terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

Lição 07 - 1º Trimestre 2021 - Daniel: Um estadista que orava - Jovens.

 

Lição 7 - Daniel: Um estadista que orava 

1º Trimestre de 2021

Pr. Marcos Tedesco

Introdução

Daniel foi um profeta bíblico, um estadista durante o exílio e um ser humano que se destacou pela integridade. No entanto, há uma área na vida desse grande homem que nos chama a atenção de forma singular: sua vida de oração. Em cada momento de sua trajetória estava a prática da oração em que, em um diálogo com Deus, a vida era direcionada em uma dinâmica que glorificava a soberania divina e evidenciava um comprometimento com a santificação, adoração e esperança no Senhor. Provavelmente, nasceu e cresceu em Jerusalém ainda nos tempos de Josias, o último rei piedoso a governar Judá (2 Cr 34 e 35). Os textos deixados por ele nos levam a crer que viveu muitos anos, aproximadamente noventa, dos quais setenta foram no exílio, jamais voltando à sua terra natal. Sabemos que Daniel era de linhagem real e nobre (Dn 1.3) recebendo, assim, em sua terra natal, uma sólida educação. Cresceu servindo ao Deus vivo, ouvindo as preleções do profeta Jeremias e, possivelmente, observando, quando criança, a forma como Josias se portava frente à grande reforma religiosa. Daniel acompanhou a queda dos reis que não serviam ao Senhor e foi vítima da destruição e maldade imposta pelos invasores babilônicos. Mas, em tudo, ele foi vencedor servindo ao Senhor e sempre levando todas as coisas em oração a Deus. Aprendamos com o exemplo de Daniel, um estadista que orava.

A Educação de Daniel e de seus Amigos na Corte Babilônica (Dn 1) 

A chegada de Daniel e seus amigos na corte babilônica foi um acontecimento rodeado de profunda tristeza e lamento por um lado, surpresa e espanto por outro e, contraditoriamente compreensível, a tentação diante de tanto luxo e confortos acessíveis nas mais diversas formas. Os jovens nasceram em uma corte decadente e, por ocasião da invasão caldeia, foram vitimados pelo poderio de um império em plena ascensão. Ao chegar à Babilônia, foram surpreendidos pelo destino, até então, inusitado para eles: convocados a viver na opulência da corte, seriam fartos com manjares reais e seriam educados para servir ao rei à frente de grandes projetos e responsabilidades. Aparentemente, estavam diante de uma grande sorte, todavia Daniel e seus amigos tinham compromisso com Deus e sabiam que aquilo era incompatível com a vida de pessoas que almejavam servir ao grande Eu Sou. Eles possuíam uma identidade firmada na Rocha. 

O que estava acontecendo com o Reino do Sul, repetindo a sorte do Reino do Norte, era uma consequência natural de uma série de ações inaceitáveis e abomináveis diante de Deus, levando a um total afastamento dos propósitos divinos. A situação apontava para um caos, embora, por diversas vezes, o Senhor havia proporcionado oportunidades para arrependimento e restauração. Enfim, diante das escolhas pecaminosas, as consequências foram terríveis. Ao final de um longo período, em que diversas formas de alertas e chamadas para uma mudança de vida, a porta foi fechada e as oportunidades tiveram fim. Deus entregou não só Jeoaquim e os utensílios religiosos, mas todo o povo nas mãos do rei Nabucodonosor.

Como é triste a realidade que aponta uma pecaminosidade tal no ser humano, levando-o a não mais poder ser “suportado” por Deus. Do mesmo modo como foi nos dias antecedentes ao cativeiro, também, em certa medida, está sendo nos dias atuais. A impiedade, a depravação moral, a violência, entre tantas outras formas de corrupção humana têm desagradado ao nosso Senhor, e a nós, Igreja, cabe a grande missão de anunciar que é tempo de arrependimento e salvação. Entre os judeus levados à Babilônia estava um grupo muito seleto. O rei havia solicitado que trouxesse “alguns dos filhos de Israel, e da linhagem real, e dos nobres, jovens em quem não houvesse defeito algum, formosos de aparência, e instruídos em toda a sabedoria, e sábios em ciência, e entendidos no conhecimento, e que tivessem habilidade para viver no palácio do rei, a fim de que fossem ensinados nas letras e na língua dos caldeus” (Dn 1.3-4). E entre eles, estavam Daniel e seus amigos.

Os jovens foram levados para a corte babilônica em um enredo apontando para o medo, a apreensão e a expectativa de um triste fim. Entretanto, assim que chegaram, foram surpreendidos diante do que os aguardava. Em vez de torturas físicas e restrições das mais diversas ordens, eles receberam o que havia de melhor naquele império, ao menos aos olhos babilônicos. Fora-lhes oferecido o conforto da corte, a abundância da melhor comida, o acesso à cultura erudita e as mordomias de uma vida que não conheceria o trabalho braçal (Dn 1.5). Aos jovens, a única obrigação, por hora, era estudar muito e aproveitar com intensidade todos os confortos e privilégios ofertados. A Babilônia encontrada por eles era impressionante nos mais diversos aspectos.

Tal descrição aponta uma realidade que deve ter iludido muito os jovens que chegavam à Babilônia, pois viam algo impressionante e desejável aos padrões humanos. Contudo, Daniel e seus amigos não viam dessa forma: eles serviam ao grande Eu Sou e não se deixavam iludir pela glória humana. Eles almejam algo infinitamente mais precioso: servir a Deus e glorificá-lo com suas próprias vidas. Assim é o mundo para as pessoas de hoje em dia. Os confortos são apresentados e os prazeres nos rondam. Muitas vezes, os caminhos mais curtos e menos cansativos têm detalhes que muitos não se atentam. Os prazeres do “deixa para lá”, do “vamos viver o momento”, do “Deus quer o coração” vão promovendo um esfriamento do temor e amor ao Pai Eterno. Gerações inteiras vão trocando a presença de Deus pelas “aparentes bênçãos” de um mundo decaído (Êx 33). Aprendamos com o exemplo de Daniel e seus amigos: vamos colocar em nossos corações o desejo de não nos contaminarmos com os padrões “aparentemente” bons desse mundo (Dn 1.8). 3 – Uma identidade firmada na rocha Entre as medidas tomadas para a formação e mudança de mentalidade dos jovens trazidos para servir na corte babilônica estava a mudança de seus próprios nomes. Daniel recebeu um novo nome babilônico, bem como os seus demais colegas. Nos tempos bíblicos, o significado de um nome dizia muito acerca da identidade de seu possuidor. Veja alguns exemplos: Moisés (salvo das águas), Isaque (riso), José (Deus acrescentará), Samuel (Deus ouve), Ana (graça), Rute (companheira). Muitas vezes, o nome era alterado ao longo da vida com base em novos momentos da vida de uma pessoa, como Josué (Deus é a salvação), por exemplo, inicialmente Oseias (salvação), e Abraão (Pai das multidões), inicialmente Abrão (Pai elevado). 2 HALLEY, Henry. Manual Bíblico. São Paulo: Vida Nova, 1991. Ensina nos a orar.indd 82 16/10/2020 16:09 83 Daniel, um Estadista que Orava Em uma tentativa por desconstruir e negar a identidade de Daniel e seus amigos, os nomes foram mudados. Não bastava tirar-lhes a pátria; era preciso também negar o idioma e, principalmente, o Deus a quem serviam (Dn 1.7). Os nomes que faziam referência ao Deus de Israel foram alterados para nomes que enfatizavam os deuses caldeus. Daniel, cujo nome significava “Deus é meu Juiz”, passou a ser chamado de Beltessazar, que significa “Príncipe de Bel”, o principal deus babilônico. Hananias (o Senhor é gracioso) passou a ser chamado de Sadraque (servo de Aku, iluminado pelo deus lua), Misael (Quem é igual a Deus?) foi chamado de Mesaque (a sombra do príncipe) e Azarias (o Senhor ajuda) de Abede-Nego (Servo de Nego, deus da sabedoria). A estratégia usada para a destruição das identidades, por mais incisiva que tenha sido, não teve o sucesso esperado. Daniel, Hananias, Misael e Azarias continuaram servindo a Deus com integridade e fidelidade inabaláveis. Não se deixaram seduzir pelo manjar do rei (Dn 1.8), nem se permitiram dominar pela opressão de uma religiosidade morta. Mesmo sendo ameaçados, perseguidos, jogados na fornalha ou ameaçados pela boca dos leões, jamais tiveram sua relação com Deus abalada, pois suas identidades eram firmadas na Rocha Inabalável.

A Oração, a Fornalha e a Cova dos Leões 

Diante dos desafios levantados em nossa caminhada, podemos sempre ter a certeza de que Deus está conosco. No entanto, para gozarmos dessa bênção que é a presença divina, devemos buscar constantemente ao Pai vivendo em conformidade com a sua Palavra e cumprindo os seus desígnios. Para tanto, a oração é um meio imprescindível. Em nossa caminhada de fé, atravessamos muitas dificuldades e armadilhas que podem causar a queda e a destruição daqueles que pouco se comprometem com Deus, mas essa não pode ser a realidade em nossas vidas. Como Daniel e seus amigos, encontramo-nos em “terra estranha” e, constantemente, somos surpreendidos por dificuldades e tentações que insistem, todavia sem sucesso, em afastar-nos de Deus. Mesmo que sejamos ameaçados por “fornalhas” e “covas de leões”, jamais devemos deixar de orar e confiar no Senhor. Assim como Ele esteve lá com os seus servos, também estará conosco nos protegendo e nos conduzindo por caminhos elevados. 

