quinta-feira, 24 de outubro de 2019

Lição 04 - 4º Trimestre 2019 - A Importância da Nação de Israel - Juvenis.

Lição 4 - A Importância da Nação de Israel 

4º Trimestre de 2019
“Porei os olhos sobre eles, para seu bem, e os farei voltar a esta terra; e edificá-los-ei, e não os destruirei, e plantá-los-ei, e não os arrancarei” (Jr 24.6).
OBJETIVOS
Apresentar um pouco da história de Israel;
Localizar a nação de Israel na Escatologia Bíblica;
Explicar Israel como relógio de Deus nas profecias bíblicas.
ESBOÇO DA LIÇÃO
1. O SERMÃO PROFÉTICO
2. OS REMANESCENTES DO PERÍODO TRIBULACIONAL
3. AS DUAS TESTEMUNHAS
4. ISRAEL SERÁ JULGADO
Querido (a) professor (a), abordar escatologia em uma classe de Juvenis pode ser um desafio, mas Deus é contigo para capacitá-lo (a). Evidentemente, a complexidade do tema aliada ao seu público-alvo, numa faixa etária bastante questionadora, poderá requerer de você um tempo de dedicação maior para o estudo e leitura. 
Pensando nisto – além de todo conteúdo pedagógico presente em sua revista –, lhes deixamos abaixo, como subsídio extra, um artigo para esclarecer e aprofundar ainda mais alguns tópicos da lição do próximo domingo.
O texto é de autoria do renomado Consultor Teológico da CPAD e autor de diversos livros pela editora, pastor Claudionor de Andrade.
As Duas Testemunhas do Apocalipse
Querido leitor, sempre que leio a profecia que Jesus entregou ao Teólogo Divino, faço-me esta pergunta: "Quem são as Duas Testemunhas do Apocalipse". E, afligido pelo texto sagrado, refugio-me num contexto hermenêutico remoto e improvável: “Será que o apóstolo, a fim de poupar-me dessa angústia, não poderia simplesmente ter declarado o nome desta testemunha e o epíteto daquela?”.João, porém, inspirado pelo Espírito Santo, foi dirigido a velar, na revelação destes últimos dias, a identidade de ambas. Como se vê, a literatura profética tem as suas sutilezas; declara o essencial, mas não aclara os acessórios. Por essa razão, levantam-se as hipóteses, erguem-se as suposições e erigem-se as teses. Mas não nos incomodemos com essas dificuldades; são apenas aparentes; fazem parte da pedagogia divina.
Todavia, precisamos voltar ao assunto. Afinal, quem são as Duas Testemunhas?
Uns elegem o Antigo Testamento e o Testamento Novo. Outros apontam Enoque e Elias. Outros ainda sugerem Moisés e Enoque. Ainda outros delimitam classicamente dois nomes: Elias e Moisés. A essas alturas, a ordem pouco importa.
Ontem à tarde, um amigo bastante chegado sugeriu-me Zorobabel e o sumo sacerdote Josué. Para justificar a sua opinião, fez ele uma pausa doutoral, e, franzindo a testa, lembrou o fato de que ambos estão relacionados às oliveiras vistas por Zacarias e evocadas por João, em seu exílio na distante, mas bem-aventurada Patmos. Pelo tom de sua voz, esse meu companheiro de jornadas teológicas estava convicto. Entretanto, não me convenci de todo.  Afinal, que alternativa adotar? Foquemos cada possibilidade.
Já de início, descartarei a primeira. Não acredito que as Duas Testemunhas sejam o Antigo e o Novo Testamentos. A razão é bastante simples. As Escrituras não são as Testemunhas; são elas o inspirado, inerrante e completo Testemunho de Deus à humanidade. Logo, a Bíblia Sagrada constituirá o conteúdo e a forma da proclamação desses varões, que, como arautos de Jesus, opor-se-ão ostensiva e audaciosamente ao império do Anticristo.
Restam, agora, as outras possibilidades. Mas, antes de as examinarmos, esbocemos o perfil desses corajosos obreiros.   
Vejamo-los, antes de tudo, como profetas virtuosos e irresistíveis, que atuarão, aqui na terra, na pior fase da História Sagrada e da Humana – os três anos e meio subsequentes ao Arrebatamento da Igreja de Cristo (Ap 11.3). Se levarmos em conta o ano lunar observado pelos judeus, computaremos 1260 dias. Logo, depreende-se que eles terão de estar devidamente preparados, a fim de deflagrar sua ação profética universal, tão logo os santos de Cristo sejam retirados do mundo.
Em segundo lugar, os dois profetas necessitarão de um firme e provado fundamento bíblico, teológico e histórico. Doutra forma, como poderão interpretar os sinais que marcarão a parte inaugural da Septuagésima Semana de Daniel? (Dn 9.27) Sem esse estamento, o seu ministério não terá qualquer efeito redentor. Infere-se, então, que estamos a falar de dois varões extraordinários, poderosos e sapientíssimos nas coisas de Deus e dos homens. A quem os compararemos? A Enoque? A Moisés e a Elias? Ou ainda a Zorobabel e ao sumo sacerdote Josué?
Outrossim, consideremos que, no exercício de seu ministério, eles atuarão no poder do Espírito Santo. E, na virtude do Espírito, farão tantos sinais como Moisés e tantos milagres quanto Elias. Não estou dizendo que serão estes. Além disso, não sabemos se Enoque, em seu ministério de três séculos, realizou algum portento ou obra sobrenatural.
Eis como João descreve-lhes o ministério: “Se alguém pretende causar-lhes dano, sai fogo da sua boca e devora os inimigos; sim, se alguém pretender causar-lhes dano, certamente, deve morrer. Elas têm autoridade para fechar o céu, para que não chova durante os dias em que profetizarem. Têm autoridade também sobre as águas, para convertê-las em sangue, bem como para ferir a terra com toda sorte de flagelos, tantas vezes quantas quiserem” (Ap 11.5,6).
Se o ministério de Moisés e Elias foram locais, o das Duas Testemunhas será universal. Proclamando os juízos divinos, percorrerão a Terra. E, a todos, desmascararão o Anticristo e o Falso Profeta. Arriscando a própria vida, opor-se-ão ao Dragão e ao próprio Inferno.
A essas alturas, meu teológico leitor, você já deve estar sem muita paciência para ler-me os derradeiros argumentos. Mas, por favor, dê-me outros cinco minutos de seu raríssimo tempo.
Voltemos ao assunto.
Quanto à identidade das Duas Testemunhas, temos apenas esta pista: “São estas as duas oliveiras e os dois candeeiros que se acham em pé diante do Senhor da terra” (Ap 11.4). O autor do Apocalipse cita indiretamente a Zacarias, que, ao referir-se a Zorobabel e ao sumo sacerdote Josué, identifica-os como “os dois ungidos, que assistem junto ao Senhor de toda a terra” (Zc 4.14). Isso não significa, porém, que as Duas Testemunhas sejam os personagens citados pelo profeta pós-exílico. Se não são estes, quem são? Para responder a esta pergunta, recorramos à lógica e à História.
Tenhamos, em mente, que o Espírito Santo entregou a Zacarias uma profecia de referência dupla. Na primeira instância, o profeta referiu-se, de fato, ao governador Zorobabel e ao sumo sacerdote Josué. Já, na instância apocalíptica, refere-se às Duas Testemunhas, que atuarão na Septuagésima Semana.
Os personagens da primeira referência preencheram, na verdade, as demandas da instância inicial: o soerguimento da assembleia do Senhor, naquele período tão adverso das crônicas judaicas. Após haverem cumprido o seu ministério, morreram e foram sepultados; agora, congregados ao seu povo, aguardam a ressurreição ao lado dos que descansam na esperança de Jesus Cristo.
Em sua presciência, portanto, o Senhor reservou dois profetas extraordinários para este tempo do fim: um do período antediluviano e o outro da era pós-diluviana.
Sim, querido e amável leitor, refiro-me a Enoque e a Elias, os dois únicos seres humanos que deixaram este mundo sem experimentar a morte (Gn 5.24; 2 Rs 2;1-12). Não estou dizendo que eles terão de voltar à Terra, porque aos homens está ordenado morrer uma única vez. A proposição do autor da Epístola aos Hebreus não se aplica a este caso em particular, mas à responsabilidade do ser humano diante da morte (Hb 9.27). Caso contrário, não poderíamos aceitar a verdade concernente ao arrebatamento dos crentes que estiverem vivos, por ocasião da volta de Jesus. O que eu quero dizer é que Deus, em sua multiforme sabedoria, entesourou Enoque e Elias para atuarem na primeira metade da Septuagésima Semana de Daniel. Eis por que os poupou da morte física.
Desde então, vêm eles acompanhando, junto ao Senhor, tanto a História Sagrada, no Céu, quanto a História Humana, na Terra. Divinamente instruídos, já se encontram santificados e ungidos a entrar em ação a qualquer momento. O seu ministério será singular e virtuoso, pois terão de enfrentar quem instrumentou a Faraó, a Herodes, o Grande, a Hitler, a Stalin, a Mao Tse-tung e aos que resistem ao Santo Evangelho. Sim, eles terão de enfrentar o próprio Diabo. E, nessa luta, apesar de caírem no epílogo de seu ministério, serão vitoriosos: deixarão bem claro que Deus está no controle absoluto de cada evento temporal ou eterno.
No remate de sua tarefa, serão assassinados pela Besta e pelo Falso Profeta. Mas, passados três dias e meio, o Espírito Santo os trará novamente à vida (Ap 11.11). Ato contínuo, serão trasladados ao Céu.
Talvez, meu estudioso e culto leitor, eu esteja errado quanto à identidade das Duas Testemunhas. Mas, de uma coisa, tenho absoluta certeza: tão logo a Igreja de Cristo seja arrebatada, dois extraordinários obreiros de Deus inaugurarão o ministério profético mais poderoso da História Sagrada.
Obrigado, amigo leitor, por acompanhar-me até aqui.Maranata! Ora vem, Senhor Jesus.
O Senhor te abençoe e capacite. Boa aula!
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Juvenis da CPAD

