sexta-feira, 20 de março de 2020

Lição 12 - 1º Trimestre 2020 - Jesus coloca ordem na Casa de Deus - Maternal.

Lição 12 - Jesus coloca ordem na Casa de Deus 

1º Trimestre de 2020

Objetivo da lição: Mostrar às crianças que devemos nos portar com reverência na Casa de Deus.
Para guardar no coração: “[...] A minha casa será chamada de ‘Casa de Oração’ [...].” (Mc  11.17)
Subsídio professor
“Não há dúvidas de que gostamos de ir à igreja, mas... Por que gostamos? Apreciamos as pregações do pastor? Enlevamo-nos com os cânticos congregacionais? Deleitamo-nos com a orquestra e o coral? Ou, quem sabe, com o louvor ruidoso dos jovens? Confraternizamo-nos com os outros salvos? Matamos a saudade dos amigos? Aproveitamos para estrear a roupa nova? Tudo isto é bom e lícito, mas não deve constituir o motivo principal de irmos à igreja. O salmista Davi declara amar a habitação do Senhor e o lugar onde permanece a sua glória (Sl 26.8). Este amor deve ser experimentado por nós, e a sua maior motivação deve ser o fruir da presença de Deus e da sua glória manifestada entre o seu povo” (Marta Doreto). 
Perfil da criança
“Devido ao seu vocabulário limitado, a criança desta idade não consegue expressar tudo o que aprendeu. Lembre-se disso ao fazer perguntas sobre a história ou o ensino dado. Ainda que uma história lhe seja contada várias vezes, ela não será capaz de repeti-la integralmente. Contudo, recorda-se dos fatos da história” (Marta Doreto). 
Bem-vindos!
• Cumprimente os visitantes e parabenize os alunos que os trouxeram.
• Neste domingo, as crianças entregarão suas contribuições logo após a explicação do versículo. A oração abaixo também será feita no ato de ofertar. Peça que os alunos segurem a oferta na mão levantada, apresentando-a ao Papai do Céu, enquanto oram. Seria bom, se possível, que você tivesse consigo algumas moedas extras para aquelas crianças que não trouxerem nada. Assim, elas não ficarão tristes por não poder dedicar alguma coisa ao Papai do Céu, e ainda experimentarão a alegria de fazê-lo.
Sugestão de Oração
“Papai do Céu, aqui está a oferta que eu trouxe para ti. Eu a entrego com muita alegria, porque te amo. Recebe a minha oferta e me abençoa. Em nome de Jesus, amém” (Marta Doreto).
Até logo
Convide a todos para retornarem no próximo domingo para continuarem aprendendo sobre o Amigo Jesus.  
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista de Maternal

Lição 12 - 1º Trimestre 2020 - A Vida de Oração - Adolescentes.

Lição 12 - A Vida de Oração 

1º Trimestre de 2020 
ESBOÇO DA LIÇÃO
1 – UMA VIDA DE ORAÇÃO
2 – ELE ENSINOU COMO DEVEMOS ORAR
3 – NOSSO MODELO DE ORAÇÃO
4 – ORANDO DE ACORDO COM A VONTADE DE DEUS
OBJETIVOS
Apontar a vida de oração de Jesus, mesmo sendo o Filho de Deus;
Demonstrar como devemos nos comportar quando falarmos com Deus em oração;
Estabelecer o modelo de oração que Jesus ensinou aos discípulos.
SOBRE A ORAÇÃO
Marcelo Oliveira de Oliveira
Numa palavra, a oração é a suprema proteção contra o ceticismo que insinua ser o objeto da fé mera ilusão ou uma projeção de nossos anseios na tela do infinito.” É possível verificar elementos que marcaram a vivência e a intimidade da Igreja ao longo da sua história: o desenvolvimento da prática de oração. 
A ocasião da primeira reunião de oração dos discípulos, após a ascensão de Jesus, denota a motivação clara (e oriunda diretamente de Jesus, o cabeça da Igreja) da igreja de Jerusalém em viver a disciplina da oração. Sobre o tema, o pastor Claudionor de Andrade analisou a prática da oração dos primórdios da Igreja até a modernidade: “a oração jamais se ausentou da Igreja; sem aquela inexistiria esta. Se Jesus foi um exemplo de oração, por que, diferentemente, agiriam seus discípulos e apóstolos? Veja, por exemplo, Paulo. Seja nos Atos dos Apóstolos, seja em suas epístolas, deparamo-nos com o doutor dos gentios endereçando a Deus as mais ferventes orações. Depois da era apostólica, os pais da igreja, além de suas lides teológicas, consagravam-se à oração. Ignácio, Tertuliano, Ambrósio e Agostinho. O bispo de Hipona escreveu acerca de seu ministério de oração e intercessão: ‘Eis que dizeis: ‘Venha a nós o vosso reino. E Deus grita: Já vou’ Não tendes medo?’E os reformadores? Martinho Lutero foi um grande paradigma na intercessão em favor da Igreja de Cristo naqueles períodos da Reforma Protestante. Mais tarde chegaram os avivalistas. John Wesley levantava-se de madrugada para falar com o Pai celeste. E o irmão Finney? Era um gigante na oração. Com o Movimento Pentecostal a Igreja de Cristo desfez-se em orações e súplicas por aqueles que, sem ter esperança de ver Deus, caminhavam para o inferno. Em suas anotações pessoais, Daniel Berg e Gunnar Vingren descrevem suas ricas experiências oriundas de uma vida de profunda oração” (As Disciplinas da Vida Cristã, CPAD, p.36). 
Ao tomarmos conhecimento de como os antigos da fé perseveravam em oração e que tal prática é uma herança dos apóstolos, podemos concluir, citando John Bunyan, que “jamais seremos cristãos verdadeiros, se não formos pessoas de oração. O hábito da oração deve ser cultivado com perseverança, não duvidando que a oração seja atendida.O hábito da oração nos ensina a depender de Deus, deixando que Ele escolha, em sua liberdade soberana, o tempo, o lugar, o meio e o fim, na certeza de que tudo quanto Ele fizer sempre será o melhor” (O Pensamento da Reforma, p.54). 
(Texto extraído da revista “Ensinador Cristão”, editora CPAD, 3º Tri de 2015).

Lição 12 - 1º Trimestre 2020 - O Código de Ética de Jesus - Jovens.

Lição 12 - O Código de Ética de Jesus 

1º Trimestre de 2020
Introdução
I-Esmolas, oração e jejum
II-O tesouro no céu
Conclusão
Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivos:
Ressaltar a necessidade da privacidade em nossas disciplinas espirituais;
Identificar a natureza e características daquilo que Jesus denomina de “tesouro”;
Apontar os princípios para um julgamento reto e justo segundo os critérios do Reino.
Palavras-chave: Jesus Cristo.

