sábado, 5 de outubro de 2019

Lição 01 - 4º Trimestre 2019 - Escatologia?! O que isso Significa?Juvenis.

Lição 1 - Escatologia?! O que isso significa? 

“E disse: Eis que te farei saber o que há de acontecer no último tempo da ira; porque ela se exercerá no determinado tempo do fim” (Dn 8.19).“E disse: Eis que te farei saber o que há de acontecer no último tempo da ira; porque ela se exercerá no determinado tempo do fim” (Dn 8.19).

OBJETIVOS
Apresentar o significado da palavra Escatologia;
Diferençar a importância do estudo da Escatologia;
Mostrar uma visão panorâmica da Escatologia na Bíblia.

ESBOÇO DA LIÇÃO
1. O QUE É ESCATOLOGIA?
2. ESCATOLOGIAS INDIVIDUAL E COLETIVA
3. OS PRINCIPAIS EVENTOS ESCATOLÓGICOS
4. A IMPORTÂNCIA DO ESTUDO ESCATOLÓGICO

Querido(a) professor(a), iniciaremos uma nova etapa neste próximo domingo. E o tema deste trimestre, apesar de muito interessante, requer uma didática especial para o seu público-alvo que são os juvenis. Trata-se de Escatologia. E então, “o que vem por aí?”
Nestes próximos meses, dentro do que lhe for possível, utilize seu tempo livre dando preferência a livros; artigos; filmes; documentários; e pregações que foquem neste tema complexo e profundo. Certamente, todos esses recursos lhe auxiliarão na dinâmica em classe, despertando o interesse de sua turma e indicando-os também alguns materiais de qualidade para que possam estender suas pesquisas em casa.
Para a primeira aula neste domingo, além de todos os demais conteúdos presentes em sua revista, lhes deixamos abaixo, como subsídio extra, trecho de um artigo sobre o tema, publicado pelo nosso portal CPAD News, de autoria do teólogo, pedagogo, professor da FAECAD e autor de diversos livros da CPAD, Esdras Costa Bentho.
Em Teologia Sistemática, Escatologia é o estudo dos últimos eventos previstos na Palavra profética, os que ainda “hão de acontecer” (Ap 1.19; 4.1) conforme a soberana vontade de Deus (GILBERTO, p. 7-12). Neste artigo, procurarei demonstrar, mediante a comparação de algumas escolas escatológicas, que o pré-tribulacionismo — pré-milenarista e dispensacionalista — é a que melhor se coaduna com as Escrituras.
Para o pré-tribulacionismo, o primeiro evento escatológico é o Arrebatamento da Igreja (1 Ts 4.16,17), que não deve ser confundido com a Manifestação do Senhor (Mt 24.29-31). Esse rapto ocorrerá de modo secreto, antes da Grande Tribulação, que, segundo cálculos complexos, terá duração de sete anos (cf. Dn 9; Ap 11-16; Mt 14.15-21 etc.). Isso tem sido contestado por outras duas escolas. Segundo o mesotribulacionismo, a Igreja enfrentará a primeira metade da Grande Tribulação. E, para o pós-tribulacionismo, os salvos já estão passando por tribulações, que se intensificarão até que Cristo venha.

Principais escolas escatológicas 

Há quatro modos de interpretar o livro de Apocalipse. O futurista, segundo o qual os textos apocalípticos apontam para o futuro. O historicista, que vê as profecias como simbólicas, relacionando-as com a História. O idealista, que considera tais textos como meras expressões idealizadas da luta entre o bem e o mal. E o preterista, que interpreta as profecias como já cumpridas, especialmente no primeiro século (JONES, p. 58-76).
Em Apocalipse 1.19, o Senhor Jesus aplica um duro golpe no preterismo, ao dizer a João: “Escreve as coisas que tens visto, e as que são, e as que depois destas hão de acontecer”. Mais que apresentar a divisão do livro, o Senhor deixa claro que a parte profética de Apocalipse alude ao futuro. De fato, a partir do capítulo 4, tudo é escatológico, com exceção das revelações parentéticas, isto é, os parênteses contendo profecias já cumpridas.
Uma dessas revelações parentéticas está em Apocalipse 12, que menciona uma “mulher vestida do sol” (v. 1) dando à luz a um Menino (Jesus) e sendo protegida por Deus contra a fúria do Dragão (Satanás). Quem é essa mulher? Essa pergunta nos instiga a “dialogar” com mais quatro escolas gerais de interpretação, além das três escatológicas citadas: a aliancista, a neoaliancista, a dispensacionalista clássica e a dispensacionalista progressiva.
Para o aliancismo, Deus só tem um plano: com a Igreja. A aliança com Israel vale para os cristãos. As promessas feitas aos israelitas, ou já se cumpriram durante o reinado de Salomão (cf. 1 Rs 4.21), ou se cumprirão por meio da Igreja, o “Israel de Deus”. Os neoaliancistas dizem o mesmo de outra forma, defendendo que a aliança com Israel é apenas uma figura da nova aliança. Nesse caso, para ambas as escolas, a mulher em Apocalipse 12 é a Igreja.
Precisamos agora abrir um parêntese para introduzir mais duas escolas escatológicas que estudam o Milênio, a amilenarista e a pós-milenarista, já que estas são regidas pelo aliancismo. Os amilenaristas afirmam que não haverá um Milênio literal; Jesus já está reinando, espiritualmente, pois prendeu Satanás, simbolicamente. Os pós-milenaristas creem de modo semelhante: o Diabo foi esmagado, de modo pactual, e já estamos num “milênio”, que durará até a Segunda Vinda. Para essas duas escolas, Cristo conquistará o mundo progressivamente pela vitória do evangelho (BOCK, 2001).
Dispensacionalistas clássicos, além de identificarem, nas Escrituras, várias dispensações (períodos em que Deus trata com seu povo por meio de pactos específicos), dizem que o Senhor tem um plano para Israel e outro para a Igreja (1 Co 10.32; Rm 11), uma vez que a aliança com Israel é perpétua (Gn 17.7,13). Não há motivo para forçar Apocalipse 12 a dizer que a mulher é a Igreja. Afinal, ela dá à luz ao Menino, Cristo, que afirmou: “estabelecerei a minha igreja” (Mt 16.18). Ora, se a Igreja foi fundada por Jesus, Ele não “saiu” dela, e sim o inverso. Nesse caso, a mulher só pode ser Israel.
O pré-milenarismo (outra escola que estuda o Milênio) se baseia nos pressupostos do dispensacionalismo clássico para defender a ideia de que Jesus virá antes dos “mil anos” — que serão literais (Ap 20.1-7) — para cumprir a promessa de restaurar o reino a Israel (Mt 24.3; At 1.7). Já os dispensacionalistas progressivos, por outro lado, não fazem distinção entre Israel e Igreja e desgastam as características do próprio dispensacionalismo, a fim de dialogarem com o aliancismo. Ao fim e ao cabo, é uma espécie de semidispensacionalismo ou semialiancismo (LAHAYE; HINDSON, p. 139-153). 

O Senhor te abençoe e capacite. Boa aula!

Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Juvenis da CPAD

sexta-feira, 4 de outubro de 2019

Lição 01 - 4º Trimestre 2019 - Samuel, o Último Juiz - Primários.

