quinta-feira, 5 de março de 2015

Lição 10 - 1º Trimestre 2015 - ADULTOS - NÃO FURTARÁS.

Lição 10

Não furtarás
1° Trimestre de 2015
rev-adultos
INTRODUÇÃO
I – O OITAVO MANDAMENTO
II – LEGISLAÇÃO MOSAICA SOBRE O FURTO
III – SOBRE OS DANOS MATERIAIS
IV – O TRABALHO
CONCLUSÃO
“NINGUÉM OPRIMA OU ENGANE A SEU IRMÃO EM NEGÓCIO ALGUM”.
1 TESSALONICENSES 4.6
Na aula desta semana, aprenderemos com relação ao mandamento de Deus que condena a prática do furto (Êx 20.15). No Antigo Testamento, este ensinamento divino trata de maneira específica com relação às diversas formas de furto e danos materiais provocados ao próximo. Contudo, nos deteremos à outra maneira de furto que tem sido predominante nos dias atuais, até mesmo entre aqueles que se dizem evangélicos. O apóstolo Paulo ressalta na primeira carta direcionada aos Tessalonicenses que “ninguém deve oprimir ou enganar a seu irmão em negócio algum” (4.6a). Sendo assim, independentemente do modo como o engano e a defraudação é cometido, tal prática não corresponde à conduta dos que servem a Deus, e sim aos que não possuem o conhecimento da Palavra da Verdade.
Em vista disso, o Senhor Deus repudia a desonestidade, e como conclui o apóstolo Paulo, “o Senhor é vingador de todas estas coisas” (1 Ts 4.6b). Considerando essas afirmativas, o professor poderá enfatizar aos seus alunos que, tratando-se de honestidade, há coisas que são lícitas aos olhos humanos, porém não estão em conformidade com a vontade de Deus expressa em sua Palavra. Ressalte que Deus espera abençoar-nos em tudo quanto precisamos, porém, Ele não aprova a atitude dos que adquirem bens materiais de forma desonesta nem os que usam de engano a ludibriar seu semelhante em coisa alguma. Porquanto, Deus trará a juízo todas as coisas que estão em oculto (Ec 12.14).

I. A prática do engano e da defraudação
Em face disso, precisamos nos atentar à conduta cristã em nossos dias. Há muitos que já não vêem problema algum em compactuarem com as práticas ilícitas que predominam no cotidiano dos infiéis, como por exemplo, a compra de material pirateado. Para muitos, a justificativa é o elevado valor que os comerciantes vendem os CDs e DVDs originais. Isso estaria impossibilitando as pessoas menos favorecidas economicamente de adquirir o material. Além disso, há muitos outros bens materiais e serviços prestados de forma ilegal, que cobram um valor mais barato, enfim, são exemplos de maneiras ilícitas de adquirir benefícios que muitos concordam.
Entretanto, o Senhor não aprova que seus servos compartilhem de tais práticas, visto que estes produtos não pagam devidamente os impostos e, muitas vezes, o dinheiro arrecadado serve a fins ilícitos que, obviamente não são os mesmos que o Reino de Deus aprova.
Outra atitude reprovável é o fato de muitos que se dizem cristãos, negligenciarem o pagamento de dividas que adquiriam indevidamente. As Escrituras afirmam quanto ao voto: “Melhor é que não votes do que votes e não pagues” (Ec 5.4). Embora a presente passagem se refira ao voto dirigido a Deus, aprendemos o principio de que não devemos adquirir bens ou serviços que não poderemos arcar com as dívidas contraídas. Em tal caso, é melhor rever o planejamento financeiro para que não estejamos inadimplentes. Assim sendo, é dever do cristão manter as contas em dia, pois isso é a demonstração de um bom testemunho diante dos homens.
Portanto, Deus não se agrada dos que tem o mau hábito de assumirem compromissos que não podem arcar, visto que tal prática não corresponde à conduta dos que servem a Deus, e sim aos que não possuem o conhecimento da Palavra da Verdade.

II. Deus abomina a desonestidade
Assim sendo, o Senhor espera ver em seus servos frutos dignos de arrependimento. Visto que, é indispensável que se note a prática de obras de justiça naqueles que nasceram de novo. Tais obras não são para a justificação perante Deus, pois somos justificados mediante a fé (Rm 4.3-5; 5.1), mas para justificação perante os homens como testemunho de que verdadeiramente somos novas criaturas em Cristo Jesus (2 Co 5.17).
O Comentário Bíblico Beacon, descreve a exortação de Paulo aos efésios (4.28) quanto à mudança de vida em relação ao furto: “Paulo exorta os leitores, alguns dos quais tinham o hábito de surripiar(furtar às escondidas) e roubar, a acabarem com toda forma de aquisição desonesta. Uma leitura superficial dá a entender que o roubo ainda era praticado por estas pessoas. Mas Hodge insiste que não se trata disso. A proibição é endereçada a quem tinha a reputação de furtar antes da conversão. Agora eles não se ocupam mais em tal atividade, sendo exortados a não cair na tentação de se apropriar do que pertence aos outros.
O apóstolo recomenda medidas positivas e neutralizantes. Antes, trabalhe (kopiato) tem a ênfase de ‘labuta com forte motivação’. Com mãos é, na interpretação de Moule, ‘obtendo a ganho honesto por esforço honesto’. Os motivos para essa árdua labuta, não são apenas a recuperação e manutenção do caráter, mas a aquisição de bens para serem distribuídos a quem tiver necessidade, tornando-se membro contribuinte e útil à sociedade.
Philips traduz o versículo da seguinte forma: ‘O homem que costumava roubar deve abandonar o roubo e trabalhar honestamente a cada dia com suas próprias mãos, a fim de que tenha condições de dar àqueles que passam por necessidades’” (CPAD, 2006, p.171). Portanto, a prática da justiça é inerente à conduta cristã, mas para os que são desobedientes à Verdade, a vingança do Senhor não tardará em se cumprir (1 Ts 4.6b).

