quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020

Lição 06 - 1º Trimestre 2020 - O Ciúme não Faz Parte do Presente - Jd. Infância.

Lição 06 - O Ciúme não Faz Parte do Presente 

1º Trimestre de 2020
Objetivos: Os alunos deverão compreender que o ciúme nos leva a fazer coisas erradas; e aprender que o Papai do Céu nos ensina a amar os nossos irmãos. 
É hora do versículo: “[...]onde há inveja e egoísmo, há também confusão e todo tipo de coisas más” (Tg 3.16).
Nesta lição, as crianças estudarão sobre a história José. Ele tinha muitos irmãos. É uma bênção ter irmãos para que possamos amá-los como nos ensina o Papai do Céu. Um dia José ganhou um lindo presente de seu pai que deixou seus irmãos com muito ciúme. Isso os levou a fazer coisas erradas e fizeram muito mal ao seu irmão José. O Papai do Céu não se agrada disso, por isso devemos tratar todos bem e amar a todos, mesmo quando alguém tem algo que nós gostaríamos de ter e não temos.
Após realizar todas as atividades propostas no manual do professor e caso haja tempo, imprima a folha abaixo e distribua para as crianças colorirem a ilustração que representa o momento em que José ganha uma linda túnica colorida de presente do seu pai, o que foi um dos motivos dos irmãos de José terem ainda mais ciúme dele. Reforce dizendo que os irmãos, os primos, os amigos e os irmãos em Cristo são importantes em nossa vida e por isso não  podemos ter ciúmes deles se quisermos receber as bênçãos do Papai do Céu.
tunicajose licao6 jardim

Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

Lição 06 - 1º Trimestre 2020 - Mestre e Disciplinador - Adolescentes.

Lição 6 - Mestre e Disciplinador 

1º Trimestre de 2020
ESBOÇO DA LIÇÃO
1 – APRENDENDO SOBRE AS BEM-AVENTURANÇAS
2 – A MENTIRA NA ÉPOCA DE JESUS
3 – ELE NOS ENSINOU A SER VERDADEIROS
4 – ELE NOS ENSINOU A SER DISCÍPULOS
OBJETIVOS
Ensinar 
as bem-aventuranças do Mestre Jesus;
Apontar que a palavra do cristão deve ser verdadeira;
Conscientizá-los de que a maior lição aprendida como discípulos é servir.
Recapitular o conteúdo da lição anterior é importantíssimo para o aprendizado do aluno da Escola Dominical. O prezado professor, e a prezada professora, não podem descuidar desse fundamento. Todo trimestre tem um fio condutor. No caso de nosso tema em estudo, o fio condutor de nosso trimestre é o caráter de Jesus como nosso modelo de vida. Essa compreensão em essência só será internalizada na vida dos seus alunos se a cada aula ele for relembrado desse fio condutor por intermédio da reminiscência das lições anteriores. 
Para lhe ajudar na preparação de sua aula, reproduzo um importante texto do pastor César Moisés Carvalho, acerca do Sermão do Monte: 
“[...] Nas Bem-Aventuranças, diz Bonhoeffer, Jesus ‘fala aos que já estão sob o poder de seu chamado’, ou seja, não se trata de uma condição a priori das pessoas, antes, refere-se à consequência do fato de os discípulos terem aquiescido ao chamado do Senhor. Em termos diretos, ‘Todos são chamados a serem o que são na verdade’. É claro que, conforme anteriormente dito, as beatitudes devem ser lidas em seu contexto. E ao proceder desta forma, rapidamente se descobre que, em função de terem atendido ao chamado de Jesus e se tornado seus discípulos, tais pessoas abriram mão de serem aceitas em repartições judaicas (Jo 9.18-38; 12.42.43). Elas passaram a ser alvo não apenas do desprezo e escárnio por parte dos seus patrícios, mas também a correr sério risco de serem mortas (Jo 12.9-11). Que flagrante contradição com o “evangelho” apregoado hoje! Como não se faz teologia em vácuo atemporal, a situação do teólogo alemão Bonhoeffer também explica claramente sua forma de ler e dissertar o Sermão.” (O Sermão do Monte: A Justiça sob a Ótica de Jesus, CPAD, p.41,42)  
O primeiro tópico da lição é exatamente sobre as Bem-Aventuranças. Ao estudar esse tópico tenha sinceramente esta pergunta em mente: “É possível viver essas beatitudes hoje?”
Dependendo da sua resposta a essa pergunta, seus alunos poderão ter suas vidas transformadas pelo Evangelho à medida que você expõe a natureza dessas beatitudes segundo o Evangelho de Mateus.
Boa aula!
Marcelo Oliveira de Oliveira
Redator do Setor de Educação Cristã da CPAD

Lição 06 - 1º Trimestre 2020 - Eu Sou Jesus - Jovens.

Lição 6 - Eu Sou Jesus 

1º Trimestre de 2020
Introdução
I-Eu Sou a Luz do Mundo
II-O Bom Pastor
III-Eu Sou a Porta
Conclusão
Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivos:
Relacionar a afirmação de Jesus, “Eu sou a Luz do Mundo”, com a celebração da Festa dos Tabernáculos;
Apresentar a superioridade da liderança de Jesus como “Bom Pastor”;
Refletir sobre a responsabilidade de servir ao único Salvador do mundo.
Palavras-chave: Jesus Cristo.

