quinta-feira, 18 de outubro de 2018

Lição 03 - 4º Trimestre 2018 - Conhecendo os Meus Limites - Pré Adolescentes.

Lição 3 - Conhecendo os meus Limites 

4º Trimestre de 2018
Texto bíblico: Provérbios 6.23; Hebreus 12.5-11.
Prezado(a) professor(a),
Na lição desta semana seus alunos aprenderão a lidar com os limites. Na fase da pré-adolescência é difícil encontrar o nível de equilíbrio entre administrar o tempo, a vida e as escolhas. Todas essas decisões passam pelo crivo do conselho, da orientação e do direcionamento dos adultos. Por esse motivo a disciplina exerce papel primordial na educação para que os alunos aprendam a lidar com os limites. Até mesmo no espaço da Escola Dominical a disciplina é necessária para que se construa o caráter cristão de maneira consolidada. A Palavra de Deus trata várias vezes a respeito da importância da disciplina para o amadurecimento na fé (cf. Pv 4.1-5). A disciplina foi a ferramenta utilizada pelos apóstolos para ensinarem as verdades celestiais com afinco e corrigirem aqueles que se comportavam de maneira desordeira e desobediente ao evangelho (cf. 2 Tm 3.16,17). Mas não é somente de limites e obrigações que se aprende a fazer a vontade de Deus. É preciso que haja disciplina no sentido de organização para aprender. Esta não pode ser imposta em sentido algum, mas o aluno deve atentar para o fato de que somente tendo uma vida disciplinada será possível alcançar resultados significativos em seu futuro. Neste caso a disciplina é fundamental para a vida de qualquer pessoa não importa a idade.
A. A disciplina para o crescimento espiritual. Receber uma correção certamente não é uma situação confortável para uma pessoa, quanto mais para um pré-adolescente, afinal de contas, ninguém em sã consciência gosta de ser chamado à atenção. Todos nós queremos ser aprovados pela conduta perante as pessoas. Entretanto, muitas vezes, somos surpreendidos pelo Senhor em situações que achávamos estar corretos, e o Senhor nos repreende para que estejamos melhores em sua presença (cf. Hb 12.5-8). Este é um entendimento difícil de ser assimilado pelos pré-adolescentes devido à fase que estão atravessando. Muitos não sabem se ainda são crianças ou se já estão na adolescência. Por ser uma fase de transição, tudo se torna um pouco mais complicado. No entanto, é importante enfatizar que a disciplina é o caminho ideal para alcançarmos resultados efetivos, inclusive, em nossa vida espiritual. A disciplina com a oração, leitura e meditação na Palavra de Deus, além de um comportamento cristão exemplar, certamente, são fundamentais para que se obtenha um crescimento espiritual satisfatório.
B. A disciplina importante para o aprendizado. Outro aspecto importante que deve ser considerado é o fato da disciplina para os estudos. Estudar exige disciplina e na fase que seus alunos estão é preciso que haja dedicação aos estudos. Seja com relação ao estudo secular ou mesmo da Palavra de Deus, a disciplina é uma ferramenta extremamente necessária. Vale ressaltar que estudar, embora não seja uma atividade prazerosa para muitos, não deixa de ser um compromisso necessário. Imagine um velocista que se dispõe a uma competição com vários finalistas de alta performance. Todos os que ali estão presentes não chegaram à final por acaso. O trabalho realizado por cada velocista é resultado de um intenso período de treinamento pesado. Vence na final aquele que no dia da competição encontra-se melhor preparado. Da mesma maneira, seus alunos precisam aprender que estudar, apesar de não ser tão prazeroso para alguns, é indispensável para alcançar um futuro profissional promissor. Assim também ocorre na área espiritual, pois o crescimento espiritual é resultado de uma vida disciplinada na observação dos valores bíblicos e no exercício de uma conduta exemplar (cf. 1 Tm 4.8). Seja qual for a área da vida de qualquer pessoa a disciplina é o componente indispensável para se obter resultados satisfatórios.
Finalmente, compreender a importância da disciplina é um entendimento que não deve ser compartilhado em apenas uma aula. A disciplina para estudar, para aprender e tomar decisões faz parte da dinâmica da vida de seus alunos. Compartilhe com eles estas verdades e proponha uma tempestade de ideias a partir da palavra disciplina. Escreva a palavra DISCIPLINA no centro do quadro, distribua um pequeno pedaço de papel (você pode utilizar pot-it = bloco adesivo) e peça que escrevam em quais ocasiões a disciplina é necessária. Utilize fita adesiva no verso dos cartões para fixar no quadro. Ao final, compartilhe com seus alunos a importância da disciplina para cada ocasião citada por eles e construa uma reflexão a partir das frases escritas no papel.
Por Thiago Santos
Educação Cristã - Publicações CPAD
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Lição 03 - 4º Trimestre 2018 - A Respeito dos Dons, não Sejais Ignorantes - Adolescentes.

Lição 3 - A Respeito dos Dons, não sejais ignorantes 

4º Trimestre de 2018
ESBOÇO DA LIÇÃO
O CONCEITO DE DONS ESPIRITUAIS
CLASSIFICANDO OS DONS
DONS DE LÍNGUA E DOM DE PROFECIA: PARA QUE SERVEM?
Pentecostalismo e protestantismo
Valmir Nascimento
Em tempos de comemoração do aniversário da Reforma Protestante, que neste ano completa 499 anos, é comum reacender a discussão a respeito de quem faz parte da tradição protestante dentre os grupos do segmento evangélico. É uma espécie de análise do divino direito hereditário ao movimento reformista do início do Século XVI, conduzido em regra por certo elitismo teológico que insiste em monopolizar um evento que combatia esse tipo de postura.
Nesta mesma época do ano passado chamei a atenção para a complexidade e heterogeneidade do movimento reformador, com implicações eclesiásticas, morais, políticas e econômicas. Em seu cerne estava o protesto contra a corrupção religiosa e a venda de indulgências pela igreja, assim como a defesa de que cada cristão pudesse, por si só, ler e compreender as Escrituras. A Reforma combateu, entre outras coisas, a autoridade central e o monopólio clerical como fonte única e oficial de interpretação da Bíblia.
É interessante que ainda hoje aqueles que afirmam possuir a legitimidade para falar em nome da Reforma contrariem esse pressuposto protestante, tentando excluir outros segmentos cristãos que não seguem algum ponto da doutrina que professam, indo além dos cinco solas característicos do protestantismo: Soli Deo Gloria (Glória somente a Deus); Sola Fide (Somente a Fé); Sola Gratia (Somente a Graça); Sola Christus (Somente Cristo); Sola Scriptura (Somente as Escrituras).
Nesse sentido, há quem exclua o pentecostalismo da grande tradição protestante, ao argumento de que o movimento carismático não se enquadra nas bases doutrinas das igrejas históricas. 
Antes de abordar esse aspecto, devo dizer o óbvio ululante, especialmente aos jovens reformados que parecem acreditar nisso: o cristianismo não foi iniciado com a Reforma Protestante! Embora a Reforma tenha sua relevância para a história em geral e para o cristianismo em particular, representando uma correção de percurso na igreja cristã, com significativa contribuição para os avivamentos espirituais que se seguiram, o movimento não pode ser idealizado como a síntese delimitadora da fé cristã.
Em outras palavras, a Reforma Protestante deve ser estudada, valorizada e considerada historicamente, mas jamais idolatrada. A Bíblia é a chave de interpretação da Reforma, e não o contrário. A Reforma é uma das provas da ação de Deus na história, mas Deus não se limita aos próprios eventos históricos.
Ainda assim, a tentativa de apropriação desse evento por parte da cristandade deve ser rechaçada. Tal se dá, como escreveu o amigo César Moisés Carvalho, embora falando sobre outra perspectiva, “porque somos cristãos e não há motivo algum para descrer em doutrinas basilares que não são propriedade de nenhuma das expressões do cristianismo, ou seja, não são católicas, evangélicas, ou pentecostais, mas simplesmente cristãs” (1).
Em sua obra “Revolução Protestante” o teólogo anglicano Alister McGrath observa que a fase emergente da Reforma foi sacudida por intensos debates teológicos e divergências marcantes. A respeito da salvação, justificação e predestinação, McGrath diz que, apesar dos embates históricos entre luteranismo, calvinismo e arminianismo, “todas as três permanecem opções relevantes para o protestantismo atual e a passagem do tempo não corroeu a credibilidade de nenhuma delas nem as tensões que geraram no movimento protestante mais amplo. Todas elas afirmam os temas centrais da Bíblia – embora de diferentes formas e com resultado diferentes” (2). Por esse motivo, o teólogo inglês sustenta que o protestantismo pertence à categoria abrangente do escritor C. S. Lewis de “cristianismo puro e simples”, no fato de que compartilha as crenças essenciais do cristianismo como um todo.
Diante disso, não há como negar a identificação do pentecostalismo com os postulados da Reforma Protestante. No livro já citado McGrath escreve um poderoso capítulo intitulado “Línguas de Fogo: A revolução pentecostal do protestantismo”, no qual enfatiza a vinculação do pentecostalismo com a teologia protestante, ainda que possua distintivos marcantes na ênfase doutrinal e nos padrões de adoração.
De acordo com o autor, o pentecostalismo emergiu historicamente da tradição de santidade norte-americana e enfatiza o lugar da Bíblia na vida e tradição cristãs. De forma mais contundente McGrath escreve:“O pentecostalismo deve ser entendido como parte do processo protestante de reflexão, reconsideração e regeneração. Ele não é consequência de uma “nova Reforma”, mas o resultado legítimo do programa contínuo que caracteriza e define o protestantismo desde o seu início.
O pentecostalismo, como a maioria dos outros movimentos do protestantismo, fundamenta-se no que aconteceu antes. Seu igualitarismo espiritual é claramente a redescoberta e reafirmação da doutrina protestante clássica do “sacerdócio de todo os crentes”. Sua ênfase na importância da experiência e na necessidade de transformação remonta ao pietismo anterior, em especial, como desenvolvimento na tradição da santidade. Contudo, o pentecostalismo uniu e casou essas percepções em sua própria percepção distintiva da vida cristã e de como Deus é encontrado e anunciado. Ele oferece um novo paradigma marginal e levemente excêntrico pelos crentes da corrente principal; cem anos depois, o pentecostalismo cada vez mais, passa, ele mesmo, a definir e a determinar essa mesma corrente principal”(3).
O pentecostalismo, portanto, longe de contrariar o protestantismo, deu-lhe vigor e dinamismo, por meio do seu programa evangelístico e missionário, aliado à ênfase no Espírito Santo para exaltar e testemunhar o senhorio de Cristo. Mas não somente isso, a herança teológica pentecostal é distintamente relevante para reacender o ideal protestante do sacerdócio universal, na medida em que realça o valor da experiência e a convicção de que as narrativas de Atos-Lucas possuem valor normativo para a igreja cristã. Como escreveu Robert Menzies: “As históricas de Atos são as nossas histórias, e as lemos com expectativa e ânsia. História de poder do Espírito Santo, que capacita os discípulos comuns a fazer coisas extraordinárias para Deus” (4).
Referências
1. CARVALHO, César Moisés. Revelação, experiência e teologia. Revista Obreiro Aprovado, n. 75. Rio de Janeiro: CPAD, 2016, p. 32.
2. MCGRATH, Alister. Revolução protestante. Brasília: Editora Palavra, 2012, p. 266.
3. MCGRATH, Alister, 2012, p. 428.3. MENZIES, Robert. Pentecostes: Essa história é nossa história. Rio de Janeiro: CPAD, 2016, posição 305.
Marcelo Oliveira de OliveiraEditor do Setor de Educação Cristã da CPAD
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Lição 03 - 4º Trimestre 2018 - Os Livros de Lucas e Atos - A Base da Doutrina Pentecostal - Jovens.

