Lição 2
- Detalhes
- Categoria: Adultos
- Publicado: 08 Janeiro 2015
O padrão da Lei Moral
1° Trimestre de 2015
1° Trimestre de 2015
INTRODUÇÃO
I – AS TÁBUAS DA LEI
II – OS DEZ MANDAMENTOS
III – A QUESTÃO DOS PRECEITOS DA LEI
IV – A LEI A GRAÇA
II – OS DEZ MANDAMENTOS
III – A QUESTÃO DOS PRECEITOS DA LEI
IV – A LEI A GRAÇA
CONCLUSÃO
O CUMPRIMENTO ÉTICO E MORAL DA LEI MOSAICA
Deuteronômio 4.1
Na lição desta semana, aprenderemos concernente ao propósito ético e moral, encontrado na lei mosaica e instituído por Deus, a fim de que o seu povo obedecesse e colocasse em prática, tudo quanto foi ordenado para o seu bem. Embora tenha sido apresentada como um código, a lei de Deus trazia em sua essência a ética concernente a boa, perfeita e agradável vontade de Deus (Êx 20.1-17). Dessa maneira, o interesse do coração de Deus era que o seu povo, a quem Ele havia escolhido e retirado do Egito, cumprisse eticamente a sua Palavra, e não caísse no comodismo e na velhice da letra, em que os mandamentos de Deus se tornassem meramente parte de um cerimonial religioso, próprio de uma vida espiritual enfraquecida e sem amor para com Deus (Is 29.13).
Outra especificidade da lei de Deus era que o seu povo vivesse moralmente de acordo com a sua Palavra. Sua conduta deveria servir de exemplo para que as outras nações observassem a dedicação e o cuidado com o sagrado, o temor para com Deus e o amor para com o próximo. Todavia, o povo hebreu não entendeu o mais primordial da lei, conforme mencionado por Jesus posteriormente: “o juízo, a misericórdia e a fé” (Mt 23.23). Antes, andou conforme o propósito do seu coração malvado e desobedeceu a voz do Criador, servindo aos ídolos e murmurando, quando surgiam as dificuldades durante a travessia pelo deserto.
No entanto, a lei tornou-se transitória, mas a graça é permanente e é nessa graça que Cristo cumpriu inteiramente a lei de Deus, pois o que era impossível para os homens, visto que se tornou em meros preceitos forjados pela concepção humana, Cristo a praticou na essência da vontade de Deus e apresentou um Novo Caminho, pelo qual, o homem pode obedecer e agradar o coração do Criador em espírito e em verdade. Em vista disso, professor, nesta aula, reflita com seus alunos a respeito do princípio da lei de Deus e qual o seu real propósito designado para o seu povo. Boa aula!
I. O princípio ético da lei
A lei de Deus, embora tenha sido apresentada como um código legislativo, pela qual, Israel tomava conhecimento das orientações concernentes aos cerimoniais, aos sacrifícios, às festas religiosas, aos direitos e deveres civis e morais, na verdade era muito mais do que mera instrução. A lei estabelecida por Deus trazia consigo um quadro de valores e princípios específicos e inerentes ao caráter de Deus. Porquanto, o interesse do coração do Senhor era que o seu povo, de fato, experimentasse a sua boa, perfeita e agradável vontade.
O Dicionário Bíblico Wycliffe, descreve o valor desta lei em toda a Escritura: “A lei moral outorgada a Moisés no monte Sinai assume um ligar muito importante na revelação bíblica:
(1) Esta lei foi especificamente escrita pala mão de Deus; portanto, foi recebida por Israel como o fundamento de sua teocracia (Êx 24.12; 31.18; 32.15,16; Dt 5.22; 9.10,11).
(2) Essa lei foi colocada na arca do testemunho onde continuamente representou a base da aliança entre Deus e Israel (Dt 10.1-5; 1 Rs 8.9).
(3) Provavelmente, essa parte da lei foi mencionada naquelas passagens que retratam o prazer que o justo sente pela lei de Deus (Sl 1 e 119).
(4) Essa parte da lei estava provavelmente na mente dos profetas quando falavam sobre a lei de Deus escrita sobre o coração do homem na nova aliança (Jr 31.31-34; Ez 11.17-20; 36.25-27; 37.24-28).
(5) Nas questões e controvérsias sobre a lei de Deus, o Dez Mandamentos são citados como o receptáculo da essência de sua lei (Mt 19.16-20; Lc 10.25-28; Rm 2.17-23; 7.7; 13.9,10; 1 Tm 1.7-10).