Para ajudá-lo(a) na sua reflexão, e na preparação do seu plano de aula, leia o subsídio de autoria de Thiago Santos:
INTRODUÇÃO
Há nos Evangelhos, expressões que anunciam aspectos interessantes da pessoa de Jesus Cristo. Em alguns momentos dos Evangelhos é possível encontrar o Senhor utilizando a expressão “Eu Sou” ao se reportar às multidões ou mesmo a seus discípulos. Esta declaração revela uma forte identificação de nosso Senhor com o próprio Deus Yaweh, o Deus que se manifestou aos seus servos no Antigo Testamento.
Nos Evangelhos, Jesus Cristo se revela como “Eu Sou a Luz”. A Luz que ilumina as nações, que salva o pecador das trevas, transportando-o para o Reino da Luz. Ele prometeu que quem segui-lo, jamais andará em trevas (Jo 8.12).
Da mesma maneira, o Senhor se revela como o “Bom Pastor”, aquEle que faz as ovelhas deitarem em pastos verdejantes e as guia por águas tranquilas; uma declaração que revela o caráter sacrifical de nosso Senhor pelas suas ovelhas (Sl 23; Jo 10.11).
E, semelhantemente, Jesus declara-se como a “Porta”, e quem entrar por Ele, salvar-se-á, e entrará, e sairá, e achará pastagem (Jo 10.9). Jesus é o único meio pelo qual a humanidade pode ser salva. Seu cuidado pelas ovelhas contrasta o mau caráter dos ladrões e salteadores que não se importam com as ovelhas. Tais declarações causaram polêmica entre os religiosos da época, porém, para os discípulos de nosso Senhor, trouxeram lições significativas.  
I - EU SOU A LUZ DO MUNDO
No Antigo Testamento é comum encontrarmos um expressivo número de referências que associam o SENHOR com a Luz. Desde Gênesis, quando todas as coisas eram criadas, o SENHOR disse: “Haja Luz”, e assim aconteceu (cf. Gn 1.3). Mas note que, em muitas ocasiões, a luz aparece na história bíblica em contraste com as trevas, uma espécie de metáfora em relação à oposição entre o bem e o mal. De um lado, as trevas do pecado tentam arrastar a humanidade para o inferno e distanciá-la de Deus. Do outro, Jesus Cristo, a Luz que veio ao mundo para iluminar os pecadores e mostra-lhes o caminho que leva à salvação.
Outro aspecto importante na declaração de Cristo como a Luz do mundo está associado à Festa dos Tabernáculos, uma importante festa judaica. Note que nesta festa, os grandes candelabros do Templo eram acesos como forma de lembrar ao povo acerca da coluna de fogo que guiou os filhos de Israel durante a peregrinação no deserto (cf. Êx 13.21). Da mesma maneira que o Senhor Jeová era o seu Guia Iluminador naquela ocasião, assim também, Jesus é o Eu Sou, sempre presente, sempre iluminando, dispersando a escuridão (BEACON, 2006).
Semelhantemente, a Bíblia nos mostra o quanto precisamos da Luz. O Novo Testamento é rico na exortação de que devemos andar na luz (cf. 1 Jo 1.7). “Andar na luz” significa afastar-se das trevas, isto é, de todas as obras infrutuosas de pecado que não coadunam com as obras do Reino Celestial. O apóstolo João afirma, em sua primeira Carta, que se dissermos que temos comunhão com Ele e andamos em trevas, mentimos e não praticamos a verdade (cf. 1 Jo 1.6). Aqueles que têm comunhão com Deus compartilham da sua santidade e presença.
Portanto, é impossível que um servo de Deus, que anda na luz e prova, verdadeiramente, do amor divino, viva na prática do pecado e compartilhe dos prazeres mundanos.
O SENHOR é a luz das nações
Em vários registros sobre a manifestação do Senhor no Antigo Testamento, luz, brilho, fulgor, sempre estão presentes. Na maioria dos casos, a luz está associada a relatos sobre a Salvação. Em Salmos 27.1, por exemplo, a bênção da Salvação está associada à luz como sendo a orientação divina para uma vida boa. O salmista confia em Deus e mal nenhum o fará temer, pois o Senhor é a sua força.
De acordo com o Comentário Bíblico do Novo Testamento (2003, p. 542):
O tema da luz está relacionado com o dia da salvação de Deus, e particularmente em João, está vinculado com a sabedoria e revelação. Ambas, por sua vez emanam e são parte do que acontece quando o Espírito, que é de cima, dá luz ao cegos pecadores que agora creem em Jesus. Assim, entendemos a relação entre a cerimônia do derramamento de água e os candelabros acesos nestas seções da Festa dos Tabernáculos. A luz também está relacionada com a verdade, como em: “Ali estava a luz verdadeira que alumia a todo homem que vem ao mundo” (Jo 1.9). “Verdadeira” quer dizer o certo e único de Deus, que dá salvação singular em oposição aos outros que a muitas tradições esperavam. “Luz” também está relacionada com o pão da vida (Jo 6.48), outra declaração “Eu Sou”. O pão destaca o meio e fonte de vida, considerando que a luz ressalta o resultado (a capacidade de conhecer Deus e relacionar-se com Ele, o que Jesus e o Espírito realizam na salvação).
Em outros registros das Escrituras, a luz está contrastada com as trevas, a extensão do pecado que subjuga a humanidade e a afasta da presença gloriosa de Deus. “Todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Rm 3.23). O pecado, representado pela ausência da luz, domina a humanidade e somente a luz do evangelho pode trazer libertação das trevas da ignorância e conduzi-la para o caminho do Bom Pastor que deseja salvá-la.
A afirmação de Jesus e sua relação com a Festa dos Tabernáculos
A declaração de Jesus a respeito de ser Ele próprio a Luz que veio a este mundo foi declarada em uma festa muito especial para o povo judeu, a Festa dos Tabernáculos. Jesus vai fazer a mesma declaração em outros momentos registrados nos Evangelhos. Entretanto, há um significado especial nesta ocasião.
Segundo o Dicionário Bíblico Wicliffe (2003, p. 792):
Esta era a terceira das festas de peregrinação, celebrada durante sete dias, seguida por um oitavo dia de santa convocação com os sacrifícios apropriados (Lv 23.33; Nm 29.12-38; Dt 16.13-15). Era a notável festa de regozijo no ano, na qual os israelitas, durante o período de sete dias, viviam em tendas ou cabanas feitas de ramos em comemoração às suas peregrinações no deserto, quando seus pais habitavam em abrigos temporários. De acordo com Neemias 8.14-18, as tendas eram feitas de oliveira, murta, palmeira e outros ramos, e eram construídas sobre os telhados das casas, em pátios, no pátio do Templo e nos lugares amplos das ruas da cidade. [...] à noite, as ruas e o pátio do Templo eram iluminados por inúmeras tochas carregadas pelos peregrinos, cantando e dançando. As tendas eram desmanchadas no último dia, e o oitavo dia que se seguia era observado como um sábado de santa convocação.
Nesta festa, comemorava-se a liberdade de um povo que havia sido submetido à escravidão pelas mãos dos egípcios, mas agora estava livre para adorar ao SENHOR Deus Todo-Poderoso. Há, no entanto, um aspecto desta celebração que está diretamente associado à declaração de Jesus sobre ser a Luz: o texto sagrado lido nesta cerimônia era Zacarias 14. Ora, para além da relação com a questão da “água viva” (14.8), da qual Jesus faz referência em João 7.38, Zacarias também menciona profeticamente a respeito de uma alegre celebração que ocorrerá durante o milênio. Esta celebração terá como curador o próprio Senhor Jesus Cristo, o Príncipe da Paz. A alegria que Jerusalém esperou por séculos era chegada, personificada em um homem simples, mas poderoso em obras e palavras (Lc 24.19).     
Precisamos da Luz!
Andar na luz, mais do que um dever de todo servo de Deus, é uma questão de sobrevivência. Viver distante da luz é estar vulnerável às armadilhas projetadas por Satanás. Em contrapartida, a Bíblia ensina que é preciso rejeitar às obras das trevas e revestir-se com as armas da luz (Rm 13.12). Estar revestido significa estar espiritualmente pronto para lidar com o pecado e com as adversidades.
Muitas pessoas têm sido enganadas pelo Inimigo que lhes rouba a luz do entendimento, tornando-as ignorantes e incapazes de compreender as verdades do evangelho. Essas investidas faz com que essas pessoas permaneçam presas debaixo do jugo do pecado e afastadas de Deus.
As Escrituras afirmam que em Deus não há trevas e, portanto, todo aquele que O segue não deve permanecer nas trevas. Quem anda nas trevas não está em Deus, pois deseja esconder os erros que não são compatíveis com a luz. A vergonha do pecado impede que as pessoas se aproximem de Deus. Mas, aqueles que desejam abandonar as obras infrutuosas das trevas, arrependem-se de seus pecados, e voltam-se para a luz a fim de serem salvos.
O apóstolo João ressalta em sua primeira epístola que se andarmos na luz, como Ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo pecado (1 Jo 1.7). O nosso dever, como filhos de Deus, é não se associar com as trevas, e sim denunciá-las. 
II. O BOM PASTOR