Lição 04 - 4º Trimestre 2019 - Ananias e Safira e a Mentira ao Espírito Santo - Jovens.

Lição 4 - Ananias e Safira e a Mentira ao Espírito Santo 

4º Trimestre de 2019
Introdução
I- O Engano na Obra de Deus;
II-As Consequências da Fraude;
III- Sinceridade, Integridade e Verdade com Traços do Caráter Cristão.
Conclusão

Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivos:
Analisar a fraude de Ananias e Safira;
Destacar as consequências da mentira;
Ressaltar que o cristão deve viver de maneira reta e íntegra em todas as áreas da sua vida.
Palavras-chave: Poder, cura e salvação.

É realmente maravilhoso ver como aquela primeira comunidade de crentes crescia e como “era um o coração e a alma” deles (At 4.32). A graça abundava nos irmãos, resultando em caridade prática, onde não havia necessitado, pois eles vendiam suas posses e doavam à comunidade por intermédio e distribuição dos apóstolos. Um exemplo disso foi José, a quem os apóstolos deram o nome de Barnabé, que tinha um campo e, vendendo-o, trouxe o valor aos apóstolos. Era um desapego às coisas materiais que mais parecem palavras obsoletas hoje em dia. A verdade, porém, é que precisamos, como cristãos, ter esse mesmo sentimento de desapego às coisas dessa terra. Alguém já sugeriu que devemos reter as coisas com “frouxidão”, ou seja, podemos ter as coisas, mas não as segurar apertadamente; é estarmos convictos de que isso não é o que mais importa em nossas vidas. Há muitas advertências na Bíblia sobre a ganância e a busca insensata de querer ficar rico (Lc 12.15; Ef 5.3; Cl 3.5; 1 Tm 6.9). 
Cedendo à Tentação
Nesse grupo de cristãos sinceros, no entanto, percebemos que nem todos condiziam com a fé que professavam. Em qualquer ajuntamento, independentemente de época e lugar, teremos os que se corrompem, as frutas podres no meio das frutas boas. Nesse relato, um casal, Ananias e Safira, vende uma propriedade, mas retém parte do valor, levando o restante aos apóstolos. Talvez quisessem fazer como Barnabé fez, mas cederam à tentação de ficar com parte do dinheiro. Eles doaram à igreja, indicando que estavam dando o valor total. A palavra para “reter” é nosphizomai no grego, que significa “apropriar-se indevidamente”. A mesma palavra foi usada no roubo de Acã na tradução grega do Antigo Testamento (Js 7.21) e, em seu único outro uso no Novo Testamento, significa roubar (Tt 2.10). Na comparação com Acã, este pegou aquilo que não era dele, enquanto Ananias simplesmente ficou com uma parte do que era dele, porém afirmando ter entregado o valor integral aos apóstolos. 
O casal cedeu à tentação. Cedeu à sedução do deus Mamom (Mt 6.24). Ser tentado não é pecado, ceder à tentação sim. Todos somos tentados diariamente em várias áreas de nossas vidas. O que não podemos fazer é ceder e deixar o pecado ser consumado. 
Dietrich Bonhoeffer (1906–1945) foi um dos grandes pensadores teológicos do século XX. Pastor luterano, Bonhoeffer foi membro da resistência alemã antinazista durante a Segunda Guerra Mundial (1939–1945). Ele foi preso pelos nazistas por ajudar um grupo de judeus a fugir para a Suíça. Condenado por traição, Bonhoeffer foi executado por enforcamento no campo de concentração em Flossenbürg em 1945. Durante seu aprisionamento, ele escreveu acerca de várias questões teológicas importantes. Um exemplo é um curto trecho acerca do assunto da tentação. Leia suas palavras: 
Em nossos membros existe uma inclinação adormecida para o desejo que é tanto repentino quanto cruel. Com um poder irresistível, o desejo agarra o domínio sobre a carne. De repente um fogo ardente secreto é aceso. A carne queima e está em chamas. Não faz diferença se é um desejo sexual, uma ambição, uma vaidade, um desejo de vingança, um amor por fama e poder, ou avareza por dinheiro ou, por fim, o estranho desejo pela beleza do mundo natural. A alegria em Deus está prestes a se extinguir dentro de nós e buscamos, a essa altura, toda a nossa alegria na criatura. Deus é um tanto quanto irreal para nós. Perdemos a noção da Sua realidade e apenas o desejo pela criatura é real. A única realidade é o diabo. Satanás não nos preenche com ódio por Deus, mas com desconsideração para com Ele. Então, as cobiças envolvem a mente e a vontade do homem em densas trevas. Os poderes da clara discriminação e decisão são tirados de nós. É nesse momento que tudo dentro de mim se levanta contra a Palavra de Deus.1 
Que tremenda é essa declaração! Mesmo numa prisão, esse homem diz que sofria com a tentação! Não importa onde estejamos — trabalho, faculdade, no quarto, lazer ou até mesmo dentro da igreja — podemos ser tentados. 
A Bíblia diz: “Sede sóbrios, vigiai, porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar” (1 Pe 5.8). Temos que estar em constante alerta para não darmos lugar ao Diabo em nossas intenções ou atitudes. Cuidar do coração, pois ele é enganoso (Jr 17.9), e fugir da aparência do mal (1 Ts 5.22) são atitudes que todos devemos praticar. 
A Mentira
Quando Ananias, em acordo com sua esposa, depositou o valor em dinheiro aos pés dos apóstolos, Pedro repreendeu-o imediatamente: 
Disse, então, Pedro: Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo e retivesses parte do preço da herdade? Guardando-a, não ficava para ti? E, vendida, não estava em teu poder? Por que formaste este desígnio em teu coração? Não mentiste aos homens, mas a Deus (At 5.3-4). 
É interessante observar que Pedro repreende Ananias dizendo que este não havia mentido a eles, homens, mas, sim, ao Espírito Santo, ao próprio Deus. Podemos concluir claramente que, quando mentimos à igreja e a seus líderes, estamos mentindo ao próprio Deus. Se não reconhecermos a autoridade que Deus coloca em seus escolhidos, não reconheceremos a autoridade do próprio Deus. É uma questão de princípios, e princípios não podem ser violados. 
A mentira começou quando o casal desejava ser visto e apreciado por seu ato, e não pelo motivo sincero de ajudar as pessoas. Foi uma demonstração de hipocrisia, de egoísmo, fingindo que era amor. Não foi algo movido, impulsionado pelo Espírito Santo, como os outros ofertantes estavam fazendo, mas foi um ato movido pela atuação de Satanás. Deus leva tão a sério a questão da mentira, do engano, que atribui sua totalidade à permissão de Satanás atuar em nossas vidas. A Bíblia diz algo sobre isso:
Vós tendes por pai ao diabo e quereis satisfazer os desejos de vosso pai; ele foi homicida desde o princípio e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele; quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira. Mas porque vos digo a verdade, não me credes. Quem dentre vós me convence de pecado? E, se vos digo a verdade, por que não credes? Quem é de Deus escuta as palavras de Deus; por isso, vós não as escutais, porque não sois de Deus (Jo 8.44-47). 