Para ajudá-lo(a) na sua reflexão, e na preparação do seu plano de aula, leia o subsídio de autoria de Marcelo de Oliveira:
INTRODUÇÃO
Você sabe a diferença entre ética e moral? É comum haver uma confusão entre esses termos, pois o senso comum coloca essas duas palavras como sinônimas. Porém, quando estudamos Ética como uma área importante da Filosofia, uma das principais coisas que precisamos fazer é distinguir bem a diferença entre ela e a moral.
Enquanto a Moral refere-se ao comportamento estabelecido por um código legal, a Ética é a reflexão acerca da Moral. Nesse sentido, ela procura investigar a origem dos códigos morais, normas e comportamentos estabelecidos pela sociedade. Por que uma coisa é certa ou errada? Como decidir-se em relação a uma situação moral? Quais consequências tal comportamento terá para outras gerações? Quais os critérios usados para buscar-se um caminho correto e quais as consequências em relação ao descumprimento de um código moral? O filósofo cristão, Arthur F. Holmes, toma esse mesmo caminho ao abordar sobre o objeto da Ética:
A ética trata do bem (isso é, dos valores e virtudes que devemos cultivar) e do direito (isso é, de quais devem ser as nossas obrigações morais). Ela avalia pontos de vista alternativos do que é o bem e o direito; explora caminhos para alcançarmos o conhecimento moral de que necessitamos; indaga por que devemos agir com correção e, a partir daí, conduz a problemas morais práticos, que estimulam a assim pensarmos prioritariamente.1      
Assim, se a Moral é o comportamento ou o próprio código, a Ética é a reflexão sobre esse comportamento ou código moral. Essa área do conhecimento filosófico ajuda-nos a refletir acerca do nosso agir. Se agimos como agimos, o que nos move a agir assim? O que tal reflexão tem a ver com a nossa condição de cristãos? Se obedecemos a Palavra de Deus, por que o fazemos?
Para os cristãos, a Bíblia é a base de todas as nossas obrigações morais no mundo. É por meio dela que conhecemos o propósito de Deus, o seu amor e a sua justiça. A Bíblia, mais especificamente o Sermão do Monte, é o código ético do Reino de Deus. O Sermão do Monte estabelece as bases para agirmos segundo o propósito de Deus de maneira consciente. Por exemplo, não basta somente não adulterar, mas é preciso não desejar executar essa prática (Mt 5.27,27). Ou seja, não basta só cumprir um mandamento; é preciso também saber o porquê de se estar cumprindo-o. A razão disso tem de ser nobre, justa e santa, tendo como o supremo fundamento o mandamento do amor (Rm 13.8-10).
Neste capítulo, tomaremos trechos do Sermão do Monte para refletir acerca de uma vida devocional vigorosa, que testemunhe a grandeza de Deus, a verdadeira piedade e devoção a Deus, deixando de lado qualquer fingimento ou aparência humana de falsa espiritualidade. 
Veremos também que devemos juntar “tesouros no céu” e importar-se com o que reflete para o bem do Reino de Deus. É o desafio de viver-se uma vida voltada, não apenas para as coisas terrenas, como também para as coisas espirituais. Nossa herança está no Céu. Aqui, não importa apenas o que “eu faço”, mas também o que “eu sou”.         
I - ESMOLAS, ORAÇÃO E JEJUM
Por que oramos? Por que jejuamos? Por que somos instados a fazer obras de misericórdia? Essas três perguntas dizem respeito ao que está por trás de nossas ações. Elas podem revelar a intenção de nosso coração. É muito importante ressaltar que o código de ética ensinado por Jesus leva muito a sério a intenção, a nobreza e a pureza de nossa vida interior para realizar qualquer coisa. Quando o que fazemos não traz consigo a consciência verdadeira do Reino de Deus, trata-se, portanto, de hipocrisia. Por isso, essa palavra foi três vezes usada por Jesus no capítulo 6 de Mateus: (1) “Quando, pois, deres esmola, não faças tocar trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem glorificados pelos homens” (v. 2 – grifo meu); (2) “E, quando orares, não sejas como os hipócritas, pois se comprazem em orar em pé nas sinagogas e às esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens” (v. 5 – grifo meu); e (3) “E, quando jejuardes, não vos mostreis contristados como os hipócritas, porque desfiguram o rosto, para que aos homens pareça que jejuam. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão” (v. 16 – grifo meu).
A hipocrisia mascara a sinceridade, dissimula os verdadeiros sentimentos e propaga a falsidade e o fingimento. A hipocrisia distorce a intenção pura, nobre e verdadeira. O pastor César Moisés Carvalho, na obra O Sermão do Monte, revela exatamente isso ao descrever a palavra hipocrisia, que aparece no capítulo 6 de Mateus:
O tríplice uso da expressão “hipócritas” [hypokritēs] (vv. 2,5,6), termo grego originalmente utilizado no teatro para os atores que representavam, denota a seriedade com que são encarados os que fazem o bem com motivações escusas. É impossível não se lembrar de Mateus 25.31-46, quando as ovelhas forem separadas dos bodes, justamente por causa das boas obras executadas. Obras que, vale ressaltar, eram praticadas sem nenhum outro interesse por parte de quem praticava a não ser o bem da pessoa necessitada. Aliás, os benfeitores estavam fazendo ao próprio Filho de Deus, mas eles sequer sabiam disso! Nada fora feito para representar, pois eles sequer sabiam que estavam sendo observados e suas obras anotadas e contabilizadas.  
Assim, se nossa vida de devoção a Deus não estiver amparada nos princípios claros expostos ali no Sermão do Monte, corremos o risco de cair na alcunha de “hipócritas”. Nossa vida devocional deve estar amparada em Deus, no desejo sincero de amá-lo de todo o coração, bem como amar nosso próximo para que nossas obras de piedade não se mostrem falsas. 
Nossa vida devocional é para Deus
A vida devocional, conforme apresentada em Mateus 6, tem o seguinte tripé: esmola, oração e jejum. No sermão, Jesus afirma um princípio geral: os atos de piedade devem honrar a Deus e não colocar no centro a própria reputação. O que é criticado no sermão não são os atos piedosos, mas a exibição deles. Nesse sentido, os atos de piedade devem ser feitos sem ostentação.  
1. Esmolas (caridade). É importante ressaltar um ponto relevante aqui. Ajudar as pessoas, ou seja, atendê-las por meio de obras de caridade, é uma expressão do amor de Deus. Sim, aproximamo-nos mais de Deus quando fazemos isso. Esse entendimento estava muito presente na prática dos apóstolos. Reconhecemos o que Jesus ensina no capítulo 6 de Mateus, além de conformado em outros Evangelhos, na prática ministerial dos apóstolos. Atente para estes versículos:
Dai, e ser-vos-á dado; boa medida, recalcada, sacudida e transbordando vos darão; porque com a mesma medida com que medirdes também vos medirão de novo (Lc 6.38).
Vendiam suas propriedades e fazendas e repartiam com todos, segundo cada um tinha necessidade (At 2.45).
Recomendando-nos somente que nos lembrássemos dos pobres, o que também procurei fazer com diligência. (Gl 2.10)
Meus irmãos, que aproveita se alguém disser que tem fé e não tiver as obras? Porventura, a fé pode salvá-lo? E, se o irmão ou a irmã estiverem nus e tiverem falta de mantimento cotidiano, e algum de vós lhes disser: Ide em paz, aquentai-vos e fartai-vos; e lhes não derdes as coisas necessárias para o corpo, que proveito virá daí? (Tg 2.14-16).
Quem, pois, tiver bens do mundo e, vendo o seu irmão necessitado, lhe cerrar o seu coração, como estará nele o amor de Deus?  Meus filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas por obra e em verdade (1 Jo 3.17,18).