Após libertar o seu povo do cativeiro egípcio, o SENHOR o conduziu pelo deserto assim como um pastor guia as suas ovelhas. O Salmo 23 ilustra também essa situação ao relatar o compromisso do Bom Pastor com as suas ovelhas. À medida que o salmista relata o cuidado do pastor, é possível notar certa semelhança com o zelo que o Senhor Jesus tem com as suas ovelhas na Nova Aliança.
O Evangelho de João narra o episódio em que Jesus Cristo se declara como o Bom Pastor, que dá a sua vida pelas ovelhas (Jo 10.11), em contraste com os mercenários que, em vez de se dedicarem às ovelhas, preocupam-se apenas com as futilidades da própria vida (cf. Ez 34.2-10). Tal postura revela a reprovação de Deus em relação ao perfil de liderança demonstrado pelos líderes religiosos de Israel nos tempos de Jesus.
Assim como no Antigo Testamento, quando a falta de amor perdurava entre os reis e sacerdotes, os quais sofreram duras críticas por conta da perversidade que demonstraram com as ovelhas da Casa de Israel (cf. Ez 34.1-10), assim também, agora, Cristo denuncia a negligência dos líderes judeus que tinham a incumbência de levar o povo a obedecer à Lei (Mt 23).
Em contrapartida, Jesus aparece neste cenário como o “Bom Pastor” disposto a entregar a própria vida em favor das suas ovelhas, revelando um caráter sacrificial de liderança completamente diferente daquele experimentado até então pelo povo israelita. Jesus não é apenas um teórico da fé e nem alguém que cobra das pessoas o que nunca foi capaz de fazer. Antes, seu compromisso é real e prático. Ele não apenas afirma, mas também demonstra, com a própria vida, que está disposto a fazer as pessoas felizes.
Além da doação integral aos seus liderados, a liderança instaurada por Jesus tem como característica fundamental o cuidado com o próximo. A relação de Jesus com seus discípulos não obedece a um estilo hierarquizado na tentativa de demonstrar superioridade em relação aos outros, e sim pelo princípio do acolhimento e cuidado para com as pessoas (Jo 10.16).
A expressão “Bom Pastor” como uma rememoração de uma imagem do Antigo Testamento
A expressão “Bom Pastor” rememora a imagem de Deus no Antigo Testamento, quando o SENHOR se revelou como o Deus que libertaria o seu povo da escravidão e o guiaria pelo deserto, rumo à posse da Terra Prometida (cf. Êx 3.6-10). De modo semelhante, Cristo é apresentado como o Bom Pastor que dá a sua vida pelas ovelhas e está disposto conduzi-las para o céu (Jo 10.11).
Não podemos perder de vista o fato de Jesus ter vivido em um contexto da cultura e da religião judaica. Isso explica o fato de nosso Senhor fazer referência, por várias vezes, ao Antigo Testamento. Nesta passagem, a figura do Bom Pastor não está ligada a Jesus unicamente pelo cuidado que Ele demonstra com as suas ovelhas, mas também pela necessidade de se estabelecer um perfil de liderança, tendo como base as críticas de profetas como Jeremias (Jr 23.1-4) e Ezequiel (Ez 34.1-16).
Dentre as denúncias proféticas, está aquela contra o egoísmo de alguns pastores que, em vez de se dedicarem às ovelhas, preocupavam-se apenas com as futilidades da própria vida (Ez 34.2-10). Ali, os governantes são condenados como negligentes, tirânicos, não se importando com as suas responsabilidades. Eles abusam da sua função e se alimentam, em vez de alimentar o rebanho. Como resultado, as ovelhas se espalham e tornam-se presas fáceis para todas as feras do campo. Consequentemente, Deus irá julgar os pastores indignos e Ele mesmo irá reunir o rebanho desgarrado, alimentá-lo e dar-lhe abrigo (BEACON, 2006). 
Assim como na Antiga Aliança esse tipo de comportamento dos líderes de Israel recebeu a devida reprimenda, os líderes da época de Jesus haveriam de receber a mesma reprovação, haja vista o desprezo e perversidade que demonstravam pelos mais necessitados do povo.
Na imagem de Ezequiel, assim como na descrição de João, Deus levantaria um pastor para cuidar e buscar todas as ovelhas de Israel que estavam em sofrimento (Ez 34.11-16). A profecia se cumpriu, Jesus é o Bom Pastor que cuida das suas ovelhas. Diferente daqueles que se comportaram mercenariamente, cuidando das ovelhas apenas por interesse, o Senhor é amoroso, compassivo e trabalha para que nenhuma delas se perca. Se alguma delas se extravia, Ele vai ao seu encontro, põe-na em seus ombros e a traz de volta ao redil.
O caráter sacrificial do Bom Pastor
Um dos aspectos mais marcantes da liderança de Jesus está na sua capacidade de se sacrificar pelos seus amigos (vv. 17,18). Esta atitude do Mestre inverte completamente a lógica de manipulação e exploração de pessoas que, desde a Queda adâmica, instaurou-se na humanidade.
É importante destacar que o amor sacrificial do Bom Pastor é um ato voluntário cuja motivação única é o amor incondicional que Ele tem por suas ovelhas. Note que esse amor está intimamente ligado ao amor do Pai: “Por isso o Pai me ama porque dou a minha vida para tornar a tomá-la. Ninguém ma tira de mim, mas eu de mim mesmo a dou; tenho poder para a dar e poder para tornar a tomá-la (Jo 10.17,18). Sua obediência incondicional à vontade do Pai não se trata de uma responsabilidade apenas que Lhe fora conferida, e sim de uma autodoação do Mestre em favor dos seus discípulos.
Neste contexto, destacamos algumas declarações de ordem teológica significativas: a) Jesus dá a vida por sua própria conta. Ninguém a tira dEle. Deus está no absoluto controle deste caso pelo qual Ele expia os pecados do mundo. O Diabo não tem parte. A provisão da salvação de Deus sempre foi uma conclusão passada em sua mente; b) Pertinente à ressurreição, o Novo Testamento afirma que Deus Pai, ou o Espírito, ressuscitou Jesus. Mas aqui Jesus diz que Ele se ressuscitará, porque tem autoridade tanto para dar a vida como para tomá-la de novo (ARRINGTON, 2003).
Ainda sobre o amor sacrificial do Bom Pastor, não poderíamos deixar de destacar o empenho pessoal de Jesus em favor do bem-estar das pessoas. Jesus não limitava o seu amor apenas a discursos vazios, antes o seu compromisso era real e prático. Ele não apenas afirma, mas também demonstra com a própria vida que está disposto a fazer as pessoas felizes (Jo 10.18,28). É comum encontrarmos nos Evangelhos várias ocasiões em que o Mestre se importa com os pobres e mais frágeis dentre o povo (Mt 11.5; Lc 6.20). Esse fato corrobora que a intenção do Reino de Deus é fazer com que os preteridos dentre o povo sejam reconhecidos como os mais importantes (Lc 22.22-26).
O relacionamento dedicado do Bom Pastor
Outra característica observada no perfil de liderança demonstrado pelo Mestre é a sua postura acolhedora. Na maior parte do seu ministério terreno, Jesus dedicou tempo a se importar com as pessoas. É possível notar este aspecto quando Jesus multiplica os pães e os peixes para alimentar quase cinco mil pessoas (Mc 6.30-44). Também quando curou várias pessoas dotadas de enfermidades e aprisionadas por espíritos malignos (Lc 4.40,41). As multidões andavam desgarradas e errantes como ovelhas que não têm pastor (Mt 9.36; Mc 9.34). Mas o Bom Pastor veio para resgatá-las, guiá-las e acolhê-las em seu redil.
Se há um sentimento que o Senhor Jesus não apenas sentiu, mas demonstrou pelas pessoas é o sentimento de compaixão. O termo original é splagchnizomai, o qual descreve uma emoção que comove as pessoas até o íntimo do ser. Fala da tristeza que alguém sente pelo sofrimento e infortúnio do próximo, juntamente com o desejo de ajudá-lo (STAMPS, 1995). Note que o Mestre não expressava pena da triste condição em que as pessoas de seu tempo se encontravam, mas o mesmo sentimento de compaixão O levou a agir em favor dessas pessoas.
Semelhantemente, Jesus deixou explícito que, como o Bom Pastor, jamais agiria de forma covarde e traiçoeira com as suas ovelhas (Jo 10.12,28). A relação de Jesus com seus discípulos não obedece a um estilo hierarquizado na tentativa de demonstrar superioridade em relação aos outros. É possível perceber este cuidado quando Jesus trata de lavar os pés dos seus discípulos como exemplo de amor e cuidado para com o próximo (Jo 13.1-13). Jesus, sendo Senhor e Mestre, deu o exemplo aos seus discípulos, mostrando que a sua liderança não era movida pelo princípio da exclusão/eliminação do outro, e sim, pelo acolhimento e cuidado (Jo 10.16).
III. EU SOU A PORTA
Além de ser o Bom Pastor que cuida das ovelhas, Jesus também é a Porta pela qual as ovelhas entram e encontram pastagem. Esta narrativa diz respeito a mais um aspecto do cuidado do pastor com o seu rebanho e, de forma metafórica, ilustra a identidade do ministério de Jesus.
