quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Lição 10 - 3º Trimestre 2018 - A Cura do Paralítico de Cafarnaum - Jovens.

Lição 10 - A Cura do Paralítico de Cafarnaum

3º Trimestre de 2018
Introdução
I-O Ministério de Jesus Cristo
II-Uma Grande Demonstração de Fé
III-Uma Restauração Completa
Conclusão
Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivos:
Dissertar a respeito do ministério do Senhor Jesus Cristo tendo-o como modelo absoluto;
Valorizar a amizade sincera;
Categorizar a dupla restauração realizada por Jesus.
Palavras-chave: Milagre.

Para ajudá-lo(a) na sua reflexão, e na preparação do seu plano de aula, leia o subsídio de autoria do pastor César Moisés Carvalho:
A partir deste capítulo, a análise dos milagres dar-se-á de forma distinta das sete abordagens anteriores. A despeito de sua brevidade, apenas 16 capítulos e 678 versículos (na versão ARC), o referido Evangelho apresenta 17 milagres, ou seja, falando em termos percentuais, quase mais de um prodígio para cada capítulo. A importância bíblico-teológica do Evangelho de Marcos atualmente é algo indiscutível. Apesar de tal relevância já ter sido mencionada no capítulo dois, não é demais destacar que, além de ser o primeiro texto dessa natureza, ou seja, o primeiro dos demais, conforme lembra James Dunn, “Marcos [...] deu o passo lógico [...] de dar o título ‘Evangelho’ ao seu relato da missão de Jesus ― ‘Evangelho’ como um relato que culminou na morte e ressurreição de Jesus”1.  Na verdade, atribui-se a Marcos a criação de um gênero literário denominado evangelho, pois o material produzido por ele não se trata simplesmente de “uma biografia (bíos) de um grande homem, mas um Evangelho, o relato da missão de um homem em particular que tornou a salvação possível, um livro que é, ele próprio, um meio para chegar à salvação”.2  Evidentemente que, conforme observa o mesmo autor, é legítimo “considerar o Evangelho de Marcos como um desenvolvimento natural da fase oral”, pois é praticamente certo “que ele não foi escrito para a leitura privada de um indivíduo, mas para ser lido em voz alta diante de uma audiência”.3  E se por se viver em uma sociedade letrada há alguma desconfiança com as sociedades orais, ou cujas narrativas se baseavam na tradição oral, Dunn lembra ainda que, “antes de surgir a confiabilidade da imprensa, textos escritos geralmente eram tidos como menos confiáveis do que aquilo que a memória retinha por si mesma”.4  Portanto, o material que será base para o desenvolvimento da reflexão deste e dos próximos quatro capítulos, foi o primeiro a captar que a “mensagem sobre Jesus era boa-nova não só por causa do seu ensinamento nem porque ele foi um grande praticante de curas e milagres, mas porque sua morte e ressurreição trouxe perdão dos pecados e vida aos mortos”.5 
Não é toa que o texto marcano parece ser dividido com essa lógica, ou seja, “na primeira metade do Evangelho, predomina[...], em grande medida, os relatos sobre a missão muito efetiva de realização de curas e milagres por Jesus”, enquanto que apenas na “segunda metade que começamos a ouvir, e isto repetidamente, do sofrimento esperado de Jesus como o ponto alto no relato da paixão de Jesus”6.  A esse respeito, escreve o teólogo pentecostal, Jerry Camery-Hoggatt, dizendo que há duas seções principais neste Evangelho ― 1.2―8.30 e 8.22―15.39 ― e elas, como se pode ver pelo arranjo do capítulo oito, às vezes, se sobrepõe: “A primeira seção está dividida em sete subseções grandes, e a segunda em quatro”7.  Além disso, “regra geral, os capítulos 1 a 10 tendem a estar organizados por tema, ao passo que os capítulos 11 a 16 estão organizados por cronologia”.8  Na perspectiva do referido autor, o “livro começa com um cabeçalho curto (Mc 1.1) e termina com um epílogo curto (Mc 15.4―16.8)”.9  Assim, não há prejuízo algum do ponto de vista exegético, iniciar a análise dos milagres de Jesus, no Evangelho de Marcos, com o quarto deles (2.1-12). Não obstante, é preciso observar que, conforme disserta Camery-Hoggatt, o que se conhece como “história de milagre”, possui “elementos-padrão desta forma na antiga convenção literária”, posto que “os milagres relatados na literatura antiga ― judaica e cristã ―, [...] trazem semelhanças notáveis no formato”, e tal “padrão geral ocorre quase sempre na mesma sucessão e é encontrado ao longo das tradições, durante um extenso período de tempo e numa variedade de tipos de histórias de milagre”, sejam eles “curas, ressurreições, libertações de endemonhiados e milagres na natureza”.10  Apesar das semelhanças nas narrativas de milagres na literatura antiga, judaica e cristã, é preciso ressaltar igualmente as diferenças, pois enquanto a “tradição rabínica não sente nenhuma dificuldade em referir um milagre feito por um carismático em seu próprio benefício”, de acordo com Hugues Cousin, “a tradição evangélica, ao contrário, não contém nenhum milagre feito por Jesus em seu benefício pessoal”.11 
É apropriado que, dos elementos-padrão, o último tenha extraído um exemplo de aclamação da narrativa de milagre objeto do presente capítulo. O episódio, assim como o primeiro milagre deste Evangelho (1.21-28), se dá em Cafarnaum, cidade onde o Senhor se estabeleceu (2.1). Situada às margens do mar da Galileia, Cafarnanum tornou-se o local escolhido por Jesus para fixar residência após Ele deixar Nazaré (Mt 4.12,13; 9.1). Tal se deu, de acordo com o texto bíblico e como já foi comentado, para que se cumprisse o que fora predito pelo profeta Isaías (9.1,2 cf. Mt 4.14-16), isto é, que para um povo sem esperança, uma grande oportunidade chegara, pois desde que João Batista fora preso, “veio Jesus para a Galileia, pregando o evangelho do Reino de Deus e dizendo: O tempo está cumprido, e o Reino de Deus está próximo. Arrependei-vos e crede no evangelho” (Mc 1.14,15). Uma peculiaridade da “narração deste milagre” é que ela é “composta como um ‘sanduíche’”, ou seja, “a cura do paralítico está entrelaçada a uma controvérsia sobre a autoridade de Jesus para perdoar” e, com essa reação por uma parte da audiência ― os escribas ―, “o foco do relato é desviado da pessoa miraculada para a autoridade de Jesus”.12  Na verdade, esta é a primeira de uma série de cinco controvérsias que vão desde o presente episódio estendendo-se até o capítulo três e versículo seis. Contudo, o milagre em si, constitui uma narrativa cujo sentido, como já foi reiteradas vezes dito, extrapola o acontecimento em si. Assim, no caso deste, uma vez mais tal “sentido se encontra especialmente em palavras de Jesus” e, como explica o já citado Cousin, primeiramente, “o milagre é um convite premente à conversão” e, em “segundo lugar, o milagre é o sinal eficaz da vitória de Deus sobre Satã e da vinda de seu Reino”.13  Em relação ao milagre do paralítico de Cafarnaum, a abordagem de Jesus se dá por conta de que, “para as pessoas da Bíblia”, diz Klaus Berger, o “pecado e a culpa, a transgressão e o peso de consciência formam um emaranhado indestrinchável”.14                                                                             
*Adquira o livro do trimestre de autoria de CARVALHO, César Moisés. Milagres de Jesus: A Fé Realizando o Impossível. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2018.
Que Deus o(a) abençoe.
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista Lições Bíblicas Jovens 

