quarta-feira, 4 de julho de 2012

LIÇÃO 2 - 3º TRIM. 2012 - A ENFERMIDADE NA VIDA DO CRENTE.


Lição 02

A ENFERMIDADE NA VIDA DO CRENTE

08 de julho de 2012  

TEXTO ÁUREO  


O Senhor o assiste no leito da enfermidade; na doença, tu lhe afofas a cama (Sl 41.3 - ARA)
“Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e orem sobre ele, ungindo-o com azeite em nome do Senhor;”. 
(Tiago 5.14
)




VERDADE PRÁTICA


Deus nem sempre cura as nossas enfermidades, mas concede-nos forças para que, mesmo no leito de dor, continuemos a glorificar o seu nome.  

COMENTÁRIO DO TEXTO ÁUREO  


O Senhor o assiste no leito da enfermidade; na doença, tu lhe afofas a cama (Sl 41.3 - ARA)
O texto áureo desta lição 2 está inserido no livro dos Salmos - Salmo 41. O Salmo 41 é de autoria de Davi, o rei de Israel. O Salmo 41 inicia enaltecendo e declarando ser abençoado aquele que atende ao pobre. No versículo 2, declara que o Senhor livra e conserva em vida, quem acolhe o necessitado e então vem o nosso texto áureo, que parafraseado fica assim: “O Senhor cuida dele no leito da enfermidade; na doença, o Senhor lhe restaura a saúde”.
Assim nos três primeiros versículos do Salmo 41 temos sete bênçãos encartas a favor dos que atendem  aos pobres:

1.- será bem aventurado; 2.- será livre no dia do mal; 3.- será conservado em vida; 4.- será abençoado na terra;
5.- não será entregue a vontade dos seus inimigos; 6.- será sustentado no leito da enfermidade; 7.- a sua saúde será restaurada. 
A Bíblia Anotada da Editora Mundo Cristão em sua nota sobre o Salmo 41 declara: “Este desenvolvimento davídico da bem-aventurança mais tarde registrada em Mateus 5.7, inclui a instrução da congregação, quanto ao fato de que os misericordiosos receberão misericórdia (vv. 1-3), relembrando sua experiência com aqueles que não lhe mostraram misericórdia (vv. 4-9) e louvando a Deus, que o fez (vv. 10,12)”. 
O Senhor o assiste no leito da enfermidade; na doença, tu lhe afofas a cama (Sl 41.3 - ARA)Em muitas situações o Senhor, nosso Deus e Pai, permite que a doença bata a porta de nossa vida para que em nós “se manifestem as obras de Deus” (Jo 9.3). O importante não é simplesmente conhecer as causas bem como os por quês, mas saber que na hora da enfermidade podemos contar com o conforto divino, com o Espírito Santo, nosso Consolador: “O Senhor o assiste no leito da enfermidade”, essa é a maravilhosa promessa do Pai.

“Tu lhe afofas a cama” - a palavra hebraica hafak, usada na tradução como “afofas”, quer dizer literalmente “virar”, “trocar”. A idéia, sugerida aqui pelo termo original, é o conforto que o doente experimenta quando lhe é trocada a cama.  Um dos atos mais admiráveis na atuação de um enfermeiro e seus ajudantes é quando eles trocam a roupa de cama de um paciente deitado, sem que este sofra desconforto.
Podemos irmão compreender o que o Pai está dizendo? Ele transformará o leito do sofrimento. Ele não promete sempre curar, mas promete proporcionar alívio, conforto, carinho e atenção ao doente e seus familiares. “Não vos sobreveio nenhuma tentação, senão humana; mas fiel é Deus, o qual não deixará que sejas tentado acima do que podeis resistir, antes com a tentação dará também o meio da saída, para que possais suportar” (1 Co 10.13).  

RESUMO DA LIÇÃO 02  


       A ENFERMIDADE NA VIDA DO CRENTE  

I. A ORIGEM DAS ENFERMIDADES

1. A queda e as enfermidades.

2. Provados pelas enfermidades.

3.- Enfermidades de origem maligna.  

