quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Lição 2 - 1º Trimestre 2015 - Adultos.

Lição 2

O padrão da Lei Moral
1° Trimestre de 2015
rev-adultos
INTRODUÇÃO
I – AS TÁBUAS DA LEI
II – OS DEZ MANDAMENTOS
III – A QUESTÃO DOS PRECEITOS DA LEI
IV – A LEI A GRAÇA
CONCLUSÃO
O CUMPRIMENTO ÉTICO E MORAL DA LEI MOSAICA
Deuteronômio 4.1
Na lição desta semana, aprenderemos concernente ao propósito ético e moral, encontrado na lei mosaica e instituído por Deus, a fim de que o seu povo obedecesse e colocasse em prática, tudo quanto foi ordenado para o seu bem. Embora tenha sido apresentada como um código, a lei de Deus trazia em sua essência a ética concernente a boa, perfeita e agradável vontade de Deus (Êx 20.1-17). Dessa maneira, o interesse do coração de Deus era que o seu povo, a quem Ele havia escolhido e retirado do Egito, cumprisse eticamente a sua Palavra, e não caísse no comodismo e na velhice da letra, em que os mandamentos de Deus se tornassem meramente parte de um cerimonial religioso, próprio de uma vida espiritual enfraquecida e sem amor para com Deus (Is 29.13).
Outra especificidade da lei de Deus era que o seu povo vivesse moralmente de acordo com a sua Palavra. Sua conduta deveria servir de exemplo para que as outras nações observassem a dedicação e o cuidado com o sagrado, o temor para com Deus e o amor para com o próximo. Todavia, o povo hebreu não entendeu o mais primordial da lei, conforme mencionado por Jesus posteriormente: “o juízo, a misericórdia e a fé” (Mt 23.23). Antes, andou conforme o propósito do seu coração malvado e desobedeceu a voz do Criador, servindo aos ídolos e murmurando, quando surgiam as dificuldades durante a travessia pelo deserto.
No entanto, a lei tornou-se transitória, mas a graça é permanente e é nessa graça que Cristo cumpriu inteiramente a lei de Deus, pois o que era impossível para os homens, visto que se tornou em meros preceitos forjados pela concepção humana, Cristo a praticou na essência da vontade de Deus e apresentou um Novo Caminho, pelo qual, o homem pode obedecer e agradar o coração do Criador em espírito e em verdade. Em vista disso, professor, nesta aula, reflita com seus alunos a respeito do princípio da lei de Deus e qual o seu real propósito designado para o seu povo. Boa aula!

I. O princípio ético da lei
A lei de Deus, embora tenha sido apresentada como um código legislativo, pela qual, Israel tomava conhecimento das orientações concernentes aos cerimoniais, aos sacrifícios, às festas religiosas, aos direitos e deveres civis e morais, na verdade era muito mais do que mera instrução. A lei estabelecida por Deus trazia consigo um quadro de valores e princípios específicos e inerentes ao caráter de Deus. Porquanto, o interesse do coração do Senhor era que o seu povo, de fato, experimentasse a sua boa, perfeita e agradável vontade.

O Dicionário Bíblico Wycliffe, descreve o valor desta lei em toda a Escritura: “A lei moral outorgada a Moisés no monte Sinai assume um ligar muito importante na revelação bíblica:
(1) Esta lei foi especificamente escrita pala mão de Deus; portanto, foi recebida por Israel como o fundamento de sua teocracia (Êx 24.12; 31.18; 32.15,16; Dt 5.22; 9.10,11).
(2) Essa lei foi colocada na arca do testemunho onde continuamente representou a base da aliança entre Deus e Israel (Dt 10.1-5; 1 Rs 8.9).
(3) Provavelmente, essa parte da lei foi mencionada naquelas passagens que retratam o prazer que o justo sente pela lei de Deus (Sl 1 e 119).
(4) Essa parte da lei estava provavelmente na mente dos profetas quando falavam sobre a lei de Deus escrita sobre o coração do homem na nova aliança (Jr 31.31-34; Ez 11.17-20; 36.25-27; 37.24-28).
(5) Nas questões e controvérsias sobre a lei de Deus, o Dez Mandamentos são citados como o receptáculo da essência de sua lei (Mt 19.16-20; Lc 10.25-28; Rm 2.17-23; 7.7; 13.9,10; 1 Tm 1.7-10).
(6) Este é o componente da lei que Paulo descreve como: ‘santo, justo e bom’ (Rm 7.12), e ‘espiritual’ (7.14). Essa lei que revela o pecado do homem (7.7).
(7) Cristo tinha em mente, em primeiro lugar, os Dez Mandamentos em sua restauração do verdadeiro propósito da lei quando exigiu a obediência do coração ao invés de unicamente a conformidade exterior (Mt 5.21-48; Cf. Rm 13.9,10)” (CPAD. 2010, p.1140).
Em razão disso, a lei de Deus não pode ser confundida como simples parte de um cerimonial religioso, decorrente de uma falsa religiosidade, em que se busca somente cumprir uma formalidade exterior. Antes, o propósito da lei era formar na mente dos israelitas a consciência da existência de um Deus santo, que esperava de seus servos a reverência e a adoração de um coração puro que tem prazer no Senhor.

II. O propósito moral da lei
Da mesma maneira, a lei possui em seu cerne, a especificidade moral que através dos seus princípios, regia a conduta daqueles que serviam a Deus. Por conta disso, o povo hebreu serviria de exemplo para que as outras nações, ao tomarem conhecimento da fidelidade e dedicação do povo judeu, atentassem para o Deus Criador dos céus e da terra, e assim, abandonassem a idolatria e avareza com que estavam amortecidos em seus pecados (Cf. Dt 4.6-8). Contudo, esta proposta não foi bem entendida pelos israelitas, apesar de Moisés exortar continuamente o povo à obediência.
Desse modo, o povo de Deus não compreendeu que o mais primordial da lei divina era “o juízo, a misericórdia e a fé”, conforme o próprio Cristo afirmou (Cf. Mt 23.23). Pois o propósito moral da lei não era a mera observância dos preceitos mosaicos, a fim de estabelecer uma nova religião, repleta de formalidades. Pelo contrário, em Deuteronômio 4.1, Moisés deixa claro que os estatutos e os juízos ensinados, seriam praticados para que eles tivessem vida, pois estavam prestes a entrar na terra que o Senhor Deus os daria.
À vista disso, o propósito moral da lei está baseado na fé, pois a lei em si, não torna a pessoa íntegra ou mesmo justa diante de Deus, mas indica em que consiste a conduta santa e temente, daqueles que servem ao Criador com boa vontade, e não, na velhice da letra. A lei, em seu propósito moral também tinha como finalidade, levá-los a um relacionamento harmonioso com Deus e com o próximo. Pois para Deus, “O obedecer é melhor do que o sacrificar; e o atender melhor é do que a gordura de carneiros” (Cf. 1 Sm 15.22).
Portanto, fazendo assim, o coração do povo não estaria longe do seu Criador, e a prática da verdade não seria uma utopia para aqueles que estavam debaixo da lei, porquanto, como afirma o Salmista: “Os preceitos do Senhor são retos e alegram o coração; o mandamento do Senhor é puro e alumia os olhos. [...] Também por eles é admoestado o teu servo; e em guardá-los há grande recompensa” (Sl 19.8,11).