1 DUNN, J. D. G. Jesus, Paulo e os Evangelhos, p.79.
2 Ibid., p.82.
3 Ibidem. Acerca desse aspecto, o teólogo pentecostal Jerry Camery-Hoggatt, diz que ao adotar um método de interpretação chamado de crítica da resposta do leitor, “descobrimos que Marcos é mais igual a um sermão narrativo do que a uma coletânea de detalhes históricos. É um tipo de pregação, e, comotoda pregação, tem uma relação complexa com o contexto: Primeiramente o pregador tenta ouvir o texto em seu contexto original, para depois destinar esse mesmo texto a um contexto novo e diferente, um no qual as verdadeiras questões da vida possam ser profundamente diferentes das questões para as quais o texto foi preparado” (Marcos In ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger (Eds.). Comentário Bíblico Pentecostal, p.161-62). Ele, inclusive, observa acerca do versículo de abertura do referido Evangelho, que se supunha “que neste ponto, o ‘leitor’, que lia o texto em voz alta para a igreja, faria uma pausa antes de se entregar à leitura do restante da narrativa” (Ibid., p.175).
4 Ibid., p.68.
5  Ibid., p.84-85.
6  Ibid., p.86.
7  CAMERY-HOGGATT, J. Marcos In ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger (Eds.). Comentário Bíblico Pentecostal, p.172.
8 Ibid., p.172-73.
9 Ibid., p.173. O leitor menos familiarizado pode “estranhar” o fato de o esboço terminar no versículo 8 do capítulo 16. O chamado “Fim mais longo” do Evangelho de Marcos (16.9-20) será abordado no capítulo 14 ― Deus continua realizando milagres ―, visto que este é o texto bíblico em que se fundamenta a 14ª lição da revista homônima deste livro.
10 Ibid., p.186. Para uma ampla discussão acerca das “narrativas de milagres” como gênero literário, o leitor poderá consultar BERGER, Klaus. As Formas Literárias do Novo Testamento. 1.ed. São Paulo: Loyola, 1998, p.276-287.
11 COUSIN, H. Narração de milagres em ambientes judeu e pagão, p.87.
12  Evangelhos e Atos dos Apóstolos, p.79.
13  COUSIN, H. Narração de milagres em ambientes judeu e pagão, p.88,89.
14  BERGER, K. É possível acreditar em milagres?, p.17.

Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Jovens. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo. 

Lição 10 - 3º Trimestre 2018 - Ofertas Pacíficas para um Deus de Paz - Adultos.

Lição 10 - Ofertas Pacíficas para um Deus de Paz

 3º Trimestre de 2018
PONTO CENTRAL
Ofereçamos a Deus continuamente sacrifícios de louvor e adoração.

ESBOÇO GERAL
I – A EXCELÊNCIA DA OFERTA PACÍFICA
II – A OFERTA PACÍFICA NA HISTÓRIA SAGRADA
III – A OFERTA PACÍFICA NA VIDA DIÁRIA
OBJETIVO GERAL
Compreender que o crente oferece sacrifícios pacíficos a Deus quando pratica e semeia a paz do Senhor Jesus Cristo no poder do Espírito Santo.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Mostrar a excelência da oferta pacífica;
Discutir a respeito da oferta pacífica na história sagrada;
Compreender a oferta pacífica na vida diária.
PAZ, UMA DEFINIÇÃO SEMPRE POSSÍVEL E ESPERADA
Pr. Claudionor de Andrade
Tenho para mim que a paz é caracterizada por uma serenidade íntima inexplicável. Foi o que Paulo escreveu aos irmãos de Filipos sempre às voltas com os inimigos da cruz: “E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus” (Fp 4.7, ARA). Como explicar semelhante paz que amaina até o sol mais abrasador ou a tempestade mais bravia.
Em hebraico, a palavra paz vai além de um mero enfoque filosófico. O termo shalom, além de paz, evoca augúrios de saúde, prosperidade e autocontrole. Quando um judeu pergunta ao seu companheiro: “Como vai você?”. Em hebraico: Ma shlomĥa? Na verdade, indaga-lhe, antes de tudo: “Como vai a sua paz?”. Hoje, infelizmente, o poético e doce vocábulo foi reduzido a um trivial “oi” ou a um mero “olá”. É o que se observa no cotidiano israelense.
No grego, a palavra eirene, traduzida adequadamente para a língua portuguesa como paz, tem uma origem interessante, apesar da mitologia que a cerca. Irene era filha de Zeus e de Têmis. Juntamente com suas irmãs Eunomia e Dice, achava-se responsável pelo bom andamento das coisas. Enfim, a boa e solícita Irene tinha por tarefa zelar pelas afeições cósmicas. Se ela viesse a falhar, Céus e Terra perderiam toda a harmonia, melodia e ritmo; a música universal seria impossível.
Quando nos voltamos à Bíblia Sagrada, constatamos que a verdadeira paz vai além dos mitos e transcende as academias mais lógicas. Em Isaías, descobrimos que a paz tem como príncipe o Filho de Deus. O profeta, ao alinhar os principais títulos de Jesus Cristo, poeticamente anuncia: “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz” (Is 9.6, ARA).
Se a paz tem como príncipe o Senhor Jesus, como podemos defini-la? Antes de tudo, ela não é uma simples e expectada ausência de conflitos; ela é possível até mesmo em meio aos entreveros mais indescritíveis. Alguém, certa vez, pintou-a como um pássaro a cantar em plena tempestade. Enquanto tudo ruía à sua volta, a avezinha teimosamente canora trinava uma bela melodia ao Criador. Se na paz, não temos paz, como nos comportaremos num conflito? Foi o que o Senhor indagou ao seu profeta: “Se te fatigas correndo com homens que vão a pé, como poderás competir com os que vão a cavalo? Se em terra de paz não te sentes seguro, que farás na floresta do Jordão?” (Jr 12.5, ARA).
Às vezes, surpreendo-me na mesma condição de Jeremias. Embora tudo à minha volta rescenda à paz, acho-me em guerra comigo mesmo. Mas, como superar os conflitos que nos assolam a interioridade? A resposta é simples e teologicamente comezinha: encher-se do Espírito Santo, o promotor da paz por excelência.
(Texto extraído da obra “Adoração, Santidade e Serviço: Os Princípios de Deus para a sua Igreja em Levítico. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2018”. )
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Adultos. Nossos subsídios estarão disponíveis toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não se trata de uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

domingo, 26 de agosto de 2018

Lição 09 - 3º Trimestre 2018 - A História da Pérola - Primários.

