segunda-feira, 1 de outubro de 2018

Lição 14 - 3º Trimestre 2018 - Deus Continua Realizando Milagres - Jovens.

Lição 14 - Deus Continua Realizando Milagres

3º Trimestre de 2018
Introdução
I - A Continuidade da Missão de Jesus Cristo pela Igreja
II - Os Fatores Impeditivos dos Milagres
Conclusão
Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivos:
Revisar a realização da continuidade da missão de Jesus Cristo pela igreja;
Avaliar os fatores impeditivos dos milagres.
Palavras-chave: Milagre.
Para ajudá-lo(a) na sua reflexão, e na preparação do seu plano de aula, leia o subsídio de autoria do pastor César Moisés Carvalho:
   
Esta última reflexão poderia ser apenas um libelo contra o cessacionismo. Contudo, ela será mais um grito direcionado ao pentecostalismo que uma defesa do movimento. Isso pela verdade de que, à proporção que o pentecostalismo cresce, é igualmente notório um arrefecimento do seu aspecto carismático, tornando-se cada dia mais institucionalizado e formal. Portanto, reservei este último texto para juntar-me a algumas vozes que ultimamente têm se levantado no afã de bradar, intramuros, que é preciso que o pentecostalismo continue sendo, antes de qualquer coisa, um movimento do Espírito. A fim de manter-se nessa posição, e como parte do modo simples e direto de o pentecostal ler a Bíblia Sagrada, é perfeitamente compreensível que os adeptos do movimento busquem respaldo na Palavra de Deus para sua prática de fé, ou seja, para fundamentar biblicamente o que se vivencia. Um desses textos, no que diz respeito ao exercício dos dons e atuação evangelística do pentecostalismo, é o de Marcos 16.15-20. Conhecido como “fim mais longo”, autores como o teólogo pentecostal, Jerry Camery-Hoggatt, pontua que tal “fim” está demarcado a partir do versículo nove. Ele é taxativo em afirmar que, por não constar o referido texto nos melhores manuscritos, “devemos ter em mente que não tem a autoridade da Escritura, e tomarmos cuidado para não incluir essas observações como fatores na interpretação do próprio Evangelho de Marcos”.1 Ele refere-se especificamente aos “pentecostais e carismáticos”, pois, como se sabe, tais “grupos prestam atenção especial à profecia sobre os sinais milagrosos que acompanham a missão cristã, nos versículos 17 e 18 (cf. também v. 20)”, pois, continua, para “esses leitores, a ‘perda’ do fim mais longo parece diminuir a promessa da Escritura de que a vida do crente será acompanhada por sinais milagrosos e carismáticos”. Contudo, como forma de “compensar” tal perda, Camery-Hoggatt recorda que “esses sinais são atestados em outros lugares da Escritura e, talvez mais concretamente, na vida real da comunidade de fé”, pois, finaliza, “Deus não fracassou em se mover de forma redentora ou milagrosa”.2
Apesar de a posição de Camery-Hoggatt ser inflexível, ele faz uma observação importante que é o fato de que os sinais são atestados por outros textos bíblicos e, mais ainda, eles são uma realidade concreta na igreja. E isso é suficiente para fundamentar sua existência na contemporaneidade. A. Elwood Sanner, explica que essa porção escriturística marcana apresenta “o que se chama de ‘um dos maiores problemas textuais do Novo Testamento’”, pois os “dois manuscritos mais antigos e confiáveis (Vaticano e Sinaítico) omitem totalmente estes versículos, e encerram o Evangelho de Marcos em 16.8”, além de que tais “versículos também não aparecem em vários outros antigos manuscritos e também em algumas versões”.3  Contudo, pode-se questionar o porquê de tal texto constar, sem nenhum problema, nas versões bíblicas mais conhecidas (ARC, ARA, e entre colchetes na NTLH e TB, por exemplo). Tal se dá por conta de que estas traduções baseiam-se no chamado textus receptus, tradução do Novo Testamento, editada por Erasmo de Roterdã e “revisado por Stephanus [Roberto Estienne], que serviu de base para edições posteriores até meados do séc. XIX”.4  Sem mais alongar-se no assunto e acerca da referida tradução, é preciso dizer, com o mesmo Camery-Hoggatt, que tal se deu por conta do alargamento do que se “constitui um cânon autorizado da Escritura”: É este “‘uma lista de livros autorizados, no teor dos autógrafos’”  ― dos textos saídos das mãos dos autores ― ou apenas as cópias dos originais? Sendo assim, apesar de algo não recomendado por Camery-Hoggatt, redefiniu-se “o significado do termo cânon para excluir a referência aos autógrafos e enfatizar o ‘texto recebido’ (textus receptus)”.6  Em termos diretos, embora se admita que o texto do “fim mais longo” não seja compatível com a linguagem e o estilo de Marcos, e que tal porção falte nos manuscritos mais antigos, encontrados posteriormente (por volta do século 17), isto é, após a consolidação do texto bizantino que, desde o final do terceiro século era utilizado por toda a cristandade e fonte para o textus receptus, diz Julio Barrera, o entendimento é que “esta passagem, conhecida já no século II por Justino e por Taciano, deve ser considerada parte do texto canônico de Mc”.7
Numa palavra, ainda que se admita que o texto seja “seja acréscimo de retalhos tomados de outros escritos do Novo Testamento, o trecho conserva o pensamento de Marcos, isto é: os discípulos devem continuar a ação de Jesus”.8  Assim, abordei essa questão apenas porque os cessacionistas utilizam tais argumentos para refutar o exercício evangelístico do movimento pentecostal que, desde sempre entendeu que levar a mensagem completa do Evangelho implica não apenas no anúncio, mas também, nos sinais que o acompanham. Não há dúvida que os que têm uma visão elevada da Escritura, ou seja, que a honram como Palavra de Deus, entendem que os milagres são também para os nossos dias, afinal, o texto bíblico diz claramente que “estes sinais seguirão aos que crerem” (v.17a). Tal promessa possui respaldo em outros textos das Escrituras, pois como lembra Craig Keener, “entre os sinais da era messiânica, Isaías predisse que os enfermos seriam curados, a língua dos mudos falaria (Is 35.5,6; contudo a ideia de línguas poderia ser uma referência aos eventos descritos em At 2.4 e 1Co 14) e o povo de Deus testemunharia a seu respeito (Is 43.10)”, pois os “poderes aqui atribuídos aos que creem são os mesmos que caracterizavam os profetas do Antigo Testamento”.Além do mais, tal tese de que o texto trata-se de um acréscimo tardio, longe de representar um problema para o pentecostalismo, revela um aspecto que reforça a importância do fato de tal texto ter sido “acrescentado” ao material de Marcos no segundo século. Se, como os versículos 17 e 18 deixam entrever, os “sinais” seguiriam aos que creem, e tais sinais cessaram com a morte do último apóstolo, ou com o encerramento do último autógrafo, não seria um perigo acrescentar tal texto quando tais prodígios já teriam desaparecido? Por que “acrescentar” uma porção bíblica que previa acontecimentos cuja experiência atual, naquele momento, já provaria sua inveracidade? Isto é, “o texto insiste na missão de levar o Evangelho ao mundo inteiro”, diz J. Delorme, “ligando estreitamente o testemunho da palavra e das obras aos sinais que o acompanham”.10  Portanto, se no segundo século, época em que de acordo com os especialistas tal texto foi incluído ao Evangelho de Marcos, tais sinais tivessem desaparecido, haveria necessidade de incluí-lo?
