quinta-feira, 28 de junho de 2018

Lição 01 - 3º Trimestre 2018 - A História da Sementinha - Primários.

Lição 1 - A História da Sementinha

 3º Trimestre de 2018
Objetivo: Que o aluno compreenda que o Reino de Deus cresce à medida que anunciamos a sua Palavra.
Ponto central: O Reino de Deus deve ser anunciado a todas as pessoas.
Memória em ação: “De modo que não importa nem o que planta nem o que rega, mas sim Deus que dá o crescimento” (1 Co 3.7)
     Querido (a) professor (a), mais um trimestre se inicia. Como este ano está passando rápido, não é mesmo?! Em meio a uma rotina corrida e com tantos compromissos, por vezes negligenciamos a importância de parar e refletir. Sobre nós, sobre nossas vidas, sonhos, MISSÃO! Que possamos juntos orar como o salmista: “Senhor, ensina-nos a contar os nossos dias, de tal maneira que alcancemos coração sábio” (Sl 90.12). Você, professor (a), é um instrumento de Deus para transmitir esta sabedoria a seus primários, a fim de que cresçam instruídos nos valores eternos, sem se perderem do que realmente importa. Por isso, renove-se no Senhor, comece esta nova etapa refletindo, como nesta oração de Moisés, registrada como o mais antigo salmo da bíblia.
Perceber que a vida é curta nos ajuda a usar o pouco tempo que temos mais sabiamente e para o bem eterno. Reserve um momento para “contar seus dias” e perguntar-se: o que desejo que aconteça em minha vida antes de morrer? Que pequeno passo tenho de dar em direção a tal propósito hoje? (Bíblia de Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, p. 797)
     E falando em focar em valores eternos, o tema desta nova revista são justamente histórias que nos instruem acerca deles: As Parábolas de Jesus. A cada aula seus alunos terão a gloriosa oportunidade de ouvir uma lição ensinada pelo Mestre dos mestres.
       Nesta primeira aula, vamos ensinar os Primários sobre a parábola do grão de mostrada, narrada em Marcos 4.30-34.
       Aproveitando o tema da lição sobre sementinha logo no início do trimestre, que tal confeccionar com os primários uma sementeira? Além de clarificar e reforçar os aprendizados desta história contada por Jesus é também uma rica experiência para os pequeninos estar em contato com a terra, ver o desabrochar e desenvolvimento de uma semente, o cuidado e paciência que requer, etc. Ao longo dos próximos meses as crianças poderão vivenciar tudo isso e acompanhar na prática o que foi mencionado na história que Jesus contou. Lembrando que a sementeira ficará sob a sua supervisão (talvez seja necessário levar a sementeira para outro ambiente, arejado e com luz, trazendo-a de volta para a observação da turma, somente para o momento da aula).
     Seguem três idéias compartilhadas pelo blog “Tempo Junto” que você pode colocar em prática com sua turma com bastante facilidade. E, claro, sempre ir frisando que isto é criação de Deus, assim como a lição aprendida em Marcos 4.30-34, sobre a paciência, perseverança e carinho necessários com a “semente”, assim como devemos ter pregando a Palavra de Deus para todos.
1- Replantando Aipo
aipo
      Sabia que plantando dentro da raiz/talo do Aipo ele cresce novamente? Veja como fazer. 
      Corte a base no pé de aipo, deixando alguns centímetros. Coloque esse pedaço em um prato com água, em um local ensolarado. Só isso! Esse meiozinho amarelo é de onde as folhas sairão. Há algumas dicas: deixar o aipo em lugar bem úmido e remover apenas alguns pedaços do aipo por vez. Comece por fora e depois os pedaços de dentro. As mudanças acontecem bem rápido, em apenas alguns dias. Então, a experiência vai ser bem legal para as crianças!
2- Sr. Ovo cabeludo
       Essa ideia incrível e super criativa do Nurture Store de usar cascas de ovo para fazer crescer plantinhas que mais se parecem com o cabelo do Sr. Ovo.
ovos
      Você vai precisar de caixa de ovos vazia, canetas coloridas, algodão, sementes simples pra graminha (podem ser milhos ou feijões) e cascas de ovos vazias.
       Primeiro, lave as cascas já vazias e as ponha na caixa de ovos. Depois, coloque um pouco de algodão molhado com as sementes dentro. Ponha bastante mesmo, pra poder crescer bastante “cabelo.” O legal dessa atividade é desenhar na casca com muito cuidado, fazendo olhinhos, criando rostinhos de acordo com a criatividade de cada criança.
       Deixe essa caixa de ovos perto de uma janela e espere a grama crescer. Garanto a vocês que o resultado, mesmo que um pouco demorado, vai ser incrível. Não se esqueça de manter o algodão sempre molhado. Depois de alguns dias o Sr. Ovo vai deixar de ser careca.
3 - A experiência clássica: Feijões “mágicos”
feijao
      É claro que não poderia faltar a sugestão da experiência com sementes mais clássica de todas: a plantação de feijão! Tudo que você precisa é algodão molhado, feijão, um pote ou copo de preferência transparente e um lugar perto da janela. Essa provavelmente você já fez na época da sua escola. É muito legal ver o crescimento das plantas, principalmente do feijão que faz parte do almoço de quase todo brasileiro e as crianças estão bem familiarizadas.
      Forre o fundo do recipiente com algodão umedecido, coloque a semente de feijão e deixe em um local iluminado. Os segredos simples para o sucesso dessa experiência são manter o algodão sempre úmido, molhando, aos poucos no decorrer do crescimento; não deixar o feijão tomar muito sol; e nem permitir que insetos entrem no recipiente. Apenas isso. Após os três primeiros dias o algodão mudará de cor, em seguida, o feijão enrrugará, até que “tcharãm”, brotará uma raiz e a primeira folhinha.  
      O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula.
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Primários da CPAD
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas lições da Revista Primários. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

Lição 01 - 3º Trimestre 2018 - Noé, Um Pregador Ousado - Juniores.

Lição 1 - Noé, um Pregador Ousado

3º Trimestre de 2018
Texto bíblico – Gênesis 6.5—7.24; 8.15—9.17.

Prezado(a) professor(a),
Estamos iniciando mais um trimestre de estudo da Palavra de Deus. Dessa vez seus alunos conhecerão histórias de personagens que demonstraram fé e coragem diante de grandes desafios. E para iniciarmos os trabalhos faremos menção de um herói da fé que suportou a incredulidade de uma geração inteira e não desanimou de realizar a obra que o Senhor havia ordenado. Noé obedeceu a Deus e construiu uma arca para ele e sua família abrigarem-se do dilúvio que havia de vir sobre toda a terra. Mesmo tendo que enfrentar várias dificuldades, Noé permaneceu firme e viu o cumprimento da promessa (cf. Gn 6.13-22).
Além de mostrar-se bem disposto a construir aquela grande embarcação, Noé enfrentou lutas internas que combatiam a sua fé. Imagine uma pessoa que recebeu o chamado de Deus e inicia este grande empreendimento com muita fé, mas o tempo passa e não vê se cumprir o que Deus havia prometido. Certamente, Noé deve ter enfrentado vários conflitos internos e externos: por fora, os homens se comportavam de mal a pior e a terra estava cheia de violência (v. 13); e por dentro, os temores, a irritação e o desânimo. Ainda assim, Noé não desistiu e a Bíblia o chama de pregoeiro da justiça (cf. 2 Pe 2.5).
Um aspecto marcante do comportamento na história de Noé é a forma como ele entendia o pecado. A Bíblia diz que Noé era um homem justo e reto em suas gerações (Gn 6.9). Ele não se conformava com o triste estado em que se encontravam os homens da sua geração. Eram pessoas que perderam o total temor de Deus e tornaram-se insensíveis à necessidade do próximo. Noé, todavia, seguia de forma justa e agradável aos olhos do Criador. Por causa da crescente maldade da humanidade o Senhor observou que não havia outra forma a não ser castigar a terra com o dilúvio e separar para si um povo santo que o adorasse e levasse a diante a proposta divina de que toda a terra deveria servir a Deus.
Seus alunos devem ser ensinados a rejeitar o pecado, a maldade e não se conformarem com este mundo (cf. Rm 12.2). Assim como Noé rejeitou as práticas do mundo daquela época que antecediam o evento do dilúvio, seus alunos também devem ser estimulados desde pequenos a rejeitarem toda prática desagradável a Deus, tendo em vista que a volta de Jesus Cristo está às portas. O mesmo Jesus afirmou que assim como acontecia nos dias de Noé, assim será a Vinda do Filho do Homem, “Pois, antes do dilúvio, o povo comia e bebia, e os homens e as mulheres casavam, até o dia em que Noé entrou na barca. Porém não sabiam o que estava acontecendo, até que veio o dilúvio e levou todos. Assim também será a vinda do Filho do Homem” (Mt 24.37-39). Portanto, importa que seus alunos saibam como se posicionar frente ao mundo, sabendo que todos terão que prestar contas a Deus.
Utilize a ilustração da Arca e pergunte aos seus alunos o que era necessário para que Noé e sua família tivessem um bom relacionamento durante o tempo que ficariam naquela embarcação. Peça que digam também que práticas devem ser rejeitadas se quisermos ter um bom relacionamento dentro da igreja — a arca de Deus nos dias atuais.
Por Thiago Santos
Educação Cristã - Publicações CPAD
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Lição 01 - 3º Trimestre 2018 - A Palavra Eterna Habitou entre Nós - Pré Adolescentes.