III. Cristo cumpriu a lei integralmente
Assim sendo, a lei assumiu um caráter transitório. Apesar de sua importância quanto ao tratado de Deus com o seu povo, a fim de libertá-los dos rudimentos egípcios em que estavam entrelaçados, todavia, a lei não podia tratar do problema do pecado. Mas pela graça, Cristo assumiu a forma humana e fez o que era impossível para os homens, visto que “a lei estava inflamada pelo pecado” (Cf. Rm 8.3).
O Comentário Histórico-cultural do Novo Testamento discorre a respeito: “[...] a expressão en sarki, ou ‘na carne’ está caracterizando a humanidade relacionada com Adão, que está nas garras de um pecado que modifica e distorce os desejos e as percepções, assim como as obras. Paulo está dizendo aqui que Cristo, ao assumir a semelhança humana relacionada com Adão, colocou um ponto final no que era antigo e introduziu uma nova época através de sua própria morte como um verdadeiro ser humano. Agora o crente está em Cristo, e se relaciona com Deus através do Espírito de Cristo. À medida que vivemos, e nos relacionamos com Deus sob a perspectiva de um novo ‘eu’, em lugar da perspectiva do antigo ‘eu’, descobrimos que os ‘justos requisitos’ da Torá foram, ‘plenamente atendidos’ em nossa vida” (CPAD, 2007, p.305).
Tendo em vista que somente Cristo cumpriu integralmente todo o propósito ético e moral da lei, é por meio da fé nEle que alcançamos a graça de Deus e também nos tornamos praticantes da essência da lei. Pois esta era e é o propósito da lei desde o início. Assim como Deus falou ao seu povo e estabeleceu ordenanças, afim de que praticassem tudo quanto é agradável a Deus, do mesmo modo, os que creem em Cristo, também praticam a justiça conquistada por Ele na Cruz.

Considerações finais
Concluímos assim, que o propósito ético e moral encontrado na lei mosaica, era fazer com que o povo santo e liberto por Deus da casa da servidão, entendesse que o Criador esperava que eles praticassem as ordenanças e os mandamentos com alegria. Pois o que o Senhor Deus os instruíra a fazer, por meio de Moisés, era para o próprio bem da nação, porquanto a promessa da Terra Prometida havia sido feita a Abraão e a sua posteridade, e de que forma poderiam tomar posse desta bênção, se não estivessem preparados.
Em razão disso, deveriam cumprir não um código carregado de ordenanças que nem eles mesmos podiam carregar. Antes, a vontade de Deus era o comprometimento de seus filhos em cumprir a sua boa, perfeita e agradável vontade, descoberta em sua lei, de modo que a sua Santa Palavra não caísse em descrédito ou mero formalismo, como parte de um cerimonial, mas que fosse refletida e vivida em espírito e em verdade. Assim, as exigências da lei, não seriam difíceis de ser praticadas pelo seu povo.
Mas Deus que é riquíssimo em misericórdia, e sabendo da insuficiência da lei, visto que estava enferma por conta do pecado embutido na natureza humana, por sua graça e seu grande amor, enviou o seu Filho Unigênito ao mundo, a fim de cumprir, por sua morte na cruz toda a exigência da lei. E deste modo, a justiça foi imputada aos que creem em Cristo Jesus, pois se tornam participantes do Reino de Deus e, de fato, cumpridores da sua vontade mediante a fé. Pois para isso, Deus escolheu um povo, santo e obediente, a fim de que cumprissem com integridade ética e moralmente a essência da sua Palavra.

Por Thiago Santos.
Educação Cristã.
Publicações. CPAD.

Lição 3 - 1º Trimestre 2015 - Adultos.

Lição 3

Não terás outros deuses
1° Trimestre de 2015
rev-adultos
INTRODUÇÃO

I – A AUTORIDADE DA LEI
II – O PRIMEIRO MANDAMENTO
III – EXEGESE DO PRIMEIRO MANDAMENTO
IV – MONOTEÍSMO
CONCLUSÃO
O PAGANISMO NO CONTEXTO HISTÓRICO DE ISRAEL
DEUTERONÔMIO 5.6,7
Na aula desta semana, veremos de que forma o paganismo esteve presente no contexto histórico da nação de Israel, durante e depois da saída do povo hebreu do Egito. Por vários anos, o paganismo (adoração a outros deuses) fez parte da prática religiosa do povo escolhido, a começar com Abraão em Ur dos Caldeus (Gn 11.31,32). De família idólatra, seu pai, Tera, servia aos ídolos e conduzia seus filhos no mesmo caminho, até que aprouve ao Senhor chamar Abraão e lhe fazer a promessa de uma descendência santa (Cf. Gn 12.1-9). Alguns anos depois, a descendência de Abraão desce ao Egito e ali se multiplica.
Com o tempo, a cultura egípcia influenciou o modo de vida dos hebreus a tal ponto, que os costumes pagãos se tornaram parte do seu cotidiano religioso. Por fim, Deus envia seu servo Moisés e com mão poderosa, os tira da casa da servidão no Egito, a fim de que Israel o sirva e o adore no deserto (Cf. Êx 13—14). Apesar de tantos sinais e maravilhas realizados, o povo torna a idolatria e se rebela contra Deus. Então, o Senhor enviou a sua lei, o “Decálogo”, ou, os Dez Mandamentos como é conhecido, a fim de que aprendessem a obediência. Em meio à crise espiritual em que Israel se encontrava, Deus ordenou: “Não terás outros deuses diante de mim” (Cf. Êx 20.3), ou seja, mais do que a revelação da soberania divina, o mandamento declara a exclusividade de adoração exigida pelo Senhor.
Visto que o propósito da lei era libertar o seu povo das raízes do paganismo que estavam aprofundadas em sua alma, de modo que o privava da comunhão com o Criador. Sendo assim, verifique com a classe, as decorrências do período de idolatria em que se encontrava a nação de Israel. Compartilhe com seus alunos, quais lições a respeito da libertação, podemos aprender com o exemplo do povo de Deus.