Lição 1 - Samuel, o Último Juiz 

4º Trimestre de 2019
Objetivo: Que o aluno compreenda que Deus atende as orações.
Ponto central: Deus ouve todas as orações.
Memória em ação: “E o menino Samuel crescia no serviço de Deus” (1 Sm 2.21).
Querido (a) professor (a), entramos em um novo trimestre e estamos prestes a ensinar às crianças sobre um novo tempo na história do povo hebreu, o tempo dos Juízes e dos Reis.
Após longa e árdua viagem pelo deserto, agora enfim, na Terra Prometida, era o tempo do povo de Deus se estruturar como nação.
Evidentemente, não vamos nos aprofundar nas questões mais políticas ligadas ao regime monárquico, etc. Vamos focar na linguagem e lições adequadas a faixa etária de nossos Primários. 
Para tanto, explorar este contexto histórico, focando na vida dos personagens que protagonizaram estes períodos. Por isso, o tema: “Conhecendo o Último Juiz, o Primeiro Rei e o Maior de Israel”. Ou seja, apresentaremos aos pequeninos o honroso juiz e sacerdote Samuel, o primeiro monarca Saul, e o grandioso rei Davi. 
Como sempre dizemos aqui, as sessões “Objetivo” e “Ponto Central” de sua revista são as bases que sustentarão o decorrer de toda sua aula. Não perca o foco destes tópicos.
Neste próximo domingo as crianças serão fortalecidas em sua fé, acerca da certeza de que o Senhor ouve todas as nossas orações. Seus ouvidos estão atentos às nossas vozes da alma. É importante explicar que não se trata apenas de repetições corridas, ou mesmo, apenas de recitar o “Pai Nosso”. Mas falar com Deus como numa conversa sincera, com um grande amigo, um maravilhoso Pai. 
A fim de enfatizar estes princípios diga que ao longo do mês, cada um deles será responsável por um momento de oração em classe. 
Peça voluntários para orarem pelo início da aula; pelos pedidos de oração; ofertas; historinha; e despedida. Ajude os que demonstrarem mais insegurança e te solicitarem, frisando sempre que o mais importante não é falar bonito, mas falar com sinceridade de coração.
Deus te abençoe e capacite. Boa aula!
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Primários da CPAD

Lição 01 - 4º Trimestre 2019 - A Imagem do Deus Invisível - Adolescentes.

Lição 1 - A Imagem do Deus Invisível 

4º Trimestre de 2019
ESBOÇO DA LIÇÃO
O FILHO DE DEUS SE FEZ CARNE
JESUS – O HOMEM DEUS
JESUS – O DEUS HOMEM
OBJETIVOS
Explicar
 que o único caminho pelo qual podemos ser salvos é Jesus;
Ensinar que Jesus possui atributos que evidenciam a sua divindade;
Mostrar todas as características que evidenciavam a humanidade de Jesus.
JESUS, O SENHOR
Jesus de Nazaré é a pessoa mais importante que existiu no mundo. Ele veio em forma de uma criança, cresceu na graça e no conhecimento, diante de Deus e dos homens. Jesus iniciou o seu ministério com doze discípulos, pregando o Reino de Deus por toda a Antiga Palestina. É impossível alguém ficar indiferente em relação ao seu ministério. Se os nossos alunos o conhecerem como descrevem as Escrituras, “rios de águas vivas fluirão do seu interior”.
Jesus chamado “Cristo”
Jesus (que quer dizer “o salvador”) é o “Messias” de Israel, isto é, o ungido de Deus Pai para redimir o povo de Israel e o “Cristo” para redimir o mundo: “Saiba, pois, com certeza, toda a casa de Israel que a esse Jesus, a quem vós crucificastes, Deus o fez Senhor e Cristo” (At 2.36). Jesus Cristo é o evento anunciado por João Batista: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29). Nele, a condenação eterna é apagada, as prisões psicológicas e emocionais são abertas. Nossa natureza humana pecaminosa, egoísta e perversa é completamente transformada.
O “Logos”
O Evangelho afirma que só há verdadeira vida por intermédio do verbo vivo de Deus: Jesus Cristo, a vida eterna que pulsa de Deus para nós. É vida verdadeira que dá conta de todas as interrogações, questionamentos e dúvidas humanas. Mas o mundo não compreendeu o significado dessa vida, desse verbo e desse sentido último (Jo 1.5). 
Para descrever esse evento extraordinário o apóstolo João usou um termo bem peculiar em o Novo Testamento, Logos, que quer dizer “verbo” ou “palavra”. O apóstolo escreveu assim o primeiro versículo no seu Evangelho: “No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus” (Jo 1.1). Esse versículo descreve Jesus como o início de todas as coisas e o significado último da vida: “Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele, estava a vida e a vida era a luz dos homens” (Jo 1.3,4). Segundo o Evangelho, só há verdadeira vida por intermédio do verbo vivo de Deus: Jesus Cristo, a vida que pulsa de Deus para nós. Só ele quem pode doar vida verdadeira. Só Ele quem dá conta de todas as interrogações, questionamentos e dúvidas humanas. Mas o mundo não compreendeu o significado dessa vida, desse verbo e desse sentido último (Jo 1.5). Mas para nós, os que cremos, o servo Jesus é Senhor e Cristo. Sejamos servos disponíveis no serviço, olhando sempre para o autor e consumador da nossa fé.    
Marcelo Oliveira de Oliveira
Redator do Setor de Educação Cristã da CPAD 

Lição 01- 4º Trimestre 2019 - Conhecendo od Dois Livros de Samuel - Adultos.