Lição 1 - A Palavra Eterna habitou entre nós 

3º Trimestre de 2018
A lição de hoje encontra-se em: João 1.1-5,10-14.
Olá prezado(a) professor(a),
É com muita alegria que queremos parabenizá-lo(a) pela sua trajetória até aqui. Não é fácil ser um(a) professor(a) da Escola Dominical, pois o nosso compromisso está além do ensino. A nossa responsabilidade não se resume em propagar o conhecimento da Palavra de Deus, mas também colocá-la em prática, tendo em vista que não podemos ensinar as verdades bíblicas e ter uma vida completamente oposta ao que ensinamos.
O tema deste trimestre ressalta os ensinamentos de Cristo aos seus discípulos, registrados especificamente no evangelho de João. Em geral, este evangelho é muito utilizado em programas de discipulado por se tratar de um material vasto de informações que relatam as particularidades de Jesus. Se alguém quer conhecer a pessoa de Jesus, sua natureza como Filho de Deus e a obra da salvação consumada na cruz do Calvário este é o evangelho ideal para iniciar a leitura.
A primeira lição deste trimestre tem como título “A Palavra Eterna Habitou entre Nós”. Como já é de praxe saber, o evangelista João apresenta Jesus Cristo como a Palavra de Deus, “o Verbo vivo que se fez carne” (Jo 1.14). João explica a pré-existência, coexistência e participação de Jesus na criação juntamente com o Pai e o Espírito Santo. Jesus não foi criado ou surgiu a partir da gestação no ventre de Maria, Ele estava juntamente com o Pai na eternidade e veio a este mundo cumprir a missão que lhe foi designada.
O comentário da Bíblia de Estudo Pentecostal (1995, p. 1569) discorre a respeito do “Verbo que se fez carne”:
João começa seu Evangelho denominando Jesus de ‘o Verbo’ (gr. Logos). Mediante este título de Cristo, João o apresenta como a Palavra de Deus personificada e declara que nestes últimos dias Deus nos falou através do seu Filho (cf. Hb 1.1). As Escrituras declaram que Jesus Cristo é a sabedoria multiforme de Deus (1 Co 1.30; Ef 3.10,11; Cl 2.2,3) e a perfeita revelação da natureza e da pessoa de Deus (Jo 1.3-5,14,18; Cl 2.9). Assim como as palavras de um homem revelam o seu coração e mente, assim também Cristo, como ‘o Verbo’, revela o coração e a mente de Deus (14.9). João nos apresenta três características principais de Jesus Cristo como ‘o Verbo’.
(1) O relacionamento entre o Verbo e o Pai. (a) Cristo preexistia ‘com Deus’ antes da criação do mundo (cfr. Cl 1.15,19). Ele era uma pessoa existente desde a eternidade, distinto de Deus Pai, mas em eterna comunhão com Ele. (b) Cristo era divino (‘o Verbo era Deus’), e tinha a mesma natureza do Pai (Cl 2.9; ver Mc 1.11). 
(2) O relacionamento entre o Verbo e o mundo. Foi por intermédio de Cristo que Deus Pai criou o mundo e o sustenta (v. 3; Cl 1.17; Hb 1.2; 1 Co 8.6).
(3) O relacionamento entre o Verbo e a humanidade. ‘E o Verbo se fez carne’ (v. 14). Em Jesus, Deus tornou-se um ser humano com a mesma natureza do homem, mas sem pecado. Este é o postulado básico da encarnação: Cristo deixou o céu e experimentou a condição da vida e do ambiente humanos ao entrar no mundo pela porta do nascimento humano (ver Mt 1.23 nota).
Entender que a origem de todas as coisas está ligada inerentemente ao ato criativo de Deus é de suma importância para o fortalecimento da fé em seus alunos. Em muitas circunstâncias eles serão tentados a desistir da fé que receberam e questionados quanto ao que creem. Por conta disso, é importante que tenham em mente que a vida e a criação emanam da fonte que é Deus. Utilize os argumentos apontados na lição de hoje e abra espaço para os seus alunos perguntarem a respeito da origem de Jesus. Mostre aos seus alunos que Jesus Cristo é o nosso maior modelo a ser seguido.
Por Thiago Santos
Educação Cristã - Publicações CPAD
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Pré-Adolescentes. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

Lição 01 - 3º Trimestre 2018 - Porque Estudar História? Adolescentes.

Lição 1 - Por que estudar História? 

3º Trimestre de 2018
TEXTO BÍBLICO: Salmos 78.1-4.

OBJETIVOS:
Ensinar aos alunos sobre a importância da história;
Exemplificar maneiras prazerosas de se aprender história;
Conscientizar sobre a importância da história da Igreja. 
Olá caríssimo(a) professor(a),
Mais um trimestre se inicia e com ele recebemos uma nova oportunidade de conhecermos da parte de Deus o que Ele tem reservado para cada um de nós. Quando estudamos as Escrituras Sagradas, encontramos uma vasta quantidade de registros que são relevantes para o nosso aprendizado e crescimento espiritual. A Bíblia apresenta textos que são instrutivos e servem de orientação para diversas situações que nos deparamos diariamente. Por outro lado, encontramos escritos que são descritivos, isto é, narrativas que apresentam exemplos de grandes personalidades que tiveram um encontro com Deus e se tornaram heróis da fé. Por intermédio de suas histórias podemos aprender lições relevantes que fortalecem a nossa fé.
Nesse contexto, a Palavra de Deus também nos apresenta a história da Igreja, o povo que Deus separou para levar a mensagem da salvação até os confins da terra. Essa mesma história teve inicio, oficialmente, em Atos dos apóstolos, quando os discípulos usados por Deus começaram a se reunir para adorar e compartilhar dos ensinamentos deixados pelo Senhor Jesus.
A igreja iniciada com os apóstolos tinha características especiais que deveriam ser renovadas a cada período da sua história. Infelizmente, não foi isso que aconteceu, pois como a história relata a igreja assumiu várias formas e faces com o passar dos tempos. Dentre os aspectos da igreja que podemos destacar está o que foi tratado com os irmãos no livro de Atos, conforme apresenta o comentário da Bíblia de Estudo Pentecostal (1995, p. 1657): 
Através do livro de Atos, bem como outros trechos do Novo Testamento, tomamos conhecimento das normas ou dos padrões estabelecidos para uma igreja neotestamentária.
(1) Antes de mais nada, a igreja é o agrupamento de pessoas em congregações locais e unidas pelo Espírito Santo, que diligentemente buscam um relacionamento pessoal, fiel e leal com Deus e com Jesus Cristo (13.2; 16.5; 20.7; Rm 16.3,4; 1 Co 16.19; 2 Co 11.28; Hb 11.6 nota).
(2) Mediante o poderoso testemunho da igreja, os pecadores são salvos, nascidos de novo, batizados nas águas e acrescentados à igreja; participam da Ceia do Senhor e esperam a volta de Cristo (2.41,42; 4.33; 5.14; 11.24; 1 Co 1.26).
(3) O batismo no Espírito Santo será pregado e concedido aos novos crentes (ver 2.39 nota), e sua presença e poder, se manifestarão.
(4) Os dons do Espírito Santo estarão em operação (Rm 12.6-8; 1 Co 12.4-11; Ef 4.11,12), inclusive prodígios, sinais e curas (2.18,43; 4.30; 5.12; 6.8; 14.10; 19.11; 28.8; Mc 16.18).
(5) Para dirigir a igreja, Deus lhe provê um ministério quíntuplo, o qual adestra os santos para o trabalho do Senhor (Ef 4.11,12).
(6) Os crentes expulsarão demônios (5.16; 8.7; 16.18; 19.12; Mc 16.17).
(7) Haverá lealdade absoluta ao evangelho, isto é, aos ensinamentos originais de Cristo e dos apóstolos (2.42. ver Ef 2.20 nota). Os membros da igreja se dedicarão ao estudo da Palavra de Deus e à obediência a ela (6.4; 18.11; Rm 15.18; Cl 3.16; 2 Tm 2.15).
(8) No primeiro dia da semana (20.7; 1 Co 16.2), a congregação local se reunirá para a adoração e a mútua edificação através da Palavra de Deus escrita e das manifestações do Espírito (1 Co 12.7-11; 14.26; 1 Tm 5.17).
(9) A igreja manterá a humildade, reverencia e santo temor diante da presença de um Deus santo (5.11). Os membros terão uma preocupação vital com a pureza da igreja, disciplinarão aqueles que caírem no pecado, bem como os falsos mestres que são desleais à fé bíblica (20.28; 1 Co 5.1-13; ver Mt 18.15 nota).
(10) Aqueles que perseverarem no caráter piedoso e nos padrões da justiça ensinados pelos apóstolos, serão ordenados ministros para a direção das igrejas locais e a manutenção da sua vida espiritual (Mt 18.15 nota; 1 Co 5.1-5; 1 Tm 3.1-7; Tt 1.5-9).
(11) Semelhantemente, a igreja terá diáconos responsáveis para cuidarem dos negócios temporais e materiais da igreja (ver 1 Tm 3.8 nota).
(12) Haverá amor e comunhão no Espírito evidente entre os membros (2.42,44-46; ver Jo 13.34 nota), não somente dentro da congregação local como também entre ela e outras congregações que creem na Bíblia (15.1-31; 2 Co 8.1-8).
(13) A igreja será uma igreja de oração e jejum (1.14; 6.4; 12.5; 13.2; Rm 12.12; Cl 4.2; Ef 6.18).
(14) Os crentes se separarão dos conceitos materialistas prevalecentes no mundo, bem como de suas práticas (2.40; Rm 12.2; 2 Co 6.17; Gl 1.4; 1 Jo 2.15,16).
(15) Haverá sofrimento e aflição por causa do mundo e dos seus costumes (4.1-3; 5.40; 9.16; 14.22).
(16) A igreja trabalhará ativamente para enviar missionários a outros países (2.39; 13.2-4).
Nenhuma igreja local tem o direito de se chamar de igreja segundo as normas do Novo Testamento, a não ser que esteja se esforçando para manter estas 16 características práticas entre os seus membros.
Aproveite e confeccione um cartaz com estas informações e fixe em um local de fácil visualização. Depois converse com seus alunos e pergunte se a igreja dos dias atuais tem apresentado essas características. Leve para sala de aula livros que contam um pouco da história dos cristãos em todo o mundo. Se preferir, pesquise no livro História Eclesiástica de Eusébio de Cesaréia, editado pela CPAD, e destaque alguma informação histórica que seja relevante para a classe.
Thiago Santos
Editor do Setor de Educação Cristã da CPAD
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições da Revista Adolescentes Vencedores. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo. 