Caos, tormentas e uma fidelidade inabalável 

Parece fácil exercer uma fidelidade a Deus quando tudo vai bem e os nossos projetos estão todos sendo executados como o previsto. Ao longo de nossa caminhada, somos direcionados em diversos caminhos e vamos construindo muitas histórias nas mais diversas áreas. Se tudo vai bem, fica mais fácil seguir em frente e demonstrar fidelidade para com o nosso Senhor. Entretanto, e quando as coisas começam a sair do controle do que havíamos projetado? E quando, no meio de nossa caminhada, deparamo-nos com caos e tormenta? Será que nossa fidelidade no Senhor consegue se manter firme e o nosso olhar seguro, sereno e confiante? O nosso relacionamento com o nosso Deus não pode ser dependente das circunstâncias e, mesmo quando as coisas não acontecem como gostaríamos, fortalecidos na prática diária da oração, nossa fé deve ser sempre inabalável. Ao longo do tempo que passaram no exílio, aqueles homens encontraram diversos momentos de grande opressão, bem como de consideráveis vitórias. Um desses eventos nos chama a atenção e aconteceu ainda sob o domínio de Nabucodonosor. Certa vez, o rei babilônico, envolto em arrogância e soberba, ordenou que uma estátua sua fosse erguida com sessenta côvados de altura (aproximadamente 27 metros) a fim de receber a adoração de todos que estivessem diante dela. A resposta de Ananias, Misael e Azarias à ordem do rei foi convicta: “Não!”. Mesmo diante da insistência do rei, eles permaneceram decididos a não prestar adoração àquela imagem feita por mãos humanas e nem ao homem Nabucodonosor. O rei, para punir os três homens, decidiu que fossem jogados em uma fornalha ardente. A história já é bem conhecida de todos, porém o seu desfecho ainda nos surpreende pela grandiosidade do milagre e do livramento.

Diante de tal cena, Nabucodonosor é forçado a reconhecer a soberania e o poder de Deus. Não há nada que possa impedir ou interferir nos planos que Deus tem para cada um dos seus. Aquele difícil momento foi o meio para que o caos e a tormenta se diluíssem e o nome do Senhor fosse exaltado. A fé inabalável que eles tinham em Deus os impeliu a dizer “Não!”. Jamais adoraremos outro além do Senhor. Jamais deixaremos de orar e conversar com o Pai celeste. Será que conseguimos também ter tal convicção? 

Vidas que glorificam a Deus 

A confiança de Daniel e seus amigos em Deus era fruto de uma relação de grande intimidade que só poderia ser obtida em uma vida de constante oração. Qual seria a nossa postura diante de desafios como a fornalha ardente e a cova dos leões? Que tipo de relacionamento com Deus a nossa rotina de orações pode indicar? Almejemos com ardor que nossas vidas glorifiquem a Deus assim como foi com os três amigos. Já Daniel foi vítima de uma conspiração que impunha restrições às orações dirigidas a Deus. Durante aquele tempo, apenas Dario, o rei do Império Medo-Persa, que sucedera o Império Babilônico, poderia ser alvo das orações. Ninguém poderia dirigir orações a nenhuma divindade, e todas as atenções e petições deveriam ser exclusivas para o monarca. Não obstante, Daniel tinha uma vida marcada pela oração e devoção a Jeová e, como sempre acontecia, continuou orando e buscando a Deus. O preço pela desobediência seria alto: ser lançado na cova dos leões, e assim aconteceu.

O desfecho da história já é bem conhecido: os inimigos de Daniel foram derrotados e o rei Dario reconheceu, a exemplo de Nabucodonosor, que a glória e a soberania pertenciam a Jeová. Daniel e seus amigos glorificaram a Deus com suas vidas e foram submetidos a momentos difíceis e a um alto custo. Que nossas vidas possam, em tudo, glorificar a Deus, honrando-o em tudo, a todo o tempo (1 Co 10.31). 

Quem era o quarto homem (Dn 3.24-25)? 

Um anjo, uma indicação para a obra que Cristo um dia viria cumprir ou era outro ser celeste enviado por Deus para proteger aqueles três homens em um tão difícil e assustador momento? E, na cova dos leões, como foi fechada a boca daqueles animais famintos que, em questão de segundos no dia seguinte, devorariam os homens que tramaram contra Daniel (Dn 6.22-23)? São questões que nos levariam longe nas reflexões, mas nesse momento nos concentraremos no que tudo isso representa: o compromisso de Deus para os que têm compromisso com Ele. Aqueles homens não estavam sozinhos. Tanto na fornalha quanto na cova dos leões, de uma forma sobrenatural e maravilhosa, Deus os conduzia e em nenhum momento os deixara desamparados. A vida de oração e a comunhão que buscavam ter com o Senhor lhes proporcionava uma caminhada sempre acompanhada pelo Altíssimo: jamais estavam sós, na bonança ou na miséria, na serenidade ou no caos, tinham a certeza de que jamais seriam desamparados por Deus. Inspirados por tais testemunhos de fé, devemos, com ainda mais ímpeto, buscar uma intimidade progressiva com o nosso Pai amado. Quando entregamos nossa vida ao Senhor e o glorificamos com toda a nossa existência, Ele passa a guiar-nos em segurança por caminhos desafiadores, e podemos jubilosos nos permitir ser instrumentos para a realização dos planos divinos. 

A Oração de Daniel e as Revelações do Senhor 

A oração se traduz em uma prática que nos permite chegar diante do Altíssimo e abrir nosso coração (Jr 29.13). Palavras que tentam traduzir-nos são proferidas a Deus que, dos céus, inclina-se para nos ouvir (Sl 55.1). Desde os temas mais simples de nossa existência até questões centrais em nossas vidas, todos devem ser levados ao Pai em oração. Essa era a forma como Daniel se permitia viver e enfrentar os grandes desafios do seu tempo bem como receber as revelações do Senhor. 

Um homem de oração Daniel não orava apenas quando precisava de um socorro ou diante de uma grande ameaça. Ele tinha na oração uma prática diária e cotidiana (Dn 6.10-13). Não era dependente de grandes ritos ou preparações; ele simplesmente dobrava os joelhos e falava com Deus. É interessante notarmos como todas as coisas foram acontecendo de forma fluida e natural na narrativa do livro do profeta: ao passar pelos grandes desafios, Daniel naturalmente dobrava os seus joelhos e se permitia ser conduzido pelo Senhor. Assim foi quando chegou à corte, também quando foram desafiados a revelar e interpretar o sonho de Nabucodonosor e nos demais momentos descritos. Em oração, Daniel apresentava a Deus todas as suas necessidades e também intercedia pelo povo que sofria. No capítulo 9, encontramos um notável exemplo da oração de Daniel. Muitos anos haviam se passado desde que fora para o cativeiro, mas em seu coração ardia o desejo para que o sofrimento do povo terminasse, bem como as assolações sobre Jerusalém. Em uma reveladora oração, o profeta se humilha e reconhece as suas falhas, sentindo-se participante, com o povo, de todas as faltas denunciadas pelos profetas que precederam ao exílio. Finalmente, com o coração dilatado pede: “Ó Senhor, ouve; ó Senhor, perdoa; ó Senhor, atende-nos e opera sem tardar; por amor de ti mesmo, ó Deus meu; porque a tua cidade e o teu povo se chamam pelo teu nome” (Dn 9.19). A integridade de Daniel pôde ser amplamente percebida nessa oração: ele não culpou o povo, não se vitimizou e nem se justificou, contudo reconheceu ser participante de um problema que precisava de uma solução. Conhecedor do amor e da misericórdia divinos, pede ao Pai que “perdoe” e “opere” no meio do povo chamado pelo “teu nome”. Diante de tal apelo, a resposta foi imediata e um enviado por Deus apareceu diante do profeta fazendo uma revelação do maravilhoso plano do Senhor

A resposta àquela oração foi muito além do perdão e da permissão para que o povo de Israel (e Judá) pudesse, no tempo certo, reerguer Jerusalém. Ali era revelado de forma maravilhosa o plano de Deus, o qual apontaria para o sacrifício redentor de Cristo por todos nós na cruz do Calvário. O poder da oração feita pelo justo é algo muito precioso e Daniel se permitiu viver uma experiência profunda nessa área ao se prostrar e interceder pelo povo. A resposta de Deus trouxe paz e alegria a Daniel e ao povo. Entretanto, a bênção maior era destinada a todos os que viriam a ser alcançados pelo precioso plano de Deus para a redenção da humanidade. 2 – O estadista que orava A oração era uma constante na vida de Daniel (Dn 6.10), também em sua área de atuação pública e profissional. Muitas vezes, oramos em intenção de nossa vida privada, no entanto deixamos de lado as questões relacionadas ao trabalho, ao estudo e aos negócios da vida pública. Precisamos de muita disciplina e atenção para não cairmos na armadilha de compartimentarmos as áreas de nossas vidas. Enfim, cristianismo exige integralidade e completude: ou somos 100% cristãos, ou não somos reais seguidores de Jesus (Mt 6.24). Daniel logo foi elevado a cargos de alto escalão nos palácios da Babilônia e, em pouco tempo, tornou-se um dos homens de confiança. 

Daniel, um Estadista que Orava dos reis. O jovem judeu foi nomeado conselheiro-chefe da corte real de Nabucodonosor (Dn 2.49), também foi nomeado o terceiro no comando do império de Belsazar (Dn 5.29) e um dos príncipes no comando do império de Dario, abaixo apenas do imperador (Dn 6.1-3). Cada um desses momentos na vida de Daniel fora marcado por tempos tranquilos e também por tenebrosas tempestades. Todavia, sempre o estadista que orava depositava suas ansiedades aos pés do soberano Deus. Em tudo ele prosperava, pois Deus estava presente em sua vida (Dn 2.47-49). Sabemos que toda a vida de Daniel era colocada diante de Deus em oração. Também suas funções como estadista eram apresentadas diante do Senhor, buscando orientação sobre como proceder em cada etapa do trabalho, quais decisões deviam ser tomadas e como enfrentar os dilemas tão comuns no mundo da política. Atuando no alto escalão de governo desde a época de Nabucodonosor, chegando a estar abaixo apenas do próprio rei nos tempos de Dario, Daniel é mais um exemplo de estadista íntegro e comprometido com o que é correto e ético. Outros podem ser citados, como José e Moisés, por exemplo. Quando estudamos os métodos e princípios da vida desse personagem, deparamo-nos com o exemplo de como ser um profissional para a glória de Deus. Sigamos esse exemplo e glorifiquemos ao Pai em todas as áreas de nossa vida. 

Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Jovens. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2021

Lição 07 - 1º Trimestre 2021 - Papai do Céu me Dá Amigos - Maternal.

 

Lição 7 - Papai do Céu me Dá Amigos 

1º Trimestre de 2021

Objetivo da lição: Que a criança compreenda que os amigos são presentes do Papai do Céu. 

Para guardar no coração: “[...] Um verdadeiro amigo é mais chegado que um irmão.” (Pv 18.24)

É hora de preparar-se
“Somos seres sociáveis. Fomos criados com a necessidade de relacionar-nos com outros de nossa espécie. Observando os animais viverem em grupos da mesma raça, Adão sentiu-se só; desejou ter alguém com quem conversar e partilhar as boas coisas do Éden. Deus supriu esta necessidade criando Eva. Ambos tornaram-se não apenas marido e mulher, mas grandes amigos. E, além de terem um ao outro, desfrutavam da amizade de Deus que, todas as tardes, vinha conversar com eles no jardim (Gn 3.8). O próprio Deus aprecia a comunhão com os seres humanos. Jesus cultivava boas amizades aqui na terra; mesmo sendo o Filho de Deus, gostava de ter amigos. Além dos discípulos que estavam sempre com Ele, o Senhor passava bons momentos na companhia de Marta, Maria e Lázaro (Jo 11.5). Ele entende que você precisa de amigos, e aprova as boas amizades. Ele sabe que “melhor é serem dois... se um cair, o outro levanta o seu companheiro” (Ec 4.9,10).

Que dádiva de Deus é ter um amigo que nos anima e conforta, que ora conosco e nos ampara na travessia do vale sombrio, mas que também ri e conosco comemora, quanto chegamos ao topo da montanha. Um amigo que nos ouve sem julgar. Que nos aceita do jeito que somos, mas que faz o possível para nos melhorar. Glorifique a Deus pelos amigos que você tem, e seja você também um amigo bom e leal.” (Marta Doreto)

Perfil da criança do maternal
“Lembramos, mais uma vez, que a criança do maternal acha-se numa faze em que come muito, dorme bastante, e cresce ininterrupta e rapidamente. Resultado: é uma criança cheia de energia. E toda energia sem controle é desastrosa, como bem explica o Pr. Antônio Gilberto, ao falar dos dons espirituais. Explica ele que, “a eletricidade, quando domada nas subestações, torna-se apropriada ao consumo doméstico, mas nas linhas de alta tensão é letal e destruidora”. O mesmo princípio aplica-se à energia física acumulada nas crianças. Se ela for bem canalizada e distribuída em atividades diversas, ao longo da aula, resultará em melhor aproveitamento do ensino por parte do aluno, e satisfação sem estresse para o professor.

Frisamos que o aprendizado dessa “turma enérgica” dá-se principalmente por meio do olhar as coisas, do gesticular, repetir falas, pular, correr, atirar coisas, etc. Tenha isto sempre em mente, e não caia no erro de esperar, muito menos de exigir, que os seus alunos fiquem sentados passivamente, ouvindo-o contar uma história ou explicar um conceito.

Permita-lhes participar ativamente da aula, repetindo as falas dos personagens, imitando-lhes os movimentos, e “conversando” com eles, ao dirigir-lhes cumprimentos, elogios, palavras de consolação, repreensão, etc.” (Marta Doreto) 

Bem-vindos!
“Receba as crianças chamando-as de “meus amiguinhos”, e expresse alegria pela amizade delas. Mostre o cartaz da palavra-chave, leia com eles a palavra “amigo”, e diga que hoje estaremos agradecendo ao Papai do Céu pelos bons amigos que Ele nos dá. Pergunte quem trouxe um amigo visitante, e cumprimente-os com um cântico de boas-vindas.” (Marta Doreto)

Oficina de ideias
“Faça retângulos de cartolina, de aproximadamente 12 x 8 centímetros, e escreva neles o versículo da lição. Dê um a cada aluno, distribua lápis e giz de cera, e incentive-os a fazer um cartão bem bonito para dar ao melhor amigo que possuem. Faça perguntas sobre os amigos deles; os da classe e os que não a frequentam. Recorde que os amigos são um presente do Papai do Céu.” (Marta Doreto) 

Até logo
Depois de repetir o versículo e o cântico do dia, encerre a aula com uma oração. Prepare as crianças para a saída. Quando os pais ou responsáveis forem buscar as crianças, recomende que, em casa, leiam a história bíblica de hoje para o(a) filho(a). Sugira que utilizem uma bíblia infantil. O texto bíblico da lição se encontra em 1 Samuel 18.1-5; 19.1-6.  

Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista de Maternal 

Lição 07 - 1º Trimestre 2021 - Cultuando a Deus com Liberdade e Reverência - Adultos.

 

Lição 07 – Cultuando a Deus com Liberdade e Reverência 

1º Trimestre de 2021

ESBOÇO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
I – O CULTO PENTECOSTAL: LIBERDADE E REVERÊNCIA
II – O CENTRO DO CULTO PENTECOSTAL
III – COMO  SE EXPRESSA A LITURGIA DE NOSSAS IGREJAS? 
CONCLUSÃO

OBJETIVO GERAL
Conscientizar que no culto pentecostal há liberdade e reverência.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
I – Conceituar o culto pentecostal;
II – Apresentar o centro do culto pentecostal;
III – Explicar como se expressa a liturgia de nossa igreja.

PONTO CENTRAL
Há liberdade e reverência no culto pentecostal.

Prezado (a) professor (a), nos últimos dias, muitas dúvidas sobre o culto pentecostal têm surgido entre os irmãos e as irmãs. Mas na Escola Dominical,  temos a oportunidade única de sanar todas as dúvidas que pairam sobre as mentes. Vejamos o que o comentarista da lição, pastor Esequias Soares, discorre sobre O Centro do Culto Pentecostal

“O cristianismo não tem o objetivo de padronizar o mundo e nem destruir as culturas, sua mensagem, porém, é universal. No dia do triunfo de Cristo e da igreja, cada povo ou etnia se apresentará louvando a Deus na sua própria tradição. O cântico dos salvos em Apocalipse 5 mostra pessoas de todas as tribos, línguas e povos da terra, cada um na sua cultura, na sua forma de adoração ao Deus verdadeiro. Isso se reflete na forma de adoração desenvolvida ao longo dos séculos. A religião cristã é flexível quanto à forma de adoração e permite várias liturgias. Todos os ramos do cristianismo, incluindo os cristãos nominais, têm sua forma distintiva de culto, desde o cerimonialismo ornamental das igrejas Católica Romana, Ortodoxas e algumas Protestantes ao modelo simples dos evangélicos, principalmente os pentecostais. Não se deve associar o rigor da liturgia do culto judaico com os vários sistemas de cultos cristãos, nem engessar o ritual cristão em nossos templos, mas essa flexibilidade tem limites por isso deve haver respeito pela estrutura já existente (1 Co 14.40).

O Senhor Jesus Cristo é o centro da nossa adoração. Há sempre entre aqueles críticos que costumam desafiar os pentecostais, que ousam nos acusar da ênfase do Espírito Santo acima de Jesus em nossos cultos. 

A igreja, no sentido completo da palavra, é toda congregação ou assembleia que se reúne em torno do nome de Jesus Cristo como Senhor e Salvador, professando sua fé nele publicamente e de forma diversificada aberta a todas as pessoas. Sendo a realização de batismo e as celebrações da Ceia do Senhor nas reuniões específicas. Temos essa promessa diretamente Dele: ‘Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles’ (Mt 18.20); ‘E eis que estou com vocês todos os dias até o fim dos tempos’ (Mt 28.20). Ele está presente na igreja por meio do Espírito Santo.

O que nos distingue das igrejas não pentecostais é a forma de condução do culto e não os pontos principais da fé cristã, que são os mesmos. Eles têm a salvação em Cristo, como nós temos, mas muito deles não têm essas promessas pentecostais porque não acreditam nelas como nós cremos. Não somos diferentes dos primitivos cristãos e podemos ver no Novo Testamento alguns lampejos do que acontece em nossas reuniões. Os cultos nos tempos apostólicos eram espontâneos, não há indicação no Novo Testamento de protocolo ou ordem litúrgica inflexível. Esse modelo se mantém entre nós atualmente como característica dos cultos pentecostais. As Escrituras nos ensinam que a vida cristã reflete o caráter de Cristo em nossa vida. Este estilo de vida é pautado pela prudência, sabedoria, sensatez, entendimento das coisas do Espírito, alegria e ações de graças. Todos nós temos consciência da nossa responsabilidade sobre a missão da igreja: testemunhar (martyria) do evangelho. Fazemos isso por meio da kerygma, ‘proclamação’ e convite; koinonia, ‘comunhão’, na comunidade; diakonia, ‘serviço’; leitourgia, sistema de adoração pública e didaskalia, ‘ensino’, formação e discipulado. O fervor espiritual do crente vai além das reuniões de adoração, na casa de Deus, é um estilo de vida contínuo como parte essencial da vida doméstica diária. São basicamente cinco os elementos do culto. Fazia parte da liturgia judaica nas sinagogas do primeiro século d.C. a oração antífona do Shema (Dt 6.4), leitura bíblica e exortação (Lc 4.17-20; At 13.15). Os apóstolos se aproximaram do modelo judaico, havia nessas primeiras reuniões oração: ‘onde muitas pessoas estavam congregadas e oravam’ (At 12.12); cânticos e louvores: ‘vou cantar com o espírito, mas também vou cantar com a mente’ (1 Co 14.15), isso acontecia também na adoração coletiva (1 Co 14.26); leitura e exposição das Escrituras Sagradas: ‘No primeiro dia da semana, nós nos reunimos a fim de partir o pão. Paulo, que pretendia viajar no dia seguinte, falava aos irmãos e prolongou a mensagem até a meia-noite’ (At 20.7); ‘Até a minha chegada, dedique-se à leitura pública das Escrituras, à exortação, ao ensino’ (1 Tm 4.13). A contribuição financeira, dízimos e ofertas, são elementos do culto e partes da adoração a Deus, essa prática vem desde o Antigo Testamento (Dt 26.10) e se continua no cristianismo (1 Co 16.1, 2; 2 Co 9.7). A administração desses elementos no culto acontece com a manifestação do Espírito Santo (1 Co 14.26; Ef 5.18-20) e não de forma mecânica ou formalística.”