Ao descrever a porta das ovelhas, o Senhor Jesus revela, utilizando-se da imagem rural, sua singularidade como Salvador e único acesso a Deus. Não existe outra porta pela qual as ovelhas possam entrar e encontrar alimento. Esta verdade consolida que a pregação do evangelho deve ser estendida a todas as pessoas para que cheguem ao conhecimento da verdade, pois “em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos” (At 4.12).
Jesus corrobora sua singularidade e soberania ao comparar o comportamento daqueles que vieram antes dEle como ladrões e salteadores. Estes são caracterizados como líderes religiosos, espirituais, ungidos e escolhidos para mostrar o caminho que aponta para justiça. Entretanto, não passam de pessoas interessadas em receber algum privilégio ou riqueza material em troca dos seus serviços. Mas quando o mal vem assolar as ovelhas, não sabem o que fazer a não ser abandonar o rebanho e fugir. Fica evidente que a marca do mercenário é a falta de amor pelas ovelhas.
Igualmente, ao declarar-se a porta, Jesus revela-se como aquEle que tem o poder de quebrar as maldições e fazer em nós novas todas as coisas. Somente o evangelho tem o poder de transformar o homem em nova criatura, de remover as amarras do pecado e conduzi-lo a uma nova experiência com Deus. Jesus é esta porta, quem entrar por ela, salvar-se-á.
A singularidade de Jesus
A representação do curral de ovelhas é bem peculiar dos tempos de Jesus. Ao contrário do que muitos pensam, a afirmação de Jesus sobre ser a porta é a citação de mais uma cena do que acontecia naquele espaço reservado para as ovelhas. Uma representação singular do Salvador que veio apresentar o único meio pelo qual o pecador tem acesso a Deus (cf. Jo 14.6).
Diferente dos dias atuais, o curral de que Jesus falou era uma caverna ou um curral com paredes de pedra, coberto com urzes (arbustos), que apresentava uma única entrada, na qual o pastor dormia para proteger o rebanho que estava dentro. Ao dizer “Eu sou a porta” (Jo 10.7,9), Jesus faz uma afirmação enfática de ser a única entrada para a salvação (10.9) (RICHARDS, 2007).
Observe que ao entrar por esta porta, as ovelhas podem desfrutar de alguns benefícios: salvação, segurança e sustento. Em outras palavras, significa dizer que os crentes em Jesus Cristo podem descansar na certeza da salvação eterna e desfrutarem de paz e conforto na presença de Deus. Em contrapartida, os que seguem por caminhos tortuosos encontrar-se-ão com o ladrão, que veio senão para roubar, matar e destruir. Todavia, não é da vontade de Deus que nenhuma de suas ovelhas se perca (Jo 6.39), mas que persista em seguir pelo caminho da vida, e continue a entrar pela porta.
Não existe outra porta pela qual as ovelhas possam entrar e encontrar alimento. A declaração de Cristo ao afirmar ser a porta revela outra verdade que diz respeito à natureza do evangelho: a salvação está aberta para todos os que creem. Sendo assim, foge de cogitação imaginar que a Igreja tenha a necessidade de impor a sua verdade sobre as crenças alheias.
A verdade do evangelho, por si só, já é a manifestação do poder de Deus para salvação do homem. O fato de a salvação ser exclusiva da fé em Jesus cristo não impede que a Igreja ame e respeite aqueles que não acreditam nas Escrituras Sagradas.
A superioridade de Jesus
A superioridade de Jesus fica evidente quando colocada em contraste com o comportamento de pseudolíderes de sua época. Não é a primeira vez que o Mestre confronta as autoridades religiosas daquele período, tendo em vista que há muito tempo eles já haviam deixado de observar as leis de Deus para satisfazer a suas próprias ambições e necessidades.
Ao chamá-los de ladrões e salteadores, Jesus não estava cometendo nenhum equívoco, porquanto era justamente isso que eles estavam fazendo com o povo que frequentava o Templo. As referências de Jesus aos mercenários (Jo 10.12,13) que não cuidavam das ovelhas, eram um ataque inconfundível aos escribas ou doutores da lei que afirmavam ter autoridade espiritual sobre o povo de Deus (RICHARDS, 2007).
O que mais preocupa no comportamento desses falsos líderes não é apenas a sua ganância e ambição por poder e riquezas, mas, principalmente, a negligência em cuidar das ovelhas feridas e abandonar as que estavam perdidas. O profeta Ezequiel protestou contra o comportamento dos lideres religiosos de seus dias:
“E veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo: Filho do homem, profetiza contra os pastores de Israel; profetiza e dize aos pastores: Assim diz o Senhor Jeová: Ai dos pastores de Israel que se apascentam a si mesmos! Não apascentarão os pastores as ovelhas? Comeis a gordura, e vos vestis da lã, e degolais o cevado; mas não apascentais as ovelhas. A fraca não fortalecestes, e a doente não curastes, e a quebrada não ligastes, e a desgarrada não tornastes a trazer, e a perdida não buscastes; mas dominais sobre elas com rigor e dureza. Assim, se espalharam, por não haver pastor, e ficaram para pasto de todas as feras do campo, porquanto se espalharam. As minhas ovelhas andam desgarradas por todos os montes e por todo o alto outeiro; sim, as minhas ovelhas andam espalhadas por toda a face da terra, sem haver quem as procure, nem quem as busque (Ez 34.1-6).
O cenário não era diferente nos dias de Jesus e, por esse motivo, o Senhor aproveita-se da ocasião para fazer duras críticas à postura dos lideres religiosos de Israel. Muitos negligenciavam o ensino da Lei em função dos privilégios concedidos pelas autoridades romanas que governavam naqueles dias (Jo 11.46-48).
Vale ressaltar que não somente naqueles dias, mas qualquer tipo de liderança religiosa nos dias atuais que não aponta para a cruz e não considera o sacrifício vicário de Cristo é inútil e falsa. Qualquer espiritualidade que aponte apenas para o lucro, poder e glória humana e não considere as pessoas como principal alvo da sua ação, não pode ser considerada verdadeira.
A superioridade do ministério pastoral de Jesus Cristo se mostra autêntico não apenas porque Ele é o Filho de Deus, mas por conta do seu compromisso de cuidar das pessoas que precisam de uma real transformação espiritual.
O poder de Jesus
O evangelho tem o poder de transformar o homem pecador em nova criatura, de remover as amarras do pecado e fazê-lo andar em santidade na presença de Deus. Somente os que passam pela porta podem experimentar da transformação divina. Jesus disse: quem entrar por ela [a porta], salvar-se-á, entrará, e sairá, e achará pastagens (Jo 10.9).
Todo o propósito da missão de Jesus é dar vida (20.31), e que esta vida seja de qualidade suprema (eterna), assim como infinita em quantidade (cf. 1.16; 2.6ss.; 4.14; 6.13; 7.38). O propósito e o plano de Deus não são apenas salvar o homem da morte, da destruição, da culpa, mas também torná-lo santo, “conforme a imagem do seu Filho” (Rm 8.29). Tal propósito só pode ser atingido de uma maneira; por meio da morte voluntária de Jesus (BEACON, 2006). E, assim, mediante a fé no Filho de Deus os homens podem experimentar do perdão divino. Como afirma o profeta, nossas culpas foram todas levadas por Ele (cf. Is 53.5). 
CONCLUSÃO
Finalmente, o que se pode afirmar com base nas palavras de nosso Senhor Jesus Cristo é que somente conheceremos o bondoso Deus se o nosso relacionamento com seu Filho estiver preservado. Há muitos que buscam aproximar-se de Deus por meios completamente contrários aquele determinado na Santa Palavra.
Somente em Jesus Cristo é possível encontrar a luz, pois Ele é a própria Luz que ilumina o pecador e o resgata da sua triste condição de pecado para um lugar de paz e liberdade (Jo 8.12). Ele é também o Bom Pastor, que apascenta as suas ovelhas e jamais as abandona como fazem os mercenários que pensam apenas no que podem obter de retorno por seu trabalho. Ao contrário disso, o Bom Pastor cuida de suas ovelhas tão somente porque tem amor por elas.
E, por fim, Ele é a porta pela qual o pecador pode entrar e encontrar vida eterna, segurança e paz. Jesus é o único meio pelo qual a humanidade pode ser salva (cf. At 4.12). Por isso, a Igreja precisa compreender que existem muitas ovelhas que ainda estão desgarradas e o Salvador Jesus deseja resgatá-las. Ir ao encontro dessas ovelhas é a nobre missão da Igreja (cf. Mt 28.19-20).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger. (Ed.) Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. 4ª ed. v.1. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.
EARLE, Ralph; MAYFIEL, Joseph. Comentário Bíblico Beacon. 1ª ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006.
PFEIFFER, Charles F., et al. Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.
RICHARDS, Lawrence O. Comentário-Cultural do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2007.
Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995.
                                                                             
