quinta-feira, 25 de abril de 2019

Lição 04 - 2º Trimestre 2019 - O Altar do Holocausto - Adultos.

Lição 4 - O Altar dos Holocaustos

2º Trimestre de 2019
ESBOÇO 
I – O ALTAR DOS HOLOCAUSTOS (ÊX 27.1,2)
II – AS QUATRO PONTAS (CHIFRES) DO ALTAR E O SENTIDO DE REDENÇÃO (ÊX 27.6,7)
III – O ALTAR DOS HOLOCAUSTOS É UMA IMAGEM DO CALVÁRIO
O ALTAR DOS HOLOCAUSTOS
Elienai Cabral 
“Cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé; tendo o coração purificado da má consciência e o corpo lavado com água limpa.” (Hb 10.22)
O Altar de Bronze (cobre) era o primeiro objeto que se via ao entrar pela Porta do Pátio. Ele fazia parte da liturgia de adoração do povo de Israel e ficava situado fora do santuário, ao ar livre dentro do Pátio. Esse altar foi erigido para oferecer sacrifícios a Deus para que fosse conquistado o perdão dos pecados. A posição do Altar, que ocupava o primeiro lugar naquele recinto, indicava que, para chegar-se a Deus no seu Santuário, os direitos e demandas da perfeita justiça divina precisam ser satisfeitas. Antes de gozar da comunhão com Deus, devemos passar por esse Altar, que é o lugar da manifestação da justiça e do amor de Deus.
Nesse altar, eram oferecidos holocaustos, que eram ofertas voluntárias que tinham por objetivo alcançar o favor de Deus. O animal era imolado fora do Pátio. Depois de tiradas as suas vísceras e a sua pele, o animal limpo era trazido e colocado sobre o altar. 
A estrutura desse altar era quadrada, com dois metros e vinte e cinco centímetros (2,25 m) de largura e dois metros e vinte e cinco centímetros (2,25 m) de altura. A construção desse altar era feita com madeira de acácia (madeira muito resistente) e revestida de cobre por dentro e por fora. Nele eram oferecidos todos os sacrifícios a Deus, tanto os sacrifícios pelos pecados que eram queimados até virarem cinza, quanto os sacrifícios que eram holocaustos de gratidão e louvor a Deus pelas suas benesses. Dos holocaustos denominados “oferta pacífica” (ou de Paz), os ofertantes podiam comer da sua carne, sem sangue, e não podiam comer as suas vísceras. Do mesmo modo como se tomava o sacrifício e colocava-o sobre o altar, Jesus também foi levantado tipologicamente no altar do calvário para redimir a nossa alma (ver Lv 1.8,9; Jo 3.14,15; 12.32,33; Ef 5.2).  
I – PARA QUE SERVIA O ALTAR DE BRONZE?
O Altar de Bronze servia para duas finalidades básicas no contexto dos rituais dos sacrifícios de animais: (1) para os holocaustos por pecados cotidianos e (2) para a expiação do pecado uma vez por ano (Êx 38.30; 30.28). As ofertas queimadas eram feitas sobre o Altar de Bronze duas vezes por dia, um pela manhã, e outro à tardinha.  
Servia para Serem Feitos os Holocaustos
Antes de querer entender o sentido teológico do Altar do Holocausto, precisamos conhecer o significado da palavra “holocausto”. O prefixo “olã”, no hebraico, literalmente significa “ascendente” ou “aquilo que sobe”. Como esse tipo de oferta era consumido no fogo, a fumaça do holocausto exalava um cheiro especial que subia para os ares. Ao entrar no Pátio, a primeira visão do ofertante era “o Altar do Holocausto”, construído para oferecer sacrifícios perante o Senhor. A palavra “altar”, portanto, sugere a ideia de “mesa” levantada, visto que a imolação das vítimas (animais) era colocada em cima do altar. Naquele lugar, era derramado o sangue dos sacrifícios pelos pecados do povo. O altar foi o único lugar onde Deus encontrava-se com o povo de Israel para reconciliação. Um animal limpo e sem defeito era oferecido ali em substituição ao pecador. Por causa da regularidade e frequência com que aconteciam os sacrifícios de holocaustos, eles eram chamados de “holocausto contínuo” (Êx 29.42). O animal sacrificado era totalmente queimado no holocausto, e o cheiro da gordura queimada sobre o altar exalava um cheiro que agradava a Deus; era um “cheiro suave, uma oferta queimada ao SENHOR” (Êx 29.18). Foi o que Cristo fez por todos nós, entregando-se por nós em sacrifício suave a Deus (ver Ef 5.2).
Servia para Ser Feita a Expiação pelos Pecados
Na oferta do sacrifício para expiação pelo pecado, a vítima, depois de imolada, era queimada, e o sangue do animal era separado e colocado num vasilhame e, em seguida, era aspergido sobre o Altar de Bronze. O Altar tinha quatro pontas, que também eram identificadas como chifres. Nessas pontas, o sacerdote tingia-as com o sangue do sacrifício. É interessante saber que o vocábulo hebraico saraph significa “consumir”; por isso, o sacrifício era consumido pelo fogo do altar. Quando o animal imolado e limpo era colocado sobre o altar de fogo, tornava-se maldito por Deus em lugar dos homens pecadores. Ora, entende-se que expiação é quando Deus perdoa o pecado de um pecador arrependido e abre o caminho para a reconciliação com o pecador mediante um sacrifício de um substituto. Deus aceitava o animal que era sacrificado no lugar do pecador, que deveria morrer por conta de seu pecado, mas que acabou sendo salvo por esse substituto que morreu em seu lugar. No NT, Jesus Cristo é o Cordeiro substituto que deu a sua vida pelos pecadores de todo o mundo (ver Jo 3.16). Jesus fez de si mesmo a oferta pelo pecado, e o seu sangue é o que “nos purifica de todo o pecado” (1 Jo 1.7).   
Servia para Queimar o Incenso 
Havia uma distinção entre o Altar do Incenso, que era feito de madeira de acácia coberto de ouro (Êx 30.1-8), e o Altar de Bronze. Este Altar também usava o fogo para queimar o incenso que era composto de resinas, gomas e gravetos de plantas aromáticas. O composto do incenso tinha estoraque, ônica (ou onicha), gálbano perfumado e outras árvores odoríficas. Geralmente, o sacerdote tomava brasas do Altar de Bronze lá fora no Pátio com uma pá no fundo do altar e espargia o pó do incenso sobre as brasas do altar, fazendo exalar um agradável odor no ambiente do Lugar Santo. Era o símbolo das orações e intercessões em favor do povo de Israel. A fumaça do incenso subia e enchia o ambiente com agradável cheiro, que representava as orações que subiam até o trono da Graça (ver Lc 1.8-13; Ap 5.8; 8.3,4).
Texto extraído da obra “O TABERNÁCULO”, editada pela CPAD.
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Adultos. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