II. AS DOENÇAS DA VIDA MODERNA

1.- Depressão.

1.2.- Testemunho sobre a depressão.

2.- Síndrome do medo.

3.- As doenças psicossomáticas.  

III. O QUE FAZER DIANTE DA DOR E SOFRIMENTO

1. Não culpar ou questionar Deus.

2. Confiar em meio à dor.

3. A esperança de um milagre.

INTERAÇÃO  


Quem não gostaria de desfrutar de uma vida saudável e livre de enfermidades? Sabemos que enquanto vivermos em um corpo corruptível, por mais que venhamos cuidar da nossa saúde e bem-estar, estaremos sujeito as doenças e as intempéries desta vida. Somente estaremos livres, para todo o sempre, o dia em que recebermos um corpo glorificado, não mais sujeito a morte (1 Co 15.52). Essa é a nossa viva esperança!  

OBJETIVOS 

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

·   Explicar a origem das enfermidades.

·   Discutir a respeito das principais doenças da vida moderna.

·   Conscientizar-se do que devemos fazer diante da dor e do sofrimento.  

INTRODUÇÃO  


Na Bíblia encontramos várias referências de cura divina. Então “por que nem todas as pessoas são curadas?”.
Deus é imutável e poderoso para curar toda enfermidade, todavia, Ele é soberano e tem a hora certa para curar.
Deus não é insensível ao sofrimento dos seus filhos. Ainda no leito de dor, podemos experimentar a bondade e o amor de Deus. Nessa lição, veremos que pessoas santas e fiéis ao Senhor padeceram por causa de doenças e enfermidades, mas pela fé receberam forças para vencer o sofrimento. A Palavra de Deus garante-nos que um dia, nós os salvos em Jesus Cristo, seremos transformados, receberemos um novo corpo e nunca mais morreremos (1 Co 15.52). Todavia, enquanto estivermos nesse mundo, vivendo em um corpo corruptível, estaremos sujeitos a dores e enfermidades. Muitos cristãos, equivocadamente, acreditam que a enfermidade na vida do crente sempre é fruto de algum pecado oculto ou até mesmo obra do Diabo, mas raramente essas são as reais causas (Jo 11.4). 

Palavra Chave
Enfermidade: 
Doença, ou outra causa que produza fraqueza. 

I. A ORIGEM DAS ENFERMIDADES  

1. A queda e as enfermidades. Muitas pessoas insistem em afirmar que o crente fiel jamais pode ser acometido por enfermidades. Porém, a Bíblia menciona diversos casos de homens tementes a Deus que sofreram com as enfermidades. A pergunta então é inevitável: Qual é a origem das doenças, já que Deus não criou o homem para enfermar ou morrer? Antes da queda, Adão desfrutava de uma saúde perfeita e deveria viver eternamente em comunhão com o Criador. Mas ele pecou, desobedecendo a Deus. Como o “salário do pecado é a morte”, Adão enfermou no corpo, na alma e no espírito (Rm 6.23 cf. Gn 3.19).
A enfermidade é consequência direta desse rompimento da relação entre Deus e a humanidade, e não deve ser confundida com a vontade do Todo-Poderoso. Todavia, isso não significa que toda vez que uma pessoa adoece é porque está em pecado. Certa vez, diante de um homem cego, os discípulos de Jesus perguntaram-lhe: “Rabi, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego?” (Jo 9.2). Eles acreditavam que a cegueira daquele homem era resultado de alguma desobediência específica.
Porém, Jesus lhes disse: “Nem ele pecou, nem seus pais; mas foi assim para que se manifestem nele as obras de Deus” (Jo 9.3). Pode parecer estranho aos nossos olhos, mas aquela enfermidade era para que o nome de Jesus fosse glorificado. Quem sabe você não está sendo acometido de alguma doença para que o nome do Senhor seja glorificado na sua vida? 
2. Provados pelas enfermidades. Quem não quer desfrutar de uma boa saúde? Algumas enfermidades geram limitações que nos impedem até mesmo de realizarmos a obra do Senhor. Porém, o Pai Celeste permite algumas vezes que sejamos provados para que a nossa fé cresça mediante uma maior experiência e comunhão com Ele. O corpo pode estar debilitado pela doença, mas o espírito, como resultado da confiança em Deus, está forte. Na Bíblia, temos muitos exemplos de homens fiéis que foram acometidos por enfermidades: - Ezequias (2 Rs 20.1-11); - Jó (Jó 1.1-22); -  Timóteo (1 Tm 5.23).
Nos momentos de dor e aflição, corra para os braços do Pai Celeste! Muitos pensam que chorar é sinal de fraqueza, mas não o é. Chore, e coloque diante do Senhor toda a sua dor e sofrimento (1 Pe 5.7). Deus é o dono da vida. A palavra final é sempre dEle! 
3. Enfermidades de origem maligna. Existem enfermidades cuja origem é maligna? Sim, a Bíblia relata vários casos (Mc 9.17; Lc 13.10-17). Porém, o inimigo das nossas almas não pode tocar na vida e na saúde de ninguém sem a permissão de Deus (Jó 2.6). A enfermidade física não significa necessariamente que alguém esteja experimentando alguma forma de “possessão demoníaca” (1 Jo 5.18; 2 Ts 3.3).  