Lição 9 - A História da Pérola

 3º Trimestre de 2018
Objetivo: Que o aluno aprenda que conhecer Jesus é o mais importante.
Ponto central: Jesus é o maior bem que podemos ter.
Memória em ação: “Portanto ponham em primeiro lugar na sua vida o Reino de Deus e aquilo que Deus quer” (Mt 6.33).
     Querido (a) professor (a), a parábola de Jesus que apresentaremos aos Primários na próxima aula contém poucos versículos, mas com profundas lições.
     “— O Reino do Céu é como um tesouro escondido num campo, que certo homem acha e esconde de novo. Fica tão feliz, que vende tudo o que tem, e depois volta, e compra o campo.
     — O Reino do Céu é também como um comerciante que anda procurando pérolas finas. Quando encontra uma pérola que é mesmo de grande valor, ele vai, vende tudo o que tem e compra a pérola” Mt 13.45,46 (NTLH).
     Estamos vivendo o auge do capitalismo e do consumismo em nossa sociedade. As pessoas usam o ato de comprar como um analgésico para suas dores e frustrações na alma; adquirem produtos caros na tentativa desesperada de mostrar, através de status, que possuem “valor”; substituem o tempo não dedicado aos filhos por presentes comprados para amenizar suas ausências. As crianças observam tudo isso, elas estão aprendendo a se comportar da mesma maneira no mundo. Desde a tenra idade começam a cobiçar, desejar, tentar compensar suas frustrações, dificuldades, falta de valor pessoal, baixa autoestima com posses, brinquedos e até comida. Por isso, é crucial aproveitar a aula de hoje para promover um bate-papo com eles sobre isso.
    Antes de começar a apresentar a história, sente-se com eles em círculo e pergunte: “Alguém sabe a diferença entre preço e valor?” Deixem que falem livremente e vá os estimulando a participarem, atenta ao que cada um diz. Em seguida, dê alguns exemplos, com base no que eles gostam: “Um celular tem preço ou valor”? “Ter um amigo verdadeiro tem preço ou valor?” Dê outros exemplos com base no que você conhece sobre cada aluno, não se esquecendo de contrapor, pontuando valores do Reino: “Deixar Jesus feliz”, etc.
      Conclua este momento enfatizando que tudo aquilo que é realmente importante nenhum dinheiro no mundo pode comprar. E o presente mais especial e caro de todos é um lugar no Céu, isto é, a salvação.
     Explique para a classe: “Jesus sabia que para entrar no Reino de Deus era preciso ser 100% perfeito, nunca cometer nem um errinho, se quer (não fazer maucriação, não brigar com nenhum coleguinha...). Ele sabia que nós não conseguiríamos. Então, se ofereceu para pagar com seu sangue na cruz por cada erro que nós cometeríamos. Ele sofreu e morreu por nós, para nos dar a vida eterna. Mas ressuscitou e subiu aos Céus, está com Deus Pai nos preparando um lugar. Que presente maravilhoso, não é mesmo?! Vamos agradecer a Jesus pelo presente mais valioso de todos os tempos?”
      Ore com as crianças em gratidão pela salvação e pedindo ao Senhor que livre cada coração das ilusões materiais deste mundo, que cada primário sempre coloque o Reino de Deus em primeiro lugar, e todas as demais coisas serão acrescentadas.
       O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula.
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Primários da CPAD

Lição 09 - 3º Trimestre 2018 - Louvo ao Papai do Céu com Alegria - Berçário.

Lição 09 - Louvo ao Papai do Céu com alegria 

3º Trimestre de 2018
Objetivo da lição: Levar os alunos a entender que adoramos ao Senhor com alegria por tudo o que Ele é e faz por nós.
É hora do versículo: “Adorem o Senhor com alegria [...]” (Salmos 100.2).
Nesta lição, as crianças aprenderão que devemos adorar ao Senhor com alegria a fim de agradecer por tudo o que Ele é e faz por nós. Enumere com as crianças todas as bondades e todos os benefícios que recebemos gratuitamente do Papai do Céu e por isso somos alegres e agradecidos. O bebê ainda não se dá conta de todas essas dádivas, mas ele já demonstra a sua satisfação com um singelo sorriso.
Como complemento para esta lição, após realizar todas as atividades propostas no manual do professor, e caso ainda haja tempo, sugerimos que distribua a imagem abaixo para as crianças circularem o rosto da criança que está sorrindo. Pergunte aos pequenos: Como está o rosto do bebê que louva o Papai do Céu com alegria?
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Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Berçário
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas lições da Revista Berçário. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.  

Lição 09 - 3º Trimestre 2018 - Jesus Escolhe seus Ajudantes - Maternal.

Lição 9 - Jesus escolhe seus ajudantes

3º Trimestre de 2018
Objetivo da lição: Conscientizar a criança de que ela pode e deve ser uma ajudante de Jesus. 
Para guardar no coração: “[...] Ele chamou os doze discípulos e os enviou dois a dois [...]  (Mc  6.7).
Seja bem-vindo
Pergunte: “Quem está alegre por ter vindo à Escola Dominical?” O Papai do Céu está alegre porque você veio aqui hoje. É tão bom fazer as coisas que o Papai do Céu gosta, porque Ele fica contente, e a gente também! Vamos louvar ao Papai do Céu com um cântico bem bonito? Cante adorando ao Senhor.
Que tal preparar um novo recipiente para o recolhimento das ofertas? Pode ser uma caixinha, latinha, ou cestinha. Forre com papel glacê ou camurça, e cole uma figura de Jesus, que é o personagem central do trimestre. Incentive: Jesus sempre agradava ao Papai do Céu. Sabe de uma coisa que agrada ao Papai do Céu? É quando trazemos a nossa oferta à igreja. Deus fica contente quando damos dinheiro para ajudar a comprar coisas para a nossa Escola Dominical. Você trouxe a sua oferta hoje?
Sugestão de oração
Faça a oração abaixo, pronunciando duas ou três palavras de cada vez, para que os alunos a repitam.‘Querido Papai do Céu, eu quero sempre agradar ao Senhor e ser seu ajudante. O Senhor é bom, e merece que eu faça tudo do jeito que o Senhor gosta. Em nome de Jesus, amém’ (Marta Doreto).
Subsídio professor“Sabemos que a mente de uma criancinha desenvolve-se mais lentamente que o seu corpo. Mas não com tanta lentidão como se acreditava algumas décadas atrás. Nos últimos anos, cientistas e educadores descobriram que a mente da criança desenvolve-se bem mais rápido do que se pensava, e foram criados programas de ensino pré-escolar, que proporcionam à criança oportunidades de uma melhor expansão da capacidade mental.
Conhecedores deste fato, e observando os pequeninos em classes da Escola Dominical, concluímos que mesmo os de 3 e 4 anos, possuem habilidade mental suficiente para compreender e absorver grandes verdades espirituais. Embora alguns conceitos doutrinários possam parecer vagos e difíceis, os alunos do maternal poderão absorvê-los se forem repetidos várias vezes. Por exemplo: Se todos os domingos, ao mostrar o cartaz da palavra-chave em forma de pomba, você repetir: O Espírito Santo veio sobre Jesus em forma de pomba. Jesus cura (liberta, ressuscita, etc, conforme a lição dada) pelo poder do Espírito Santo, elas acabarão compreendendo perfeitamente” (Marta Doreto).
Oficina de ideias
“Faça um cone de cartolina, e use-o como alto-falante. Deixe que as crianças anunciem no alto-falante que Jesus é o nosso Salvador. Aproveite a brincadeira para fixar o versículo: Quando uma criança anuncia as palavras, a classe toda grita a referência: Marcos  6.7.
Depois que todas tiverem a oportunidade de recitar no versículo no alto-falante, deixe quem brinquem com ele como quiserem, falando ou cantando” (Marta Doreto).
Até logo
Depois de repetir o versículo e o cântico do dia, encerre a aula com uma oração. Prepare as crianças para a saída. Quando os pais ou responsáveis forem buscar as crianças, recomende que, em casa, leiam a história bíblica de hoje para o(a) filho(a). Sugira que utilizem uma bíblia infantil. O texto bíblico da lição se encontra em Mateus 4.18-22. 
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista de Maternal
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas lições da Revista Maternal. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

Lição 09 - 3º Trimestre 2018 - O Amigo que Duvidava - Jd. Infância.