Lição 3 - Os Livros de Lucas e Atos — A Base da Doutrina Pentecostal

4º Trimestre de 2018
Introdução
I - Lucas, o Escritor Pentecostal
II - O Evangelho de Lucas
III - Os Atos dos Apóstolos
Conclusão
Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivos:
Compreender porque Lucas é considerado um autor pentecostal;
Mostrar pontos relevantes do Evangelho de Lucas para o Movimento Pentecostal;
Refletir a respeito de pontos importantes do livro de Atos.
Palavra-chave: Pentecostes.
Para ajudá-lo(a) na sua reflexão, e na preparação do seu plano de aula, leia o subsídio de autoria do pastor Alexandre Coelho:
Introdução
No quesito religioso, uma das questões mais importantes quando se analisa um grupo de pessoas com suas práticas e opiniões é a legitimidade de sua existência. O mesmo acontece com os pentecostais. Eles são observados por sua forma de ler a Bíblia e de apropriar-se da certeza de as manifestações descritas em Atos serem para os nossos dias. No tocante à forma de falar, eles usam expressões como “ser cheio do Espírito”, “ser batizado no Espírito Santo”, “falar em línguas”, que não são de uso exclusivo de pentecostais. O crescimento diário dos pentecostais vem sendo estudado e observado por outros ramos do cristianismo, que se dividem entre simples observadores do movimento pentecostal ou entre aqueles que questionam a legitimidade de sua existência.
O Pentecostalismo não se origina fora das Sagradas Escrituras. A Palavra de Deus mostra com clareza a forma como, no dia de Pentecostes, o Espírito de Deus foi derramado sobre os discípulos de Jesus que estavam em oração. A partir dessa experiência, cristãos pentecostais interpretam os acontecimentos que orbitam em torno do pentecostalismo e a doutrina do Espírito Santo e também sobre a forma como o poder de Deus é manifestado em nossos dias. Mesmo os críticos do movimento pentecostal precisam aceitar que a Igreja de Jesus Cristo tem uma origem pentecostal, e isso tem total respaldo nas Sagradas Escrituras.
A Palavra de Deus traz fartas referências de como o Senhor agiu na história e de como Ele planejou que seu Espírito estivesse atuando de forma direta no entorno das pessoas e dentro delas, não como um local em que Ele entrasse e saísse, mas pessoas de carne e osso nas quais Ele faria morada. Uma profecia foi trazida e registrada sobre esse momento, e, séculos depois, Deus pôs em prática seus desígnios, revestindo um grupo de judeus com seu Espírito e fazendo com que fenômenos sobrenaturais viessem como respostas de oração, milagres acompanhando a mensagem de Jesus transmitida por seus discípulos. Em um mundo pluralizado e conturbado, nascia a Igreja de Jesus Cristo com a marca do Espírito Santo. Lucas, escritor grego convertido ao cristianismo, narra a forma como esses fatos ocorreram e serviram como referência para os nossos dias sobre a origem da Igreja.  
O MUNDO DO NOVO TESTAMENTO
De forma geral, o ambiente em que Lucas produziu seus textos tinha fortes influências grega e romana. Os gregos dominaram pela cultura, ao passo que os romanos, pela administração. Ambos começaram pelas guerras expansionistas, e a presença desses impérios não foi diferente com relação a Israel. Os gregos chegaram à Palestina e implantaram aspectos de sua cultura, e os romanos, logo depois dos gregos, dominaram militarmente a mesma região, embora tenham passado momentos conturbados com os dominados israelitas.
Em regra, os romanos eram tolerantes com as religiões dos povos dominados. Isso, porém, não significa liberdade religiosa, pois o culto ao imperador era requerido. Tal culto era um momento em que as pessoas deveriam mostrar que acreditavam em César como uma divindade. Fazendo isso, poderiam adorar a quem quisessem durante todo o ano, sem que os romanos interviessem no culto.
Os judeus tinham uma religião monoteísta, diferentemente dos romanos e gregos, que prestavam seus cultos a inúmeras divindades, sendo o imperador alguém tido como uma delas, a ponto de ser adorado. Tal adoração era política, e a não participação em uma dessas celebrações estatais eram uma mostra de deslealdade para com o Império.
A Palestina era um local ocupado. Isso significa que política, econômica e militarmente falando, Israel estava sujeito aos romanos. Essa era uma situação desconfortante para os hebreus, que ansiavam uma independência dos poderes humanos, e não uma liberdade vigiada e paga com impostos anuais.
Apesar de limitações impostas pelos romanos, era permitido aos judeus terem órgãos que facilitassem a convivência entre si e os dominadores. Um desses órgãos era o Sinédrio, que, nas palavras de Henry Daniel-Rops (1901–65), era como uma assembleia.
Como ocidentais, não nos parece que a vida para os hebreus nos dias de Jesus fosse tão ruim, mas, para um povo que tivera suas terras invadidas e dominadas por outras culturas, o anseio por liberdade estava em alta. 
 
I – LUCAS, O ESCRITOR PENTECOSTAL
Quem foi Lucas
Lucas foi um médico grego convertido ao cristianismo e que, depois, se tornou missionário. Foi também companheiro de Paulo em suas viagens ministeriais em que abriram igrejas e solidificaram-nas. De suas mãos, saíram dois documentos que representam praticamente 25% do texto do Novo Testamento. Esses dois documentos, o Evangelho de Lucas e os Atos dos Apóstolos, foram inicialmente dirigidos a um homem chamado Teófilo, possivelmente um convertido interessado na história de Jesus e dos apóstolos e que, ao que tudo indica, financiou o projeto literário de Lucas, que é, sem dúvida, o único gentio no Novo Testamento a ser usado com seu talento literário para falar do Espírito Santo.
A julgar pelo conteúdo de seus escritos, Lucas demonstra que teve uma educação diferenciada, pois seus escritos trazem, de acordo com John Stott, em torno de 800 palavras em um grego refinado que não mais são vistas nos demais textos do Novo Testamento. E sua narrativa, como ele mesmo expõe, foi feita de forma ordenada, tendo sido investigados os fatos de acordo com a ordem em que ocorreram: “[...] por sua ordem, havendo-me já informado minuciosamente de tudo desde o princípio” (Lc 1.3). Lucas é o único que traz o relato da vida de Jesus de forma cronológica, procurando registrar todos os acontecimentos na ordem em que ocorreram. De acordo com a tradição da Igreja, Lucas teria morrido com mais de 80 anos.
A Produção Literária de Lucas
Lucas, um escritor gentio, deu prioridade em seu ministério literário a relatar a atuação do Espírito Santo de Deus tanto no ministério de Jesus quanto na história dos primeiros anos da Igreja de Cristo. Ele é o autor que descreve a vida de Jesus de forma mais ampla em seu primeiro livro, o Evangelho de Lucas, e que, por meio de um segundo livro, Atos dos Apóstolos, mostra a forma como os discípulos de Jesus deram prosseguimento às obras do Senhor. É adequada essa divisão, tendo em vista que seu objetivo era separar didaticamente os relatos do Senhor em seus ensinos e vida dos relatos das manifestações do mesmo Espírito Santo que estava em Jesus, desta vez nos discípulos. Por ser médico, Lucas tem facilidade para mostrar aos leitores os relatos detalhados de males que afligiam as pessoas nos dias de Jesus e, também, a forma como o Senhor procedeu com a cura.
• Em Cafarnaum, libertou de demônios um homem na sinagoga (Lc 4.31-36)
• Curou a sogra de Pedro (Lc 4.37-39)
• Curou e libertou várias pessoas (Lc 4.40-41)
• Curou um leproso (Lc 5.12-16)
• Curou um paralítico descido pelo telhado (Lc 5.17-26)
• Curou um homem que tinha uma das mãos ressecada (Lc 6.6-11)
• Curou o servo do centurião (Lc 7.1-10)
• Trouxe da morte o filho da viúva de Naim (Lc 7.11-17)
• Libertou um endemoninhado gadareno (Lc 8.26-39)
• Curou a mulher do fluxo de sangue (Lc 8.40-48)
• Trouxe da morte a filha de Jairo (Lc 8.40-56)
• Curou um jovem lunático (Lc 9.37-45)
• Libertou um homem que tinha um espírito maligno que lhe causava a mudez (Lc 11.14)
• Curou uma mulher paralítica (Lc 13.10-17)
Por ser gentio, Lucas apresenta Jesus falando do Reino de Deus a pessoas que a sociedade judaica não prezava, como Zaqueu (Lc 19), e recebendo crianças para abençoar (Lc 18.15-17).
A narrativa de Lucas começa contando eventos que ocorreram antes mesmo do nascimento de Jesus. No seu evangelho, vemos um farto material de parábolas, histórias que Jesus contou para ilustrar verdades do Reino de Deus, uma forma interessante de passar fundamentos do Reino de Deus aos seus ouvintes. Lucas registra, entre tantas informações, o relato sobre aparições de Jesus ressurreto aos seus seguidores. Já no livro de Atos, ele continua seu registro destacando o que os discípulos de Cristo fizeram após o Senhor retornar aos céus e como a Igreja nasceu e cresceu debaixo do poder do Espírito.