Lição 1 - Conhecendo os Dois Livros de Samuel 

4º Trimestre de 2019
ESBOÇO GERAL
I – CONTEXTO HISTÓRICO DE 1 E 2 SAMUEL
II – AUTORIA E DATA
III – A TEOLOGIA NOS LIVROS DE SAMUEL 
A Originalidade de Samuel
Osiel Gomes
Para uma visão panorâmica do conteúdo de 1 e 2 Samuel, faremos um passeio em aspecto geral, no afã de situar você, leitor, no contexto, a fim de que possa assimilar bem o que nele está proposto. 
Ao abrir a Bíblia Hebraica Stuttgartensi, logo você lerá Shemoel a b b (a, b) e, na Septuaginta, Basileion A. B. G. D. O Cânon Hebraico apresenta 1 e 2 Samuel como um só livro, ou seja, sem a divisão que consta em nossas Bíblias em português. Diversos nomes aparecem nas páginas desses dois livros, mas o protagonista é Samuel, ainda que a ênfase sobre ele seja mais forte nos primeiros quinze capítulos do primeiro livro. Já no segundo, seu nome não aparece, mas ele continua sendo o personagem influente. O doutor Champlin, nesse particular, pontua:
O nome do livro deriva-se de uma das três personagens principais da obra, o profeta Samuel. Ele aparece, com preeminência, nos primeiros quinze capítulos de I Samuel. E, mesmo depois que a história passa a gravitar em torno, primeiramente, de Saul, então, de Saul e Davi, e, finalmente, de Davi apenas, Samuel continua aparecendo como uma das três personagens principais do relato, até a sua morte [...] (1Sm 25.1).
Particularmente, podemos asseverar que isso se deve ao fato de ele haver ungido os dois primeiros reis de Israel, Saul e Davi, o que se tornou algo indelével, mas, talvez, essa ênfase nos dois livros resulte de sua forte influência como profeta de Deus. No segundo livro que leva seu nome, Samuel não aparece mais, posto que a última referência a ele consta em 1 Samuel 28.20.
O nome de Samuel é forte nos dois livros, sendo que só no primeiro ele é citado 125 vezes. Em diversos outros livros das Escrituras Sagradas, seu nome também aparece, como em Crônicas, Salmos, Jeremias, Atos e Hebreus. No geral, perfaz um total de 136 vezes que seu nome é citado. Quanto a essa ênfase constante do nome de Samuel, podemos estar convictos de que não se trata de mera casualidade, mas de dois fatores preponderantes: a presença do Senhor em sua vida e a sinceridade em suas palavras. 
E crescia Samuel, e o Senhor era com ele, e nenhuma de todas as suas palavras deixou cair em terra. E todo o Israel, desde Dã até Berseba, conheceu que Samuel estava confirmado por profeta do Senhor. (1 Sm 3.19,20) 
Em sua origem, como dissemos, no hebraico, esses livros eram um só. A alteração se dá com o surgimento da Septuaginta (LXX) e daí surge a divisão em dois — 1 e 2 Samuel —, os quais eram denominados Livros dos Reinos. Nessa época, também os livros de 1 e 2 Reis, como aparecem em nossas Bíblias, eram chamados de Livros dos Reinos III e IV. No Comentário Bíblico Beacon — Josué a Ester, os autores dizem:
Na Septuaginta, a tradução grega do Antigo Testamento hebraico, os volumes originalmente não divididos foram separados. Os dois livros de Samuel foram chamados de Primeiro e Segundo dos Reinos, e os nossos 1 e 2 Reis eram chamados de Terceiro e Quarto dos Reinos. Jerônimo adotou nomes similares na Vulgata Latina, a fim de chamá-los de Primeiro, Segundo, Terceiro e Quarto Reis, uma prática refletida nos subtítulos da versão inglesa do rei Tiago, conhecida como “King James Version”, ou apenas KJV. O primeiro Livro de Samuel, outrora chamado de o Primeiro Livro dos Reis e o Primeiro Livro de Reis, comumente chamado de O Terceiro Livro dos Reis.
Por vezes alguém pode perguntar qual o propósito das alterações no nome desses livros e se isso afeta a questão da inspiração. Podemos dizer que nada disso implica na matéria da inspiração, mas que se trata apenas de um recurso didático. 
Vale ressaltar que é importante que entendamos a citação dos livros dentro do Cânon Hebraico, também feita por Jesus Cristo (Lc 24.44). Segue então essa estrutura no hebraico:
• Lei. Os cinco livros: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio.
• Os profetas. Estão arrolados em oito livros.
- Os primeiros quatro livros são chamados de profetas anteriores: Josué, Juízes, Samuel, Reis.
- Profetas posteriores, mais quatro livros, os quais envolvem os primeiros três profetas maiores: Isaías, Jeremias, Ezequiel. - Profetas menores, um livro, mencionando os outros doze profetas.
• Os Kethubhim ou Escrituras. Esses são em número de onze livros, os quais podem ser classificados assim:
Os poéticos. São três livros: Salmos, Provérbios, Jó.
Os cinco rolos ou Megilloth. Cantares de Salomão, Rute, Lamentações de Jeremias, Eclesiastes, Ester.
Os três livros históricos: Daniel, Esdras (com Neemias), Crônicas.
Esses livros fazem um total de 24 do Antigo Testamento no Cânon Hebraico, o que, nas nossas Bíblias, corresponde a um total de 39 livros. Em que se baseia a contagem diferente? Podemos responder a essa pergunta usando as palavras do Dr. Turner, em sua Introdução ao Velho Testamento
Os livros históricos, Reis, Crônicas, e Esdras-Neemias, são por nós divididos em duas partes ou livros dos profetas menores, que os hebreus consideravam como um livro só, fazem com que 24 livros mais 11 livros sejam os mesmos 39 livros que temos em nossas Bíblias. Ocasionalmente os judeus uniam Rute com Juízes e Lamentações com Jeremias, perfazendo assim um total de somente 22 livros. (Isso correspondia às letras do alfabeto hebraico).
É bom levar em consideração que o livro de Samuel é da categoria dos profetas anteriores, incluindo ainda os livros de Josué, Juízes, Samuel e Reis. Essa classificação se dá simplesmente pelo fato de relatarem a história que começa com a morte de Moisés indo até o desfecho do reino. A inclusão de Daniel como histórico, e não profético, é resultado de dois fatores: primeiramente, ele não era considerado profeta, ainda que tenha profetizado; em segundo lugar, a metade do seu livro se enquadra em um conteúdo histórico.
Portanto, precisamos entender que, no tocante à organização e mudança de nomes presente em alguns livros, como no caso do Hebraico para o Grego (LXX), nada disso afeta a inspiração da Palavra, mas apenas é uma questão que busca auxiliar o leitor.
Texto extraído da obra “Tempo, Bens e Talentos”, editada pela CPAD. 
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Adultos. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

quinta-feira, 3 de outubro de 2019

Lição 01 - 4º Trimestre 2019 - O Bebê Sorriso - Berçário.

Lição 1 - O bebê sorriso 

4º Trimestre de 2019
Objetivo da lição: Mostrar às crianças que o Papai do Céu nos dá alegria, pois Ele é bom e nos ama.
É hora do versículo: “[...] Cantamos de alegria [...]” (Sl 126.2).
Este é o início de mais um trimestre. Durante as próximas lições os bebês aprenderão mais sobre as histórias das crianças na Bíblia e que o Papai do Céu cuidou delas assim como cuida do bebê. Algumas crianças eram boazinhas e outras nem tão boas assim, mas todas foram amadas e cuidadas pelo Papai do Céu. Nesta lição, as crianças verão através da história do bebê Isaque, que o Papai do Céu nos dá alegria, pois Ele é bom e nos ama. 
Após realizar todas as atividades propostas no manual do professor e caso haja tempo, imprima a folha abaixo e distribua para as crianças circulares e pintarem com giz de cera a imagem da criança que está sorrindo porque tem a alegria que o Papai do Céu dá.
licao1 bebes bercario
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Berçário 

Lição 01 - 4º Trimestre 2019 - Todos Louvam a Deus - Maternal.

Lição 1 - Todos louvam a Deus 

4º Trimestre de 2019
Objetivo da lição: Ensinar à criança que o louvor é uma forma de elogiar e agradecer a Deus por tudo o que tem feito. 
Para guardar no coração: “Louve o Senhor, tudo o que existe na terra [...]” (Sl  148.7).
Perfil da criança 
Além de louvar a Deus, a música é uma importante e eficaz ferramenta para o aprendizado das crianças do maternal. Talvez, algumas das crianças que frequentam sua classe tenham vergonha de cantar.  Todavia, não deixe de louvar a Deus com elas. Elas podem acompanhar os cânticos sorrindo, fazendo gestos e batendo palminhas. Então, cante com seus alunos, bata palmas e faça gestos. Vamos louvar e adorar ao Senhor!!
Subsídio Professor
Sorria!
“Deus ao criar o homem dotou-o desta importante capacidade — sorrir. Tenha o sorriso como um poderoso recurso no ensino-aprendizagem. Este ‘placar fisionômico’, contribui para que seus alunos tenham uma aprendizagem eficiente. As crianças que frequentam sua classe aprendem através de gestos, abraços, brincadeiras e sorrisos.
Segundo Antoine de Saint-Exupéry, autor do Pequeno Príncipe, ‘no momento em que sorrimos para alguém, descobrimo-lo como pessoa, e a resposta do seu sorriso quer dizer que nós também somos para ele’. Então, sorria!
Seus alunos terão a oportunidade de aprenderem a respeito da adoração e o louvor a Deus. O Senhor é bom e adorá-lo traz alegria aos nossos corações.
Alegre-se em Deus, mesmo quando estiver atravessando um vale sombrio e escuro, pois a alegria que temos, a alegria da salvação, não depende das circunstâncias favoráveis” (Hc 3.17). 
Oficina de Ideias 2
Converse com as crianças explicando que toda a criação deve louvar e adorar ao Papai do Céu. Em seguida distribua as folhas de atividade, tesoura e cola. Oriente as crianças para que recortem e colem as figuras dos animais em uma folha de papel pardo. Enquanto realizam a atividade diga que até os animais louvam a Deus.  
Até logo
Depois de repetir o versículo e o cântico do dia, encerre a aula com uma oração. Recomende às crianças que peçam aos pais para ler-lhes as histórias do Livro do Começo em casa. Quando os pais vierem pegar os filhos, mostre-lhes a nova revista. 
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista de Maternal

Lição 01 - 4º Trimestre 2019 - A Bíblia É o Livro de Deus - Jd. Infância.