Considerações finais
Assim, podemos concluir que a prática do furto é um mal que danifica não somente as pessoas materialmente, mas também fere o princípio do mandamento real: “amarás ao teu próximo como a ti mesmo” (Lv 19.18b). Desse modo, qualquer negócio que visa tirar proveito do próximo ou mesmo defraudar a consciência de seu semelhante é pecado diante de Deus.
O Senhor repudia a desonestidade e certamente trará a juízo tudo quanto os homens praticarem debaixo do sol. Todavia, os que servem a Deus genuinamente não sentem a necessidade de compactuarem com “as obras infrutuosas das trevas” (Ef 5.11), visto que as suas obras são feitas em Deus. Que possamos prezar por uma conduta que agrade ao Senhor com um coração puro e uma vida que demonstre a prática da Palavra de Deus de forma honesta, pois esse é o testemunho do verdadeiro cristão mediante uma sociedade desacreditada de Deus.

Por Thiago Santos
Educação Cristã.
Publicações. CPAD.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Lição 9 - 1º Trimestre 2015 - ADULTOS - NÃO ADULTERARÁS..

LIÇÃO 09
NÃO ADULTERARÁS

01 de março de 2015

TEXTO ÁUREO


 “Eu, porém, vos digo que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar já em seu coração cometeu adultério com ela” (Mt 5.28).

VERDADE PRÁTICA


O sétimo mandamento diz respeito à pureza sexual e à proteção da sagrada instituição da família, assim como o mandamento anterior fala sobre a proteção à vida.

COMENTÁRIO DO TEXTO ÁUREO


“Eu, porém, vos digo que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar já em seu coração cometeu adultério com ela” (Mt 5.28).

Nosso texto áureo está inserido no quinto capítulo do Evangelho Segundo São Mateus entre os versículos 27 ao 32, parte do Sermão da Montanha.
No Novo Testamento, Jesus retoma o ideal de Deus para a humanidade e denunciou a covardia dos homens de Israel, principalmente a dos religiosos, dizendo: “Ouviste o que foi dito aos antigos: Não cometerás adultério. Eu porém, vos digo que qualquer que atentar para uma mulher para a cobiçar já em seu coração cometeu adultério com ela” (Mt 5.27-28).
       É importante compreender que quando a Bíblia cita o adultério, refere-se ao relacionamento sexual de uma pessoa casada com outra casada ou solteira. Mas o sétimo mandamento tem uma particularidade no Antigo Testamento. Quando Deus o proferiu ao povo, a mulher tinha um papel bem diferente o da atual sociedade ocidental.
Era comum, em Israel, o homem adulterar com outra mulher, embora esta nunca fora a vontade de Deus para a humanidade. Pela dureza do coração humano, as mulheres eram preteridas por quaisquer desculpas: “Quando um homem tomar uma mulher e se casar com ela, então, será que, se não achar graça em seus olhos, por nela achar coisa feia, ele lhe fará escrito de repúdio, e lho dará na mão, e a despedirá da sua casa” (Dt 24.1).
A expressão “achar coisa feia” foi responsável por muitas interpretações entre os sábios de Israel. O resultado: por mais absurdo dos motivos os judeus repudiavam as suas mulheres. Na sociedade dos tempos antigos, as mulheres repudiadas tinham apenas dois destinos para sobreviverem: tornavam-se prostitutas ou mendicantes.
Note que a expressão “achar coisa feia”, de Deuteronômio 24.1, perdeu todo o sentido agora. O nosso Senhor estava falando aos homens nestes termos: vocês não têm o direito de repudiar as suas mulheres para ficar com outras mais novas. Assim Jesus asseverou: “Não tendes lido que, no princípio, o Criador os fez macho e fêmea e disse: Portanto, deixará o homem pai e mãe e se unirá à sua mulher, e serão dois numa só carne? Assim não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não separe o homem” (Mt 19.4-6).
O adultério viola por completo o princípio de Deus para com os seres humanos. Os destinatários das palavras de Jesus eram os homens da sua época. Por quê? Ora, eles determinavam a vida das mulheres. Mas hoje, também, o mandamento fala como nunca e cada vez às mulheres mais independentes: Não adulterarás!
Vejamos o comentário teológico do Dr. Russell Norman Champlin:

“Olhar... com intenção impura”. Quem olha é casado. A mulher a quem olha é casada, mas não com ele, ou é solteira. O olhar não é casual, mas persistente, motivado por desejo ilegítimo (assim diz a maior parte dos intérpretes). Mas Lutero insiste que o impulso momentâneo do desejo (mesmo que não seja persistente), também é adultério no coração. Os que
preferem a interpretação mais suave mostram que o trecho de 6 :1 traz a
mesma expressão , «com a fim de serdes vistos« (equivalente a «com
intenção” —a expressão tem a mesma forma no grego , a despeito da tradução não indicar isso). O que a expressão indica é o intento da vontade e não desejo involuntário, passageiro. Se esse fosse o caso , ainda assim não ficaria provado  que o desejo passageiro também não é pecado.
Naturalmente desejaríamos saber a opinião de Jesus. Conhecendo sua moral estrita, quase podemos dizer que ele concordaria com a interpretação mais severa, como Lutero. Lutero fazia distinção entre a culpa inerente no olhar com desejo persistente e o desejo involuntário. Provavelmente Jesus também faria tal diferença.
“Já adulterou”.  O sétimo mandamento indica mais do que o ato manifesto; mostra a intenção do coração — Se houver intenção de cometer
adultério, é adultério. Alguns rabinos, é claro, ensinavam a mesma coisa,
percebendo o espirito da lei, mas a maior parte das autoridades religiosas dos judeus não sentiu o sentido mais profundo deste e de outros mandamentos. Quando a lei fala em não matar, subentende mais do que o homicídio literal; assim também adulterar é mais do que praticar o ato.
Ambos assumem a forma de meras atitudes, de condições do coração. Esse é o espirito da lei.
Alguns intérpretes indicam que o sétimo mandamento inclui qualquer tipo de fornicação, entre solteiros ou casados, porque o sexo ilegítimo, por sua própria natureza, é adultério ante a lei de Deus. Provavelmente Jesus concordaria com essa opinião, apesar do fato de que o texto fala principalmente, ou mesmo exclusivamente, da relação que um homem casado poderia ter com mulher que não seja sua esposa. Paulo escreveu: «Esta é a vontade de Deus, a vossa santificação: que vos abstenhais da prostituição« (I Ts 4:3). Nesta citação as Escrituras se referem a qualquer pecado de ordem sexual, entre casados ou solteiros (CHAMPLIN, Vol. 1, 1995, p. 312).          

RESUMO DA LIÇÃO 07


NÃO ADULTERARÁS

I. O SÉTIMO MANDAMENTO
1. Abrangência.
2. Objetivo.
3. Contexto.

II. INFIDELIDADE
1. Adultério.
2. Sexo antes do casamento.
3. Fornicação.

III. OUTROS PECADOS SEXUAIS
1. Estupro.
2. Incesto.
3. Bestialidade.

IV. O ENSINO DE JESUS
1. O sétimo mandamento nos Evangelhos.
2. O problema dos escribas e fariseus.
3. A concupiscência.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Êxodo 20.14; Deuteronômio 22.22-30.  
Êxodo 20 - 14 - Não adulterarás. Deuteronômio 22
22 - Quando um homem for achado deitado com mulher casada com marido, então, ambos morrerão, o homem que se deitou com a mulher e a mulher; assim, tirarás o mal de Israel.
23 - Quando houver moça virgem, desposada com algum homem, e um homem a achar na cidade e se deitar com ela,
24 - então, trareis ambos à porta daquela cidade e os apedrejareis com pedras, até que morram; a moça, porquanto não gritou na cidade, e o homem, porquanto humilhou a mulher do seu próximo; assim, tirarás o mal do meio de ti.
25 - E, se algum homem, no campo, achar uma moça desposada, e o homem a forçar, e se deitar com ela, então, morrerá só o homem que se deitou com ela;
26 - porém à moça não farás nada; a moça não tem culpa de morte; porque, como o homem que se levanta contra o seu próximo e lhe tira a vida, assim é este negócio.
27 - Pois a achou no campo; a moça desposada gritou, e não houve quem a livrasse.
28 - Quando um homem achar uma moça virgem, que não for desposada, e pegar nela, e se deitar com ela, e forem apanhados,
29 - então, o homem que se deitou com ela dará ao pai da moça cinquenta siclos de prata; e, porquanto a humilhou, lhe será por mulher; não a poderá despedir em todos os seus dias.
30 - Nenhum homem tomará a mulher de seu pai, nem descobrirá a ourela de seu pai.

OBJETIVO GERAL
Apresentar o sétimo mandamento, ressaltando o intento de Deus em favor da família.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
I. Tratar a abrangência e o objetivo do sétimo mandamento.
II. Mostrar o real significado da infidelidade.
III. Relacionar alguns pecados sexuais segundo a lei divina.
IV. Analisar o ensino de Jesus acerca do sétimo mandamento.

INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Infelizmente, vivemos em uma sociedade em que muitos já começam a ver a infidelidade conjugal como uma prática normal. Contudo, segundo a Palavra de Deus, o adultério é e continuará sendo pecado.
Encontramos tanto no Antigo Testamento quanto no Novo, sérias advertências contra a infidelidade conjugal (Êx 20.14; Dt 5.18; Rm 13.9; Cl 5.19). A princípio, a quebra do sétimo mandamento pode parecer doce e até prazerosa, mas o seu fim é amargoso como o absinto (Pv 5.4).
Com a infidelidade vem a disfunção familiar. A disfunção é perigosa, é destrutiva para toda a família, para a igreja do Senhor e para a sociedade de um modo geral.

COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
O sétimo mandamento condena o adultério e a impureza sexual com o objetivo de proteger a família. A Bíblia não condena o sexo; a santidade dele é inquestionável dentro do padrão divino, mas sua prática ilícita tem sido um dos maiores problemas do ser humano ao longo dos séculos.
O sétimo mandamento é tratado de uma maneira na lei, e de outra na graça. Um olhar no episódio da mulher adúltera (Jo 8.1-11) mostra que tal preceito foi resgatado pela graça e adaptado a ela, e não à lei.  
                               
PONTO CENTRAL
O adultério e a impureza sexual maculam a família.

I. O SÉTIMO MANDAMENTO
1. Abrangência.  Trata de um tema muito abrangente, que envolve sexo e casamento num contexto social contaminado pelo pecado.
O mandamento consiste em uma proibição absoluta, sem concessão, expressa de maneira simples em duas palavras: “não adulterarás” (Êx 20.14; Dt 5.18).
Sua regulamentação para os israelitas pode ser encontrada nos livros de Levítico e Deuteronômio, que dispõem contra os pecados sexuais, a prostituição e toda forma de violência sexual com suas respectivas sanções.
2. Objetivo. O Decálogo segue uma lógica. Primeiro aparece a proteção da vida, em seguida vem a família e depois os bens e a honra.
O mandamento “não adulterarás” veio para proteger o lar e dessa forma estabelecer uma sociedade moral e espiritualmente sadia.
A proibição aqui é contra toda e qualquer imoralidade sexual, expressa de maneira genérica, mas especificada em diversos dispositivos na lei de Moisés.
3. Contexto. A lei foi promulgada numa sociedade patriarcal que permitia a poligamia. Nesse contexto social, o adultério na lei de Moisés consistia no fato de um homem se deitar com uma mulher casada com outro homem, independentemente de ser ele casado ou solteiro. Os infratores da lei deviam ser mortos, tanto o homem quanto a mulher (Dt 22.22; Lv 20.10).

SÍNTESE DO TÓPICO (I)
O sétimo mandamento tem como objetivo proteger a família, estabelecendo uma sociedade moral e espiritualmente sadia.

II. INFIDELIDADE
1. Adultério. É traição e falsidade. É a quebra de uma aliança assumida pelo casal diante de Deus e da sociedade, uma infidelidade que destrói a harmonia no lar e desestabiliza a família.  A tradição judaico-cristã leva o assunto a sério e considera o adultério um pecado grave. Trata-se de uma loucura que compromete a honra e a reputação de qualquer pessoa, independentemente de sua confissão religiosa ou status social (Jr 29.23; Pv 6.32,33).
2. Sexo antes do casamento. Esta prática está muito em voga na sociedade moderna, mas nunca teve a aprovação divina, e por isso os jovens devem evitar essas coisas (Sl 119.9). Em Israel, os envolvidos em tal prática, desde que a mulher não fosse casada ou comprometida, não eram condenados à morte.
A pena era menos rigorosa, mas o homem tinha de se casar com a moça, pagar uma indenização por danos morais ao pai da jovem e nunca mais se divorciar dela (Dt 22.28,29). Hoje, esse tipo de pecado requer aplicação de disciplina da Igreja, mas nem sempre o casamento deles é a solução.
3. Fornicação. A “moça virgem, desposada com algum homem” (Dt 22.23) diz respeito, no contexto atual, à noiva que ainda não se casou, mas está comprometida em casamento. Trata-se do pecado sexual de fornicação praticado com consentimento mútuo.
A pena da lei é a morte por apedrejamento, como no caso de envolvimento com uma mulher casada (Dt 22.24). A razão desta pena vai além do simples ato, pois se trata da quebra de fidelidade, “porquanto humilhou a mulher do seu próximo; assim, tirarás o mal do meio de ti” (Dt 22.24b).