São textos bem contundentes. Não por acaso, desde os primeiros séculos até os séculos mais recentes, que marcaram os maiores avivamentos, os cristãos sempre se envolveram em obras de caridade no sentido de levar alívio ao sofrimento das pessoas. Isso foi feito por causa de uma consciência que predominava no Reino de Deus e que está assentada nos Evangelhos e no ministério apostólico. 
Logo, o princípio bem claro para essa dimensão devocional é o da humildade, da discrição e do amor. Se o crente faz o bem para ser elogiado ou colher louros por tal ação, o que se revelará são motivos egoístas. Assim, ele será desmascarado como hipócrita. Isso ocorre porque, sob o disfarce de dar glória a Deus, o crente buscava a própria glória. Esse é um desafio grande para os que se esmeram em grandes associações cristãs, trabalhos de evangelização ou tudo o que despenda comunicação pública. O que pode estar por trás de tudo isso é a competição por grandeza e a busca exagerada pelo sucesso, e não a glorificação a Deus e o amor ao próximo. O Sermão do Monte condena essa atitude.4  
2. A oração. No capítulo 6 de Mateus, não é a oração pública que é condenada, mas a sua exibição (v. 5). Ou seja, a oração genuína, e elevada a Deus com sinceridade, é a que Ele responderá. No capítulo 6, nos versículos 7 e 8, a oração é apresentada como algo que deve ser praticado com simplicidade e sinceridade, evitando as “vãs repetições”. Nos versículos 9-13, nosso Senhor apresenta um modelo de oração. Esse modelo indica as áreas de interesse que o crente em Jesus deve apresentar diante de Deus. Nessa oração, estão presentes ao menos seis petições: três que dizem respeito à santidade de Deus e à sua vontade e três que dizem respeito às nossas necessidades pessoais.5 Em seguida, os versículos 14 e 15 dizem respeito ao perdão, que tem uma ligação estreita com a Oração que Jesus ensinou (Pai-Nosso), como explica o teólogo Daniel J. Harrington: “O dito sobre o perdão (vv. 14,15) está ligado ao Pai-nosso porque trata da mesma questão que a segunda das ‘súplicas sobre nós’ (6.12). Faz de nossa disposição de perdoar uns aos outros condição necessária para a disposição divina de perdoar-nos nossos pecados”.6  
A oração deve ser despida de qualquer exibicionismo pessoal. Não por acaso, nosso Senhor enfatizou a prática da oração em casa, no interior do quarto, fechando a porta. Aqui, não há espaço para exibicionismo ou dissimulação. O único espectador que interessa é Deus Pai. Assim, oramos em segredo. E o Pai, “que vê o que está oculto, [nos] recompensará” (Mt 6.6). Ora, o vigor de nossa devoção secreta determinará nossas ações públicas.  
3. O jejum. O padrão para o jejum é o mesmo que foi apresentado pela caridade e oração. Requer-se descrição e recato. Ninguém precisa saber que o crente está jejuando, somente nosso Pai que está no Céu. Assim, o que é condenado é o exibicionismo do jejum. 
A respeito da prática do jejum na Bíblia e no cotidiano, o que o teólogo James B. Shelton escreveu é esclarecedor:
O jejum é designado a melhorar a relação da pessoa com Deus, como também é tempo de purgação e refinamento de motivos. O jejum que Jesus fez no deserto demonstrou ser tempo de turbulência e prova. Os santos têm experimentado esse tipo de embate, mas eles também descrevem o jejum como tempo de purificação, limpeza, grande edificação espiritual e proximidade com Deus. A questão crucial é: “Atenção de quem estou tentando chamar com este jejum?”.7 
Em tempos de angústias, de necessidades espirituais e de muitas outras necessidades, temos no jejum uma arma poderosa para relacionarmo-nos com Deus intimamente, sermos edificados espiritualmente e fortalecermo-nos na sua presença.
Cada vez que nos aproximamos de Deus, distanciamo-nos de nosso ego e egoísmo. Nesse sentido, a disciplina piedosa da caridade, da oração e do jejum é um grande despertamento espiritual para voltarmos nossa atenção para o que realmente interessa na presença de Deus. 
Cuidado para não sermos enganados pela maldade de nosso próprio coração
O pastor César Moisés Carvalho esclarece um princípio, que, se observado, não nos deixará enganados pela maldade de nosso próprio coração:
O feito de qualquer um, isto é, qualquer obra, jamais será “oculta” diante dos olhos de quem tudo vê e conhece. Inclusive as ações, não precisam ser necessariamente ocultas, escondidas, pois se não houver outra forma ou local, elas podem ser realizadas publicamente. A intenção com que elas irão acontecer não passará despercebida dos olhos do Pai. Portanto, o que se desaconselha aqui é a dramatização, o representar, o querer passar-se por piedoso, sendo hipócrita. Estes nada devem esperar por parte do Pai.8 
O que fica claro nesse princípio é que nossa piedade deve ser sincera e verdadeira. Certamente, muitos de nós somos obreiros que têm acesso ao púlpito da igreja local, ou que estão diante de um departamento eclesiástico. Não podemos cair na armadilha de sermos performáticos diante das pessoas que nos ouvem. Se oramos em público, ou pregamos, ou conclamamos pessoas à oração e ao jejum, tudo isso deve revelar o desejo sincero de buscar a Deus, o seu poder, a sua graça e o seu amor. E, como vimos acima, se nossa vida devocional secreta não corresponder à sinceridade e à pureza de alma, nossa ação pública, principalmente no exercício espiritual, cairá no pecado da hipocrisia, da dissimulação e da falsa piedade. Então, de Deus jamais seremos recompensados (Mt 6.5).    
Os riscos da “espetacularização” da fé
Ao estudar os princípios que regem os cristãos a partir do Sermão do Monte, não é possível deixar de olhar para a realidade e perguntar: Qual a linha tênue entre vivências espirituais como prática pública e a “espetacularização da fé”?
Mais uma vez, devemos ressaltar que nosso Senhor nunca falou contra a prática de piedade (caridade, oração e jejum), mas, sim, contra a intenção distorcida por trás do uso público da prática. Em tempos de espetáculos da fé, o ensino de Jesus no Sermão do Monte é atual e necessário. Não são poucas as dissimulações espirituais em nome da fé. Falsos milagres, manipulação das pessoas e falsos movimentos que levam o nome de Jesus. 
Nas redes sociais, ocorre a relação tênue entre evangelização e autopromoção. Tudo o que tenta usar o que é espiritual para autopromover-se não tem parte com Cristo Jesus. Por isso, é preciso compreender bem o que marca os princípios do Evangelho e o que Jesus espera de nós para viver nesse mundo. As marcas de Jesus passam pela discrição, verdade e sinceridade. Não nos iludamos com a glória desse mundo.      
II - O TESOURO NO CÉU
O texto bíblico de Mateus 6.19-21 diz: “Não acumulem tesouros sobre a terra, onde as traças e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam; mas ajuntem tesouros no céu, onde as traças e a ferrugem não corroem, e onde ladrões não escavam, nem roubam. Porque, onde estiver o seu tesouro, aí estará também o seu coração”. Esse texto coloca ênfase na escolha que o discípulo de Jesus deve fazer entre Deus e as riquezas materiais. Trata-se de um contraste entre a fragilidade e a vaidade dos tesouros e riquezas terrenas, com a solidez do tesouro eterno. Se o tesouro terreno é o que faz pessoas buscarem os desejos egoístas e desenfreados, o tesouro eterno é a recompensa dos que fizeram caridade, oraram e jejuaram.  