Lição 03 - 2º Trimestre 2019 - Entrando no Tabernáculo - O Pátio - Adultos.

Lição 3 - Entrando no Tabernáculo: o Pátio

2º Trimestre de 2019
ESBOÇO
I – O PÁTIO ENTRE AS TRIBOS DE ISRAEL
II – A CONSTRUÇÃO DA CERCA DO PÁTIO
III - A PORTA DO PÁTIO 
O PÁTIO ENTRE AS TRIBOS DE ISRAEL
Elienai Cabral
No livro de Números, os capítulos 1 a 10 relatam alguns fatos acontecidos no Sinai antes da partida do povo até Cades. Nesses capítulos, Israel ainda era um povo desorganizado e, por isso, Deus ordena a Moisés fazer um censo relativo às tribos para ter noção exata das famílias existentes e descobrir homens para o serviço militar. Moisés sabia que o povo precisava de ordem para que fossem criados o contingente de guerra e os grupos para as várias atividades sociais no meio do povo. Moisés tinha um senso de organização invejável. Assim sendo, ele fez a distribuição das tribos em torno do Tabernáculo, que ficava no centro de todas as tribos de Israel. 
A melhor tipologia para o Tabernáculo é o Senhor Jesus Cristo. Ele, segundo o NT, fez-se carne e habitou entre os homens (Jo 1.14). Ele tornou-se o nosso Tabernáculo, isto é, como profetizou Isaías: “Ele vos será santuário” (Is 8.14).
A Temporariedade do Tabernáculo
Quando Israel chegou às planícies do Sinai, o povo ficou maravilhado pela beleza exuberante do lugar, do sol brilhante e das suas montanhas. O povo só não entendeu que ali era o lugar onde Deus estaria presente. A partir de então, o povo deveria reconhecer e obedecer a autoridade de Moisés e aceitar o projeto do Tabernáculo. Depois de conhecido o desenho do projeto, Moisés partiu para a execução. Naturalmente, com o material pronto, a primeira montagem do Tabernáculo foi feita de frente ao Monte Sinai, no primeiro dia do primeiro mês do segundo ano após a saída do Egito (ver Êx 40.2,17), isto é, catorze dias antes da celebração da Páscoa. Reunidos os materiais prontos do Tabernáculo, os construtores sabiam que os mesmos eram desmontáveis, porque aquele lugar junto ao Sinai não seria para sempre. A Terra Prometida, a Canaã desejada, estava mais à frente. 
Posteriormente, toda a peregrinação de Israel desde o Sinai até Canaã foi registrada nos livros de Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. Nesse tempo, passaram-se mais de 39 anos, sendo que Israel passou 38 anos em Cades-Barneia. Depois que Israel, de fato, entrou em Canaã — depois da morte de Moisés, na terra de Moabe, sendo sepultado num vale naquela terra —, Josué assumiu a liderança de Israel (Dt 34.5-9). Já na terra de Canaã, Josué concitou o povo para a montagem do Tabernáculo, que teria de ser estabelecido num lugar fixo, além de estar num lugar não habitado e limpo. Em sua peregrinação pelo deserto, o povo de Israel montou o Tabernáculo em Gilgal (Js 4.19; ver 5.10; 9.6; 10.6,43), mas não ficou lá por muito tempo; então, mudaram-no para Siló (Js 18.1), terra que ficava no território de Efraim.