SÍNTESE DO TÓPICO (II)
A infidelidade conjugal quebra a aliança assumida pelo casal diante de Deus e dos homens.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“Geralmente o adultério era perdoado nas culturas pagãs, particularmente quanto à parte do homem que, embora fosse casado, não era acusado de adultério a não ser que coabitasse com a esposa de outro homem ou com uma virgem que estivesse noiva”. O adultério é estritamente proibido tanto no Antigo Testamento quanto no Novo Testamento (Rm 13.9; Gl 5.19).
Na Bíblia, o termo adultério é muitas vezes utilizado como uma metáfora para representar a idolatria ou apostasia da nação e do povo comprometido com Deus. Exemplos disso podem ser encontrados em Jeremias 3.8,9; Ezequiel 23.26,43; Oseias 2.2-13)” (PFEIFFER, Charles F. (Ed). Dicionário Bíblico Wycliffe. 7ª Edição. RJ: CPAD, 2010, p.35).

III. OUTROS PECADOS SEXUAIS
1. Estupro. A lei contrasta a cidade com o campo para deixar clara a diferença entre estupro e ato sexual consentido.
Os versículos 25-27 tratam do caso de violência sexual, pois no campo a probabilidade de socorro era praticamente nula, e a moça era forçada a praticar o ato (22.25). Neste caso, somente o estuprador era morto, acusado de crime sexual, mas a moça era inocentada (Dt 22.26,27).
2. Incesto. A lei estabelece a lista de parentesco em que deve e não deve haver casamento, para evitar a endogamia e o incesto (Lv 18.6-18). Mais adiante, a lei prescreve as penas de cada grupo desses pecados (Lv 20.10-23). “Nenhum homem tomará a mulher de seu pai” (Dt 22.30).
A lei dispõe contra a prática sexual execrável de abusar da madrasta. É o pecado que desonra o pai, invade e macula o seu leito. Quem pratica tal abominação está sob a maldição divina (Dt 27.20). Na lei, o assunto pertence ao campo jurídico e a condenação prevista é a morte (Lv 20.11).
Entretanto, estamos debaixo da graça, e por essa razão o tema é levado à esfera espiritual, cuja sanção se restringe à perda da comunhão da Igreja (1Co 5.1-5). A sábia decisão apostólica é a base para o princípio disciplinar que as igrejas aplicam hoje.
3. Bestialidade. É uma aberração sexual, tanto masculina como feminina, contra a qual a lei dispõe tendo como sanção a pena de morte, seja para o homem, seja para a mulher e também para o animal, que devia ser morto (Lv 20.15,16).
Bestialidade e homossexualismo desonram a Deus e eram práticas cananeias, razão pela qual os cananeus foram vomitados da terra (Lv 18.23-28).  

SÍNTESE DO TÓPICO (III)
Deus abomina o estupro, o incesto e a bestialidade.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“Incesto — O crime de coabitação ou relacionamento sexual com familiares ou parentes, que é proibido na lei de Moisés (Lv 18.1-18). A lista apresentada por Moisés é precedida por uma advertência de que Israel não deveria entregar-se aos pecados dos egípcios a quem eles haviam acabado de deixar, ou dos cananeus para cuja terra Deus os estava trazendo. A lista dos relacionamentos proibidos inclui: mãe, madrasta, irmã ou meia-irmã, neta, filha de uma madrasta, uma tia de ambos os lados, a esposa de um tio por parte de pai, nora, cunhada, uma mulher e sua filha, ou neta, a irmã de uma esposa viva. Uma filha e uma irmã por parte de pai e mãe não são mencionados especificamente, uma vez que já são classificadas como ‘parenta da sua carne’ (v.6)” (PFEIFFER, Charles F. (Ed). Dicionário Bíblico Wycliffe. 7ª Edição. RJ: CPAD, 2010, p.966).

IV. O ENSINO DE JESUS
1. O sétimo mandamento nos Evangelhos. O Senhor Jesus reiterou o que Deus disse no princípio da criação sobre o casamento, que se trata de uma instituição divina, uma união estabelecida pelo próprio Deus (Mt 19.4-6).
Ele também se referiu ao tema do sétimo mandamento de maneira direta e indireta. Direta ao fazer uso das palavras “não adulterarás” ou “não cometerás adultério” no Sermão do Monte (Mt 5.27), na questão do moço rico (Mt 19.18) e nas passagens paralelas (Mc 10.19; Lc 18.20). Indireta quando fala acerca do divórcio, tema pertinente ao sétimo mandamento (Mt 19.9; Mc 10.11,12).
2. O problema dos escribas e fariseus. Mais uma vez Ele corrige o pensamento equivocado das autoridades religiosas de Israel. Os escribas e fariseus haviam reduzido o sétimo mandamento ao próprio ato físico, pois desconheciam o espírito da lei, apegavam-se à letra dela (2Co 3.6).
Assim, como é possível cometer assassinato com a cólera ou palavras insultuosas, sem o ato físico (Mt 5.21,22), da mesma forma é possível também cometer adultério só no pensamento (Mt 5.27,28).
3. A concupiscência. Há diferença entre olhar e cobiçar.  O pecado é o olhar concupiscente. O sexo é santo aos olhos de Deus, desde que dentro do casamento, nunca fora dele.
O livro de Cantares de Salomão mostra que o sexo não é apenas para procriação, mas para o prazer e a felicidade dos seres humanos. Jesus não está questionando o sexo, mas combatendo a impureza sexual e o sexo ilícito, a prostituição. O Senhor Jesus disse que os adultérios procedem do coração humano (Mt 15.19).