Esse trecho bíblico traz-nos a oportunidade de lembrar que há um tesouro no Céu. Nossa natureza é espiritual, nossa esperança não está nas riquezas deste mundo. Sim, a fé cristã é transcendental. A sua natureza é celestial, pois assim mesmo nosso Senhor afirmou: “Respondeu Jesus: O meu Reino não é deste mundo; se o meu Reino fosse deste mundo, lutariam os meus servos, para que eu não fosse entregue aos judeus; mas, agora, o meu Reino não é daqui” (Jo 18.36). Essa perspectiva do Reino não significa escapismo em relação à vida no mundo. Pelo contrário, a História da Igreja Cristã mostra que quem mais influenciou a vida no mundo tinha a “mente no Céu”. Ou seja, viver a vida no mundo com a mente e o coração tomados pelas coisas de Deus trará efeitos concretos à nossa vida e à vida de quem nos rodeia: “Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai” (Fp 4.8).  
Que tesouro é esse?
Mas o que o texto de Mateus quer dizer com “tesouro”? Segundo o teólogo James Shelton, a palavra tesouro pode referir-se às riquezas materiais, como aparece em Mateus 2.11 e 13.44; porém, na maioria das vezes que aparece no Novo Testamento, ela remete a ideia de riquezas espirituais ou celestiais.9 Veja estes textos, onde a palavra tesouro traz essa conotação de riquezas celestiais ou espirituais: “O homem bom tira boas coisas do seu bom tesouro, e o homem mau do mau tesouro tira coisas más” (Mt 12.35 – grifo meu); “Por isso, todo escriba instruído acerca do Reino dos céus é semelhante a um pai de família que tira do seu tesouro coisas novas e velhas” (Mt 13.52 – grifo meu); “Disse-lhe Jesus: Se queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens, dá-o aos pobres e terás um tesouro no céu; e vem e segue-me” (Mt 19.21 – grifo meu).    
O Senhor Jesus usa a imagem de “ajuntar tesouros no céu” em contraste com “ajuntar tesouros na terra”. Este é perecível, vão, os ladrões roubam, a traça e a ferrugem consomem. Mas o tesouro que ajuntamos no Céu ninguém rouba ou consome.
Aqui, de acordo com o contexto do Sermão do Monte, fica claro que a prioridade do seguidor de Jesus deve ser viver a ética do Reino de Deus neste mundo. No lugar de apelo às riquezas ou quaisquer coisas materiais, nossa prioridade está centralizada nas coisas de Deus — amar a Deus, fazendo caridade para com o próximo, orando com fervor ao Senhor, jejuando e vivendo a piedade cristã com sinceridade e inteireza de coração, pois 
uma vez que o coração se apega ao “tesouro”, àquilo que a pessoa mais valoriza, daí a importância de que esse tesouro, daquilo que lhe é mais caro, esteja nas coisas de Deus e seja mesmo o próprio Deus. Em se mantendo tal tesouro, o discípulo nunca perderá a esperança.10  
Onde juntar tesouros?
Tudo o que recebemos vem de Deus. Quando não temos essa perspectiva, achamo-nos donos de nossas vidas e abandonamos o Criador. É contra isso que a parábola do rico insensato insurge-se (Lc 12.). Nela, o fazendeiro acha-se muito afortunado, não se lembra de Deus e nem se importa com as pessoas necessitadas. A sua confiança está fundamentada nas riquezas que possui; por isso, ele “descansa, come, bebe e folga”. Isso ele faz dialogando com a alma dele (v. 19). Quando o interior é devorado pela cobiça, a mente é achacada pela concentração somente nos objetos terrenos, e o coração é tomado pelo desejo de possuir riquezas. A alma já não é alma mais, o transcendente desapareceu, e o espírito é como se não existisse. Não por acaso, explode a pergunta que acerta o âmago da questão: “Mas Deus lhe disse: Louco, esta noite te pedirão a tua alma, e o que tens preparado para quem será?” (v. 20). Ou seja, Deus disse que a vida daquele rico insensato extinguiria naquela noite. O insensato não tinha noção do que aconteceria com a própria alma. Nosso Senhor encerra a parábola dizendo que assim acontecerá com aqueles que ajuntam “tesouros para si” e não é rico para com Deus. 
O que fica claro no texto é que viver a vida como se Deus não existisse é a consequência natural de quem prioriza a riqueza e os sucessos terrenos deste mundo. Por isso que o Senhor enquadra de maneira assertiva os ricos desse mundo: “Quão dificilmente entrarão no Reino de Deus os que têm riquezas! Porque é mais fácil entrar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no Reino de Deus” (Lc 18.24,25). A questão aqui não é que a pessoa não entrará no Reino de Deus por causa da sua condição de rico, mas, sim, porque ela prioriza a suas riquezas e, consequentemente, distancia-se de Deus. Ou seja, a pessoa rica, com a cabeça integralmente voltada para as coisas terrenas, escolhe abraçar “Mamom” (o deus das riquezas e das coisas terrenas), pois de nada ela sente falta e, portanto, julga não precisar de Deus. 
Entretanto, é importante ressaltar que quem foi materialmente abençoado por Deus e não pôs a sua confiança na incerteza das riquezas, mas nEle, e usa os seus bens para aliviar o sofrimento do outro e abundar em boas obras, poderão ter de Deus um grande favor: “Manda aos ricos deste mundo que não sejam altivos, nem ponham a esperança na incerteza das riquezas, mas em Deus, que abundantemente nos dá todas as coisas para delas gozarmos; que façam o bem, enriqueçam em boas obras, repartam de boa mente e sejam comunicáveis; que entesourem para si mesmos um bom fundamento para o futuro, para que possam alcançar a vida eterna” (1 Tm 6.17-19). Assim, creio estar claro que, aqui, não há nenhum incentivo à pobreza ou algo do gênero, mas uma palavra de bom senso. Graças a Deus temos na sociedade seguidores de Jesus que alcançaram altos postos. Muitos foram alçados por Deus em nobres posições. Outros ainda alçarão. Talvez você esteja entre eles, caro leitor. Mas a palavra divina para quem chega lá é: “não ponham a esperança na incerteza das riquezas”. Estas, por mais abundantes que sejam, passam. O sopro de vida pode cessar a qualquer momento. No fim, o que sobrará? 
Logo, percebemos com clareza que juntar tesouros no Céu é abundar em boas obras, não viver a vida só dirigida para o conforto financeiro, priorizando os empreendimentos terrenos. A vida vai além disso, pois nosso fundamento é Deus. Assim, devemos glorificá-lo em tudo. Nossa esperança não pode estar assentada na “incerteza das riquezas”, mas na “certeza de Deus”. As coisas terrenas são frívolas, mas as de Deus são eternas.   
CONCLUSÃO
Só compreenderá a natureza da ética de Jesus quem nasceu de novo. Por isso, o Sermão do Monte foi dirigido aos discípulos de Cristo. Nele, não importa apenas “não fazer”, mas também o porquê de não fazer. Compreender a natureza de nossas práticas é fundamental para sermos parecidos com Jesus. Os princípios ensinados por Ele no sermão devem ser o fundamento de nossa prática piedosa e da forma como negociamos na vida.
Jesus não deve dominar só nossa vida espiritual, mas também nossa existência inteira. O que “somos” gira em torno de todas as esferas da vida em que nos encontramos. A vida espiritual deve ser dominada por Jesus, mas a material também. O que negociamos, o que prometemos, o que estudamos, o que empreendemos; enfim, tudo o que pensamos e fazemos deve ser dominado por Jesus. Isso, inevitavelmente, passa pela compreensão dos princípios expostos no Sermão do Monte, o código de ética do Reino de Deus.  
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger. Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Vol. 1. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.
BERGANT, Dianne; KARRIS, Robert J. Comentário Bíblico. Vol. 3. 3.ed. Rio de Janeiro: Edições Loyola, 2001.
Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995.
CARVALHO, César Moisés. O Sermão do Monte: A Justiça sob a Ótica de Jesus. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.
HOLMES, Arthur F. Ética: As decisões morais à luz da Bíblia. 5. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004.
*Adquira o livro do trimestre. Jesus Cristo: Filho do Homem: Filho de Deus. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2020.
Que Deus o(a) abençoe.
Telma BuenoEditora Responsável pela Revista Lições Bíblicas Jovens