SINOPSE DO TÓPICO (I) 
Deus não criou o homem para enfermar ou morrer. A enfermidade é consequência direta do rompimento da relação entre Deus e a humanidade. 

II. AS DOENÇAS DA VIDA MODERNA  

1. Depressão. É comum as pessoas confundirem depressão com tristeza. Contudo, existe uma grande diferença.
A depressão não é somente uma tristeza, embora o desalento, sem uma causa aparente, seja um dos seus muitos sintomas. A depressão é uma doença. Chegou a ser considerada por alguns especialistas como a doença do século. Vários são os fatores que podem causá-la: medicamentos, doenças físicas, período pós-parto, etc. Muitos ainda teimam em afirmar que o crente jamais fica deprimido, porém, basta ler a Bíblia para encontrar casos em que servos de Deus enfrentaram essa terrível enfermidade (1 Rs 19.4,9,10). Caso você também esteja passando por um período de depressão, não se constranja. Ore ao Senhor e não deixe de procurar ajuda médica (Mt 9.12). 

1.2-Testemunho sobre a depressão:  “A descida até a depressão
Quando sentimentos de dor e raiva, de tristeza e sofrimento vêm à tona, eles podem nos empurrar para as trevas da depressão. Julie, de novo, descreve como isso aconteceu com ela: Por anos senti uma profunda depressão. Obviamente, essa não era minha ideia de cura. Na época, senti-me como se andasse ‘para trás’, em vez de ‘para frente’.

Não podia falar, exceto para orar. Em três meses, perdi 22,5 quilos. De maneira estranha, mesmo apesar de conhecer a esperança de Cristo, meu coração estava privado de esperança. A tristeza e o sofrimento continuavam brotando em mim, e a princípio, parecia que não havia fim para isso. As pessoas que se encontram em trevas densas, com frequência, precisam ver um médico ou psiquiatra que podem prescrever antidepressivos. Em alguns casos, elas podem, até mesmo, precisar de hospitalização.
 “Acima de tudo, elas precisarão de rede de apoio — membros da família e amigos, pequenos grupos da igreja, um pastor ou conselheiro — para guiá-las, encorajá-las e, mais que tudo, amá-las ao longo do negro túnel da dor”
 (SEAMANDS, S. Feridas que Curam: Levando Nossos Sofrimentos à Cruz.1.ed., RJ: CPAD, 2006, p.132).  

2. Síndrome do pânico. A síndrome é basicamente um conjunto de sinais e sintomas que pode ser produzido por mais de uma causa. Quem padece da síndrome do pânico — um pavor repentino e incontrolável — apresenta os seguintes sintomas: taquicardia, sudorese, aumento da pressão arterial e tontura. É preciso muita oração, apoio da família e da igreja, além de tratamento médico especializado. Recitar textos bíblicos que falam a respeito da segurança em Deus ajuda aqueles que estão enfrentando o problema (Sl 3.5). Deve, porém, ficar claro que a síndrome do pânico é uma doença, logo não significa falta de fé ou covardia.  