Fontes dos Escritos de Lucas
É certo que Lucas não presenciou os eventos que se relacionavam à vida de Jesus. Sendo assim, foi-lhe necessário buscar informações com pessoas que presenciaram os fatos que ele vai narrar.  Ele buscou pessoas que conviveram com Jesus, que viram seus milagres, que ouviram seus ensinos e que foram libertas de doenças e espíritos imundos pelo poder do Salvador.
No livro de Atos, Lucas chega a participar de acontecimentos que ele mesmo descreve, deixando de ser um mero ouvinte de relatos para ser um dos protagonistas da própria narrativa. Isso pode ser visto nas vezes em que ele usa o pronome pessoal “nós”, indicando ser um participante direto dos acontecimentos relatados por ele, como na volta de Paulo para a Ásia (At 20.13), na viagem de volta a Jerusalém (At 21.7) e na viagem de navio de Paulo a Roma (At 27.2).
Lucas é enfático no sentido de demonstrar o Espírito Santo agindo na vida do Senhor Jesus, mas igualmente nas vidas dos discípulos, pois estes deram prosseguimento à obra do Senhor na Igreja.
A Teologia em Lucas-Atos
Os escritores da Bíblia trazem, em suas linhas, o que chamamos de pontos principais dos livros, e esses pontos principais são utilizados para realizar análises mais aprofundadas. Eles são divididos de acordo com a incidência de repetições e, dessa forma, sendo agrupados os assuntos bíblicos, nascem as doutrinas. A teologia bíblica nasce e fundamenta-se nos textos bíblicos, fruto de uma exegese aprofundada.
Lucas também traz a Teologia em seus escritos. É evidente que essa não deve ter sido a sua intenção original; no entanto, como leitores de suas obras, reconhecendo a inspiração que ele recebeu de Deus, entendemos que sua mensagem traz pontos que refletem características próprias.
Lucas mostra o plano de Deus intervindo sobrenaturalmente na história. Zacarias vê e conversa com um anjo quando fica sabendo que vai ser pai mesmo com uma idade avançada. Anjos anunciam aos pastores que, em Belém, a cidade de Davi, nasceu o Cristo. Se, no plano terreno, os espíritos malignos sujeitavam pessoas à opressão e possessão, nesse mesmo plano terreno, Jesus ordena que tais seres espirituais deixem de agir nessas pessoas pelo poder do Espírito Santo.
Somente uma pessoa com poder sobrenatural poderia mostrar aos mestres da Lei quem é o Senhor do sábado numa cultura que exagerou na guarda do dia do descanso.   
2 – O EVANGELHO DE LUCAS
O Evangelho propriamente Dito
A palavra evangelho significa boas novas. Da mesma forma que os outros evangelistas, Lucas usa literariamente o evangelho como a narrativa sobre a vida de Jesus. 
Um Livro que Prima pela Oração
Lucas é um escritor que se preocupa com pontos importantes em sua narrativa, e um desses pontos é a oração. Desde o início do livro, a oração permeia a narrativa. Após a introdução a Teófilo, Lucas diz que um sacerdote chamado Zacarias foi oficiar no Templo. O sacerdote recebe uma resposta de oração: ele seria o futuro pai de João Batista e fica sabendo dessa boa notícia quando tem a oportunidade de oferecer incenso por ocasião de seu ofício sacerdotal, recebida na visita do anjo Gabriel: “Zacarias, não temas, porque a tua oração foi ouvida, e Isabel, tua mulher, dará a luz um filho, e lhe porás o nome de João” (Lc 1.13). A Bíblia não registra a oração de Zacarias, mas deixa claro que ele orava ao Senhor e que sua oração foi respondida, concedendo-lhe Deus a paternidade do precursor do Messias.
Lucas mostrou Jesus orando por ocasião de seu batismo, momento em que o Espírito Santo desceu sobre Ele (Lc 3.21). Jesus, devidamente subordinado ao Espírito Santo, retira-se após o batismo para o deserto a fim de orar e, posteriormente, ser tentado pelo Diabo (Lc 5.16). Ele passa a noite orando antes de escolher os homens que o sucederiam após a sua morte, seus discípulos (Lc 6.12). Lucas narra que a fama de Jesus crescia e que multidões constantemente o seguiam para serem curadas de suas enfermidades; Ele, porém, retirava-se para os lugares desertos para falar com Deus (Lc 5.16). Em oração, rogou ao Pai para que afastasse dEle aquele cálice; todavia, nessa mesma oração, sujeitou-se à vontade de Deus: “Não se faça a minha vontade, mas a tua” (Lc 22.41-43). E somente Lucas registra que Jesus, na cruz do Calvário, orou para que os seus crucificadores fossem alcançados pelo perdão de Deus. Podemos concluir que a oração e a atuação do Espírito Santo conduzindo Jesus em seu ministério são temas dos mais importantes no evangelho de Lucas e fazem parte da sua teologia.
O Espírito de Deus Enchendo e Orientando Pessoas
Dentre tantos objetivos em seus escritos, Lucas tem um cuidado especial para registrar a ação direta do Espírito Santo na vida das pessoas que conviveram com Jesus, que o ouviram e creram nEle. Por ocasião da concepção do Senhor, um anjo diz a Maria que, mesmo sendo virgem, ela seria mãe de Jesus por obra do Espírito Santo (Lc 1.35) e que, por essa ação, Jesus seria chamado “Filho do Altíssimo” (Lc 1.32).
Lucas registra a ação do Espírito na ocasião em que a prima da mãe do Salvador, Isabel, ao receber a saudação de Maria, é cheia do Espírito Santo. Estando Isabel grávida de João Batista, este salta ainda no ventre de sua mãe (Lc 1.41). O Espírito Santo estava sobre Simeão, um homem justo e temente a Deus que foi levado ao Templo pelo Espírito para ver a salvação de Israel, o próprio menino Jesus, por ocasião da apresentação deste no Templo (Lc 2.25-27). É o Espírito Santo que move o ancião a falar de forma profética, revelando-lhes informações sobre Jesus a ponto de ele dizer a Deus: “Podes despedir em paz o teu servo, segundo a tua palavra” (v. 29).
Lucas mostra o Senhor ordenando seus discípulos a ficar em Jerusalém, a cidade de Davi. Deus planejara um mover do Espírito aos primeiros discípulos de Jesus, o revestimento de poder para serem testemunhas do Senhor (Lc 24.49). Somente após receberem o Espírito, e não antes, é que puderam tornar conhecido o nome do Senhor Jesus com ousadia. Essas referências são parte do foco de Lucas no sentido de demonstrar que o Espírito Santo de Deus esteve diretamente envolvido na origem terrena de Jesus.
O Espírito de Deus Agindo em Jesus
No seu Evangelho, Lucas mostra Jesus já adulto sendo batizado por João, e, no momento do seu batismo, o Espírito Santo vem em “forma corpórea, como uma pomba” (Lc 3.22) e desce sobre Jesus. Essa narrativa mostra com clareza a presença do pai e do Espírito no Batismo de Jesus. Pela virtude do Espírito, Jesus volta para sua terra de criação, a Galileia, para ensinar nas sinagogas, e, chegando a Nazaré, tendo-se dirigido à sinagoga local, recebeu para ler o livro de Isaías, que dizia: “O Espírito do Senhor é sobre mim [...]” (Lc 4.18). Não se pode duvidar de que os nazarenos tiveram a sua oportunidade de ouvir o Messias lendo a profecia que lhe conferia a legitimidade divina para cumprir o que estava escrito. E é neste Evangelho que nos é dito que “a virtude do Senhor estava com ele para curar” (Lc 5.17). Essa virtude do Espírito em Jesus acompanhou o seu ministério, como mencionado nas referências anteriores.
Jesus, como relatado por Lucas, deu o poder aos seus discípulos para expulsarem demônios e curarem enfermos (Lc 9.1,2), virtude esta que só poderia ser dada pelo Espírito Santo, que estava em Jesus. Tal experiência era necessária aos discípulos, pois eles perceberiam, com ela, que o mesmo Espírito Santo que estava com Jesus também os acompanhava por ocasião do comissionamento dEle.
Lucas registra a menção do Senhor sobre o pecado imperdoável, a blasfêmia contra o Espírito Santo, quando o Senhor é acusado de fazer aquela libertação pelo príncipe dos demônios (Lc 12.10). O contexto imediato desse pecado, a blasfêmia contra o Espírito Santo, parece ser atribuir a Satanás algo que o Espírito de Deus está fazendo. Lucas menciona que os discípulos, mesmo levados às sinagogas para serem interrogados, seriam orientados pelo Espírito Santo naquilo que deveriam falar (Lc 12.12). O médico amado deseja que, com essas referências, os discípulos tenham a certeza de que o Espírito Santo, que foi enviado por Jesus, está com eles para orientá-los, santificá-los e oferecer a eles a sua virtude para que façam a sua obra. Jesus jamais deixou de estar sujeito ao Espírito de Deus enquanto esteve neste mundo. 
CONCLUSÃO
A Palavra de Deus traz detalhadamente as realizações do Espírito Santo na vida de Jesus e nas vidas dos seus discípulos. Ele moveu Lucas a realizar as narrativas e a mostrar que o Espírito de Deus conduziu os acontecimentos e fundou a Igreja, fazendo com que esta se expandisse para diversos lugares até o evangelho chegar a nós. Mais do que simplesmente ouvir do evangelho, vemos como o Senhor Deus salvou seres humanos falhos, deu-lhes perdão e santificou-os por meio do seu Espírito, do qual podemos resistir ao mal, testemunhar de Jesus e manifestar os chamados carismas, ou dons espirituais. Lucas é, de fato, um escritor que dá ênfase à presença do Espírito Santo em seus dois livros, e, portanto, suas obras são fontes primárias da doutrina pentecostal.
Não há um verso sequer nas Sagradas Escrituras que nos permita inferir que o batismo no Espírito Santo — que é seguido do falar outras línguas — ou a manifestação dos dons mencionados por Lucas ficaram restritos ao tempo dos apóstolos do Cordeiro. Lucas registra o início da obra do Santo Espírito e, sabiamente, não descreveu um encerramento dessa atividade, pois o Espírito de Deus continua a mover pessoas com seu poder para, acima de tudo, testemunhar de Cristo com autoridade. 
*Adquira o livro. COELHO, Alexandre. O Vento Sopra Onde Quer: O Ensino Bíblico do Espírito Santo e sua Operação na Vida da Igreja. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2018.
Que Deus o(a) abençoe.
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista Lições Bíblicas Jovens 
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Lição 03 - 4º Trimestre 2018 - O Crescimento no Reino de Deus - Adultos.