 A história registrou vários episódios da vida de Israel, quando o Tabernáculo havia sido desmontado e a Arca da Aliança não tinha um lugar fixo para ficar. Depois das guerras nos tempos de Saul e Davi, a Arca da Aliança não tinha lugar certo para ficar. Finalmente, quando Jerusalém foi conquistada por Davi, foi preparado um local e foi armada uma tenda para guardar a Arca da Aliança. Inicialmente, ela ficou em Geba (2 Sm 6.1-3); depois foi levada para a casa de Obede-Edom  e permaneceu ali por três meses (6.10,11). Davi não demorou a instalar um Tabernáculo em Jerusalém, e, posteriormente, a “Arca da Aliança” foi levada para o Templo de Salomão (1 Rs 8.1-4). Deus agradou-se desse feito e teve a sua confirmação e aprovação com a manifestação da sua Shekinah divina no templo (1 Rs 8.10,11).  
A Posição das Tribos em Torno do Tabernáculo
Era propósito de Deus morar no meio do seu povo; para tanto, Ele ordenou que fosse organizado um modo de ter cada tribo próxima ao Tabernáculo. Para entendermos essa organização das tribos, precisamos entender o propósito divino que está resumido no texto de Êxodo 25.8, que diz: “E me farão um santuário, e habitarei no meio deles”. Portanto, era o desejo de Deus habitar no meio do seu povo, e esse desejo seria efetivado com a construção do Tabernáculo, que foi montado no centro do acampamento de frente para o Oriente, isto é, para o nascer do Sol. De frente para a Porta Principal de entrada para o Tabernáculo, três tribos de Israel foram organizadas para guardarem a Porta: Judá, Issacar e Zebulom, e essas três tribos tinham “cento e oitenta e seis mil e quatrocentos” homens (Nm 2.1-9). Ao sul, na outra lateral do Tabernáculo, estabeleceram-se as tribos de Ruben, Simeão e Gade, com “cento e cinquenta e um mil e quatrocentos e cinquenta” homens (vv. 10-16). Aos fundos, a oeste para o Ocidente, na retaguarda do Tabernáculo, outras três tribos foram estabelecidas: Efraim, Manassés e Benjamim, com “cento e oito mil e cem” homens (vv. 18-23). Ao norte, na lateral do Tabernáculo, as tribos de Dã, Aser e Naftali, com “cento e cinquenta e sete mil e seiscentos” homens (vv. 25-31). O total de homens acima de 20 anos de idade era de “seiscentos e três mil e quinhentos e cinquenta” homens (v. 32). 
O Significado Tipológico do Pátio (Átrio)
É interessante notar que o Pátio era exclusivamente israelita. Os povos gentios ao redor do acampamento de Israel não tinham acesso ao Tabernáculo, nem mesmo no Pátio, porque só Israel era o povo de Deus. Por isso, aquele lugar específico, ou seja, o Pátio, era o redil do rebanho do Senhor, que era Israel. No AT, era forte esse exclusivismo na mente de Israel (ver Jo 10.16). Era privilégio peculiar de Israel o direito a entrar no Pátio até a Porta do Tabernáculo. A partir da Porta do Tabernáculo, somente o sumo sacerdote podia entrar e ministrar na presença de Deus. Em Cristo, porém, o acesso foi aberto a todo crente que se torna sacerdote e exerce o seu sacerdócio mediante o sangue da expiação que Cristo efetuou. Hoje, pelo Espírito Santo, temos acesso ao Pai (Ef 2.18 e 1 Pe 2.9).  
O Tabernáculo era composto por várias peças diferentes, e a sua montagem tinha um caráter especial de unidade e singularidade. Deus queria que o povo de Israel visse o Tabernáculo como um todo, e não como um amontoado de peças, para gerar no coração do povo a noção da unidade. Entretanto, cada peça do Tabernáculo tem significado espiritual, pois ele representa as realidades espirituais do Tabernáculo no céu. 
Texto extraído da obra “O TABERNÁCULO”, editada pela CPAD.  
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Adultos. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