O problema é quando a mentira vem vestida de piedade, como foi o caso de Ananias e Safira. Esse triste relato ensina-nos que aparência de religiosidade e atos de caridade podem não ser aceitos por Deus por haver dolo e engano nas suas motivações e atitudes. A obediência sempre deve ser a primazia. Foi por isso que Samuel repreendeu o rei Saul, pois este achava que, ofertando ao Senhor, poderia receber seu favor, mesmo descumprindo um mandamento (1 Sm 15.22). Deus não trabalha com violação de princípios. Quem sabe muitos podem estar na igreja, aparentemente servindo ao Senhor, mas, na verdade, nutrindo o próprio eu. 
O egoísmo, ou a vontade de suprir o próprio ego, foi a causa da desobediência do primeiro casal no Jardim, o qual viu que a fruta iria saciar um desejo pessoal (Gn 3.6). E, quando se está sob este sentimento, toda sorte de mentiras acontece, sejam em palavras ou em atos, como foi o caso de Ananias e Safira.  
Poderia Ter Impedido
A pergunta de Pedro em Atos 5.3 (“Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo e retivesses parte do preço da herdade?”) subentende que a influência poderia ter sido impedida. Não foi algo que ele não teve força alguma para reagir ou resistir. Aconteceu a mesma coisa com Caim e Abel, quando Caim estava nutrindo a maléfica ideia de tirar a vida do seu irmão e o Senhor disse-lhe que cabia a ele dominar aquele sentimento de pecar (Gn 4.7). 
Devemos aprender com Paulo em 1 Coríntios 10.13, quando diz: “Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que vos não deixará tentar acima do que podeis; antes, com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar”. Sempre teremos a possibilidade de poder repelir essas investidas de Satanás contra nós. O que não podemos fazer é continuar usando a desculpa de que não conseguimos resistir às tentações para pecar. É a Bíblia que nos garante: “Sujeitai-vos, pois, a Deus; resisti ao diabo, e ele fugirá de vós” (Tg 4.7). 
A questão é que nem sempre fugimos da aparência do mal conforme nos adverte Paulo (1 Ts 5.22). Não podemos flertar com sua aparência. Muitos jovens flertam com a tentação achando que serão fortes o suficiente para resisti-las e não pecar. Flertam na área sentimental, muitas vezes brincando com os sentimentos de outra pessoa e iludindo-a. Nos namoros, passam dos limites nos beijos e carícias achando que resistirão nos momentos mais intensos. Também entram em sites sensuais com a falsa sensação de que poderão sair quando as imagens ficarem mais tensas. Isso não se aplica apenas aos jovens, mas também a todos nós. Adultos são igualmente tentados nas mais diversas áreas, mas podemos impedir que a tentação seja instalada em nossa mente e gere o pecado em nossas vidas. 
No versículo 4, vemos Pedro continuando a advertência contra Ananias perguntando-o: “Por que formaste este desígnio em teu coração?”. Mais uma vez, podemos ver claramente que, embora fosse originada em Satanás, Ananias permitiu que a mentira fosse formada no coração dele. 
Os Apóstolos não Eram da Teologia da Prosperidade
Neste mesmo versículo 4, conclui-se que não havia compulsão para aquelas pessoas doarem à igreja. Ninguém era forçado e nem compelido a tal ato. Pedro expressa que aquela propriedade pertencia a ele (Ananias), bem como o valor da venda. Em momento algum, os apóstolos foram contra o direito à propriedade. Tratava-se de uma questão pessoal de generosidade de cada crente. Eles não forçavam a situação como vemos em tantas igrejas seguidoras da Teologia da Prosperidade, nas quais se passa um tempo enorme do culto pedindo dinheiro e “ministrando” bênçãos materiais, tudo baseado em textos bíblicos isolados. 
O pecado do casal não foi ter dado uma parte do valor da venda, mas, sim, por passar a ideia de que estava doando tudo. Ananias e Safira queriam ser honrados e prestigiados, porém não mentiram ao homem, mas a Deus. Como diz Justo L. González:
A comunhão de bens não é um fim em si mesma. A missão da igreja não é praticar essa comunhão, mas, sim, praticar o amor. Foi por isso que, mesmo no meio de uma igreja que praticava a comunhão de bens, Ananias poderia manter sua propriedade sem vendê-la nem dar nada do que ganhou com a venda para os apóstolos. Essa não é uma comunhão determinada por lei, antes, é o tipo de comunhão que representa uma expressão do amor do Espírito e da nova vida que ela traz. [...] Ananias não tinha de vender sua propriedade, conforme lhe diz Pedro. Mesmo depois de vendê-la, ele não tinha de entregar o resultado da venda para os apóstolos. [...] O pecado não está em vender ou não a propriedade, em dar ou não o resultado da venda. O pecado está na mentira. E essa mentira não foi sustentada só diante da igreja, mas também diante de Deus (5.3,4). 
Podemos reter tudo o que é nosso, embora tudo venha da parte de Deus. Trabalhamos e, mediante o resultado justo disso, adquirimos as coisas. Não devemos barganhar com Deus ofertando, no intuito de Ele devolver-nos tudo em forma de bênçãos materiais. Devemos repelir essa teologia de nosso meio. Ofertamos como gratidão e ato de adoração ao nosso Deus, certos de que Ele cuida de nós. O que não podemos fazer é enganar a Igreja de Cristo. 
A Consequência Trágica
A Bíblia diz que Ananias caiu e expirou quando ouviu o que Pedro disse. Em outras palavras, ele caiu e morreu! Que trágico! Uma mentira acarretou tudo isso? Sim, essa mentira ao Espírito Santo fez Ananias morrer subitamente. Ele praticamente não teve tempo pra mais nada. A mentira sempre causará algum tipo de dano. Para o crente, a primeira coisa que causa é o pecado em si, que afronta a santidade de Deus (Êx 20.16; Cl 3.9,10; Ap 22.15). Em Salmos 101.7 diz: “O que usa de engano não ficará dentro da minha casa; o que profere mentiras não estará firme perante os meus olhos”. 
E não foi só Ananias que morreu, mas também sua esposa, Safira, quando veio depois e cometeu o mesmo pecado da mentira quando interrogada por Pedro (v. 8). Assim foi declarada sua sentença de que ela seria sepultada junto com seu marido, e, no mesmo instante, Safira caiu e morreu (vv. 9,10). Parece que o castigo foi severo demais para uma mentira? Muitos questionam o que aconteceria se Deus utilizasse o mesmo padrão de juízo nos dias de hoje para aqueles que mentem à igreja e que mentem para seus líderes. Precisamos entender a severidade do julgamento levando em conta o momento em que a comunidade dos cristãos vivia. Nas palavras de Pearlman (1898–1943):
Era severo. No entanto, devemos considerar que o pecado foi cometido no meio de uma grande luz espiritual. Os dois tinham entrado em contato com as mais extraordinárias manifestações do Espírito Santo. Estavam conscientes da presença de um grande poder sobrenatural no seu meio. Embora Deus nem sempre castigue este pecado de uma forma tão imediata, severa e pública, fez deste casal um exemplo. Demonstrava que não seria tolerável a repetição da hipocrisia dos fariseus no meio dos cristãos. O registro deste incidente deveria ser suficiente para todos os séculos da história da Igreja.3