Lição 01 - 3º Trimestre 2018 - O Que é Milagre? Jovens.

Lição 1 - O que é Milagre

 3º Trimestre de 2018 
Introdução
I - O Milagre
II - Perigos que Rondam o Milagre
III - O Contraste da Religiosidade com a Palavra do Evangelho
Conclusão
Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivos:
Destacar as definições de milagres, sua função e sua imprevisibilidade;
Elencar alguns principais perigos do milagre;
Constatar a religiosidade com a palavra do Evangelho.
Palavras-chave: Milagre.

Para ajudá-lo(a) na sua reflexão, e na preparação do seu plano de aula, leia o subsídio de autoria do pastor César Moisés Carvalho:
Apesar de Adolf von Harnack (1851–1930) ter dito, no final do século XIX, “que os evangelhos foram escritos numa época em que o maravilhoso ocorria quase diariamente”1, a admiração das pessoas com os feitos de Jesus (Mt 8.27; Mc 1.27, etc.), bem como a expressão de ceticismo de Sara, em época muito anterior, acerca do milagre de ela gerar um filho (Gn 18.9-15), demonstram justamente o contrário de seu raciocínio. Na verdade, a palavra grega comumente utilizada para milagre é thaumazein 2  e significa “admirar-se, espantar-se, surpreender-se, mas também honrar, venerar, apreciar algo”3.  A postura de espanto e assombro das pessoas diante do inexplicável demonstra não passividade, mas justamente o oposto, pois, conforme a filosofia clássica — representada por Sócrates, Platão e Aristóteles —, tal atitude é o início do exercício filosófico. Contrariamente, a filosofia estoica defendia a ideia de que o sábio é alguém que não mais se admira. Enquanto essa última escola apontava a hipótese de as coisas serem explicadas de forma a eliminar completamente qualquer vestígio de espanto e assombro, a primeira defendia a ideia de que “nunca chegaremos ao fim com a admiração, [pois] nunca conheceremos todas as causas, mas permaneceremos reiteradamente assombrados perante o mistério que apenas podemos admirar”4.  Sabe-se que o “ser humano que admira é curioso, quer investigar e compreender o que o assombra”; contudo, é fato que, em “sua tentativa de compreender, também experimentará sempre nova admiração e deter-se-á perante novos mistérios”5.  Portanto, como já é de conhecimento geral, a obra, e muito menos este capítulo, não tem a pretensão de explicar o milagre, pois “milagre não se explica”6
Deparar-se com uma situação-limite e reconhecer a própria incapacidade em entender determinado evento ou fenômeno passa longe de ser preguiça mental ou filosófica. Trata-se apenas do fato inegável de que não há possibilidade de alguém saber todas as coisas. Aliás, como oportunamente observou Karl Popper (1902–94): “Quanto mais aprendemos sobre o mundo, mais consciente, mais detalhado e mais exato se torna nosso conhecimento sobre problemas ainda sem solução, nosso conhecimento socrático de nossa ignorância”7.  Contudo, de onde vem essa presunção que insiste em fazer com que o ser humano acredite que pode saber tudo? Ou, para mudar a pergunta, como se deu a substituição da “fé religiosa” pela “fé científica”, isto é, na “convicção de que o mundo está estruturado de acordo com leis racionais que lhe são próprias”8 ? Sim, como diz Antoine Vergote (1921–2013), “todo o espírito científico se instaura a partir [deste] a priori”, qual seja, “o da fé numa regulação que determina os fatos observados”9.  Dessa forma, o “antigo sentido religioso à espera de sinais prodigiosos se transforma na crença científica no determinismo do mundo fechado e na admiração pelo prodígio universal que é a racionalidade do cosmo e da natureza”10.  Mas será que o universo “funciona” exatamente dessa forma? Um sistema fechado de causa e efeito explica realmente de forma satisfatória todos os eventos e fenômenos observáveis no universo? 
Antes de pensarmos nessas questões (as quais voltarei mais à frente), é preciso entender que dois filósofos iluministas, em particular, Baruch Spinoza e David Hume, foram responsáveis por estabelecer objeções à questão dos milagres, sendo que o primeiro é considerado um dos criadores da exegese histórico-crítica 11.  A despeito de tal importância e de ter contraposto a noção apologética corrente à época, de que os milagres serviam para demonstrar às pessoas a existência de Deus, Spinoza acabou sendo eclipsado por Hume, que, apesar de partir de uma concepção completamente distinta da do primeiro, se celebrizou por afirmar que “milagre é uma violação das leis da natureza; e como uma experiência constante e inalterável estabeleceu estas leis, a prova contra o milagre, devido à própria natureza do fato, é tão completa como qualquer argumento da natureza que se possa imaginar”12.  Ainda que, neste trecho, a grande barreira para o milagre, de acordo com o argumento de Hume, é que este é uma “violação das leis da natureza”, e esta, com o entendimento da física que havia naquele período, funcionava de forma fechada como um sistema de causa e efeito, a primeira grande objeção levantada pelo filósofo escocês, e ao que dedica praticamente todo o seu texto “Dos Milagres”, refere-se a sua completa falta de credibilidade no que diz respeito ao testemunho humano. Uma vez que os milagres bíblicos, particularmente os realizados por Jesus Cristo, dependem do testemunho dos primeiros seguidores do Senhor e estes, para Hume, eram “homens comuns”, ou seja, não eram “pessoas judiciosas e instruídas” e “homens de tão indubitável bom senso, educação e instrução que nos assegurassem contra todo logro de sua parte”13, eis, então, o porquê de o seu testemunho ser suspeito. Para o filósofo escocês, “apenas a experiência confere autoridade ao testemunho humano, e é ainda a experiência que nos assegura a respeito das leis da natureza”14.
Ao longo do tempo, muitas foram as respostas a esse texto de Hume. Evidentemente que o exíguo espaço disponível não oferece oportunidade alguma de analisar essas respostas. Todavia, a observação de David Johnson é oportuna, pois demonstra que a “melancólica avaliação que Hume faz da credibilidade dos relatos-de-milagre historicamente disponíveis nada tem a ver com o fato de eles serem relatos de milagres religiosos”, como equivocadamente se pode supor, mas diz respeito “as lentes filosóficas através das quais Hume lê a história, o critério filosófico supostamente estabelecido”15.  Em outras palavras, o método adotado pelo filósofo escocês para interpretar a realidade influencia toda a sua leitura. Dentre as muitas respostas ao ensaio de Hume, uma delas é proveniente da pena engenhosa de C. S. Lewis (1898–1963). Em sua obra Milagres, o literato cristão irlandês procura defender racionalmente a existência dos milagres. Em contraposição ao filósofo escocês, Lewis diz que a discussão toda “sobre a existência de milagres jamais pode ser respondida simplesmente pela experiência”, pois, mesmo diante de “algo extraordinário [...] podemos dizer que fomos vítimas de uma ilusão”16.  Para ele, se “o milagroso não pode ser provado ou refutado pela experiência imediata, menos ainda o será pela História”17, conforme quer Hume. Lewis defende que a questão passa primeiramente pelo “ponto de vista filosófico” adotado para interpretar a realidade, ou seja, se a priori a possibilidade do sobrenatural está excluída, nada será capaz de convencer a pessoa. Assim, no que diz respeito aos milagres, ele instruía que, antes de afirmar se eles acontecem ou não, é preciso decidir entre os pontos de vista naturalista e sobrenaturalista. No primeiro, abrigam-se os que “acreditam que não existe nada além da Natureza”; no segundo, alocam-se os que “julgam que além da Natureza existe algo mais”. Portanto, a pergunta que se impõe é a seguinte: “Quem está certo, os Naturalistas ou os Sobrenaturalistas?”18.
Apesar de reconhecer que, por “definição, milagres devem, de fato, interromper o curso habitual da Natureza”19, e não a violar como afirma Hume, Lewis diz que um milagre indica “a intervenção de um poder sobrenatural na Natureza”20.  Considerando o fato de que existem leis que governam essa natureza e que, por isso mesmo, ela apresenta certa regularidade e uma aparente linearidade, os “que creem em milagres não estão negando a existência de normas ou regras, mas apenas que ela pode ser suspensa”, ou seja, o “milagre é, por definição, uma exceção”21.  É preciso, contudo, observar que a concepção de natureza e de suas leis, para Hume, difere completamente da visão de Lewis. Para o filósofo escocês, “essas leis são regularidades entendidas no âmbito da estrutura de uma visão de mundo em que o Deus da Bíblia é negado desde o início”, isto é, em lugar “de Deus estar continuamente envolvido no mundo, conforme a Bíblia o apresenta, o mundo funciona por ‘conta própria’”22.  O maior problema desse pensamento foi que ele tornou-se o paradigma da chamada “modernidade”, que, nas palavras de Libanio, “é, antes de tudo, o triunfo da razão”. Na modernidade, as coisas pertencentes ao “universo da religião, da revelação, da metafísica cede lugar ao reino da razão positiva”23.  A partir do século XVI até o início do século XIX, a produção teológica, tanto a conservadora quanto a liberal, deu-se sob a égide desse paradigma, que supervalorizava o racionalismo. Tanto um lado quanto o outro atribuíam demasiado valor à razão, reduzindo as verdades da fé a proposições racionais e a enunciados perfeitamente demonstráveis. Neste quesito, diz Wolfgang Pauly, os “Representantes da teologia evangélico-protestante frequentemente estavam décadas, senão séculos, à frente de seus colegas católicos”24.  Gary McGee informa que autores “de todas as tendências, desde Charles Darwin até John Henry Newman e Charles Hodge, utilizaram-se das descobertas e do progresso da ciência na formação da doutrina”  — leia-se “da teologia”25.
Na verdade, as ideias de Hume, conforme disserta o já citado Pauly, “influenci[aram] por décadas a teoria do conhecimento — na teologia fundamental — com sua teoria do conhecimento em Investigação sobre o entendimento humano (1751)”, obra onde se encontra o texto acerca dos milagres e a mesma em que o filósofo escocês defende a ideia de que a “investigação do entendimento humano exclui qualquer forma de conhecimento com conteúdo metafísico”, pois, para ele, o “conhecimento começa com a experiência sensorial concreta, que afeta a consciência”26.  É assim que, nesse período, diz o mesmo autor, na perspectiva “da teoria do conhecimento, colocou-se a tarefa teológica de uma busca da verdade racional e comunicativa e da formação de uma instância probatória acessível argumentativamente”27.  Como já foi dito, tal tarefa não ficou restrita a um ou outro lado, pois, conforme os teólogos pentecostais James Railey e Benny Aker, “os ocidentais, tanto os conservadores quanto os liberais, sustentam uma epistemologia primariamente racional”28.  Tal epistemologia levou os teólogos liberais a afirmar que os milagres dos tempos bíblicos não passavam de símbolos de algo mais profundo, enquanto os conservadores, adeptos de uma posição conhecida como “cessacionismo”, diziam que os milagres aconteceram, mas encerraram-se imediatamente após a morte do último apóstolo ou depois de completado o Novo Testamento. Analisando mais profundamente o resultado de tal exercício, não é difícil entender o porquê de Agnes Sanford dizer que o “rebaixamento do cristianismo em algo materialista e, como gostamos de chamá-lo, ‘racionalista’, é uma das tragédias de nossa vida moderna”29.  A razão dessa tragédia é muito simples. Dissertando sobre as origens da chamada secularização, uma das marcas da modernidade, o sociólogo Peter L. Berger (1929–2017) diz que é possível “sustentar, pois, que o protestantismo funcionou como um prelúdio historicamente decisivo para a secularização, qualquer que tenha sido a importância de outros fatores”30.  