*Adquira o livro do trimestre. Jesus Cristo: Filho do Homem: Filho de Deus. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2020.
Que Deus o(a) abençoe.
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista Lições Bíblicas Jovens 
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Jovens. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo. 

Lição 06 - 1º Trimestre 2020 - A Sexualidade Humana - Adultos.

Lição 6 - A Sexualidade Humana 

1º Trimestre de 2020
ESBOÇO GERAL
I – DEUS CRIOU APENAS DOIS SEXOS
II – OBJETIVOS DA SEXUALIDADE HUMANA
III – DISTORÇÕES DA SEXUALIDADE
O RENASCIMENTO DE SODOMA E GOMORRA
Claudionor de Andrade
Não são poucos os cristãos que se assustam com a “invasão” da Europa pelos muçulmanos. Alguns, chorosos e antevendo a destruição dos valores e conquistas ocidentais, indagam: “O que será da civilização cristã?”. Em primeiro lugar, nunca houve uma civilização europeia genuinamente cristã, porquanto o paganismo sempre esteve presente desde o Volga, passando pelo Danúbio e pelo Sena, desaguando ora no Atlântico, ora no Mediterrâneo. O que havia, desde Constantino, o Grande (272-337 d.C.), até o início da Primeira Guerra Mundial, em 1914, era a hegemonia de uma cultura pagã influenciada fortemente pelos valores judaico-cristãos. Mas que, desde aquela época, vem degradando-se de maneira vertiginosa. Tanto é que, hoje, já se fala, com diabólico ufanismo, na repaganização do continente europeu. E, como sempre acontece em tais ocasiões, esse retrocesso espiritual e moral acabou por redundar numa promiscuidade sexual assustadora e sem precedente algum. Noutras palavras, estamos a assistir o renascimento espiritual de Sodoma e Gomorra.    
1. A civilização do erotismo. O decantado mundo clássico greco-romano tolerava práticas que, até há bem pouco tempo, causavam-nos ascos e repulsas. Os deuses gregos, que os romanos vieram a tomar emprestados, não serviam de referência espiritual e moral a nenhum de seus adoradores, pois eram mais degradados e corruptos do que o mais corrupto e degradado dos homens. Haja vista o chefe de todos eles, fosse Zeus, na Grécia, ou Júpiter, em Roma. Esse “deus” libertino e sanguinário, que os indo-europeus chamavam de Dyàuṣpítaḥ, vivia a corromper donas de casa e donzelas por todas as cidades gregas e romanas. E, nas horas de ócio, que não eram poucas, jogavam seus adoradores uns contra os outros, promovendo desentendimentos e guerras.
Ao transitar pelos canais do televisor, para ver se ainda resta um programa respeitável, constatamos que as divindades do mundo clássico ressuscitaram e, agora, mais virulentas e lúbricas, tomam de assalto a todas as telas. Ostentando outros nomes e fantasias, fizeram-se mais exigentes que outrora; requerem o corpo, a alma e o espírito de todos os seus tolos e desavisados servos (ou escravos?). Este se apresenta como o deus da guerra: enaltece a violência e despreza a vida humana; e aquela, despudorada e espezinhando todos os valores cristãos, descobre-se como a deusa do sexo e, no sexo vil e sujo, enreda crianças, adolescentes e até gente idosa. 
Na verdade, tais divindades não foram criadas nem por Homero, nem por Hesíodo. Tais poetas limitaram-se a nomear os demônios que, a serviço de Satanás, vêm induzindo os seres humanos ao pecado, desde a Queda de Adão de Eva. Eles induziram Caim ao fratricídio; cegaram os olhos de Lameque para que, banalmente, matasse aqueles dois homens que, sem querer, nele esbarraram; e, insatisfeito, abriram os olhos desse mesmo Lameque, para que, desrespeitando a monogamia conjugal, tomasse duas mulheres como esposa. E, a partir desse evento, os “deuses” do sexo e da violência, vêm tomando o mundo de assalto. A situação só não está pior, porque a Igreja de Cristo, como o sal da terra e a luz do mundo, vem barrando, eficazmente, o avanço de Satanás e de seus demônios.
Vivemos numa civilização erótica e violenta. Nossos dias em nada diferem do período que antecedeu o Dilúvio, no qual as pessoas davam-se, sem quaisquer regras, às comidas, às bebidas e àquilo que chamavam de casamento. Viviam para pecar e pecavam para viver.
O sexo, hoje, é explorado sem pudor. Vai das modas e grifes mais degradantes que, indefinindo os sexos, lançam homens e mulheres à devassidão, aos quadrinhos e filmes que, ao apregoarem serem todas as coisas lícitas, mesmo as mais inconvenientes e nocivas, clamam por um novo julgamento universal. E, repetindo um slogan, que infelicitou a França, em 1968, os que a si mesmos intitulam-se formadores de opinião não cessam de matraquear: “É proibido proibir”. Ora, se tudo é permitido, a vida torna-se insustentável.
As marcas de nossa civilização em nada diferem da antediluviana: sexo e violência. Novelas, filmes e livros. Tudo se acha eivado pelas mesmas iniquidades e pecados que levaram o mundo antigo à destruição. 
2. A cultura do erotismo. Os deuses antigos demoravam, às vezes, de dois a três séculos para se tornarem nacional e internacionalmente conhecidos. Haja vista que o mundo do século IV, antes de Cristo, só veio a conhecer o panteão grego por meio das conquistas de Alexandre, o Grande (356-323 a.C.). A partir daí, os deuses da Grécia, com todas as suas tralhas ideológicas e comportamentais, espraiaram-se da Índia às fronteiras da Itália. 
No mundo pós-moderno, porém, os ídolos forjados nos estúdios de cinema e nos ateliês da moda tornam-se conhecidos, literalmente, de um dia para o outro. Basta um anúncio, na televisão, de apenas 30 segundo, para que surja um novo símbolo sexual — uma Afrodite renascida do inferno, ou um Apolo ressuscitado de alguma mente doentia. E, assim, o que era pecado outrora se torna, hoje, cultura.
A massificação do adultério, da fornicação, do homossexualismo e até da pedofilia levou a atual geração a tolerar o intolerável. No Sermão Profético, alertou-nos seriamente o Senhor Jesus: “E, por se multiplicar a iniquidade, o amor se esfriará de quase todos” (Mt 24.12, ARA). Isso significa que até mesmo nós, os filhos de Deus, corremos o risco de nos conformarmos perigosamente com o presente século (Rm 12.1,2). De repente, estamos a rotular de cultura o que a Bíblia chama de iniquidade.Sejamos firmes e santos, tendo o exemplo do justo e íntegro Jó sempre diante de nós: 
Fiz aliança com meus olhos;como, pois, os fixaria eu numa donzela?Que porção, pois, teria eu do Deus lá de cima e que herança, do Todo-Poderoso desde as alturas? Acaso, não é a perdição para o iníquo, e o infortúnio, para os que praticam a maldade? Ou não vê Deus os meus caminhos e não conta todos os meus passos?  (Jó 31.1-4, ARA)
Nem tudo o que é apresentado como cultura, arte, folclore e tradição corresponde a esses rótulos inofensivos. O Diabo sabe como vender seus produtos. E, para colocá-los na feira da concupiscência, utiliza-se de órgãos públicos, de escolas e até de igrejas. Saibamos como diferençar uma coisa da outra, pois o nosso compromisso é salgar e iluminar, com o Evangelho de Cristo, a sociedade na qual vivemos.     
3. A religião do erotismo. Assim como no mundo antigo a prostituição estava intimamente ligada aos cultos pagãos, o mesmo acontece hoje. Pelo que me consta, ainda não foram reerguidos os templos de Baal, de Hathor e de Afrodite. Entretanto, o sexo já vem sendo praticado, em muitos lugares, como oferenda declara e explícita a Satanás. Como se toda essa miséria não bastasse, não faltam teólogos para justificar, “biblicamente”, a prostituição, o adultério e o homossexualismo. Os tais, seguindo o exemplo de Balaão, abusam da teologia e da Palavra de Deus, para corromper o povo do Senhor.
Não obstante o fervor erótico da presente era, constatamos que as sociedades mais liberais, como as nórdicas, apresentam um preocupante declínio populacional; tendem a desaparecer se não reverterem imediatamente essa tendência. Nelas, cumpre-se a profecia de Oseias: “Comerão, mas não se fartarão; entregar-se-ão à sensualidade, mas não se multiplicarão, porque ao Senhor deixaram de adorar” (Os 4.10, ARA). Em nada diferem elas de Sodoma e Gomorra; conquanto desenvolvidas, ricas e prósperas, moralmente são miseráveis e podres. Nesses países, cresce não apenas o número de ateus, como também a cifra dos que se declaram inimigos do Deus Único e Verdadeiro. Apoiam o aborto, a eutanásia, o casamento de pessoas do mesmo sexo e, em alguns lugares, já defendem abertamente a pedofilia.
Já começam a aparecer igrejas evangélicas que, apresentando-se como inclusivas, não só acolhem, mas também justificam os que se entregam aos pecados sexuais. Ao torcerem as Escrituras, defendem o homossexualismo como se esta prática fosse o plano de Deus à humanidade. Hoje, vemos com tristeza e pesar, várias denominações, que, apesar de seu passado comprometido com a Palavra de Deus, já começam a consagrar pessoas declaradamente homossexuais ao ministério cristão.
Se não estivermos vigilantes e cuidadosos, a doutrina de Balaão entrar-nos-á de maneira sorrateira e disfarçada pelas igrejas, pervertendo os santos, exatamente como aconteceu durante a peregrinação de Israel pelo Sinai. Atentemos a esta advertência de Jesus à igreja de Pérgamo: “Tenho, todavia, contra ti algumas coisas, pois que tens aí os que sustentam a doutrina de Balaão, o qual ensinava a Balaque a armar ciladas diante dos filhos de Israel para comerem coisas sacrificadas aos ídolos e praticarem a prostituição” (Ap 2.14).
Não transformemos os nossos santuários em templos pagãos e dedicados aos pecados sexuais. Hoje, muitas igrejas são mobiliadas para terem aparências de casas noturnas: luzes apagadas, canhões luminosos, efeitos especiais, dança e sensualidade. Os gritos são ensurdecedores; a música, alucinante. Enfim, um desastre à espiritualidade de quem busca agradar a Deus. O que é isso senão a doutrina de Balaão? Esse profeta estrangeiro sabia que não podia amaldiçoar Israel, porque Israel, como povo do Senhor, já era abençoado. Sua maldição, por conseguinte, jamais atingiria os hebreus. Mas, como bom teólogo que era, Balaão usou a teologia para, teologicamente, amaldiçoar o povo do Senhor. Seu trabalho de feitiçaria não pega, o pecado certamente pegará.
E, assim, manipulando a revelação e a teologia que Deus lhe confiara, Balaão engendrou um meio para levar a maldição, a derrota e a morte ao arraial hebreu. Põe-se, então, a ensinar o amedrontado Balaque a espalhar, pelo acampamento hebreu, mulheres levianas e despudoradas, para que, brandindo seus encantos, induzisse os varões israelitas a comerem alimentados consagrados aos ídolos e a se prostituírem. E, como resultado dessa orgia e desenfreio, o Santíssimo Deus eliminou, dentre os filhos de Israel, num só dia, a 24 mil homens. 
À semelhança de Balaão, há “obreiros” que, em suas conferências e sermões, esboçados no inferno, e totalmente descomprometidos com a santificação do povo de Deus, buscam alternativas para inflar seus redis e inchar seus apriscos. Eles enchem suas igrejas de crentes desnutridos, enfermos e mortos. Ao invés de ensinarem a doutrina da santificação, tangem suas ovelhas com teologias ruins e putrefatas.
Quanto a nós, ensinemos ao povo de Deus que, sem a santificação, ninguém verá o Senhor (Hb 12.14). Por que transformar nossos templos em boates e casas noturnas? Em minha Bíblia, está escrito: “Fidelíssimos são os teus testemunhos; à tua casa convém a santidade, Senhor, para todo o sempre.” (Sl 93.5, ARA). Se não proclamarmos a doutrina da santificação às ovelhas e aos cordeirinhos de Jesus Cristo, não tomaremos parte no arrebatamento da Igreja. E, quando do Juízo Final, seremos lançados no lago de fogo. Que Deus tenha misericórdia de nós. Nós próximos tópicos, mostraremos qual o plano de Deus concernente à sexualidade humana.  
Texto extraído da obra “A Raça Humana: Origem, Queda e Redenção”, editada pela CPAD. 
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Adultos. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