I. A idolatria no contexto histórico de Israel.
Em vista do que podemos observar, o paganismo esteve presente por muito tempo na história do povo hebreu. Somente, após o cativeiro babilônico, em que a terra descansou dos seus sábados, vemos que a idolatria se apartou de modo significativo do povo Judeu, porquanto, não há mais nenhuma referência a respeito desta prática idólatra em Israel. Porém, no processo de estabelecimento dos hebreus na Terra Prometida, encontramos o paganismo impregnado na vida social e religiosa da nação israelita, apesar de conhecerem as promessas abraâmicas. De fato, a idolatria trouxe um desgaste para a comunhão com Deus.
Durante a travessia pelo deserto, o povo se reuniu e resolveu fazer um bezerro de ouro, visto que Moisés demorava retornar do seu retiro espiritual de quarenta dias no monte Sinai; e disse Arão: “Estes são teus deuses, ó Israel, que te tiraram da terra do Egito” (Êx 32.4). Naquele instante, Deus falou com Moisés no alto do monte e contou-lhe o ocorrido. Moisés desceu, repreendeu o povo e quebrou aos pés do monte, as tábuas da lei, escrita pelo dedo do próprio Deus. Em seguida, ordenou a morte dos idólatras (Êx 32.19-29). São estes, dentre outros episódios, que narram a inconstância do povo israelita e o seu apego à idolatria.
Também notamos no período dos Juízes, quando Josué já descansava com seus pais, as Escrituras relatam que “Não havia rei em Israel; cada qual fazia o que parecia direito aos seus olhos” (Jz 17.6; 21.25). Nesse período, o povo estava entregue excessivamente ao paganismo e a palavra do Senhor era de muita valia. Então, Deus levanta Samuel como juiz, profeta e sacerdote, a fim de guiar o povo no caminho em que deve andar (1 Sm 2.18; 3.1; 7.15-17). Samuel aboliu a idolatria e renovou a vida religiosa do povo judeu (1 Sm 7.2-6). E desse modo, a história israelita foi assumindo forma, ora em adoração e temor, ora na idolatria e pecado. Até que chegasse o tempo em que o Senhor traria o cativeiro para extirpar de vez, a idolatria e outras práticas religiosas ilícitas do meio do povo escolhido por Deus.

II. Israel e a prática politeísta.
É importante ressaltar o fato de que, Israel passou quatrocentos e trinta anos na casa da servidão, subjugado aos ídolos do Egito, aprendendo toda a cultura pagã e politeísta do baixo Nilo, em que estavam escravizados (Êx 12.40). Em razão disso, os costumes pagãos tornaram-se parte da vida religiosa dos hebreus. O politeísmo, por exemplo, é resultado desta idolatria compulsiva. Esequias Soares relata a definição desta prática: “O politeísmo é a crença em muitos deuses. O termo deriva de duas palavras gregas, polys, ‘muito’, e theos, ‘Deus’. Era a religião dos antigos mesopotâmios, egípcios, gregos, romanos e do atual hinduísmo” (Os Dez Mandamentos: valores divinos para uma sociedade em constante mudança. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2014, p.28).
Portanto, era nesta perspectiva que a nação se encontrava, servindo a vários deuses, o que era comum na cultura egípcia, pois cada localidade específica tinha o seu deus. Mediante a isso, o Senhor escolheu seu servo Moisés, a fim de enviá-lo a casa de Faraó para libertar o seu povo da escravidão (Cf. Êx 3.10-14). Para tanto, Deus realizou uma série de prodígios por intermédio de Moisés, em que cada divindade egípcia que possuía grande influência sobre a nação foi, humilhada pelo poder de Deus (Êx 7—11). Todavia, ainda assim, o povo escolhido permaneceu na rebeldia e posteriormente, a idolatria tornou a fazer parte da vida religiosa da nação de Israel.

III. A libertação de Israel do paganismo.
Em face disso, Deus enviou ao seu povo, por meio das mãos de Moisés, a sua santa lei, pela qual, os israelitas deveriam receber a orientação referente à ética da vontade divina, a fim de obedecer tudo quanto fosse ordenado para o bem da nação (Êx 20.1-17). Nesse propósito, Deus ordenou que Moisés subisse ao monte Sinai, e ali o próprio Deus escreveu na tábua de pedra, os mandamentos que Israel deveria guardar e ensinar aos seus filhos (Êx 24.12; 31.18).
Conhecido como “Decálogo”, os Dez Mandamentos foram enviados para libertá-los dos ensinamentos egípcios e formar no povo uma concepção ética do que seria a vontade de Deus. Por esta causa, encontramos dentre os mandamentos divinos, o primeiro que diz “Não terás outros deuses diante de mim” (Êx 20.3). Como podemos observar, esse mandamento está relacionado diretamente com a soberania de Deus, e com a exclusividade de adoração que somente a Ele pertence, porquanto, não existe outro Deus além dEle (Cf Is 42.8; 45.5,6). Todos os outros deuses são vaidades e invenções, fruto da imaginação humana, os quais possuem alguma influência demoníaca por de trás de tamanha idolatria e paganismo.
O Comentário Bíblico Beacon ratifica tal informação: “Deus identifica quem tirou os filhos de Israel da servidão egípcia: O SENHOR. Visto que Ele os libertara e provara que era supremo, eles tinham de torná-lo seu Deus. Não havia lugar para competidores. Todos os outros deuses eram falsos. Diante de mim (v.3) significa ‘lado a lado comigo ou além de mim’. [...] Ele [Deus] sabia que o perigo estava na tendência de prestar submissão igual a outros deuses. Este mandamento destaca o monoteísmo do judaísmo e do cristianismo. ‘O primeiro mandamento proíbe todo tipo de idolatria mental e todo afeto imoderado a coisas terrenas e que podem ser percebidas com os sentidos’. Não existe verdadeira felicidade sem Deus, porque Ele é a Fonte de toda a alegria. Quem busca alegria em outros lugares quebra o primeiro mandamento e acaba na penúria e em meio a acontecimentos trágicos” (CPAD, 2005, p.189). Embora Deus tenha tirado o seu povo da casa da servidão, a libertação do paganismo ocorreu definitivamente com o cativeiro Babilônico, no ano 605 a.C., quando Deus começou a permitir que o mal atingisse o seu povo em decorrência da sua desobediência.

Considerações finais
Finalizando, notamos que a história da nação de Israel foi bem conturbada, pelo fato de que Deus esperava que seu povo, a quem Ele havia manifestado o seu poder e libertado da escravidão, o servisse com integridade. Todavia, isso não ocorreu, pelo contrário, Israel se entregou ao paganismo e por várias vezes se desviou da presença do Criador (Cf. Jr 2.13,17-19).
Com efeito, o período no Egito teve influência significativa na construção da nação israelita, seus valores e costumes estavam entrelaçados com a cultura egípcia e libertá-los desse sistema não seria tão fácil assim. De modo que, na saída do Egito, Deus realizou com mão poderosa, sinais, prodígios e maravilhas, porém, tirar o Egito de dentro deles era o mais difícil, visto que exigia a predisposição do povo em abrir mão das práticas ilícitas que corrompiam a comunhão com o Criador e os tornavam infrutíferos para com Deus.Em razão disso, Deus enviou a sua lei, a fim de instruí-los no caminho que deveriam seguir, eles e seus descendentes, de modo que aprendessem a ética encontrada na palavra de Deus e, assim, estivessem de acordo com a vontade do Criador (Dt 6.1-25).
Os Dez mandamentos, além de apresentar a soberania do Criador, demonstravam o afeto de Deus pelo seu povo à medida que exigia a exclusividade de adoração ao seu nome. Deus os amava e desejava que Israel desfrutasse de uma íntima comunhão com o Criador, e removessem do coração, qualquer apego ao paganismo que de certa forma, estava tão impregnado na alma dos hebreus. Do mesmo modo, o Senhor quer que o seu povo nos dias atuais, desapegue-se de tudo quanto é passível de ocupar o lugar de Deus, pois Ele espera uma entrega na totalidade, a fim de que o seu nome seja adorado e conhecido entre as nações.
Por Thiago Santos
Educação Cristã.
Publicações. CPAD

Lição 4 - 1º Trimestre 2015 - Adultos.