SÍNTESE DO TÓPICO (IV)
O Senhor Jesus reiterou o princípio do sétimo mandamento.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“O Senhor Jesus estendeu a culpa pelo adultério da mesma forma como fez para outros mandamentos, incluindo o propósito ou o desejo de cometê-lo ao próprio ato em si (Mt 5.28). Tecnicamente, o adultério se distingue da fornicação, que é a relação sexual entre pessoas que não são casadas. Entretanto, a palavra grega porneia, uniformemente traduzida como ‘fornicação’, inclui toda lascívia e irregularidade sexual” (PFEIFFER, Charles F. (Ed). Dicionário Bíblico Wycliffe. 7ª Edição. RJ. CPAD, 2010, p.35).  

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Cremos que Deus sabe o que é certo e o que é errado para a vida humana.  A Bíblia é o manual divino do fabricante e é loucura querer ir contra Ele.
A sanção contra os que violarem o sétimo mandamento, na fé cristã, não vai além da disciplina da Igreja e, em alguns casos, o caos na família. Mas o julgamento divino é tão certo quanto a sucessão dos dias e das noites.

BIBLIOGRAFIA
SOARES, Esequias. Os Dez Mandamentos – Valores Divinos Para Uma Sociedade Em Constante Mudança. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2014.
ZUCK, Roy (Ed.). Teologia do Novo Testamento. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2008.
FONSECA, Alberto Alves da. O Povo de Israel – Uma Perspectiva Bíblica e Histórica. SP: Clarim – Gráfica e Carimbos, 2008.

HORTON, Stanley (Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. 1ª Edição. RJ: CPAD, 1996. FONTE :www.professoralberto.com.br

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Lição 8 - 1º Trimestre 2015 - Jovens.

Lição 8

Eu creio na igreja de Cristo1° Trimestre de 2015
INTRODUÇÃOrev-jovens
I – A IGREJA E O SEU PAPEL NA SOCIEDADE ATUAL (Mt 16.18; 1 Co 10.32; At 2)
II – O PROPÓSITO DA IGREJA (Jo 17.22; Mt 12.25)
III – A IGREJA NO SÉCULO XXI
CONCLUSÃO
A MISSÃO DE ANUNCIAR AS BOAS NOVAS
MARCOS 16.15,16.

Na lição desta semana, estudaremos concernente ao papel desempenhado pela igreja na sociedade. Em vista disso, é importante destacarmos que além de ser uma instituição, a igreja é também um organismo vivo que, tem como missão principal, anunciar a mensagem do Reino de Deus a este mundo. A ordenança de Cristo é: “ide por todo mundo, pregai o evangelho a toda a criatura” (Mc 16.15). E, essa igreja somos nós que temos a responsabilidade de pregar e divulgar os preceitos e valores do Reino de Deus neste mundo. No entanto, para que possamos realizar essa obra com eficiência, precisamos estar fortalecidos e preparados.
Muitos são os desafios que nos esperam, mas se estivermos revestidos da armadura espiritual e capacitados na Palavra de Deus, certamente faremos essa obra de maneira satisfatória e alcançaremos muitas vidas para o Reino de Deus. Além disso, a igreja precisa apropriar-se da estratégia adequada para a propagação do evangelho, sem afastar-se do objetivo pelo qual ela foi chamada: anunciar a Palavra de Salvação aos perdidos. Sendo assim, professor, nesta aula você poderá refletir com seus alunos a respeito da realidade em que se encontra a igreja atualmente, e a extrema necessidade de se anunciar o evangelho do Reino de forma consistente, como Cristo ensinou.

1. A Igreja deve anunciar a mensagem do Reino de Deus

A igreja é o ajuntamento de pessoas que compartilha dos preceitos e valores do Reino de Deus aqui neste mundo. Embora seja uma instituição, sem fins lucrativos, que têm direitos e deveres legais a cumprir, a igreja possui a mais alta e sublime responsabilidade em toda esfera da criação de Deus: anunciar o evangelho do Reino de Deus para salvação dos que estão perdidos. A ordem de Cristo é que anunciemos as “boas novas” do evangelho a todas as pessoas, sem acepção, para que todos tenham a oportunidade de conhecer a respeito dAquele que se entregou a morrer na cruz por amor a nossas vidas, a fim de que alcancemos a salvação eterna (Hb 12.2).

Além do mais, é importante ressaltar que, tal atividade da igreja só é possível porque o Espírito Santo age na vida do crente, fazendo com que sinta em seu coração o fervor de Deus para anunciar a Palavra da salvação. O mesmo Espírito capacita e orienta os crentes nesta atividade. Muitas vezes, não sabemos como devemos falar ou por onde começar, mas o Espírito Santo traz à nossa memória tudo aquilo que aprendemos e nos mostra a melhor maneira de testemunharmos a graça e a salvação de que já experimentamos (Lc 12.11,12).