Lição 3 - O Crescimento no Reino de Deus 

 4º Trimestre de 2018
ESBOÇO GERAL
I – INTERPRETAÇÃO DAS PARÁBOLAS SOBRE O REINO DE DEUS
II – A EXPANSÃO DO REINO DE DEUS
III – QUEM PARTICIPA DO REINO DE DEUS
O CRESCIMENTO DO REINO DE DEUS
Wagner Tadeu dos Santos Gaby
Eliel dos Santos Gaby

Podemos dizer que, de alguma forma, todas as parábolas de Jesus pressupõem o Reino de Deus presente no mundo, quer esteja explícito ou não. Em cada parábola encontramos algum elemento do Reino. Algumas, contudo, tratam especificamente do crescimento do Reino de Deus na Terra. Logo, os textos abordados aqui trazem as parábolas que Jesus contou para ensinar a respeito do crescimento do Reino de Deus. Eles enfatizam a presença do Reino. Ou seja, o Reino de Deus está presente no mundo, ainda que não possamos distinguí-lo exatamente de forma concreta. Mas um dia tudo será consumado. O dia em que todos os discípulos autênticos de Cristo participarão plenamente do Reino de Deus.
Cristo usou uma parábola para explicar a natureza de Seu reino: “É semelhante ao grão de mostarda que um homem, tomando-o, lançou na sua horta; e cresceu e fez-se grande árvore, e em seus ramos se aninharam as aves do céu” (Lc 13.19). Stamps destaca que “a parábola do grão de mostarda fala do pequeno começo desse reino e seu desenvolvimento subsequente no decurso do tempo, (...) ele começou apenas com Jesus e um grupo de discípulos dedicados, (...) no entanto, a manifestação atual e visível do reino crescerá até tornar-se grande, organizado e poderoso”.1  No comentário de Lc 13.18-21, a Bíblia de Aplicação Pessoal destaca que “a expectativa geral entre os ouvintes de Jesus era a de que o Messias viria como um grande rei e, como tal, livraria a nação judaica de Roma e restabeleceria a antiga glória de Israel”.2
Quando Jesus apresenta Seu Reino, à semelhança da semente de um grão de mostarda, de maneira “pequena” e “silenciosa”, causa desconfiança e rejeição. Qualquer cenário diferente desse esperado pela nação de Israel seria plenamente rejeitado. “Como uma minúscula semente de mostarda, que cresce e transforma-se em uma árvore enorme”,3 o Reino de Deus também se expandiria. Bratcher e Scholz destacam que “o pequeno tamanho da sua semente era proverbial, especialmente em contraste com o tamanho da planta, que, na Galileia, pode alcançar 2 metros de altura”.4

1 STAMPS, Donald (Ed.). Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2012. p. 1536.

Bíblia de Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2008. p. 1382.
3  Ibidem.
4 BRATCHER, Roberto G. E SCHOLZ, Vilson. Comentários SBB para exegese e tradução – Lucas: versículo a versículo. Versão digital em português. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 2013. 

Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Adultos. Nossos subsídios estarão disponíveis toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não se trata de uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

Lição 02 - 4º Trimestre 2018 - A História do Amigo de Deus - Berçário.

Lição 2 - A história do amigo de Deus 

4º Trimestre de 2018
Objetivo da lição: Levar a criança a reconhecer, através das atividades e exposições, Deus como o seu amigo.
É hora do versículo: “Abrão [...] partiu de Harã, como o Senhor havia ordenado” (Gênesis 12.4).
Nesta lição, as crianças aprenderão a história do homem que foi chamado "Amigo de Deus". Esse homem se chamava Abraão. Ele era muito obediente e fazia o que o Papai do Céu mandava e por isso sempre foi muito abençoado. A criança que obedece ao Papai do Céu, ao papai e à mamãe, também é mais feliz!
Como complemento para esta lição, após realizar todas as atividades propostas no manual do professor, e caso ainda haja tempo, sugerimos que distribua uma folha com a imagem abaixo. Nela há o desenho de dois bebês: um chorando e outro feliz. Diga às crianças: "A criança que obedece ao Papai do Céu, ao papai e à mamãe, também é mais feliz!" Peça que circulem a criança feliz e risquem a criança triste. 
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Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Berçário

Lição 02 - 4º Trimestre 2018 - Sou do Papai do Céu - Maternal.

Lição 2 - Sou do Papai do Céu 

 4º Trimestre de 2018
Objetivo da lição: Que a criança compreenda que pertencemos ao Papai do Céu.
Para guardar no coração: “Antes, vocês não eram o povo de Deus, mas agora são o seu povo [...].” (1 Pe 2.10)
Seja bem-vindo 
“Chegue com antecedência à sala de aula para organizar as mesas e preparar o material, de modo que, quando os alunos chegarem, possam receber toda a sua atenção. Cante louvores ao Senhor e recolha as ofertas. Leve um bebê de brinquedo, uma manta e um cesto para a sala de aula e deixe em cima da mesa para despertar a atenção das crianças. Se perguntarem o que é, diga que logo explicará. Utilize os momentos iniciais para relembrar a aula passada. É importante repetir este procedimento no início de todas as aulas, a fim de dar continuidade ao que se aprendeu na aula anterior. Se necessário, mostre os visuais da aula anterior” (Fabiana Almeida).
Subsídio professor
“A criança de 3 e 4 anos é naturalmente curiosa, porque está “descobrindo o mundo”. E é por meio dos sentidos que ela toma conhecimento das coisas que a cercam, principalmente pela visão, que é muito ativa nesta fase. Por isto a sua aula deve ser rica em visuais – não apenas gravuras e objetos, mas também gesticulação, expressão facial e corporal do professor. Isto não significa, no entanto, que a criança contentar-se-á em ver as coisas que você leva para ilustrar a aula. Os demais sentidos também entram em ação, e ela tem necessidade de tocá-las, cheirá-las, levá-las à boca, experimentá-las. A caixa surpresa de hoje, por exemplo, explorará o sentido da visão, mas passada a surpresa, as crianças desejarão abrir a caixa e pegar a boneca. Não as proíba!
Procure ter um material resistente, que possa ser manuseado pelos alunos. Não se limite ao uso de figuras. Substitua-as, sempre que possível, por bonecos ou objetos que poderão ser tocados por eles” (Marta Doreto). 
Revista do aluno 
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Até logoDepois de repetir o versículo e o cântico do dia, encerre a aula com uma oração. Prepare as crianças para a saída. Quando os pais ou responsáveis forem buscar as crianças, recomende que, em casa, leiam a história bíblica de hoje para o(a) filho(a). Sugira que utilizem uma bíblia infantil. O texto bíblico da lição se encontra em Juízes 13.1-25. 
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista de Maternal
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas lições da Revista Maternal. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo. 