3. As doenças psicossomáticas. As doenças psicossomáticas manifestam-se quando os desajustes do sistema emocional transformam-se em doenças físicas. Estando o sistema emocional abalado, possivelmente haverá reflexos no corpo. A pessoa emocionalmente fragilizada ou estressada pode vir a ter dor de estômago, insônia, fadiga, artrite e dores de cabeça. As causas de tais sintomas não se encontram em nosso físico, mas na mente.
A fé em Jesus Cristo e na sua Palavra é um excelente remédio para ajudar-nos a manter a saúde física e mental.
Orar e meditar na Palavra de Deus também é uma forma eficiente de cuidado com a saúde (Pv 4.20-22). 

SINOPSE DO TÓPICO (II) 
O crente fiel não está imune a depressão, síndrome do pânico ou as doenças chamadas psicossomáticas.  

III. O QUE FAZER DIANTE DA DOR E SOFRIMENTO  

1. Não culpar ou questionar a Deus. Muitos crentes ao enfrentar uma enfermidade culpam ao Senhor e, martirizando-se, questionam: “Por que Deus?”. Assim agiu o rei Ezequias, mas Deus acrescentou-lhe mais quinze anos (Is 38.5). Contudo, durante esse período de sobrevida, ele cometeu um de seus maiores erros (Is 39.1-8). Não podemos nos esquecer de que somos pó e que um dia ao pó haveremos de retornar (Gn 3.19). Diante da vontade do Todo-Poderoso, portemo-nos humildes e não autossuficientes. 

2. Confiar em meio à dor. A dor e o sofrimento não devem afastar-nos da presença do Pai Celeste; ambos devem servir para que aprendamos a confiar ainda mais no Senhor. Até mesmo diante da morte, o crente verdadeiro pode temer, todavia, não se assombra e continua a confiar: “Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque tu estás comigo [...] (Sl 23.4 — ARA)”.  

3. A espera de um milagre. Deus é imutável! Ele continua a operar milagres e maravilhas. Todavia, não podemos nos esquecer da sua soberania. Ele opera quando quer e a sua maneira de agir é única. Não desista, continue a confiar no poder do Altíssimo, pois sua esperança não será frustrada (Pv 23.18).
O homem sem Deus desconhece o seu futuro, mas o crente tem a certeza da vida eterna e sabe que o Todo-Poderoso jamais nos deixará: “O Senhor conhece os dias dos retos, e a sua herança permanecerá para sempre” (Sl 37.18). 
SINOPSE DO TÓPICO (III) 
A dor e o sofrimento não devem nos afastar de Deus, mas devem servir para que aprendamos a confiar ainda mais no Senhor.  

CONSIDERANÇÕES FINAIS  

O crente não está imune as enfermidades. Mas a nossa vitória sobre as doenças está na confiança em Deus. Ele nos ama e jamais nos abandona em meio à dor e ao sofrimento. Se você tem sido assolado pelas enfermidades, não se desespere!
Confie no Senhor e ouça a sua voz: “Não temas, pois, porque estou contigo” (Is 43.5).  

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA  


JOHNSON, B. Como Receber a Cura Divina: A bênção dos que têm a Jesus como o médico da alma e do corpo. 2.ed., RJ: CPAD, 1995. HORTON, S. Teologia Sistemática: Uma perspectiva pentecostal. 1.ed., RJ: CPAD, 1996.


sexta-feira, 29 de junho de 2012

LIÇÃO 1 - 3º Trim. 2012 - No Mundo Tereis Aflições.


Lição 01
NO MUNDO TEREIS AFLIÇÕES
01 de julho de 2012 

TEXTO ÁUREO

Tenho-vos dito isso, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições,
mas tende bom ânimo; eu venci o mundo (Jo 16.33)

VERDADE PRÁTICA

Mesmo sofrendo as consequências da queda, sabemos que Deus está no controle de todas as coisas.  