Grande Temor
A igreja que acabara de nascer precisava de uma boa dose de temor a Deus para que pudesse crescer de uma forma saudável, não tolerando o pecado em seu meio. E isso, de fato, aconteceu. Lucas registra no versículo11: “E houve um grande temor em toda a igreja e em todos os que ouviram estas coisas”. Esse episódio sobrenatural causou um espanto no povo e uma conscientização de que o Espírito Santo realmente estava ali no seio da igreja, guiando todas as coisas por intermédio dos apóstolos. O Dr. Russell Shedd (1929–2016) esboça sobre esse “grande temor”: 
É conveniente quando: 1) Afasta da igreja o pecado e hipocrisia (cf 13); 2) Aumenta a santidade e sinceridade (2 Co 7.1); 3) Cria espírito submisso e obediente (2.42,43) e evita a tentação a Deus (5.9). 4) Confirma a presença real de Deus.4
Como é bom lembrar-se disso hoje, como membros de nossas igrejas, de que a força motriz e encarregada dessa instituição divina é justamente o Espírito Santo, assim como foi nos dias de Atos dos Apóstolos. Essa “administração” não mudou. É Ele quem dita as regras, que faz as mudanças e que encaminha todas as coisas na comunidade de fé. Quando alguém se levanta contra a Igreja do Senhor, está levantando-se contra o próprio Espírito Santo. Enganar a igreja e seus obreiros é “tentar” enganar o Espírito Santo. 
Precisamos, como a igreja de hoje, de crianças, jovens e adultos com maior temor a Deus. Como disse o Pr. Dennis Marcelino 5: “Um dos maiores problemas que temos hoje é falar com Deus olho no olho, achando que estamos no mesmo nível”! Precisamos sempre nos lembrar de que Ele é o Todo-Poderoso e soberano, que está no seu trono nos céus (Hc 2.20) e que devemos tremer diante da presença dEle e das coisas dEle, pois são sagradas. Infelizmente, perdeu-se muito daquele temor quando muitos adentravam o santuário de Deus! Estou na meia-idade, mas lembro-me bem do início dos cultos em que todos, ou quase todos, dobravam seus joelhos para orar por um tempo. Não vemos mais isso hoje em dia. O que muito se vê são muitas pessoas que entram e esperam por algo que vai começar, como se estivessem esperando um show ou concerto e com um sentimento de apenas expectativa do que virá, ou, muitas vezes, indiferente mesmo. Ou, ainda pior, quando, no horário do começo do culto, nem metade da igreja está presente, levando mais de meia hora para vermos um templo razoavelmente cheio. Mas, se perguntássemos a essas pessoas se elas chegariam atrasadas em uma reunião com o presidente de sua empresa, qual seria a resposta? Creio que nossas reuniões são incomparavelmente superiores a qualquer encontro com uma personalidade desta terra, seja ela quem for, pois estamos nos encontrando com o Rei dos reis e Senhor dos senhores, cujo poder e autoridade está acima de tudo e de todos. O salmista bem expressou: 
Exaltado está o SENHOR, acima de todas as nações, e a sua glória, sobre os céus. Quem é como o SENHOR, nosso Deus, que habita nas alturas; que se curva para ver o que está nos céus e na terra [...]?6  
Não é de estranhar o fato de não vermos mais milagres e manifestações da glória de Deus em muitos lugares. Que Deus tenha misericórdia de nós, pois estamos vendo uma geração sem temor a Deus, com muitos vivendo em pecado e esperando as bênçãos do Senhor, sem compromisso com a Igreja e aguardando “promessas” para as suas vidas. Muitos desrespeitam e desobedecem a pastores e depois não sabem o que fazer quando se desviam os filhos. Tempos difíceis estes (2 Tm 3.1). 
Sinais e Prodígios
Com o impactante episódio da morte do casal que mentiu ao Espírito Santo, além do temor que caiu sobre todos, sinais e prodígios eram feitos entre o povo pelas mãos dos apóstolos (At 5.12). Não houve divisão, evasão ou esfriamento espiritual. Pelo contrário! O Espírito Santo continuou agindo por intermédio daquele ambiente espiritual de temor, arrependimento e busca ao Senhor. Os versículos 15 e 16 diz que levavam os enfermos pelas ruas e colocavam seus leitos para que, quando Pedro passasse, pelo menos a sua sombra atingisse-os. E muitos de outras cidades vizinhas levavam seus doentes e enfermos, e todos eram curados. Como coloca o professor de Teologia French L. Arrington:
Este resumo da situação da Igreja é similar a Atos 2.43-47, onde Lucas enfatiza o ministério magnificente de sinais e prodígios feitos pelos apóstolos, o respeito impressionante das pessoas pela presença de Deus e a harmonia e unidade dos cristãos. Aqui, no capítulo 5, ele cobre mais amplamente os efeitos da exposição e castigo de Ananias e Safira; um grande número de sinais e prodígios, uma maior reverência sentida pelo povo e a conversão de mais pessoas. Deus continua respondendo a oração de Atos 4.29,30, a qual buscava poder para pregar o evangelho com ousadia e para que a Palavra pregada fosse acompanhada por sinais e prodígios. Os apóstolos continuam seu ministério poderoso no alpendre de Salomão, um pórtico grande do templo (cf. At 3.11), e deixam profunda impressão nas pessoas. [...] mais uma vez o enfoque da atenção está no líder dos apóstolos, Pedro, cuja sombra serve de meio do poder de cura. A colocação dos doentes de modo que a sombra de Pedro caísse sobre eles não deve ser impingido como superstição popular, sobretudo levando em conta o fato de que “todos eram curados” (v.16). Em Lucas 1.35 e 9.34, a “sombra” se refere à presença e poder de Deus. As curas feitas pela sombra de Pedro são semelhantes ao poder de cura das roupas de Jesus (Mc 6.56) e dos panos tocados por Paulo (At 19.12). Novamente o poder de Deus salva aqueles que creem no evangelho, cura os doentes e liberta os endemoninhados.7 
E Lucas informa, nesse relato, que “a multidão dos que criam no Senhor, tanto homens como mulheres, crescia cada vez mais” (v. 14). Isso nos mostra que, onde há temor, obediência, busca e unidade, duas coisas acontecem: (1) milagres acontecem, e (2) pessoas são salvas. A partir desses fatores, evitou-se a infiltração de pessoas hipócritas, não transformadas, havendo, assim, um acréscimo de conversões sinceras. E Deus deseja realizar isso em nosso meio hoje; não um inchamento de pessoas não regeneradas, que participam da igreja sem compromisso, como se fosse um clube social, mas, sim, um crescimento verdadeiro de pecadores transformados que temem a Deus e as coisas de Deus, que o buscam do todo o coração, sem falsidade ou rivalidade, certos de que o acharão e de que Deus manifestará sua glória entre eles (Jr 29.13). 
*Adquira o livro do trimestre. PESCH, Henrique. Poder Cura e Salvação: O Espírito Santo Agindo na Igreja em Atos. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2019.
Que Deus o(a) abençoe.
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista Lições Bíblicas Jovens