1 HOLMES, Arthur F. Ética: As decisões morais à luz da Bíblia. 5. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p.10. 
2 CARVALHO, César Moisés. O Sermão do Monte: A Justiça sob a Ótica de Jesus. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, p. 102. 
3 BERGANT, Dianne; KARRIS, Robert J. Comentário Bíblico. Vol. 3. 3.ed. Rio de Janeiro: Edições Loyola, 2001, p. 19.  
4 Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, p. 1395. 
5 Ibid, 1995, p. 1396. 
6 BERGANT, Dianne; KARRIS, Robert J., 2001, p. 20. 
7 ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger. Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Vol. 1. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p. 56.
8 CARVALHO, César Moisés., 2017, p. 102. 
9 ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger. Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Vol. 1. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p. 56. 
10 CARVALHO, César Moisés., 2017, p. 123.

Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Jovens. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo. 

Lição 12 - 1º Trimestre 2020 - Jesus, o Homem Perfeito - Adultos.

Lição 12 - Jesus, o Homem Perfeito 

1º Trimestre de 2020
ESBOÇO GERAL
I – JESUS, VERDADEIRO DEUS
II – JESUS, VERDADEIRO HOMEM
III – JESUS, O HOMEM PERFEITO
JESUS, VERDADEIRO DEUS
Claudionor de Andrade
Professamos que o Senhor Jesus era, e é perfeitamente humano e perfeitamente divino. Ele não era meio homem, nem meio deus; era e é totalmente Homem e totalmente Deus. Neste tópico, enfocaremos a sua divindade.
Sua eternidade com o Pai
Como Filho do Homem, Jesus foi gerado, pelo Pai, na plenitude do tempo, através do Espírito Santo, no ventre virginal de Maria (Sl 2.7; Lc 2.1-12; Gl 4.4,5). Todavia, como Filho de Deus, Ele é eterno, sem início nem fim (Cl 1.15-17). Aliás, o Senhor Jesus não é somente eterno; Ele é o Pai da Eternidade (Is 9.6). Jesus Cristo, como Filho de Deus, é eternamente gerado, porquanto é tão eterno quanto o Pai.  
Antes de sua encarnação, Ele estava no Pai e, no Pai, criou todas as coisas (Jo 1.3). Suas atividades eternas são lindamente descritas no capítulo oito de Provérbios.
Os poetas gregos não tinham uma clara noção de eternidade. Apesar de serem celebrados, também, como teólogos, descreveram seus deuses como entes temporais; sujeitos aos caprichos do tempo. Haja vista a fantasia que cerca a origem de Zeus, o pai de todas as divindades do Olimpo. Segundo a mitologia, era ele filho de Reia e de Cronos. Temendo este que um de seus filhos viesse a destroná-lo, pôs-se a devorá-los tão logo nascessem. Para que isso não ocorresse com Zeus, o sexto filho, a prudente Reia, escondendo-o astutamente, livrou-o da voragem de Cronos.
A gênese de Cronos, o pai de Zeus, também é confusa. O titã que, implacavelmente, comandava o tempo, era temido por todos os gregos, porque ninguém escapava de suas voragens. Ele envelhecia os jovens e lançava o presente num arquivo morto. No entanto, nem o próprio Cronos, o deus do tempo, era eterno, pois ele mesmo tivera um pai — Urano. Pelo menos é o que ensinava o poeta Hesíodo (750-650 a.C.). 
Ora, se Urano é mais poderoso do que Cronos e Zeus, respectivamente seu filho e neto, tinha ele o atributo da eternidade? Apesar de personificar o Céu, era tão temporal quanto as outras divindades. E, segundo essa confusa e grosseira mitologia, ele nascera igualmente de uma divindade anterior — Gaia, a deusa Terra, que, por sua vez, havia provindo do inexplicável Caos, o deus que surgira antes de todos. Nessa cadeia infindável de deuses, quem dentre eles detinha a perenidade? A resposta a essa pergunta, que nem chega a ser complexa e intrigante, é simples: como os deuses gregos (e também os romanos) eram uma extensão do ser humano caído e mortal, eram eles também caídos, apesar de sua pretensa imortalidade.   
Mais tarde, os filósofos puseram-se, timidamente, a questionar a existência e a moral dos deuses. Mesmo assim, Sócrates (469-399 a.C), “o mais sábio dos gregos”, nunca deixou de tributar suas honras a Apolo, de quem, segundo ele, recebera a missão de educar a Grécia. Na verdade, nenhum daqueles pensadores logrou escapar às cadeias da idolatria. Quando da visita de Paulo a Atenas, tanto o povo quanto seus filósofos persistiam em honrar a criatura e a desonrar o Criador, embora prestassem tributos ao Deus Desconhecido (At 17.16-31).
Como se vê, querido leitor, os poetas gregos, conquanto ainda honrados como teólogos, não tinham uma noção clara de eternidade. Não obstante, acreditavam eles em várias matérias-primas eternas, por intermédio das quais vieram a existir tudo quanto vemos. Tendo em vista tais incongruências da civilização pagã, agarro-me cada vez mais à Bíblia Sagrada — a inspirada, inerrante e completa Palavra de Deus.
Se a Bíblia é tão lógica e racional, por que alguns teólogos ainda teimam em jungir o criacionismo divino ao evolucionismo profano e mentiroso de Charles Darwin? Enquanto os incrédulos embaralham-se nessa pergunta, voltemo-nos ao Senhor Jesus Cristo.   
Nosso Senhor jamais esteve sujeito ao tempo — o terrível chrónos dos gregos. Isaías descreve-o como superior à própria eternidade (Is 9.6). Ao lado do Pai Celeste, já participava ativamente das obras divinas mais remotas: a eternidade, o tempo, os Céus e, finalmente, a Terra. Ele é o Filho Eterno do Pai Eterno. Não teve início de dias nem experimentará qualquer fim, conforme profetizou Miqueias: “E tu, Belém-Efrata, pequena demais para figurar como grupo de milhares de Judá, de ti me sairá o que há de reinar em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade” (Mq 5.2, ARA).
As divindades gregas, segundo já observamos, possuíam uma árvore genealógica cheia de nódulos, galhos tortos e desfolhada: Gaia gerou Urano que gerou Cronos e que, finalmente, gerou Zeus — o ser mais imoral da Grécia. Quanto ao Senhor Jesus, embora, como Filho do Homem, tenha uma genealogia, na condição de Filho de Deus, não possui nenhum registro genealógico, porquanto é eterno, conforme declara o apóstolo na Epístola aos Hebreus, ao descrever o Senhor Jesus Cristo, tendo por modelo o venerando Melquisedeque, sacerdote e rei de Salém: 
Porque este Melquisedeque, rei de Salém, sacerdote do Deus Altíssimo, que saiu ao encontro de Abraão, quando voltava da matança dos reis, e o abençoou, para o qual também Abraão separou o dízimo de tudo (primeiramente se interpreta rei de justiça, depois também é rei de Salém, ou seja, rei de paz; sem pai, sem mãe, sem genealogia; que não teve princípio de dias, nem fim de existência, entretanto, feito semelhante ao Filho de Deus), permanece sacerdote perpetuamente. (Hb 7.1-3, ARA)      
Seus atributos, grandezas e perfeições
Jesus Cristo é a fonte da vida (Jo 1.4). Logo, Ele tem vida em si mesmo (Jo 5.16; Hb 7.16). Sendo Deus de Deus, é imutável (Hb 13.8). Ele é onipresente (Mt 28,20; Ef 1.22,23). Onisciente, sabe todas as coisas (Mt 9.4,5; Jo 2.24,25; At 1.24.25; Cl 2.3). Sua onipotência não pode ser ignorada, porque todo o poder, nos Céus e na Terra, acha-se em suas mãos (Mt 28.18; Ap 1.8).
Caso não houvesse o Novo Testamento, seria possível descobrir o Senhor Jesus no Antigo? Ora, se este está revelado naquele, sem dúvida haveríamos de encontrar, iluminados pelo Espírito Santo, o Messias de Israel e Salvador do mundo, desde o Gênesis a Malaquias. Isso porque, todos os autores sagrados, do Velho Pacto, foram não apenas inspirados a escrever sobre Jesus, mas igualmente iluminados a reconhecerem-no mesmo sem tê-lo visto (1 Pe 1.11).
Todavia, por que os judeus, atualmente, mesmo os mais eruditos e versados no Antigo Testamento, não logram encontrar o Senhor Jesus Cristo na Lei, nos Profetas e nos Escritos? A resposta vem-nos de Paulo que, ao discorrer sobre a necrose espiritual de Israel, lamenta a incredulidade de seu povo: 
Tendo, pois, tal esperança, servimo-nos de muita ousadia no falar. E não somos como Moisés, que punha véu sobre a face, para que os filhos de Israel não atentassem na terminação do que se desvanecia. Mas os sentidos deles se embotaram. Pois até ao dia de hoje, quando fazem a leitura da antiga aliança, o mesmo véu permanece, não lhes sendo revelado que, em Cristo, é removido. Mas até hoje, quando é lido Moisés, o véu está posto sobre o coração deles. Quando, porém, algum deles se converte ao Senhor, o véu lhe é retirado. Ora, o Senhor é o Espírito; e, onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade. E todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito. (2 Co 3.12-18)
É claro que, individualmente, não são poucos os israelitas que, ao lerem com atenção e temor o Antigo Testamento, vêm a encontrar, quer na Lei, quer nos Profetas, ou nos Escritos, o Cordeiro de Deus que tira o pecado mundo: Jesus de Nazaré. Observemos que, tanto o próprio Cristo quanto os seus discípulos, utilizaram as Escrituras da Velha Aliança, a fim de provar, por intermédio destas, que Jesus é, de fato, o Filho de Deus (Lc 24.25,26; At 8.35).
Quando de minha visita ao Muro das Lamentações, deparei-me com dezenas de judeus, vindos de todo o mundo, lendo, ali, aos pés daquele venerando monumento, as Escrituras do Antigo Testamento. Muitos liam-na mecanicamente; outros, recordando as tragédias antigas e recentes de Israel, derramavam lágrimas contidas e reverentes. Todavia, senti, em meio aqueles homens ilustres e piedosos, um incômodo vazio espiritual. Vi-me, de repente, em pleno vale de ossos secos, a esperar pelo sopro do Espírito Santo sobre a descendência de Abraão. Aliás, isso há de acontecer, pois assim profetizou Ezequiel:
Então, me disse: Filho do homem, estes ossos são toda a casa de Israel. Eis que dizem: Os nossos ossos se secaram, e pereceu a nossa esperança; estamos de todo exterminados. Portanto, profetiza e dize-lhes: Assim diz o Senhor Deus: Eis que abrirei a vossa sepultura, e vos farei sair dela, ó povo meu, e vos trarei à terra de Israel. Sabereis que eu sou o Senhor, quando eu abrir a vossa sepultura e vos fizer sair dela, ó povo meu. Porei em vós o meu Espírito, e vivereis, e vos estabelecerei na vossa própria terra. Então, sabereis que eu, o Senhor, disse isto e o fiz, diz o Senhor. (Ez 37.11-14, ARA)
Essa profecia, querido e atento leitor, cumpre-se perante nossos olhos. Israel já renasceu como nação soberana. Em breve, há de renascer, também, como povo sacerdotal, profético e real. Voltemo-nos, pois, à nossa pergunta inicial: “É possível descobrir o Senhor Jesus no Antigo Testamento?”. Sim, Ele está, ali, com todas as suas perfeições, grandezas e atributos divinos. 
Esvaziou-se de sua glória, mas não de sua divindade
Quando de sua encarnação, no ventre da virgem Maria, o Filho de Deus não se esvaziou de sua divindade, mas de sua glória (Fp 2.5-11). Conforme podemos atestar pelos versículos já mencionados, o Senhor Jesus, em seu ministério terreno, fazia uso de seus atributos divinos sempre que necessário.
Em sua oração sacerdotal, Ele reivindica, junto ao Pai, não a sua divindade, mas a glória que, desde a mais remota eternidade, desfrutara no perfeitíssimo e infinito círculo da Santíssima Trindade. Seus discípulos sabiam que Ele era e é Deus (Mt 14.33; Jo 1.49; 20.28).  
Texto extraído da obra “A Raça Humana: Origem, Queda e Redenção”, editada pela CPAD. 
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Adultos. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