COMENTÁRIO DO TEXTO ÁUREO  

Tenho-vos dito isso, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições,
 mas tende bom ânimo; eu venci o mundo (Jo 16.33)

Nosso primeiro texto áureo deste 3º trimestre (julho/agosto/setembro) está inserido no capítulo 16 do Santo Evangelho Segundo escreveu São João, após falar sobre o Consolador, o Senhor Jesus dá as palavras de despedida.
Essas palavras do Senhor nos faz lembrar dos ensinos Dele, iniciados no décimo terceiro e no décimo quarto capítulos deste evangelho, onde o Senhor Jesus conforta os seus discípulos materializando o  amor, falando do novo mandamento e prometendo o Consolador. 
Tenho-vos dito isso, para que em mim tenhais paz;...” – passagem similar a esta encontramos em João 14.27 onde Senhor Jesus declara: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou...”.
Paz, na língua grega é eirene e na língua hebraica é shalôn, é diferente de ausência de guerras. A verdadeira paz, conforme Nm 6.26 e Ef 2.14, é adquirida através do favor de nosso Senhor Jesus Cristo, o Príncipe da Paz (Is 9.6). Para obter a verdadeira paz com Deus é necessário desfrutar da justificação pela fé em Cristo (Rm 5.1).
O contexto desse versículo é extraordinário, pois Jesus estava diante de um pequenino grupo de discípulos, que em breve estariam só no mundo, diante de perseguidores, diante da implacável fúria assassina do maligno, da zombaria e das tribulações da vida,  o que o Senhor poderia deixar para eles, qual seria sua herança, o seu legado, Ele não tinha nenhum bem material, uma casa, um tesouro escondido, nem mesmo suas vestes Ele poderia deixar, uma vez que os soldados se apoderariam delas, não havia nada de material, nenhum bem que a nossa sociedade entende ser precioso. Qual foi então o legado que Jesus deixaria para seus discípulos? Existia sim, algo que o Senhor Jesus deixaria: "Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize" (Jo 14.27).
A paz dada por Jesus, ultrapassa qualquer “tranqüilidade mental” desesperadamente procurada pelo mundo hoje, não se obtém através de exercícios de relaxamento, como ioga e outras práticas mentais, a paz que o Senhor Jesus nos dá é um presente celestial, é um contato de Deus com a alma, por intermédio do Espírito Santo. O Espírito Santo nos acalma a alma, tranqüiliza a nossa alma, é um dom divino. Glória a Deus. O mundo não pode propiciar a paz, no mundo teremos aflições, alías o mundo inventou muitas supostas maneiras e teorias sobre como obter a paz.
O mundo quer dar a paz oferecendo práticas  mentais, disciplinas corporais, sexualidade, filosofias e ideologias algumas grosseiras outras mais refinadas, mas o fim dessa longa caminhada é desespero, por que a paz oferecida pelo mundo é falsa, momentânea e passageira. A paz de Jesus nos é conferida por Ele, que a conquistou no madeiro: “Na sua carne desfez a inimizade. Isto é, a lei dos mandamentos que consistia em ordenanças, para criar em si mesmo dos dois um homem, fazendo a paz” (Ef 2.15). Somente Jesus podemos ter a paz:
1.- Ele nos oferece a paz, isto é, a harmonia com Deus (Rm 5.1) e com os homens, a tranqüilidade que nasce da retidão espiritual;
2.- A paz se baseia sobre o bem-estar da alma,  sendo produto da regeneração;
3.- Cristo é a nossa paz (Ef 2.14), pois sua missão nos concede harmonia com Deus;
4.- A Paz é fruto do Espírito, uma operação espiritual, uma qualidade da alma (Gl 5.22);
5.- Ela acompanha a fé (Rm 15.13) e a retidão (Is 32.17) e se deriva do amor da lei de Deus (Sl 119.165) Ela se firma mediante a mentalidade espiritual (Rm 8.6);
6.- O evangelho anuncia a paz e a introduz (Rm 10.15);
7.- Os que são espirituais haverão de promovê-la (Mt 5.9);
8.- Aos ímpios faltam o conhecimento e a experiência da paz (Rm 3.17);
9.- A Paz ultrapassa o entendimento (Fl 4.7; Is 57.2);
10.- A paz espiritual é um consolo e uma força presentes, e essa é a mensagem principal de João 14.27. 
“... no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo (Jo 16.33)." – Juntamente com a declaração do dom da paz, o Senhor Jesus declara: “...no mundo tereis tribulações...”, nos últimos dois mil anos de história Cristã, os cristãos têm passado por traumáticas aflições e tribulações, no início da igreja, os judeus a perseguira, posteriormente o terrível Império Romano, depois as religiões oficiais distanciadas da simplicidade do Evangelho, depois o evolucionismo e comunismo ateísta, as heresias, os modismos, o hedonismo e toda sorte de provações materiais e morais. Mas apesar dos pesares há uma firme declaração de que nada há para o crente temer, porquanto confiamos nele e confiamos em Deus, conhecemos ao seu Espírito, e esse Espírito nos administra paz na própria alma. Interessante neste versículo é que embora Ele seja enfático ao falar que enfrentaríamos: “aflições ou tribulações, Ele declara seguidamente que “eu venci o mundo”, exatamente aquele lugar onde temos aflições, está vencido por Jesus, portanto, podemos desfrutar a paz, e termos segurança Nele, exercendo fé na sua obra expiatória: “...tudo o que é nascido de Deus vence o mundo, e esta é a vitória que vence o mundo, a nossa fé” (1 Jo 5.4). 