Texto extraído da obra “O Verdadeiro Pentecostalismo: A Atualidade da Doutrina Bíblica sobre a Atuação do Espírito Santo”.

Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

Verônica Araujo
Setor de Educação Cristã 

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2021

Lição 06 - 1º Trimestre 2021 - Santificação: Comprometidos com a Ética do Espírito - Adultos.

 

Lição 6 - Santificação: Comprometidos com a Ética do Espírito 

1º Trimestre de 2021

ESBOÇO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
I – A SANTIFICAÇÃO NO ANTIGO TESTAMENTO
II – A SANTIFICAÇÃO NO NOVO TESTAMENTO
III – A SANTIFICAÇÃO APLICADA AO CRENTE 
CONCLUSÃO

OBJETIVO GERAL
Mostrar o quanto devemos estar comprometidos com a ética do Espírito.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
I – Apresentar a santificação no Antigo Testamento;
II – Explicar a santificação no Novo Testamento;
III – Aplicar o exemplo de santificação à vida dos alunos.

PONTO CENTRAL
É preciso ter uma vida santa, estar comprometido com a ética do Espírito.

Prezado (a) professor (a), o assunto desta lição ainda é motivo de muitas dúvidas entre os irmãos e as irmãs. Por isso este estudo continua sendo muito necessário na igreja de Cristo. Vejamos o que o comentarista da lição, pastor Esequias Soares, discorre sobre A Santificação Aplicada ao Crente

“É desejo de todo cristão se parecer com Jesus e ter uma vida santa como Jesus teve. Pela sua infinita graça, Deus concede vida santa a todos os pecadores, desde que eles se arrependam e confessem o nome de Jesus (Rm 10.9, 10). Assim Deus disponibilizou três meios para a santificação – o sangue de Jesus (Hb 13.12), o Espírito Santo (2 Ts 2.13) e a Palavra de Deus (Jo 17.17; Ef 5.26). O conceito de santidade ou santificação é o mesmo no Antigo e no Novo Testamento. Uma diferença significativa é que não há na nova aliança rituais de purificação e nem a ideia de santificação legal ou cerimonial. A santificação é interior e vem do Espírito Santo. Ela se manifesta de três modos pelos quais o Espírito age na vida cristã: santificação posicional, santificação real ou progressiva e a santificação futura.

    • Santificação posicional ou passada

A santificação posicional é também conhecida como santificação passada, ou ainda, santificação instantânea. É uma obra do Espírito que nos posiciona como separados para Deus quando aceitamos a Cristo como Salvador. Trata-se de uma mudança moral que ocorre no momento da regeneração (Tt 3.5), de pecador para santificado em Cristo. A iniciativa e a execução dessa santificação são unicamente de Deus (At 26.18; 1 Co 1.2). O catolicismo romano aplica o termo ‘santo’ a certas pessoas que foram canonizadas, mas isso não é bíblico. Todos nós, os salvos em Jesus, somos santos; é assim que somos reconhecidos no Novo Testamento (At 9.13, 32, 41) e é dessa maneira que o apóstolo Paulo se dirige aos crentes nas suas epístolas (Rm 1.7). A base dessa santificação é o sacrifício de Jesus (Hb 10.10, 14). Essa santificação é instantânea, mas é também o começo de uma vida progressiva de santificação. 

    • Santificação real ou progressiva

Essa santificação é chamada progressiva porque nela o crente cresce em vitória sobre o pecado e em Cristo. O nosso crescimento espiritual começa com a santificação posicional no momento em que recebemos o Senhor Jesus como salvador e isso continua durante toda a nossa vida em direção à maturidade cristã (Fp 3.12, 13). Diferente da santificação posicional, que é obra exclusiva de Deus, a santificação progressiva ‘envolve uma parceria com Deus’.6 Quem nasceu de novo foi transformado pelo poder de Deus, seu estilo de vida agora é outro, de modo que a santificação não pode ficar estagnada: ‘Todo aquele que é nascido de Deus não vive na prática de pecado, porque nele permanece a semente divina; esse não pode viver pecando, porque é nascido de Deus’ (1 Jo 3.9). A santificação real é progressiva e se desenvolve no nosso dia a dia (Pv 4.18). A cada dia avançamos em santidade (2 Co 3.18), lembrando que jamais chegaremos à santidade plena enquanto estivermos vivos (Ef 4.13). Todos nós precisamos de crescimento espiritual (2 Pe 3.18). O apóstolo Pedro exorta à santificação (1 Pe 1.15,16). Essa santificação é possível porque somos nascidos de Deus (1 Jo 4.7; 5.1) e o Espírito Santo está em nós e habita em nós (Jo 14.17; 2 Tm 1.14). Isso não significa que os crentes santificados se tornam perfeitos, não é isso (Ec 7.20; 1 Rs 8.46), mas nos tornamos irrepreensíveis diante de Deus, num estilo de vida de que Deus se agrada (Rm 12.1, 2; 1 Ts 5.23). Observe que havia crentes carnais na igreja de Corinto (1 Co 3.3) e, mesmo assim, eles eram ‘santificados em Cristo Jesus, chamados para ser santos’ (1 Co 1.2). O papel do crente na santificação é passivo, sim, porque dependemos de Deus (Fp 2.12, 13), pois sem o Espírito não há santificação, e, ao mesmo tempo, ativo, isso porque nos esforçamos para obedecer a Deus (Rm 12.1,2; 2 Co 6.14; 7.1; 1 Ts 4.3; Hb 12.14). É claro que o progresso da santificação não pode acontecer sem a atuação do Espírito Santo. Nada podemos fazer sem a ajuda divina, mas temos os recursos espirituais para o desenvolvimento da santificação. A leitura da Bíblia e a meditação, a oração, a adoração, o testemunho, o autodomínio, tudo isso faz parte da vida cristã. Somos nós que devemos nos esforçar para o crescimento espiritual (Ef 4.1-3; 1 Ts 5.11). Deus já fez a sua parte.

    • A santificação futura ou glorificação

Essa é a santificação perfectiva, quando o Senhor Jesus nos transformar de modo que sejamos semelhantes a Ele na sua vinda (1 Ts 5.23). Essa santificação é chamada também de ‘glorificação’ (Rm 8.29, 30; Fp 3.21). Na ressurreição seremos completos, e isso é extensivo à santificação, quando o Senhor Jesus declarar ‘que transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso’ (Fp 3.21). É nessa ocasião que veremos a Deus como ele é (1 Jo 3.2). Essa é a nossa esperança.”

6 HOLLOMAN, Henry. O Poder da Santificação – Redescubra o que Deus Quer Fazer através de Você. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p. 5. 

Texto extraído da obra “O Verdadeiro Pentecostalismo: A Atualidade da Doutrina Bíblica sobre a Atuação do Espírito Santo”.

Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

Verônica Araujo
Setor de Educação Cristã 

Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Adultos. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo. 

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021

Lição 06 - 1º Trimestre 2021 - Felizes os que têm fome de Justiça - Juniores.

 

Lição 6 - Felizes os que têm fome de Justiça 

 1º Trimestre de 2021

Texto bíblico: Mateus 5.6; Lucas 19.1-9.

Prezado(a) professor(a),

Na lição desta semana seus alunos aprenderão a respeito da fome e sede por justiça. Geralmente, quando precisamos alguma injustiça, reagimos com indignação e esperamos que a justiça seja feita contra a pessoa que fez o mal. Mas a justiça de Deus é diferente, pois não está baseada na vingança, e sim na misericórdia. O personagem da história de hoje é Zaqueu, um homem que de acordo com os costumes da época era o mais indigno de receber em sua casa o Mestre da justiça. Ele não apenas era um pecador como também era chefe dos publicanos, tinha a função de coordenar a cobrança de impostos para o governo romano naquela região.

Como bem sabemos, os publicanos cobravam a mais do que era necessário. Zaqueu, sendo o chefe deles, certamente, lucrava com a cobrança feita pelos seus empregados. Por esse motivo, o povo odiava os publicanos e havia certo preconceito em relação a eles. Mas Jesus sabia que aquele homem precisava apenas de uma oportunidade para alcançar a salvação. Então o Senhor avistou Zaqueu no alto da árvore e decidiu entrar em sua casa. Depois de desfrutar da presença de Jesus, Zaqueu se rendeu ao Senhor e se arrependeu de seus pecados.

A aula desta semana é uma boa oportunidade para ensinar seus alunos a respeito do amor e da misericórdia de Deus pelos pecadores. Deus ama o ser humano e não os trata de acordo com os seus pecados. Antes, oferece a oportunidade para que se arrependam e decidam fazer a vontade de Deus.

A. A justiça de Deus é misericordiosa. Diferentemente do que muitas pessoas ensinam o Senhor Deus não deseja castigar as pessoas por conta dos seus pecados. Deus trata os pecadores com misericórdia a fim de que se arrependam dos seus pecados e viviam (cf. Ez 33.11). O Senhor não tem prazer na morte nem no sofrimento de nenhum dos seres humanos que Ele mesmo criou. Mesmo enfrentando o julgamento das pessoas, Zaqueu teve a oportunidade de experimentar a misericórdia do Senhor. Às vezes agimos da mesma maneira que aquela multidão e achamos que algumas pessoas não são dignas de receber o perdão e a misericórdia de Deus. Mas não é da nossa competência definir a maneira como Deus deseja fazer justiça sobre estas pessoas. Jesus mostrou que a oportunidade da salvação não é privilégio para algumas pessoas. Antes o Senhor deseja que todos os homens sejam salvos (cf. Jo 17.3; 1 Tm 2.3,4).