quinta-feira, 19 de março de 2020

Lição 12 - 1º Trimestre 2020 - Um presente especial para o papai Jairo - Berçário.

Lição 12 - Um presente especial para o papai Jairo 

1º Trimestre de 2020
Objetivo da lição: Introduzir no coração do bebê a confiança de que Jesus dá vida e saúde à família.
É hora do versículo: “Não tenha medo; tenha fé” (Lucas 8.50).
Na lição de hoje as crianças aprenderão que Jesus dá vida e saúde à família assim como Ele deu saúde a filhinha do Jairo que já estava morta e voltou à vida graças ao poder de Jesus! Este foi o maior presente que o papai Jairo poderia receber, ter a sua filhinha viva de volta, sã e salva!
Para auxiliar o aprendizado da criança do Berçário, é fundamental que o professor saiba a respeito da aprendizagem envolvendo significante e significado da criança nessa faixa etária. “Não devemos ter medo de ensinar palavras. Todavia, não podemos ter a ilusão de que as palavras ensinadas são compreendidas em toda a sua extensão. Espalhou-se a ideia de que não devemos ensinar os versículos bíblicos e os corinhos, sem a certeza de que a criança compreende o seu significado. Esta é uma visão muito extrema, visto que faz uma separação entre o significado e a palavra, e presume que, de algum modo, podemos nos satisfazer totalmente do significado seguir nos saciaremos da palavra.
E mais dizer que o significado e a palavra crescem juntos.
Primeiramente, uma criança não aprende uma palavra sem um contato constante com ela. É necessário que a ouça e utilize várias vezes até que se torne parte do seu vocabulário. Somente ao se deparar com esta palavra em momentos específicos em contextos variados, é que construirá a ideia do seu significado.” 
(BEECHICK, Ruth. Como Ensinar Crianças do Maternal: Não é tão fácil mas aqui está como fazer. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p. 36)  
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Berçário

Lição 12 - 1º Trimestre 2020 - Um Presente Especial para o Papai - Jd. Infância.

Lição 12 Um Presente Especial para o Papai 

1º Trimestre de 2020
Objetivos: Os alunos deverão acreditar que Jesus Cristo pode resolver qualquer problema; e saber que o poder de Jesus Cristo não tem limites. 
É hora do versículo: “[...] Deus me deu todo o poder no céu e na terra.” (Mt 28.18)
Nesta lição as crianças conhecerão a história de Jairo, um homem importante da sinagoga que estava com sua filhinha muito doente. Como Jesus Cristo pode resolver qualquer problema, o papai Jairo creu e viu que o poder de Jesus Cristo não tem limites quando curou a sua filhinha. 
Para o professor lograr êxito em sua aula, é fundamental que a forma como vai apresentar as histórias para os alunos seja sempre aprimorada. 
“Primeiramente, devemos esclarecer que tratamos aqui da leitura de histórias. Não estamos defendendo a leitura de uma lição bíblica para as crianças. Algumas lições bíblicas contém histórias que podem ser lidas ou contadas, de acordo com a preferência do professor. Outras lições não apresentam as histórias bíblicas como histórias. Normalmente utilizam uma história como base, entremeando-a com a pregação ou outro “ensinamento”. Este tipo de lição bíblica não se destina à leitura oral, mas nada impede que se acrescente a leitura de uma história. 
Um dos pontos mais importantes na apresentação de histórias é o tom de voz. Não é necessário fazer a dramatização da história, a não ser que o professor tenha um talento especial para isso. Contudo, ao contar histórias, o professor deve aprender a usar as inflexões normais de voz, com expressão. A inexperiência ou o “medo do palco” geralmente, leva o professor a aumentar o tom de voz, e isto excita as crianças, enquanto que o tom de voz baixo as tranquiliza. 
Os inexperientes podem também cometer o erro de ler muito rápido. Isto torna difícil para as crianças compreenderem todas as palavras e acompanhar o raciocínio. Por outro lado, a leitura muito lenta contribui para o devaneio e a perda do interesse pela história.
A leitura deve ser um pouco mais lenta que uma conversação normal, numa velocidade que permita a enunciação de cada palavra, sem afetação. Ou seja, a leitura deve fluir naturalmente, lembrando-se que o pensamento daquele que vê e lê as palavras se processa mais rapidamente que o daqueles que ouvem a história, pois estes dependem do sentido da audição e das imagens internas. Para obtermos efeitos especiais, podemos usar variações no tom de voz e na velocidade da leitura. Excitação, suspense e outros estados de espírito intensificam-se com a leitura mais rápida ou mais lenta. Se o professor viver e apreciar a história tanto quanto seus alunos, instintivamente saberá o que fazer. Com um pouco de prática, todas estas técnicas serão usadas com naturalidade.”  Como ensinar crianças do Jardim de Infância: Compreendendo e educando crianças de 4 e 5 anos. Rio de Janeiro: CPAD, 2003,  pp.68,69)
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Jardim de Infância

terça-feira, 17 de março de 2020

Lição 12 - 1º Trimestre 2020 - A Morte de Jesus na Cruz - Primários.

Lição 12 - A Morte de Jesus na Cruz 

1º Trimestre de 2020
Objetivo: Que o aluno aprenda que Jesus morreu na cruz para nos salvar.
Ponto central: Jesus é o único que pode nos salvar. 
Memória em ação: “[...] Cristo morreu pelos nossos pecados, como está escrito nas Escrituras Sagradas” (1 Co 15.3).
Querido(a) professor(a), na nossa próxima aula transmitiremos aos pequeninos  o ponto alto não só do Cristianismo, mas de toda a história da humanidade: a crucificação de Jesus. O momento do Tetelestai, em que Cristo consumou o plano da salvação, tão misericordiosamente arquitetado por Deus, por amor a nós. 
Você consegue imaginar entregar o seu bem mais precioso, o ser mais amado e único para você na terra em prol de pecadores indiferentes e impiedosos? Se não conseguimos mensurar nossa dor em tal posição que dirá a do Criador, ao oferecer o seu unigênito puro e perfeito para morrer como um criminoso mais sujo, da forma mais humilhante e brutal da época. 
“Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido.
Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.
Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho; mas o Senhor fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos”. (Is 53.4-6)
É imprescindível que seus alunos compreendam que Jesus tinha todo o poder para se livrar da cruz. Para isso, sugerimos que após a lição você sente a turma em círculo e pergunte qual super-herói dos quadrinhos, desenhos ou cinema eles mais gostam e por quê. Deixe que eles se expressem livremente, porém, um de cada vez. Em seguida, enfatize que todos esses personagens não existem de verdade, eles foram criados para historinhas de ficção. Mas Jesus é real! Ele veio ao mundo de verdade e tudo o que a Bíblia nos diz realmente aconteceu.  
Diga que mesmo quando Jesus estava lá na cruz, Ele tinha todo poder, aliás, poderes muito maiores do que os dos super-herois dos quadrinhos que eles mencionaram. Ele poderia ter saído daquela situação de dor tão terrível e aniquilado todos os seus inimigos, se Ele quisesse. Mas pergunte se alguém sabe por que Ele assim não fez?! Aguarde as respostas. Frise que um verdadeiro heroi salva as pessoas. E Jesus sabia que se Ele saísse da cruz, seríamos nós que iríamos para o castigo. Porque todos nós cometemos algum erro em algum momento da vida e para entrar no Céu necessitaríamos ser 100% perfeitos. Nosso herói Jesus sabia que nenhum de nós conseguiria e assim estaríamos condenados a irmos para o inferno. Então, Ele escolheu pagar pelos nossos erros no nosso lugar, na cruz Ele decidiu nos salvar. “Vamos agradecer ao nosso verdadeiro super-herói Jesus Cristo por nos dar tão grande salvação?!” 
Ore com seus alunos agradecendo a Cristo por ter morrido em nosso lugar, por ter enfrentado a cruz para nos salvar e reservado um lugar para nós no Céu, ao lado dEle e do Pai.
O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula!
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Primários da CPAD

Lição 12 - 1º Trimestre 2020 - O Amigo Desconfiado - Juniores.