3º Trimestre de 2012  

Título: 
Vencendo as aflições da vida
Muitas são as aflições do justo, mas o Senhor o livra de todas  
Comentarista: 
Pastor Eliezer de Lira e Silva   

RESUMO DA LIÇÃO 01


I. AS AFLIÇÕES DO TEMPO PRESENTE
1. De ordem natural.
2. De ordem econômica.
3. De ordem física.  
II. POR QUE O CRENTE SOFRE
1. A queda.
2. A degeneração humana.
3. O novo nascimento e o sofrimento.  
III. O CRESCIMENTO E A PAZ NAS AFLIÇÕES
1. A soberania divina na vida do crente.
2. Tudo coopera para o bem.
3. Desfrutando a paz do Senhor. 

INTERAÇÃO  

Pela graça de Deus iniciaremos mais um trimestre. Estudaremos o tema “Vencendo as aflições da vida”.
Não são poucas as afirmações equivocadas de que “o crente não sofre neste mundo”.
No entanto, veremos, na presente lição, exatamente o contrário do que se é postulado em alguns arraiais evangélicos.
O comentarista desse trimestre é o pastor Eliezer de Lira e Silva, conferencista em Escolas Bíblicas e diretor do projeto missionário “Ide Ensinai”, em Moçambique, África. Aproveite a oportunidade para enfatizar que a vontade de Deus para nossas vidas é boa, perfeita e agradável.  

OBJETIVOS


Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
·   Descrever as aflições do tempo presente.
·   Responder “por que o crente sofre?”.
·   Conscientizar-se de que podemos crescer e desfrutar da paz do Senhor no sofrimento. 

COMENTÁRIO  

introdução 
Palavra Chave 
MUNDO: 
[gr. kosmos, ordem, beleza; do lat. mundus, puro] 
 É a terra e o conjunto de todas as coisas criadas por Deus.  
O crente em Jesus pode vir a sofrer? Se a resposta for não, então por que o sofrimento assalta-lhe a vida?
Neste trimestre, estudaremos as “aflições do tempo presente”. Veremos que elas, conforme ensinou Jesus (Jo 16.33), são uma realidade inevitável até mesmo na vida do crente mais fiel. Mas da mesma forma como Ele padeceu, porém triunfou, nós também poderemos vencer todas as batalhas. E, assim, cresceremos integralmente na graça e no conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo.  
I. AS AFLIÇÕES DO TEMPO PRESENTE  
1. De ordem natural. Presenciamos uma desordem nunca antes vista na natureza. Apesar dos falsos alarmes, não podemos ignorar a devastação provocada pela ação irresponsável do homem. A Bíblia diz que a criação geme e está com “dores de parto” pelo que o ser humano tem-lhe feito (Rm 8.22). Quantas calamidades nos abatem por causa da degradação ambiental. São tragédias assombrosas que ceifam milhares de vidas. As poluições nos lagos, rios e mares, e as ocupações em áreas de riscos contribuem para a ocorrência de tragédias. Tais aflições também afetam os crentes fiéis.  