A única resposta coerente é que, para todos os que ouviam a leitura do Evangelho de Marcos, sobretudo após a inclusão dessa parte, o fato de essas manifestações acontecerem e causar admiração em uns e escândalo em outros, significa que tais práticas eram resultado normal da missão que eles estavam cumprindo, da mesma maneira como havia acontecido com os apóstolos que deram sequência ao ministério que lhes outorgara o Mestre (Mc 16.20). Em termos diretos, conquanto “Marcos tenha composto o Evangelho para uma congregação verdadeira e histórica”, diz Camery-Hoggatt, “para o crente pentecostal suas palavras de alguma maneira ainda soam inexplicavelmente verdadeiras”.11  E isso por uma razão muito simples: os pentecostais experimentam, em seus círculos, as mesmas maravilhas e prodígios que os destinatários originais de Marcos, bem como a Igreja do segundo século que lia o seu Evangelho no formato que temos em nossas Bíblias atualmente, isto é, eles se veem “dentro” da narrativa. Tal exercício é legítimo, inclusive, exegeticamente falando.12 O já citado Craig Keener diz que ao “enxertarmos a nossa vida na narrativa bíblica, tornamo-nos parte da extensão dessa narrativa”, justamente por isso, os “primeiros pentecostais muitas vezes enxergavam Atos 28 como inacabado, uma conclusão que hoje os críticos da narrativa geralmente têm reafirmado”.13 Tal se dá por uma razão muito simples, “a missão” outorgada pelo Senhor ainda encontra-se “inconclusa”, por isso, “continuamos precisando do poder do Espírito para concluí-la (At 1.8), e é exatamente esse poder que nos é prometido (2.39, evocando também a promessa de Deus em 1.4)”.14 Assim, “nós que damos continuidade à sua missão continuamos sendo parte da narrativa da história da salvação, uma narrativa (de nossa perspectiva pós-canônica) para a qual Atos aponta”.15  De forma análoga, o mesmo raciocínio aplica-se com a narrativa do “fim mais longo” de Marcos. E se o problema for com os sinais, tal questão não é nova, pois como instrui Craig Keener, “milagres fornecem um exemplo importante de situações em que abordagens epistêmicas divergentes levam a interpretações diametralmente opostas, tanto nas narrativas bíblicas como nas atuais”.16 O que está sendo dito, é que a “maneira de enxergarmos os milagres depende de nosso parâmetro interpretativo, a nossa fé” , ou seja, é algo decidido a priori e não depende só de “evidências”. 
Portanto, se a cosmovisão do intérprete for cessacionista, ou antissobrenaturalista, nada o fará crer. Ninguém desabona a ideia de que é necessário discernimento e prudência quando se trata do miraculoso. Todavia, como oportunamente observa Craig Keener, há “céticos [que] levam [seu] ceticismo a extremos notáveis”.18  Como exemplo, o mesmo autor diz, como é lógico, que “de uma perspectiva médica, cataratas nos olhos não desaparecem imediatamente sem cirurgia”, não obstante, existem relatos do “desaparecimento instantâneo de cataratas após oração”. Assim, alguém que já decidiu não acreditar, rejeitará quaisquer fatos ou “afirmações que não combinam com a ‘realidade’ que construiu”, isto é, tais pessoas, “podem questionar a credibilidade das testemunhas, de vídeos ou até mesmo de documentação médica; ou elas podem explicar o evento de outro modo, como um evento natural que opera de acordo com princípios naturais ainda não compreendidos (e.g., poder psíquico)”. Tal é a posição, conforme foi dito no capítulo um, do teólogo reformado Simon Kistemaker. Keener diz conhecer “algumas das testemunhas de alguns desses relatos, e seria de esperar que o poder psíquico, se essa fosse a explicação, tivesse resultados mais coerentes (em contraste com a menos conhecida vontade de Deus como aquilo que os filósofos chamam de um agente inteligente e pessoal)”. A conclusão mais óbvia a que chegou o referido autor, é que “o fator comum em um grande número de relatos (em praticamente todos aqueles aos quais tive acesso) foi a oração em nome de Jesus”. E os exemplos não param por aí. Keener menciona casos de revivificação (ou “ressuscitação”), bem como de “coma profundo que parece ser morte”, e diz que estes geralmente “não se prestam facilmente a explicações psicossomáticas”. Ainda assim, o autor diz possuir “dez desses relatos testemunhados de perto por testemunhas oculares” em seu “próprio círculo de amigos e familiares”.19  Considerando que deparar-se com uma enormidade desses casos, por coincidência, seria algo realmente improvável, pergunta retoricamente Keener: “Com base na compreensão normal das probabilidades, não é mais racional pensar que a oração às vezes tem alguma relação com a recuperação?”20
Portanto, a ausência dos milagres em alguns locais não significa, absolutamente, que os prodígios divinos tenham cessado com a morte do último apóstolo. O que deve ser feito, com humildade, é buscar sinceramente diante de Deus a causa da inexistência do miraculoso entre si. Neste aspecto, a Bíblia oferece várias pistas. Ausência de fé e de oração e jejum (Mt 17.14-21), disputas teológicas e de poder (Mc 9.14,38-40), o não-compromisso e a falta de relacionamento com Deus (At 19.13-17), são apenas algumas delas. Não temo em dizer que muitos pentecostais estão optando pelo cessacionismo para justificar o desaparecimento dos milagres em suas comunidades de fé. Com isso, condescendem com a teologia reformada e buscam aprovação de quem, para os considerarem como “cristãos” exigem, tácita e debochadamente, que neguem a fé de expressão carismática. Outros, para serem aceitos nas academias, descreem das principais características do movimento simplesmente por conveniência. Neste vácuo, infelizmente, cresce o sincretismo religioso e um arremedo de péssimo gosto acaba confundido com o genuíno pentecostalismo. Por outro lado, mais importante que o milagre é ter o nome escrito nos céus, ou seja, a salvação (Lc 10.20). Compadecer-se das pessoas e vê-las como alvo do amor divino deve ser a maior motivação para que nos coloquemos à disposição de Deus a fim de sermos instrumentos dEle na esfera da operação de milagres. Tal disposição envolve não apenas o desejo de estar entre as multidões, mas também de ir para os locais de difícil acesso e de escassez de recursos, pois certamente aí é que o Senhor nos instrumentalizará ainda mais (At 8.5-13,26-40). Finalmente, é preciso entender que nem todos serão agraciados com o dom de operação de milagres, pois é justamente isso que Paulo diz aos crentes coríntios ao perguntar: “São todos operadores de milagres?” (1 Co 12.29). Evidentemente que a resposta é “não”. Portanto, nem todos serão instrumentos de Deus neste sentido como, por exemplo, o apóstolo Paulo fora (At 15.12; 19.11; 28.9; Rm 15.18,19 etc.). O importante é não perder de vista que Deus continua realizando milagres.  
*Adquira o livro do trimestre de autoria de CARVALHO, César Moisés. Milagres de Jesus: A Fé Realizando o Impossível. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2018.
Que Deus o(a) abençoe.
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista Lições Bíblicas Jovens