Lição 12 - O Amigo Desconfiado 

1º Trimestre de 2020
Texto Bíblico – JOÃO 20.19-29.
Prezado(a) professor(a)
Na aula desta semana seus alunos estão convidados a conhecer mais um personagem intrigante que compunha o círculo de amizade de Jesus. Esse personagem tem muito a nos ensinar, tendo em vista que umas de suas características mais peculiares é a desconfiança. Tomé é o seu nome, um discípulo de Jesus que fazia parte dos doze que foram escolhidos para o apostolado. O episódio mais marcante que identifica Tomé nos evangelhos é o momento após a ressurreição de Cristo. Tomé não estava com os outros discípulos quando Jesus apareceu. As portas já estavam fechadas e os discípulos com muito medo de serem perseguidos pelos líderes judeus.
Quando Tomé ouviu dos demais discípulos que Jesus havia ressuscitado, sua reação imediata foi questionar se aquele fato extraordinário realmente era verdade. Então, Tomé declara a frase que o marcou por toda a história: “Se eu não vir o sinal dos cravos em suas mãos, e não puser o dedo no lugar dos cravos, e não puser a minha mão no seu lado, de maneira nenhuma o crerei” (cf. Jo 20.25). Desde então Tomé ficou conhecido como o discípulo que duvidou ou o discípulo incrédulo. Entretanto, alguns aspectos devem ser considerados nesta história.
Em primeiro lugar é importante enfatizar que não foi fácil para nenhum dos discípulos verem a pessoa que eles mais amavam morrer de maneira tão injustiça e sangrenta como foi a morte de Jesus. Além disso, a dúvida de Tomé era um esforço do discípulo em não se deixar levar pela emoção do momento, ou mesmo um desejo sincero de não permitir que os seus amigos e irmãos se enganassem com uma suposta “aparição de Jesus”. Embora a intenção de Tomé tenha sido sincera, de fato, sua fé estava tão bloqueada que Jesus precisou tratar dos olhos espirituais de Tomé para que ele cresse que aquEle que ali estava não era um fantasma, mas o próprio Senhor e Deus ressurreto.
Jesus compreende quando algo acontece conosco que nos leva a sentir dúvidas se realmente é o poder de Deus que está se manifestando. Deus deseja tratar dos nossos olhos espirituais para que possamos crer no que Ele pode realizar em nossas vidas. Por esse motivo, caro professor, cumprir o propósito para o qual Deus o chamou requer fé genuína. Seus alunos esperam encontrar em você uma pessoa convicta do que está ensinando. Não alguém que tem dúvida se a Palavra de Deus é a verdade ou não. Sim! A Palavra de Deus é a Verdade que liberta! Mostre aos seus alunos que podemos crer mesmo nos momentos em que a nossa fé é colocada à prova. Recorte de jornais e revistas e leve para a sala de aula fotos e figuras da natureza criada por Deus, a forma como Deus nos formou, etc. Leve seus alunos à refletir sobre a existência de Deus como o Criador Soberano de todas as coisas. É importante que seus alunos interpretem esta verdade e tenham a convicção de que não existe outro caminho.
Tenha uma boa aula! 

Lição 12 - 1º Trimestre 2020 - Crescendo em Cristo - Pré Adolescentes.

Lição 12 - Crescendo em Cristo 

1º Trimestre de 2020
A lição de hoje encontra-se em: 2 Pedro 3.18. 
Prezado(a) professor(a),
Na aula desta semana a classe aprenderá sobre a importância do crescimento espiritual. É importante entender que seus alunos já estão em processo de amadurecimento. Mas isso difere de aluno(a) para aluno(a), nem todos terão o interesse ou a facilidade de compreender tudo o que está sendo ensinado. Alguns podem até levar um pouco mais de tempo para amadurecer em determinado aspecto desta fase de transição entre a infância e a adolescência. No entanto, é seu papel, professor, demonstrar a paciência e sensibilidade necessárias para acompanhar com cuidado o momento que seus alunos estão vivendo.
É importante salientar que crescimento físico não é sinônimo de maturidade mental. Cada um tem o tempo certo de amadurecimento em cada área. Portanto, não espere determinado comportamento de alguém que ainda não possui condições de corresponder a determinado apelo.
Outro aspecto importante com relação à vida espiritual mostra que, à medida que os seus alunos estão crescendo, cresce também a responsabilidade em praticar a Palavra de Deus e ter uma conduta que sirva de testemunho para os colegas descrentes. O grande desafio com esta fase é não pressioná-los ou mesmo exigir um comportamento sem antes identificar se já deixaram, de fato, a infância. Seus alunos certamente terão muito a crescer e aprender com você, mas isso só será possível se sentirem a tranquilidade de confiar em sua capacidade de compreendê-los. Isso não significa concordar com seus erros, mas demonstrar certa assertividade na forma como aconselha seus alunos. Isso significa que você será pacífico e firme nas suas afirmações sem precisar ser agressivo.
O crescimento espiritual de seus alunos é mais uma etapa do processo de santificação e amadurecimento na fé. A respeito disso o apóstolo Pedro declara aos seus leitores que eles deveriam nutrir-se do leite racional, isto é, da Palavra de Deus (1 Pe 2.2). A Bíblia de Estudo Pentecostal (1995, pp. 1939-40) traz um comentário sobre este versículo:
Como filhos nascidos de Deus (1 Co 6.19; Gl 4.6), devemos desejar e ansiar pelo leite puro da Palavra de Deus (1 Pe 1.23-25). Um sinal seguro do nosso crescimento espiritual é um forte desejo de nos alimentar com a Palavra viva e permanente de Deus. Assim, devemos estar alerta quanto à perda de fome e sede pela Palavra de Deus, coisas estas que nossas atitudes erradas podem destruir (v. 1) e também não deixar que as preocupações, riquezas e prazeres desta vida sufoquem a vida espiritual (Lc 8.14; ver Mt 5.6).
Aproveite o assunto da lição e pergunte aos seus alunos quais são os empecilhos para que uma pessoa possa crescer e se tornar um adulto forte. Relacione no quadro uma lista com esses empecilhos. Em um espaço ao lado, ainda no quadro, pergunte aos alunos e registre uma lista com tudo o que pode impedir o crescimento espiritual de uma pessoa após entregar a sua vida a Jesus Cristo. Reforce a lição de que o pecado e a falta de comprometimento com a aplicação da Palavra de Deus dificultam o crescimento espiritual. Mostre que a prática dos ensinamentos de Cristo leva o crente a crescer e tornar-se parecido com Ele.

Lição 11 - 1º Trimestre 2020 - Jesus, o melhor presente para a família - Berçário.