2. O preparo da Igreja para a realização do evangelismo

Em face disso, para que realizemos a obra de evangelização com eficiência, precisamos buscar o fortalecimento espiritual e o preparo necessário. O mesmo Jesus não permitiu que o empreendimento que os apóstolos estavam prestes a começar, fosse realizado sem antes estarem revestidos da virtude do Espírito Santo. Porquanto, receberiam poder do alto para testemunhar acerca das grandezas de Deus: “Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra” (At 1.8).

A Bíblia de Estudo Pentecostal comenta a expressão “recebereis a virtude”, da seguinte maneira: “O termo original para ‘virtude’ é dunamis, que significa poder real; poder em ação. Esse é o versículo-chave do livro de Atos. O propósito principal do batismo no Espírito Santo é o recebimento de poder divino para testemunhar de Cristo, para ganhar os perdidos para Ele, e ensinar-lhes a guardar tudo quanto Cristo ordenou. Sua finalidade é que Cristo seja conhecido, amado, honrado, louvado e feito Senhor do povo de Deus (Cf. Mt 28.18-20; Lc 24.49; Jo 5.23; 15.26,27). (1) ‘Poder’ (gr. dunamis) significa mais do que força ou capacidade; designa aqui, principalmente, o poder divino em operação, em ação. O batismo no Espírito Santo trará o poder pessoal do Espírito Santo à vida do crente; (2) Note que neste versículo Lucas não relaciona o batismo no Espírito Santo com a salvação e regeneração da pessoa, mas com o poder celestial no interior do crente para este testemunhar com grande eficácia; (3) A obra principal do Espírito Santo no testemunho e na proclamação do evangelho diz respeito à obra salvífica de Cristo, à sua ressurreição e à promessa do batismo no Espírito (Cf. 2.14-42).

Portanto, somente cheios do Espírito Santo e revestidos com a armadura de Deus é que poderemos realizar a sua obra de maneira satisfatória e, assim, ganharemos muitas almas para o Reino celestial.

3. Utilizando a estratégia correta

Além de estarmos revestidos do poder do alto, é de suma importância que empreguemos a estratégia adequada para a realização do evangelismo. Existem muitas denominações que fazem uso de estratégias que não estão ordenadas no contexto bíblico. No entanto, é importante ressaltar que a Bíblia não relata métodos ou técnicas de persuasão para convencermos as pessoas a respeito da salvação. Antes, deixa claro que, “o Espírito Santo é quem convence o homem do pecado, da justiça e do juízo” (Cf. Jo 16.7-11). E também, quando o apóstolo Paulo convencia os infiéis, ele mesmo declarou: “A minha palavra e a minha pregação não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração do Espírito e de poder, para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria dos homens, mas no poder de Deus” (1 Co 2.4,5).

Embora existam muitas formas de se propagar o evangelho, como por exemplo, a entrega de folhetos, a realização do culto nas praças, a visitação e muitos outros, a melhor forma de anunciarmos o evangelho é com o nosso próprio testemunho, que muitas vezes, fala mais alto do que as nossas palavras. Portanto, a evangelização é a missão principal que Cristo incumbiu à Igreja, porém é necessário que ela não se afaste do propósito, para o qual foi designada: anunciar as boas novas do evangelho aos que estão perdidos em seus pecados.

Considerações finais

Tendo em vista que o objetivo principal da Igreja é alcançar a salvação de almas para o Reino de Deus, nenhuma instituição que se diz agência anunciadora do evangelho neste mundo, se resume a cumprir meramente determinados protocolos institucionais. Antes, a Igreja de Cristo é aquela que entende o chamado de Deus e se dispõe a falar do amor de Cristo aos perdidos. Sendo assim, a igreja precisa estar preparada e habilitada com o poder do Espírito Santo para que possa cumprir de maneira satisfatória a missão outorgada por Cristo aos seus discípulos.

Que possamos buscar a face de Deus e pedir que Ele nos revista com a virtude do Espírito Santo que vem do alto. Ainda que sejam muitos os desafios que temos de enfrentar, que possamos ir além, na obra de evangelização da nossa geração. Há muitos que estão perdidos, e o número de desviados é quase igual ao dos que frequentam a igreja atualmente. Que sejamos ousados na propagação da Palavra de Deus, pois certamente o Espírito santo estará conosco, orientando e ensinando a estratégia adequada para anunciarmos de forma consistente, a Salvação àqueles que precisam.
Por Thiago Santos.
Educação Cristã.
Publicações. CPAD.

Lição 7 - 1º Trimestre 2015 - Jovens.