Lição 4

Não farás imagens de escultura
1° Trimestre de 2015
rev-adultos
INTRODUÇÃO

I – PROIBIÇÃO À IDOLATRIA
II – AMEAÇAS E PROMESSAS
III – O CULTO VERDADEIRO
IV – AS IMAGENS E O CATOLICISMO ROMANO

CONCLUSÃO
A VENERAÇÃO MARIANA OU MARIOLATRIA
ATOS 4.12
Na lição desta semana, estudaremos a respeito de uma prática que Deus abomina: a idolatria. Em toda a Escritura Sagrada, encontramos a admoestação divina a respeito desta veneração ilícita que adultera a genuína adoração que é devida somente a Deus, Criador dos céus e da terra. Todavia, muitas são as práticas idólatras encontradas em diversas religiões. Tudo isso, é fruto do anseio do coração do homem por um Deus que supra as suas necessidades.
Em razão disso, surgiram muitos personagens significativos ao longo da história que se tornaram influentes, e por isso, venerados por muitos, e até mesmo, depois de mortos, exercem papel importante na cultura local onde viviam. Como exemplo, vemos em nosso contexto atual, uma prática que adquiriu influência significativa no Cristianismo: a adoração a Maria, ou como é conhecida, “Mariolatria”.
Instituída pela Igreja Católica Apostólica Romana, a veneração a Maria acredita na deificação daquela que foi o instrumento de Deus para trazer o Salvador da humanidade a este mundo. Com base nessas concepções e dogmas, estudaremos quais os fundamentos da adoração mariana, mais especificamente abordados pelo catolicismo romano, e o que a Palavra de Deus afirma a respeito. Em virtude disso, o professor poderá refletir com seus alunos acerca das principais implicações desta tradição religiosa. Enfatize também, a respeito da incumbência especial designada a Maria de ser a bem aventurada serva do Senhor e escolhida para ser a mãe terrena do Salvador do mundo.

I. O contexto histórico da idolatria.
Para discorrermos sobre este assunto, é necessário que retornemos um pouco na história. A prática da idolatria é antiga, desde os tempos mais remotos da história da humanidade. Pelo fato do homem ser essencialmente espiritual e religioso, a busca pela proximidade com o divino não deixa de ser uma necessidade de explicação para tudo que existe no campo material. O mundo, os seres vivos e a própria existência são frutos de uma fonte inteligente com capacidade de criar e manter tudo o que existe no universo.
Em vista disso, o homem cria a imagem do divino, das mais diferentes formas e tamanhos possíveis, e isso, de acordo com as suas necessidades e, conforme o tipo de sociedade que está inserido. O Dicionário Bíblico Wycliffe comenta esta fase épica e cita os diversos tipos de adoração que existiram ao longo da história humana.
“a) Aminismo. Era a adoração ou reverência aos objetos inanimados, tais como pedra, árvores, rios, fontes e outros objetos naturais. Também havia a adoração a coisas animadas, tais como aos animais: touros ou bezerros sagrados, símbolos do princípio da reprodução e da procriação; a serpente, como símbolo de renovação anual, uma vez que ela troca sua pele velha por uma nova; e pássaros, tais como o gavião, a águia e o falcão, como símbolos de sabedoria e conhecimento interior. Estas formas animais eram às vezes combinadas com formas humanas como objetos de adoração — o teriomorfismo.
b) Divindades astrais. Era a adoração aos corpos celestes, tais como o sol, a lua, e as estrelas. Os elementos e as forças da natureza também eram reverenciados e adorados: tempestades, ar, fogo, água e terra. Consequentemente, os deuses da vegetação e o genii loci (‘espírito do lugar’) recebiam uma posição importante.
O princípio da fertilidade era frequentemente divinizado como uma deusa-mãe como as imagens de Éfeso indicam. Isso envolvia a adoração ao sexo e a glorificação da prostituição.
Havia a tendência comum da adoração aos heróis, que também incluía os ancestrais mortos da tribo ou do clã.
c) Totemismo. Representava não apenas a atividade em artes e ofícios, mas a adoração ao deus ou à deusa que eram patronos do clã, qualquer que fosse a imagem sob a qual a divindade tivesse sido concebida. Geralmente este era um animal selvagem ou um pássaro, ou ainda a combinação de uma das formas animais com a humana.
d) Idealismo. Envolvia a adoração a conceitos abstratos tais como a sabedoria e a justiça. A adoração ao imperador deve ser incluída. Os reis, por terem o poder da vida e da morte sobre seus súditos, passaram a ser divinizados. ‘Ave César’ significava mais que um desejo de ‘vida longa ao rei’, assim como Heil Hitler’ (Salve Hitler); estes eram atos de adoração” (CPAD, 2010, p.945).