E como se deu esse processo de secularização protestante? Alister McGrath diz que “a ênfase do protestantismo tradicional no conhecimento indireto de Deus, mediado por intermédio da leitura da Bíblia, levou à ‘dessacralização’ — à criação de uma cultura sem senso nem expectativa de ter a presença de Deus em seu meio”31.  Tal processo levou o Ocidente à secularização e, consequentemente, ao ateísmo, pois a “ausência de toda expectativa de encontro direto com o divino por meio da natureza ou da experiência pessoal encoraja inevitavelmente a crença em um mundo sem Deus — é o tipo de cultura que vive etsi Deus non daretur (‘como se Deus não existisse’)”32.  No afã de limitar o conhecimento de Deus a exclusivamente o que a “Bíblia diz”, não na leitura simples, mas numa determinada forma de interpretação, “algumas seções do protestantismo, muitas vezes muitíssimo influenciadas pelo racionalismo do Iluminismo, continuam até hoje a enfatizar a ‘correção teológica’, ressaltando a abrangente importância de ter as ideias corretas sobre Deus”33.  Infelizmente, nessa perspectiva, a Bíblia é vista apenas “como um livro de estudo doutrinal”. Não apenas isso, “a fé torna-se um conhecimento indireto de Deus, declarado em termos de crenças a respeito de Deus que, por mais corretas que possam ser até o ponto em que alcançam, transmitem a impressão de que o cristianismo é um pouco mais que teorização abstrata sobre um Deus cuja vontade é revelada na Bíblia”34.  O problema maior dessa postura é que um “Deus permanentemente ausente logo pode se tornar um Deus morto”35, isto é, dispensável. A verdade é que, diz Gregory Miller, enquanto “cosmovisão, o modernismo secular colide com o cristianismo em sua doutrina mais básica: a realidade do sobrenatural”36.  Enquanto tal realidade sobrenatural é parte intrínseca da religião cristã, ao mesmo tempo se constitui não apenas dispensável na modernidade, mas antagônica aos seus postulados. A despeito do desprezo de alguns protestantes em relação ao pentecostalismo, Miller diz que “Nenhuma quantidade de pensamento cristão teria mantido as igrejas pelos anos difíceis deste século não fosse por esses crentes que reconheceram a necessidade da experiência cristã e da realidade da intervenção direta e sobrenatural na vida das pessoas”. O mesmo autor reconhece isso levando em consideração não apenas o “meio secular”, mas a própria realidade “dentro das igrejas”, pois, “numa cultura que tende a ser dominada pela racionalidade, um papel absolutamente essencial na formação da cosmovisão cristã foi representado por pentecostais e carismáticos no século XX”37.
Alinhado com a mesma visão, Alister McGrath diz que a “ênfase do pentecostalismo na experiência direta e imediata de Deus evita as formas, antes, secas e intelectuais do cristianismo que muitos acham sem atrativos e ininteligíveis”, ou seja, o “pentecostalismo declara que é possível o encontro direto e pessoal com Deus por meio do poder do Espírito Santo”, pois na perspectiva pentecostal, “Deus é para ser conhecido de forma imediata e direta, não indiretamente por meio do estudo de um texto”38.  Tal iniciativa proporcionou um movimento inverso do protestantismo, ou seja, trouxe a “re-sacralização” da realidade, pois “ao abrir de novo a possibilidade de uma realidade transcendente, praticamente isolada pelo modernismo”, diz McGrath, o pentecostalismo “injeta a presença de Deus na vida diária — por meio da ação social, política e do evangelismo”39.  James Dunn, citado por John Wyckoff, “observa que [enquanto] os católicos enfatizam o papel da Igreja e dos sacramentos, e subordinam o Espírito à Igreja”40  e os “protestantes enfatizam o papel da pregação e da fé, e subordinam o Espírito à Bíblia”, os “pentecostais, no entanto, reagem a esses dois extremos — ao sacramentalismo que pode se tornar mecânico e à ortodoxia biblista que pode se tornar espiritualmente morta — e reclamam uma experiência vital com o próprio Deus no Espírito Santo”41.  Coincidentemente, ao irromper de forma global, o pentecostalismo encontra-se com a “revolução quântica” que, iniciando no âmbito da física, trouxe transformações filosóficas na forma de se perceber a realidade, modificando radicalmente o conceito de um universo fechado funcionando como uma máquina tal como se pensava na concepção newtoniana. Consequentemente, a ideia de uma razão absoluta, com plenos poderes, e a concepção histórica de um progresso indefinido que marcou a modernidade foi cedendo espaço a uma noção pós-moderna de ver as coisas. A ciência deixou de ser a única forma segura de conhecimento e fonte exclusiva de saber. A objetividade prevalente do positivismo lógico que oferecia certezas eliminando tudo aquilo que não pudesse ser provado materialmente ruiu ante a realidade que, agora já se sabia, é muito mais complexa do que se apresentava aos cinco sentidos humanos. O reino da religiosidade, antes renegado pela ciência, veio novamente à tona e trouxe consigo novas formas de espiritualidade. Em termos diretos, “a oposição entre razão moderna ‘iluminada’ e fé religiosa parece ser, hoje em dia, um fato do passado: [pois] a consciência da ‘dialética do iluminismo’ reduziu muito as pretensões daqueles que às crenças religiosas desejam opor uma explicação puramente racional do mundo”42. Justamente por isso, alinho-me aos já citados teólogos pentecostais James Railey e Benny Aker, em sua defesa de que a epistemologia primariamente racional dos teólogos protestantes (tanto liberais quanto conservadores) é “inadequada para os pentecostais”, pois estes não veem uma descontinuidade, em termos de operação divina, entre o “mundo da Bíblia”, que “não é [o mesmo] do racionalista, pois [...] reconhece o sobrenatural e as experiências sobrenaturais outorgadas por Deus”43 , e o mundo atual, onde Deus, de igual forma, continua atuando na história. Tal perspectiva é diametralmente oposta à de Simon Kistemaker, teólogo reformado, que afirma, por exemplo, na introdução de sua obra, que com frequência “usamos a palavra milagre quando alguém se recupera de um ferimento grave ou de uma cirurgia complicada”44.  Ele diz que, ao fazermos isso, “estamos expressando a nossa incapacidade de explicar o poder curador que existe no corpo humano”, isto é, para ele, utilizamos a palavra milagre nessas ocasiões reconhecendo “que a recuperação não foi apenas por causa da habilidade e perícia dos cirurgiões, mas que está ligada à força inata que existe dentro do nosso corpo físico e que vence as probabilidades existentes contra a restauração”. Dessa forma, continua Kistemaker, “logo admitimos que uma recuperação miraculosa de um ferimento ou uma enfermidade é diferente dos milagres que Jesus realizou quando curou os enfermos e ressuscitou pessoas”. Para o mesmo autor, acabamos atribuindo “uma volta à saúde e à força a um misterioso poder que Deus criou dentro do nosso corpo físico”. Sua conclusão é que os “milagres que Jesus fez foram diferentes porque o poder de curar e restaurar residia nele”45.  Evidentemente que o autor, cuja teologia adotada já o impede de acreditar que hoje possa acontecer milagres, mistura casos de regeneração “natural” de células e tecidos com prodígios que são notórios e cujos os testemunhos são abundantes. Quanto à questão do “poder residente” de Jesus, será objeto de análise no próximo capítulo.
Da mesma forma que o teólogo, ou crente, reformado possui suas pressuposições, James Railey e Benny Aker dizem ser importante “que o pentecostal tenha uma base e um ponto de referência realmente bíblicos e pentecostais”, ou seja, primeiramente “deve crer no mundo sobrenatural, especialmente em Deus, que opera de forma poderosa e revela-se na história”46.  Partindo dessa premissa, eles acrescentam que os “milagres, no sentido bíblico, são ocorrências comuns”, pois nas Escrituras, “‘milagre’ refere-se a qualquer manifestação do poder de Deus e não necessariamente a um evento raro ou incomum”. De igual forma, o pentecostal crê, tal como o texto bíblico relata, que “outros poderes no mundo sobrenatural, quer angelicais (bons), quer demoníacos (maus), penetram em nosso mundo e aqui operam”. Na realidade, o “pentecostal não é materialista nem racionalista, mas reconhece a realidade da dimensão sobrenatural”47.  Portanto, a forma de o pentecostal comportar-se diante da realidade é distinta da do típico fiel reformado, não tendo dificuldade alguma em admitir que, a despeito de crer na Bíblia como Palavra de Deus, “o conhecimento racional das Escrituras, que não é o simples fato de decorá-las, não substitui a experiência pessoal da regeneração e o batismo no Espírito Santo, com todas as atividades de testemunho e de edificação que o Espírito coloca diante de nós”48.  Assim, enquanto os “argumentos a favor da ‘cessação dos milagres’ revelam, em parte, o desejo de proteger a singularidade dos atos divinos na história da redenção” 49 pois, uma vez que “o cânon da Bíblia agora está completo ou fechado”, continua Vern Poythress, “o que esses teólogos querem dizer é que hoje não podem ocorrer milagres de natureza tal que confirmem novos acréscimos ao cânon bíblico”50 , diferentemente, o “pentecostal  crê que Deus fala à sua igreja através dos dons do Espírito Santo a fim de corrigir, edificar e consolar”51.  Evidentemente que o pentecostal sabe que os dons devem ser “subordinados às Escrituras e discerníveis à luz destas”, porém, não desconhece igualmente que “não é a teologia nem a cultura que inibe a obra do Espírito Santo, mas o ponto de referência teológica e educacional”, daí o porquê da importância de se “interpretar a Bíblia dentro de suas próprias condições através de um ponto de referência apropriado”, pois somente assim “teremos uma teologia corroborada pela experiência”52.  
Apesar de saber que há vários “séculos a teologia sistemática no Ocidente tem sido disposta segundo um sistema coerente que reflete o idealismo53  racional (cf. a busca por parte dos teólogos de um centro unificante)”, informam os teólogos pentecostais James Railey e Benny Aker, o “uso de um único centro, tem limitações; por exemplo, não leva em conta os paradoxos que tanto prevaleciam no mundo antigo”, por isso, continuam, o “que agora está se tornando mais aceitável à maioria dos teólogos é ver um sistema disposto em volta de vários centros”54.  O teólogo Jack Deere, ex-cessacionista, diz que além de “arrogância” é também uma ilusão a ideia “de que se pode chegar a uma pura objetividade bíblica na determinação de todas as práticas e crenças”, pois “somos significativamente influenciados pelas circunstâncias: a cultura na qual vivemos, a família na qual crescemos, a igreja que atendemos, nossos professores, desejos, alvos e desapontamentos, nossas tragédias e traumas”55.  Em outros termos, a interpretação bíblica não acontece em um vácuo atemporal, mesmo porque os fatos relatados pelas Escrituras também encontram-se situados geográfica, histórica e socialmente por uma realidade. Portanto, o pentecostal crê na realidade do milagre, não o encarando como uma “violação das leis da natureza” e nem até mesmo com uma “suspensão delas”, mas sim como a atuação livre e soberana da parte de Deus. Somos cientes de que como obra da soberania divina, o milagre não pode ser fabricado, seguir uma fórmula única e nem ter data, horário e local marcado para acontecer, em outras palavras, trata-se de algo imprevisível e indomável.                                                                                
*Adquira o livro. CARVALHO, César Moisés. Milagres de Jesus: A Fé Realizando o Impossível. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2018.