Lição 7

Eu creio no criacionismo1° Trimestre de 2015
INTRODUÇÃOrev-jovens
I – O PROCESSO DA CRIAÇÃO (Gn 1.1—2.4)
II – DARWIN E O EVOLUCIONISMO
III – POR QUE O EVOLUCIONISMO NÃO PODE SER LEVADO A SÉRIO
CONCLUSÃO
O PROPÓSITO DA CRIAÇÃO DE DEUS.
GÊNESIS 1.1
Na aula desta semana, aprenderemos um pouco mais com relação a um tema muito falado nas religiões, e até mesmo no meio acadêmico: o Criacionismo. No entanto, nos deteremos a comentar em relação ao propósito de Deus para sua criação. Deus se identifica com os seres que Ele criou, e “sem Ele nada do que foi feito se fez” (Cf. Jo 1.3). Por este motivo, Ele determinou um propósito para a sua criação, a fim de que todo ser que respira, renda louvor e honra ao Criador. Além disso, criou o homem à sua imagem e semelhança, para que este, a principal obra de suas mãos, o adorasse e também o reverenciasse como Pai e Criador.
Assim sendo, toda a criação deve adorar ao Senhor Deus que criou os céus e a terra, e reconhecer a sua soberania acima de todas as coisas, pois somente a sua verdade permanecerá. Embora muitos não creiam ou não aceitam a explicação dada pela Palavra de Deus a respeito da criação, somente as Escrituras Sagradas contém a resposta definitiva para o princípio de todas as coisas. As definições científicas são meras especulações daqueles que rejeitam o conselho do Altíssimo. Portanto, caro professor, enfatize aos seus alunos o propósito da criação, e esclareça que Deus também nos criou com um propósito e nos torna seus filhos por meio da fé em Jesus Cristo, o nosso Salvador. Boa aula!

O Criador designou um propósito para sua criação

O Senhor Deus criou todas as coisas com um propósito (Ec 3.1-11). Ele, sendo Deus transcende toda a sua criação. Não há nada que exista que tenha fugido do olhar criativo de Deus, pois “sem Ele nada do que foi feito se fez” (Cf. Jo 1.3). Na Bíblia de Estudo Pentecostal, encontramos um estudo que comenta a respeito do propósito divino para sua criação: “Deus tinha razões específicas para criar o mundo. 1. Deus criou os céus e a terra como manifestação da sua glória, majestade e poder. Davi diz: ‘Os céus manifestam a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos’ (Sl 19.1; cf. 8.1). Ao olharmos a totalidade do cosmos criado — desde a imensa expansão do universo, à beleza e à ordem da natureza — ficamos tomados de temor reverente a majestade do Senhor Deus, nosso Criador. 2. Deus criou os céus e a terra para receber a glória e a honra que lhe são devidas. Todos os elementos da natureza — o sol e a lua, as árvores e a neve, os rios e os córregos, as colinas e as montanhas, os animais e as aves — rendem louvores ao Deus que os criou (Sl 98.7,8; 148.1-10; Is 55.12). Quanto mais Deus deseja e espera receber glória e louvor dos seres humanos! 3. Deus criou a terra para prover um lugar onde o seu propósito e alvos para a humanidade fossem cumpridos” (CPAD, 1995, p.31,32). Sendo assim, Deus criou o ser humano para servi-lo com fé e amor, a fim de que estivessem em comunhão plena com o Criador e vivessem em santidade e retidão diante de Deus.

A credibilidade das Escrituras Sagradas em explicar a criação
Embora muitos ignorem que o relato bíblico seja a explicação mais coerente para o surgimento da criação, as Escrituras Sagradas possuem a credibilidade e a autoridade comprovada para falar do assunto. Pois, é na Palavra de Deus que encontramos os testemunhos fidedignos da manifestação do poder do Criador em todas as coisas (Cf. Jo 5.39; 2 Tm 3.16).
Diferentemente das especulações científicas, que baseiam suas teorias em argumentos vazios. Como o nome mesmo diz, são meras promessas de encontrar a comprovação de uma hipótese que nunca poderá ser comprovada. Visto que é fruto da investigação humana e busca constante por tentar descobrir a “verdade”, ignorando a existência do Deus Criador e não depender de sua graça para alcançar o conhecimento pleno de todas as coisas. Portanto, a sabedoria do Altíssimo não deve ser subestimada nem a sua Palavra negligenciada, e os que tais coisas praticam receberão o duro juízo que sobrevirá aos que não creem na mensagem do evangelho.
Considerações finais

Por fim, podemos entender que o Criador não está insensível à sua criação. Antes, mantém uma relação estável e de domínio sobre todas as coisas. Porquanto, nada foge ao seu propósito. Todas as coisas foram feitas por suas mãos e Ele espera que essa mesma criação o adore e reconheça a sua soberania. Dentre todas as suas obras, o homem é a mais importante, pois o Criador preparou todo o ecossistema e sujeitou à autoridade humana tudo o que existe, a fim de que este domine sobre a criação e cuide para que tudo esteja em conformidade com a vontade divina (Cf Gn 1.26,28-30).

Embora muitos sejam céticos, em relação ao relato das Sagradas Escrituras, somente ela possui a autoridade de argumentar que todas as coisas subsistem porque existe um Deus, criador dos céus e da terra que explica por intermédio da sua Santa Palavra, a origem e a criação de todas as coisas. Portanto, é por meio dela que cremos e encontramos os testemunhos que nos ensinam o caminho da verdade, pelo qual, podemos ser salvos.
Por Thiago Santos.
Educação Cristã.
Publicações. CPAD.