2. De ordem econômica. Outra aflição que se abate sobre o mundo é a de ordem financeira. A crise econômica internacional empobrece países, nações e famílias. Quantos não deram cabo da própria vida porque, da noite para o dia, descobriram que perderam todos os bens? Em nosso país, milhões de pessoas sobrevivem com menos de um salário mínimo. A pobreza, a fome e a miséria continuam a flagelar vidas ao redor do mundo, inclusive as dos servos de Deus (Mc 12.41-44). 

3. De ordem física. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, doenças como câncer, hepatite, hipertensão arterial, depressão e obesidade são consideradas as pragas do século XXI. Essa informação traz-nos algumas indagações: - Será que o crente fiel não é vítima de câncer? - Não desenvolve a depressão? - Não sofre de hipertensão arterial? Não precisamos de muito esforço para reconhecer que as enfermidades também atingem os salvos e são consequência da queda (Rm 6.23). Mesmo cientes de que as doenças acometem igualmente o servo de Deus, é impossível ignorar que há enfermidades de natureza espiritual e oriundas de práticas pecaminosas (Mt 9.32,33; Jo 5.14,15). 

SINOPSE DO TÓPICO (I)
As aflições do tempo presente são representadas pelas crises de ordem natural, econômica e física. Malefícios que acometem igualmente o servo de Deus.  
II. POR QUE O CRENTE SOFRE 
1. A queda. O sofrimento é algo comum a todos os homens, sejam ímpios sejam justos. Uma razão para a existência do mal é aqueda humana. Deus fez um mundo perfeito (Gn 1.31), mas a transgressão de Adão trouxe a tristeza, a dor e a morte (Gn 3.16-19; Rm 5.12). Por isso, todos estão igualmente sujeitos ao sofrimento (Rm 2.12; 8.22). 
2. A degeneração humana. Com a queda no Éden, o homem sofreu um processo de degeneração moral, social e espiritual. Tal degradação, observada na vida de Caim (Gn 4.8-16), Lameque (Gn 4.23,24) e de toda aquela geração, levou Deus a destruir o mundo pelo dilúvio (Gn 6.1-7.24). O relato bíblico mostra claramente a corrupção humana e o aparecimento do ódio, da violência, das guerras e de todos os atos que contrariam a vontade divina. Não é exatamente essa a situação da sociedade atual? A humanidade acha-se em franca rebelião contra Deus (Rm 3.23). 
3. O novo nascimento e o sofrimento. A experiência pessoal e genuína do novo nascimento gera no crente uma natureza oposta a da queda (1 Jo 5.1,19). Entretanto, apesar de ter nascido de novo, o crente em Jesus não deixa de experimentar o sofrimento, pois, como disse Agostinho de Hipona: “A permanência da concupiscência em nós é uma maneira de provarmos a Deus o nosso amor a Ele, lutando contra o pecado por amor ao Senhor; é, sobretudo, no rompimento radical com o pecado que damos a Deus a prova real do nosso amor”. Assim, experimentamos o sofrimento porque habitamos um corpo que ainda não foi transformado, mas que espera a sua plena glorificação (1 Co 15.35-58).  
SINOPSE DO TÓPICO (II) 
A Queda e a degeneração humana são as chaves para se compreender a realidade do sofrimento.  
III. O CRESCIMENTO E A PAZ NAS AFLIÇÕES  
1. A soberania divina na vida do crente. A soberania divina na existência do crente garante-lhe que os olhos de Deus sondem-lhe a vida por inteiro. Somos em suas mãos o que o vaso é nas mãos do oleiro (Jr 18.4). Por isso, você pode falar como o salmista: “Eu me alegrarei e regozijarei na tua benignidade, pois consideraste a minha aflição; conheceste a minha alma nas angústias” (Sl 31.7). Querido irmão, querida irmã, não se desespere! O Senhor, Criador dos céus e da terra, cuida inteiramente de você e dos seus, porque “a terra é do Senhor e toda a sua plenitude” (1 Co 10.26). 
2. Tudo coopera para o bem. A vontade de Deus para as nossas vidas é boa, perfeita e agradável (Rm 12.2). O escritor aos Hebreus reconhece que o Senhor, muitas vezes, usa a provação para corrigir-nos e fazer brotar em nossa vida o “fruto pacífico de justiça” (Hb 12.3-11). No exercício desse processo, crescemos como pessoas e servos de Deus, aprendendo na faculdade das aflições da vida. Assim, podemos dizer inequivocamente que “todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados por seu decreto” (Rm 8.28). 
3. Desfrutando a paz do Senhor. Olhar para o sofrimento e a aflição humana e, paradoxalmente, desfrutar da paz de Cristo, parece-nos loucura! Mas não o é quando entendemos que Deus age segundo o conselho da sua vontade, visando sempre o bem e o crescimento dos seus filhos. O deserto da vida não é percorrido sob a ilusão mágica da “sombra e água fresca”, mas com os pés firmes na realidade desértica do sol escaldante (Rm 5.1-5; Fp 4.7). Nesse interregno, porém, desfrutamos a bondade, a misericórdia e a proteção do Criador dos céus e da terra. Mesmo vivendo em um mundo de aflições, podemos experimentar a paz que excede todo o entendimento e cantar em alto e bom som o coro do hino 178 da Harpa Cristã: “Paz, paz/ gloriosa paz/ Paz, paz/ perfeita paz/ desde que Cristo minh'alma salvou/ tenho doce paz!”. 
SINOPSE DO TÓPICO (III) 
O crente em Jesus pode crescer na graça e desfrutar a paz de Deus em meio ao sofrimento. O Senhor é soberano e tudo coopera para o bem daqueles que O amam.  
CONSIDERAÇÕES FINAIS  
Neste mundo, estamos sujeitos às aflições e sofrimentos de qualquer espécie. A vida cristã envolve períodos difíceis e trabalhosos. No entanto, se a nossa expectativa estiver na soberania de Deus e no seu bem, desfrutaremos, mesmo que andemos em aflição, da mais perfeita e sublime paz de Cristo. Que ao longo desse trimestre, o Todo-Poderoso ilumine-lhe a mente e o coração para deleitar-se em sua eterna e maravilhosa graça. Amém!  