Lição 01 - A Bíblia é o livro de Deus 

4º Trimestre de 2019
Objetivos: Os alunos deverão compreender que a Bíblia é a Palavra de Deus, e que tudo o que está escrito nela é verdade; desejar conhecer as histórias da Bíblia para que aprendam mais acerca de Deus. 
É hora do versículo: “A tua palavra é lâmpada para guiar os meus passos, é luz que ilumina o meu caminho” (Sl 119.105).
Este é o início de mais um trimestre. Durante as próximas lições seus alunos conhecerão um pouco mais do Livro que conta as histórias de Deus. Nesta lição, as crianças irão compreender que a Bíblia é a Palavra de Deus, e que tudo o que está escrito nela é verdade. Cabe ao professor estimular os alunos a ponto deles desejarem conhecer as histórias da Bíblia para aprender mais acerca de Deus.
Como atividade complementar, após a realização das atividades propostas na revista do aluno e do professor, e caso haja tempo, sugerimos que você imprima a folha a seguir com a imagem de uma lâmpada e peça que as crianças escrevam o versículo do dia na folha e pintem o desenho. De antemão, tenha o versículo escrito em um local visível para as crianças copiarem. Em seguida, leia o versículo com todos.
lampada licao1 jardim
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Jardim de Infância

Lição 01 - 4º Trimestre 2019 - A História da Semente - Juniores.

Lição 1 - A História da Semente 

4º Trimestre de 2019
Texto Bíblico – Lucas 8.4-15.
Prezado(a) professor(a),
Estamos iniciando mais um trimestre de estudo da Palavra de Deus. E como todo início de trimestre é interessante que você, professor, reserve um tempo para fazer uma autoavaliação do seu trabalho. Verifique se as ações educativas e os métodos didáticos que você utilizou ao longo do trimestre passado surtiram o efeito esperado. Reflita sobre a sua vida espiritual e de seus alunos. Houve crescimento espiritual em ambas as partes? Seus alunos estão mais preocupados com a vida espiritual? Pense se o mesmo tem acontecido em sua comunhão com Deus. Saiba que o empenho do professor na Escola Dominical deve ir além do ensino em si, pois o objetivo do ensino bíblico deve ser formar pessoas comprometidas com os valores da Escrituras Sagradas para que sejam sal e luz em meio a uma sociedade carente de Deus.
Com base nesses fundamentos, a primeira lição deste trimestre ressalta um dos métodos mais utilizados por Jesus para ensinar: as parábolas. O que são parábolas? De modo geral, as parábolas são narrativas que trazem consigo uma mensagem, preceito ou reflexão por meio de uma comparação, analogia. É comum encontrarmos nos evangelhos, vários episódios nos quais Jesus ministra às multidões as verdades do Reino celestial por meio de parábolas.
Em muitos casos, Jesus só revelava as verdades do Reino celestial mais explicitamente para os seus discípulos em particular. A razão para esta prática se dá para que se cumprissem as Escrituras a respeito do povo de Israel: “Ouvindo, ouvireis, mas não compreendereis e, vendo, vereis, mas não percebereis” (cf. Mt 13.14). No caso dos discípulos o Mestre estava lhes ensinando as verdades do Reino a fim de que estivessem preparados para cumprir a grande comissão de levar a Palavra de Deus até os confins da terra (cf. Mt 28.19,20).
Na parábola do semeador, Jesus compara cada tipo de terreno onde a semente foi lançada com os diversos tipos de pessoas que ouvem a Palavra de Deus. A história revela a reação das pessoas ao ouvirem as verdades do Reino. Nem todos recebem a mensagem com confiança, pois muitos não querem renunciar os prazeres e riquezas deste mundo para fazer o que agrada a Deus como mostra o comportamento ilustrado na parábola.
“Na interpretação da parábola do semeador, por Cristo, Ele mostra com clareza que alguém pode ‘crer’ e iniciar uma sincera vida de fé, mas desviar-se depois, por não resistir à tentação. Por outro lado, há os ‘que ouvindo a Palavra, a conservam num coração honesto e bom e dão fruto com perseverança’ (v.15). Jesus ensina que é essencial que aqueles que recebem a Palavra a ‘conservem’ ou ‘guardem’ (Lc 11.28; Jo 8.51; 1 Co 15.1,2; Cl 1.21-23; 1 Tm 4.1,16; 2 Tm 3.13-15; 1 Jo 2.24,25)” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, p. 1520).
Aproveite a ocasião e explique aos seus alunos a importância de guardar a Palavra de Deus. Mostre que somente aprendendo e exercitando os ensinamentos de Cristo é possível agradar a Deus, e isso exige de cada crente uma vida de renúncia.
Para fixação da lição, sugerimos a seguinte atividade:
Escreva no quadro a seguinte frase: “Devemos guardar a Palavra de Deus em nossos corações para não pecarmos contra o Senhor”. Em seguida, escreva vários versículos em tiras de papel e deposite em uma sacola ou caixa de sapato. Retire um de cada vez e fale a referência bíblica. O aluno ou grupo que encontrar o versículo na Bíblia mais rápido vence a disputa. Você pode realizar a atividade com toda a turma ou formar vários grupos. Ao final, ore agradecendo pelo privilégio de conhecerem a Palavra de Deus e peça para o Espírito Santo ajudá-los a guardar a Palavra da verdade.

Lição 01 - 4º Trimestre 2019 - Quem Eu Sou em Jesus - Pré Adolescentes.

Lição 1 - Quem Eu Sou em Jesus 

4º Trimestre de 2019 
A lição de hoje encontra-se em: Mateus 5.13-16.
Caro(a) professor(a),
Estamos iniciando o último trimestre da revista de Escola Dominical e você tem acompanhado a evolução de seus alunos durante todo este tempo. Eles não são mais os mesmos desde quando você iniciou os trabalhos no início do ano. Afinal de contas, nesta fase da vida seus alunos passam por transformações profundas e isso acontece de maneira muito rápida.
Nesta primeira aula seus alunos aprenderão a respeito da identidade cristã. Somos discípulos de Cristo e temos a missão de levar a mensagem da Salvação aos que estão perdidos e presos na escravidão do pecado.
Dentre os assuntos tratados nos tópicos da lição de hoje, veremos a importância de seus alunos aprenderem a expressar o que entendem e pensam a respeito da verdade que estão aprendendo. Em um mundo de tantas mudanças e inversão de valores é importante que seus alunos estejam preparados para responder sobre o que creem e quais as verdades do evangelho que regem o comportamento cristão.
É bem provável que por conta da fé em Jesus Cristo seus alunos sofram alguma rejeição entre os colegas da mesma idade. Os outros pré-adolescentes estão acostumados a presenciar determinados hábitos pecaminosos de forma natural, porém os que servem a Deus entendem o quanto o pecado faz mal para a comunhão com Deus, seja ele qual for a sua natureza. Por essa razão é de suma importante que seus alunos tenham uma opinião formada e fundamentada na Palavra de Deus a respeito do que é correto ou não. 
“A fé genuína manifesta-se através da gratidão e amor ao Pai e a Jesus Cristo o seu Filho. Fé e amor são inseparáveis, porque quando nascemos de Deus, o Espírito Santo derrama o amor de Deus em nosso coração (Rm 5.5).
O amor ao próximo será amor cristão somente se for acompanhado do amor a Deus e obediência aos seus mandamentos (cf. 1 Jo 2.3; 3.23; Jo 15.10).
A fé que vence o mundo é uma fé que vê as realidades eternas, que experimenta o poder de Deus e que ama a Cristo de tal maneira que os prazeres pecaminosos, os valores seculares, o proceder ímpio e o materialismo egoísta, não somente perdem sua atração para nós, como também temos por eles repugnância, aversão e antipatia (ver Ap 2.7 nota). [...]
Todos os povos devem ouvir o evangelho, porque a vida eterna está no Filho de Deus e não se pode recebê-la, nem tê-la de nenhuma outra forma. Ele é o único ‘caminho... e a vida’ (Jo 14.6). A vida eterna é a vida de Cristo em nós. Nós a possuímos quando mantemos vital comunhão com Ele pela fé (Jo 15.4; ver 17.3 nota; Cl 3.4)” (Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de janeiro: CPAD, 1995, pp. 1962-63).
Esta é a oportunidade que seus alunos terão de expressar o que entendem a respeito do evangelho. Converse com eles sobre as possíveis dúvidas que sentem em relação à salvação e à comunhão com Deus. Mostre-lhes que a dúvida não é um empecilho, e sim uma oportunidade de aprender a Palavra de Deus, se é certo que estão com o coração aberto e dedicado a conhecer o que a Palavra de Deus afirma a respeito do respectivo assunto. Explique que nem sempre entenderemos todos os aspectos relativos à fé, mas, certamente, conheceremos o necessário para que a nossa confiança seja fortalecida e estejamos preparados para o grande Dia em que Cristo voltará.