Lição 11 - Jesus, o melhor presente para a família 

1º Trimestre de 2020
Objetivo da lição: Apresentar Jesus ao bebê como o melhor amigo da família.
É hora do versículo: “Jesus amava muito Marta, e a sua irmã, e também Lázaro” (João 11.5).
Na lição de hoje as crianças aprenderão sobre os irmãos Marta, Maria e Lázaro que era uma família muito querida por Jesus. Eles eram amigos de Jesus. Ele gostava muito desses irmãos, tornando-se o melhor amigo deles. Jesus também é o nosso melhor amigo e da nossa família.
Para auxiliar o aprendizado da criança do Berçário, é fundamental que o professor saiba a respeito da aprendizagem cognitiva da criança nessa faixa etária. “A aprendizagem cognitiva se refere ao aspecto intelectual do desenvolvimento. As crianças de dois e três anos se encontram no que pode ser chamado de período simbólico do seu desenvolvimento mental, que se estende dos dois até os sete ou oito anos. A maior parte do trabalho mental da criança nesta fase está relacionada à aquisição de símbolos. Os símbolos se constituem no material que a mente necessita para formular o pensamento. A sala de aula deve propiciar oportunidades e promover a aprendizagem dos símbolos.” Um dos principais tipos de símbolos são as palavras. “[...] Provavelmente o desenvolvimento mais significativo no maternal é o crescimento no uso da linguagem oral. Aos dois anos de idade, o vocabulário infantil é cerca de 150 palavras. Até os quatro, este vocabulário aumentara em média para 1500 palavras um crescimento décuplo para um período de apenas dois anos. Estas palavras são, em sua maioria, nomes de objetos. Existem inúmeras maneiras de ajudar nossos alunos a aprender a nomear as coisas (objetos reais, desenhos ou ações). Peça que as crianças repitam as palavras. Encoraje-as a contar os fatos, utilizando a conversação como uma das atividades em grupo. Incentive o diálogo em todas as oportunidades. Aprenda a ver a conversa das crianças como uma das mais importantes atividades da sala de aula.” 
(BEECHICK, Ruth. Como Ensinar Crianças do Maternal: Não é tão fácil mas aqui está como fazer. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, pp. 35-36)  
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Berçário

Lição 11 - 1º Trimestre 2020 - Jesus abençoa as crianças - Maternal.

Lição 11 - Jesus abençoa as crianças 

1º Trimestre de 2020

Objetivo da lição: Mostrar às crianças que Jesus as ama.
Para guardar no coração: “[...] Deixem que as crianças venham a mim [...].” (Lc  18.16)
Subsídio professor
“Você já experimentou aplicar o Salmo 23 à sua missão de professor do maternal? O que tem faltado para que as suas aulas sejam o que deveriam? Recursos materiais? Apoio? Em seu Pastor, nada lhe faltará. Tempo? Descanso? Tranquilidade? Ele o faz repousar em pastos verdes, junto a águas serenas. Ânimo? Ele refrigera-lhe a alma. Saúde? Ele está com você até no vale onde a morte projeta a sua sombra. Unção? Ele derrama sobre a sua cabeça o óleo do seu Santo Espírito. O nosso Bom pastor é o mais interessado na salvação e edificação dos pequeninos. Este rebanho é Dele, lembra? Você é apenas o ajudante. E Nele, você encontrará tudo o que precisa. Nele, a mesa está sempre posta, e sobre ela, há um cálice que transborda. A bondade e o fiel amor de seu Pastor acompanham você a toda parte, fazendo com que tudo contribua para o seu bem e para o cumprimento da vontade Dele. Quanto ao mais... bem, um dia você habitará na sua casa celestial por dias tão longos que não terão fim” (Marta Doreto). 
Perfil da criança
“No aspecto emocional, as crianças desta idade são notadamente sensíveis. Mostram-se afetuosas, desejosas de agradar as pessoas e de receber carinho. Quando não recebem a atenção de que carecem, procuram obtê-la sendo demasiadamente boas, ou rebeldes. É por isto que às vezes choram, gritam, fazem pirraça. Pais e professores devem ter o cuidado de premiar as boas atitudes, e não as más. Se um pequenino atira-se ao chão, gritando e esperneando porque lhe negaram um determinado objeto com que desejava brincar, e os adultos, para verem-se livres do aborrecimento, cedem, estão comunicando a esta criança que ela sempre conseguirá o que quiser, comportando-se deploravelmente.
A melhor atitude, neste caso, é ignorá-la. Quando vir que nada conseguiu, e se cansar de chorar, ela interromperá a “crise”.  Entretanto, numa sala de aula com outras crianças, não dá para ignorar o barulho e o transtorno que ela estará criando. Na medida do possível, um auxiliar deve carregá-la para um canto à parte, ou para fora da classe, e dizer-lhe firmemente, mas sem perder a calma, que ela está atrapalhando os coleguinhas, e só poderá voltar para junto deles depois que parar de fazer barulho. Em geral, isto funciona” (Marta Doreto). 
Oficina de Idéias 
“Que tal preparar a “janelinha do tempo”? Este é um recurso útil para as crianças observarem a mudança do tempo.
Numa cartolina faça uma linha vertical e outra horizontal dividindo-a em quatro retângulos e em cada um deles desenhe conforme o modelo. Em outra folha de cartolina risque também uma linha vertical e uma horizontal e recorte um dos retângulos fazendo um tipo de “janela”. Coloque esta folha sobre a primeira prendendo-as ao meio com um colchete (bailarina). Girar a folha de cima e deixar aparecer somente o desenho que se relacionar com o tempo apresentado naquele dia” (Marta Doreto).
Até logo
Convide a todos para retornarem no próximo domingo para continuarem aprendendo sobre o Amigo Jesus.  
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista de Maternal

Lição 11 - 1º Trimestre 2020 - Jesus, o Melhor Presente para a nossa Família - Jd. Infância.

Lição 11 - Jesus, o Melhor Presente para a nossa Família 

1º Trimestre de 2020 
Objetivos: Os alunos deverão entender que Jesus tem o mesmo poder que o seu Pai, o Papai do Céu; e entender que Jesus é o amigo de toda a família. 
É hora do versículo: “[...] eu e a minha família serviremos a Deus [...].” (Js 24.15)
Nesta lição as crianças aprenderão sobre os irmãos Marta, Maria e Lázaro. Eles eram uma família e Jesus era o melhor amigo que esses irmãos poderiam ter. Lázaro morreu e Jesus demonstrou todo o seu poder fazendo Lázaro voltar a viver. Jesus é amigo de todos da família, por isso, todos devemos ser amigos dEle também.
Ainda falando sobre as histórias bíblicas e como a leitura delas é importante para a faixa etária do Jardim de Infância, além da leitura o professor pode também contar a história, interagindo com o aluno, olhando-o nos olhos, cativando ainda mais sua atenção. Para ser um contador de história, o professor precisa de um certo treino, já que “os contadores de histórias praticam e desenvolvem suas habilidades como os músicos. Raramente conseguimos preparar um repertório de histórias que seja suficiente para todo o ano. Com a demanda do ensino regular, a cada domingo, se alguém deseja somente contar histórias, ao invés de lê-las, com certeza seu padrão de qualidade irá decrescer. As adaptações não serão tão bem-feitas, suas palavras se distanciarão das palavras originais do autor. Enfim, não conseguirá preparar histórias tão boas quanto poderiam ser. Mas, se o professor se convence do valor das histórias lidas, um pesado fardo cai dos seus ombros. Ele poderá se preparar melhor, usará as palavras exatas do autor, e apreciará a história, juntamente com as crianças, usando o tempo que lhe restou para outros assuntos importantes. 
Para aqueles que perguntam: ‘E a comunicação direta, o contato nos olhos, que, supostamente, torna a história contada superior à história lida?’, a resposta é que realmente não sabemos. Nas universidades existem várias pesquisas a respeito dos métodos de apresentação da informação — palestras, debates, filmes, leitura programada, televisão, rádio, instrução orientada por computador. De todos estes numerosos estudos, se obteve uma conclusão geral de que ‘qualquer método de ensino é tão bom quanto outro’, quando o conteúdo abordado é o mesmo (The Psychology of Teaching Methods — A Psicologia dos Métodos de Ensino — Sociedade Nacional para o Estudo da Educação, Editora da Universidade de Chicago). Concluíram que é hora de deixarmos de comparar os métodos de ensino, estudando como cada método pode ser usado de forma mais proveitosa.” (BEECHICK, Ruth. Como ensinar crianças do Jardim de Infância: Compreendendo e educando crianças de 4 e 5 anos. Rio de Janeiro: CPAD, 2003,  p.67)
O ideal é que o professor, conhecedor da sua turminha, observe o que melhor se encaixa para seus alunos terem um aprendizado bíblico signifivativo.
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Jardim de Infância