Lição 9 - O Amigo que Duvidava

3º Trimestre de 2018
Objetivos: Os alunos deverão aprender que a fé é a certeza daquilo que não vemos, mas em Deus esperamos; e saber que quem é amigo de Jesus crê que Ele existe e mesmo sem vê-lo, sente em seu coração e percebe o cuidado dEle em sua vida.
É hora do versículo: “A fé é a [...] prova das coisas que não podemos ver.” (Hb 11.1).
Nesta lição, as crianças aprenderão a respeito de acreditar em algo mesmo quando nossos olhos não estão vendo. Os discípulos, amigos de Jesus que o viram quando Ele já havia ressuscitado, contaram para Tomé esta novidade. Mas Tomé não acreditou. Ele só acreditaria quando ele mesmo visse com seus próprios olhos! E ainda hoje existem muitas pessoas assim! E são essas pessoas que continuam não acreditando que Jesus é o Filho de Deus, morreu na cruz para perdoar nossos pecados, ressuscitou e está no céu para onde um dia nós também iremos para morar para sempre com o Papai do Céu. Não precisamos ver essas coisas para acreditar nelas! Nunca duvide do amor do Papai do Céu por nós e do que Jesus foi capaz de fazer para a nossa salvação.
Após realizar todas as atividades propostas na revista do professor e caso haja tempo, imprima a folha abaixo com a imagem que retrata o momento em que Tomé finalmente vê Jesus ressuscitado, com a marca dos pregos em suas mãos. Esta atividade serve para finalizar a aula.
jardim.9
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Jardim de Infância
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas lições da Revista Jardim de Infância. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

Lição 09 - 3º Trimestre 2018 - Jefté, Rejeitado por seus irmãos e Honrado por Deus - Juniores.

Lição 9 - Jefté, rejeitado por seus irmãos e honrado por Deus

3º Trimestre de 2018
Texto bíblico: Juízes 11.1-33.
Prezado(a) professor(a),
Na lição desta semana seus alunos estudarão a vida de um personagem que enfrentou o preconceito devido à sua história de vida. Mas Deus, que surpreende a lógica humana, tratou de escolher justamente a Jefté para livrar o povo da opressão imposta pelos amonitas. O Senhor ama o seu povo de forma singular e não aceita que nenhum de seus servos fique envergonhado. Jefté teve que superar seus temores, a rejeição dos irmãos e o sofrimento distante da família, caso contrário, não teria condições de ser o instrumento usado para cumprir a missão designada pelo Senhor. A sua confiança em Deus e a coragem foram primordiais para que alcançasse a honra das mãos do Senhor e se tornasse o líder do seu povo naquela ocasião. A aula de hoje é fundamental para que seus alunos sejam estimulados a respeitar o próximo e a compreender que Deus é quem nos fortalece diante das adversidades.
A. O Senhor ama o seu povo de maneira singular. A Palavra de Deus é clara ao revelar o amor singular de Deus pelo seu povo. Em toda a história bíblica é notável o cuidado de Deus com Israel desde quando prometeu a Abraão que através dele levantaria uma grande nação que seria peregrina na terra do Egito, porém sairia e encontraria a Terra Prometida (cf. Gn 12; 15.13,14). Foram muitas as adversidades, porém o Senhor não abandonou o seu povo. Ele operou muitas maravilhas a fim de que os hebreus o louvassem com integridade de coração e reconhecessem que não há outro Deus além dEle nem jamais haverá. O Senhor garantiu ao seu povo que deixaria os seus inimigos envergonhados e confundidos (cf. Is 41.11-13). Da mesma maneira, Jesus, o Filho de Deus, prometeu que estaria com seus discípulos até a consumação dos séculos (Mt 28.20). A presença de Deus é a garantia de que nunca estaremos sozinhos na realização da sua obra e, portanto, devemos sempre depender da sua ajuda em qualquer decisão (cf. Sl 50.15).
B. Superando temores. Jefté teve que enfrentar os traumas ocasionados pela rejeição de seus próprios irmãos. Por conta disso, ele teve de fugir e morar em uma terra distante da família, em Tobe (Jz 11.3). Além disso, teve que conviver na presença de homens levianos, isto é, pessoas desonestas e de mau comportamento. Mesmo assim, a história revela que Jefté não se corrompeu, antes permaneceu firme nos caminhos do Senhor. Tanto que na ocasião em que os amonitas faziam guerra contra Israel, Jefté foi procurado pelos líderes de Gileade para liderar o povo na guerra. Deus observou que o seu servo permaneceu fiel mesmo após sofrer todas aquelas injustiças, e permitiu que surgissem situações adversas para exaltar seu filho. A história de Jefté serve de referência para que os seus alunos não percam o ânimo em fazer a vontade de Deus, ainda que para isso tenham que enfrentar a objeção de pessoas mais próximas.
C. A confiança e coragem de Jefté. Apesar de sofrer tantas injustiças e passar por várias adversidades, Jefté possuía características fundamentais que colaboraram no êxito do seu chamado para vencer os amonitas e se tornar o libertador do povo de Deus. A Bíblia relata que Jefté era um homem “valente e valoroso” (cf. Jz 11.1). Tais características somadas à confiança que tinha em Deus foram fundamentais para o sucesso da missão. A confiança em Deus em tempos de crise é primordial para alcançar vitórias. Paulo admoesta Timóteo de que o Senhor “não nos torna medrosos; pelo contrário, o Espírito nos enche de poder e de amor e nos torna prudentes” (cf. 2 Tm 1.7). Esta é uma oportunidade que seus alunos terão de aprender que não devem temer a adversidade, pois é Deus quem nos sustenta e nos faz vencer.
Aproveite a lição de hoje e reforce aos seus alunos que eles devem se mostrar corajosos. Toda vez que tiverem de enfrentar algum problema, devem clamar ao nome do Senhor com confiança, crendo que Ele providenciará o livramento. A confiança coadunada com a coragem demonstrada por seus alunos resultará no sucesso de qualquer coisa que eles realizarem para Deus. Você pode sugerir que seus alunos façam um desenho que represente o que mais têm medo. O desenho será importante para que expressem no papel seus temores de modo que possam aprender a superá-los. No verso, peça que escrevam o versículo: “O SENHOR Deus é a minha luz e a minha salvação; de quem terei medo? O SENHOR me livra de todo perigo; não ficarei com medo de ninguém” (Sl 27.1).
Por Thiago Santos
Educação Cristã - Publicações CPAD
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Juniores. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

Lição 09 - 3º Trimestre 2018 - A Ressurreição de Lázaro - Pré Adolescentes.