B. Apenas uma oportunidade de arrependimento. A passagem de Jesus por Jericó era estratégica. Ele precisava passar por aquele lugar para conceder aos pecadores a oportunidade de salvação. Dentre eles estava Zaqueu, alguém que apesar de agir de forma ilegal e oportunista, precisava apenas de uma oportunidade para arrepender-se de seus pecados e praticar a justiça. Talvez, muitos de nós, não concordamos com a maneira de Jesus fazer justiça e achamos que muitos não merecem receber a oportunidade de salvação. Mas Deus não pensa dessa forma e todo aquele que é lavado e remido no sangue do Cordeiro deve desejar que todas as pessoas sejam salvas (cf. 1 Jo 5.1,2). A fome e sede por justiça não significa a condenação dos maus e pecadores, muito embora Deus esteja reservando um dia em que há de julgar toda maldade praticada pelos seres humanos (cf. At 17.30,31). Mas a fome e sede de justiça, neste tempo presente, se traduzem no anseio pela salvação e bem-estar das pessoas. Jesus declara que as pessoas que anseiam pela justiça de Deus em toda a terra são as mais felizes (cf. Mt 5.6). Esta alegria deve ser compartilhada com todas as pessoas. 

Vale ressaltar que a oportunidade de salvação e perdão deve ser compartilhada com todas as pessoas. Ensine seus alunos que compartilhar esta verdade faz parte da nossa missão como servos de Deus. Não é de nossa alçada definir quem merece ou não receber a salvação, pois o amor de Deus e a sua graça estão disponíveis a toda a humanidade.

Para reforçar o ensinamento da aula de hoje, ao final da aula, distribua uma premiação para os alunos que cumprirem com êxito as atividades propostas na revista. Pode ser um bombom ou outro doce. Não deixe de fora os que não conseguiram atingir a meta, no entanto, explique que da mesma maneira a graça de Deus está disponível a todos.

Tenha uma boa aula!

Lição 06 - 1º Trimestre 2021 - Uma Conversa Franca - Pré Adolescentes.

 

Lição 6 - Uma Conversa Franca 

1º Trimestre de 2021

Texto bíblico: Provérbios 13.24; Tiago 5.16.

Prezado(a) professor(a),

Na lição desta semana seus alunos aprenderão sobre a importância do diálogo. Em muitas ocasiões é difícil para o pré-adolescente expressar o que sente e o que pensa para um adulto, tendo em vista que nesta fase o sentimento de acanhamento e a timidez estão muito presentes. Geralmente, os colegas da escola ou amigos da mesma idade são vistos como os mais confiáveis ao diálogo haja vista que a afinidade é fundamental para que o pré-adolescente se sinta à vontade para conversar. Se conversar é importante para o emocional o grande perigo que ronda nossos alunos nesta etapa da vida é justamente em quem confiam para compartilhar seus dilemas, pensamentos e intenções. Muitas vezes, o conselho de alguém da mesma idade é tão perigoso quanto o problema que o pré-adolescente está enfrentando.

A aula de hoje é mais do que um conselho. É um alerta para que seus alunos não compartilhem sua vida com pessoas que não terão o conselho vindo da parte de Deus para auxiliá-los. Este dilema também faz parte do trabalho do professor, tendo em vista que os alunos precisam encontrar nele a referência para que possam fazer escolhas sábias. Portanto, seja amigo de seus alunos, não obrigue-os a contar a você o que não sentem vontade. Apenas se mostre empático, acolhedor e transborde confiança, pois no momento certo eles procurarão você para conversar. Esteja preparado!

1. Um passo de confiança. Embora seus alunos demonstrem contínua timidez na hora de expressar o que sentem ou pensam sobre vários assuntos, na verdade o que eles mais querem é falar. Entretanto, é natural que para iniciarmos a conversa com uma pessoa é preciso que haja interesse em falar sobre o assunto e afinidade. Infelizmente, muitos pré-adolescentes têm encontrado afinidade em amizades que não servem a Deus ou possuem uma forma de pensar completamente oposta ao ensinamento bíblico. A esse tipo de amizade a Bíblia aponta para o perigo do conselho dos ímpios, do caminho dos pecadores e da roda dos escarnecedores (cf. Sl 1). Por esse motivo, caro professor, é que as barreiras da desconfiança precisam ser derrubadas. Se os alunos encontrarem em você um(a) professor(a) acolhedor(a), amoroso(a), sem preconceito ou qualquer julgamento precipitado com relação às questões que fazem parte do universo juvenil, certamente, será mais fácil a aproximação e abertura ao diálogo.

2. A importância das referências.  A referência é uma importante informação que serve de parâmetro ou indicação de proximidade quando pretendemos chegar a algum lugar. Semelhantemente, seus alunos procuram eventualmente em algumas pessoas o modelo de comportamento adequado para cada ocasião. É uma necessidade humana sentir-se pertencente a algum grupo. Seja na escola ou em alguma outra ocasião, seus alunos procurarão estar inseridos e relacionados com o meio onde vivem e constroem amizades. Para tanto, muitas vezes, seus alunos estarão abertos a fazer mudanças na maneira de pensar, de falar ou se comportar com vista em serem aceitos pelos grupos. Nesse contexto, é fundamental o trabalho da Escola Dominical, haja vista que é neste espaço que a consciência cristã é formada. Seus alunos precisam aprender a pensar, falar e se comportar de acordo com os preceitos da Palavra de Deus (cf. Rm 12.1,2). A Escola Dominical não é apenas um espaço de aquisição de conhecimento bíblico, mas também um espaço de formação do caráter cristão e, para isso, precisam de boas referências. Seus alunos precisam encontrar em você o modelo de vida para que aprendam como se comportar diante dos desafios enfrentados na sociedade.

Com base nas informações apresentadas, dialogue com seus alunos sobre o que pensam da classe de Escola Dominical. Entregue para cada um deles um pedaço de papel e peça que escrevam o que pesam. Explique que eles não precisam colocar o nome. Prepare uma caixa (pode ser de sapato), faça um furo na tampa e utilize de urna para que os alunos depositem o papel. Depois retire alguns papéis e comente o assunto. Mostre-se atencioso(a) com a opinião de seus alunos. Não faça nenhuma crítica ou julgamento. Esta dinâmica será fundamental para que seus alunos sintam-se à vontade para expressar o que pensam e servirá para que você possa reavaliar o seu trabalho e realizar as mudanças necessárias para que a sua classe tenha mais afinidade. A unidade e comunhão são fundamentais para que os alunos sintam-se pertencentes ao grupo e desenvolvam a comunhão.

Tenha uma ótima aula!

Lição 06 - 1º Trimestre 2021 - Jeremias: A oração e o lamento de um profeta - Jovens.

 

Lição 6- Jeremias: A oração e o lamento de um profeta 

1º Trimestre de 2021

Pr. Marcos Tedesco

INTRODUÇÃO

Ser profeta em um dos momentos mais caóticos da história de um povo, ser intercessor de pessoas que não querem restauração, ser servo do Altíssimo ao custo de perseguições, prisões e repulsa daqueles que deveriam ser transformados. Essa é a história de um dos profetas mais longevos de seu tempo. Chamado por Deus ainda jovem, Jeremias descreve, com muita simplicidade e beleza, o seu chamado: “E estendeu o Senhor a mão, tocou-me na boca e disse-me o Senhor: Eis que ponho as minhas palavras na tua boca” (Jr 1.9). Filho de um sacerdote, nunca veio a se casar, dedicando-se intensamente ao ministério profético por longas quatro décadas. Jeremias iniciou sua missão no décimo terceiro ano do rei Josias (640-609) e continuou durante os reinados de Jeoacaz (609), Jeoaquim (609-598), Joaquim (598-597) e Zedequias (597-586), vivendo ainda os primeiros anos após a queda de Jerusalém. O ministério de Jeremias pode ser dividido em quatro fases distribuídas em dois períodos bem distintos: uma primeira durante o reinado de Josias, marcada pela grande reforma religiosa, e as demais envoltas em grande amargura, repressão e desprezo. Nesse segundo período, as mensagens não eram ouvidas, as profecias eram desprezadas e uma grande perseguição o assolou. Quase morto em Judá de modo violento, sobreviveu e foi levado, provavelmente, ao Egito onde passou seus últimos dias exilado, cansado de tanto sofrer e longe da amada Jerusalém.

A Vocação e a Primeira Visão de Jeremias 

Jeremias foi um profeta que viveu um momento de muita tensão na história de Judá. Presenciou, ano após ano, a decadência do povo, o afastamento dos caminhos do Senhor e a resistência em buscar a restauração. Foi testemunha ocular da grande queda com a chegada dos exércitos de Nabucodonosor, algo que deve ter lhe custado muitas lágrimas e sofrimento. Ao longo desse tempo, nunca se afastou de seu chamado e da vida de oração constante.

O desejo natural de Jeremias era a contemplação de bons frutos provenientes de suas mensagens proféticas e a busca de conscientização do povo acerca da vida pecaminosa. Porém, o efeito não foi esse. O coração daquela geração endureceu ainda mais e o desfecho inevitável foi o amargo lamento.

O chamado de Deus ao profeta Jeremias é inspirador. As palavras de Jeová ao jovem têm o poder de tocar nosso coração e levar-nos ao desejo ardente de tal clareza da convicção, também diante de nossas próprias vidas. Jeremias, recuperado do susto, abraçou sua missão e seguiu em frente, cumprindo a vontade do Senhor para sua vida. Chamado por Deus ainda muito jovem, provavelmente, aos vinte e cinco anos de idade, Jeremias ficou surpreso. Imagine, um moço tímido que ainda se considerava uma criança (Jr 1.6) sendo chamado diretamente pelo Altíssimo para ser um profeta levando a mensagem sagrada às nações. Sem dúvida, um grande desafio! O chamado desse jovem é registrado na Bíblia Sagrada com belíssimas e inspiradoras palavras: “Antes que eu te formasse no ventre, eu te conheci; e, antes que saísses da madre, te santifiquei e às nações. [...] Eis que ponho as minhas palavras na tua boca. Olha, ponho-te neste dia sobre as nações e sobre os reinos, para arrancares, e para derribares, e para destruíres, e para arruinares; e também para edificares e para plantares” (Jr 1.5-10). Essas são palavras de grande poder proferidas pelo Senhor a um moço surpreso, no entanto, a partir de então, convicto de sua missão.