Lição 14 - 3º Trimestre 2018 - Entre a Páscoa e o Pentecostes - Adultos.

Lição 14 - Entre a Páscoa e o Pentecostes

3º Trimestre de 2018
PONTO CENTRAL
Somente a redenção em Jesus Cristo traz o derramamento do Espírito Santo.
ESBOÇO GERAL
I – CRISTO, NOSSA PÁSCOA
II – O PENTECOSTES, A FESTA DAS PRIMÍCIAS
III – O DIA DE PENTECOSTES
OBJETIVO GERAL
Conscientizar de que sem a Páscoa, não há Pentecostes; e, sem o Pentecostes, a Páscoa perde a sua eficácia.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Mostrar
 que Cristo é a nossa Páscoa;
Reconhecer a importância do Pentecostes, a Festa das Primícias;
Explicar o significado do Dia de Pentecostes.
Princípios de um Autêntico Avivamento
Pr. Claudionor de Andrade
Se você me perguntar qual o maior avivamento da história da Igreja Cristã, responder-lhe-ei que é o pentecostal. Não quero, com a minha resposta, desmerecer a reforma de Lutero, na Alemanha, ou a iniciativa de John Wesley, na Inglaterra.
Todavia, quando comparo ambos os movimentos ao pentecostal, vejo-me obrigado a reconhecer que este é maior e mais abrangente do que aqueles. Mas reconheço, igualmente, que sem o labor de Lutero e Wesley, nossos pais-fundadores, Daniel Berg e Gunnar Vingren, nada poderiam ter feito. No Reino de Deus, há uma santa e desejável interdependência. Todos dependemos de todos. Em meio a essas considerações, procuremos uma definição de avivamento.
O que é o avivamento
Quando nos propomos a definir o avivamento de acordo com a história e a tradição da Igreja Cristã, deparamo-nos, logo de início, com um incômodo problema de nomenclatura e semântica. Afinal, a palavra certa é “avivamento” ou “reavivamento”? Costumamos usá-las invariavelmente; temo-las por sinônimos. Todavia, há uma diferença substancial entre ambas.
Avivamento diz respeito a um organismo que, embora não esteja morto, ainda precisa experimentar a vida em sua plenitude. Foi o caso dos discípulos de Cristo. Antes do Pentecostes, não estavam mortos; tinham já o Espírito Santo a dirigir-lhes, inclusive, a escolha do sucessor de Judas Iscariotes. O próprio Jesus já havia assoprado, neles, a promessa do Consolador: “Recebei o Espírito Santo” (Jo 20.22).
Conquanto já vivessem eles como apóstolos e discípulos de Jesus, não haviam sido avivados, pelo Espírito Santo, como Igreja de Cristo. Isso só haveria de acontecer no Dia de Pentecostes, em Jerusalém, conforme o relato de Lucas, no capítulo dois de Atos.
O reavivamento, por seu turno, concerne à igreja que, em consequência de seus pecados e iniquidades, morreu organicamente e, agora, já começa a falecer como organização. Haja vista o ocorrido com a congregação de Sardes, a qual o Senhor Jesus endereça uma carta sobrecarregada de urgências: “Conheço as tuas obras, que tens nome de que vives e estás morto. Sê vigilante e consolida o resto que estava para morrer, porque não tenho achado íntegras as tuas obras na presença do meu Deus” (Ap 3.1,2, ARA).
Essa igreja, sim, necessitava urgentemente de um reavivamento espiritual, porque sobrevivia apenas no âmbito material. O que a tornava visível era a sua burocracia, membresia e clero.
Na morte de uma igreja, desaparece o ministério e surge o clero; os membros do corpo de Cristo fazem-se logo membresia e clientela; o que era obrigação espiritual desponta, agora, como burocracia pesada e custosa; o que era esperança cristã transforma-se numa mera agenda social e política. Uma igreja, nessas condições, precisa, sim, de um urgente reavivamento.
Portanto, o avivamento coube à Igreja Cristã que, no dia de Pentecostes, passou a viver na força e no poder do Espírito Santo. Ela foi avivada e não reavivada, pois não estava morta; apenas não havia nascido. Quanto ao reavivamento, cabe a igrejas e congregações como a de Sardes que, apesar de já terem experimentado a vida em Cristo, deixaram-se morrer espiritual e ministerialmente. Tais rebanhos carecem de um reavivamento poderoso, para que voltem à vida. Caso contrário, morrerão; logo estarão a cheirar mal.
Embora haja diferenças entre os termos “avivamento” e “reavivamento” podemos, teologicamente, usar um pelo outro, a fim de descrever o movimento do Espírito Santo numa igreja local, objetivando levá-la a experimentar novamente a vida que somente Jesus Cristo pode nos dar.
Portanto, o avivamento ou reavivamento, é a operação sobrenatural do Espírito Santo, na Igreja de Cristo, cujo principal objetivo é reconduzi-la à sua condição primordial de corpo espiritual do Filho de Deus. Essa ação do Espírito Santo só é possível por intermédio destes fatores: retorno à Palavra de Deus, à oração, à santidade, à comunhão e ao serviço cristão.
(Texto extraído da obra “Adoração, Santidade e Serviço:  Os Princípios de Deus para a sua Igreja em Levítico. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2018”. )

sábado, 22 de setembro de 2018

Lição 13 - 3º Trimestre 2018 - Paulo e Silas Louvam a Deus - Berçário.

Lição 13 - Paulo e Silas louvam a Deus 

3º Trimestre de 2018
Objetivo da lição: Levar os alunos a entender que Deus deve ser louvado mesmo quando as circunstâncias são desfavoráveis, e que, ao crermos em Jesus, somos salvos.
É hora do versículo: “[...] Creia no Senhor Jesus e você será salvo — você e as pessoas da sua casa” (Atos 16.31).
Nesta lição, as crianças aprenderão que o Papai do Céu é muito bom. Ele nos ama muito e quer estar sempre juntinho de nós. Para isso, Ele deseja morar dentro do nosso coração. O coração onde o Papai do Céu mora é um coração alegre e bonito!
Como complemento para esta lição, após realizar todas as atividades propostas no manual do professor, e caso ainda haja tempo, sugerimos que distribua uma folha com a imagem abaixo. Nela há o desenho de um coração. Diga às crianças: "Nosso coração é a casa para o Papai do Céu morar dentro de nós. Vamos deixar o coração bem bonito?" Disponibilize para as crianças papel laminado picado ou bolinhas de papel crepom.
coração.licao13.bercario

Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Berçário
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas lições da Revista Berçário. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.  

Lição 13 - 3º Trimestre 2018 - Lídia Ajuda Paulo e Silas - Maternal.

Lição 13 - Lídia Ajuda Paulo e Silas

3º Trimestre de 2018 
Objetivo da lição: Despertar na criança o desejo de ajudar os missionários, e levá-la a contribuir para o seu sustento.

Para guardar no coração: “Quem [...] der ainda que seja um copo de água fria ao menor dos meus seguidores, certamente receberá a sua recompensa.” (Mt 10.42)
Perfil da criança do maternal
“A criança do maternal está numa fase de rápido desenvolvimento físico, e seus músculos exigem ação. Por muito comer e dormir, acumula energia, que precisa ser desgastada de alguma forma. Isto explica a sua agitação.
O professor(a) deve fazer desta necessidade de mexer-se uma aliada do aprendizado. Promova atividades físicas durante a aula, dando oportunidade à criança de saltar, abaixar, levantar, olhar, atirar coisas, etc. Por outro lado, ela também se cansa com facilidade, e carece de períodos de descanso.
Outro fato que merece particular atenção é a facilidade que elas têm de adoecer. A sala de aula deve ser bem arejada e iluminada, sem correntes de ar, calor excessivo, ou poeira. Um ambiente saudável evita contágios” (Marta Doreto).
Oficina de ideias “Que tal preparar a ‘janelinha do tempo’? Este é um recurso útil para as crianças observarem a mudança do tempo.
Numa cartolina faça uma linha vertical e outra horizontal dividindo-a em quatro retângulos e em cada um deles desenhe conforme o modelo. Em outra folha de cartolina risque também uma linha vertical e uma horizontal e recorte um dos retângulos fazendo um tipo de “janela”. Coloque esta folha sobre a primeira prendendo-as ao meio com um colchete (bailarina). Girar a folha de cima e deixar aparecer somente o desenho que se relacionar com o tempo apresentado naquele dia” (Marta Doreto).
Hora de brincar
“Com as crianças sentadas em círculo faça a seguinte brincadeira: Cante uma música alusiva ao tema enquanto a Bíblia vai passando de mão em mão. Quando a música parar, a criança deverá dizer algo relativo ao que aprendeu sobre a Bíblia durante o trimestre ou na aula de hoje. Vale também fazer uma declaração de amor a Bíblia. Inicie a atividade dando alguns exemplos: “A Bíblia é o Livro de Deus”; “A Bíblia fala de Jesus”; “A Bíblia conta muitos milagres”. Ou, simplesmente: “Eu amo a Bíblia”; “Quero aprender a Bíblia”; “Vou pedir ao papai para comprar uma Bíblia” (Mônica Varela). 
Até logo
Depois de repetir o versículo e o cântico do dia, encerre a aula com uma oração. Prepare as crianças para a saída. Quando os pais ou responsáveis forem buscar as crianças, recomende que, em casa, leiam a história bíblica de hoje para o(a) filho(a). Sugira que utilizem uma bíblia infantil. O texto bíblico da lição se encontra em Atos 16.12-40. 
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista de Maternal
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas lições da Revista Maternal. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

Lição 13 - 3º Trimestre 2018 - Nós Somos Amigos de Jesus - Jd. Infância.