Lição 9 - A Ressurreição de Lázaro

 3º Trimestre de 2018
A lição de hoje encontra-se em: João 11.17-45.
Olá prezado(a) professor(a),
Na lição desta semana seus alunos aprenderão com o episódio da morte de Lázaro, registrado no evangelho de João (11.1-45), que Jesus manifestou um sentimento muito escasso nos dias atuais: a empatia. Jesus se colocou no lugar de Marta e Maria e compartilhou da dor desta família que, diga-se de passagem, era muito unida. O Mestre não considerou um desrespeito a expressão das irmãs quando disseram que se o Senhor estivesse ali, Lázaro não teria morrido (cf. Jo 11.21,32), mas compreendeu perfeitamente que aquele era um momento sofrimento e tristeza. Jesus nos convida a demonstrar empatia pelas pessoas, mais do que isso, manifestar a misericórdia, pois esta nos leva a agir em favor dos que precisam ser acolhidos (cf. Mt 5.7).
a. Jesus manifestou empatia. Embora tivesse a certeza de que estava fazendo perfeitamente a vontade do Pai quando permaneceu mais dois dias na Pereia, Jesus partilhou da dor de Marta e Maria. A demonstração de empatia ocorre pela identificação sincera de uma pessoa com o sofrimento de outra. É entender as razões pelas quais as lágrimas tomam o rosto de quem está sofrendo. Jesus compreendeu perfeitamente o sofrimento daquelas irmãs, não necessariamente por que era o Filho de Deus e sabia de todas as coisas. Antes, a empatia de Cristo é demonstrada no sentimento de amizade que partilhava com aquela família. João relata com clareza que Jesus amava seus amigos (cf. Jo 11.5). Isso revela pessoalidade e consideração sincera por aqueles que o recebiam prazerosamente em Betânia nas ocasiões em que o Mestre precisava de um lugar para repousar antes de dar continuidade à pregação do evangelho.
b. Jesus manifestou misericórdia. Outro sentimento notório no comportamento de Jesus é a misericórdia. Diferentemente da empatia, a misericórdia, mais do que a demonstração de presença e afeto, é a atitude daquele que se compadece da necessidade do outro. Jesus não apenas lamentou, chorou, compreendeu a dor de Marta e Maria, mas levantou-se e foi ao encontro do túmulo de Lázaro (vv. 33,34). O Mestre não sentiu pena pelo sofrimento que aquela família estava enfrentando, mas predispôs-se em ajudar. Evidentemente que a ressurreição de Lázaro não era algo que qualquer pessoa poderia fazer naquela ocasião, todavia o milagre serviu para revolver a alegria abundante àquela família, fortalecer a amizade e o amor entre os amigos e, acima de tudo, glorificar a Deus. Mais do que um sentimento, a misericórdia é um comportamento movido pelo amor ao próximo que sempre terá como finalidade a exaltação do nome do Senhor acima de todas as coisas. RICHARDS (2007, p. 227) endossa estes sentimentos ao discorrer sobre este milagre:
A história da ressurreição de Lázaro é extremamente encorajadora. Ela nos recorda de que Deus nos ama e tem um bom objetivo mesmo quando Ele nos permite sofrer. Ela nos recorda de que Jesus não está limitado em sua capacidade de agir por nós hoje. E nos assegura de que estaremos sempre seguros naquele que triunfa sobre a morte.
A partir destas considerações é possível compreender que tais expressões como a empatia e a misericórdia encontram-se cada vez mais escassas na humanidade. A banalização da violência, o aumento da descrença, do pecado, o esfriamento do amor e a dissolução das relações revelam que estamos vivendo os últimos dias (cf. 2 Tm 3.1-5). Compartilhe desta verdade com seus alunos e mostre que a ausência desses sentimentos entre os crentes é preocupante. Entender que o mundo jaz no maligno é plausível, visto que as pessoas sem Deus não têm vida, mas aceitar que tais comportamentos dominem a vida daqueles que se dizem serem herdeiros da herança celestial é inaceitável.
Considerando a amizade que Jesus nutria com Lázaro e suas irmãs, organize a brincadeira do “amigo secreto” com seus alunos. Você pode organizar com antecedência e pedir que cada aluno leve um chocolate para participar da atividade. Se não for possível, compre um pacote de bombons e distribua uma quantidade para cada aluno participar da brincadeira. Escreva os nomes dos alunos em uma pequena tira de papel e peça para cada aluno “tirar o seu amigo secreto”. Ressalte a importância de valorizarmos nossas amizades. 
Por Thiago Santos
Educação Cristã - Publicações CPAD
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Lição 09 - 3º Trimestre 2018 - Lutero e Calvino - Os Agentes da Reforma - Adolescentes.

Lição 9 - Lutero e Calvino: Os Agentes da Reforma

3º Trimestre de 2018
ESBOÇO DA LIÇÃO:
MARTINHO LUTERO: COMO SER ACEITO POR DEUS?
UMA NOVA CONSCIÊNCIA!
JOÃO CALVINO: DEUS É SOBERANO
OBJETIVOS
Relatar as biografias de Lutero e Calvino;
Ensinar os pensamentos de Lutero e Calvino;
Destacar a importância desses dois homens para a História da Igreja.
O Movimento da Reforma teve uma resposta denominada de “Contrarreforma”. A figura de Inácio de Loyola e a Ascensão dos Jesuítas foram importantíssimas para isso. Por isso, disponibilizamos um trecho do texto de James L. Garlow:
“Inácio era um homem profundamente espiritual, desejoso de agradar a Deus. Sua dedicação originou-se, como acontece com muitos filhos de Deus, de uma tragédia. Na primavera de 1521, enquanto lutava como fidalgo, uma bala de canhão atingiu-o e quebrou sua perna esquerda. Durante seu longo período de recuperação, ele leu a respeito da vida de Cristo e dos santos, o que mudou sua vida para sempre. O manual devocional que ele escreveu,Exercícios Espirituais, reflete sua jornada espiritual. Seus escritos são tão convincentes e influentes que são estudados até hoje. Nas faculdades protestantes evangélicas, você pode até se inscrever para estudar seu livro em cursos intitulados “Espiritualidade Inaciana”.
Durante este período de recuperação, Inácio tomou a decisão de levar uma vida de combate a favor de Cristo. Esperava-se que os jesuítas, ou a Companhia de Jesus, como também são chamados, demonstrassem obediência militar. A obra Constitutions (‘Constituições’), escrita por Inácio de 1547 a 1550, chama os jesuítas a estarem ‘prontos para viver em qualquer parte do mundo em que houver esperança de glorificar ainda mais a Deus e de fazer o bem para as almas’. 
Criticado Pelos Dois Lados
Os conservadores da Igreja Católica Romana criticaram Inácio porque o consideraram muito protestante. Por outro lado, os reformadores protestantes o criticaram porque a Companhia de Jesus era um esforço claro para manter as pessoas na Igreja Católica Romana. Inácio realizou uma surpreendente obra missionária independentemente dessas críticas de protestantes e católicos. Os jesuíticos estavam comprometidos com a educação e fundaram universidades em todos os lugares a que foram. Em 1556, época em que Inácio morreu, ele tinha mais de mil seguidores que trabalhavam em mais de cem regiões, mesmo na Índia, China, Japão, Abissínia e América do Sul. A dedicação de Inácio atraiu pessoas do calibre de Francisco Xavier, que expandiu com sucesso a obra missionária da Companhia de Jesus.
Inácio ficava doente com frequência. Em 1551, ele implorou aos colegas que aceitassem a sua renúncia. Por causa da recusa deles, Inácio ficou no cargo de diretor até morrer, em 31 de julho de 1556. Depois de sua morte, a ordem jesuíta continuou a ser poderosa. Seus membros eram disciplinados, trabalhadores, comprometidos e dispostos ao sacrifício. Sofreram a dor da rejeição e foram expulsos de diversos países. Eles também vivenciaram o martírio na Europa e, mais tarde, no século XIX, em vários campos missionários. Em tempo, eles tornaram-se a maior ordem de ensino dos Estados Unidos, com escolas de segundo grau e faculdades em todo o país” (Garlow, James L. Deus e o Seu Povo: A História da Igreja como Reino de Deus. Rio de Janeiro, pp.147-48).
Marcelo Oliveira de Oliveira
Editor do Setor de Educação Cristã da CPAD
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Lição - 09 - 3º Trimestre 2018 - O Sacrifício do Redentor - Juvenis.