quinta-feira, 18 de abril de 2019

Lição 03 - 2º Trimestre 2019 - Quando eu Oro, o Papai do Céu me dá Inteligência - Maternal.

Lição 3 - Quando eu oro, o Papai do Céu me dá inteligência

2º Trimestre de 2019
Objetivo da lição: Que o aluno crie o hábito de pedir a Deus sabedoria em suas ações.
Para guardar no coração: “[...] É Ele quem dá sabedoria aos sábios e inteligência aos inteligentes” (Dn 2.21).
Nesta lição, o aluno vai conhecer uma parte da história do rei Salomão quando ele faz um pedido muito especial ao Papai do Céu: Salomão pede inteligência. Ele quer ser muito inteligente para reinar sobre o povo e tratar todos da mesma forma. Deus ouviu a oração do rei e fez dele o homem mais inteligente que já existiu.
Em nossos dias, com tantos estudos sobre o que a criança é capaz ou não de aprender e a preocupação em introduzir os ensinamentos bíblicos nos primeiros anos de vida da criança, existe uma tendência a adotar uma postura rígida sobre quais as histórias bíblicas que devem ser utilizadas com as crianças. De um lado, alguns julgam ser adequado ensinar-lhes sobre a maioria dos personagens do antigo testamento, em ordem cronológica. De outro, ansiosos em relação à “aplicação prática” ou “às necessidades das crianças”, professores se perguntam: “Por que elas devem aprender sobre Abraão?” Na verdade, muitas das histórias da Bíblia podem ser relacionadas às necessidades de crescimento das crianças. Elas podem imitar os sons dos animais da Arca de Noé, como faz com os animais da fazenda ou do zoológico.
Após narrar a história bíblica em sua totalidade e realizar as atividades propostas na revista do professor, caso ainda haja tempo, sugerimos que entregue para cada criança a figura de um rei para colorirem. Enquanto executam a tarefa, diga que o Papai do Céu se agrada quando pedimos a Ele para nos dar sabedoria em nossas ações.
rei.licao3.maternal
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Setor de Educação Cristã da CPAD