quarta-feira, 29 de janeiro de 2020

Lição 05 - 1º Trimestre 2020 - Irmãos, presentes do Papai do Céu - Berçário.

Lição 05 - Irmãos, presentes do Papai do Céu 

1º Trimestre de 2020

Objetivo da lição: Suscitar nos bebês o amor aos irmãos e o desejo de viverem unidos.
É hora do versículo: “Como é bom viverem unidos os irmãos!” (Salmos 133.1).
Nesta lição, as crianças estudarão um pouco da história de Davi que tinha muitos irmãos e eles se amavam. Davi levava comida para seus irmãos que estavam na guerra e depois dava notícias deles ao seu papai. 
Após realizar todas as atividades propostas no manual do professor e caso haja tempo, imprima a folha abaixo e distribua para as crianças desenharem seus irmãos dentro do coração utilizando o giz de cera. Diga que os irmãos devem viver unidos e se amarem. Quem for filho único pode desenhar seus primos e amá-los como se irmãos fossem.
coracao licao5 jardim
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Berçário

Lição 05 - 1º Trimestre 2020 - O menino Jesus corre perigo - Maternal.

Lição 5 - O menino Jesus corre perigo 

1º Trimestre de 2020
Objetivo da lição: Que a criança aprenda que Deus sempre nos protege do perigo e que Ele fala conosco. 
Para guardar no coração: “[...] para que eles continuem a ter sempre a tua proteção.” (2 Sm 7.29).
Somos assim
“Conforme aumenta o entendimento que têm de Jesus, as crianças são capazes de apreender a mensagem simples de que o pecado quebra o relacionamento delas com Deus; de que Jesus, o Filho de Deus, morreu no lugar delas; de que precisam aceitar o que Jesus fez para viver com Ele para sempre. Quando ficam sabendo que Jesus morreu na cruz, querem saber por que isso aconteceu. Essa é uma grande oportunidade para fazê-las entender a salvação!
A criança no maternal não entende todos os aspectos da doutrina e o que significa seguir a Deus durante toda a vida, porém muitas crianças nessa idade pedem que Jesus entre em seu coração” (TRENT, John; OSBORNE, Rick; BRUNER, Kurt. Ensine sobre Deus às Crianças. Rio de janeiro: CPAD, 2007, p. 53, 54)
Subsídio professor
Prepare a sala para mais uma aula.  Cumprimente cada aluno com carinho e entusiasmo, anunciando que “hoje vamos aprender mais uma linda história a respeito do Amigo Jesus!” Receba-os segurando um guarda-chuva aberto. Provavelmente, as crianças perguntarão por que você está de guarda-chuva. Se não perguntarem, faça você mesmo a indagação: “Sabe por que estou de guarda-chuva?” O guarda-chuva serve para proteger-nos da chuva e também do sol. Estou com o guarda-chuva para lembrar que Deus nos protege de todas as coisas ruins.
Feche o guarda-chuva e depois, oriente os alunos a fecharem os olhos para agradecer ao Papai do Céu, que cuida de nós. Ore fazendo pausas para que repitam: “Papai do Céu, o Senhor é tão bom! Eu não preciso ter medo, porque o Senhor me protege de todas as coisas ruins. Obrigado por cuidar de mim. Em nome de Jesus, amém”.
Pegue novamente o guarda-chuva e o abra. Em seguida, pergunte às crianças: “Quem já sentiu medo alguma vez?” “Medo de que?” As respostas serão variadas: medo do escuro, de chuva, de trovão, de ficar em casa quando a mamãe vai trabalhar, de cachorro bravo, de ficar na creche, do papai brigar com a mamãe, do pai ou tio chegar bêbado, etc (nem todas vêm de famílias completamente salvas). Dê atenção particular a cada resposta, e assegure-lhes: O Papai do Céu é forte e poderoso. Ele protege você de todas as coisas ruins e que dão medo.
Comece a “brincadeira do guarda-chuva” com um de seus auxiliares, e depois repita-a com algumas das crianças que se oferecerem espontaneamente. A criança voluntária deve abrigar-se encolhida sob o guarda-chuva e atrás dele, como se fosse um escudo, enquanto as demais tentam atingi-la com bolinhas de papel ou isopor, aviõezinhos de papel, e borrifos de água (molhando a mão na vasilha de água).
Viu como a bolinha não acertou o Gabriel? Assim como o guarda-chuva o protegeu da bolinha, Deus protege você do trovão, do cachorro...  Viu como o aviãozinho não atingiu a Juliana? Assim também Deus protege você das pessoas malvadas... Borrife água no guarda-chuva: Viu como o chuvisco não molhou a Priscila? Da mesma forma, Deus protege você das doenças, dos acidentes... (Marta Doreto).
Até logo
Depois de repetir o versículo e o cântico do dia, encerre a aula com uma oração. Prepare as crianças para a saída. Quando os pais ou responsáveis forem buscar as crianças, recomende que, em casa, leiam a história bíblica de hoje para o(a) filho(a). Sugira que utilizem uma bíblia infantil. O texto bíblico da lição se encontra em Mateus 2.13-16, 19-23. 
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista de Maternal 

Lição 05 - 1º Trimestre 2020 - Irmãos, Presentes do meu Amigo - Jd. Infância.

Lição 05 - Irmãos, Presentes do meu Amigo 

1º Trimestre de 2020
Objetivos: Os alunos deverão compreender que os irmãos são bênçãos do Papai do Céu; e aprender que é a vontade do Papai do Céu que os irmãos sejam unidos e se amem. 
É hora do versículo: “Como é bom e agradável que o povo de Deus viva unido [...]!” (Sl 133.1).
Nesta lição, as crianças estudarão sobre a história de Davi que tinha muitos irmãos e amava todos eles a ponto de ir até um campo de guerra levando comida para eles e buscando saber como eles estavam.
Após realizar todas as atividades propostas no manual do professor e caso haja tempo, imprima a folha abaixo e distribua para as crianças desenharem seus irmãos dentro do coração utilizando giz de cera. Reforce dizendo que os irmãos são bênçãos do Papai do Céu e por isso devem ser unidos e se amarem. Esclareça que algumas crianças são filhos únicos e, nesses casos, os primos e os amigos mais chegados são como seus irmãos. Todos na igreja também são irmãos uns dos outros porque têm o Papai do Céu como o Pai! Os irmãos, os primos, os amigos e os irmãos em Cristo são importantes em nossa vida para não ficarmos sozinhos.
coracao licao5 jardim
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Jardim de Infância

Lição 05 - 1º Trimestre 2020 - O Amigo Oculto - Juniores.