Lição 01 - 4º Trimestre 2019 - E Recebereis a Virtude do Espírito Santo - Jovens.

Lição 1 - E recebereis a virtude do Espírito Santo 

4º Trimestre de 2019
Introdução
I-O Livro de Atos dos Apóstolos;
II-A Promessa da Vinda do Espírito Santo;
III- O Propósito da Promessa.
Conclusão
Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivos:
Apresentar o livro de Atos e suas características principais;
Mostrar as promessas acerca da vinda do Espírito Santo no Antigo e no Novo Testamento;
Destacar o propósito da promessa da virtude do Espírito Santo na vida do crente.
Palavras-chave: Poder, cura e salvação.
E Recebereis a Virtude do Espírito (At 1.1-14)
Nesta primeira parte do livro, o autor, Lucas, informa ao seu destinatário, Teófilo, que ele havia escrito sobre tudo o que Jesus fez e ensinou no primeiro tratado. Esse tratado é o terceiro evangelho. Está claro que Lucas quis informar tudo o que Jesus havia feito no evangelho e que agora ele quer informar sobre a continuação de sua obra. 
No segundo versículo do primeiro capítulo, o autor diz que relatou até ao dia em que Jesus foi recebido no Céu após ter dado mandamentos pelo Espírito Santo aos apóstolos que Ele escolhera. Aqui, Jesus aparece aos seus ressuscitado, cheio de poder e soberania. No entanto, é interessante perceber que Ele fez isso pelo Espírito Santo. Se o próprio Jesus fez isso por meio do Espírito Santo, o que dizer de nós, seres humanos falhos que somos. Nunca devemos pensar que podemos alguma coisa, a não ser se for pela atuação do Espírito Santo em nós. Esse é o padrão que vai seguir ao longo de todo o livro de Atos, no qual o Espírito Santo tem um papel preponderante, que é o de impulsionar os seguidores de Jesus.
O Espírito Santo é a Terceira Pessoa da Trindade, tendo a incumbência de habitar no ser humano salvo, além de capacitá-lo e impulsioná-lo. O Espírito Santo tem grande papel na vida do descrente, convencendo-o do pecado, como diz João 16.8: “E, quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça, e do juízo”. Todavia, o Espírito Santo também tem um papel muito importante na vida do crente. 
E o texto no início do livro de Atos continua dizendo que, depois de Jesus ter morrido, apareceu vivo, com muitas provas, apresentando-se aos apóstolos por 40 dias. Que paradoxo interessante; depois de padecido, apareceu vivo! Isso mostra que Deus tem todo o poder e que nem a morte é capaz de impedir seu plano de salvação do mundo. Jesus não queria deixar qualquer tipo de dúvida de que Ele havia ressuscitado. Em 1 Coríntios 15.6, Paulo descreve uma dessas muitas infalíveis provas: “Depois, foi visto, uma vez, por mais de quinhentos irmãos, dos quais vive ainda a maior parte, mas alguns já dormem também.” Jesus foi visto de uma só vez por mais de 500 irmãos, e muitos destes ainda estavam vivos mesmo depois do início do ministério do apóstolo Paulo. 
“Falando do que respeita ao Reino de Deus” (At 1.3). O ensinamento de Jesus durante o período após sua ressurreição e ascensão não é relatado na Bíblia, mas aqui é informado que Ele tomou esse tempo para falar a respeito das coisas de Deus. Alguns agnósticos e ensinadores da Nova Era apontam que Jesus utilizou-se desse tempo para ensinar doutrinas estranhas e obscuras que precisam ser descobertas. Lucas, porém, enfatiza que Jesus passou esse tempo ensinando as mesmas coisas que Ele já fazia antes mesmo de sua morte e ressurreição — coisas concernentes ao Reino de Deus. Poucas foram as palavras para expressar uma grandeza de conteúdo, pois falar sobre as coisas do Reino de Deus deveria ser o assunto predileto de nossas conversas e reuniões, mesmo as casuais. 
Cristo reina, “e o seu Reino não terá fim”, conforme o anúncio do anjo Gabriel à Maria (Lc 1.33). Ele é soberano. Ele mesmo disse que toda a autoridade nos céus e na terra era dada a Ele. Deveríamos, portanto, ir por todas as nações e ensinar a guardar tudo aquilo que nos foi dito por Ele. Só podemos ensinar porque foi o próprio Jesus quem nos deu a garantia de que Ele possui todo o poder. Trata-se de uma segurança, um respaldo de que não faremos isso em nosso nome, mas, sim, em nome de Jesus Cristo, o Todo-poderoso. Quando refletimos mais profundamente sobre isso, adquirimos coragem para poder falar do amor de Deus em Cristo para qualquer pessoa, desde o mais vil pecador àquele que se julga mais santo. Podemos, portanto, ter a confiança de que Jesus sempre nos dará o suporte necessário para realizarmos sua missão. 
A Ordem de Jesus
Seguindo o texto, Jesus então ordenou seus discípulos que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai. Por que Jerusalém? Por que eles não poderiam voltar à sua terra natal? 
Jesus já havia feito a sua obra, e seus discípulos não tinham mais nada a fazer a não ser esperar a vinda do Espírito Santo (a promessa do Pai). Jesus sabia que eles não conseguiriam fazer nada efetivamente até que o Espírito Santo viesse. 
E é aqui que entra um verbo muito difícil na vida de qualquer cristão — esperar. Geralmente, somos apressados e ansiosos para conseguir qualquer coisa. Se Jesus disse para esperar, é porque algo realmente valia a pena. Significava que eles tinham uma promessa que viria, que a receberiam e que não havia nada que poderiam fazer para merecê-la. E também significava que eles seriam testados, pelo menos por um pouco de tempo. Quantas vezes também somos testados quando é o próprio Deus quem nos pede para esperar por algo. Ele testa nossa obediência assim como sempre exigiu daqueles que creem no seu nome. O profeta Samuel já havia repreendido o rei Saul e dito a ele que Deus mais se alegrava na obediência do que nos sacrifícios oferecidos a Ele (1 Sm 15.22). No entanto, nem sempre é fácil obedecer quando se espera uma promessa de Deus ser cumprida. Aqui, Jesus deixa claro que a promessa era do Pai, dita por Ele (Jesus); por isso, precisavam esperar. Podemos ter a confiança de que, se Deus prometeu, Ele irá cumprir. Se for para esperarmos na localidade onde estamos, então assim o faremos. Se for para mudar, como o Senhor disse a Abrão para sair do meio dos seus (Gn 12), então assim o faremos. A questão é obedecer à voz do Senhor e estar no lugar onde Ele manda-nos estar. A promessa não seria cumprida na Galileia, nem em Samaria, mas, sim, em Jerusalém. 
Característica da Promessa
No versículo 5, Jesus explica que o batismo de João foi importante para o arrependimento, mas que agora o batismo seria de outra ordem com a efusão do Espírito Santo. Aquele mesmo Espírito que veio sobre Jesus em forma de uma pomba, quando de seu batismo em água por João Batista, viria sobre seus discípulos. Que privilégio Jesus está dizendo a esses homens: “Algo que só eu tive até agora, vocês terão também”. E o caminho está aberto para todos quantos têm sede disso, pois disse Pedro: “Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos e a todos os que estão longe: a tantos quantos Deus, nosso Senhor, chamar” (At 2.39).