II. Fundamentos da adoração mariana.
Em decorrência dessas práticas religiosas e sincréticas de adoração, encontramos por volta do ano 431 d.C., no concílio ecumênico de Éfeso, a declaração da deificação da Virgem Maria na Igreja Católica Romana, considerando-a “Mãe de Deus”. Desde então, a adoração ou veneração a Maria, como alguns assim a chamam, veio a se propagar pelos países que adotaram o Cristianismo católico como religião.
Com base nisso, muitos teólogos romanistas entendem que não há problema algum na prática de veneração a Maria, visto que, ela foi a “bem aventurada” e “escolhida” do Senhor para dar à luz ao Salvador do mundo. De fato, Maria se dispôs ousadamente em ser instrumento da graça de Deus, e assim, a virtude do Altíssimo a envolveu de tal maneira que foi cheia do Espírito Santo. De modo humilde, a jovem que era fiel ao Senhor, disse: “Eis aqui a serva do Senhor; cumpra-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1.38), de maneira que no tempo aceitável, a promessa se cumpriu e o menino nasceu (Cf. Lc 2.6,7).
Não obstante, a Palavra de Deus não atribua a Maria nenhum tipo de glorificação, há algumas ramificações do Cristianismo que concordam com a sua deificação e a contemplem com tal mérito. Na obra Heresias e Modismos de Ezequias Soares, o autor discorre: “O termo ‘mariolatria’ vem de Maria, forma grega do nome hebraico (miryâm), ‘Miriã’ de latreia, ‘serviço sagrado, culto’. A mariolatria é o culto, ou a adoração de Maria, estabelecido pelo catolicismo romano ao longo dos séculos.
[...] Os teólogos católicos fazem distinção de três palavras gregas: latria, dulia, e hiperdulia. Afirmam que latria é um termo usado para culto de adoração somente a Deus. Dulia, do grego douleia, que significa ‘escravidão’, aparece como ‘servidão’ na ARC (Rm 8.15,21; Gl 4.24; 5.1; Hb 2.15), no entanto, para esses teólogos, o termo traz a ideia de ‘veneração aos santos canonizados’, incluindo a honra dos santos em busca da intercessão deles diante de Deus.
O termo hiperdulia sequer aparece no Novo Testamento e nem mesmo nos dicionários e léxicos gregos. A preposição (hyper) traz a ideia de superioridade, na língua grega, então, hiperdulia seria uma super servidão. Para os católicos, porém, não chega a ser uma adoração, é mais que veneração. O culto oferecido a Maria, segundo o clero romano, seria a hiperdulia.
A distinção entre culto de latria e culto de dulia não existe na Bíblia, não existem graus de adoração. É a maneira sutil de adorar a Maria sem usar o termo adoração, para não espantar o povo. A Bíblia proíbe adorar e ajoelhar-se diante de qualquer ser que não seja o Deus verdadeiro, independentemente de estar na terra ou no céu” (CPAD, 2006, p.221-23).

III. O que a Bíblia afirma concernente a adoração mariana
A respeito da prática de adoração mariana, a Escrituras Sagradas afirmam que “Em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos” (At 4.12). Sendo assim, não há outro nome, ou outro meio pelo qual possamos chegar ao trono da graça. Cristo é o único caminho (Cf. Jo 14.6), e o único mediador entre Deus e os homens (Cf. 1 Tm 2.5).
Desse modo, não é bíblica qualquer espécie de adoração direcionada a Maria, visto que, ela, assim como os demais seres humanos, nasceu decadente por conta do pecado original. Assim, é também contestável o dogma da “Imaculada Conceição” que nega que Maria tenha nascido isenta da culpa do pecado original, pois a Palavra de Deus afirma que: “Como está escrito: Não há um justo, nem um sequer (Cf. Rm 3.10), e, “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (3.23) e, “Pelo que, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram” (5.12).

Da mesma maneira, é equivocado o dogma que sustenta a perpétua virgindade de Maria, visto que após o nascimento de Cristo, Maria teve outros filhos de José (Cf. Mt 1.25; 12.47; 13.55). Ainda na obra Heresias e Modismos, encontramos a respeito: “Esse dogma não tem sustentação bíblica e era desconhecido da igreja nos primeiros três séculos da história do cristianismo. Os pais da igreja, como Tertuliano e Orígenes, rejeitaram essa doutrina. Foi a partir do século IV que quase todos os pais da igreja defenderam-na. Sua preocupação era com a vida ascética nos monastérios em que vivia a maioria deles, pois queriam ter vida celibatária, e tal dogma ajudava a parecer-se com Maria” (CPAD, 2006, p.239).

De modo que, é inegável que a preocupação católica era manter a conduta dos seus sacerdotes de forma celibatária por meio do dogma da virgindade mariana. Portanto, os dogmas apresentados pelo concilio católico, a fim de sustentar a ideia da adoração mariana é passível de refutação, visto que, não há base bíblica para tal argumentação.

Considerações finais

Em face do que aprendemos, a idolatria é uma das práticas pecaminosas que mais ferem o coração de Deus, visto que vai de encontro a sua soberania e natureza. Embora Deus tenha se revelado de diversas maneiras à humanidade, por último se manifestou através de seu Filho Amado Jesus Cristo e, ainda assim, o rejeitaram e o crucificaram em uma cruz. Por conseguinte, instituíram heróis para si, conforme o que bem pareceu aos seus olhos, assim escolher, deixando de lado a adoração ao verdadeiro Deus e voltando-se aos ídolos, obras das mãos de homens. Tal atitude entristeceu muito o coração de Deus.

Em vista disso, encontramos em nossos dias, mais especificamente, da parte do catolicismo romano, algumas práticas sincréticas e de adoração a Maria, prestando-lhe o titulo de “Mãe de Deus”, pelo fato de ter sido esta, o instrumento que trouxe o Salvador ao mundo. Em contrapartida, a Palavra de Deus não reconhece tal prática de adoração, pois deixa claro que, nem em cima no céu, nem debaixo da terra, não existe outro nome pelo qual possamos ser salvos, a não ser por intermédio de Cristo (Cf. At 4.12).

Portanto, a bem da verdade é que Maria se dispôs como serva de Deus, ainda que pecadora, mas fielmente se permitiu ser usada por Deus para a realização de tal feito e, por isso, foi reconhecida como “a bem aventurada”. Com isso, o exemplo de submissão e coragem de Maria é digno de ser considerado, embora, Deus não tenha deixado nenhuma ordenança que a torne digna de veneração ou mesmo de adoração alguma (Cf Lc 1.38; At 4.12).

Por Thiago Santos
Educação Cristã.
Publicações. CPAD

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Lição 13 - 4º Trimestre 2014 - Jovens e Adultos.

Lição 13 - O tempo da profecia de Daniel

Daniel 12.3



INTRODUÇÃO

I – O TEMPO DA PROFECIA (Dn 12.1)

II – RESSURREIÇÃO E VIDA ETERNA (Dn 12.2-4)

III – A PROFECIA FOI SELADA (Dn 12.8-11)

CONCLUSÃO


O GALARDÃO DE DEUS AOS QUE ENSINAM A JUSTIÇA
Neste trimestre, aprendemos concernente a integridade moral e espiritual daqueles que possuem uma aliança de amor com o Criador. Por conseguinte, encontramos também na profecia de Daniel que há uma recompensa para aqueles que servem a Deus e ensinam a sua justiça aos simples. O profeta anuncia que haverá um dia, em que todos quantos instruem a justiça, resplandecerão no Reino de Deus, ou seja, receberão o galardão da recompensa por anunciarem as verdades da graça de Deus. O ensino da justiça consiste na sabedoria que vem do Alto, transmitida por intermédio dos “sábios e instruídos” na Palavra de Deus, dentre eles, Daniel que foi relevante para o seu tempo durante o período do cativeiro babilônico.

Da mesma forma, os que ensinam a palavra de Deus com dedicação e anunciam o evangelho de Cristo, também receberão o galardão da justiça quando nosso Senhor vier nas nuvens do céu. Porquanto, assim como a igreja é conhecida como sal da terra e luz do mundo, também há de resplandecer quando receber da mão do Senhor a coroa de glória por ter realizado a obra de Deus com tanto primor. Partindo desta premissa, o professor poderá apresentar aos seus alunos, o quadro profético encontrado nas Escrituras, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento concernente a entrega dos galardões. Enfatize também a respeito da sabedoria do Alto concedida aos “sábios e instruídos na justiça divina”.