1 HARNACK, A. O que é Cristianismo?, p. 33.
2 Do ponto de vista essencialmente vocabular, os textos do Antigo Testamento, ou seja, na “Bíblia hebraica e na antiga versão grega, chamada dos Setenta, oferecem, em hebreu e em grego, uma grande variedade do vocabulário miraculoso, constatada nas seguintes expressões:
– ‘os grandes feitos’ de Deus (em hebreu gebûrôt ou gedôlôt; Dt 3,24);
– ‘as maravilhas’ (em hebreu niflâ’ôt; Êx 5,11; Sl 71,17);
– ‘os prodígios’ (em hebreu môfetim; em grego terata);
– ‘os poderes’ (em grego dynamis, plural dynameis, do radical dyna, significando uma capacidade ou um poder ‘dinãmico’), como os gestos de salvação atribuídos ao Poder de Deus; a palavra Poder é, além disso, um substitutivo do Nome divino, como em Mc 14,62;
– ‘os sinais’ (em hebreu ôtô; em grego sèmeia; Êx 7,3; Dt 4,34).
Na Escritura, essas palavras são aplicadas tanto a fenômenos naturais, como a chuva e o trovão, quanto a um gesto extraordinário” (PERROT, Charles. Os milagres no século I In SOULETIE, Jean-Louis; THÉVENOT, Xavier. Os Milagres. 1.ed. São Paulo: Loyola, 2009, p. 39–40).
3 GRÜN, Anselm. Livrar-se de Deus?, p. 98. “Nos Evangelhos, é sobretudo Lucas quem descreve a reação dos homens aos milagres de Jesus com a palavra thaumazein: todos se assombravam com aquilo que Jesus fazia (cf. Lc 9,43; 11,14)” (Ibid., p. 99). Tal significado é o mesmo para a expressão milagre, em português, que, diz Charles Perrot, “vem do latim ‘miraculum’, cujo radical é ‘mirror’, ficar impressionado ou estupefato” (Os milagres no século I In; SOULETIE, Jean-Louis; THÉVENOT, Xavier. Os Milagres. 1.ed. São Paulo: Loyola, 2009, p. 39). 
4 Ibid.
5 Ibidem.
6 Apesar de tal aforismo ser pronunciado como conhecimento de “senso-comum”, a primeira definição de milagre de Nicola Abbagnano — reconhecendo ele que esta era a noção prevalente na Antiguidade clássica e que perdurou igualmente na Idade Média — diz que este é “Fato excepcional ou inexplicável, considerado como sinal ou manifestação de uma vontade divina” (Dicionário de Filosofia. 4.ed. São Paulo: Martins Fontes, 2000, p. 670).
7 POPPER, K. Em busca de um mundo melhor, p. 64.
8 VERGOTE, Antoine. Modernidade e cristianismo, p. 67.
9 Ibid.
10 Ibid., p. 68.
11  “Baruch Spinoza (1632–1677) descreveu na obra publicada anonimamente Tratado teológico-político as tarefas e os métodos de uma exegese crítica da Bíblia. Sua finalidade não era a redução ou mesmo a destruição da verdade divina, mas justamente o contrário, a descoberta dela e sua transmissão de modo justificável. Quando formas de linguagem e de pensamento mítico-arcaicas confundem o leitor, as afirmações da escritura devem ser transmitidas com clareza e inteligência: ‘para escapar desta confusão e libertar o espírito dos prejulgamentos teológicos, devemos usar os verdadeiros métodos de explicação da escritura e esclarecê-la, pois se não se conhece isso também não se pode ter certeza alguma sobre o que a escritura e o Espírito Santo querem ensinar’ (SPINOZA, 1984, p. 114). Spinoza menciona o conhecimento da língua hebraica, a busca da afirmação central de um texto bíblico e a pesquisa das condições do surgimento de um escrito bíblico como os mais importantes passos metódicos de qualquer exegese (cf. ibid., p. 116 s)” (PAULY, Wolfgang. História da Teologia Cristã, p. 162).

quarta-feira, 27 de junho de 2018

Lição 01 - 3º Trimestre 2018 - Levítico, Adoração e Serviço ao Senhor - Adultos.