(6) Este é o componente da lei que Paulo descreve como: ‘santo, justo e bom’ (Rm 7.12), e ‘espiritual’ (7.14). Essa lei que revela o pecado do homem (7.7).
(7) Cristo tinha em mente, em primeiro lugar, os Dez Mandamentos em sua restauração do verdadeiro propósito da lei quando exigiu a obediência do coração ao invés de unicamente a conformidade exterior (Mt 5.21-48; Cf. Rm 13.9,10)” (CPAD. 2010, p.1140).
Em razão disso, a lei de Deus não pode ser confundida como simples parte de um cerimonial religioso, decorrente de uma falsa religiosidade, em que se busca somente cumprir uma formalidade exterior. Antes, o propósito da lei era formar na mente dos israelitas a consciência da existência de um Deus santo, que esperava de seus servos a reverência e a adoração de um coração puro que tem prazer no Senhor.
(2) Essa lei foi colocada na arca do testemunho onde continuamente representou a base da aliança entre Deus e Israel (Dt 10.1-5; 1 Rs 8.9).
(3) Provavelmente, essa parte da lei foi mencionada naquelas passagens que retratam o prazer que o justo sente pela lei de Deus (Sl 1 e 119).
(4) Essa parte da lei estava provavelmente na mente dos profetas quando falavam sobre a lei de Deus escrita sobre o coração do homem na nova aliança (Jr 31.31-34; Ez 11.17-20; 36.25-27; 37.24-28).
(5) Nas questões e controvérsias sobre a lei de Deus, o Dez Mandamentos são citados como o receptáculo da essência de sua lei (Mt 19.16-20; Lc 10.25-28; Rm 2.17-23; 7.7; 13.9,10; 1 Tm 1.7-10).
(6) Este é o componente da lei que Paulo descreve como: ‘santo, justo e bom’ (Rm 7.12), e ‘espiritual’ (7.14). Essa lei que revela o pecado do homem (7.7).
(7) Cristo tinha em mente, em primeiro lugar, os Dez Mandamentos em sua restauração do verdadeiro propósito da lei quando exigiu a obediência do coração ao invés de unicamente a conformidade exterior (Mt 5.21-48; Cf. Rm 13.9,10)” (CPAD. 2010, p.1140).
Em razão disso, a lei de Deus não pode ser confundida como simples parte de um cerimonial religioso, decorrente de uma falsa religiosidade, em que se busca somente cumprir uma formalidade exterior. Antes, o propósito da lei era formar na mente dos israelitas a consciência da existência de um Deus santo, que esperava de seus servos a reverência e a adoração de um coração puro que tem prazer no Senhor.
II. O propósito moral da lei
Da mesma maneira, a lei possui em seu cerne, a especificidade moral que através dos seus princípios, regia a conduta daqueles que serviam a Deus. Por conta disso, o povo hebreu serviria de exemplo para que as outras nações, ao tomarem conhecimento da fidelidade e dedicação do povo judeu, atentassem para o Deus Criador dos céus e da terra, e assim, abandonassem a idolatria e avareza com que estavam amortecidos em seus pecados (Cf. Dt 4.6-8). Contudo, esta proposta não foi bem entendida pelos israelitas, apesar de Moisés exortar continuamente o povo à obediência.
Desse modo, o povo de Deus não compreendeu que o mais primordial da lei divina era “o juízo, a misericórdia e a fé”, conforme o próprio Cristo afirmou (Cf. Mt 23.23). Pois o propósito moral da lei não era a mera observância dos preceitos mosaicos, a fim de estabelecer uma nova religião, repleta de formalidades. Pelo contrário, em Deuteronômio 4.1, Moisés deixa claro que os estatutos e os juízos ensinados, seriam praticados para que eles tivessem vida, pois estavam prestes a entrar na terra que o Senhor Deus os daria.
À vista disso, o propósito moral da lei está baseado na fé, pois a lei em si, não torna a pessoa íntegra ou mesmo justa diante de Deus, mas indica em que consiste a conduta santa e temente, daqueles que servem ao Criador com boa vontade, e não, na velhice da letra. A lei, em seu propósito moral também tinha como finalidade, levá-los a um relacionamento harmonioso com Deus e com o próximo. Pois para Deus, “O obedecer é melhor do que o sacrificar; e o atender melhor é do que a gordura de carneiros” (Cf. 1 Sm 15.22).