Mediante a orientação e explicação de Jesus para os seus discípulos, eles perguntam-lhe se Jesus restauraria Israel naquele tempo. Eles não haviam entendido a promessa. Não era sobre quando, nem apenas sobre Israel — a terra deles. Os discípulos achavam que a promessa era apenas sobre a restauração da terra deles, ou seja, era uma visão egoísta para a promessa. Infelizmente, o ser humano é egoísta por natureza. Pensamos que a bênção que Deus quer dar para nós é apenas nossa, mas o tempo de espera e a promessa de Deus sobre nossas vidas têm uma amplidão maior que imaginamos. Jesus estava falando algo espiritual sobre o Espírito Santo; algo que possui valor muito maior do que qualquer física. O próprio Jesus ensinara algo acerca dessa realidade a esses discípulos por meio de uma parábola, quando conta a história de um homem rico cujo campo produziu com abundância. Somente Lucas registra essa parábola em que o homem diz para si mesmo que construiria celeiros maiores, que teria, então, bens para muitos anos, descansaria, comeria e beberia. E Deus então o adverte: “Louco, esta noite te pedirão a tua alma, e o que tens preparado para quem será?” (Lc 12.16-20). 
O Espírito Santo ainda não havia sido bem compreendido por aqueles homens, embora Jesus tivesse explicado seu papel em algumas ocasiões (Jo 14.17,26; 15.26,27; 16.13,14). Os discípulos, no entanto, preocupados com a restauração da terra de Israel, cogitam sua independência política sob um descendente de Davi. Jesus então lhes responde que não competia a eles saber sobre tempos e épocas que o Pai havia reservado para sua exclusiva autoridade. Nada de ficar cogitando momentos, tempos e especulando acerca daquilo que não sabemos. Jesus não diz que isso não acontecerá, mas apenas os adverte para não ficarem especulando quando. O que Jesus quis dizer àqueles homens é que Deus havia preparado um “tempo” novo para a humanidade — o estabelecimento da Igreja. Jesus não seria apenas o Rei de Israel, ou apenas o Senhor e Juiz do mundo, mas também a cabeça dessa Igreja, que é o corpo de Cristo. Era como se Deus desejasse dar um presente ao seu filho obediente até o fim, consumindo a obra de redenção. Esse presente seria o “corpo”, representante dEle na terra. 
Efusão do Espírito
Para esse corpo existir, não somente pessoas de Israel fariam parte dele, mas também de todas as nações. O Espírito Santo teria esse papel de internacionalizar o evangelho, impulsionando-os a levar as Boas Novas para além de Jerusalém, Judeia, Samaria e confins da terra. Essa mensagem não poderia ser levada sem a capacitação do alto. A virtude ou poder do Espírito Santo seria recebida por eles e, então, seriam as testemunhas que Deus queria. Sem o Espírito Santo, não haveria esse poder (Dunamis) para um testemunho eficaz, nem avanço aos quatro cantos da terra, e, sem tal avanço, Cristo não voltaria para estabelecer seu Reino. 
E, de fato, o Reino de Deus expandiu-se por todo o livro de Atos, onde vemos o estabelecimento e extensão da Igreja entre judeus e gentios mediante a gradual localização de centros de influência em pontos destacados do Império Romano, desde Jerusalém até Roma. Essa expansão não viria pelo poder humano, intelectual, financeiro, político ou militar. Seria pelo poder do Espírito Santo que atua em nós e age dentro e através de nós. Esse poder transformaria aqueles homens em testemunhas. Da área jurídica, uma testemunha é um vocábulo que significa uma pessoa que é interrogada num processo judicial. Não lhe cabe falar o que convém, mas apenas falar das coisas que viu e ouviu (At 4.20). Por isso, agora, os apóstolos de Jesus podiam ser testemunhas, porque o viram e ouviram seus ensinamentos. Porém, como se trata de realidades divinas, invisíveis, espirituais, o testemunho humano não é suficiente para convencer as pessoas. Somente o poder do Espírito Santo pode atestar o testemunho de Jesus de forma que tenha eficácia nas pessoas, fazendo-as crer ou rejeitar tal verdade. Esse Espírito é aquEle que, segundo Jesus, é o Espírito da verdade, que “não falará de si mesmo”, mas, como está escrito em João 16.14: “Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu e vo-lo há de anunciar”. 
É interessante notar que os apóstolos não recebem novos ensinamentos ou uma “nova revelação”. Eles teriam que falar dos mesmos ensinamentos que ouviram de Jesus, do que já testemunharam. A diferença agora é que falariam de “outra forma” que impactaria as pessoas, que atingiria o coração delas, pois teria o envolvimento do Espírito Santo. 
A Ascensão de Cristo e a Espera da Promessa
Após Jesus ter dito essas palavras, Ele foi elevado às alturas até desaparecer entre as nuvens. Apareceu-lhes, então, dois anjos que lhe disseram: “Varões galileus, por que estais olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir” (At 1.11). Que maravilha! Quem sabe, por alguns instantes, aqueles apóstolos ficaram tristes, já nostálgicos pela partida de seu Mestre, aquEle que significou tanto para vida deles. Mas como Deus é aquEle que conhece o coração humano e sempre tem uma palavra certa para animar-nos, não permitiu que aqueles homens ficassem tristes ou desesperançosos, mas, sim, que tivessem a garantia de que Ele voltaria novamente. Essa promessa certamente lhes trouxe a alegria e o ânimo de novo, pois o Pai desejava que eles estivessem encorajados para empreenderem a grande missão que estava à frente deles.
No fim dessa perícope (At 1.1-14), é-nos dito que os apóstolos voltaram para Jerusalém do monte Olival (das Oliveiras) — o local da agonia no jardim (Lc 22.39), que é o mesmo da sua exaltação e de sua segunda vinda (Zc 14.4). E foram direto ao cenáculo orar, junto com as mulheres, Maria, mãe de Jesus, e seus irmãos. É interessante notar que eles não ficaram ociosamente esperando, ou foram apenas cuidar de suas vidas enquanto a promessa não chegava. Eles entregaram-se à oração, mesmo recebendo tal promessa do próprio Senhor Jesus. Não foi, como alguns pensam: “Se Deus prometeu, Ele vai cumprir não importa o que eu faça”. Não. A promessa impulsionou-os a buscar mais ao Senhor e a perseverar na oração. Isso é maravilhoso, pois essa deve ser a atitude de cada crente que já recebeu as muitas promessas registradas na Bíblia para a sua vida, além de promessas específicas que podem ter recebido. Uma vida de oração e de busca ao Senhor deve caracterizar cada jovem ou qualquer pessoa que tenha o desejo de que os planos de Deus sejam cumpridos em sua vida (1 Ts 5.17). 
Para ajudá-lo(a) na sua reflexão, e na preparação do seu plano de aula, leia o subsídio de autoria do pastor Henrique Pesch:
*Adquira o livro do trimestre. PESCH, Henrique. Poder Cura e Salvação: O Espírito Santo Agindo na Igreja em Atos. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2019.
Que Deus o(a) abençoe.
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista Lições Bíblicas Jovens 
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Jovens. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

quarta-feira, 2 de outubro de 2019

Subsídios Revistas do 4º Trimestre 2019.

Subsídios 

Banner subsidios GDCom o objetivo de dar ao professor uma oportunidade de análise e/ou estudo mais profundo, o setor de Educação Cristã da CPAD fornece gratuitamente, toda semana, dados e informações relevantes de todas as Revistas do Currículo CPAD, por meio de subsídios escritos por profissionais preparados na área e material de apoio para que o professor de Escola Dominical possa ministrar uma boa aula. Confira!

 adultos.4t19 jovens.4t19 juvenis.4t19
    Lições Bíblicas - Adultos    Lições Bíblicas - Jovens    Juvenis
   
 adolescentes.4t19 preadol.4t19 juniores.4t19
    Adolescentes Vencedores     Pré Adolescentes    Juniores
   
primarios.4t19jardim.4t19maternal.4t19
   Primários   Jardim de Infância    Maternal
   
bercario.4t19  
    Berçário 

sábado, 28 de setembro de 2019

O Professor de Escola Dominical na Era Digital.