Lição 13 - Nós Somos Amigos de Jesus

 3º Trimestre de 2018
Objetivos: Os alunos deverão entender que verdadeiros amigos de Jesus obedecem a sua Palavra e ensinamentos; e aprender que devemos amar uns aos outros para sermos amigos de Deus. 
É hora do versículo: “Vocês são meus amigos se fazem o que eu mando” (Jo 15.14).
Nesta lição, as crianças aprenderão através da história de amor de Jesus por nós, que como seus amigos devemos ser como Ele é. Devemos demonstrar, com os outros, a mesma amizade que Ele demonstra conosco. Jesus está no céu, mas prometeu que não nos deixaria sozinhos. Ele está sempre conosco, dentro dos nossos corações. Quem é amigo de Jesus tem um coração alegre e bondoso. Quem é amigo de Jesus tem um coração que perdoa e ama. Verdadeiros amigos de Jesus obedecem a sua Palavra e ensinamentos.
Após realizar todas as atividades propostas na revista do professor e caso haja tempo, imprima a folha abaixo com o desenho de um coração. Reforce que o Papai do Céu pode transformar os nossos corações, por isso devemos amar uns aos outros para sermos amigos de Deus! Distribua papel laminado vermelho picado ou bolinhas de papel crepom vermelho para as crianças enfeitarem o desenho. Diga às crianças: "Como está o seu coraçãozinho hoje? Decore o coração bem bonito. Seu coração é morada de Jesus."
coraçãojardim

Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Jardim de Infância
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas lições da Revista Jardim de Infância. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

Lição 13 - 3º Trimestre 2018 - A História de Uma Porta - Primários.

Lição 13 - A História de uma Porta

3º Trimestre de 2018
Objetivo: Que o aluno compreenda que para agradarmos a Deus precisamos abrir mão de muitas coisas.
Ponto central: Não entraremos no céu se estivermos de qualquer maneira.
Memória em ação: “Mas quem esquece a si mesmo por minha causa terá a vida verdadeira” (Mt 16.25b)
     Querido (a) professor (a), o texto para embasamento de aula do próximo domingo está em Lucas 13.22-30. Esta é uma mensagem muito séria de Jesus, especialmente para a igreja e todos nós que congregamos nela. Quanto à entrada no Reino dos Céus, o Mestre diz claramente que muitos serão os religiosos, pessoas que dizem ter comunhão com Ele, terem “comido e bebido na sua presença”, conhecedores de seus ensinamentos, praticantes das “regras” eclesiásticas... Entretanto, Ele vê além de todas essas coisas, por isso, naquele Dia dirá a muitos: “apartai-vos de mim, vós todos os que praticais a iniquidade” (v.27).
      Iniquidade, algo tão comum em nossos dias, palavra sinônima de impiedade, isto é, falta de piedade, falta de compaixão, ausência de caridade, de amor. Tal quais os fariseus legalistas e zelosos protetores do moralismo da Lei, muitos são os crentes fazendo o mesmo hoje, mas deixando de lado o que o próprio Deus encarnado disse ser o mais importante: o AMOR AO PRÓXIMO (Mt 22.39,40).
      Queridos, se você puder a cada aula frisar apenas uma coisa aos seus alunos, foque nesta! “Toda a Lei se resume num só mandamento, a saber: ‘Amarás o teu próximo como a ti mesmo’” (Gl 5.14).
     Especialmente em nossa nação, vivemos dias extremamente conturbados, onde discursos de ódio e violência são aceitos e aclamados até mesmo nos púlpitos das igrejas, sob suposta “defesa” da família, da moral e dos bons costumes. Não se deixe enganar. A Palavra nos foi dada, estão aí os Evangelhos nos mostrando que os “crentes” da época do ministério terreno do Messias faziam o mesmo. Mas também nos mostrando a diferença na prática e caráter amoroso de Jesus Cristo –  severo com os religiosos (Mt 12.34; 23.14-33), mas mui misericordioso para com os excluídos, marginalizados, tidos por “escória” de sua sociedade (Lc 5.27-32; 7.37-50).
    Em seu devocional em preparo para esta aula, tente ler essas passagens aqui mencionadas e reflita sobre tudo isso. Guardemo-nos de precisar ouvir do Senhor: “Assim também vós exteriormente pareceis justos aos homens, mas, por dentro, estais cheios de hipocrisia e de iniquidade” (Mt 23.28). Pois, como o nosso Mestre nos predisse, próximo a sua vinda, “por se multiplicar a iniquidade, o amor se esfriará de quase todos” (Mt 24.12). Observe que “quase todos” naturalmente inclui até mesmo pessoas que dizem segui-lO.
    Guarde seu coração de ser uma delas. Guarde seu coração da impiedade, enchendo-o a cada dia da graça redentora que Deus despejou sobre sua vida, mesmo conhecendo seus pecados mais sujos, falhas mais graves, pensamentos mais detestáveis, o seu pior lado. Ainda assim Jesus foi à cruz por você! Lembrar-se de tamanho favor imerecido, diariamente, nos faz repassá-lo adiante com a mesma graça e piedade que nos alcançou. E esse é o maior mandamento de todos, o que em palavra e ação em todo o tempo Jesus ensinou: Ame a Deus no teu próximo! Fora disso, nada que você faça terá qualquer valor para o Senhor (Cf Mt 25.35-45; 1 Co 13).
      Que o Deus lhe abençoe e capacite! Boa aula.
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Primários da CPAD
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas lições da Revista Primários. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

Lição 13 - 3º Trimestre 2018 - Daniel, um Homem de Oração - Juniores.

Lição 13 - Daniel, um homem de oração 

 3º Trimestre de 2018
Texto bíblico: Daniel 6.1-23.
Prezado(a) professor(a),
Na lição desta semana seus alunos aprenderão sobre a vida de um servo de Deus que tem muito a nos ensinar com o seu exemplo de fé e coragem. Daniel foi levado ainda jovem para a Babilônia, juntamente com seus amigos, e se tornou um grande nome entre os príncipes do governo (cf. Dn 1). Depois de um tempo, o rei da época intentava instituir Daniel como governante de todo o reino, pois sabia da sua competência. Isso despertou o ódio de seus inimigos, pois Daniel era um estrangeiro, descendente de um povo que havia sido levado cativo para a Babilônia. Isso já colocava Daniel em condições menos favoráveis dentre os demais que compunham o governo. Entretanto, Deus estava com Daniel e proveu as condições necessárias para que seu servo ascendesse mais que os demais príncipes, tornando-se alguém que tinha relevância para o reinado de Dario. A competência do profeta não era fruto da sua própria inteligência ou esforço humano, e sim da capacitação divina. Daniel era um homem honesto e de oração. Alguém que vivia constantemente aos pés do Senhor e buscava nEle as forças necessárias para desempenhar um papel de relevância no governo. Seus alunos terão muito a aprender por intermédio do exemplo de Daniel.
A. Um homem sábio, inteligente e responsável.
Daniel possuía características próprias que o tornavam destacado dos demais príncipes. A história do profeta revela que desde a sua juventude ele apresentava-se sábio e dotado de grandes conhecimentos (cf. Dn 1.17,20). A trajetória de Daniel sempre esteve atrelada à sua comunhão com Deus. Ele não abria mão de cumprir com as suas responsabilidades espirituais, seguindo os mandamentos da lei judaica, mesmo em terra estrangeira (cf. 1.8; 2.16-19). O que importava para Daniel não era apenas cumprir com as suas atribuições no reino, e sim cumpri-las com responsabilidade. Seu comportamento sábio e responsável era fruto da sua comunhão com Deus (10.11,12).
B. Um estrangeiro menos favorecido.
O profeta havia sido levado cativo juntamente com seus amigos Hananias, Misael e Azarias. Esse fator o colocava em condições menos favoráveis do que os demais príncipes que havia em todo o reino. Não obstante, Daniel superou todas as expectativas pessimistas que havia a seu respeito e superou as dificuldades, assumindo um lugar de proeminência no reino babilônio (cf. Dn 6.1-4). Deus agiu para que seu servo encontrasse as condições necessárias para cumprir a sua vontade.
C. Um servo obediente a Deus e fervoroso na oração.
Além de todas as competências e habilidades que possuía, Daniel tinha uma qualidade que o levava a ter sucesso em todas as demais áreas. Ele era um homem de oração e temente a Deus. A vida do profeta é marcada pela sua intimidade com Deus. Tanto é que nas ocasiões mais necessárias o Senhor ouviu as suas orações e revelou ao profeta grandes verdades que foram e ainda são de grande importância para a história da humanidade (cf. Dn 6.10; 10.19).
A história do profeta Daniel é repleta de ensinamentos que são de suma importância para o amadurecimento espiritual de seus alunos. É importante que os juniores aprendam a exercitar a fé e a comunhão com Deus desde cedo. Mostre para eles que Daniel tinha uma vida de oração. A Bíblia relata que o profeta se colocava diante de Deus para orar pelo menos três vezes ao dia (cf. Dn 6.10). Seguindo o exemplo do profeta, confeccione com seus alunos um relógio de oração. Distribua uma folha de A4 com o desenho de um relógio sem ponteiros. A atividade é simples: os alunos deverão pintar o relógio e desenhar os ponteiros que marcam as horas do dia que eles reservam para oração. Cada ponteiro lembra uma hora específica. Pode ser de manhã, à tarde e à noite. Permita que eles tenham liberdade para escolher o horário da orar. Ao final, reforce a importância de buscarem uma vida de intimidade e comunhão com Deus.
Por Thiago Santos
Educação Cristã - Publicações CPAD
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Juniores. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

Lição 13 - 3º Trimestre 2018 - A Crucificação e Ressurreição de Cristo - Pré Adolescentes.