Lição 03 - 2º Trimestre 2019 - O Filho Sonhador - Primários.

Lição 3 - O Filho Sonhador

Objetivo: Que o aluno compreenda que Deus nos dá sonhos e devemos estar atentos para ouvir a sua voz.
Ponto central: Deus realiza sonhos.
Memória em ação: “Ele será generoso, e as bênção que ele lhes dará serão tantas, que vocês não poderão segurá-las nas suas mãos” (Lc 6.38).
Querido (a) professor (a), como vão seus sonhos?! Sua capacidade de sonhar, de crer nos sonhos que o Senhor semeou em seu coração, de trabalhar por eles?! O tema da nossa próxima aula trata sobre isso. Não apenas dos sonhos que temos enquanto dormimos, em que Deus pode falar conosco, mas também daqueles que sonhamos acordados. 
Ao longo das nossas vidas, tomamos tantos “tombos”, sofremos tantas desilusões, decepções... Amadurecemos e isso é bom. Mas precisamos tomar cuidado para isto não se tornar em ceticismo, ou para esconder um medo de tentar e fracassar. Tais mecanismos de defesa de nossa mente já experiente, nem sempre nos livra só da decepção, mas pode também nos livrar de coisas boas, de realizações. Você já parou para pensar nisto? O que começaria a fazer pelos seus sonhos hoje, se não fosse o MEDO?
Eu não sei como anda os sonhos em seu coração nem a fé que você ainda tem neles, mas o Senhor conhece. Quem sabe não é através desta lição, ou mesmo a partir destas linhas, que Ele quer ressuscitar alguns sonhos seus que morreram ao longo do caminho; plantar outros dEle em sua alma; confirmar algum sobre o qual você tem orado... 
Portanto, antes de preparar esta Palavra para os seus Primários, permita que o Pai a ministre primeiro a você. Relembre a história de José. Do dia em que ele teve tão gloriosos sonhos até o momento da realização deles houve imensas lutas, não é mesmo?! Passaram-se anos, reveses e adversidades tão árduas que fariam qualquer um duvidar: Será que foi mesmo o Senhor quem falou comigo ou foi algo da minha cabeça? Será que tal sonho não era do agrado dEle? Será que fui eu, sem querer, que mudei a rota, fiz algo errado e perdi a chance? Só Deus pode, e quer lhe responder estas perguntas. Ore a Ele. Permita que o Espírito Santo fale com você, lhe dê a direção e renovo que precisa.
Lembre-se como está escrito na sessão de sua revista Ponto Central: “Deus realiza sonhos!” O verbo está no presente, é contínuo e verdadeiro hoje em sua história. 
Que tal para introduzir a lição você fazer uma roda de conversa para conhecer melhor os sonhos de seus pequeninos?! Explique a diferença entre o sonho que temos enquanto dormimos e aqueles que são desejos fortes em nossos corações. Ambos podem ser orientações de Deus para nós. Ao final da conversa, ore por todos os sonhos de Deus para cada um de sua turminha! 
Após contar a história, você pode fazer um gancho com esta data tão especial em nossas vidas que é a Páscoa, explique: 
“Você sabia que Deus também tinha um grande sonho? Sim, o sonho (maior desejo) de Deus era que pudéssemos ser amigos dEle, conversar com Ele diretamente todos os dias e um dia irmos todos morar com Ele no Paraíso... Mas tudo isso era impedido pelo pecado, a cada erro que cometemos mais nos afastamos dEle. E alguém precisava pagar por todos esses erros, levá-los e sofrer por eles em nosso lugar, para que assim conseguíssemos viver o maior dos sonhos do Papai do Céu. Mas só alguém PERFEITO poderia fazer isso. Você sabe quem foi? Isso mesmo JESUS! Ele morreu e ressuscitou para nos salvar, para realizar o sonho do Pai de nos ter pertinho dEles. E é isso que celebramos todos os dias, especialmente hoje na Páscoa. Quem quer receber este presente da salvação?” 
O Senhor te abençoe e capacite. Boa aula e uma feliz verdadeira Páscoa! 
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Primários da CPAD