Lição 5 - O Amigo Oculto 

1º Trimestre de 2020
Texto Bíblico – João 3.1-21.
Prezado(a) professor(a),
Na aula desta semana seus alunos conhecerão mais um personagem bíblico que teve um encontro muito curioso com Jesus. Seu nome era Nicodemos, um grande sábio, doutor da lei, alguém muito estimado entre os judeus. Como todo bom estudioso das Escrituras Sagradas, Nicodemos procurou nos escritos proféticos tudo o que se dizia a respeito do futuro de Israel. Depois de muito insistir, Nicodemos encontra em Jesus as respostas para as perguntas que tanto o inquietavam.
Como era um homem muito conhecido e próximo da liderança judaica, Nicodemos foi procurar Jesus secretamente para que não fosse notado pelos outros judeus e, assim, considerado um traidor. Acontece que tudo o que Nicodemos entendia das Escrituras fazia muito sentido na pessoa de Jesus Cristo. Esse também foi um dos motivos pelos quais o doutor da lei procurou Jesus para tirar suas dúvidas. 
Ao entardecer, Nicodemos encontra-se com Jesus e o elogia dizendo que Ele era um mestre vindo da parte de Deus, tendo em vista que muitos milagres se faziam por intermédio de suas mãos. Sem muito rodeio, Jesus interrompe as palavras de Nicodemos e vai direto ao assunto: “Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus” (Jo 3.3b). A princípio, Nicodemos não entendeu o que Jesus disse, mas estava prestes a aprender uma das maiores lições encontrada na Bíblia: o “Novo Nascimento”. O encontro com Jesus deslocava Nicodemos a compreender que a libertação e transformação que Israel tanto precisava não consistia em obter um governo soberano no mesmo modelo dos dias de Davi, e sim alcançar a libertação do pecado e um novo coração para servir a Deus com sinceridade.
A pessoa que, de fato, conhece a Jesus, experimenta uma transformação maravilhosa em sua maneira de pensar e sentir, de tal modo, que isso se descobre em seu comportamento. Significa que a pessoa passou da morte para a vida, e o estilo de vida que agora vive tem como finalidade agradar o coração de Deus (cf. Gl 2.20).
Quem já teve um encontro com Jesus e experimentou o novo nascimento não sente vergonha de dizer que é crente em Jesus. Essa é a maior lição que seus alunos deverão aprender com a história de hoje. E não agir como Nicodemos, que apesar de crer em Jesus e compreender que Ele verdadeiramente era alguém que veio da parte de Deus, ainda assim procurou o Mestre secretamente com medo de sofrer retaliações da parte dos judeus. Quando a pessoa entrega totalmente o seu coração a Cristo não sente vergonha de dizer que é cristão. Pelo contrário, sente prazer em ser reconhecido como alguém que segue a Jesus e o serve com alegria. Explique aos seus alunos que eles não precisam sentir-se envergonhados na escola, na vizinhança, entre os amigos ou em qualquer lugar pelo fato de serem servos de Deus. Mostre-lhes que servir a Deus e fazer parte do seu povo é um privilégio. 
Para reforçar o ensinamento da lição de hoje, sugerimos a seguinte atividade: leve para a sala de aula, diversos objetos encontrados em casa (pode ser: pente, caneta, barbante, quadro, copo, caderno, livro, colher, etc.). Coloque em uma caixa ou sacola e peça para cada aluno retirar um objeto. Em seguida, os alunos deverão falar tudo o que sabem sobre o devido objeto. O que é; para que serve; que cuidado devem ter em contato com esse objeto e qualquer informação relevante.
Esse tipo de atividade servirá para você, professor, conhecer melhor as características mais específicas de seus alunos, além de ajudá-los a perder a timidez quando precisarem explicar o que sabem a respeito de alguma coisa. Inclusive, este exercício ajudará seus alunos a perderem a timidez quando tiverem de testemunhar o que sabem sobre Jesus e porque é tão importante reconhecê-lo como Salvador pessoal. 

Lição 05 - 1º Trimestre 2020 - Eu me Arrependo - Pré Adolescentes.

Lição 5 - Eu me Arrependo 

1º Trimestre de 2020
A lição de hoje encontra-se em: Mateus 6.6-15; Jonas 1—3.
Caro(a) professor(a),
Na lição desta semana seus alunos conhecerão mais uma etapa do plano de Deus para salvar o ser humano da condenação eterna. Essa etapa recebe o nome de arrependimento, uma prática importante que envolve a ação do Espírito Santo em nos convencer do erro e nos mostrar o caminho certo que agrada a Deus.
Quando somos convidados a crer no sacrifício de Jesus Cristo para nos salvar e o reconhecemos como nosso único, exclusivo e suficiente Salvador, Deus sela uma aliança conosco. Nesta aliança Ele promete cuidar de nós para que estejamos preparados para o grande Dia em que teremos de nos encontrar com Ele face a face (1 Ts 5.23,24).
Como ocorre em toda aliança, ambas as partes devem cumprir com o que foi combinado no momento em que a aliança foi selada. Em nosso caso, devemos cumprir a parte que nos cabe de forma obediente a fim de mantermos firme o compromisso com Deus. Sendo assim, o arrependimento é a resposta do homem à ação do Espírito Santo em seu coração.
Infelizmente, nos dias atuais, há pessoas que são resistentes à Palavra da Verdade. Deus fala de diversas maneiras a fim de chamar o ser humano ao arrependimento. No entanto, alguns não querem obedecer, o que entristece muito ao Espírito Santo. A Bíblia declara que se ouvirmos a voz de Deus não devemos endurecer o nosso coração (cf. Hb 3.7,8). Quem endurece o coração para ouvir o que Deus tem a ensinar, infelizmente, acaba trazendo consequências desastrosas para sua vida, porquanto, há caminhos que parecem corretos aos olhos dos homens, mas, ao final, resultam em tristeza e morte (cf. Pv 14.12). 
O que Deus espera de cada pessoa é o arrependimento. Ele conhece a estrutura humana e sabe que não há nenhuma pessoa que tenha vivido muitos anos e nunca tenha pecado. Somente Jesus conseguiu realizar este grande feito. Por isso que somente Ele pode receber o nome de Filho Unigênito de Deus. Quanto a cada um de nós devemos nos arrepender e este deve ser um ato contínuo. A cada dia devemos reconhecer que não podemos ser salvos por conta próxima. Precisamos da graça divina para que alcancemos o perdão e assim sejamos purificados de toda injustiça.
Então, o que significa “arrependimento”? De acordo com a Bíblia de Estudo Pentecostal (1995, p. 1389): “O significado básico de arrependimento (gr. metanoeo) é ‘voltar-se ao contrário’; dar uma volta completa. Trata-se de abandonar os maus caminhos e voltar-se para Cristo e, através dEle, para Deus (At 8.22; 26.18; 1 Pe 2.25; Jo 14.1,6)”. Sendo assim o arrependimento é necessário, pois sem arrependimento não alcançaremos a remissão de nossos pecados, embora seja desejo do coração de Deus nos perdoar e salvar.
Para complementar o ensinamento da lição, compartilhe com seus alunos a seguinte atividade:
Distribua folhas de papel A4 para cada um de seus alunos e peça que escrevam a palavra pecado com letras maiúsculas em tamanho grande no centro da folha. Em seguida, peça que amassem a folha até formar uma bolinha de papel. Depois, peça que desamassem a folha e tentem deixá-la do modo como estava antes desse processo. É óbvio que eles não vão conseguir. Aproveite para explicar que assim o pecado faz em nossas vidas. Por mais que tentemos não conseguimos remover as marcas causadas pelo pecado. Mas graças a Deus por Jesus Cristo, pois crendo nEle, podemos receber o perdão divino e nascer de novo para viver uma nova vida de santidade e comunhão com o Criador.

Lição 05 - 1º Trimestre 2020 - A Unidade na Diferença - Adolescentes.