Lição 13 - A Crucificação e Ressurreição de Cristo

3º Trimestre de 2018
Texto bíblico: João 19.16-18; 20.11-18.
Prezado(a) professor(a),
Na lição desta semana seus alunos estão convidados a conhecer um pouco mais a respeito do amor de Deus. Talvez eles já tenham se perguntado o que teria levado o Criador a entregar o seu Filho Amado para morrer na cruz do Calvário em favor dos pecadores. O interessante do amor de Deus, diferentemente do amor humano, é que ele não é oferecido oportunamente como se Deus esperasse alguma coisa em troca do seu amor. Antes, o amor de Deus é permanente e Ele o manifestou simplesmente pelo fato de ter afeição pela sua criação. Deus nos convence do erro e nos conduz ao arrependimento somente pelo seu amor, não porque somos obrigados (cf. 2 Co 5.14). Isso não significa que estejamos isentos da decisão de submeter-nos à vontade do Criador. Todavia, o seu amor é a única razão pela qual o Senhor nos oferece a oportunidade de receber a salvação e ter uma nova vida de comunhão com Ele (cf. Jo 3.16). A lição de hoje chama a atenção para a ação do Espírito Santo em nossos corações à medida que nos abrimos para o amor de Deus. Esta é uma oportunidade de levar seus alunos a refletir que Deus almeja operar em cada coração pelo seu Espírito Santo, trazendo arrependimento, quebrantamento e intimidade com Ele.
Deus manifesta um amor muito especial pelo pecador e não o vê de forma desprezível, mesmo em sua pior condição de pecado. O seu amor tem um propósito muito especial que transpassa as necessidades básicas da humanidade. Deus deseja resgatá-la de sua triste condição de pecado e restaurá-la para uma nova vida de santidade. Ele amou de tal maneira, de um modo especial! Na Bíblia de Estudo Pentecostal (1995, p. 1575), encontramos o seguinte comentário:
João 3.16 revela o coração e o propósito de Deus para com a humanidade.
(1) O amor de Deus é suficientemente imenso para abranger todos os homens, isto é, ‘o mundo’ (cf. 1 Tm 2.4).
(2) Deus ‘deu’ seu Filho como oferenda na cruz por nossos pecados. Não foi algo que Ele foi obrigado a fazer (1 Jo 4.10; Rm 8.32).
(3) Crer (gr. pisteuo) inclui três elementos principais: (a) plena convicção de que Cristo é o Filho de Deus e o único Salvador do perdido pecador; (b) comunhão com Cristo pela nossa auto submissão, dedicação e obediência a Ele (cf. 15.1-10; ver 14.21; Jo 15.4); (c) plena confiança em Cristo de que Ele é capaz e também quer conduzir o crente à salvação final e à comunhão com Deus no céu.
(4) ‘Perecer’ é a quase sempre esquecida palavra em 3.16. Ela não se refere à morte física, mas à pavorosa realidade do castigo eterno no inferno (Mt 10.28).
(5) ‘Vida Eterna’ é a dádiva que Deus outorga ao homem quando este nasce de novo. ‘Eterna’ expressa não somente a perpetuidade da nova vida, mas também a qualidade desta vida, como a de Deus; uma vida que liberta o homem do poder do pecado e de Satanás, e que o afasta daquilo que é puramente terreno para que ele conheça a Deus (cf. 8.34-36; 17.3).
Deus manifestou tamanha graça para com os pecadores, e esta graça está disponível mediante a fé. O apóstolo Paulo ensina na Carta aos romanos que a fé vem pelo ouvir, pelo ouvir da Palavra de Deus (cf. Rm 10.17). Esta ação ocorre por meio da operação do Espírito Santo em cada coração. Somente Ele tem o poder de convencer o ser humano do erro, mostrar-lhe a nova direção a seguir e o caminho de volta à comunhão com o Pai (cf. Jo 14.6; 16.8-11). Mediante a fé, é possível aproximar-se de Deus e manter a intimidade com Ele. 
Aproveite a temática da aula de hoje e converse com seus alunos a respeito do amor de Deus pelos pecadores. Mostre que, em nossa lógica humana, talvez não compreendemos ou não concordamos com a forma como Deus trata com aqueles que não são merecedores da sua graça. Entretanto, vale ressaltar que essa maneira de Deus lidar com a humanidade é fruto do seu imensurável amor. Converse com seus alunos e permita que expressem o que pensam sobre o assunto.
Por Thiago Santos
Educação Cristã - Publicações CPAD
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Pré-Adolescentes. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

Lição 13 - 3º Trimestre 2018 - A Mensagem Pentecostal - Adolescentes.

Lição 13 - A Mensagem Pentecostal

3º Trimestre de 2018
ESBOÇO DA LIÇÃO
JESUS SALVA
JESUS CURA
JESUS BATIZA NO ESPÍRITO SANTO
JESUS BREVE VOLTARÁ
OBJETIVOS
Expor a estrutura da Mensagem Pentecostal;
Pontuar que Jesus salva e cura;
Mostrar que Jesus batiza no Espírito Santo e breve voltará.
Para aprofundar mais o primeiro tópico da presente lição, Jesus Salva, sugerimos a leitura do seguinte texto:

O PROCESSO DA SALVAÇÃO
Marcelo Oliveira de Oliveira
Nesta lição, veremos o que Deus faz na vida da pessoa que se arrependeu dos pecados e creu no Senhor Jesus: Justifica, Regenera e Santifica.
Justificação
De condenados, absolvidos; de culpados, declarados inocentes. Mediante a quitação da penalidade integral do pecado por Cristo Jesus, o nosso Senhor, segundo a sua própria justiça, Deus nos declarou justificados. Esse termo refere-se à nossa mudança de situação diante de Deus. É o ato pelo qual o Altíssimo declara os pecadores outrora acusados, culpados e condenados, agora livres e absolvidos com base na definitiva e satisfatória obra salvífica de Jesus Cristo operada na cruz. É uma das maravilhosas doutrinas da Salvação que precisa ser pregada, afirmada e reafirmada nos púlpitos e nas classes de Escola Dominical das igrejas locais.
Regeneração
O teólogo pentecostal Daniel Pecota diz que a Regeneração “é o início do nosso crescimento no conhecimento de Deus, na nossa experiência de Cristo e do Espírito e no nosso caráter moral”. Após o arrependimento e a fé, Deus nos regenera por intermédio do seu Espírito Santo. É o milagre da criação de uma nova natureza interior. É ação do Espírito semelhante ao que profetizou o profeta Ezequiel: “E lhe darei um mesmo coração, e um espírito novo porei dentro deles; e tirarei da sua carne o coração de pedra e lhes darei um coração de carne” (Ez 11.19). Uma doutrina urgente que deve ser pregada e ensinada. Uma das verdades que os pentecostais sempre enfatizaram é a “mudança de vida” como prova da verdadeira conversão em Cristo. Isso passa obrigatoriamente pelo milagre da Regeneração que leva-nos à santificação.
Santificação
O teólogo pentecostal Timothy P. Jenney, no capítulo “O Espírito Santo e a Santificação”, da obra Teologia Sistemática: Perspectiva Pentecostal, editada pela CPAD, diz que “os escritores do Novo Testamento empregam tão frequentemente a expressão ‘Espírito Santo’ por reconhecerem a relevância do Espírito para a santificação do mundo” (p.406). Nesse sentido, podemos conceituar “santificação” como “o processo mediante o qual Deus está purificando o mundo e seus habitantes”. É uma obra continuada a partir da regeneração, numa perspectiva instantânea, pois aplica à vida do crente a obra feita por Jesus; e progressiva, pois a operação do Espírito é permanente. Uma doutrina que deve ser vivida hoje!
(Texto extraído da revista Ensinador Cristão, editora CPAD, 2017)

Lição 13 - 3º Trimestre 2018 - Justificação - Juvenis.