A profecia de Daniel e a entrega dos galardões


Em vista disso, a profecia de Daniel declara que “os sábios resplandecerão como o resplendor do firmamento e muitos que ensinam a justiça refulgirão como estrelas eternamente” (cf. Dn 12.3). A predição aponta para um tempo futuro em que haverá um dia em que todos os que praticaram a Palavra de Deus e se dedicaram ao ensino da justiça, hão de receber a recompensa por terem realizado com dedicação a Obra de Deus que é de tamanha relevância neste mundo.

Precedente a isso, Daniel descreve de forma sucinta o evento mais esperado pelos crentes do Novo Testamento e que o apóstolo Paulo faz referência em suas epístolas: a ressurreição dos mortos e o Arrebatamento da Igreja (cf. Dn 12.1-3). Naquele dia, ao soar da trombeta, o mesmo Senhor descerá do céu com alarido e voz de arcanjo a encontrar a igreja nos ares (1 Ts 5.16). Tal evento será precedido pela ressurreição dos mortos, descrita por Daniel.

Em seguida, todos estarão com Cristo nos ares. Somente então, todos hão de receber a recompensa de tudo quanto realizaram para Deus. Dessa forma, podemos observar na revelação concedida a Daniel que Deus fará justiça aos seus servos que entregaram suas vidas a fim de levarem o ensino da justiça a todos que Deus ordenara declarar a sua Palavra.

O ensino da justiça aos simples


Desse modo, a justiça anunciada pelos “sábios e instruídos”, não consistia em sabedoria humana ou filosofias vãs. Antes, o teor do ensino instruído por estes homens provinha do Alto, a fim de transmitirem a mensagem do Reino em qualquer época que Deus apontasse que deveriam anunciar. Muitos destes eram verdadeiros profetas do Altíssimo que entregaram suas próprias vidas para serem mortos, outros passaram fome, ficaram doentes, sofreram rejeição de seus próprios familiares e etc. Tudo isso por causa da mensagem de Deus que foram incumbidos de anunciar.

Entretanto, não recuaram em ensinar a justiça divina aos simples de coração. De acordo com o Dicionário Bíblico Vine, a justiça de Deus possui várias designações: “A palavra justiça engloba tudo o que Deus espera do seu povo. Os verbos associados com ‘justiça’ indicam a praticabilidade deste conceito. A pessoa julga, trata, sacrifica e fala com justiça; e a pessoa aprende, ensina e busca a justiça. Fundamentado num relacionamento especial com Deus, o santo do Antigo Testamento pedia a Deus que o tratasse com justiça: ‘Ó Deus, dá ao rei os teus juízos e a tua justiça, ao filho do rei’ (Sl 72.1). A Septuaginta dá as seguintes traduções: dikaios (‘aqueles que são retos, justos, íntegros, que se conformam com as leis de Deus’); dikalosune (‘justiça, retidão’); e eleemousune (‘escritura de terra, esmola, doação de caridade’)” (CPAD, 2002, p.163).

Desta forma, em várias referências bíblicas, encontramos a justiça divina manifesta nas mensagens anunciadas pelos profetas ao seu povo, a fim de que conhecessem a justiça e a praticasse. Portanto, é inerente ao caráter de Deus a justiça e Ele deseja que o homem aprenda a praticar a justiça também. “Mas o que se gloriar glorie-se nisto: em me conhecer e saber que eu sou o Senhor que faço beneficência, juízo e justiça na terra; porque destas coisas me agrado, diz o Senhor” (Jr 9.24).

A recompensa de Cristo para sua Igreja

Da mesma forma, a Igreja de Cristo também será recompensada pelo seu empenho em anunciar o caminho da graça. Aos que se dedicam em apregoar o evangelho de Cristo, será concedido o galardão da Herança prometido aos santos. Havendo a Igreja sido arrebatada, dará inicio o momento designado como Tribunal de Cristo.

Na obra de Eurico Bérgsten, Teologia Sistemática, encontramos a seguinte explicação: “Nesse ponto iremos meditar sobre o que acontecerá logo após o encontro entre Jesus e a Igreja, nas nuvens (cf. 1 Ts 4.17), no ‘Dia de Cristo’ (cf. Fp 1.6). O povo arrebatado, já com seus corpos glorificados, comparecerá perante o tribunal de Cristo (cf. 2 Co 5.10; 1 Co 1.8), para que suas obras realizadas no corpo como crentes sejam provadas, a fim de que recebam ou não o galardão. Aqui não se trata do julgamento do trono branco, pois este acontecerá logo após o Milênio (cf. Ap 20.11-15). [...] Paulo escreve que ‘todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem ou mal’ (2 Co 5.10), referindo-se tanto aos que ressuscitarem como aos que foram arrebatados no momento da vinda de Jesus (cf. 2 Co 5.8). Ali, cada um dará conta de mesmo (cf. Rm 14.10-12)” (CPAD, 2013, pp.326-27).

Desse modo, a Igreja do Senhor, considerada o sal da terra e a luz que ilumina este mundo tenebroso, há de ser recompensada por realizar a obra de Deus com avidez e primor. A promessa de Cristo ao que vencer, receberá a coroa da vida, guardada para os fieis (Ap 2.10). Portanto, a exortação da Palavra aponta para que a Igreja não seja negligente na realização da obra de Deus, pois nossas obras serão julgadas a fim de que recebamos ou não o galardão da herança (cf. 1 Co 3.8,14).

Considerações finais

Portanto, podemos entender que a integridade moral e espiritual dos que possuem uma aliança de amor com o Eterno, é aprovada através do comprometimento que demonstram com o serviço da obra de Deus. O Senhor declarará: “Bem está, bom e fiel servo. Sobre o pouco foste fiel, sobre o muito te colocarei; entra para o gozo do teu Senhor” (Mt 25.23). Assim, aos que serviram a Deus e ensinaram a sua justiça com alegria e satisfação, receberão o galardão da herança prometido aos que anunciam as verdades da graça de Deus.

Por esta causa, a Igreja deve se atentar quanto ao trabalho realizado neste tempo presente. Se a falta de sabedoria é a justificativa para deixarmos de realizar a missão que nos foi incumbida, devemos pedir a graça de Deus que conceda a sabedoria do Alto a fim de realizarmos a sua obra com precisão. Se por acaso nos falta conhecimento, devemos nos ater a buscar estudar de maneira sistemática a Palavra de Deus, a fim de crescermos na graça e no conhecimento de sua Palavra. Desse modo, estaremos capacitados para toda boa obra (cf. 1 Tm 4.13,15,16; 2 Tm 2.1-7,15).

Considerando tais admoestações, que o estudo deste trimestre tenha sido relevante na vida de cada classe e a partir do exemplo de Daniel e seus amigos, possamos agregar valores a nossa vida cristã de maneira que a mesma integridade moral e espiritual encontrada nestes homens seja encontrada também em nós e, por fim, possamos receber de Deus o galardão da herança, ao encontrarmos o Senhor nos ares.

