sábado, 5 de outubro de 2019

Lição 01 - 4º Trimestre 2019 - Escatologia?! O que isso Significa?Juvenis.

Lição 1 - Escatologia?! O que isso significa? 

“E disse: Eis que te farei saber o que há de acontecer no último tempo da ira; porque ela se exercerá no determinado tempo do fim” (Dn 8.19).“E disse: Eis que te farei saber o que há de acontecer no último tempo da ira; porque ela se exercerá no determinado tempo do fim” (Dn 8.19).

OBJETIVOS
Apresentar o significado da palavra Escatologia;
Diferençar a importância do estudo da Escatologia;
Mostrar uma visão panorâmica da Escatologia na Bíblia.

ESBOÇO DA LIÇÃO
1. O QUE É ESCATOLOGIA?
2. ESCATOLOGIAS INDIVIDUAL E COLETIVA
3. OS PRINCIPAIS EVENTOS ESCATOLÓGICOS
4. A IMPORTÂNCIA DO ESTUDO ESCATOLÓGICO

Querido(a) professor(a), iniciaremos uma nova etapa neste próximo domingo. E o tema deste trimestre, apesar de muito interessante, requer uma didática especial para o seu público-alvo que são os juvenis. Trata-se de Escatologia. E então, “o que vem por aí?”
Nestes próximos meses, dentro do que lhe for possível, utilize seu tempo livre dando preferência a livros; artigos; filmes; documentários; e pregações que foquem neste tema complexo e profundo. Certamente, todos esses recursos lhe auxiliarão na dinâmica em classe, despertando o interesse de sua turma e indicando-os também alguns materiais de qualidade para que possam estender suas pesquisas em casa.
Para a primeira aula neste domingo, além de todos os demais conteúdos presentes em sua revista, lhes deixamos abaixo, como subsídio extra, trecho de um artigo sobre o tema, publicado pelo nosso portal CPAD News, de autoria do teólogo, pedagogo, professor da FAECAD e autor de diversos livros da CPAD, Esdras Costa Bentho.
Em Teologia Sistemática, Escatologia é o estudo dos últimos eventos previstos na Palavra profética, os que ainda “hão de acontecer” (Ap 1.19; 4.1) conforme a soberana vontade de Deus (GILBERTO, p. 7-12). Neste artigo, procurarei demonstrar, mediante a comparação de algumas escolas escatológicas, que o pré-tribulacionismo — pré-milenarista e dispensacionalista — é a que melhor se coaduna com as Escrituras.
Para o pré-tribulacionismo, o primeiro evento escatológico é o Arrebatamento da Igreja (1 Ts 4.16,17), que não deve ser confundido com a Manifestação do Senhor (Mt 24.29-31). Esse rapto ocorrerá de modo secreto, antes da Grande Tribulação, que, segundo cálculos complexos, terá duração de sete anos (cf. Dn 9; Ap 11-16; Mt 14.15-21 etc.). Isso tem sido contestado por outras duas escolas. Segundo o mesotribulacionismo, a Igreja enfrentará a primeira metade da Grande Tribulação. E, para o pós-tribulacionismo, os salvos já estão passando por tribulações, que se intensificarão até que Cristo venha.

Principais escolas escatológicas 

Há quatro modos de interpretar o livro de Apocalipse. O futurista, segundo o qual os textos apocalípticos apontam para o futuro. O historicista, que vê as profecias como simbólicas, relacionando-as com a História. O idealista, que considera tais textos como meras expressões idealizadas da luta entre o bem e o mal. E o preterista, que interpreta as profecias como já cumpridas, especialmente no primeiro século (JONES, p. 58-76).
Em Apocalipse 1.19, o Senhor Jesus aplica um duro golpe no preterismo, ao dizer a João: “Escreve as coisas que tens visto, e as que são, e as que depois destas hão de acontecer”. Mais que apresentar a divisão do livro, o Senhor deixa claro que a parte profética de Apocalipse alude ao futuro. De fato, a partir do capítulo 4, tudo é escatológico, com exceção das revelações parentéticas, isto é, os parênteses contendo profecias já cumpridas.
Uma dessas revelações parentéticas está em Apocalipse 12, que menciona uma “mulher vestida do sol” (v. 1) dando à luz a um Menino (Jesus) e sendo protegida por Deus contra a fúria do Dragão (Satanás). Quem é essa mulher? Essa pergunta nos instiga a “dialogar” com mais quatro escolas gerais de interpretação, além das três escatológicas citadas: a aliancista, a neoaliancista, a dispensacionalista clássica e a dispensacionalista progressiva.
Para o aliancismo, Deus só tem um plano: com a Igreja. A aliança com Israel vale para os cristãos. As promessas feitas aos israelitas, ou já se cumpriram durante o reinado de Salomão (cf. 1 Rs 4.21), ou se cumprirão por meio da Igreja, o “Israel de Deus”. Os neoaliancistas dizem o mesmo de outra forma, defendendo que a aliança com Israel é apenas uma figura da nova aliança. Nesse caso, para ambas as escolas, a mulher em Apocalipse 12 é a Igreja.
Precisamos agora abrir um parêntese para introduzir mais duas escolas escatológicas que estudam o Milênio, a amilenarista e a pós-milenarista, já que estas são regidas pelo aliancismo. Os amilenaristas afirmam que não haverá um Milênio literal; Jesus já está reinando, espiritualmente, pois prendeu Satanás, simbolicamente. Os pós-milenaristas creem de modo semelhante: o Diabo foi esmagado, de modo pactual, e já estamos num “milênio”, que durará até a Segunda Vinda. Para essas duas escolas, Cristo conquistará o mundo progressivamente pela vitória do evangelho (BOCK, 2001).
Dispensacionalistas clássicos, além de identificarem, nas Escrituras, várias dispensações (períodos em que Deus trata com seu povo por meio de pactos específicos), dizem que o Senhor tem um plano para Israel e outro para a Igreja (1 Co 10.32; Rm 11), uma vez que a aliança com Israel é perpétua (Gn 17.7,13). Não há motivo para forçar Apocalipse 12 a dizer que a mulher é a Igreja. Afinal, ela dá à luz ao Menino, Cristo, que afirmou: “estabelecerei a minha igreja” (Mt 16.18). Ora, se a Igreja foi fundada por Jesus, Ele não “saiu” dela, e sim o inverso. Nesse caso, a mulher só pode ser Israel.
O pré-milenarismo (outra escola que estuda o Milênio) se baseia nos pressupostos do dispensacionalismo clássico para defender a ideia de que Jesus virá antes dos “mil anos” — que serão literais (Ap 20.1-7) — para cumprir a promessa de restaurar o reino a Israel (Mt 24.3; At 1.7). Já os dispensacionalistas progressivos, por outro lado, não fazem distinção entre Israel e Igreja e desgastam as características do próprio dispensacionalismo, a fim de dialogarem com o aliancismo. Ao fim e ao cabo, é uma espécie de semidispensacionalismo ou semialiancismo (LAHAYE; HINDSON, p. 139-153). 

O Senhor te abençoe e capacite. Boa aula!

Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Juvenis da CPAD

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