Lição 13 - Justificação

3º Trimestre de 2018
“Sendo, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus por nosso Senhor Jesus Cristo”  (Rm 5.1)
ESBOÇO DA LIÇÃO
1. UM POUCO DE HISTÓRIA
2. JUSTIFICAÇÃO
3. DIFERENÇAS
4. EFEITOS DA JUSTIFICAÇÃO

OBJETIVOS
Conceituar justificação.
Diferençar o termo justificação de redenção e santificação.
Apontar os efeitos da justificação na vida do homem.
     Querido (a) professor (a), dando prosseguimento ao tema tão especial deste trimestre, com diversos assuntos pertinentes desde a Queda à Redenção da humanidade, neste próximo domingo vamos focar na Justificação.
     Para lhe ajudar a alcançar os objetivos propostos nesta lição é necessário que os conceitos apresentados estejam bem absorvidos e diferenciados em seu entendimento. Por isso, vale a pena recapitular as últimas lições, e para lhe ajudar a se preparar ainda melhor em seus estudos, dispusemos uma interessante nota explicativa sobre o assunto, extraída do Dicionário Bíblico Wycliffe, no subsídio da lição anterior, que você pode ler aqui
     Evidentemente, a Declaração de Fé oficial de nossa denominação não deixaria de abordar a questão, explicando pontos importantes da dinâmica da salvação, as suas etapas e diferenças entre elas. Segue abaixo tal posicionamento.
     Lembre-se, a cada nova entrada na sala de aula é preciso estar previamente preparado – intelectual, emocional e espiritualmente. Não despreze a necessidade de se preparar em nenhuma dessas áreas. Então, haja o que houver, reserve um momento para orar por seu ministério, seus alunos, classe e de estudar para a próxima aula. Cada lição é única e pode ser ainda mais especial se for aquela na qual um aluno recebeu o presente da vida eterna.
     A salvação é nos oferecida pela graça mediante a fé no sacrifício de Jesus Cristo na cruz do Calvário. Ela é eterna, completa e eficaz.
     A salvação em Jesus Cristo não é um mero assentimento intelectual, e sim um renascimento espiritual que se dá na vida do pecador arrependido. No ato da aceitação, o pecador é imediata e simultaneamente salvo, justificado e adotado como filho de Deus. 
     A partir daí, entra no processo de santificação até a sua glorificação final no dia de Cristo. Entendemos que o salvo é o pecador que Cristo resgatou das trevas e libertou do pecado e da morte espiritual e que agora está livre da condenação eterna: “Portanto, agora, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o espírito. Porque a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte” (Rm 8.1,2). Perdão é a absolvição de uma dívida e a remissão de um castigo.
     Justificação é um ato da graça de Deus, o Supremo Juiz, pelo qual a justiça de Cristo é imputada a todo aquele que crê em Jesus declarando-o justo. O primeiro resultado da justificação é a paz com Deus: “Sendo, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus por nosso Senhor Jesus Cristo” (Rm 5.1). Juntamente com a salvação e a justificação, o pecador arrependido recebe a adoção de filho de Deus. A partir desse momento, terá ele um relacionamento mais íntimo com Deus, invocando-o não apenas como Criador, mas principalmente como Pai: “Porque não recebestes o espírito de escravidão, para, outra vez, estardes em temor, mas recebestes o espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai. O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus” (Rm 8.15,16). 3. Regeneração, santificação e glorificação.
      Regeneração é a transformação do pecador numa nova criatura pelo poder de Deus, como resultado do sacrifício de Jesus na cruz do Calvário. Essa obra é também conhecida como novo nascimento, ou nascer de novo e nascer do Espírito. Trata- se de uma operação do Espírito Santo na salvação do pecador. Ensinamos que, já salvo, justificado e adotado como filho de Deus, o novo crente entra, de imediato, no processo de santificação, pois assim o requer a sua nova natureza em Cristo: “agora, libertados do pecado e feitos servos de Deus, tendes o vosso fruto para santificação, e por fim a vida eterna” (Rm 6.22); “esta é a vontade de Deus, a vossa santificação: que vos abstenhais da prostituição” (1 Ts 4.3). Todos os crentes em Jesus são chamados santos.
     Santificação é o ato de separar-se do pecado e dedicar-se a Deus. Ele exige santidade de seus filhos: “como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver, porquanto escrito está: Sede santos, porque eu sou santo” (1 Pe 1.15,16); pois sem a santificação ninguém verá o Senhor: “Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hb 12.14). A glorificação é a derradeira etapa de nossa salvação em Cristo Jesus: “e aos que justificou, a esses também glorificou” (Rm 8.30). Trata-se de uma promessa da futura transformação de nosso corpo mortal.
(Declaração de Fé das Assembleias de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, pp. 111-112).
 O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula.
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Juvenis da CPAD
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Juvenis. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo. 

Lição 13 - 3º Trimestre 2018 - O Milagre da Mulher Grega e Siro Fenícia - Jovens.

Lição 13- O Milagre da Mulher Grega e Siro-fenícia 

 3º Trimestre de 2018
Introdução
I - Jesus Entra em Território Pagão
II - A Reação de Jesus Diante do Pedido da Mulher
III - Uma Resposta Sábia e o Recebimento do Milagre
Conclusão
Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivos:
Demonstrar o que significava a atitude do Mestre em aproximar-se de território pagão;
Analisar a reação de Jesus ante o desesperado pedido da mulher;
Valorizar a resposta da mulher e a humildade do Senhor em atendê-la.
Palavras-chave: Milagre.
Para ajudá-lo(a) na sua reflexão, e na preparação do seu plano de aula, leia o subsídio de autoria do pastor César Moisés Carvalho:
 