Podemos ver em Jeremias alguém que viveu intensamente o seu chamado, aceitou pagar o preço necessário e gastou-se diante de tal propósito. Suas palavras tão fiéis às ordens de Deus são entregues envoltas em personalidade, cumplicidade, sentimento e convicção de um chamado. Que possamos também nos permitir sermos tocados por tal inspiração. 

A primeira visão de Jeremias traz uma importante revelação em relação ao cumprimento da mensagem de Deus, indicando a fidelidade divina e o rápido cumprimento do que era anunciado

As amendoeiras que nascem nas terras da Palestina são cobertas por completo de flores com coloração rosa claro ao chegar o primeiro mês do ano, janeiro. Já naquela época, esse evento apontava o final do inverno e o início de uma nova estação, a tão esperada primavera. Esse era um sinal da planta que alertava a todos de que um novo ciclo estava tendo início. Por isso, provavelmente, o nome da amendoeira na língua hebraica é shoked, que significa, também, “vigilante”. O que significa essa primeira visão (Jr 1.11-12)? Uma maravilhosa constatação: Deus é fiel e cumpre a sua palavra! No tempo certo, a resposta do Senhor se fará presente. Assim como a amendoeira anuncia a chegada da primavera, as profecias de Jeremias anunciavam a proximidade do juízo do Senhor. A Palavra de Deus iria se cumprir. O profeta era apenas aquele que anunciaria o juízo, já a obra seria realizada pelo Altíssimo. Do mesmo modo que Deus entregara a Jeremias um chamado específico e significativo, também somos chamados pelo Pai para uma importante obra. É no chamado que a missão ganha forma e impacta intensamente o coração do servo fiel. Lembremos sempre de uma grande verdade: aquele que é vocacionado não é o dono da obra a ser feita, ele é apenas alguém que será usado por Deus para realizar a obra. Nosso Pai chama, capacita, orienta, conduz, dá as forças e as condições necessárias. Deixe-se ser usado pelo Espírito Santo de Deus! 

Há um chamado para você 

Qual a importância do “chamado” para a vida do servo do Senhor? Sem dúvidas, é essencial se desejamos dar centralidade para “Deus” em nossas vidas. É no chamado constantemente trazido à nossa memória que a convicção se materializa, as forças se intensificam e as dificuldades se dissipam. Quando revivemos em nossos corações o “chamado” recebido, renovamos nossas intenções e comprometimento com a missão dada pelo Senhor de nossas vidas. O chamado é um capítulo de nossas vidas que merece, e precisa, ser constante e lentamente relido. Foi através de seus chamados que grandes personagens da Bíblia entenderam os propósitos de Deus em suas vidas, vejamos: Sansão (Jz 13.5), Isaías (Is 6.1), Paulo (Gl 1.15), entre tantos outros. Também encontramos muitos personagens da história da igreja que dedicaram suas vidas de forma intensa a uma causa, e tudo começou com um chamado.

Em alguns casos, o “chamado” acontece de forma muito clara e audível, trazido pelas palavras ditas por um pregador, um pastor, um profeta ou alguma outra pessoa usada por Deus para lhe entregar essa mensagem. Para outras pessoas, esse “chamado” acontece de modo mais diluído através de um coração que arde ao abrir um texto da Bíblia Sagrada o qual, dia após dia, vai o tocando e impulsionando em direção a uma tomada de decisão. Ainda há experiências maravilhosas de pessoas que, diante de uma cena, são movidas por um sentimento intenso, levando-as às lágrimas e, em uma oração ardente, ao compromisso de envolver-se com uma causa. Outras ainda podem ser as possibilidades, mas uma verdade é observada em todos os casos: o “chamado” de Deus para as nossas vidas é essencial e deve ser buscado intensamente por quem é comprometido com o Reino. Só uma coisa pode trazer paz ao coração de quem tem um chamado: atender prontamente ao convite de Deus para colocar as mãos no arado. Comprometa-se com a vontade de Deus e permita-se ser uma bênção aonde for. O Pai amado nos chama e coloca em nossas mãos uma grande obra a ser feita (Ne 6.3). Temos a grande missão dada por Cristo a toda a igreja no momento de sua ascensão (Mt 28.16-20), contudo o Mestre amado também nos convida às ações específicas com as quais nos envolvemos de forma bastante pessoal. Não se preocupe: Ele chama, capacita, orienta e dá as condições para que a obra seja feita (Êx 3.12). Seja uma bênção nas mãos do nosso Pai Celeste! 

A Rebelião do Povo e a Invasão Estrangeira Anunciada 

O profeta Jeremias fora chamado para uma importante missão que foi amplamente dificultada por uma série de fatores de ordem social, política e religiosa. Era uma época de muitas disputas e conflitos entre grandes impérios, pequenas cidades, estados que disputavam a posse de povos subjugados e reinos enfraquecidos. Foi nesse tempo que o Império Assírio começou a ruir, de forma muito tensa, diante do Império Babilônico que impressionava a todos pela força, agilidade, organização e opulência. Os babilônicos, também conhecidos como caldeus, derrotaram os assírios e também combateram impondo uma humilhante derrota aos exércitos egípcios.

Nesse cenário, o Reino do Sul, Judá, vivia um clima de grande instabilidade diante da luta de gigantes como os assírios, os egípcios e os babilônicos. Os padrões sociais se desfiguravam revelando a terrível face de um povo envolto em injustiças, violência, paganismos e apostasia. Essa foi a realidade encontrada por Jeremias durante o seu ministério profético. 

Um povo rebelde Uma história que tinha tudo para ser repleta das bênçãos de um Pai amoroso sobre um povo escolhido encaminhava-se para um desfecho trágico. Deus esperava do povo fidelidade, gratidão e um compromisso de obediência. O povo deu ao Senhor o contrário: infidelidade, ingratidão e uma total rebeldia. De forma alguma Deus poderia ser culpado ou responsabilizado pelo desfecho que estava por acontecer. Tudo o que estava acontecendo era um desencadeamento natural da desobediência intencional, da adoração de ídolos pagãos e da falta de arrependimento por parte do povo de Judá. Como buscar socorro de Deus sem aceitar a presença do Pai? O afastamento deliberado, provocado pelas pessoas do Reino do Sul, levou-as a uma série de consequências lamentáveis. Jeremias nos permite uma reflexão sobre a questão espiritual bastante coerente com o que estava acontecendo: devemos, permanentemente, viver um relacionamento íntimo com Deus almejando constantemente pela sua maravilhosa presença. O afastamento de Deus gera, inevitavelmente, um distanciamento daquilo que é reto e sadio, e, consequentemente, uma proximidade do que é leviano, pecaminoso e doentio. Jeremias orou por Judá, buscou uma mudança e profetizou desejando um conserto, entretanto, o povo não queria Deus. O juízo era apenas consequência natural do esfriamento do amor e da rebeldia. Um grande exemplo dessa rebeldia vinha dos próprios reis. Vejamos o caso de Jeoaquim. Certa vez, quando Nabucodonosor já iniciava sua campanha de dominação, Jeremias profetizou condenando os atos praticados e pregou o arrependimento, embora o juízo já se mostrasse eminente. Jeremias alertara o rei de que todos os eventos que estavam acontecendo representavam um exílio que duraria 70 anos (Jr 25.1-14). Todas essas palavras foram escritas e entregues nas mãos do rei. Sabe qual foi a postura real? Será que o Jeoaquim se arrependeu e buscou o perdão? Não, ele simplesmente picou em pedaços a profecia e a jogou no fogo (Jr 36.9-26)! O resultado, todos sabemos. O que acontecia era a lamentável escolha do povo que traria um juízo extremamente doloroso

O povo era rebelde porque seus líderes eram rebeldes. Como esperar fidelidade de uma nação cujos reis haviam se afastado tanto dos caminhos de Deus? Poucas eram as vozes que pregavam uma conversão e o retorno à comunhão com Deus. A consequência desse afastamento se concretizou nos tempos de Jeremias, um profeta menosprezado.

O profeta menosprezado 

Jeremias fora chamado para entregar a mensagem de Deus com audácia, convicção e temor, todavia, uma mensagem entregue não implica, necessariamente, mudança de vida e restauração. O profeta orou, lamentou, porém, infelizmente, restou-lhe o choro pelo terrível desfecho da história que estava sendo escrita. A mensagem era tanto para destruição quanto para edificação (Jr 1.10), tudo dependeria de como as pessoas reagiriam ao recado que estavam recebendo da parte de Deus. As mensagens de arrependimento e de conversão apontavam os graves pecados cometidos pelo povo (Jr 6.1-30, 13.15-27, 16.10-13), mas, e vez de arrependimento, afundavam ainda mais no pecado, hostilizando e maltratando o profeta de Deus. Depois de quase quatro décadas pregando o arrependimento, Jeremias amargou a experiência de ver a terrível sentença anunciada ser executada. Com a chegada dos exércitos babilônicos, iniciavam os tristes anos do exílio de Judá na Babilônia. Pouca coisa ainda poderia ser feita além de chorar e lamentar. Diante de tudo isso, a vida de Jeremias foi marcada por muito sofrimento com consequências terríveis. Sendo profundamente comprometido com Deus e com o ministério profético, apesar das grandes resistências e perseguições, sempre se posicionou com ousadia, apesar das suas muitas lutas interiores e tormentos sofridos. O custo pessoal a Jeremias foi grande. Nascido em meio a muita alegria (Jr 20.15), em pleno ministério chegou a amaldiçoar o dia do seu nascimento (Jr 20.14). Em outro momento de profunda dor, chegou a declarar: “Ai de mim, minha mãe! Por que me deste à luz [...]?” (Jr 15.10). Grande é o preço pago, no entanto vale a pena dizer sim ao chamado e cumprir a missão dada pelo nosso amado Deus! 