1 BONHOEFFER, Dietrich. Tentação, 2008, p. 24.
2 GONZÁLEZ, Justo L. 2011, pp. 101–102.  
3 PEARLMAN, Myer. Atos. A Igreja Primitiva na força e na unção do Espírito. 2018, p. 63.  
4 SHEDD, Russell. Bíblia Shedd, 1997, p. 1534.  
5 Pastor da Assembleia de Deus Reach em Hyannis – EUA. 
6 Salmos 113.4-6.

Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Jovens. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

terça-feira, 22 de outubro de 2019

Lição 04 - 4º Trimestre 2019 - A Degeneração da Liderança Sacerdotal - Adultos.

Lição 4 - A Degeneração da Liderança Sacerdotal 

4º Trimestre de 2019
ESBOÇO GERAL
I – A DEGENERAÇÃO DOS FILHOS DE ELI
II – A SENTENÇA DO JUÍZO DE DEUS
III – AS CONSEQUÊNCIAS DO PECADO 
Não Valorizando a Posição Dada por Deus

Osiel Gomes
A degeneração é entendida como a alteração de algo. É mudar para uma condição ou estado de inferioridade. Lendo Jeremias 2.21, o texto usa a palavra degenerado em relação a Israel como povo de Deus, pois de uma vide excelente vieram a ser uma planta amarga. Esse é o sentido de pikrían que aparece na Septuaginta. 
Na Bíblia Sacra Vulgata, referindo-se ao texto de Jeremias 2.21, aparece como adjetivo da segunda declinação latina a palavra právus para referir-se a algo defeituoso, vicioso, depravado, mas, em destaque, gosto da definição membros disformes, maus conselheiros. No seu Comentário Bíblico, Jeremias e Lamentações, R. K. Harrison, falando sobre esse versículo, diz:
Como caíram os poderosos! Falando como Isaías em 5.1-7 Jeremias mostra como a nação prometedora tinha se deteriorado, apesar de todos os esforços para prevenir isto. O ramo enxertado tinha se adaptado à variedade de brava original, e por esta razão, o Marido Celestial não teve outra opção senão arrancá-la. A vide excelente literalmente é vinho Soreque, de uva vermelha de alta qualidade que cresce no Uadi Al-Sarar, entre Jerusalém e o Mediterrâneo.
Israel, ao longo do tempo, foi deteriorado pelo pecado, é claro que não por vontade divina, mas por uma deliberação própria de cada um que foi tomando o caminho do pecado, de modo que todo o investimento de Deus não valeu a pena. Esperando que fosse uma vinha excelente, passou a produzir uvas bravas.
Neste ponto, é disso que iremos falar em relação aos dois filhos de Eli, que tornaram-se maus conselheiros, pois não poderia ser de outra forma, visto que foram alterados pelo pecado, não sendo mais vide excelente, mas, sim, seres disformes, pessoas más, que contrariaram os ditames divinos. 
A primeira coisa a ser dita sobre os dois filhos de Eli — Hofni, cujo nome quer dizer “pugilista”, e Fineias, que quer dizer “negro” — é que os dois são descritos como filhos de Belial (1 Sm 2.12). Por meio do uso da palavra belliyya´al, “satanás”, pode-se concluir claramente a natureza desses dois filhos de Eli, os quais eram sacerdotes. Isso mostra o quanto a situação era grave, pois ambos estavam à frente da obra de Deus. 
Esses dois jovens tiveram o privilégio que muitos queriam ter, pois está escrito que ninguém toma essa honra se Deus não chamar (Hb 5.4). Receberam essa bênção, mas não valorizaram a posição dada por Deus. Donald Guthrie faz uma explicação precisa sobre o chamado divino:
Um fator importantíssimo no ofício do sumo sacerdote é sua origem. Era uma nomeação divina e não uma autonomeação ou uma nomeação humana: ninguém, pois, toma esta hora para si mesmo. O caso de Arão agora é mencionado especificamente, porque foi chamado por Deus. A chamada divina é um fator importante no Novo Testamento como era no Antigo Testamento, porque chama a atenção a iniciativa divina. Quando a comparação é feita com nosso grande Sumo Sacerdote, fica evidente que Ele também foi nomeado para Seu ofício. Somos lembrados de que Ele reconhecia que Deus Lhe deu a obra que viera realizar (Jo 17.4).
O ofício de sacerdote não era algo que vinha por causa de uma capacidade humana, inteligência, ou para quem o procurasse ou merecesse. Observe que Arão não procurou essa função, mas Deus o chamou (2 Cr 26.18; Jo 3.27). Hofni e Fineias receberam tamanha honra; observe que quem quisesse tomar essa honra sem ser chamado pagaria um alto preço, como aconteceu com Coré (Nm 16.40), mas coube a esses dois filhos tal missão gloriosa, a qual desprezaram.
Alguém que recebe uma posição honrosa da parte de Deus deve procurar desenvolvê-la bem, pois, se assim não for, pagará um alto preço. Um exemplo bem clássico que podemos pontuar é o de Nadabe e Abiú. Os dois passaram a desenvolver um culto por vontade própria, voluntário, que do grego é ethelo-threskeia, que dele fala Paulo em Colossenses 2.23.
Esses dois jovens, conforme a narrativa textual, pautaram seus ofícios apenas sob suas próprias normas, desprezando a Santa Palavra de Deus, sem a direção certa do Espírito Santo; ademais, supõe-se que estavam completamente embriagados. Na Bíblia Explicada, seu autor, McNair, diz, falando sobre esses dois jovens:
O certo é que Nadabe e Abiú não agiram de acordo com nenhum mandado divino: não pediram a direção divina para o seu serviço; não esperaram o impulso do Espírito Santo. Pelo visto, estavam meio embriagados e, por isso, atrevidamente fizeram um serviço pela sua própria imaginação e não ensinado pela Palavra de Deus. 
Paga um preço altíssimo quem não valoriza a posição dada por Deus, o que aconteceu com Nadabe e Abiú. As Escrituras Sagradas estão cheias de exemplos de líderes que foram rejeitados por Deus por não valorizarem tal honra. É isso o que se pode ver na pessoa de Eli e seus filhos. Para nós que trabalhamos na obra de Deus fica uma alerta: precisamos honrar aquEle que nos chamou, jamais nos envolvendo com negócios desta vida (2 Tm 2.4).
Texto extraído da obra “Tempo, Bens e Talentos”, editada pela CPAD.
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Adultos. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo. 

segunda-feira, 21 de outubro de 2019

Lição 04 - 4º Trimestre 2019 - O que são os Evangelhos - Adolescentes.

Lição 4 - O que são os Evangelhos 

4º Trimestre de 2019
ESBOÇO DA LIÇÃO
QUEM ESCREVEU OS QUATRO EVANGELHOS
DE QUE FALAM OS EVANGELHOS
A BOA NOTÍCIA DA SALVAÇÃO
OBJETIVOS
Destacar a singularidade dos Evangelhos;
Apontar a historicidade dos Evangelhos;
Explicar a importância de se ler e praticar os Evangelhos;
Caro professor, prezada professora,
Na aula desta semana você terá a oportunidade ímpar de conscientizar seus alunos sobre a importância de lermos os quatro Evangelhos (Mateus, Marcos, Lucas e João) presentes em o Novo Testamento. Comece a aula pontuando a singularidade destes quatros livros, destacando os seguintes pontos:
1. Os quatro Evangelhos são chamados assim porque referem-se aos registros escritos dos ensinos de Jesus acerca das boas novas do Reino de Deus;
2. Os quatro Evangelhos, se comparado às literaturas antigas, constituem tipos distintos, bem específicos de literatura;
3. Os quatro Evangelhos, embora tenham histórias e narrativas sobre a vida de Jesus, não podem ser classificados como biografias completas do nosso Senhor;
4. Os quatro Evangelhos têm a finalidade de expressar a mensagem básica que os primeiros cristãos criam e instruíam os crentes na certeza da fé. Por isso esses escritos são predominantemente doutrinários;
5. Nesse contexto, aponte e especifique a importância do Evangelho de Lucas para nós, os pentecostais, que juntamente com o livro de Atos, formam uma unidade que estrutura o cerne da nossa identidade pentecostal: O derramamento do Espírito Santo para capacitar o crente a executar uma tarefa.
Procure introduzir a aula desta semana com esses apontamentos, pois estes serão de muita importância para que os nossos adolescentes leiam as Escrituras Sagradas da maneira mais competente possível. 
Boa aula!
Marcelo Oliveira de Oliveira
Redator do Setor de Educação Cristã da CPAD

Lição 03 - 4º Trimestre 2019 - Um bebê é encontrado no rio - Berçário.

Lição 3 - Um bebê é encontrado no rio 

4º Trimestre de 2019
Objetivo da Lição: A criança deverá saber que o Papai do Céu nos ama e nos salva do perigo. 
É hora do versículo: “Deus mandará que os anjos dele cuidem de você [...]” (Salmos 91.11).
Segundo os fonoaudiólogos, entre os 12 e os 18 meses a criança começa a pronunciar suas primeiras sílabas com significado, por isso, é importante que você demonstre interesse pelo que ela diz. Para ajudá-la no desenvolvimento da fala, você pode cantar canções bem simples e curtas.  Você já deve ter observado que seus alunos gostam muito de cantar, embora a fala ainda esteja em desenvolvimento. Por isso, cante com eles louvando a Deus, mesmo que você seja a única a cantar. As crianças aprendem verdades fundamentais por intermédio dos cânticos, além da música atrair a atenção delas e alegrar o ambiente, auxiliando a aprendizagem e a convivência. 
No livro de Êxodo encontramos a biografia do próprio autor, Moisés. Vemos que ele foi salvo da morte porque seus pais, em especial sua mãe, que era uma mulher de fé. A fé fez com que Joquebede acreditasse que Deus poderia salvar seu filho da ira de Faraó. A fé fez também com que ela elaborasse um plano excelente que livraria seu bebê e o colocaria em segurança até a idade adulta.  O “plano de fé” de Joquebede ainda permitiu que seu filho recebesse uma educação de primeira, sendo que ela ainda receberia o pagamento por isso. Este é o primeiro milagre narrado no livro de Êxodo. A vida de Moisés foi um milagre de Deus. Você crê em milagres? Deus não mudou e tem poder para livrar sua família e seus filhos do poder destruidor do Inimigo. Ele tem poder para curar e proteger seus alunos. Infelizmente muitas crianças que chegam a nossa classe estão também em situação de risco e precisamos clamar ao Senhor em favor delas, pois Ele ouve e responde as nossas orações. O Deus que cuidou do bebê Moisés cuidará de você e de seus alunos. 
Aprendemos com a lição de hoje que Deus é bom e nos protege. Então, vamos louvar a Deus pela sua bondade e proteção? Para adorar a Deus juntamente com as crianças, confeccione um chocalho.  É bem simples de fazer. Basta pôr um punhado de arroz dentro de um potinho vazio de iogurte, e unir outro pote igual. Para isso, una as bordas com fita crepe. Una bem, de modo que não solte. Está pronto!
Converse com as crianças dizendo que o Papai do Céu protegeu o bebê Moisés. Ele é bom e vai proteger o bebê [nome da criança]. Então vamos louvar ao Papai do Céu. 
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Berçário

Lição 03 - 4º Trimestre 2019 - Miriã e suas amigas louvam a Deus - Maternal.