Lição 02 - 4º Trimestre 2018 - Na Casa do meu Amigo eu Louvo - Jd. Infância.

Lição 2 - Na Casa do meu Amigo eu Louvo

 4º Trimestre de 2018
Objetivos: Os alunos deverão entender que a igreja é o lugar de adorarmos o Papai do Céu; e saber se comportar na igreja.
É hora do versículo: “Ó Senhor Deus, eu te louvarei com todo o coração [...].” (Sl 9.1).
Nesta lição, as crianças aprenderão, através da história da inauguração do Templo de Salomão, que a igreja é lugar de louvarmos a Deus. Através do louvor reconhecemos que o Papai do Céu é bom e nos ama.
Após realizar todas as atividades propostas na revista do professor e caso haja tempo, imprima a folha abaixo com a imagem do coração. Reforce o versículo do dia: “Ó Senhor Deus, eu te louvarei com todo o coração [...]” e por isso o nosso coração é feliz!
Pergunte quem está com o coração feliz, mas tão feliz a ponto de cantar muito alto. Cante um corinho muito animado e de adoração a Deus. Distribua bolinhas de papel crepom de cores bem sortidas ou papel laminado vermelho picado para as crianças enfeitarem o coração bem bonito. Sugira que façam carinhas sorridentes no coração.
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Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Jardim de Infância

Lição 02 - 4º Trimestre 2018 - José, Um Herói de Escravo a Governador - Primários.

Lição 2 - José, um Herói de Escravo a Governador

 4º Trimestre de 2018
Objetivo: Que o aluno compreenda que não deve desanimar diante das dificuldades, mas permanecer fiel a Deus.
Ponto central: Deus honra quem é fiel a Ele, mesmo em meio às dificuldades.
Memória em ação: “[...] Seja forte e corajoso! Não fique desanimado, nem tenha medo, porque eu, o Senhor, seu Deus, estarei com você [...]” (Js 1.9).
Querido (a) professor (a), quantas vezes ao longo da caminhada não passamos por situações tão difíceis, aparentemente intransponíveis, que chegamos a pensar que não iríamos suportar!? Lembre-se por uns momentos das fases mais árduas da sua trajetória, das suas maiores frustrações, derrotas, desertos áridos e tempestades violentas. Mas hoje você está aqui lendo essas linhas e só este fato já significa que não desistiu! Você é um milagre ambulante do Senhor! A Palavra dEle pregada em carne e osso. Por isso, não desanime! Assim como Ele te fez vencer todas essas coisas até aqui, continuará em muito mais além.
 Deixamos para sua reflexão e devocional no preparo desta aula o hino 501 da nossa Harpa Cristã.
Vencendo Com o Bom Capitão
O que serve a Deus de coração, vence o mal;
Quem vencer terá um galardão eternal;
Ó não queiras mais desanimar, quando vier a provação;
Vencerá, quem puro conservar seu coração.

Com todo o fervor, contra o tentador,
Vencerá então, co'o bom Capitão!

Nada poderá a fé tirar, que dá Deus;
Pois seu povo sempre vai guiar para os céus;
Quem a Ele tudo confessar, nunca lutará em vão,
Vencerá, quem puro conservar seu coração.

Eis que as armas para combater vêm dos céus,
São as armas d'eficaz poder do bom Deus;
Com a espada pode pelejar e vencer a tentação,
Vencerá, quem puro conservar seu coração.
Deus honra quem é fiel a Ele, mesmo em meio às dificuldades. O maior desafio não é alcançar a vitória ou o sucesso segundo os padrões deste mundo, mas sim conservar PURO o seu coração, independente de qualquer pressão, dificuldade ou desdobramento dela.
O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula.
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Primários da CPAD

Lição 02 - 4º Trimestre 2018 - Felizes os Que Confiam no Senhor - Juniores.

Lição 2 - Felizes os que Confiam no Senhor

4º Trimestre de 2018
Texto bíblico: Salmos 84.12; Mateus 6.25-34.
Prezado(a) professor(a),
Na lição desta semana seus alunos aprenderão que a confiança no Senhor é fundamental para lidar com a ansiedade. Estamos chegando à reta final do ano e neste período é natural que eles estejam ansiosos para concluir os estudos e iniciarem o período de férias. Fato é que a confiança em Deus é uma ferramenta poderosa para lidar com as preocupações da vida. Os discípulos vivenciaram dificuldades durante o período do ministério de Jesus que os deixaram muito ansiosos. Vez por outra, o Mestre os submetia a situações difíceis para testá-los ou mesmo para ensiná-los. Dentre as lições que Jesus ensinou estão o cuidado de Deus com relação às nossas necessidades materiais e a primazia do Reino de Deus na vida do crente (cf. Mt 6.19-34). O mesmo Deus que cuida da sua criação, espera receber a reverência e adoração devida ao seu nome. Ressaltar estes pontos em sala de aula é importante tendo em vista que o relacionamento com Deus é uma via de mão dupla. O Senhor almeja abençoar seus servos, mas também merece a consideração e fidelidade dos mesmos. Afinal de contas, não há outro Deus maior que o nosso Deus.
1. Deus supre as necessidades de seus servos. No Sermão da Montanha, Jesus ensinou várias verdades aos seus discípulos. Durante o exercício da pregação do evangelho, muitas preocupações surgiram na mente dos discípulos. Dentre as maiores preocupações estava aquela que diz respeito ao alimento e à vestimenta, necessidades básicas de sobrevivência para qualquer pessoa (cf. Mt 14.15,16; 6.31,32). Esta era uma dúvida que pairava sobre a mente dos discípulos: como iriam sobreviver apenas pela pregação do evangelho? Como poderiam acolher suas famílias e continuarem o serviço da pregação? Este era um projeto de Deus para a nova comunidade que surgiria futuramente: a igreja. Nela os discípulos de Jesus trabalhariam de maneira unificada e contribuiriam com o sustento um dos outros. Além disso, a obra ministerial seria sustentada pelos irmãos que tivessem condições de apoiar os missionários que estavam no campo (cf. At 2.44,45). De qualquer forma, era um chamado para viver pela fé, confiando na provisão do Senhor. Aproveite a ocasião para reforçar que Deus nos chama para ajudar no sustento da sua obra. Mostre com isso que as nossas ofertas devem ser doadas com amor tendo em vista o avanço do Reino de Deus.
2. A primazia do Reino de Deus na vida do crente. É importante enfatizar umas das principais lições que Jesus ensinou aos seus discípulos neste sermão. Buscar primeiramente o reino de Deus e a sua justiça deve ser prioridade de todo cristão (Mt 6.33). Por mais importantes que sejam as outras necessidades, dedicar atenção à causa do Reino é um compromisso que todos os discípulos de Jesus devem estar dispostos a assegurar. Os que querem fazer parte do Reino precisam entender que Deus deve assumir o primeiro lugar em suas vidas. Acontece que muitos buscam apenas receber suas bênçãos, quando na verdade, o que mais importa é ter comunhão com o Deus da bênção. Ensine seus alunos que o Senhor deseja abençoá-los, mas também observa o compromisso deles com a sua santa Palavra.
Confiar em Deus é um grande desafio, ainda mais para aqueles que ainda estão aprendendo a dar os primeiros passos na fé. Seus alunos, certamente estão nesta etapa de aprendizado, e é fundamental que entendam a realidade de modo honesto. Servir a Deus não é fácil e seus alunos devem encarar os fatos como eles realmente são. Viver pela fé é um grande desafio, pois importa ir à contramão do mundo, com suas vontades e oportunidades. Mostre que servir a Deus tem o seu lado prazeroso e recompensador. Os que servem a Deus com comprometimento não ficarão desamparados nem confundidos (cf. Sl 25.3).
Para reforçar a lição de hoje, sugerimos a seguinte atividade: utilize um pano para vendar os olhos de seus alunos. Divida a classe em duplas. Leve para a sala de aula pães, roupas, a Bíblia, frutas, doces e outras coisas materiais que você achar interessante utilizar. Cada dupla terá a sua oportunidade. Um dos alunos da dupla deverá ser vendado e conduzido apenas pela voz do seu amigo. Espalhe os objetos e alimentos sobre as mesas da sala. A regra é clara: o aluno ou aluna vendado não deve tocar nos bens materiais, apenas na Bíblia. Trace um percurso na sala e desenhe um círculo denominado Reino de Deus. A dupla que conseguir concluir o trajeto sem encostar-se nas mesas onde estão as coisas materiais, com exceção da Bíblia, vence a brincadeira. Ao final, distribua as frutas e doces para os alunos. Mostre com a atividade que aqueles que confiam em Deus e buscam o seu Reino em primeiro lugar recebem todas as coisas.
Por Thiago Santos
Educação Cristã - Publicações CPAD
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Juniores. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

Lição 02 - 4º Trimestre 2018 - O Convívio Entre os Irmãos - Pré Adolescentes.