Lição 9 - O Sacrifício do Redentor

3º Trimestre de 2018
“E, clamando Jesus com grande voz, disse: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito. E, havendo dito isso, expirou”(Lc 23.46)
ESBOÇO DA LIÇÃO
1. A ÚLTIMA NOITE DO REDENTOR
2. O JULGAMENTO
3. O SACRFÍCIO (Lc 23.33-39,44-48)
OBJETIVOS
Descrever os fatos que antecederam a morte de Jesus no Calvário.
Expor as implicações do sacrifício do Redentor na cruz.
Conscientizar de que a cruz de Cristo não foi uma derrota, mas uma estrondosa vitória sobre o império do mal.
      Querido (a) professor (a), neste domingo vamos dar continuidade ao nosso tema “Queda e Redenção”. É o momento de passar pelo Calvário. Busque o Espírito Santo para que conduza cada coração, a fim de que compreendam mental, emocional e espiritualmente a magnitude do que Cristo passou, da sua última noite até o momento que expirou na cruz.
      Antes de começar a aula, ore com a classe pedindo que o Senhor ministre ao coração de cada um. Como você sabe, sua revista já oferece todas as ferramentas pedagógicas para uma aula rica, facilitadora para a compreensão e aprendizado do conteúdo bíblico proposto para seus alunos. A cada lição não perca de vista os objetivos propostos nela, e ao longo da aula reforce-os.
       O recurso áudio-visual é muito útil para o aprendizado e melhor absorção do conteúdo. Por isso, se seu pastor e os pais dos juvenis consentirem, promova uma sessão de cinema com o filme “A Paixão de Cristo”, de 2004, sob direção do Mel Gibson.
      O roteiro deste filme alinha-se com os objetivos e temas desta próxima lição, pois foca nas últimas 12 horas da vida de Jesus, começando com a agonia no jardim de Getsêmani, mas termina mostrando que houve a ressurreição. Os flashbacks de Jesus são episódios extraídos dos quatro Evangelhos, mostrando momentos importantes de sua vida e ministério terreno. A Última Ceia, que temos como um dos focos desta lição, é uma dessas imagens retratadas.
       Um fato interessante sobre o filme é que o diálogo foi inteiramente reconstruído em aramaico e latim. E houve uma preocupação de, a partir do relato bíblico, aprofundar as pesquisas sobre tais fatos histórica e culturalmente. Motivo pelo qual os produtores atribuem as críticas do filme ter sido considerado extremamente violento. Eles afirmam terem se comprometido em expor o máximo de realismo possível sobre o que de fato Jesus passou, inclusive com base em estudos sobre as punições do exército romano na época. Segundo eles, até então a maioria das outras películas com o tema “suavizam” o martírio real de Jesus.
       Apesar das controversas, ao longo de seus quase 15 anos de lançamento, muitos testemunhos impactantes de salvação, batismo no Espírito Santo, cura, etc. vem sendo compartilhados, até mesmo quando o filme era exibido em salas de cinema ao redor do mundo. Evidentemente, assistindo com você, seus alunos depois poderão esclarecer possíveis dúvidas e serem conduzidos a buscarem reler os Evangelhos para opinarem sobre a idoneidade do filme com a Bíblia.
      No início deste ano de 2018 o nosso portal de notícias, CPAD News, divulgou declarações sobre a esperada sequência da película, que se chamará “A Ressurreição”. Mais um motivo pelo qual a reprise seria interessante para sua classe. Caso deseje, você pode ler a matéria clicando AQUI.
     O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula.
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Juvenis da CPAD
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Lição 09 - 3º Trimestre 2018 - O Milagre da Ressurreição de Lázaro - Jovens.