Lição 3 - Miriã e suas amigas louvam a Deus 

4º Trimestre de 2019
Objetivo da Lição: Conscientizar a criança de que o louvor a Deus deve ser feito com alegria e pode ser expresso em todo o tempo. 
Para Guardar no Coração: “Louvem a Deus, o Senhor, com danças e, em seu louvor, toquem pandeiros [...]” (Salmos 149.3).
Perfil da Criança 
A criança de 3 e 4 anos é naturalmente curiosa, porque está ‘descobrindo o mundo’. E é por meio dos sentidos que ela toma conhecimento das coisas que a cercam, principalmente pela visão, que é muito ativa nesta fase. Por isto a sua aula deve ser rica em visuais – não apenas gravuras e objetos, mas também gesticulação, expressão facial e corporal do professor. Isto não significa, no entanto, que a criança contentar-se-á em ver as coisas que você leva para ilustrar a aula. Os demais sentidos também entram em ação, e ela tem necessidade de tocá-las, cheirá-las, levá-las à boca, experimentá-las. A caixa surpresa de hoje, por exemplo, explorará o sentido da visão, mas passada a surpresa, as crianças desejarão abrir a caixa e pegar a boneca. Não as proíba!
Procure ter um material resistente, que possa ser manuseado pelos alunos. Não se limite ao uso de figuras. Substitua-as, sempre que possível, por bonecos ou objetos que poderão ser tocados por eles. 
Subsídio Professor
De Gênesis a Apocalipse, a Bíblia conclama o povo de Deus a louvá-lo. E o Salmo 149.6 exige que em nossas gargantas estejam sempre os altos louvores de Deus.
Os motivos para louvarmos ao Senhor são inúmeros e acham-se registrados em sua Palavra. ‘Uma das evidentes razões vem do esplendor, glória e majestade do nosso Deus, aquEle que criou os céus e a terra (96.4-6; 145.3; 148.13), aquEle a quem devemos exaltar na sua santidade (99.3; Is 6.3). A nossa experiência dos atos poderosos de Deus, especialmente dos seus atos de salvação e de redenção, é uma razão extraordinária para louvarmos ao seu nome (96.1-3; 106.1,2; 148.14; 150.2; Lc 1.68-75; 2.14, 20). Louvamos a Deus pela sua misericórdia, graça e amor imutáveis (57.9, 10; 89.1,2; 117; 145.8-10; Ef 1.6). Também devemos louvar a Deus por todos os seus atos de livramento em nossa vida, e cura de enfermidades (9.1-5; 40.1-3; 59.16; 124; Jr 20.13; Lc 13.13; At 3.7-9). Finalmente, o cuidado providente de Deus para conosco, dia após dia, tanto material como espiritualmente, é uma grandiosa razão para louvarmos e bendizermos o seu nome’ (Bíblia de Estudos Pentecostal).
E como não louvamos a Deus somente com a voz, mas com todo o nosso ser, o nosso pensar, sentir e agir, faça de seu trabalho com os pequeninos um altíssimo louvor a Deus!
Oficina de Ideias 1
Como um pandeiro de chapinhas seria difícil de confeccionar, as crianças poderão fazer um chocalho. É só pôr um punhado de arroz dentro de um copo descartável, e debruçar sobre ele outro copo igual. Uma as bordas dos copos com fita crepe, dando umas duas voltas, e está pronto. Poderão enfeitá-lo colando figuras, ou desenhando neles com cola colorida.
Diga-lhes que Miriam louvou a Deus pela vitória, tocando um pandeiro, mas elas o louvarão com um chocalho. Deus ficará contente da mesma forma, se elas o louvarem com o coraçãozinho.
Oficina de Ideias 2
Estenda no chão dois lençóis (ou plásticos) azuis, unidos um ao outro. As crianças farão a ‘Travessia do Mar Vermelho’. Um menino usará um cabo de vassoura como cajado, e fingirá ser Moisés, estendendo-o sobre o mar. Você e seus ajudantes puxarão as abas dos lençóis, ‘abrindo’ o mar. As crianças passarão entre os dois lençóis, cantando, tocando os chocalhos que fizeram, e louvando a Deus.  
Até Logo
Depois de repetir o versículo e o cântico do dia, encerre a aula com uma oração. Recomende às crianças que peçam aos pais para lerem a história de Miriã que se encontra em Êxodo 15.20,21.  
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
*Este subsídio foi extraído de Lições Bíblicas do Maternal Mestre 7/8, Marta Doreto, CPAD. 
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista de Maternal

Lição 03 - 4º Trimestre 2019 - O Livro de Deus Dura para Sempre - Jd. Infância.

Lição 3 - O Livro de Deus Dura para Sempre 

4º Trimestre de 2019
Objetivos: Os alunos deverão entender que a Palavra de Deus não pode ser destruída, pois é eterna; e prestar, à Bíblia, o respeito que lhe é devido, pois é a verdade de Deus revelada a nós. 
É hora do versículo: “[...] A Palavra do Senhor dura para sempre” (1 Pedro 1.25).
“Anos antes, ao ouvir a leitura do livro da Lei encontrado durante a reforma do Templo, o rei Josias rasgara as vestes em sinal de arrependimento, e promovera em Israel um retorno à santa Lei (2 Rs 22.11-23.25). Mas Jeoaquim, seu filho, preferiu cortar o livro profético de Jeremias e atirá-lo ao fogo. Irritado com as profecias condenatórias, esse rei, que esperava palavras mais otimistas, ainda que falsas, tentou, com esse gesto, apagar e anular a mensagem do Senhor. Vã tentativa! A palavra proferida por Deus é infalível, e sempre haverá de cumprir o seu propósito, seja concedendo vida a quem a recebe, ou condenando quem a rejeita. Mas a passagem serve de alerta aos professores de crianças. Ao transmitir aos pequeninos os ensinamentos divinos, esteja ciente de que o Inimigo tudo fará, ao longo de suas vidas, para anular em seus corações e mentes a Palavra semeada. Se ele pudesse, cortá-la-ia com o canivete da perversidade e a atiraria ao fogo das provações, buscando destruí-la. Empenhe-se, portanto, em não apenas ensinar ao intelecto de seus alunos, mas em plantar bem fundo em suas almas a Palavra do Senhor. Isto se consegue com dedicação de tempo e talento ao preparo das aulas, e com oração e jejum” (Marta Doreto). 
Como atividade complementar, e caso haja tempo, prepare uma lembrancinha para as crianças levarem para casa com o versículo do dia. “Corte vários palitos de churrasco ao meio (se for do tipo pontiagudo, elimine a ponta para evitar acidentes). Dê a cada aluno dois palitos e uma tira de papel ofício de 18 x 5 cm, com o versículo escrito nela. Mostre-lhes como colar as extremidades, uma em cada ‘cabinho’, e depois enrolar, fazendo o ‘rolo’”. 
“Pergunte quem deseja recitar sozinho o versículo aprendido no início da aula. Dê um pirulito a cada criança que o recitar. A primeira que se dispuser a fazê-lo ganhará, além do pirulito, outro brinde (lápis, adesivo, etc)” (adaptado de Marta Doreto).
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Jardim de Infância

Lição 03 - 4º Trimestre 2019 - A Segunda Vinda de Cristo – o Arrebatamento da Igreja - Juvenis.