Lição 2 - O Convívio entre os Irmãos 

4º Trimestre de 2018
Texto bíblico: Salmos 133.1; Romanos 12.9,10.
Prezado(a) professor(a),
Na lição desta semana seus alunos estudarão a respeito da convivência entre irmãos. A Palavra de Deus trata esta temática desde o inicio da criação. Deus sempre quis que a harmonia reinasse na família, inclusive entre os irmãos. Infelizmente esta proposta não se concretizou devido à entrada do pecado no mundo (cf. Gn 3—4). Mesmo assim, o Senhor tornou a usar seus servos de tempo em tempo para exortar a respeito do amor ao próximo (cf. Is 58.6-8). Este ensinamento deve ser aplicado quanto ao amor entre os irmãos de uma mesma comunidade cristã, ou também com relação aos irmãos de sangue. Seja qual for o vínculo a convivência harmoniosa entre as pessoas faz parte do projeto de Deus para a humanidade. Jesus ensinou um nível diferente de amor aos seus discípulos quando ainda estava com eles: “Eu lhes dou este novo mandamento: amem uns aos outros. Assim como eu os amei, amem também uns aos outros” (Jo 13.34). O apóstolo Paulo reforçou esta mesma mensagem aos cristãos de Roma: “Amem uns aos outros com o amor de irmãos em Cristo e se esforcem para tratar uns aos outros com respeito” (Rm 12.10). Tanto o Mestre quanto o apóstolo ensinaram não somente a respeito desse amor como também a qualidade com que os servos de Deus deveriam amar uns aos outros. Este é o maior testemunho que a igreja pode oferecer à sociedade a fim de alcançar os perdidos. Em um mundo onde prevalece o narcisismo e o egoísmo, somente o amor de Deus praticado pela igreja pode acolher os cansados e oprimidos, e trazer cura aos doentes.
1. Um amor genuíno entre os irmãos. O amor ensinado, tanto por Jesus quanto pelo apóstolo Paulo, visava o bem-estar do próximo, seja no que diz respeito às suas necessidades materiais como também às espirituais. Esse amor envolve o tratamento mútuo, a solidariedade e a compaixão entre irmãos como pontos importantes para a convivência harmoniosa. O amor de Cristo não se resume aos espaços da igreja, antes é primordial para a convivência até mesmo entre os irmãos de sangue. O relacionamento familiar sadio é fundamental para a vida da igreja. Famílias onde a convivência é harmoniosa e os seus integrantes preocupam-se uns com os outros, contribuem para que a igreja seja uma ambiente saudável, onde as pessoas cuidam umas das outras. Jesus ensinou um nível de amor diferente aos seus discípulos e fez isso a partir do seu próprio exemplo. Não se tratava de um amor que amava apenas aqueles que eram judeus, como havia sido ensinado pelos líderes em Israel, mas sim de um amor que perdoava até mesmo aqueles que lhes perseguiam ou faziam algum mal (cf. Mt 5.10-12). A excelência do amor de Cristo elevava a fé dos discípulos para um patamar maior de compromisso com a verdade.
2. Um testemunho verdadeiro que alcança vidas. A natureza do amor ensinado por Jesus ultrapassa o discurso vazio dos fariseus e vai ao encontro das necessidades mais essenciais da natureza humana. Mais importante do que serem conhecedores das verdades do reino celestial os discípulos deveriam praticar os ensinamentos de Cristo a fim de que o exemplo de convivência harmoniosa fosse o a luz de que o mundo precisava para ser salvo (cf. Jo 13.35). Assim também a igreja dos dias atuais — isso inclui o pré-adolescente cristão — deve ater-se ao pensamento de que a sua contribuição é fundamental para a construção de uma sociedade pacificada e harmonizada a partir do amor de Deus (cf. Jo 15.4,20,26,27). Infelizmente a intolerância, a falta de perdão e compaixão para com o próximo tem predominado em muitos relacionamentos, inclusive, entre familiares e irmãos da igreja. Todavia, o Senhor, que é o dono da obra, espera uma mudança de comportamento desta geração, e porque não começar com os pré-adolescentes. Esta é uma oportunidade que seus alunos terão de chamar a atenção da igreja e convidá-los a tomada de posição contra todo e qualquer pensamento ou atitude que contribua para uma convivência desarmoniza e conflituosa no seio da igreja (cf. 2 Co 10.5). Se a igreja é o sal da terra e a luz do mundo, esta verdade precisa começar a ser vivida a partir do nosso meio para que de fato a sociedade veja que o amor de Deus verdadeiramente prevalece em nossos corações (cf. Jo 17.22-24).
Para reforçar esta importante verdade aos seus alunos, sugerimos a seguinte atividade: elabore cartazes juntamente com seus alunos e apresente para toda a igreja ao final da sua aula. Nos cartazes deverão constar frases de apoio às verdades da Palavra de Deus, ao amor de Cristo e à harmonia do Espírito Santo na igreja. Expresse também frases de combate à falta de compaixão e comunhão entre os cristãos. Ressalte a importância de sermos uma igreja ativa que se importa com o próximo e não apenas prega a Palavra de Deus, mas também as pratica através de uma convivência harmoniosa.
Por Thiago Santos
Educação Cristã - Publicações CPAD
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Pré-Adolescentes. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

Lição 02 - 4º Trimestre 2018 - A Manifestação da Graça de Deus - Adolescentes.

Lição 2 - A Manifestação da Graça de Deus

4º Trimestre de 2018
ESBOÇO DA LIÇÃO
O QUE É GRAÇA?
A GRAÇA NO ANTIGO E EM O NOVO TESTAMENTO
A GRAÇA DE DEUS APRESENTADA EM ROMANOS
A SALVAÇÃO PELA GRAÇA

Claiton Pommerening
O FAVOR IMERECIDO DE DEUS
1. Superabundante graça. Não há pecador, por pior que seja, que não possa ser alcançado pela graça divina, pois onde abundou o pecado, que foi exposto pela lei, superabundou a graça de Deus (Rm 5.20). Por meio da compreensão dessa maravilhosa graça, o apóstolo João escreveu: “se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o Justo” (1 Jo 2.1).
2. Fé e graça. A graça opera mediante a fé no sacrifício vicário de Cristo Jesus. Ambas, fé e graça, atuam juntamente na obra de salvação: a graça, o presente imerecido de Deus; a fé, a contrapartida humana à obra de Cristo. Nesse sentido, não é a fé que opera a salvação, mas a graça de Deus que atua mediante a fé do crente no Filho de Deus (Rm 3.28; 5.2; Fp 3.9).
3. A graça não é salvo conduto para pecar. Segundo o ensino das Sagradas Escrituras, a graça jamais pode ser vista como um salvo conduto para a prática do pecado ou da libertinagem (Gl 5.13). Pelo contrário, a graça de Deus nos convoca à obediência ao doador da graça, pois quando se ama fazemos de tudo para agradar a pessoa amada. Por isso, o amor de Cristo nos “constrange” (2 Co 5.14) a fazer algo que agrade ao Pai (1 Ts 4.1). Logo, quem é alcançado pela graça compreende o quanto somos devedores a Deus e aos irmãos (Rm 13.8) e, por isso, desejamos amar o outro como Cristo amou (Jo 13.35). Os que estão sob a liberdade da graça vivem a santidade que reflete a beleza de Cristo no homem interior, onde este se revela vivo para Deus, mas morto para o pecado (Rm 6.11,13).
O ESCÂNDALO DA GRAÇA
1. Seria a graça injusta? Se comparada com a humana, a justiça divina é imensamente perdoadora. Nesse aspecto, e sob a ótica humana, a graça se torna injusta. Por esse motivo, e de acordo com o apóstolo Paulo, a graça pode ser denominada de escandalosa (Cl 2.14; Ef 2.8,9). Pelo fato de a graça depender exclusivamente de Deus, pois não há merecimento por parte do recebedor, o apóstolo enfatiza a impossibilidade de a graça e a lei “andarem juntas”, pois ambas são excludentes: “porquanto pelas obras da lei nenhuma carne será justificada” (Gl 2.16); pois como diz Atos dos Apóstolos: “mas cremos que seremos salvos pela graça do Senhor Jesus Cristo” (15.11). Logo, pela lei é impossível o pecador se salvar, mas dependendo única e exclusivamente da maravilhosa graça de Deus, ele encontrará descanso para a alma (Mt 11.28-30).
2. A divina graça incompreendida. Nos dias do apóstolo Paulo, muitos não compreenderam seus ensinamentos sobre a graça de Deus (2 Pe 3.15,16). Por isso, ao longo da história da Igreja, dois extremos estiveram presentes acerca da compreensão da graça: (1) Liberdade total para pecar (Rm 6.1,2); (2) a impossibilidade de receber tão valioso presente (Gl 5.4,5). O primeiro, naturalmente, leva a pessoa à libertinagem. Entretanto, a Palavra de Deus mostra que maior castigo sobrevirá sobre os que profanarem o sangue do pacto e ultrajarem o Espírito da graça (Hb 10.29). O segundo extremo se refere ao perigo do legalismo, a ideia de que para ser salvo por Deus é preciso dar algo em troca. Tal atitude pode levar o crente ao orgulho espiritual (Ef 2.8-10) e gerar toda sorte de comportamentos hipócritas (Mt 23.23).
3. Se deixar presentear pela graça.  Humanamente é impossível o crente alcançado pela graça retribuir a Deus tão grande salvação. Se fosse possível, já não seria graça, favor imerecido; mas mérito pessoal. O que tiraria de Deus a autoria divina da salvação. Em nosso relacionamento com Ele, quem tem mérito é seu Filho, Jesus Cristo (Fp 2.9-11). Assim, os que compreendam o favor inefável de Deus, mediante sua graça, devem deixar-se presentear por ela. Quem compreende o que significa ser justificado por Deus se permite “embalar nos braços de amor e de perdão” do Pai. Para os filhos de Deus, cônscios do valor da graça do Pai, tudo é presente, tudo é dádiva, tudo é favor imerecido! Portanto, deixe-se presentear pela graça de Deus!    
(Texto extraído de Lições Bíblicas Adultos, 1º Tri de 2017, edita pela CPAD.)
Marcelo Oliveira de OliveiraEditor do Setor de Educação Cristã da CPAD
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições da Revista Adolescentes Vencedores. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo. 