Deus usa quem Ele quer 

O Império Babilônico foi o instrumento usado por Deus para corrigir o seu povo que estava no Reino do Sul da mesma forma que os assírios foram usados no Reino do Norte. Dois impérios formados por pagãos, mas que foram instrumentos do Senhor para promover no povo as condições para uma mudança. Como poderiam os ímpios triunfar sobre os descendentes de Abraão, Isaque e Jacó? O soberano Deus tem todo o poder e usa quem Ele quer. O povo achava que nada aconteceria com eles, pois estavam em Jerusalém, a cidade santa. Tinham a certeza de que o passado de glória e a presença divina manifestada, outrora no templo, jamais permitiriam que a cidade fosse invadida e destruída por personagens estrangeiros pagãos tão cruéis. Mas não é assim que funciona. Estavam totalmente equivocados: o juízo veio pelas mãos dos babilônicos. Contudo, será que o poder de Deus não foi suficiente para proteger a cidade sagrada? Nada disso! Deus é soberano e usa de sua soberania para comandar quem Ele quer. Assim como endureceu o coração do Faraó (Êx 9.12) e lançou os assírios para levarem juízo a Israel (2 Rs 17.5-6), agora estava levantando os babilônicos para disciplinarem o povo de Judá (2 Cr 36.6). Igualmente, anos mais tarde, usaria os persas para viabilizarem a reconstrução dos muros de Jerusalém por intermédio de Neemias (Ne 2.6). Quem Deus usou como instrumento para realizar a sua obra? Um povo que não o adorava e ainda mais envolvido com pecados e injustiças do que Judá. Isso nos mostra que Ele está no controle absoluto da história. Ele levanta reis e os faz cair (Dn 2.21). 

Jeremias, a Oração e o Lamento de um Profeta

Isso nos mostra que jamais podemos terceirizar o comprometimento com Deus. Um passado de glória não garante um presente reluzente. De igual modo, pertencer a uma família cristã com tradição e ter pais que oram e são comprometidos com Deus não garante, de forma alguma, a salvação de um filho descomprometido que despreza o sacrifício de Cristo. Devemos entender a preciosidade do relacionamento que o Pai deseja ter conosco. Nosso passado tem muita importância e contribuiu para construir quem somos, entretanto é no presente que devemos buscar uma vida em íntima comunhão com Deus e nos permitirmos ser, por Ele, usado para toda boa obra. Lembremos sempre de que tanto a salvação como o relacionamento com Deus é algo pessoal e intransferível.

Jeremias, em vão, Intercede pelo Povo (Jr 14) 

O capítulo 14 de Jeremias traz um dos momentos mais difíceis de uma série de profecias, orações, constatações e lamentos escritos pelo profeta. Mais uma vez a intercessão acontece e o profeta clama, argumenta e chora. Deus, em uma fala definitiva, diz: “Não!”. Jeremias atônito se depara com as seguintes palavras: “Não rogues por este povo para bem” (Jr 14.11). Por muito tempo a porta da restauração estava aberta, todavia para tudo há um tempo certo e específico. O tempo de Judá havia chegado ao fim. É importante destacarmos o fato de que o trabalho de Jeremias não foi em vão. Mesmo não havendo arrependimento, nem restauração, a missão desenvolvida pelo profeta cumpriu também um importante papel de promover na mente das pessoas uma reflexão a respeito de um juízo que teria começo, meio e fim. Esse seria um processo necessário para que houvesse o desejo de um concerto com Deus envolvendo profundo arrependimento e genuína restauração. 1 – O profeta intercede pelo povo Além do mal que se aproximava, uma grande seca assolava a todos, e aqueles que rejeitaram a Deus, a fonte de água viva, agora estavam também sem a água natural. Os poços se secaram e os céus não mais enviaram as chuvas. A erva secou, as plantações não geraram seus mantimentos. A fome e a sede desafiaram aqueles que escarneceram de Deus e ofenderam a sua santidade. Deus esperava do povo o arrependimento e o desejo de buscar a santidade. O povo, porém, apenas expôs o desespero pelos confortos que já não encontravam mais. Também a miséria, a violência, a fome e as práticas pecaminosas foram intensificadas levando as pessoas ao lamento, porém sem arrependimento. As maldades do povo de Judá testificavam contra eles. Diante disso, Jeremias mais uma vez ora reconhecendo os seus pecados e os do povo, pedindo a Deus misericórdia.

A oração que Deus não ouve 

Quando fazemos nossas orações pedindo algo a Deus, esperamos que elas sejam respondidas. Contudo, nem sempre isso acontece e muitas orações ficam sem a resposta que almejávamos. Mas por que isso ocorre? São vários os motivos que impedem uma oração de ser atendida. Um exemplo claro desse fato é justamente o que estamos estudando aqui: por mais que Jeremias intercedesse, o juízo se cumpriu e o Império Babilônico foi o instrumento usado por Deus nesse momento lamentável da história humana. A oração ouvida por Deus é aquela que está em sintonia com a sua perfeita vontade. Lembremos: “E esta é a confiança que temos nele: que, se pedirmos alguma coisa, segundo a sua vontade, ele nos ouve” (1 Jo 5.14). 

Muitas são as orações que não são atendidas por Deus. Alguns dos motivos para que isso ocorra são: pedir mal ou movido por razões egoístas (Lc 11.33); não ter chegado o tempo de Deus (Ec 8.6); orarmos sem fé (Tg 1.6-8); mesmo orando, permanecer no pecado (Jo 9.31); orarmos de forma indigna (Ml 1.7-9); entre tantos outros. O Pai deseja atender ao clamor de seus filhos, entretanto é preciso que estejamos envolvidos pela sua presença. Deus não quer apenas dar uma bênção; Ele quer que gozemos de sua presença e vivamos cheios do Santo Espírito. Assim como nos dias de Moisés (Êx 33), a presença de Deus continua sendo infinitamente melhor do que todas as bênçãos que Ele pode nos conceder. Precisamos ter essa verdade sempre vívida em nossa mente: o melhor de Deus é a sua presença aconchegante em nossas vidas.  

Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Jovens. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021

Lição 06 - 1º Trimestre 2021 - A história de Davi e Golias - Berçário.

 

Lição 06 - A história de Davi e Golias 

1º Trimestre de 2021

Objetivo da lição: Ensinar às crianças sobre a coragem de Davi ao enfrentar o gigante Golias.

É hora do versículo: “[...] eu vou contra você em nome do Senhor Todo-Poderoso [...]” (1 Samuel 17.45).

Nesta lição, as crianças estudarão sobre a história de Davi. O Papai do Céu deu força e coragem a Davi para ele vencer o gigante e salvar todo o povo. Repita para as crianças que o Papai do Céu também ajuda o menino e a menina. 

Após realizar todas as atividades propostas no manual do professor e caso haja tempo, imprima a folha abaixo e distribua para as crianças fazerem um círculo em volta do menor e um  X sobre o maior personagem. Repita o nome do menino Davi com os bebês e do gigante Golias com os bebês. Mostre na imagem o Golias e diga "gigante, grandão" e mostre Davi e diga: "menino, pequeno".

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Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

Verônica Araujo
Responsável da Revista Berçário


Lição 06 - 1º Trimestre 2021 - Papai do Céu me Dá Alegria - Maternal.

 

Lição 6 - Papai do Céu me Dá Alegria 

1º Trimestre de 2021

 

Objetivo da lição: Que o aluno compreenda que Deus nos dá alegria. 

Para guardar no coração: “Batam palmas de alegrias [...].” (Sl 47.1)

É hora de preparar-se
“A alegria do Senhor é a nossa força”. Quanta verdade há nesta declaração! Quando temos o coração jubiloso, até o nosso passo torna-se lépido. A alegria do Senhor aumenta-nos a eficiência. À medida que a alegria do Senhor permeia-nos a alma, as nossas forças físicas e espirituais vão sendo renovadas. A alegria do Senhor é aquele bem-estar permanente e interior; aquele regozijo que não depende de circunstâncias favoráveis, e que nada nem ninguém pode tirar (Jo 16.22). Aquele ânimo que nos leva a salmodiar a Deus e a sorrir, “ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide...” (Hc 3.17). Não se trata dessa alegria artificial e passageira das festas e dos programas humorísticos, mas de um sentimento que vem como resultado natural da nossa salvação; é a ação do Espírito Santo em nós, testificando que Deus está no controle, e renovando-nos a coragem e a esperança. A alegria é remédio que aformoseia o rosto e impede a sequidão dos ossos (Pv 15.13; 17.22). Ela cura não só o espírito, como também o corpo” (Marta Doreto). 

Perfil da criança do maternal
“As crianças parecem ter o dom da alegria. Certamente possuem um dom concedido por Deus, que as torna capazes de brincar nas circunstâncias mais adversas. Observou-se que mesmo nos campos de concentração nazistas, esfomeadas e maltratadas, as crianças ainda arranjavam meios de divertir-se. Como afirma o autor Claudionor de Andrade, “Têm as crianças uma reserva de energia tão inesgotável, que são capazes de entregar-se aos seus jogos e folguedos do arrebol ao entardecer”. Acerca do mesmo tema, escreve Toulet: “As crianças vivem intensamente embriagadas: embriagadas de vida”. Se isto se aplica às crianças em geral, quanto mais às do maternal, que se acham na fase do comer e dormir, para depois despender a energia acumulada!

Se o brilho de uma criancinha se apaga, alguma coisa está errada; algo muito doloroso ou sujo atingiu-lhe a alma. Possam os professores do maternal serem usados por Deus para alimentar cada vez mais, nesses coraçõezinhos, a chama da verdadeira alegria – a alegria da salvação” (Marta Doreto). 

Bem-vindos!
“Leve para a classe uma colher de pedreiro, e mostre-a aos alunos, à medida que forem chegando. Pergunte se já viram esta ferramenta, se sabem o que é e para que serve. Explique a utilidade da colher de pedreiro, e diga que hoje vão ouvir a história de um homem que construiu um muro. (Na falta de uma colher, um tijolo servirá para introduzir o assunto)” (Marta Doreto).