Lição 1 - Levítico, Adoração e Serviço ao Senhor

 3º Trimestre de 2018
PONTO CENTRAL
A verdadeira adoração a Deus é evidenciada mediante o serviço voluntário, santo e amoroso ao Reino. 
ESBOÇO GERAL
Introdução
I – Sobre o Livro de Levítico
II – A Razão do Livro
III – O Manual do Sacerdote
Conclusão
OBJETIVO GERALMostrar que a verdadeira adoração a Deus compreende o nosso serviço voluntário, santo e amoroso ao seu Reino.
Levítico, Adoração e Serviço ao Senhor
Pr. Claudionor de Andrade
Embora seja visto, às vezes, como um manual de cerimônias estressante e monótono, o livro de Levítico vai além das celebrações e ritos que prescreve. No cânon divino, surge como parte viva, orgânica e essencial da História Sagrada. Por essa razão, sua atualidade não pode ser ignorada por nenhum cristão. Isso não significa, porém, que devamos submeter-nos à sua liturgia que, como muito bem explica o apóstolo Paulo, cumpriu-se plenamente em Cristo. Enveredando-se pelo caminho dos judaizantes, os gálatas caíram da graça; quase pereceram. Os princípios teológicos e devocionais de Levítico, todavia, são eternos; eram necessários ontem e continuam imprescindíveis hoje.
Nessa porção sagrada, deparamo-nos com três palavras-chave: adoração, santidade e serviço. Tais proposições servem de alicerce tanto à congregação israelita quanto à Igreja de Cristo. Ambas precisaram aprender, cada uma a seu tempo, a adorar a Deus e a reconhecê-lo como o Criador, Senhor e Mantenedor de todas as coisas. Em seguida, aprendemos com Moisés e Arão que, para agradar ao Senhor, temos de apartar-nos do mundo e separar-nos exclusivamente ao serviço divino. Eis o cerne da santificação preconizada em cada seção do livro de Levítico.
Já em suas primeiras linhas, é possível concluir que a adoração nada é sem a santificação, e a santificação, por sua vez, nenhum valor terá se não resultar em serviços ao Reino de Deus. Aqui está o fulcro do terceiro livro do Pentateuco. Ao chegarmos à última etapa desta obra, concluiremos: o Levítico é tão vivo, hoje, como no dia em que Moisés, inspirado pelo Espírito Santo, lavrou-o num papiro a caminho da Terra Prometida.Moisés, inspirado pelo Espírito Santo, lavrou-o num papiro a caminho da Terra Prometida.
I- Levítico, um Livro por Excelência
À semelhança dos demais livros do Cânon Sagrado, o Levítico destaca-se por sua singularidade, origem e excelência. Vejamos, em primeiro lugar, a razão de seu nome e de sua estrutura.
1. O nome do livro. No original hebraico, o livro de Levítico é conhecido por suas palavras iniciais: Vaicrá que, literalmente, significam “e chamou” (Lv 1.1). Numa primeira instância, veremos, nesse enunciado, um chamado indireto de Deus a Moisés a escrever a terceira porção do Pentateuco. Em seguida, enxerguemo-la como a vocação direta de Deus a Israel a reerguer-se como nação santa, profética, real e sacerdotal.
Vaicrá tem, ainda, mais duas traduções possíveis: “e separou” e “e santificou”. Teologicamente, o chamado de Deus implica em nossa separação do mundo e em nossa imediata santificação ao serviço de seu Reino.
Na erudição judaica, o livro é conhecido também como Torath Kohanim – A Lei dos Sacerdotes.
Já na Septuaginta, a versão grega do Antigo Testamento, o livro recebe o nome de Leuitikon, denotando-lhe o tema e o propósito: as coisas pertencentes ao ministério dos levitas. No latim, a sua designação é Leviticus. E, tendo em vista a origem românica do idioma português, nossos tradutores houveram por bem denominá-lo de Levítico pelas razões já apontadas.
2. Estrutura do livro. Terceiro livro das Sagradas Escrituras, o Levítico é composto por 27 capítulos, 859 versículos e, aproximadamente, 24 mil palavras. Nele, são encontrados mandamentos, proposições, narrativas e profecias. Em suas páginas, há 26 promessas quanto ao proceder obediente de quem professa adorar a Deus.

3. Singularidade do livro. O Levítico é um livro singular por duas razões: 1) É o único manual que temos na Bíblia referente à forma correta de se adorar a Deus; e 2) Embora dirigido aos sacerdotes, foi redigido por um profeta (Lv 1.1).