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA  

COLSON, C.; PEARCEY, N. E Agora Como Viveremos? 2.ed., RJ: CPAD, 2000.
RHODES, R. Por que coisas ruins acontecem se Deus é bom? 1.ed., RJ: CPAD, 2010. 
 

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO  

Subsídio Apologético  
“Sofrer faz algum sentido?
‘Um Deus que não aboliu o sofrimento — pior ainda, um Deus que aboliu o pecado precisamente pelo sofrimento — é um escândalo para a mente moderna’ (Peter Kreeft).
[...] É vital reconhecermos a historicidade da Queda. Se a Queda é meramente um símbolo, enquanto na realidade o pecado é intrínseco à natureza humana, então voltamos ao dilema de Einstein: que Deus criou o mal e está implicado em nossos erros. As Escrituras dão uma resposta genuína para o problema do mal somente porque insiste que Deus criou o mundo originalmente bom — e que o mal entrou num certo ponto da história. E quando isso aconteceu, causou uma mudança cataclísmica, distorcendo e desfigurando a Criação, resultando em morte e destruição. É por esse motivo que o mal é tão odioso, tão repulsivo, tão trágico. Nossa resposta é inteiramente apropriada, e a única razão por que Deus pode realmente nos confortar é que Ele está do nosso lado. “Ele não criou o mal, e também, detesta a maneira com que isso desfigurou o trabalho de suas mãos” (COLSON, C.; PEARCEY, N. E Agora Como Viveremos? 2.ed., RJ: CPAD, 2000, p.258).