A narrativa do último milagre a ser comentado indica a verdade de que a fama de Jesus havia extrapolado a Judeia e a Galileia (Mt 4.24; Jo 12.20-22), e atingido regiões gentílicas, inclusive, as mais improváveis, posto que, a referida área, Tiro e Sidom (v.24), é prototípica, sobretudo no Antigo Testamento e, vale a pena pontuar, no aspecto negativo (Is 23.1-12; Jr 25.22; 27.1-11; Ez 26.1-21; Jl 3.4-8; Am 1.9,10), pois da “mesma região era a rainha Jezabel, símbolo da grave crise do século IX aC, em que se viu envolvido o profeta Elias, estrela de primeira grandeza na tradição popular”1.  O referido milagre do Senhor Jesus Cristo chama a atenção pelo que o texto deixa entrever, isto é, que entrara em uma “casa” e “queria que ninguém o soubesse” (v.24). A humanidade do Senhor aqui é destacada como se fala de qualquer outra pessoa, pois muito provavelmente Jesus queria descansar. Todavia, o evangelista notifica que Jesus “não pôde esconder-se”, pois como já foi dito, a fama do Senhor havia se alastrado. O texto marcano informa que “uma mulher cuja filha tinha um espírito imundo, ouvindo falar dele, foi e lançou-se aos seus pés” (v.25). Assim como o anterior, o milagre informado pelo texto envolve duas mulheres, mãe e filha (v.26). O conhecimento dos costumes sociais do Antigo Oriente indica que a forma como Jesus tratava a mulher, naquele momento histórico, estava muito à frente de seu tempo. Na verdade, até mesmo para os padrões atuais, a maneira como o Senhor valorizava a mulher é algo extremamente instrutivo. Neste caso, a questão merece ainda mais destaque, pois além de mulher ser estrangeira, isto é, gentia, era também pagã. Ao atendê-la, porém, afirma Gottfried Brakemeier, “Já se prenuncia nesses casos o surgimento de uma nova comunidade, que se constitui de judeus e pagãos, com base na fé em Jesus Cristo”2.
O milagre é conhecido pela sua epígrafe editorial que diz ser a mulher uma “cananeia” (Mc 7.24-30). Tal epígrafe consta da ARC enquanto que na ARA a epígrafe diz “A mulher siro-fenícia”. É possível que a epígrafe da ARC se dê pelo fato de que, no Antigo Testamento, a civilização fenícia estava situada ao norte da antiga Canaã e, portanto, os habitantes da região eram os cananeus. Contudo, no período intertestamentário, devido ao domínio grego que outrora havia prevalecido na região, Marcos informa que a mulher era “grega”, isto é, uma legítima gentia nos costumes incluindo a religião que não era o judaísmo, e siro-fenícia de nação, ou seja, aqui sim o aspecto de sua naturalidade que, pela localização, também podia ser chamada de cananeia, posto que seus habitantes eram os antigos cananeus (v.26). Tal informação vem a calhar com os propósitos e os destinatários do Evangelho de Marcos que, como tradicionalmente tem sido defendido, são os romanos, ou seja, cristãos de origem pagã. A narrativa neste caso seria, dentro do contexto do que anteriormente havia sido discutido (Mc 7.1-23), a demonstração concreta de que realmente não havia diferença entre judeu e gentio, pois não é o ritual que define a pessoa e sim o coração. Dessa forma, os ouvintes e leitores de Marcos deveriam ficar em paz, pois eram tão alvo do amor divino quanto os judeus. Uma vez que o pedido da mulher dizia respeito à libertação de sua filha da possessão demoníaca (v.26), de acordo com Gottfried Brakemeier, não é tão surpreendente que tenha sido atendida, visto que o “tema do exorcismo, pois, conduz ao centro do evangelho”.3  Em outras palavras, o Evangelho é primordialmente, antes de qualquer coisa, libertação.
A questão toda gira em torno desse assunto, pois a “ótica da narração está exatamente no encontro e diálogo de Jesus com a mulher, que o evangelista tem urgência de apresentar”, diz Rinaldo Fabris, pois “é uma grega, isto é, pagã de religião; é siro-fenícia de nacionalidade (7,26)”, justamente por isso, “emerge logo o tom escandaloso e duro da resposta de Jesus ao pedido da mulher”, cuja paráfrase pode ser a seguinte: “O pão dos filhos, isto é, reservado aos fiéis judeus, não pode ser atirado aos cachorrinhos, isto é, aos infiéis pagãos (7,27b)”.4  De acordo com o mesmo autor, com “o epíteto cão indicava-se, no ambiente judaico, o ímpio ou o pagão idólatra”, pois diz “uma sentença conservada numa tradicional coleção de ditados judaicos: ‘Quem come com um idólatra é como quem come com um cão’”. Assim, mesmo que pareça que a “dureza da reposta de Jesus”, esclarece Fabris, seja “em parte atenuada pela introdução: Deixa que primeiro se saciem os filhos e também pelo diminutivo de Marcos: os cachorrinhos”; é inevitável não concluir, que “a imagem usada por Jesus [passa] a impressão de racismo religioso”.5  Craig Keener diverge ligeiramente de tal interpretação e diz não ser “costume entre os judeus chamar os gentios de ‘cães’, como afirmaram certos comentaristas”, pois na realidade, “Jesus está ensinando por meio de uma ilustração, como os mestres faziam”.6  O referido autor explica que toda “comida sem valor era lançada aos cães (cf. Êx 22.31)”. Todavia, emenda dizendo que “Independentemente do gênero a que fosse aplicado, o termo ‘cão’ era um dos insultos mais pesados e comuns na Antiguidade, embora aqui funcione como analogia”. Observa também que no “judaísmo palestino, os cães eram considerados animais que se alimentavam de carniça, mas nas casas das famílias abastadas, influenciadas pelos costumes gregos (com os quais a mulher fenícia estaria mais familiarizada), havia, às vezes, cães como animais de estimação”. De qualquer forma, Keener, concorda que ainda “assim, a afirmação soaria ofensiva”.7Interpretação completamente distinta oferece o teólogo pentecostal, Jerry Camery-Hoggatt, ao afirmar “que o versículo 27 é irônico”, pois, para ele, ler “apenas o que está na superfície da narrativa é interpretá-la mal”, ou seja, a perícope deve “ser lida como um pouco de atrevimento”.8 O mesmo autor diz que a “ironia” em questão é de um “tipo especial, às vezes chamada ‘ironia peirástica’ (derivada do termo grego peirazo, ‘pôr em prova’)”, e explica que tal “tipo de ironia é um desafio verbal tencionado a provar a resposta da pessoa”, pois na realidade pode “declarar o oposto da verdadeira intenção de quem fala”. Como um exemplo perfeito de tal “ironia”, Camery-Hoggatt cita “Gênesis 19.2, onde os anjos do Senhor provam a seriedade da oferta de hospitalidade feita por Ló declarando o oposto de suas verdadeiras intenções: ‘Não! Antes, na rua passaremos a noite’”. Em outras palavras, a resposta dos anjos não significava exatamente o que foi dito. Portanto, para o autor pentecostal, há fortes “indícios de que é exatamente assim que Marcos entende esta declaração”. Por isso, apresenta duas observações para reforçar seu pensamento: “A primeira”, diz ele, “e, na minha opinião, [...] suficiente”, refere-se à “localização da história nesta série de afirmações da missão gentia”, pois se “Marcos pensa[sse] que a declaração indicava obstáculo de Jesus para aquela missão, ele poderia muito bem ter omitido o episódio inteiro”. A segunda “evidência é a sagacidade na construção da própria declaração”, posto que encerra “um conjunto de metáforas e uma alusão”. Falando primeiramente das metáforas ele diz que a primeira delas “são os ‘filhos’ (denotando, com certeza, os judeus) e os ‘cachorrinhos’ (epíteto judaico comum para referir-se aos gentios)”, portanto, ao inquirir a respeito do “‘pão’ (artos)”, Jesus “traz à consciência todo o complexo de significados desta palavra que foram levantados anteriormente em Marcos 6.1 a 8.30”, pois os referidos textos dizem “respeito indiretamente às bênçãos de salvação, mas neste contexto alude também à Ceia do Senhor”.9 Desta forma, o “empuxo da ironia peirástica é este: ‘Os cachorros ― os gentios ― receberão o que lhes pertence em breve, mas só mais tarde, quando as migalhas forem jogadas fora como lixo. Os judeus primeiro. Os gentios depois. Certo?’”. Portanto, o autor conclui que “a declaração de Jesus é lançada como desafio, um enigma a ser resolvido, um dito espirituoso que requer reposta mais engenhosa”.10Se esta for, de fato, a questão, a mulher não apenas “decifra” o que Jesus diz, mas ainda acrescenta que entende perfeitamente como funciona a lógica apresentada pelo Mestre, pois a resposta dela é inequívoca: “Sim, Senhor; mas também os cachorrinhos comem, debaixo da mesa, as migalhas dos filhos” (v.28b). Como mãe, ela sabe que é insensato pegar o prato principal do domingo e, em vez de colocar sobre a mesa para ser degustado pelos filhos, postá-lo abaixo desta para que os cãezinhos de estimação se deliciem. Conquanto tal atitude mostrasse carinho para com os animais, seria completamente deselegante para com a família. Por isso, a questão não diz respeito à exclusão dos “cachorrinhos”, mas destaca a precedência da família, representada no diálogo pela figura dos “filhos”, ou seja, como afirma Daniel Harrington, a “espirituosa resposta da mulher usa o pronunciamento de Jesus para dar a vantagem a ela”.11  Em outras palavras, sem “negar a precedência histórico-salvífica de Israel e o foco do ministério de Jesus, ela rejeita a ideia de exclusividade para o poder de Jesus”.12 De um ponto de vista estritamente humano, e refém que sou da linguagem, abusando de um antropopatismo, é possível dizer que Jesus, nesse dia, “aprendeu” com a mulher siro-fenícia que “toda regra tem exceção”, pois Marcos é categórico em observar que no mesmo instante em que a mulher respondeu ao questionamento do Mestre, o Senhor exclamou: “Por essa palavra, vai; o demônio  saiu de tua filha” (v.29b; sem grifos no original). Fica evidente, tanto aqui quanto no texto paralelo (Mt 15.21-28), que o que demoveu o Senhor de sua firme decisão em não atendê-la, foi a surpreendente resposta da mulher pagã. O resultado do exercício da fé daquela mãe desesperada não poderia ter sido outro, registra Marcos — “E, indo ela para sua casa, achou a filha deitada sobre a cama, pois o demônio já tinha saído” (v.30) —, isto é, a fé, uma vez mais realizando o impossível e promovendo o inaudito. Tal é assim desde sempre, pois, como afirma o conhecidíssimo e clássico texto de Hebreus 1.1, “a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não veem”.
*Adquira o livro do trimestre de autoria de CARVALHO, César Moisés. Milagres de Jesus: A Fé Realizando o Impossível. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2018.
Que Deus o(a) abençoe.