Lição 3 - A Segunda Vinda de Cristo – o Arrebatamento da Igreja 

4º Trimestre de 2019
“Depois, nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estarmos sempre com o Senhor” (1 Ts 4.17).
OBJETIVOS
Conceituar Arrebatamento;
Abordar sobre quando será o Arrebatamento;
Explicar biblicamente como será o Arrebatamento.
ESBOÇO DA LIÇÃO
1. AS ESCRITURAS TESTIFICAM A SEGUNDA VINDA DO SENHOR
2.OS SINAIS DA SUA VINDA
3. O QUE É ARREBATAMENTO DA IGREJA?
4. MORTOS E VIVOS SURGINDO PARA UMA NOVA VIDA
Querido (a) professor (a), para o próximo domingo – além de todos os demais conteúdos presentes em sua revista –, lhes deixamos abaixo, como subsídio extra,um artigo sobre Arrebatamento, publicado pelo nosso portal CPAD News, de autoria do teólogo, membro da Casa de Letras Emílio Conde, comentarista de nossas Lições Bíblicas, membro do Conselho Administrativo da CPADe autor de diversos livros pela Casa, pastor Elienai Cabral.
Encontraremos o Senhor nos ares!
Desafiando a relatividade e a gravidade
“Porque o Senhor mesmo descerá do céu com alarido e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro; depois nós, os que ficamos vivos, seremos arrebatados com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor”, 1Ts 4.16-17.
Esse texto indica que haverá um encontro nas nuvens, ou acima delas, nos ares, entre as igrejas ressurreta e arrebatada e o Senhor Jesus. Esse encontro será o traslado mais extraordinário jamais acontecido no mundo, porque será o traslado de corpos espirituais transformados, tanto dos vivos quanto dos mortos em Cristo Jesus. Esse encontro transcende as leis da física, da gravidade e da relatividade.
Relatividade
Albert Einstein, cientista do século 20, descobriu a “lei da relatividade” para falar da “simultaneidade” entre dois acontecimentos ocorridos em lugares bem distantes um do outro. Imaginem que a Igreja de Cristo está espalhada sobre a toda a Terra. Mortos e vivos estão espalhados distinta e geograficamente nos cantos mais remotos da Terra.
O Arrebatamento dos vivos e a Ressurreição dos mortos em Cristo envolverão vários acontecimentos simultaneamente em todo o mundo. Em todo lugar do planeta, das ilhas esquecidas dos oceanos, das geleiras do Ártico e do Antártico, desde os corpos sepultados no fundo dos mares até os corpos queimados e soterrados pelos vulcões, todos os salvos, mortos e vivos, naquele dia ímpar simultaneamente, num abrir e fechar de olhos, subirão ao encontro do Senhor nos ares. Dois eventos simultâneos, ressurreição de mortos e arrebatamento de vivos, convergirão rumo ao céu.
Gravidade
O famoso cientista Isaac Newton descobriu que a Terra possui um campo magnético de atração muito forte, o qual atrai todo o objeto para baixo, para a Terra: é a gravidade. Existe no espaço uma barreira magnética que atrai todo objeto material para a Terra. Essa barreira magnética, que fica a 30 ou 40 mil quilômetros de distância da Terra, também impede qualquer transcendência, qualquer ultrapassagem além dessa barreira. Fantasticamente, o homem tem conseguido com certos riscos e limitações ultrapassar essa barreira com seus foguetes espaciais e até com seus astronautas. Porém, há um fato extraordinário acerca do arrebatamento da Igreja na volta de Cristo. Se trata de um fato que não depende dos engenhos humanos. O homem transformado, naquele dia, estará acima do poder de gravidade da Terra, e nada deterá a Igreja.
O melhor exemplo que temos na Bíblia é a ascensão de Jesus no Monte das Oliveiras, quando se despedia dos seus discípulos. Sua elevação suave e gloriosa aos olhos de mais de 500 pessoas, abrindo espaço no céu, foi uma demonstração do poder do campo espiritual sobre o campo físico. A mensagem angelical aos discípulos era a prova de que um dia “esse mesmo Jesus que subiu, há de vir, para buscar a sua Igreja”.
Exaltação
Nada desse mundo pôde deter a elevação gloriosa do Rei dos reis nos portais eternos. Sua vitória sobre a morte e o sepulcro deu-lhe uma exaltação merecida diante do Pai e dos anjos. Ele recebeu um nome que é acima de todo o nome e os céus se abriram para recebê-lo, como profeticamente foi declarado em Salmos 24.7-10: “Levantai, ó portas, as vossas cabeças; levantai-vos, ó portais eternos, para que entre o Rei da glória. Quem é o Rei da glória? O Senhor, forte e poderoso; o Senhor, poderoso nas batalhas. Levantai, ó portas, as vossas cabeças; levantai-vos, ó portais eternos, para que entre o rei da glória. Quem é esse Rei da glória? O Senhor dos Exércitos, Ele é o Rei da glória!”
À sua semelhança, a Igreja ultrapassará o campo gravitacional para o mais desejado e esperado encontro entre céus e Terra. Nenhum instrumento, nenhum meio de transporte, nenhum poder físico poderá deter a Igreja naquele dia! Ora, vem, Senhor Jesus!
O Senhor te abençoe e capacite. Boa aula!
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Juvenis da CPAD

Lição 03 - 4º Trimestre 2019 - O Erro de Saul - Primário.

Lição 3 - O Erro de Saul 

4º Trimestre de 2019
Objetivo: Que os alunos compreendam que não devemos nos precipitar (agir sem pensar).
Ponto central: O precipitado prejudica a si e aos outros.
Memória em ação: “Agir sem pensar não é bom; quem se apressa erra o caminho” (Pv 19.2).
Querido (a) professor (a),quantas não nos vemos em situações de pressão, necessitando de um direcionamento sobre como agir?! Sabemos que nos guiar pela vontade de Deus é sempre o melhor. Mas como saber qual a vontade de Deus para as nossas vidas, e em cada situação ? Será que em momentos de tensão frente a uma decisão importante, nos precipitamos em agir antes de consultar ao Senhor? Isto foi a causa de Saul perder o seu reinado, que lhe fora dado e tomado pelas mãos do próprio Deus. Sobre esta lição tão significativa na caminhada cristã é que vamos ensinar os Primários na próxima aula.
Além de todos os demais conteúdos presentes em sua revista, lhes deixamos abaixo, como subsídio extra para sua edificação, trecho de um artigo sobre a importância de conhecermos a vontade de Deus, de autoria do ilustre e saudoso mestre, pastor Antônio Gilberto.
Vida Cristã Abundante 
Conheças a vontade de Deus para sua vida
Em Colossenses 4.12, Paulo escreveu: “Sauda-vos Epafras, que é dos vossos; servo de Cristo, combatendo sempre por vos em orações, para que vos conserveis firmes, perfeitos e consumados em toda a vontade de Deus”.
A vontade de Deus, no sentido individual, é o Seu querer e direção para a nossa vida pessoal e em todo o nosso viver e agir, em todos os aspectos da vida. A maior honra e privilegio do homem depois da Salvação é ter a oportunidade de fazer a vontade de Deus. Adão foi criado com esse privilégio, mas perdeu-o por causa do pecado (Rm 7.10). A vontade de Deus é assunto altamente prioritário na oração de todo filho de Deus, todos os dias (Mt 6.10; 1Jo 5.14).
Deus dotou o homem de três extraordinários poderes ou faculdades, a saber: intelecto, sensibilidade e vontade, sendo o poder da vontade o de maior responsabilidade. O poder da vontade (ou poder volitivo) é o nosso poder de escolher, de querer, de decidir e resolver (Jó 5.6; Gn 24.5b; Js 24.15; Is 1.19; Mt 23.37).
Textos-base para o estudo da vontade de Deus são Colossenses 1.9,10 (Devemos CONHECER a vontade de Deus), Efésios 5.17 (Devemos ENTENDER a vontade de Deus), Salmos 143 (Devemos orar para APRENDERMOS A FAZER a vontade de Deus) e Colossenses 4.12 (Devemos ser CONSUMADOS em toda a vontade de Deus).
Quatro tipos de vontade podem haver em nossa vida: a vontade de Deus, a minha vontade (=a vontade da carne) (Rm 7.18; 1Co 9.27; Jo 21.3) – essa vontade, mesmo sendo "boa", não é vontade de Deus –, a vontade de outrem ou de outros, e a vontade do Diabo (2Tm 2.26).
A vontade de Deus é manifestada sob dois aspectos: a vontade geral de Deus e a vontade individual de Deus para conosco.
A vontade geral de Deus é a chamada “providência divina”. São o Seu eterno plano, Seus eternos desígnios e Suas leis gerais em andamento (Ef 2.10; 3.11; Sl 119.91). Ela é manifesta através de Suas leis cósmicas, físicas, naturais, morais, cívicas e espirituais. A vontade geral de Deus é universal.
A vontade individual de Deus para conosco é a Sua vontade específica para cada indivíduo. Essa vontade individual de Deus não é determinista, fatalista, cega, arbitrária, que anula a liberdade do homem como homens, como ensinam os predestinalistas. Essa vontade individual de Deus pode ser Sua vontade permissiva ou perfeita. A vontade permissiva de Deus pode ser vista em passagens como Salmos 106.15 e Números 11.18. Já a vontade perfeita de Deus, em Romanos 12.2.
Deus te abençoe e capacite. Boa aula!
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Primários da CPAD

Lição 03 - 4º Trimestre 2019 - O Filho que Voltou - Juniores.