Lição 5 - A Unidade na Diferença 

1º Trimestre de 2020
ESBOÇO DA LIÇÃO
1 – O PAI E O FILHO SÃO UM
2 – NÃO SOMOS DO MUNDO
3 – PARA QUE TODOS SEJAM UM
4 – PARA QUE O MUNDO CONHEÇA JESUS
OBJETIVOS
Destacar que o Pai e o Filho fazem parte de uma unidade composta;
Demonstrar que não pertencemos a este mundo do mesmo modo que Cristo não pertenceu;
Apontar que a vontade de Deus é que tenhamos um relacionamento unificado com Ele.
Professor, professora, recobrar o conteúdo da lição anterior e recapitular brevemente lições mais remotas é um exercício pedagógico importantíssimo para o aprendizado do aluno da Escola Dominical. Por isso, refresque a memória dos alunos a respeito da lição passada por meio do esquema abaixo:
1 – MARTA E MARIA
2 – JESUS AMAVA SEUS AMIGOS
3 – O MILAGRE DA RESSURREIÇÃO
4 – TIRAI A PEDRA!
Mostre que na lição passada a característica de lealdade na amizade cristã foi assunto central da aula. Nesta semana, estudaremos um tema que é um desdobramento da temática da lição passada: a Unidade na Diferença.
Professor, professora, sugerimos introduzir a lição com o texto abaixo:
Cristãos sofrem perseguição de todos os lados no Paquistão
Segundo Portas Abertas, o país é o 5º na Classificação a Perseguição Religiosa 2018
Shahzad não sabe ler e não sabe o que a Bíblia diz; também não sabe o significado da palavra ‘salvação’, mas é discriminado por ser cristão. Shahzad é um nome reconhecidamente cristão e significa “filho do Rei”. Por causa do seu nome, muitas ofertas de trabalho lhe foram negadas e pagamentos não recebidos quando descobriam sua religião.
Shahzad é um dos muitos nascidos em uma família cristã, mas que não têm acesso à igreja ou comunhão do corpo de Cristo. Seu pastor o visita ocasionalmente para orar com ele, mas raramente há algum estudo bíblico. Somente em seu vilarejo há cerca de 300 cristãos na mesma condição que ele.
O cristão perseguido trabalha em fazendas ou em construção, com salários extremamente baixos, chegando a um dólar por dia. “Aqui você enfrenta problemas de segurança, injustiça e dívidas regularmente e luta para manter a lenha para o fogão em casa para que sua família possa ter uma refeição por dia. Em alguns dias só há o suficiente para uma criança comer”, conta Shahzad.
Ele também é ciente da perseguição na vida dos filhos: “Eles não podem ir à escola e nem mesmo brincar no playground por ser cristãos”. Um pesquisador da ALIVE, organização parceira da Portas Abertas, afirma: “Para uma pessoa como Shahzad, a escola cristã mais próxima é em uma cidade a cerca de 30 quilômetros de onde mora. Então ele não tem outra opção a não ser baixar a cabeça e trabalhar por um futuro para sua família”.
Eles têm apenas uma certeza na vida: de que não são Muçulmanos 
A estimativa oficial de cristãos “com igreja” no país é de 3,9 milhões, mas pesquisadores da ALIVE, acreditam que haja mais de 5 milhões de “cristãos sem igreja” ou “cristãos não-alcançados”. O que sabemos com certeza é que o número de cristãos sem acesso a discipulado e estudo bíblico é extremamente alto.Por outro lado, a falsa esperança é oferecida em todos os lugares. Os muçulmanos fazem promessas de uma vida melhor aos cristãos que se convertem ao islamismo. A razão pela qual a maioria dos “cristãos sem igreja” não se converte ao islã é porque eles têm apenas uma certeza na vida: de que não são muçulmanos.” (Texto extraído do site de notícias CPADNEWS. Conteúdo disponível em: http://www.cpadnews.com.br/universo-cristao/42964/cristaos-sofrem-perseguicao-de-todos-os-lados-no-paquistao.html. Acesso em 25 de Jan. de 2018).
O texto diz respeito à perseguição dos cristãos em países islâmicos. A reportagem mostra a dificuldade de o cristão em estar reunido na comunhão com pessoas que professam a mesma fé dele. Faça a transposição dessa imagem para sua classe, perguntando: “Damos o devido valor à reunião de comunhão com outros irmãos, algo que qualquer cristão perseguido anelaria?”.
Boa aula!  
Marcelo Oliveira de Oliveira
Redator do Setor de Educação Cristã da CPAD 

Lição 05 - 1º Trimestre 2020 - Obadias – a Soberana Vontade de Deus - Juvenis.

Lição 5 - Obadias – a Soberana Vontade de Deus 

1º Trimestre de 2020
“Os olhos do Senhor estão em todo lugar, contemplando os maus e os bons” (Pv 15.3).
OBJETIVOS
Enfatizar a importância da comunhão;
Justificar a vontade soberana de Deus;
Mostrar que a soberba conduz à destruição.
ESBOÇO DA LIÇÃO1. CONTEXTO HISTÓRICO
2. ESTRUTURA DO LIVRO
3. A MENSAGEM DE OBADIAS
Querido (a) professor (a), através do estudo do livro de Obadias, vamos aprender importantes lições, não apenas para melhor compreensão deste profeta ou trecho das Sagradas Escrituras, como também e principalmente para aplicá-las às nossas vidas hoje. Comunhão, confiança em Deus e humildade serão temas chaves da nossa próxima aula.
Em meio a tempos de tantas injustiças, crueldades e desigualdades revela-se ainda mais importante crer e confiar na soberania do Altíssimo. Isto não quer dizer, entretanto, que devemos ser passivos frente a estas mazelas. Pelo contrário, afinal como tantas vezes nós mesmos oramos pedindo, e o Senhor se apraz em nos usar para cumprir os seus propósitos, sermos Cristo na terra, anunciando sua mensagem de amor e salvação, em palavras e, sobretudo, em atitudes. Portanto, enquanto aguardamos o agir de Deus em punir os cruéis deste mundo, cabe a nós denunciar suas crueldades, combatê-las e cuidar daqueles que por ela são atingidos.
Outro ponto importante e muito contemporâneo que temos por objetivo elucidar nesta lição é acerca do servo do Senhor se gloriar na dor humana – ainda que esta seja sobre seus “inimigos”. Apesar de um cenário político que incita o prazer na violência com frases de efeito como “bandido bom é bandido morto”, temos de constantemente de nos submeter à penetrante Palavra do Espírito Santo, que nos convence dos nossos próprios pecados, e nos comissiona a pregar o amor de Deus ao PERDIDO. 
Como JESUS disse: Os sãos não necessitam de médico, mas, sim, os que estão doentes; eu não vim chamar os justos, mas, sim, os pecadores ao arrependimento. (Marcos 2.17). Sob a ótica atemporal do Evangelho bandido bom é bandido convertido! 
A nossa luta continua não sendo contra pessoas, isto é carne ou sangue, mas sim contra principados e potestades, as hostes espirituais da maldade (Cf. Ef 6.10-12).
Reforce estas importantes lições para sua classe, como bem pontua o nosso escritor Ciro Zibordi no texto abaixo, deixando-nos uma reflexão extremamente necessária atualmente acerca do livro de Obadias. 
[...] Há cristãos (cristãos?) que elegem até irmãos como inimigos e alegam ter motivos “nobres” para se regozijarem com o aparente fracasso deles. Que tipo de vida cristã é essa?”
No menor livro do Antigo Testamento (Obadias) há grandes lições. Uma das perguntas que ele responde é a seguinte: Qual deve ser a nossa reação quando vemos um inimigo enfrentando um infortúnio?
Segundo a Bíblia, os nossos reais inimigos são os principados, as potestades, as hostes espirituais da maldade, os príncipes das trevas deste século, e não as pessoas (Ef 6.10-12). 
[...] Obadias pregou numa época em que a cidade de Jerusalém estava sob o ataque violento da Babilônia. E os vizinhos de Jerusalém, os edomitas, estavam torcendo para que os exércitos inimigos os matassem e os destruíssem, como lemos em Salmos 137.7: “Lembra-te, SENHOR, dos filhos de Edom no dia de Jerusalém, porque diziam: Arrasai-a, arrasai-a, até aos seus alicerces”.
Ao que o Senhor disse: “Mas tu não devias olhar para o dia de teu irmão, no dia do seu desterro; nem alegrar-te sobre os filhos de Judá, no dia da sua ruína; nem alargar a tua boca, no dia da angústia”. (Obadias 12)
Observe que as aludidas palavras de escárnio e desprezo, mencionadas em Obadias v.12, foram pronunciadas por parentes consanguíneos dos judeus! 
Afinal, os edomitas eram descendentes de Esaú, irmão de Jacó. E, por isso, Obadias condenou os edomitas por se regozijarem com o sofrimento dos judeus.
Ao final, os filhos de Edom, que pensavam estar comemorando uma vitória com sabor de mel, experimentaram, na verdade, uma derrota com sabor de fel.
Portanto, se alguém que nos tem prejudicado, de alguma maneira, está sofrendo, não devemos, como servos do Senhor, ter o prazer da vingança. 
As Escrituras nos ensinam: “Quando cair o teu inimigo, não te alegres, e não se regozije o teu coração quando ele tropeçar” (Pv 24.17).
Em vez de zombarmos do suposto fracasso de alguém, devemos manter uma atitude de compaixão e perdão, pois “Horrenda coisa é cair na mão do Deus vivo” (Hb 10.31). E é isso que estão buscando os crentes que cantam “Tem sabor de mel, tem sabor de mel” ao verem sofrendo o seu irmão (que eles consideram inimigo).
O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula.
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Juvenis da CPAD