Portanto, fazendo assim, o coração do povo não estaria longe do seu Criador, e a prática da verdade não seria uma utopia para aqueles que estavam debaixo da lei, porquanto, como afirma o Salmista: “Os preceitos do Senhor são retos e alegram o coração; o mandamento do Senhor é puro e alumia os olhos. [...] Também por eles é admoestado o teu servo; e em guardá-los há grande recompensa” (Sl 19.8,11).
Portanto, fazendo assim, o coração do povo não estaria longe do seu Criador, e a prática da verdade não seria uma utopia para aqueles que estavam debaixo da lei, porquanto, como afirma o Salmista: “Os preceitos do Senhor são retos e alegram o coração; o mandamento do Senhor é puro e alumia os olhos. [...] Também por eles é admoestado o teu servo; e em guardá-los há grande recompensa” (Sl 19.8,11).
III. Cristo cumpriu a lei integralmente
Assim sendo, a lei assumiu um caráter transitório. Apesar de sua importância quanto ao tratado de Deus com o seu povo, a fim de libertá-los dos rudimentos egípcios em que estavam entrelaçados, todavia, a lei não podia tratar do problema do pecado. Mas pela graça, Cristo assumiu a forma humana e fez o que era impossível para os homens, visto que “a lei estava inflamada pelo pecado” (Cf. Rm 8.3).
O Comentário Histórico-cultural do Novo Testamento discorre a respeito: “[...] a expressão en sarki, ou ‘na carne’ está caracterizando a humanidade relacionada com Adão, que está nas garras de um pecado que modifica e distorce os desejos e as percepções, assim como as obras. Paulo está dizendo aqui que Cristo, ao assumir a semelhança humana relacionada com Adão, colocou um ponto final no que era antigo e introduziu uma nova época através de sua própria morte como um verdadeiro ser humano. Agora o crente está em Cristo, e se relaciona com Deus através do Espírito de Cristo. À medida que vivemos, e nos relacionamos com Deus sob a perspectiva de um novo ‘eu’, em lugar da perspectiva do antigo ‘eu’, descobrimos que os ‘justos requisitos’ da Torá foram, ‘plenamente atendidos’ em nossa vida” (CPAD, 2007, p.305).
Tendo em vista que somente Cristo cumpriu integralmente todo o propósito ético e moral da lei, é por meio da fé nEle que alcançamos a graça de Deus e também nos tornamos praticantes da essência da lei. Pois esta era e é o propósito da lei desde o início. Assim como Deus falou ao seu povo e estabeleceu ordenanças, afim de que praticassem tudo quanto é agradável a Deus, do mesmo modo, os que creem em Cristo, também praticam a justiça conquistada por Ele na Cruz.
Considerações finais
Concluímos assim, que o propósito ético e moral encontrado na lei mosaica, era fazer com que o povo santo e liberto por Deus da casa da servidão, entendesse que o Criador esperava que eles praticassem as ordenanças e os mandamentos com alegria. Pois o que o Senhor Deus os instruíra a fazer, por meio de Moisés, era para o próprio bem da nação, porquanto a promessa da Terra Prometida havia sido feita a Abraão e a sua posteridade, e de que forma poderiam tomar posse desta bênção, se não estivessem preparados.
Em razão disso, deveriam cumprir não um código carregado de ordenanças que nem eles mesmos podiam carregar. Antes, a vontade de Deus era o comprometimento de seus filhos em cumprir a sua boa, perfeita e agradável vontade, descoberta em sua lei, de modo que a sua Santa Palavra não caísse em descrédito ou mero formalismo, como parte de um cerimonial, mas que fosse refletida e vivida em espírito e em verdade. Assim, as exigências da lei, não seriam difíceis de ser praticadas pelo seu povo.
Mas Deus que é riquíssimo em misericórdia, e sabendo da insuficiência da lei, visto que estava enferma por conta do pecado embutido na natureza humana, por sua graça e seu grande amor, enviou o seu Filho Unigênito ao mundo, a fim de cumprir, por sua morte na cruz toda a exigência da lei. E deste modo, a justiça foi imputada aos que creem em Cristo Jesus, pois se tornam participantes do Reino de Deus e, de fato, cumpridores da sua vontade mediante a fé. Pois para isso, Deus escolheu um povo, santo e obediente, a fim de que cumprissem com integridade ética e moralmente a essência da sua Palavra.
Por Thiago Santos.
Educação Cristã.
Publicações. CPAD.