Lição 9 - O Milagre da Ressurreição de Lázaro

 3º Trimestre de 2018
Introdução
I - A Enfermidade para a Glória de Deus
II - A Ressurreição e a Vida
III - “Para que Creiam que Tu me Enviaste”
Conclusão
Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivos:
Debater acerca do fato de a enfermidade ser para a glória de Deus e do duplo significado da morte;
Explorar a profundidade e a riqueza do diálogo teológico de Jesus com Marta;
Refletir sobre a faceta sentimental de Jesus e também acerca da grandeza do milagre.
Palavras-chave: Milagre.
Para ajudá-lo(a) na sua reflexão, e na preparação do seu plano de aula, leia o subsídio de autoria do pastor César Moisés Carvalho:
Em sua espiral do elenco dos sinais, João chega ao sétimo e último sinal (11.1-45). Apesar da grandiosidade do milagre, dizer que há uma gradação entre eles como se tivesse iniciado com um milagre mais “simples”, portanto, “fácil” e que agora chegou a algo mais “complexo” e, por isso, “impossível”, constitui um equívoco, pois todos os milagres eram, de um ponto de vista estritamente humano, impossíveis. Tal reconhecimento vem dos próprios principais dos sacerdotes e fariseus que, após formar um conselho, ou coalizão, concluíram que algo deveria ser feito para barrar o Senhor, pois reconheciam que Ele fazia “muitos sinais” (Jo 11.47). A consequência, na opinião deles, era que se Jesus continuasse em sua escalada de realização de prodígios, “todos” creriam no Senhor e os romanos viriam e tirariam o lugar e a nação das mãos deles, ou seja, os tornariam dispensáveis (11.48). Evidentemente que, conforme observa João, “ainda que tivesse feito tantos sinais diante deles, não criam nele” (12.37), e que muitos outros, “até muitos dos principais creram nele; mas não o confessavam por causa dos fariseus, para não serem expulsos da sinagoga” (12.42). Portanto, as opiniões sobre o Mestre se dividiam. O capítulo que antecede este último sinal e sucede a cura do cego (10.1-42), vai preparando o leitor para entender, definitivamente, que a classe religiosa que estava dominando em Israel, havia se corrompido de tal forma que a expulsão das pessoas que confessavam Jesus como Cristo, conforme se pode ver no caso do cego (9.20-23,34,35), era a “menor” das ameaças. Uma vez que a sinagoga era o local popular de leitura e meditação da Lei, para um judeu, ser privado de tal acesso era um castigo terrível e uma situação muito embaraçosa. Contudo, os líderes religiosos ― principais dos sacerdotes e fariseus (11.46-57) ― haviam perdido qualquer noção de escrúpulo para manterem-se no domínio das pessoas, pois o Quarto Evangelho informa que quando da visita de Jesus em Betânia, na casa da família de Lázaro, “muita gente dos judeus soube que ele estava ali; e foram, não só por causa de Jesus, mas também para ver a Lázaro, a quem ressuscitara dos mortos”, no entanto, pelo fato de Lázaro ter se transformado em um testemunho vivo, João diz que “os principais dos sacerdotes tomaram deliberação para matar também a Lázaro” (12.9,10).
Como todos os outros sinais, este também possui um sentido que, como já foi reiteradas vezes mencionado, vai além do milagre em si. Uma observação interessante é que, diferentemente dos outros eventos, neste, diz Maggioni, “não temos primeiro o fato e depois um discurso que o comenta, mas um contínuo alternar de gestos e palavras”1.  Tal é a percepção de Benny Aker que afirma desse episódio que “a distância entre o sinal e suas referências diminuem”2.  Dodd, da mesma forma, diz que certamente “devemos reconhecer nesta perícope uma variação especial com referência ao modelo joanino normal de sinal + discurso”, ou seja, neste “episódio a mistura de narração e diálogo é total”3.  Apesar dessa observação, a narrativa “ocupa um lugar central no evangelho”, ou seja, “é a dobradiça entre a primeira e segunda parte”, pois ao se estudar “este caráter central percebe-se seu significado global”, esclarece Maggioni, que é justamente “a prefiguração da ressurreição de Jesus”4.  Em termos diretos, a “história de Lázaro ocupa em João um lugar análogo ao que ocupa na tradição sinótica o relato da transfiguração”, pois para Maggioni, “antes de enfrentar a Paixão, Jesus oferece aos discípulos desnorteados uma antecipação da ressurreição, para lhes mostrar o significado profundo e inesperado da cruz, que não é caminho de morte, mas de vida; não derrota, mas vitória”5.  É necessário, porém, esclarecer um aspecto óbvio, mas importantíssimo dessa questão. Ao se falar dos relatos de “devolução” da vida na Bíblia, é preciso distinguir entre ressurreição e “revivificação”. Juan Antonio Aznárez Cobo esclarece que prefere usar esse termo ― revivificação ― “em vez do mais comum, ‘ressurreição’, porque está claro que não se fala aqui da ressurreição propriamente dita, e sim de uma simples volta a esta vida, uma espécie de ‘prorrogação’”6.  Isso, porque, como é do conhecimento geral, as pessoas que reviveram cuja Bíblia relata suas histórias ― o filho da viúva de Sarepta (1 Rs 17.17-24), o filho da sunamita (2 Rs 4.32-37), o homem que reviveu ao tocar os ossos de Eliseu (2 Rs 13.21), o filho da viúva de Naim (Lc 7.11-17), a filha de Jairo (Lc 8.41,42,49-55), Tabita (At 9.36-43), Êutico (At 20.7-12) e o próprio Lázaro ―   voltaram a morrer posteriormente.
O apóstolo do amor inicia a narrativa identificando as personagens envolvidas no episódio do sétimo sinal, bem como cientificando o leitor acerca do que se trata (vv.1-3). Uma curiosidade, é que no versículo dois se faz menção a um ato que acontecerá somente, literária e cronologicamente falando, no próximo capítulo (12.1-8). Do versículo quatro até o dezesseis salta aos olhos as incompreensões por parte do colégio apostólico. Elas, basicamente, são duas. Primeiro eles “não entendem por que o Cristo, o Filho de Deus, deve sofrer (v. 8)” e, em segundo lugar, “não entendem o mistério da doença de Lázaro e do comportamento de Jesus, ou seja, que a morte possa ser chamada de sono (v. 12)”, portanto, diz Maggioni, trata-se da “dupla incompreensão do fiel: se Cristo é o Filho de Deus, por que se põe a caminho da cruz? E se Deus ama o Filho, por que parece abandoná-lo?”7.  A próxima perícope (vv.17-27) antecipa e prepara o leitor que, com as mesmas dúvidas dos Doze, querem uma resposta para a “demora”, ou “atraso”, de dois dias de Jesus para ir até Betânia (v.6). O diálogo entre o Senhor e Marta contém grandes revelações acerca do tema da vida e da morte. Para Dodd, tal diálogo oportuniza aos leitores o adensamento do tema da vida, sobretudo, tendo-se em mente o “discurso programático de 5.19-47, onde a atividade do Pai no Filho é caracterizada como consistindo em zoopoiesis e krisis”, sendo que “a obra de zoopoiesis é apresentada em duas etapas, ou em dois níveis”8.  Tais “níveis” são os seguintes: “Primeiro, ouvir e crer na palavra de Cristo é possuir a vida eterna; é passar da morte para a vida” e, neste aspecto, significa que “a hora está próxima e é agora (erxetai ora kai nyn estin) quando os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus e virão à vida (5.24-25)”. O mesmo autor diz que, em “segundo lugar está próxima a hora (erxetai ora) em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz e sairão (5.28-29)”9.  Dodd defende que o diálogo didático do Mestre com Marta retoma, sobretudo nos versículos 25 e 26 do capítulo 11, a linha de pensamento exposta no capítulo 5 versículos 19 a 47 e que ambas as discussões possuem, igualmente, duas etapas ou níveis. Para ele, “todas essas passagens afirmam, primeiro que a vida eterna pode ser alcançada aqui e agora por aqueles que correspondem à palavra de Cristo; e, em segundo lugar, que o mesmo poder garante a vida eterna aos crentes durante sua existência terrena, ressuscitará, após a morte do corpo, os mortos para uma renovada existência num mundo extraterreno”10
Para o teólogo pentecostal Benny Aker, da mesma forma que para Maggioni e Dodd, “com a morte e ressurreição de Lázaro, o leitor chega ao principal sinal que prepara para o clímax do Evangelho: a paixão e ressurreição de Jesus”11.  E mais, acrescenta o mesmo autor, neste sinal, “Morte e vida, e morte eterna e vida eterna entram em atrito”12.  Ao falar, por exemplo, que a “enfermidade” de Lázaro “não é para morte” (v.4), Aker diz que para “o verdadeiro crente inteligente e informado, ‘morte’ alude a julgamento, a separação eterna dos pecadores de Deus, condição que eles já experimentam”13.  Ao acrescentar que tal situação servirá “para a glória de Deus, para que o Filho de Deus seja glorificado por ela” (v.4), Aker afirma que a “ignorância [dos Doze] testemunha sua condição espiritual, mas também fala sobre a natureza da fé”, ou seja, muito embora “eles sigam Jesus e tenham uma medida de fé, fé plena não virá até que seu objetivo seja atingido ― a morte e ressurreição de Jesus, o Filho de Deus”. Em termos diretos, finaliza o mesmo autor, o referido “sinal aponta nessa direção”14.  Alinhando-se com Dodd, Benny Aker defende que a “resposta de Jesus (vv. 23,25) contém dois aspectos escatológicos: atual (ou realizado) e futuro”, isto é, o “aspecto futuro aponta para o último Dia, o dia em que ocorrerá a ressurreição (cf. o v.24)”15.  Todavia, “Jesus também assinala uma escatologia ‘realizada’ ― para si mesmo como fonte da vida eterna”, portanto, o “significado de ‘vida’ no versículo 25 transcende a percepção humana de ressurreição e distingue a vida ‘natural’ da ‘eterna’”, pois ao dizer: “Ainda que esteja morto, [...] todo aquele que vive e crê em mim nunca morrerá”, completa Aker, Jesus “está se referindo a um tipo diferente de vida, uma vida qualitativa que caracteriza a vida que Deus tem em si mesmo”. Portanto, tal “vida transcende a vida e morte naturais; nenhuma destas destrói a vida eterna”. Em termos simples, a “lição que Jesus quer ensinar a respeito da morte de Lázaro e sua demora em ir ressuscitá-lo” é a seguinte: “A morte física não faz diferença se a pessoa tem a vida eterna”, pois “Jesus ressuscitará tal pessoa, ou seja, dará a vida eterna”16.  Assim, mesmo que a revivificação de Lázaro não seja definitiva, pois ele voltou a morrer, ela é, de certa forma, prolepticamente, uma antecipação da ressurreição eterna e um vislumbre do que será no último Dia.
O que se conclui com a revivificação de Lázaro, é que a apresentação de Jesus, durante todo o Quarto Evangelho, como doador da vida, revela-se aqui com este aspecto novo, qual seja, diz Dodd, “que o dom da vida é aqui apresentado expressamente como vitória sobre a morte”17, pois a “ressurreição é a revogação da ordem da mortalidade, na qual a vida sempre caminha rápido para a morte”.  Uma vez que a “sociedade helenística à qual este evangelho era dirigido, estava preocupada com o espetáculo da phthora 18, o processo pelo qual todas as coisas terminam no nada e que devora toda a existência humana”, a narrativa do capítulo 11 revela, por outro lado, que uma parte do crescente “interesse pelo cristianismo se prende ao fato de que ele dava certeza de um princípio divino de zoopoiesis inserido dentro do processo histórico, e oposto ao reino da phthora”. Tal certeza “fundava-se num exemplo no qual a ressurreição efetivamente teve lugar”, esclarece o mesmo autor, qual seja, de que “Cristo venceu a morte, morrendo”. Não obstante, considerando o fato de que se “o episódio da Ressurreição de Lázaro deve ser um verdadeiro semeion da ressurreição, é preciso que de certa forma ele abra o caminho para a morte de Cristo, por virtude da qual ele é revelado como a ressurreição e a vida”. E é justamente essa reflexão que evidencia “a importância do diálogo preliminar entre Jesus e seus discípulos em 11.7-16”, sobretudo pela verdade de que tal “se refere às tentativas de apedrejá-lo, relatadas em 8.59 e de novo em 10.31-33”19.  Pelo fato de tais tentativas terem se dado no território da Judeia, local onde o Senhor “manifestou a sua glória”, ironicamente, “o lugar da manifestação se tornou o lugar daquela hostilidade que causará sua morte”20, portanto, “ir para a Judéia, significa ainda ‘manifestar-se ao mundo’, como em 7.4, mas agora significa também ir para a morte”.  Em termos diretos, “os apelos para ir para a Judéia, a fim de que a glória seja manifestada num ato de zoopoiesis (11.4,40), é também um apelo para enfrentar a morte; e assim os discípulos o entendem”, conforme se pode depreender do pronunciamento de Tomé no versículo 16. Dessa forma, é perfeitamente claro que “a história que temos à nossa frente não é apenas o relato do morto Lázaro ressuscitado para a vida”, mas, para finalizar com Dodd, “é também a história de Jesus que vai enfrentar a morte a fim de vencê-la”.21
À parte de toda a profundidade teológica presente no diálogo didático de Jesus com Marta, bem como a retumbante demonstração de poder explicitada no milagre, o apóstolo do amor revela lances dos momentos que antecederam a revivificação, que caracterizam o Senhor não apenas como ser humano, mas como alguém profundamente humano (vv.32-38). E isso a tal ponto que José Castillo, retoricamente, pergunta: “pode-se dizer que aquelas pessoas viram em Jesus um homem que havia sido elevado à condição divina ou antes se deve afirmar que viram em Jesus um homem no qual Deus se havia rebaixado à condição humana?”22.  Deificação ou kenosis? Em tal “dúvida” consiste o mistério da encarnação, pois o Mestre era tanto Deus como homem, sem que uma natureza, ou condição, eclipsasse a outra e muito menos a suplantasse. Mesmo ciente de que o Pai o atenderia no pedido de revivificação (v.42), o texto do Quarto Evangelho afirma, sem qualquer subterfúgio, que “Jesus chorou” (v.35). Com a consciência de que seria ouvido, haveria motivo para chorar? Contudo, diante do que Ele presenciara ― Maria prostrada aos seus pés chorando, os conhecidos que vieram à casa dos enlutados também choravam, além do fato de Lázaro estar morto ―, João mostra um homem que se identificava de tal forma com as pessoas, ao ponto de sofrer com o sofrimento delas (vv.33,35,38). Qual era a ameaça que tal homem terno oferecia ao povo? Nenhuma, óbvio. Contudo, ao realizar prodígios que não apenas curavam as pessoas do ponto de vista físico, mas também as restaurava em sua completude e, muitas vezes, contrariando flagrantemente a classe religiosa oficial, Jesus colocou-se numa linha perigosa de atuação.23  Neste aspecto, como se poderá ver de agora em diante, não apenas o Quarto Evangelho revela que este foi um dos motivos da perseguição e morte de Jesus, mas os demais evangelistas também ressaltam tal aspecto (Mt 12.14; Mc 3.6; Lc 6.11).                                                                      
*Adquira o livro do trimestre de autoria de CARVALHO, César Moisés. Milagres de Jesus: A Fé Realizando o Impossível. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2018.
Que Deus o(a) abençoe.