Lição 3 - O Filho que Voltou 

4º Trimestre de 2019
Texto Bíblico – Lucas 15.11-32.
Prezado(a) professor(a),
Na aula desta semana seus alunos aprenderão um pouco mais a respeito da história do “filho pródigo”. O assunto da história é conhecido: o filho mais novo decide pedir sua parte na herança e sair da casa de seu pai para viver uma vida dissoluta. Ele não se importou nenhum pouco com os sentimentos de seu pai ou de seu irmão. Apenas decidiu gastar a herança pensando no momento e não nas consequências que tal decisão poderia lhe acarretar.
O Mestre utiliza essa história para fazer uma comparação com o que acontece no relacionamento da pessoa que abandona os preceitos da Palavra de Deus para viver os prazeres do mundo. 
“Nesta parábola, o Senhor ensina que uma vida de pecado e egoísmo, no seu sentido cabal, é a separação do amor, comunhão e autoridade de Deus. O pecador ou desviado é como o filho mais jovem da parábola, que, em busca dos prazeres do pecado, desperdiça os dotes físicos, intelectuais e espirituais que Deus lhe deu. O resultado é a desilusão e tristeza, e, às vezes, condições pessoais degradantes, e, sempre, a falta da vida verdadeira e real, que somente se encontra no relacionamento correto com Deus.
Antes de um perdido vir a Deus, ele precisa reconhecer seu verdadeiro estado de escravidão do pecado e de separação de Deus (vv. 14-17). Precisa voltar humildemente ao Pai, confessar seus pecados e estar disposto a fazer tudo quanto o Pai quiser (vv. 17-19). É o Espírito Santo quem convence o perdido pecador da sua situação pecaminosa” (Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, p. 1540).
Saber como lidar com os que se encontram distantes do caminho é um desafio para a igreja. Somente o amor de Deus derramado por intermédio do Espírito Santo pode convencer o pecador da sua triste condição distante de Deus. A pessoa que se encontra afastado perde a sensibilidade e a percepção do quanto o pecado faz mal para a sua vida em todos os aspectos. O Senhor deseja restaurá-los, mas para que isso aconteça é necessário que haja arrependimento. Em muitos casos, o pecador só reconhece o seu estado pecaminoso quando sente as dores consequentes dos erros cometidos. É o caso do filho pródigo que, após chegar à triste situação de desejar se alimentar das bolotas dos porcos, caindo em si resolveu retornar para o aconchego da casa de seu pai.
Não é diferente em relação àqueles que conhecem a Palavra de Deus e, por algum motivo, resolvem deixar a Casa do Pai para desfrutar dos prazeres do mundo. Infelizmente só encontram tristeza e dor. Muitos só retornam após atravessarem determinados sofrimentos para reconhecer que não deveriam ter tomado uma decisão tão precipitada.
O exemplo relatado nessa história serve de grande lição para os juniores. Nesta fase o trabalho de conscientização a respeito da permanência na Casa do Pai é de suma importância. Seus alunos precisam ter a compreensão da dimensão do amor de Deus para com eles. Além do mais, precisam desenvolver uma comunhão e intimidade com o Senhor para que saibam o quanto é importante permanecer na sua presença.
Caro professor, mostre amor pelos seus alunos, mesmo quando eles não atingirem todas as metas estipuladas por você em sala de aula. Aos faltosos, mostre o quanto todos da classe sentiram sua falta e o quanto é importante que acompanhem o curso. Se for possível, realize esporadicamente uma festa para os aniversariantes do mês. Todos gostam de ser lembrados e bem aceitos no ambiente onde frequentam. Estimule a comunhão e a parceria entre os seus alunos e que eles demonstrem importarem-se uns com os outros.   

Lição 03 - 4º Trimestre 2019 - A Quem eu Adoro? Pré Adolescentes.

Lição 3 - A Quem eu Adoro? 

4º Trimestre de 2019
A lição de hoje encontra-se em: Mateus 6.24-34.
Caro(a) professor(a),
Na aula desta semana seus alunos terão a oportunidade de refletir a respeito da idolatria. Quando ouvimos a palavra idolatria logo imaginamos a figura de um ídolo ou personalidade representado em uma imagem de escultura. O ídolo, porém, vai além da representação artesanal tão comum em algumas religiões.
Jesus ensinou que a idolatria pode ser o amor e a dedicação excessiva a qualquer coisa. A Palavra de Deus é bem clara quanto à idolatria, pois desde o início o SENHOR já havia determinado que o seu povo não adorasse ou dedicasse devoção a qualquer ser, objeto ou outra coisa que fosse denominada como um deus (cf. Êx 20.2-6). Se há uma coisa que deixa Deus mais irado é a idolatria (cf. Is 42.8). Ele não suporta ver seus filhos deixarem de adorá-lo, o verdadeiro Deus, para se voltarem para aquilo que é vaidade.
“Jesus disse que podemos ter apenas um mestre ou senhor. Vivemos em uma sociedade materialista, onde muitas pessoas servem ao dinheiro. Gastam toda a vida acumulando-o, mesmo sabendo que, ao morrer, não o levarão consigo. O desejo de certas pessoas pelo dinheiro e por aquilo que este pode comprar é muito superior a seu comprometimento com Deus e com os assuntos espirituais. Gastam muito tempo e energia, pensando no que têm armazenado (dinheiro e outros bens). Não caia na armadilha materialista, ‘porque o amor do dinheiro é a raiz de toda espécie de males’ (1 Tm 6.10). Você pode dizer honestamente que Deus, e não o dinheiro, é o seu Senhor? Um teste é perguntar a si mesmo quem ou o que ocupa mais seus pensamentos, seu tempo e seus esforços.
Jesus contrastou os valores celestiais com os terrenos quando explicou que a nossa vida deve ser direcionada para coisas que não desaparecerão, que não podem ser roubadas ou consumidas e que nunca se desgastam. 
Não devemos ficar fascinados por nossos bens, a fim de que eles não nos possuam. Isto significa que podemos ter de fazer alguns cortes se os nossos bens se tornarem excessivamente importantes para nós. Jesus exige uma decisão que nos permita viver satisfeitos com o que temos; para tanto, devemos escolher o que é eterno e duradouro” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, pp. 1228-29).
Aproveite a ocasião e converse com seus alunos sobre coisas que tomam a atenção deles de modo que não conseguem delimitar tempo para a oração e leitura da Palavra. Para ajudá-los a organizar melhor o tempo, elabore uma tabela com um planejamento da rotina diária. A tabela deve constar uma lista com todas as atividades que seus alunos devem cumprir ao longo do dia. Destaque que Deus deve ter prioridade em nosso tempo, por mais numerosas que sejam as nossas atividades. Leve a tabela pronta e peça os alunos para preencherem. Ao final, peça que leiam para que todos possam aprender uns com os outros a respeito da melhor forma de aproveitar o tempo na presença de Deus. 

Lição 03 - 4º Trimestre 2019 - Aprendendo sobre os dois Testamentos - Adolescentes.

Lição 3 - Aprendendo sobre os dois Testamentos 

4º Trimestre de 2019
ESBOÇO DA LIÇÃO
O ANTIGO TESTAMENTO, A PALAVRA ANTIGA DE DEUS
O NOVO TESTAMENTO, UMA NOVIDADE PARA VIDA
OBJETIVOS
Mostrar
 as divisões do Antigo Testamento;
Desdobrar as divisões do Novo Testamento;
Conscientizar seus alunos da importância dos dois testamentos;
SOBRE A PALAVRA “TESTAMENTO”

Prezado professor, prezada professora, é importante saber que existem especialistas bíblicos que adotam a expressão Primeiro Testamento, em lugar de Antigo Testamento e Segundo Testamento, em lugar de Novo Testamento, pois a palavra “antigo” as vezes sugere a ideia de algo obsoleto e de menor consequência. Entretanto, quem escolheu o termo antigo não tinha uma intenção depreciativa para com a Bíblia. Todavia, hoje, há quem considere falta de respeito com o texto bíblico. Por isso, alguns biblistas denominam os dois testamentos de “Primeiro Testamento”, em vez de Antigo; “Segundo Testamento”, em vez de Novo.   
“A palavra ‘testamento’, nas designações ‘Antigo Testamento’ e ‘Novo Testamento’, para as duas divisões da Bíblia remonta através do latim testamentum ao termo grego diathéke, o qual na maioria de suas ocorrências na Bíblia grega significa ‘concerto’ em vez de ‘testamento’. Em Jeremias 31.31, foi profetizado um novo concerto que iria substituir aquele que Deus fez com Israel no deserto (Êx 24.7,8). ‘Dizendo novo concerto, envelheceu o primeiro’ (Hb 8.13). Os escritores do Novo Testamento veem o cumprimento da profecia do novo concerto na nova ordem inaugurada pela obra de Cristo. Suas próprias palavras ao instituir esse concerto (1 Co 11.25) dão autoridade a esta interpretação. Portanto, os livros do Antigo Testamento são assim chamados por causa de sua estreita associação com a história do ‘antigo concerto’. E os livros do Novo Testamento são desse modo designados porque se tratam dos documentos do estabelecimento do ‘novo concerto’” (COMFORT, Philip Wesley. A Origem da Bíblia. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1998, pp.15,16).
Marcelo Oliveira de Oliveira
Redator do Setor de Educação Cristã da CPAD