Oficina de ideias
“Distribua blocos de madeira ou plástico, ou caixas vazias de remédio, fósforo, etc, para que os alunos empilhem, como se estivessem construindo um muro. Recorde as dificuldades de Neemias e do povo de Deus para reconstruir os muros de Jerusalém (os inimigos que se opunham, zombando e ameaçando, o cansaço normal do trabalho, etc.), e como a alegria do Papai do Céu os fortalecia para continuarem o serviço, até o muro ficar pronto” (Marta Doreto).

Até logo
Depois de repetir o versículo e o cântico do dia, encerre a aula com uma oração. Prepare as crianças para a saída. Quando os pais ou responsáveis forem buscar as crianças, recomende que, em casa, leiam a história bíblica de hoje para o(a) filho(a). Sugira que utilizem uma bíblia infantil. O texto bíblico da lição se encontra em Neemias 12.27-43. 

Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista de Maternal

Lição 06 - 1º Trimestre 2021 - Na Casa do meu Amigo eu Agradeço - Jd. Infância.

 

Lição 6 - Na Casa do meu Amigo eu Agradeço 

1º Trimestre de 2021

Objetivos: Os alunos deverão desenvolver um espírito de gratidão a Deus; e saber que devemos agradecer a Deus por tudo que Ele nos dá.

É hora do versículo: “e sejam agradecidos a Deus em todas as ocasiões” (1 Ts 5.18).

Nesta lição, as crianças aprenderão, através da história de Ana, que depois de pedir um filho ao Papai do Céu e reconhecer a soberania divina em sua vida, ela voltou para agradecer o lindo filho que o Papai do Céu lhe deu. Assim também devemos nós reconhecer que só o Papai do Céu é poderoso para nos ajudar, confiar nEle e pedir só a Ele e depois agradecer por tudo o que Ele nos dá. E a igreja, a casa do Papai do Céu, é o melhor lugar para isso!

Após realizar todas as atividades propostas na revista do professor e caso haja tempo, imprima a folha abaixo com imagem sugerida para o cartaz do versículo bíblico. Esta mesma folha serve para reforçar o versículo e também para a criança colorir. Incentive seus alunos a recitarem o versículo do dia e serem agradecidos ao Papai do Céu em tudo. Enumere com as crianças algumas situações de livramentos, curas, bênçãos materiais e espirituais que elas tenham vivenciado. Façam uma oração agradecendo a Deus por todas elas.

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Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

Verônica Araujo
Responsável pela Revista Jardim de Infância

Lição 06 - 1º Trimestre 2021 - Rute, a Heroína Altruísta - Primários.

Lição 6 - Rute, a Heroína Altruísta 

1º Trimestre de 2021

Objetivo: Que o aluno compreenda que Deus abençoa os heróis que fazem o bem semesperar nada em troca.

Ponto central: Fazer o certo apenas pela recompensa não é ser bondoso, mas sim,interesseiro.

Memória em ação: “ [...] fazei o bem, e emprestai, sem nada esperardes [...] ” (Lc 6. 35,ARC).

Querido (a) professor (a), muitas crianças aprendem desde cedo, até mesmo dentro decasa, o que é chantagem, métodos de troca na educação, ação e recompensa, etc. Ainda muito novas já reproduzem essa máxima capitalista de fazer para obter, desenvolvem habilidades dechantagem emocional para conseguirem o que desejam, etc. Por isso, o Ponto Central e Objetivo da nossa próxima aula são tão importantes de já serem trabalhados nesta faixa etária. Ore pela sua turma previamente e peça para que o Espírito Santo lapide, molde e crieem cada criança um coração genuinamente bom e altruísta à imagem do de Jesus Cristo.

Ao longo de toda a aula explique e reforce aos primários, quando cabível com exemplos,a diferença entre atitudes de bondade e ações interesseiras.

Propomos aqui uma dinâmica que além de aguçar a curiosidade e estimular a leitura ebusca pelo conhecimento pode ser muito divertida e inspirar esses pequenos para a vida toda.

Você só precisará levar um dicionário. Apresente-os, explique para que servem osdicionários, que todas as línguas e idiomas têm, e mostre como funciona. Deixe que alguns alunos escolham uma palavra que gostam ou achem engraçada ou difícil para outrocoleguinha, com a sua ajuda, procurar.

Após ensiná-los a utilizar o dicionário peça para um voluntário procurar a palavra “altruísmo”. Você pode escrever num quadro a fim de que eles visualizem como se escreve corretamente. Marque o nome e tempo que o aluno levou para encontrar (essa atividade pode ser feita em duplas, a fim de que um ajude o outro).

Quando encontrarem, escreva o tempo da dupla no quadro e leia o significado desta palavratão bonita, explique na linguagem deles, tudo o que achar necessário, sempre se certificandode que todos compreenderam.

Você pode fazer o mesmo com palavra sinônimas para as próximas duplas, tais como:bondade, abnegação, beneficência, filantropia, generosidade, desapego, desprendimento,caridade, humanitarismo, magnanimidade, desambição, renúncia, desinteresse,longanimidade... De acordo com o número de duplas e tempo disponível.

O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula.

Paula Renata Santos

Editora Responsável pela Revista Primários da CPAD 

Lição 06 - 1º Trimestre 2021 - Alegrias e Felicidades - Adolescentes.

 

Lição 6 - Alegrias e Felicidades 

1º Trimestre de 2021

Texto Bíblico: Filipenses 4.4-13

Destaque: “Tenham sempre alegria, unidos com o Senhor! Repito: tenham alegria!” (Fp 4.4)

Objetivos
Definir o que é alegria;
Mostrar que a alegria cristã não deve estar baseada em circunstância;
Enfatizar o contentamento como forma de triunfo sobre todas as coisas.

Querido professor (a),

A Paz do Senhor Jesus!

Nesta semana vamos estudar com os adolescentes um tema muito importante: o segredo da felicidade. Na carta paulina aos filipenses, o apóstolo destaca que o contentamento é um caminho de satisfação pessoal e triunfo sobre as dificuldades da vida.

Após a ministração do conteúdo da revista, sugerimos a seguinte reflexão para o encerramento da aula:

A ALEGRIA

Os crentes podem sentir profundo contentamento, serenidade e paz não importa o queaconteça. Essa alegria vem de conhecer a Cristo e de depender da força que vem dEle, e nãoda nossa.

A alegria não vem de circunstâncias externas, mas do nosso interior. Como cristãos nãodevemos confiar naquilo que temos ou que experimentamos para sentir alegria, mas no Cristoque habita em nós. A alegria do Cristão é maior do que suas provações.

[Então, proponha aos alunos as seguintes perguntas e crie um ambiente seguro para que elescompartilhem seus pensamentos à vontade.]

1. Com base nas circunstâncias da vida de Paulo e no conteúdo da carta aos Filipenses,como você pensa que o apóstolo descreveria essa alegria?

2. Como um cristão pode encontrar alegria em circunstâncias aparentemente infelizes?

3. Se um amigo cristão lhe perguntasse “Como posso encontrar alegria no Senhor se avida parece ser tão injusta”, o que você me diria?

4. Como você pode encontrar alegria em Jesus durante esta semana?

Através dessa conversa informal, você poderá avaliar a eficácia do aprendizado dos conceitos essenciais desta lição. Finalize reforçando os princípios ensinados.

Deus lhe abençoe!

Flavianne Vaz
Editora Responsável pela Revista Adolescentes Vencedores da CPAD

Fonte: Bíblia do Estudante de Aplicação Pessoal, CPAD, p. 1365.

Lição 06 - 1º Trimestre 2021 - Igreja: Expressão do Reino de Deus - Juvenis.

 

Lição 6 - Igreja: Expressão do Reino de Deus 

1º Trimestre de 2021

Esboço da Lição
1. É CHEGADO O REINO DE DEUS
2. A IGREJA COMO AGENTE DO REINO DE DEUS
3. IGREJA: PORTADORA DAS VIRTUDES DO REINO DE DEUS

Objetivos
Descrever o que significa Reino de Deus;
Discutir sobre o papel da Igreja como agente do Reino de Deus;
Refletir sobre as virtudes do Reino de Deus.

Querido (a) professor (a), na próxima aula vamos enfocar a Igreja como a expressão vivado Reino de Deus na Terra. Ao refletir sobre o caos político, econômico e social ao qualnosso país se encontra, até mesmo o menos religioso reconhecerá que não há solução humana capaz de transformar todo este cenário.

O nosso povo geme, é tanta violência, corrupção, desigualdade e injustiça social, enquanto nossos governantes só utilizam palavras e promessas vazias de ações em prol dos cidadãos. A Igreja não pode entrar nessas comunidades procedendo da mesma maneira, apenas com a letra e belas palavras, mas sem o Espírito de amor e prática de boas obras que verdadeiramente proclamam o Reino de Deus.

O Mestre dos mestres, Jesus Cristo, fornecia o alimento espiritual, mas também provia opão aos famintos; anunciava a restauração do espírito, mas também curava o corpo; anunciava a Lei, mas também agia e a praticava com graça; falava do amor do Pai, mas também o demonstrava em atitudes, especialmente aos que eram odiados, desprezados, excluídos pela sociedade (Mc 2.17).

O Reino de Deus, portanto, fala de mudanças, da implantação de um padrão de moraldiferente do praticado no reino do mundo. Sob essa perspectiva, analise com sua turma secada um, individualmente, tem vivido de forma a proclamar este Reino, implementando a Justiça dele, a começar pelo seu exemplo de vida.

Sugerimos que ao final da aula você peça que cada aluno escreva em um pedaço de papel oque considera que mais tem sido um empecilho para viver de acordo com os padrões moraisdeste Reino: seja um pecado; defeito; até mesmo desinteresse; um problema familiar; lutapessoal, etc. Assegure-os que ninguém precisa se identificar no papel. Todos deverão colocá-los em um recipiente para que a cada aula vocês orem juntos por essas questões e você também interceda por cada uma delas, separadamente.

Incentive-os para que ao decorrer do trimestre compartilhem seus testemunhos acerca doque foi apresentado ao Senhor, como um pedido de ajuda para ser um proclamador de seu Reino na Terra.

O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula!

Paula Renata Santos
Editora Responsável da Revista Juvenis