4. As divisões de Levítico. Utilizaremos A Bíblia Explicada para esboçar o Levítico. Esse livro sagrado, de acordo com S. E. Macnair, pode ser dividido em nove seções principais: 1) As ofertas (caps. 1-6.7). 2) A lei das ofertas (caps. 6.8-7.38). 3) Consagração (caps. 8.1-9.24). 4) Uma transgressão e um exemplo (cap. 10.1-20). 5) Um Deus santo exige um povo santo (caps. 11-15). 6) Expiação (cap. 16). 7) A conduta do povo de Deus (caps. 17 e 22). 8) As festas de Jeová (cap. 23). 9) Instruções e avisos (caps. 24-27). 
5. Origem divina e humana do livro. À semelhança dos demais livros das Sagradas Escrituras, o Levítico é um texto verdadeiramente humano e verdadeiramente divino. Sua autoria fica bem patente logo no primeiro versículo: “E chamou o SENHOR a Moisés, e falou com ele da tenda da congregação” (Lv 1.1).
O livro tem como fonte o próprio Deus e, como medianeiro, Moisés. Inspirado pelo Espírito Santo, o profeta e legislador dos hebreus redigiu-o e encarregou-se de transmiti-lo aos levitas e aos demais filhos de Israel, seus leitores e ouvintes imediatos, e, depois, a nós, a Igreja de Cristo. É uma obra, pois, de dupla procedência e autoria: divino-humana.
6. Excelência literária do livro. Que o livro de Levítico é inspirado pelo Espírito Santo, não há dúvida. Nós ouvimos a voz de Deus em cada uma de suas páginas; é um texto comprovadamente divino. Todavia, o que podemos dizer acerca de suas qualidades literárias?
Apesar de ser uma obra técnica, o Levítico não se perde naqueles jargões e tecnicismos que caracterizam os manuais. O seu autor humano, sempre guiado pelo Espírito de Deus, redigiu-o de tal forma que, passados mais de três milênios, sentimo-lo como se tivesse acabado de ser escrito. É importante observarmos que a sua redação não secciona a narrativa pentateutica da peregrinação dos israelitas à Terra Prometida.
Moisés escreveu o Levítico com tanto “engenho e arte”, que se tem a impressão de que essa porção da Bíblia Sagrada é a continuidade do Êxodo e a transição natural para os livros de Números e Deuteronômio. Temos, pois, diante de nós, uma obra de comprovada excelência literária. É bela e sublime; em seu gênero, inigualável. 
II- A Certeza da Autoria MosaicaNeste tópico, ressaltaremos as qualidades literárias de Moisés. Em seguida, veremos o idioma e a escrita usada pelo autor sagrado.
1. Deus, o autor divino. Do primeiro ao último versículo de Levítico, sente-se claramente que Deus é o seu autor (Lv 1.1). Tal convicção não advém apenas das reivindicações formais do livro; advém, principalmente, da experiência do leitor com a obra. Pelo menos essa é a minha experiência pessoal.
Do início ao final de Levítico, o Senhor dirige-se a Moisés em 38 ocasiões diferentes. Patenteia-se, dessa forma, a origem divina da terceira seção do Pentateuco. Não há dúvida: é a palavra inspirada, inerrante e completa de Deus.
2. Moisés, o autor humano. Não exagero ao afirmar que Moisés foi o homem mais sábio que o mundo já conheceu. É claro que faço essa afirmação depois de excetuar o Senhor Jesus Cristo que, além de sapientíssimo, era e é a própria sabedoria. Aliás, Ele é a Palavra de Deus encarnada. Nesse sentido, toda a palavra do Levítico era, essencial e tipologicamente, o oráculo do Filho de Deus.
Vejamos algumas qualidades literárias de Moisés.
Educado na corte faraônica, Moisés tornou-se um homem poderoso em palavras e obras. Sua cultura não se restringia ao Egito; era universal. Ele podia transitar por todo o Oriente Médio sem constrangimento algum. Já refugiado em Canaã, entrou em contato com a escrita sinaítica: um meio termo entre a pictografia egípcia e o alfabeto assurítico, que, no tempo de Esdras, seria adotado pelos escribas judeus.
Ali, nos prados midianitas, Moisés foi induzido, providencialmente, a trocar a primeira forma de escrita pela segunda. Em termos técnicos, pode-se considerar os signos sinaíticos como uma espécie de alfabeto. Será que os intelectuais egípcios conheciam os signos do Sinai? Talvez. Mas, à semelhança dos chineses, resolveram manter o seu complexo sistema de linguagem, a fim de não popularizar o conhecimento.
O estilo literário de Moisés foi divinamente forjado no deserto. Fugindo às ladainhas egípcias, foi conduzido didaticamente a sair da movediça e fantástica literatura faraônica até firmar-se num estilo firme, racional e próprio da literatura histórico-profética. Nesse período, deixa-se impregnar pela dicção poética, campesina e pastoral de seu povo. E, assim, depois de quarenta anos no exílio e, após muito pensar, o filho de Anrão e Joquebede estava preparado a lavrar as palavras que Deus, por intermédio do Espírito Santo, assoprar-lhe-ia na alma.
3. O idioma original. Ao ser intimado por Deus a ser o pai da nação eleita, Abraão ainda não falava o hebraico, embora fosse reconhecido como hebreu (Gn 14.13). Seu idioma materno era, mui provavelmente, um caldaico primitivo que ainda lutava por desvencilhar-se das influências dialetais da Acádia. Nesse sentido, a língua de suas peregrinações pode ser classificada como pré-hebraica. Isso porque, em suas caminhadas por Canaã foi mesclando sua língua materna aos diversos falares cananeus. Como estes se expressavam em línguas igualmente semíticas, o patriarca não teve dificuldades em transitar pelos diversos reinos cananeus e, com estes, negociar e estabelecer alianças. O capítulo 14 de Gênesis mostra, implicitamente, a desenvoltura linguística de Abraão entre os povos de Canaã. Seria como um lusófono a andejar numa área onde predominasse a hispanofonia.
Nos lábios dos patriarcas, a língua hebraica foi sendo paulatinamente formada ao longo de cinco séculos: do chamado de Abraão ao chamamento de Moisés. Um período que vai, de acordo com a cronologia bíblica geralmente aceita, do ano 2.000 a 1.500 a.C.
A estadia de Israel no Egito foi decisiva à consolidação do idioma hebraico. Ali, na distante Gósen, isolada no delta oriental do Nilo, os israelitas puderam desenvolver o seu idioma, livres das influências linguísticas dos cananeus e dos egípcios. Apesar de residirem no Egito, os filhos de Israel não mantinham contato com os habitantes da terra, uma vez que estes os consideravam abominação (Gn 46.34). Os súditos de Faraó não toleravam pastores de ovelhas, pois tinham o gado vacum e ovino como divindade.
Por conseguinte, quando o Senhor chamou Moisés a escrever os primeiros cinco livros da Bíblia Sagrada, a língua hebraica já estava devidamente formada. Faltava-lhe, porém, um sistema de escrita. Que signos adotar? Os hieróglifos egípcios? Ou a escrita cuneiforme das antigas Suméria e Acádia? Se Moisés tivesse optado quer pelos primeiros quer pela segunda, hoje não teríamos acesso às revelações do Gênesis e às narrativas da redenção de Israel.
4. A escrita pentatêutica. Foi nesse período que Moisés descobriu a escrita sinaítica. Se comparada aos hieróglifos egípcios e às cunhas mesopotâmicas, ela pode ser considerada, de fato, um sistema alfabético. No entanto, prefiro classificá-la de pré-alfabética por duas razões: ela ainda estruturava-se em sinais pictóricos, e estava bem longe de usar vogais em seus fonemas. Mesmo assim, era um avanço admirável em relação às grafias dos vales do Nilo e do Eufrates.
O que poderia ter acontecido se Moisés, ao invés de usar a escrita sinaítica, tivesse optado pela egípcia ou pela mesopotâmica? Certamente, hoje, a História Sagrada seria um amontoado de signos incompreensíveis e sujeitos às mais bizarras interpretações. Aliás, nem os próprios israelitas achariam nelas qualquer sentido. Mas, graças a Deus, o profeta foi não apenas inspirado a escrever inerrantemente o Pentateuco, como também foi dirigido, pelo mesmo Espírito, a escolher o sistema de escrituração mais eficaz da época, para narrar os princípios da História Sagrada até a libertação completa dos hebreus.
O alfabeto sinaítico (chamemo-lo assim) foi rapidamente assimilado pelos sábios de Israel que, sempre dirigidos e supervisionados pelo Espírito Santo, puderam dar continuidade à História Sagrada. Josué, Samuel, Davi e Gade, por exemplo, tornaram-se mestres na escrita do Sinai; grandes literatos (Js 24.26; 1 Sm 10.25; Sl 45.1). Aliás, pelo que inferimos de algumas passagens, era um sistema já bastante utilizado naquela região (Jz 8.14).
Na verdade, a escrita sinaítica nasceu entre os fenícios que, já naqueles dias, dominavam o comércio na região do Oriente Médio. E, para agilizar suas escriturações contábeis, entenderam por bem criar um sistema de registro mais dinâmico e eficaz. E, tendo como base os hieróglifos egípcios, elaboraram um pré-alfabeto que, séculos depois, seria adotado e aperfeiçoado pelos gregos e romanos.
Se bem atentarmos à história de Israel, perceberemos que, durante o exílio babilônico, os judeus vieram a trocar, de fato, o seu alfabeto pelo assurítico. Denominado escrita quadrática, devido à forma de suas letras, foi introduzido na cópia das Sagradas Escrituras mui provavelmente por Esdras. O eruditíssimo doutor e escriba, aliás, foi quem procedeu a última reforma editorial e gráfica do Antigo Testamento. Sem o seu trabalho, as Sagradas Escrituras corriam o risco de se tornarem um todo incompreensível. E, dessa maneira, viriam a cair no esquecimento.
O hebraico, como o lemos hoje no Antigo Testamento, é um legado tanto de Moisés quanto de Esdras, intermediados por filólogos como os homens de Ezequias (Pv 25.1).
A Moisés coube uma tripla e dificílima tarefa: adaptar a escrita sinaítica às necessidades linguísticas de Israel; gramaticar o hebraico e, finalmente, torná-lo uma língua literária. Nesse sentido, Moisés está para o hebraico como Martinho Lutero (1483-1546) está para o alemão. Sem o trabalho de ambos, separados por trinta séculos, hoje não teríamos nem a língua hebraica nem a alemã. Moisés, por esse motivo, não foi apenas o maior profeta da História Sagrada, foi também um dos maiores linguistas e filólogos que o mundo já conheceu. Infelizmente, os eruditos seculares, sempre preocupados em desconstruir a Bíblia, ainda não atentam a esse fato.
Quanto a Esdras, coube-lhe uma missão dupla e igualmente dificílima. Em primeiro lugar, adaptou o alfabeto assurítico, usado pelos falantes do aramaico, ao hebraico do exílio. Já resolvido o problema alfabético, o grande e bem-conceituado doutor pôs-se a revisar linguisticamente as Escrituras Sagradas até então lavradas. Sua revisão, frisamos, não avançou além do campo filológico; ele não fez nenhuma mudança de conteúdo, pois a própria Escritura, a fim de preservar-se, proibia-o terminantemente (Pv 30.5,6; Ap 22.18.19). E, sobre as adaptações linguísticas, os editores sagrados não esconderam a sua participação (Gn 22.14; Dt 3.14; 1 Sm 5.5).
A mudança da escrita sinaítica para o alfabeto assurítico, conhecido hoje como hebraico, começou a ser feita no exato momento em que Daniel e seus companheiros chegaram à corte babilônica. Eles foram não somente obrigados a aprender a língua e a cultura dos caldeus, mas também constrangidos a assimilar o seu alfabeto (Dn 1.4). Afinal, os documentos oficiais eram redigidos, inicialmente, em arameu e no alfabeto assurítico, e, depois, nas demais línguas e alfabetos.
Hoje, temos o livro de Levítico na Bíblia Hebraica, não mais na escrita sinaítica, mas no sistema alfabético assurítico. Concernente à língua hebraica, em si, o que podemos dizer? O hebraico falado no tempo de Esdras seria perfeitamente inteligível a um israelense de nossos dias. Deus, portanto, reservou os meios mais eficazes (alfabeto, língua e trabalho editorial), para que tivéssemos, hoje, a sua Palavra como Ele a inspirou a Moisés e aos demais profetas. 
III- Ocasião, o Nascimento de IsraelAo datarmos a redação do livro de Levítico, temos de levar em consideração três coisas muito importantes: a ocasião da obra, a peregrinação e o aparente atraso e, finalmente, o estabelecimento da congregação israelita no deserto.
1. A data da redação do Levítico. De acordo com a cronologia bíblica geralmente aceita, o livro de Levítico foi escrito por Moisés em 1445 a.C. É claro que essa data não pode ser considerada exata, mas também não é absurda nem pode ser descartada. E, se levarmos em conta Êxodo 40.7, veremos que a redação da terceira parte do Pentateuco começou a ser feita um ano depois de os israelitas terem saído do Egito. Foi nessa ocasião, ainda, que o Senhor ordenou fosse erguido o Santo Tabernáculo no deserto.
2. O período do Levítico. Moisés escreveu o Levítico num momento particularmente difícil da história de Israel. Os israelitas tinham acabado de sair de uma segunda apostasia. A primeira, como se recorda, foi o episódio do bezerro de ouro (Êx 32). Mas a segunda, embora não tivesse como motivação a idolatria, foi pior do que a primeira; tinha como fundamento a incredulidade que, a partir daquele momento, tornar-se-ia crônica na vida dos judeus.
Embora conhecessem a promessa feita por Deus a Abraão, os hebreus, contaminados pelo desânimo, não se animaram a apossar-se de Canaã. Foram, por isso, condenados a peregrinar no deserto por quarenta anos (Nm 14.34). Em meio a essa rebelião e apostasia, foi que Moisés, inspirado pelo Espírito Santo, escreveu o Levítico, a fim de ensinar o povo a adorar o Deus Santo, Vivo, Único e Verdadeiro.
3. A peregrinação e o atraso. Não fossem as duas grandes apostasias, Israel teria chegado a Canaã em, no máximo, dois meses. Mas, em consequência de seus pecados, os hebreus tiveram de voltear o Sinai por um período de quarenta anos, até que toda aquela geração de incrédulos caísse no deserto e, no deserto, fosse sepultada. Sem esse longo contratempo, o livro de Levítico poderia ter sido escrito em Canaã, sob circunstâncias mais favoráveis. E, quem sabe, o lamentável episódio de Nadabe e Abiú teria sido igualmente evitado, pois ambos, frutos daquela incredulidade, eram tão culpáveis quanto os dez espias que esparramaram o desalento pelo arraial hebreu.
Todavia, como o cronograma redentivo de Deus não pode ser atrasado pelas circunstâncias, aprouve ao Senhor entregar as regras e mandamentos levíticos em pleno Sinai. E, dessa forma, a nova geração de Israel adentraria Canaã com uma disposição renovada, apossando-se de vez da terra que mana leite e mel. Sendo assim, podemos dizer que o atraso ocorrido na peregrinação dos israelitas em direção à Terra Prometida foi providencial e didático. Sem a longa estadia no deserto, Israel jamais alcançaria o seu status de nação profética, sacerdotal e real.
4. A congregação no deserto. Foi nesse período conturbado, que Deus ordenou a construção do Santo Tabernáculo. Neste ponto, vejo-me obrigado a levantar esta questão: se não fossem as duas apostasias de Israel, no Sinai, a tenda de adoração seria necessária?
Que os israelitas careciam de um centro de adoração ninguém o pode negar. Entretanto, se a peregrinação tivesse durado apenas sessenta dias, um tempo mais do que razoável, acredito que, ao invés de um santuário portátil, os israelitas seriam instruídos, pelo Senhor, a erguer uma casa definitiva. Isso, porém, só viria a acontecer quatro séculos depois da entrada de Israel em seu território. A desobediência traz retardos e atrasos em todos os sentidos. Eis porque devemos primar por uma vida de obediência ao Senhor.
IV- Os Objetivos de LevíticoÀ primeira vista, o livro de Levítico é um manual de cerimônia como outro qualquer. Todavia, uma leitura mais atenta leva-nos a ver, em suas páginas, pelo menos cinco objetivos: doxológico, hagiológico, didático, diaconológico e missiológico.