Por Thiago Santos
Educação Cristã
Publicações CPAD

Lição 13 - 4º Trimestre 2014 - Juvenis 15 a 17 anos.

Lição 13 - A febre dos Anjos

Texto Bíblico: Colossenses 2.4,18,19



ANJO

(hebraico mal’ak e grego aggelos, “agente”, “mensageiro”)

Natureza e Hierarquia dos Anjos

Os anjos são uma ordem sobrenatural de seres celestiais criados separadamente por Deus antes da criação do mundo (cf. Jó 38.6,7) e chamados de espíritos (Hb 1.4,14). Embora sem organismo corpóreo, foi-lhes permitido aparecer frequentemente na forma de homem (Gn 19.1,5,15; At 1.11). As Escrituras os descrevem como seres pessoais, mais elevados que a raça humana (Sl 8.4,5) e não meras personificações. Eles não são seres humanos glorificados (1Co 6.3; Hb 1.14). Possuem mais do que conhecimento humano, mas ainda assim não são onipotentes (Sl 103.20; 2Pe 2.11; 2Ts 1.7). Também não são onipresentes (Dn 10.12-14). Às vezes são capacitados para realizar milagres (Gn 19.10-11). O NT revela que existem grandes multidões de anjos no céu (Mt 26.53; Hb 12.22; Ap 5.11).

Os anjos têm, individualmente, diferentes capacitações e hierarquias ([...] Querubim; Serafim), e são altamente organizados (Rm 8.38; Ef 1.21; 3.10; Cl 1.16). Dois dos anjos mais importantes são Gabriel (Dn 8.16; 9.21; Lc 1.19,26) e Miguel, o arcanjo (Dn 10.13,21; 12.1; Judas 9; Ap 12.7). Satanás era um dos querubins e era chamado “querubim ungido para proteger” (Ez 28.14). Portanto, ele era um dos mais elevados bem como um dos mais dotados dentre as hostes celestiais (Ez 28.13-15) até que caiu. 

Texto extraído do: “Dicionário Bíblico Wycliffe”, editado pela CPAD

Lição 13 - 4º Trimestre 2014 - Adolescentes 13 e 14 anos.

Lição 13 - Bom é ter amigos!

Texto Bíblico: Filemon 8-21



Ocasião e propósito da Epístola a Filemom
Onésimo tinha vindo à fé em Cristo enquanto esteve em Roma e estava retornando a Colossos, ao seu senhor, Filemom.

Por estar aprisionado de uma forma exclusiva em uma casa alugada, Paulo pôde receber um fluxo constante de visitas e pregar e ensinar livremente a Palavra de Deus, durante dois anos (At 28.17-31). Durante este período, o jovem Onésimo ouviu as Boas Novas e tornou-se um seguidor de Cristo (v. 10). Onésimo tinha roubado dinheiro do seu senhor, Filemon, e tinha fugido para Roma. Agora, como um cristão novo convertido, ele estava se preparando para voltar a Colossos e a Filemom. 

Paulo escreveu esta carta visando o interesse de Onésimo, incentivando Filemon a ver o jovem não mais como um escravo, mas como um “irmão” no Senhor (v.16). Assim, Paulo esperava que Filemom pudesse recebê-lo (v.17), perdoá-lo (v.18,19), e talvez até mesmo libertá-lo (v.21).

O apelo de Paulo baseia-se no amor que ambos tinham por Cristo (v.9), no seu relacionamento (v.17-19), e na sua autoridade como apóstolo (v.8). Não se conhece a resposta de Filemom, mas seria difícil imaginá-lo não dando as boas vindas a Onésimo como seu novo irmão em Cristo.

Uma das lições desta curta carta é o exemplo de Paulo. Ele escreveu como o advogado de Onésimo, confiando que este poderia retornar, apresentar-se a Filemom, e arcar com as consequências dos seus atos. Paulo acredita em Onésimo, que ele é um verdadeiro irmão na fé. Paulo faz mais do escrever e apoiar este escravo fugitivo, ele também sustenta as palavras com os seus recursos financeiros – Paulo se oferece para pagar por qualquer dano que Onésimo possa ter causado ou por qualquer coisa que possa ter roubado (v.18). 

Outra lição diz respeito ao poder que o Evangelho tem de unir as pessoas. Em opostos extremos na sua sociedade, estavam Filemom e Onésimo, mas ainda assim se tornaram irmãos unidos, por meio da sua fé comum em Cristo. Deus pode reconciliar as pessoas independentemente das suas diferenças ou ofensas.

Texto extraído da obra “Comentário do Novo Testamento: Aplicação Pessoal” Rio de Janeiro: CPAD.

Lição 13 - 4º Trimestre 2014 - Pre Adolescentes 11 e 12 anos.

Lição 13 - O futuro da igreja

Texto Bíblico: Mateus 24.37-44



“A Bíblia é clara e não admite especulações: o arrebatamento dar-se-á a qualquer instante, Jesus Cristo virá como o ladrão da noite (1 Ts 5.4; Pe 3.10). Vigiemos, pois, para que este dia não nos surpreenda. Uma das bem-aventuranças do Apocalipse é endereçada, justamente, àqueles que se acham vigilantes: ‘Eis que venho como ladrão, bem-aventurado aquele que vigia e guarda as suas vestes, para que não ande nu, e não se vejam as suas vergonhas’ (Ap 16.15). Por conseguinte, virá o Senhor Jesus inesperadamente, e surpreenderá a muitos que, ao invés de estarem vigiando, encontrar-se-ão embriagados com os cuidados e prazeres deste  mundo. Você está esperando a Cristo? Encontra-se vigilante? Cuidado, para não ficar envergonhado naquele grande e glorioso dia (Texto extraído das Lições Bíblicas,CPAD 2004).

Boa ideia

Apresente aos alunos o seguinte quadro, ele ajudará na compreensão de como se dará o arrebatamento:

1ª Ressoada a trombeta de Deus, descerá o Senhor Jesus dos céus com alarido e voz de arcanjo (1 Ts4.16)

2ª Em seguida, os que morreram em Cristo ressuscitarão, sendo, de imediato, trasladados (1Ts4.16)

3ª Ato contínuo, os que estivermos vivos seremos transformados, arrebatados e lavados todos ao encontro do Senhor (1 Ts 4.17)

Lição 13 - 4º Trimestre 2014 - Juniores 9 e 10 anos.

Lição 13 - Céu e inferno

Leitura Bíblica: Apocalipse 20.10,11,15; 22.1-5



CRESCENDO NO CONHECIMENTO

“A Cidade de Glória. Em Apocalipse 21, encontramos a descrição da cidade eterna de Deus. Essa é uma cidade de grande glória que, conforme creio, é aquela à qual Jesus se refere em seu ministério terreno quando diz a seus discípulos: ‘Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito, pois vou preparar-vos lugar. E, se eu for e vos preparar lugar, virei outra vez e vos levarei para mim mesmo, para que, onde eu estiver, estejais vós também” (Jo 14.2,3). Cristo preparou pessoalmente os lugares para essa morada gloriosa de seus seguidores. [...]