Lição 03 - 2º Trimestre 2019 - Fazendo a Diferença na Sociedade - Adolescentes.

Lição 3 - Fazendo a diferença na sociedade

2º Trimestre de 2019
Esboço da Lição:
Frutos que fazem a diferença
Gerados em Cristo
"Sal e luz”
O carater de Cristo
Objetivos:
Conscientizar de que o cristão precisa fazer a diferença na sociedade em que está inserido;
Saber que o cristão precisa produzir bons frutos;
Compreender o real significado de ser “sal” da terra e “luz” deste mundo.
A Urbanização do Evangelho
Três vezes Jonas é chamado para ir a Nínive, que Deus continua chamando de “grande cidade” (1.1; 3.2; 4.11). Deus apresenta, diante de Jonas, a dimensão da cidade. Em Jonas 4.11, Ele diz: ‘e não hei de eu ter compaixão da grande cidade de Nínive, em que estão mais de cento e vinte mil homens, que não sabem discernir entre a sua mão direita e a sua mão esquerda (...)?’ O raciocínio de Deus é bastante transparente. As grandes cidades são gigantescos armazéns de pessoas perdidas espiritualmente. Como você pode nãose sentir atraído a elas? Certa vez, tive um amigo que usou este rígido argumento teológico comigo: ‘As cidades são lugares onde existem mais pessoas do que plantas, e o campo é o lugar onde existem mais plantas do que pessoas. Uma vez que Deus ama as pessoas muito mais do que as plantas, deve amar a cidade mais do que o campo’. Esse é exatamente o tipo de lógica que Deus está usando com Jonas. Os cristãos e as igrejas, naturalmente, precisam estar onde houver pessoas! E não existe um versículo sequer na Bíblia que diga que os cristãos devem habitar nas cidades. Mas, de modo geral, as cidades são desproporcionalmente importantes com respeito à cultura. É para lá que os pobres se congregam frequentemente. É lá que os estudantes, os artistas e os jovens criativos se reúnem. Conforme estão as cidades, assim está a sociedade. No entanto, os cristãos estão sub-representados nas cidades por todos os tipos de motivos.
Muitos cristãos de hoje em dia perguntam: ‘O que podemos fazer com uma cultura que se embrutece?’ Alguns se voltam para a política. Outros reagem contrariamente a isso, dizendo que ‘a igreja simplesmente deve ser ela mesma’, como uma testemunha da cultura, e aconteça o que tiver que acontecer. Em seu livro Two Cities, Two Loves, (Duas cidades, Dois Amores), James Boice afirma que até que os cristãos estejam dispostos a simplesmente viver e trabalhar nas grandes cidades, pelo menos nas mesmas proporções que os outros grupos, devemos parar de reclamar que estamos ‘perdendo a cultura’ (BOICE, James Montgomery, p.165ss).
Enquanto a cidadezinha era ideal para os povos pré-modernos e o subúrbio era formidável para os povos modernos, a cidade grande é amada pelos povos pós-modernos com toda a sua diversidade, criatividade e dificuldades de administração. Jamais alcançaremos o mundo pós-moderno com o evangelho se não o urbanizarmos e não criarmos versões urbanas de comunidades do evangelho [...].
Com que essas comunidades urbanas deveriam parecer? David Brooks escreveu sobre “Bobos”, que combinaram o materialismo tosco da burguesia com o relativismo moral dos boêmios. Eu proporia que os cristãos urbanos fossem “bobos reversos”, combinando não os piores aspectos, mas os melhores desses dois grupos. Praticando o evangelho bíblico na cidade, eles combinariam a criatividade, o amor pela diversidade e a paixão pela justiça (dos antigos boêmios) com a seriedade moral e a orientação familiar da burguesia.
(Texto extraído da obra “A Supremacia de Cristo em um Mundo Pós-Moderno”, Editora CPAD, 2007, p.122,123).   