Lição 02 - 4º Trimestre 2018 - Não Caia na Conversa do Ímpio - Juvenis.

Lição 2 - Não Caia na Conversa do Ímpio 

4º Trimestre de 2018
“Guarda-me, ó SENHOR, das mãos do ímpio e guarda-me do homem violento, os quais se propuseram desviar os meus passos” (Sl 140.4).
ESBOÇO DA LIÇÃO
  1. PARA SER SÁBIO É PRECISO PRIMEIRO TEMER A DEUS
  2. ESCUTE O QUE SEU PAI ENSINA E PRESTE ATENÇÃO NO QUE SUA MÃE DIZ
  3. SE HOMENS PERVERSOS QUISEREM TENTAR VOCÊ, NÃO DEIXE
OBJETIVOSExplicar a necessidade de ouvir os conselhos bíblicos.
Apontar que não é errado ser tentado, mas quem cai na tentação, peca.
Conscientizar os alunos de firmarem um compromisso de não cair em tentação.
     Querido (a) professor (a), como tem sido seu preparo para dar aula aos seus juvenis?! Compreendemos que nossa rotina é cada dia mais repleta de compromissos e nós temos que dar conta de inúmeras tarefas e responsabilidades. Contudo, não deixe de reservar um espaço na sua agenda para ler sobre o tema das aulas e orar pelos seus alunos.
    Como sempre dizemos aqui, é crucial que seus ensinamentos estejam, antes de tudo, coerentes com sua conduta diária. Por isso, antes de preparar qualquer aula, ouça a voz do Espírito Santo ministrando as lições primeiramente ao seu coração. O Mestre precisa ser o reflexo de seu ensino e vice e versa.
    Não nos esqueçamos que muitos fariseus, excelentes doutores da Lei, falharam com Deus não quanto ao conhecimento ou até mesmo prática das Escrituras, mas ao não se autoavaliarem quanto a motivação desta  prática. Como disse o apóstolo Paulo:
    “Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.
     E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.
     E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria” (1 Coríntios 13.1-3).
     Portanto, com suas palavras e exemplo, comunique aos seus alunos a importância de acatarmos de todo coração à Palavra de Deus, e praticá-la com o amor que é devido a Deus e ao próximo.
     Explique-os que o significado de ímpio vem de “im–piedade”, isto é, falta de piedade, amor, misericórdia e compaixão pelo sofrimento alheio – tudo o que é contrário a vida e ensino de Jesus Cristo.
    “[...] E um deles (fariseus), doutor da lei, interrogou-o (Jesus) para o experimentar, dizendo: Mestre, qual é o grande mandamento da lei?  
     E Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento.
     Este é o primeiro e grande mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.
    Desses dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas” (Mt 22.35-40).
    Conclua, frisando que, portanto, se quisermos nos manter obedientes a toda a Escritura Sagrada, precisamos nos guardar da impiedade.
    O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula.
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Juvenis da CPAD

Lição 02 - 4º Trimestre 2018 - Como os Pentecostais Interpretam a Bíblia - Jovens.