As Escrituras asseguram-nos que o inferno é um lugar real. Mas ele não fazia parte da criação primeira de Deus, quando Ele viu que ‘era muito bom’ (Gn 1.31). O inferno foi criado posteriormente para acomodar o banimento de Satanás e de seus anjos caídos que se rebelaram contra Deus (Mt 25.41). As pessoas que rejeitam a Cristo se juntam a Satanás e aos seus anjos caídos nesse lugar de sofrimento terrível.” 

O cristianismo segundo a Bíblia. CPAD. p.256-264

SAIBA MAIS
“Como professor, você sabe que os conselhos que dá aos alunos são importantes, e às vezes mais importantes do que o conhecimento da matéria ou as habilidades que você compartilha. Visto que a sua esfera de influência inclui não só os alunos, mas também colegas, administradores, pais e o público em geral, você quer ter a certeza de que o conselho que está oferecendo é biblicamente perfeito.

A melhor maneira de se fazer isso, naturalmente, é certificar-se de que você sabe o que a Bíblia diz sobre os tópicos e questões relevantes para aqueles à sua volta. É importante que eles entendam que embora o seu conselho possa ser filtrado através das suas próprias experiências, ele vem do padrão de vida que é dado por Deus.

Se você já ouviu os seus alunos, mesmo aqueles que se denominam cristãos, ou conversou a respeito de suas crenças, você sabe que há uma mentalidade em ação — uma dose de cristianismo, uma pitada de budismo e uma quantidade liberal de pragmatismo. Quando eles perguntam o que você acha, você deve apresentar uma declaração clara, gentil e amorosa deixando a porta aberta para uma discussão posterior.

E, como sempre, o seu conselho terá mais peso se aqueles que estão à sua volta conhecerem tanto a sua pessoa como as suas palavras: honesto, animador e sempre acreditando no melhor sobre os outros.

Quando as pessoas souberem que você não fala apenas para ouvir a si próprio, mas porque leva a sério os seus princípios, e que as suas crenças alimentam a qualidade do seu trabalho e a sua conduta, você ficará surpreso pela quantidade de indagações que chegarão ao seu caminho. Quando isso acontecer, saiba que Deus está trabalhando, que a luz Dele está brilhando em você, confiando que o Senhor lhe ajudará a dizer as palavras certas no momento certo.” 

Graça diária para professores. CPAD. p-303

ATIVIDADES

Bem, neste domingo você deve estar terminando o livro do plano de freqüência com as crianças. Portanto, gostaria de dar umas sugestões relacionadas a essa atividade.

1.    Oriente as crianças a elaborarem um sumário. Demonstre através de um exemplar de livro como se faz.
2.    Você também pode sugerir que elas produzam uma página com dedicatória e outra com agradecimentos.

Além disso, gostaria de sugerir que você programasse uma tarde de lançamento dos livros para que as crianças se sintam prestigiadas. Confeccione convites para que elas possam convidar a família e os amigos. Prepare um lanche. Tenho certeza de que será uma bênção!

Lição 13 - 4º Trimestre 2014 - Primários 7 e 8 anos.

Lição 13 - Meu coração é a Casa de Deus

Texto Bíblico: João 14.15-23



CRESCENDO NA GRAÇA E NO CONHECIMENTO

“O Paracleto é identificado como o Espírito da verdade (17), ‘que traz a verdade e a imprime na consciência do mundo.’ Mas este Dom não é para todos os homens. O mundo não pode recebê-lo, pela simples razão de que este não o vê, nem o conhece (17). ‘Aquilo que é espiritual não pode ser compreendido pelos homens ímpios, mas somente por aqueles cujas almas estão harmonizadas com o reino espiritual.’ Mas a promessa é íntima, pessoal e preciosa para aqueles que o conhecem: vós o conheceis, porque habita convosco e estará em vós (17; cf. At 2.4; Rm 8.9; 1 Jo 2.27; 2 Jo 2). Uma vez que habitava em Jesus, o Espírito estava com os discípulos. Mas quando Jesus ascendeu aos céus e o Espírito veio, no Pentecostes, Ele passou a estar dentro deles. Esta bênção é recebida através do batismo no Espírito.” 

Comentário Bíblico Beacon. CPAD. p.124-125

SAIBA MAIS

“Como professor, você sabe que os conselhos que dá aos alunos são importantes, e às vezes mais importantes do que o conhecimento da matéria ou as habilidades que você compartilha. Visto que a sua esfera de influência inclui não só os alunos, mas também colegas, administradores, pais e o público em geral, você quer ter a certeza de que o conselho que está oferecendo é biblicamente perfeito.

A melhor maneira de se fazer isso, naturalmente, é certificar-se de que você sabe o que a Bíblia diz sobre os tópicos e questões relevantes para aqueles à sua volta. É importante que eles entendam que embora o seu conselho possa ser filtrado através das suas próprias experiências, ele vem do padrão de vida que é dado por Deus.

Se você já ouviu os seus alunos, mesmo aqueles que se denominam cristãos, ou conversou a respeito de suas crenças, você sabe que há uma mentalidade em ação — uma dose de cristianismo, uma pitada de budismo e uma quantidade liberal de pragmatismo. Quando eles perguntam o que você acha, você deve apresentar uma declaração clara, gentil e amorosa deixando a porta aberta para uma discussão posterior.

E, como sempre, o seu conselho terá mais peso se aqueles que estão à sua volta conhecerem tanto a sua pessoa como as suas palavras: honesto, animador e sempre acreditando no melhor sobre os outros.

Quando as pessoas souberem que você não fala apenas para ouvir a si próprio, mas porque leva a sério os seus princípios, e que as suas crenças alimentam a qualidade do seu trabalho e a sua conduta, você ficará surpreso pela quantidade de indagações que chegarão ao seu caminho. Quando isso acontecer, saiba que Deus está trabalhando, que a luz Dele está brilhando em você, confiando que o Senhor lhe ajudará a dizer as palavras certas no momento certo.” 

Graça diária para professores. CPAD. p-303

ATIVIDADES

O mais importante nesta lição é que seus alunos tenham a convicção de que o próprio Deus deseja morar em nosso coração. E quando Ele começa a morar em nós, podemos sentir a sua paz, o seu amor e a sua alegria.

Peça para as crianças fecharem seus olhos. Em seguida, ligue um ventilador de modo que o vento possa soprar sobre todas as crianças. Ainda de olhos fechados, pergunte-lhes se podem ver o vento. Após responderem, pergunte novamente: “Mas vocês estão sentindo o vento, não estão?”

Assim como o vento, não podemos ver Deus, mas podemos senti-lo em nosso coração.