O professor de Escola Dominical na era digital 

Lembro-me, saudoso, das primeiras aulas que ministrei na ED, em 1988, quando ainda não havia textos com subsídios para a lição do próximo domingo e videoaulas na grande rede. Aliás, naquele tempo, sequer sabia o que era navegar pela web! Empunhando a minha primeira Bíblia — que hoje faz parte do meu museu particular, aqui em casa — e um exemplar de Lições Bíblicas, falava com certa desenvoltura, para um jovem de apenas 18 anos, a uma classe de juvenis bastante atenta. À época, também não existia smartphone para desviar a atenção dos alunos.
Não era muito fácil preparar uma aula de ED, no fim do milênio passado. Eu começava a orar e a estudar a próxima lição desde a segunda-feira; e fazia questão de ler cada texto bíblico, procurando encontrar na própria Palavra de Deus as respostas para as principais perguntas que os jovens poderiam fazer. Mas também dispunha de um dicionário bíblico que ganhara da minha mãe, além de uma concordância abreviada, alguns livros especiais — de autores como Antonio Gilberto, Eurico Bergstén, Abraão de Almeida, Severino Pedro da Silva etc. — e um minidicionário da língua portuguesa.
Como os tempos mudaram! Agora vivemos na era digital e fazemos parte da sociedade de informação — uma das marcas dos tempos pós-modernos —, que opera com base numa rede de comunicação organizada. Trata-se da Internet, criada em 1969, a qual cobre todo o globo e é responsável por conectar a world wide web (rede mundial de computadores, mais conhecida pela sigla www), inaugurada em meados dos anos de 1990. A era digital, tecnológica ou da interatividade é regida pela cibernética, palavra que deriva da Bíblia: do substantivo “piloto” (gr. kubernētēs) e do verbo “governar” ou “controlar” (gr. kubernesis), que aparecem no Novo Testamento (At 27.11; Ap 18.17 e 1Co 12.28).
O que é a cibernética?É a ciência que tem por objeto o estudo comparativo dos sistemas e mecanismos de controle automático, regulação e comunicação nos seres vivos e nas máquinas. E a sociedade de informação? Três conceitos básicos a definem: a convergência midiática, a inteligência coletiva e a cultura participativa. Em outras palavras, não somos mais meros receptores de dados e informações; antes, interagimos, contribuindo para produzir novas ideias e ações. Entretanto, essa necessidade de interação gera dependência da tecnologia. E, como o espaço geográfico está cada vez mais integrado às inovações tecnológicas e informacionais, boa parte da humanidade não vive mais sem a Internet.
Há pouco tempo, ficávamos felizes por haver wireless fidelity (WiFi) em um hotel ou restaurante. Hoje, nos irritamos se não houver esse tipo de conexão sem fio nos mencionados estabelecimentos. Não perguntamos mais: “Aqui tem WiFi?”, e sim: “Qual é a senha do WiFi?” Além disso, muitos de nós já dispõem de um bom plano de 4G para smartphone, haja vista não ser possível viver desconectado. Qual professor de ED, nesses tempos, prepara sua aula sem consultar as fontes disponíveis na Internet? Grande tem sido o impacto da cibernética na educação. Mas, para quem vem do século passado, como este articulista, o que mudou, efetivamente, na preparação e na apresentação das aulas de ED?
Sem dúvida, os avanços tecnológicos modificaram a leitura, a escrita e até mesmo a maneira de pensar, visto que a transição da era industrial para a digital foi — e tem sido — a mais radical transformação da história intelectual, desde a invenção do alfabeto grego. Aceitemos ou não, tais avanços fazem parte do nosso dia a dia. A escrita cursiva, por exemplo, está caindo em desuso. E já há escolas, sobretudo na Europa, abolindo a caligrafia. Como não seria plausível viver desconectado, rechaçando os benefícios da era digital, precisamos conhecer bem os riscos cibernéticos, para que não nos privemos, por causa destes, dos excelentes recursos tecnológicos à nossa disposição.
O professor de ED que sabe usar a Internet não se limita a dar aulas aos domingos, mas interage o tempo todo com os seus alunos. Quem sabe utilizar as ferramentas tecnológicas se torna um professor multitasking (multitarefa), que pode escrever textos ou gravar vídeos e publicá-los em seu blog (ou weblog), nas redes sociais ou compartilhá-los por meio de aplicativos de mensagens, como WhatsApp. A colaboração ou interação entre professor e aluno é uma relação de cooperação que beneficia a ambos. Aliás, essa interatividade não fica restrita a eles, pois pessoas de qualquer lugar do mundo podem participar — exceto quando o assunto diz respeito exclusivamente à classe — lendo, assistindo a vídeos, perguntando, respondendo, fazendo com que haja uma grande simbiose, que resulta em aprendizagem de todos.
Por outro lado, como o professor ganha ferramentas que lhe permitem, entre outras coisas, apresentar conteúdo multimídia a seus alunos e monitorar sua audiência como um todo, ele passa também a acumular uma série de novas tarefas: produzir e alimentar suas páginas e blogs, bem como estar atento a cada mensagem enviada por seus alunos. Além disso, às vezes, pode sofrer ataques pessoais. Como reagir a isso? Há que se ter cuidado com críticas e elogios (Pv 15.1 e 26.4,5), além de saber “responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós” (1Pd 3.15).
Uma coisa é certa: Internet é realmente útil; e não deve ser vista como algo negativo, já que amplia nossas possibilidades de ensino e aprendizado. A CPAD, por exemplo, há três anos, produz as Lições Bíblicas no formato digital, o que é uma excelente ferramenta para o professor e também para o aluno de Escola Bíblica Dominical. Mesmo assim, é claro que precisamos lançar sobre as ferramentas da era digital um olhar crítico e saber como usá-las. Um exemplo, aqui, é o texto para web, o hipertexto (hypertext) — cujo prefixo advém do grego hiper, “acima de”, equivalente do latim super —, o qual é um supertexto na tela, com hyperlinks (ícones, palavras etc.) para outros textos, vídeos, gráficos etc.
Objetivando facilitar a interação e fomentar o aprendizado, as redes sociais vêm aprimorando as antigas listas de discussões e fóruns, acrescentando-lhes um visual mais limpo e elaborado, com diferentes graus de interatividade, acompanhados de recursos audiovisuais, o que torna a experiência de compartilhar informações ainda mais enriquecedora na Internet. O leitor já tem um blog ou um canal no YouTube? Estes são muito úteis para publicação de textos e vídeos, e tudo pode ser organizado em forma de mural ou diário eletrônico.
Blogs são ótimas ferramentas para desenvolver e aprimorar as habilidades de leitura e escrita. Mas há também outros recursos, como Twitter e Facebook. Com o primeiro, você pode publicar frases de até 140 caracteres e compartilhar links para textos ou vídeos; o ideal é usar essa ferramenta em conexão com páginas e blogs. Com o outro, é possível interagir melhor com os alunos. Outrossim, use hashtags, palavras-chave antecedidas pelo símbolo “#”, que geram hyperlinks, como #LicoesBiblicas, #AulaEBD etc., os quais possibilitam que outras pessoas tenham acesso às suas publicações. 
Portanto, caro professor, navegar é preciso. Conecte-se! Esteja atento ao que acontece no mundo digital. Interaja com seus alunos; eles vão gostar disso. Mas não se esqueça do principal. Nunca perca o fervor, a espiritualidade. Jamais se afaste do estudo das Escrituras. Se Jesus andasse na terra, hoje, usaria todos os recursos à sua disposição, porém continuaria se retirando, “a fim de orar sozinho” e passar “a noite orando a Deus” (Mt 14.23 e Lc 16.12, ARA). #FicaADica.