Lição 03 - 2º Trimestre 2019 - Moisés - O Líder da Lei - Juvenis.

Lição 3 - Moisés - O líder da Lei

2º Trimestre de 2019
Objetivos:
Mostrar as características fundamentais para a liderança a partir da liderança de Moisés;
Discutir os desafios e o legado de um líder;
Refletir sobre o galardão do líder.
Esboço da Lição:
1. Moisés, um modelo de liderança
2. Moises e a Lei
3. O conhecimento do Senhor: O Principal Legado do Líder
4. O galardão do Líder
Querido (a) professor (a), daremos prosseguimento ao tema do nosso trimestres sobre liderança, falando de um dos maiores, mais dedicados e pacientes líderes de todos os tempos: Moisés. Como este homem amou e suportou seus liderados. Houve momentos em que ele até mesmo ousou se por entre a ira de Deus e o seu povo, impedindo sua total destruição.
[...] Disse mais o Senhor a Moisés: Tenho visto a este povo, e eis que é povo obstinado.  Agora, pois, deixa-me, que o meu furor se acenda contra eles, e os consuma; e eu farei de ti uma grande nação. Porém Moisés suplicou ao Senhor... Então, o Senhor arrependeu-se do mal que dissera que havia de fazer ao seu povo. (Leia Êxodo 32.1-14)
Imagine você, mestre, após tantos sacrifícios, dedicação, árduo labor, tantos ensinos, inúmeras e gloriosas experiências testificando seus ensinamentos e ainda assim, após tudo isso, seus liderados se corromperem terrivelmente na primeira oportunidade. Pense em quão grande desapontamento, desânimo, ira, decepção... Pois mesmo diante de todos estes dolorosos sentimentos – somados à tentadora oferta do próprio Deus Todo-poderoso de consumir os infiéis e dele sim fazer uma nova nação, – Moisés manteve seu ministério de amor sacrificial por seus insubordinados liderados. Como temos a aprender com este líder!
E neste domingo de Páscoa em que rememoramos o sacrifício de Cristo, maior de todos os líderes, poderemos frisar estas características necessárias a todos que desejam liderar no Senhor: um genuíno amor, a ponto de mortificar sua carne, seu ego, muitas vezes glórias e direitos merecidos, em favor de seus “discípulos”.
Hoje em dia muitos só pensam no que vão ganhar com a posição de liderança, mas será que estão dispostos a perder? Moisés que tanto fez para que o povo alcançasse a promessa, não entrou nela, não pisou em vida na tão ansiada Terra Prometida.
MORREU ALI MOISÉS, SERVO DO SENHOR. Este registro da morte de Moisés (Êx 34.5) foi provavelmente escrito por Josué, pouco depois da morte do grande líder (v.9). A Moisés não foi permitido entrar na Terra Prometida antes da sua morte (v. 4). Todavia, muitos anos mais tarde, ele realmente entrou naquela terra, quando apareceu no monte da transfiguração e falou com Jesus (Mt 17.3).
NUNCA MAIS SE LEVANTOU... PROFETA ALGUM COMO MOISÉS. Os grandes destaques na vida de Moisés foram sua íntima comunhão com Deus e sua compreensão da natureza e da pessoa de Deus. O desejo supremo de todos os crentes deve ser conhecer a Deus e experimentar estreita comunhão com Ele. É o seu maior privilégio e direito como filhos de Deus (Jo 1.12; 17.3; Rm 8.14, 15; Gl 4.6) [...] A comunhão com Deus – Pai, Filho e Espírito Santo – é a maior promessa e recompensa do crente (Jo 14.15-21,23,26; Ap 3.20). (Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2002, pp.342-43)
Que a aula de hoje não somente prepare e fortaleça ainda mais os vocacionados por Deus a serem líderes, como também renove em todos a alegria da salvação conquistada na cruz, com o maior de todos os preços pagos pelo nosso Jesus!O Senhor te abençoe e capacite. Boa aula e feliz verdadeira Páscoa!
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Juvenis da CPAD