1 MAGGIONI, B. O Evangelho de João In Os Evangelhos II, p.392.
2 AKER, B. C. João In ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger (Eds.). Comentário Bíblico Pentecostal, p.561.
3 DODD, C. H. A interpretação do Quarto Evangelho, p.470.
4 MAGGIONI, B. O Evangelho de João In Os Evangelhos II, p.392.
5 Ibid.
6 COBO, J. A. A. Análise narrativa In AGUIRRE, R. (Org.). Os milagres de Jesus, p.181. O referido autor acrescenta que se trata de “um modo de distinguir terminologicamente, em português, aquilo que em grego é expresso com um destes verbos: έγείρω ou άνίστƞμι (cf. Mc 5,41 e 42, respectivamente), que significam ‘alçar-se, levantar-se’ e, em determinados contextos, chega a significar ‘ressuscitar’, ou seja, ‘levantar ou levantar-se definitivamente da morte’ (por exemplo, aplicado à ressurreição de Jesus e dos cristãos)” (Ibid.).
7 MAGGIONI, B. O Evangelho de João In Os Evangelhos II, p.392.
8 DODD, C. H. A interpretação do Quarto Evangelho, p.471.
9 Ibid.
10 Ibid., p.471-72.
11 AKER, B. C. João In ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger (Eds.). Comentário Bíblico Pentecostal, p.561.
12 Ibid.
13 Ibid., p.562.
14 Ibidem., para esta citação e todas as demais desde a última referência.
15 Ibid., p.563.
16 Ibidem., para esta citação e todas as demais desde a última referência.
17 DODD, C. H. A interpretação do Quarto Evangelho, p.474.
18 Gr.: Corrupção, destruição, decadência, podridão, decomposição.
19 Ibid., para esta citação e todas as demais desde a última referência.
20 Ibid., p.475.
21 Ibidem., para esta citação e todas as demais desde a última referência.
22 CASTILLO, J. M. Jesus: a humanização de Deus, p.175.
23 José Castillo diz que “Se Jesus não tivesse visto as coisas dessa forma, não se explicaria a insistência dos quatro evangelhos em apresentar os feitos prodigiosos de Jesus de tal modo que, aqui e ali, e por diversos motivos, esses feitos eram atos de insubmissão religiosa, ações que causavam escândalos nos profissionais da religião e, sobretudo, eram vistas como delitos que punham em perigo a credibilidade de sua mensagem e até mesmo a própria vida de Jesus” (Jesus: a humanização de Deus, p.319). Portanto, Jesus era ciente de que essa era sua missão e que o exercício dela poderia custar sua vida, por isso, na opinião de Castillo, “Quaisquer outras especulações em torno dos milagres de Jesus a partir de outros pontos de vista equivalem a não interar-se do mais fundamental e mais forte presente nos evangelhos” e, tal ignorância premeditada, significa “buscar uma espécie de escapatória para não enfrentar o significado real de Jesus para nós” (Ibid., p.320).

Telma BuenoEditora Responsável pela Revista Lições Bíblicas Jovens 
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