mordomos a serviço de senhores ricos ou abastados. Na parábola da vinha, o mordomo é encarregado de fazer o pagamento aos trabalhadores (Mt 20.1-16). Na parábola do servo vigilante, ele é o “[...] mordomo fiel e prudente, a quem o senhor pôs sobre os seus servos [...]” (Lc 12.42). Na parábola do mordomo infiel, ele é acusado de dissipar os bens de seu senhor (Lc 16.1-13). No livro de Atos, vemos a figura de um alto funcionário do reino da Etiópia, a quem Filipe, o evangelista, foi designado para falar o evangelho: “E levantou-se e foi. E eis que um homem etíope, eunuco, mordomo-mor de Candace, rainha dos etíopes, o qual era superintendente de todos os seus tesouros e tinha ido a Jerusalém para adoração” (At 8.27).
Em todos esses textos, vemos a figura do mordomo aplicada a todos os servos de Deus, a quem são dadas oportunidades e missões das mais importantes no Reino de Deus. Nos exemplos citados, podemos ver que só há dois tipos de mordomos que são tomados como exemplo para a vida cristã: os fiéis e os infiéis. Todos os mordomos são servos que cuidam dos interesses dos seus patrões ou soberanos. Na vida cristã, há servos a quem são confiadas funções de maior responsabilidade, como cuidar e prover para supervisionar e remunerar os seus conservos, como na parábola da vinha e na do mordomo fiel e prudente. Hoje, tais servos podem ser identificados na pessoa dos pastores, dos dirigentes de departamentos e de outros cargos de liderança. Haverá uma prestação de contas, na qual cada um dará contas do que fez ou não com a obra do seu Senhor: “Porque está escrito: Pela minha vida, diz o Senhor, todo joelho se dobrará diante de mim, e toda língua confessará a Deus. De maneira que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus” (Rm 14.11,12). 
De modo geral, na Igreja, todos os salvos são servos de Deus, tanto homens quanto mulheres. Não há distinção social, sexual ou racial: “Nisto não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus” (Gl 3.28; Cl 3.11). Na comunidade cristã, os líderes não são “maiores” que os liderados. São servos a serviço dos servos de Deus. Cada crente em particular, mesmo que não tenha cargo eclesiástico ou ministerial, é servo de Deus. Foi chamado para ser salvo e para ser servo. Como tal, ele tem o dever de servir na casa do Senhor conforme a capacidade e as oportunidades que Deus conceder a ele. Seja como for, líder ou liderado, o salvo só é aprovado e recompensado por Deus se for um “servo” ou “mordomo fiel”. 
 Texto extraído da obra “Tempo, Bens e Talentos”, editada pela CPAD. 
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