1. Objetivo doxológico. No Êxodo, o Senhor demanda de seu povo uma adoração perfeita. Já no Levítico, ensina Ele, a esse mesmo povo, como alcançar esse alvo. Em suas páginas, observamos que, além da intenção do adorador, a adoração tem de processar-se de maneira correta e santa, pois o Senhor busca os que o honram em espírito e em verdade. Por isso, a partir do sacerdócio araônico, a adoração passa a ser considerada um serviço a ser prestado regular e corretamente ao Deus Santo e Verdadeiro.
A doxologia é o primeiro e mais elevado objetivo do livro de Levítico. Eis porque, no cerne de todo sacrifício e oferta, tem de estar o coração e a alma do adorador. Menos que isso é inaceitável.
2. Objetivo hagiológico. A hagiologia não se limita a estudar a vida dos homens santos; seu objetivo inclui a pesquisa de coisas tidas como santas e o processo de santificação que as acompanha. Por essa razão, temos de ver os estágios de santificação de Israel como o segundo objetivo de Levítico. Isso porque, o Deus Santo e Verdadeiro requer, de seus adoradores, a mesma santidade e a mesma verdade. Aliás, o texto áureo desse livro é bastante claro quanto aos seus objetivos hagiológicos: “Fala a toda a congregação dos filhos de Israel, e dize-lhes: Santos sereis, porque eu, o SENHOR vosso Deus, sou santo” (Lv 19.2).
A hagiologia bíblica abrange um duplo processo. O primeiro é separar o homem do mundo, para que ele, pelos meios da graça, santifique-se ao Senhor. O segundo leva esse mesmo homem, já separado do mundo, a santificar-se para o serviço de Deus. Conclui-se que a doxologia só há de ser perfeita se a hagiologia for completa na vida de quem professa amar e servir ao Senhor.
3. Objetivo didático. Mas, como alcançar os objetivos doxológicos e hagiológicos demandados no livro de Levítico? A fim de que a adoração de Israel fosse perfeita, o Senhor providenciou um amplo e eficaz aparato didático. Somente assim o perfeito e santo Deus seria perfeita e santamente adorado.
Devemos, portanto, ver como didáticos os livros de Êxodo e de Levítico, pois o objetivo de ambos é conduzir Israel, para que este, perfeita e completamente instruído, viesse a servir a Deus em espírito e em verdade.
Se levarmos em conta os ensinos das epístolas endereçadas aos gálatas e aos cristãos hebreus, veremos o Santo Tabernáculo como um jardim de infância, no qual os israelitas, sempre conduzidos pelas mãos de Arão e de Moisés, deveriam aprender os primeiros rudimentos das verdades divinas (Gl 3.24,25).
Infelizmente, eles recusaram-se a crescer na graça e no conhecimento do Senhor; optaram por ficar na escola de pré-alfabetização; não avançaram jamais. Vendo esse retardo atingir inclusive os cristãos, o autor sagrado exorta-os a deixar os tipos e emblemas dos bens futuros e, nestes, fixarem-se (Hb 9.11; 10.1).
Hoje, não são poucas as igrejas evangélicas gentias que, embevecidas pelo esplendor do culto hebreu, buscam reviver festas e cerimônias judaicas, como se o templo cristão fosse mera sinagoga. Nosso compromisso com Israel é orar pela paz de Jerusalém, para que os filhos de Abraão retornem o mais depressa possível à sua herança, conforme preconizam os santos profetas. Quanto a nós, já saímos do jardim de infância espiritual. Eis porque devemos cumprir a terceira ordenança de Jesus: evangelizar até aos confins da terra.
4. Objetivo diaconológico. Que Israel fora chamado a servir a Deus era algo que não podia ser ignorado nem pela nação como um todo, nem pelo adorador em particular. A doxologia, a hagiologia e a didática tinham de resultar, naturalmente, na diaconia de quem professa conhecer o Deus Único e Verdadeiro. Israel deveria erguer-se, necessária e urgentemente, como a comunidade servidora por excelência. Mas não foi isso que aconteceu. Os judeus tardaram em reconhecer a natureza de sua missão como filhos de Deus e herdeiros de Abraão. Se nos detivermos no espírito de Levítico, constataremos que o seu principal objetivo era preparar um povo obreiro ao Senhor.
5. Objetivo missiológico. O verdadeiro santo não é aquele que se limita a não praticar o mal; é aquele que, apartando-se do mal, deleita-se em fazer o bem e servir a Deus. Refugiar-se num convento pode até ser eficiente para quem busca fugir à avareza, à prostituição e às intemperanças. Todavia, tal refúgio impedir-nos-á de praticar o bem. E quem sabe praticar o bem e não o pratica ofende a Deus; faz-se tão pecador como aquele que, intemperando-se, lança-se a todos os excessos. Por essa razão, entendamos de uma vez por todas: fomos salvos para divulgar o testemunho de Jesus Cristo.
Tal ensino pode ser encontrado na essência de Levítico. Portanto, à semelhança dos demais livros das Sagradas Escrituras, ele é, também, um livro missiológico. Se Israel, compenetrando-se de sua missão como povo de Deus, observasse os seus mandamentos, teria partido dali mesmo, em pleno deserto, a anunciar as grandezas de Deus. Mas, recolhido aos seus privilégios, limitou-se a reagir às agressões dos gentios. De que modo estamos agindo como Igreja de Deus? Agimos? Ou limitamo-nos a reagir às circunstâncias? Santifiquemo-nos! Testemunhemos de Cristo em toda e qualquer circunstância.  
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