Lição 2 - Como os Pentecostais Interpretam a Bíblia 

4º Trimestre de 2018
Introdução
I-Por que Ler e Interpretar a Bíblia Corretamente
II-Como o Pentecostal Lê a Bíblia
III-O Livro de Atos – Descritivo ou Prescritivo
Conclusão
Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivos:
Compreender a importância de ler e interpretar a Bíblia corretamente;
Mostrar a forma como o pentecostal lê a Bíblia;
Conscientizar de que o livro de Atos tem caráter descritivo e prescritivo.
Palavra-chave: Pentecostes.
Para ajudá-lo(a) na sua reflexão, e na preparação do seu plano de aula, leia o subsídio de autoria do pastor Alexandre Coelho:
Introdução
Qualquer cristão que leve a sério a vida com Deus precisa dedicar-se à leitura da Bíblia. Além dessa leitura, é preciso haver também o desejo de conhecer com mais profundidade a mensagem da Palavra, e esse conhecimento passa pelo ato da interpretação das Escrituras. A leitura superficial do texto sacro, ou seja, a leitura feita apenas para passar o tempo, sem um comprometimento maior da busca de um aprofundamento com vista a aplicar o texto em sua vida, não é considerada um ato de interpretar o texto, pois este exercício exige uma série de procedimentos por parte do leitor.
A interpretação das Escrituras objetiva não apenas o entendimento correto do texto, mas também o ensino e a aplicação desse mesmo texto. Acreditamos que Deus revelou a si mesmo e à sua vontade com um propósito bem definido: para que andássemos com Ele e refletíssemos a sua glória neste mundo por meio da forma como vivemos, e a forma como vivemos passa pelo entendimento e interpretação da Palavra de Deus.
Nesse mesmo pensamento, é estranha a ideia de interpretar o texto sem que se tenha o objetivo de aplicá-lo no dia a dia. A leitura puramente acadêmica não é danosa, e muitos acadêmicos e conhecedores das línguas originais tem doado seu conhecimento com o objetivo de facilitar o entendimento do texto sagrado. O objetivo das Escrituras, contudo, é conduzir o homem no caminho que o aproxima de Deus.
Como a interpretação do texto sagrado vai além da leitura simples e descomprometida, é preciso que aquele que deseja alcançar um conhecimento mais amplo dessa mensagem dedique-se a observar princípios que aprofundam e contemplam a mensagem como um todo. E essa responsabilidade de ler e de interpretar o texto é de fundamental importância, pois a interpretação correta das Escrituras conduz o cristão à aplicação correta desse mesmo texto, ao passo que a interpretação incorreta do mesmo texto conduzirá o cristão a uma prática incorreta daquilo que Deus determinou.
Entre os pentecostais, há essa preocupação de fazer com que a leitura do texto seja relevante não apenas para o conhecimento, mas igualmente para a aplicação. A Bíblia, segundo entendemos, deve ser a regra de fé e prática do crente, e esse entendimento deve nortear o ensino e a pregação da Palavra.
De que forma, então, os pentecostais leem e interpretam a Bíblia? E mais especificamente ainda: como interpretam os textos relacionados à atuação do Espírito Santo no Corpo de Cristo? Há alguma garantia de que a interpretação dos pentecostais no tocante à contemporaneidade dos dons é correta? E, se for correta, de que forma os dons devem ser administrados no culto? A doutrina pentecostal deve ser ensinada e incentivada como fruto de um mandamento de Deus ou de uma interpretação questionável?
A Bíblia  para o pentecostal
Crentes pentecostais entendem que a Bíblia é a revelação de Deus ao homem. Ela não contém a Palavra de Deus; ela é a Palavra de Deus. Se dissermos que a Bíblia contém a Palavra de Deus, estaremos dizendo que ela contém mais do que aquilo que Deus revelou de si mesmo por meio dos escritores, ou seja, algo que não é a Palavra do próprio Deus. Esse pensamento, o de que a Bíblia contém a Palavra de Deus, tem sido corrente entre estudiosos  que acreditam que devem analisar o texto sagrado como se fosse uma literatura comum, livre da ótica da inspiração. A questão é que não se pode esquecer o que Deus fala sobre sua Palavra. 
Por que ler e interpretar a Bíblia corretamente
Começando com a Hermenêutica
Quando se fala de leitura e interpretação da Bíblia, é interessante voltar ao passado e ter uma noção de como os antigos interpretavam os textos sagrados. As regras de interpretação, que foram desenvolvidas ao longo dos séculos, precisam ser relembradas para que entendamos que a leitura e a aplicação da Palavra de Deus não são um assunto recente.
A palavra hermenêutica é oriunda da língua grega. Hermes, um dos deuses do Olimpo, era responsável, como se entende, por comunicar aos homens as mensagens das divindades olimpianas. Para tal, era necessário conhecer não somente a língua dos deuses, mas também a língua dos homens, tornando a comunicação viável. Não adianta haver um emissor e não ter um receptor; é preciso também uma mensagem que possa ser codificada e entendida por signos que sejam compreendidos pelos destinatários.
Aqui, entraria o papel de Hermes. Sua função, além de ser patrono do sono, do comércio e dos ladrões, era também ser um comunicador que efetivamente pudesse fazer entendida a vontade dos deuses na língua dos humanos. O verbo hermeneuein pode ser entendido como interpretar ou traduzir.
Além dos antigos, os reformadores também deram sua contribuição para o desenvolvimento da interpretação das Escrituras. 
Ler corretamente para Entender corretamente
Não pode ser novidade para cristãos pentecostais o fato de que a interpretação das Escrituras deve levar-nos à vida cristã sadia. Mais que um exercício meramente intelectual, a prática da hermenêutica precisa conduzir-nos à pratica de vida, a uma experiência diária com o Altíssimo. Ainda que o ambiente em que a Bíblia foi produzida originalmente seja distinto do nosso, a intenção do Eterno era que sua mensagem fosse entendida em todos os tempos e por todos os povos. O que foi escrito pode e deve ser entendido por qualquer pessoa, e este é um pressuposto da Reforma Protestante: o livre exame das Escrituras é para todos os cristãos.
O livre exame das Escrituras deve ser entendido sob o prisma de que a Palavra de Deus pode ser lida e entendida por qualquer pessoa, seja em sua língua materna ou em qualquer outro idioma. Diferentemente do que ensinava o Romanismo na época de Lutero, todo cristão deveria ter um exemplar das Escrituras em casa e lê-las continuamente. À época, não era comum que aqueles que professassem a fé cristã tivessem acesso a exemplares da Palavra de Deus, e, com a Reforma Protestante, buscou-se que cada cristão tivesse acesso às Escrituras.
Tal postura foi duramente condenada pelos romanistas, que não viram com bons olhos os cristãos comuns que liam por si mesmos a Bíblia e tentavam apropriar-se das verdades sagradas para aplicá-las em suas vidas. Contra o argumento do livre exame, vemos que:
Foi Lutero quem, revoltando-se contra o Papa, levantou o princípio do livre exame da Bíblia, afirmando que toda pessoa é livre de interpretar a Escritura como lhe parecer. Daí a multiplicação de seitas protestantes, cada uma dela arvorando-se como verdadeira igreja. O que leva qualquer pessoa, de qualquer lugar, a se arvorar como infalível intérprete da palavra de Deus? Tem pessoas que por exemplo, é batista, e diz acreditar na divindade de Cristo. Os Testemunhas de Jeová, baseados na mesma Escritura, fundados no mesmo princípio de livre interpretação da Bíblia, concluem que Cristo não é Deus. Quem estaria certo? Qual das mais de mil seitas – há quem diga que já são cinquenta mil – estaria com a verdadeira interpretação da Bíblia? O protestantismo é uma nova Torre de Babel, na qual cada um se proclama infalível. (Extraído de https://afeexplicada.wordpress.com/2012/11/11/o-livre-exame-das-escrituras/)
Distante da opinião acima, que alega ser a variedade de grupos cristãos uma consequência do livre exame das Escrituras, está claro de que à época em que a Reforma Protestante eclodiu, o catolicismo arvorava ser o detentor da correta interpretação da Bíblia. Com a Reforma, essa ideia mudou. Além disso, a correta interpretação das Escrituras não necessariamente cria centenas de grupos cristãos no mundo. Diversos grupos reúnem-se com base não apenas na interpretação das Escrituras, mas também numa série de afinidades que variam da etnia a práticas e costumes diferentes, de acordo com suas convicções.
Era necessário que esses cristãos da Reforma entendessem que ler a Bíblia exigia princípios de interpretação, não para impedir que a leitura atingisse seu ápice, mas, sim, para que se obtivesse com certeza o que o escritor original estava comunicando. A teologia elaborou princípios que, de forma acertada, direcionam o modo como um cristão deve ler a Bíblia. E por qual motivo isso foi feito? Para que, em sua leitura, todo cristão levasse em conta os princípios que lhe permitirão aplicar a leitura do texto às suas vidas. O desafio de ser um praticante da Palavra de Deus passa, portanto, pela interpretação correta.
Esses princípios não necessariamente nasceram na Reforma. Diversos deles já eram utilizados pelos pais da Igreja e outros grupos de expositores. Eles valem não apenas para a leitura, mas também para a aplicação do texto.
Introdutoriamente, ao falarmos de aplicação, não temos dúvida de que certos textos têm uma aplicabilidade imediata, no sentido de que não há necessidade de muitas explicações para que a mensagem seja imediatamente compreendida, pois o conteúdo trazido aponta elementos que são conhecidos de praticamente todas as pessoas, como, por exemplo, “Não adulterarás. Não furtarás. Não dirás falso testemunho contra o teu próximo” (Êx 20.14-16). Outros textos, como, por exemplo, o que se refere a Melquisedeque em comparação ao Senhor Jesus, “rei de justiça e depois também rei de Salém, que é rei de paz; sem pai, sem mãe, sem genealogia, não tendo princípio de dias nem fim de vida” (Hb 7.2,3), precisam de uma explicação, ou entenderemos que Melquisedeque surgiu do nada, que não teve pai ou mãe. Na verdade, a genealogia de Melquisedeque não é apresentada no texto sagrado, mas ele, assim como qualquer ser humano, tinha pai e mãe.
Como dissemos, o entendimento correto de um texto passa pela leitura correta do mesmo texto. Tais princípios não têm por objetivo cercear a leitura da Palavra de Deus, e sim fazer com que essa leitura enquadre-se dentro do objetivo que o escritor tinha quando foi inspirado a materializar a revelação de Deus de forma escrita. 
Ler corretamente para Ensinar e Aplicar
Um dos propósitos da leitura correta das Escrituras é o seu ensino correto. Se a leitura e a interpretação do texto sacro forem dirigidas por premissas equivocadas, tais premissas acarretarão num ensino equivocado. Um ensino equivocado, por sua vez, traz práticas equivocadas e danosas para a Igreja de Cristo.
Ensinar é um ministério que exige dos mestres uma dedicação aos estudos. Em todas as faixas etárias e grupos étnicos e sociais, somos desafiados a ensinar as verdades de Deus de maneira que sejam extraídas da leitura e da interpretação correta da Bíblia.
Não é à toa que, ao longo do texto sagrado, Deus encarrega-se de usar seus servos para que estes exortem e ensinem o seu povo a praticar obras corretas e viver uma existência que efetivamente agrada a Ele. Cremos que, quando o Senhor inspirou os escritores a redigir o texto sagrado, Ele assim o fez para que a sua vontade fosse entendida e praticada.
O Senhor Deus deseja que sejamos praticantes de sua Palavra, mas, para que a pratiquemos de forma correta, precisamos interpretá-la corretamente. E a função do texto bíblico para nós, cristãos do século XXI, é comunicar uma ideia, um fato, uma verdade ou um mandamento da parte de Deus.
Hermenêutica e Aplicação
Descobrir o sentido do texto é um exercício que exige muito do intérprete. Há, porém, outro desafio tão importante quanto a descoberta do sentido do texto: a aplicação desse mesmo texto. Saber o significado de uma parte das Escrituras necessariamente implica buscar a aplicação dessa mesma parte a leitores e ouvintes. São duas partes do mesmo desafio, e uma tarefa complementa a outra.
Como leitores das Sagradas Escrituras, de que forma devemos ver a hermenêutica e suas regras? De forma bastante positiva. É preciso entender que os textos das Escrituras não surgiram do nada, sem um contexto, e nem os princípios da hermenêutica surgiram do nada. A mesma hermenêutica que proporciona os princípios de interpretação também nos ajuda a pensar na aplicação.
Se entendermos que tudo o que foi escrito assim o foi para que aprendamos e tenhamos esperança (Rm 15.4), podemos também crer que o propósito de Deus é que tenhamos o hábito de praticar o que Ele deu a cada um por meio da sua revelação escrita.
Como exemplo, no Antigo Testamento, a obediência à Lei de Deus traria prosperidade e saúde ao povo de Israel (Dt 30.11-20). A fé naquilo que Deus disse deveria ser o marco para crer no que Ele queria que o povo fizesse; todavia, com o passar do tempo, o povo de Deus esqueceu-se dessa orientação. 
Por que motivo Israel deveria reler a Lei de Deus a mulheres, filhos e estrangeiros a cada sete anos? Para que eles aplicassem às suas vidas o que o Senhor havia decretado: “fazer todas as palavras desta lei”. A aplicação é, sim, de extrema importância.
Toda a Escritura é inspirada e necessária para as nossas vidas. Não há uma Escritura mais inspirada que outra. Esse pensamento pode parecer bastante radical, mas representa uma verdade: Não podemos tratar o texto bíblico da forma como queremos, nem mesmo sob uma tradição que careça de fundamentos bíblicos.
É evidente que há partes no texto sagrado que, talvez, não possuam uma aplicação imediata para o leitor moderno. Um exemplo disso é o das genealogias, que são importantes nos registros sagrados. Como cristãos ocidentais, tendemos a ver pouca aplicação às nossas vidas quando lemos um conjunto de nomes de pessoas desconhecidas, a não ser que façamos um estudo mais profundo dos nomes ali mencionados, de suas tribos, funções e de que forma possivelmente teriam se destacado nas Escrituras.  
O Tempo e a Interpretação
Antes que pudéssemos crer em Deus hoje, Ele já se havia manifestado há séculos. O Senhor trabalhou antes de nós existirmos e usou milhões de servos seus antes mesmo que pudéssemos ser usados por Ele. O tempo pode até correr para nós, mas não para Deus. É nesse aspecto que precisamos entender que é necessário vencer a distância entre o tempo em que os textos das Escrituras foram escritos e o tempo em que vivemos.
Não nos parece que Moisés, homem de Deus, passou 40 anos escrevendo ininterruptamente o Pentateuco. Ele precisou guiar o povo pelo deserto, recebeu a Lei de Deus, fazia julgamentos e recebia as orientações divinas. Com todas essas atividades, não passou o tempo todo escrevendo. Os demais textos bíblicos não foram escritos todos os dias e na mesma época. Houve um hiato entre os escritores e entre seus textos. Daniel levou anos para escrever sua profecia, porque foi ao longo dos anos que Deus revelou ao profeta as coisas que haviam de ocorrer. Davi não produziu seus salmos numa mesma época.
Há também uma distância entre os escritos e os escritores do Antigo Testamento e os do Novo. Acredita-se que, entre o último profeta canônico do Antigo Testamento e o primeiro livro do Novo Testamento, há uma distância de 400 anos sem uma revelação escrita da parte de Deus.    
*Adquira o livro. COELHO, Alexandre. O Vento Sopra Onde Quer: O Ensino Bíblico do Espírito Santo e sua Operação na Vida da Igreja. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2018.
Que Deus o(a) abençoe. 
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista Lições Bíblicas Jovens
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Jovens. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.