Ciro Sanches Zibordi

A Escola Dominical e sua Influência na Vida do Adolescente.

A Escola Dominical e sua influência na vida do adolescente 

Adolescência é a faixa etária considerada a mais difícil da vida humana, tanto por pais como por psicólogos, professores e estudiosos do assunto. Por que seria esse o principal conceito? Por que a maioria das pessoas nega seus favores para ajudar os pequenos quase jovens nessa fase da vida?
A verdade é que não existe preparação para lidar com adolescentes, e no lar, na vida com os pais seria onde eles deveriam encontrar amor, aceitação, paciência e orientação para enfrentar as dificuldades que invadem suas mentes e seus pensamentos continuamente, mas não acontece assim e muitos pais, por acharem que seus adolescentes já são bem crescidinhos para conduzir suas vidas, abandonam seus filhos aos ensinamentos e exemplos do mundo. Certamente o adolescente busca um modelo para seguir, e espera encontrar esse modelo primeiramente nos seus pais, na união e ensinamentos da família, se não, ele busca experimentar outros estilos de vida em outros convívios.
As diferenças existentes nas áreas psicológicas, sociais, financeiras, espirituais, amizades e relacionamentos entre os adolescentes e seus pais são muito grandes. Suas maneiras de agir, sentir, pensar e decidir são próprias do seu tempo, devem acontecer no seu espaço e no seu meio social. A Escola Dominical tem papel magistral na orientação e educação cristã contribuindo para o aperfeiçoamento dos relacionamentos entre os pais e seus filhos adolescentes.
A falta de conhecimento de muitos pais em relação à vida de seus filhos os deixa sem a capacidade de compreender as coisas e estilos de vida de seus filhos nesses novos tempos. O mundo de hoje é diferente do mundo em que os pais viveram sua adolescência, assim precisam se relacionar com seus filhos levando em conta, além dos ensinos da Palavra de Deus, a época em que estão vivendo. Não dar certo para os adolescentes de hoje às metodologias que foram usadas por nossos pais em relação a nós que somos hoje os educadores. 
Outro fator importante na vida dos pais e seus filhos adolescentes é o tempo. O tamanho do amor dos pais pelos filhos é também medido pela quantidade e qualidade do tempo que eles reservam para passarem juntos. O futuro dos nossos adolescentes e jovens vai depender, também, do tempo que seus pais lhes oferecem desde sua vida infantil. É necessário que os pais administrem a dedicação do tempo acompanhado de atenção exclusiva para ganhar o espaço precioso para a educação de seus filhos adolescentes.
É aqui que acho imprescindível entrar o papel da Igreja, através da Escola Dominical para agregar os queridos adolescentes, sejam eles de famílias cristãs ou não. Obreiros, líderes e professores da ED têm incluído muitos alunos nessa faixa etária. E muitas vezes não sabemos ler o que se passa na vida desses nossos alunos tão preciosos e capazes. O nosso comportamento, a nossa maneira de falar, o nosso carinho, o nosso abraço, a nossa atenção, e muitas outras atitudes têm um efeito de tanta importância, como se fosse um medicamento de uso contínuo para a vida do nosso aluno adolescente.
No meu magistério, ou melhor, diria, no meu ministério com os queridos adolescentes, alguns foram, ao mesmo tempo, meus alunos na Escola Estadual e na Escola Dominical, tenho tantas alegrias ao reencontrá-los e perceber que de alguma forma, contribuímos na Educação Cristã que neste texto resolvi declarar dois testemunhos de duas adolescentes que viveram alguns anos de sua adolescência sob os meus cuidados na Escola Dominical e uma delas foi minha aluna também na Escola Estadual de Ensino Fundamental na qual fui professora de Língua Portuguesa.
Depoimento dos pais de uma adolescente:
Ensina a criança no Caminho em que deve andar, e mesmo quando for idoso não se desviará dele!” Provérbios 22.6. “Foi confiando nessa Palavra maravilhosa do Senhor que tivemos duas filhas que criamos na obediência aos preceitos da Palavra de Deus, e no seu temor. Mas os filhos crescem e entram nas dimensões da vida que lhes proporcionam mudanças no comportamento de acordo com sua faixa etária. Uns com menos ímpetos e outros com mais. Uma de nossas filhas não se afastou dos caminhos do Senhor, graças a Deus, mas, por ser um pouco mais temperamental e impetuosa nas atitudes e tomadas de decisões e no relacionamento com os familiares e as demais pessoas, em sua adolescência, assumiu uma postura que exigiu de nós um cuidado a mais. Tínhamos medo de nossa filha se acompanhar com pessoas de má reputação, pois sempre queria chegar tarde da noite em casa, não atendendo aos conselhos que dávamos, mas para nossa felicidade, Deus ouviu as nossas orações, isso não aconteceu. Foi então que ela voltou a ser aluna da Escola Dominical, agora no Templo Sede da Igreja Assembleia de Deus em Rio Branco, que na época a Professora era a irmã Alderí Cruz, esposa do Pastor Francelino.
Isso foi simplesmente maravilhoso. O convívio, a educação, o respeito, o amor, o profissionalismo teológico e secular transmitidos por aquela equipe de servos de Deus coordenada pela irmã Alderí que, com inteligência e sabedoria de Deus, lidavam diretamente com os adolescentes, contribuíram positivamente na formação do seu caráter, crescimento espiritual e equilíbrio moral. Na Escola Dominical encontramos uma formação completa e adequada para a vida da nossa adolescente!
O próximo depoimento é de outra adolescente, ela mesma testemunhou:
“Comecei a frequentar a Assembleia de Deus, ainda adolescente, 15, 16 anos. Eu estranhei aquele ambiente, logo no inicio, porque não era habituada. Comecei a fazer amizade com os adolescentes da Congregação e me tornei aluna da ED. Hoje estou com 28 anos, e posso dizer com toda propriedade que eu não fiz no decorrer da vida, amizades tão sinceras, quanto as que eu tive ali. 
A parte que eu gostaria de compartilhar, e dizer no quanto eles mudaram a minha vida, e no quanto àquela família e aquela igreja foram importantes na minha vida, é que hoje, eu tenho a minha própria família também, e eu procuro falar com o meu marido, com o mesmo carinho que sempre observava naquela família, procuro dizer para ele o tanto que ele é importante para mim, porque foi assim que eu aprendi na igreja, através da Escola Dominical. As refeições são feitas sempre com todos à mesa, até a minha filha pequena, que é para ela já aprender, que a união começa nas pequenas coisas. Tento educá-la da melhor forma, ensinando respeito, educação e amor.
Foi uma fase importante na minha vida, muito importante! Aquelas reuniões dominicais, mudaram a minha vida, me transformaram como pessoa, e hoje como mãe de família. O sentimento que eu tenho é de gratidão, gratidão a Deus e claro, aquela família cristã que me acolheu com tanto amor. Eu amo vocês, e como eu disse outro dia olhando nos olhos de vocês: Vocês mudaram a minha vida, e me mostraram que uma pessoa não é obrigada a se tornar aquilo que esta destinada a ser. Vocês me mostraram que eu poderia ser diferente, que eu poderia formar uma família diferente da que eu tive, que o que aconteceu comigo de ruim na vida, poderia ser transformado em combustível para algo melhor. E eu usei a meu favor, tudo o que vocês me ensinaram. Obrigada Deus! Obrigada a Família Assembleia de Deus e a Escola Dominical!”
Que todos os professores da Escola Dominical que trabalham nas classes de adolescentes sejam despertados, a cada domingo, para buscar capacidade e aprimoramento para desenvolver um ensino mais criativo, dinâmico, produtivo e acima de tudo atencioso em suas classes. Lembrando sempre que estamos lidando com alunos em formação e que nossa responsabilidade deve ser maior para mantê-los aqui conosco, na Escola Dominical e em comunhão com DEUS!
Artigo publicado na revista Ensinador Cristão, edição 73