Lição 13 - 3º Trimestre 2018 - As Orações dos Santos no Altar de Ouro - Adultos.

Lição 13 - As Orações dos Santos no Altar de Ouro

 3º Trimestre de 2018
PONTO CENTRAL
A oração, qual incenso precioso, é a maior oferenda que podemos apresentar a Deus.
ESBOÇO GERAL
I – O LUGAR SANTÍSSIMO
II – AS ORAÇÕES DOS SANTOS
OBJETIVO GERAL
Conscientizar de que a nossa oração é a maior oferenda que podemos apresentar ao Pai Celeste.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Mostrar que somente o sumo sacerdote poderia entrar no lugar santíssimo;
Reconhecer que as orações dos santos são qual incenso precioso.
A Teologia da Oração
Pr. Claudionor de Andrade
Existe, sim, uma teologia da oração. Ela permeia toda a Bíblia; vai do Gênesis ao Apocalipse. Encontra-se na boca dos profetas, nos lábios dos apóstolos e na alma do próprio Cristo. Neste tópico, apesar da exiguidade do espaço de que dispomos, faremos um pequeno esboço dessa teologia, que, embora desconhecida, é preciosa; imprescindível.
A oração, a voz da alma
A palavra “oração”, proveniente do vocábulo latino orationem, comporta ricos enunciados à nossa vida espiritual.
Num primeiro momento, pode ser compreendida como a súplica que o peregrino, assediado por ânsias e almejos, endereça ao Pai Celeste. Nesse sentido, a oração é rogo, pedido e prece. Num segundo momento, a oração pode ser vista como a petição que esse mesmo peregrino, agora já não preocupado consigo, faz em favor do companheiro que desmaia na jornada à Jerusalém Celestial; intercessão amorosa.
Recorramos ao idioma do Antigo Testamento, para vermos como a palavra “oração” foi usada pelo cantor-mor de Israel. No quarto salmo do saltério hebreu, Davi roga ao Senhor num momento de grande e inesperada angústia: “Responde-me quando clamo, ó Deus da minha justiça; na angústia, me tens aliviado; tem misericórdia de mim e ouve a minha oração” (Sl 4.1, ARA).
O termo utilizado pelo autor sagrado, em sua prece, é o que melhor descreve a atitude do homem que, exilado no mundo, busca a face de Deus. O vocábulo hebraico tĕphillah significa oração, súplica, intercessão e hino. Este último significado encerra muita beleza. Até este momento, humildemente confesso, eu ainda não tinha olhado a oração como um hino que, na angústia, entoamos a Deus. Bem cantou o poeta sacro: “Os mais belos hinos e poesias foram escritos em tribulação, e do céu, as mais lindas melodias, se ouviram na escuridão”.
Sim, querido leitor, a oração é poesia e hino.
Já imaginou se nos fosse possível registrar todas as orações que chegam ao Pai Celeste num só dia? Quantas obras-primas, partidas do mais fundo da alma, não teríamos. Aqui, uma prece em português; cântico mais alto que o de Camões. Ali, uma oração em italiano; poesia mais sublime que a de Dante. Mais além, uma petição em língua alemã; verso mais belo que o de Goethe. Na Rússia, uma intercessão que supera a maravilhosa prosa de Tolstói. Já na China, apesar de todos os empecilhos do regime comunista, ouviríamos confissões que superam a sinceridade de Confúcio e a força de Lao-Tsé.
Entremos a examinar, agora, a língua na qual foi escrito o Novo Testamento. No capítulo cinco de Apocalipse, assistimos à instalação da corte celestial, reunida solenemente para a abertura do livro que, seguro na destra de Deus, encontrava-se sob o poder de sete selos. Quando Jesus, ali identificado como o Leão de Judá, tomou o livro das mãos do Todo-Poderoso, algo ocorreu entre os moradores do Céu, conforme a narrativa de João, o Teólogo: 
Veio, pois, e tomou o livro da mão direita daquele que estava sentado no trono; e, quando tomou o livro, os quatro seres viventes e os vinte e quatro anciãos prostraram-se diante do Cordeiro, tendo cada um deles uma harpa e taças de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos. (Ap 5.7,8, ARA)
Analisemos a palavra grega, usada nessa passagem, para o substantivo “oração”.  Nesse caso, como em outros do Novo Testamento, o autor sagrado utiliza o termo proseuchē; em sua essência, em nada difere do tĕphillah hebreu. Além de seu primordial significado, lembra o próprio lugar da oração. Em português, possuímos também um vocábulo para designar o local consagrado aos rogos e petições: o oratório. Entre nós, evangélicos, o termo é quase desconhecido. Mas, na igreja católica, é bastante comum; descreve as capelinhas e nichos destinados às rezas e veneração de imagens.
No deslinde do vocábulo proseuchē, deveríamos ver, além da preocupação linguística, o chamamento ao lugar das preces e das intercessões, conforme exorta-nos o Senhor Jesus: “Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto e, fechada a porta, orarás a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará” (Mt 6.8, ARA).
Que em cada domicílio evangélico, haja uma capela de oração; nosso quarto. Nesse aposento tão reservado e querido, no qual descansamos e reavemos as forças, depositemo-nos diariamente aos cuidados divinos. Antes de dormirmos e depois de acordamos, conversemos com o Pai; confessemos-lhe as faltas e as transgressões; narremos-lhe o nosso cotidiano; abramos-lhe a alma. Daí, sairemos renovados para mais uma jornada, não de lutas e entreveros, mas de vitórias e triunfos. (Texto extraído da obra “Adoração, Santidade e Serviço: Os Princípios de Deus para a sua Igreja em Levítico. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2018”. ) 
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Lição 12 - 3º Trimestre 2018 - Maria Louva a Deus - Berçário.

Lição 12 - Maria Louva a Deus 

 3º Trimestre de 2018
Objetivo da lição: Levar os alunos a louvar a Deus por enviar Jesus como o seu Salvador.
É hora do versículo: “[...] O meu espírito está alegre por causa de Deus, o meu Salvador” (Lucas 1.47).
Nesta lição, as crianças aprenderão que o Papai do Céu é muito bom. Ele nos ama muito e nos deu um lindo presente: o seu filho Jesus, nosso Salvador. Maria Ficou muito feliz quando soube que seria a mamãe do Filho do Papai do Céu. A mamãe também ficou muito feliz quando soube que teria um bebê lindo quando esperava você (diga isso para o bebê, é assim que ele será capaz de entender quando você falar de Maria).
Como complemento para esta lição, após realizar todas as atividades propostas no manual do professor, e caso ainda haja tempo, sugerimos que distribua uma folha com a imagem abaixo. Nela há dois bebês: um alegre e um chorando, triste. Pergunte aos bebês como Maria ficou quando recebeu a notícia de que seria mamãe do Salvador e louvou ao Papai do Céu? Ela ficou alegre ou triste? Circule como é o rosto do bebê que louva ao Papai do Céu por enviar Jesus, nosso Salvador. Depois podem colorir com giz de cera grosso.
licao12.bercario
 Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Berçário
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