quarta-feira, 17 de abril de 2019

Lição 03 - 2º Trimestre 2019 - Os Muros Vão ao Chão - Juniores.

Lição 3 - Os Muros vão ao chão 

 2º Trimestre de 2019
Josué 6.1-20,27.
Prezado(a) professor(a),
Na aula de hoje seus alunos aprenderão um pouco mais a respeito do cuidado com o seu povo. Continuando a caminhada pelo deserto rumo à posse da Terra Prometida, Josué, agora líder da nação de Israel, estava prestes a enfrentar a cidade de Jericó. Uma grande cidade cercada por um largo e alto muro que protegia os seus moradores dos ataques de povos inimigos. Mas Deus havia falado que entregaria a cidade de Jericó nas mãos de Josué. Tudo o que o líder do povo hebreu tinha de fazer era obedecer às ordens de Deus e seguir, estrategicamente, rumo à vitória.“Jericó, construída milhares de anos antes do nascimento de Josué, era uma das mais antigas cidades do mundo. Em alguns lugares, ela possuía muros com 7,5 metros de altura e 6 metros de espessura. Os soldados que montavam guarda em cima dos muros podiam ser vistos a quilômetros de distância.
Jericó era um símbolo de poder e força militar — os cananeus a consideravam invencível. Israel atacaria esta cidade primeiro, e sua destruição faria com que todos em Canaã tivessem medo de Israel. Os cananeus viam o Deus de Israel como uma divindade da natureza, porque Ele separara o Jordão, e como um senhor de guerra, pois derrotara Seom e Ogue; mas não o consideravam o Todo-Poderoso — aquele que prevalecia sobre uma cidade fortificada. A derrota de Jericó não apenas mostrou que o Deus de Israel era superior às divindades cananeias, mas também que ele era invencível.[...]
Por que Deus concedeu a Josué todas estas complicadas instruções para a guerra? (1) Deus deixava claro que a batalha dependeria dEle, e não das armas e da perícia de Israel. Este é o motivo pelo qual a Arca, que levava os israelitas para o confronto, deveria ser carregada pelos sacerdotes, não pelos soldados; (2) o método de Deus para tomar a cidade acentuava o terror já sentido em Jericó (Js 2.9); e (3) esta estranha manobra militar era um teste para a fé dos israelitas e sua disposição para seguir a Deus completamente. O soar das trombetas possuía um significado especial. Eles foram instruídos a tocar as mesmas trombetas usadas nas festas religiosas em suas batalhas para lembrar-lhes que sua vitória viria do Senhor, não de seu próprio poderio militar (Nm 10.9)” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p. 284).
Para reforçar o ensino da aula de hoje, sugerimos a seguinte atividade:
Providencie uma caixa de presente e cartões com os desenhos: arca, espada, fogo, vaso, trombeta e soldado. Coloque os cartões dentro da caixa. Peça que os alunos formem um círculo. A criança que estiver com a caixa na mão deverá abrir a mesma e pegar um cartão. Peça que ela, utilizando apenas gestos, mímica, diga para a turma o que está no cartão. Se as crianças não conseguirem acertar o aluno deverá desenhar no quadro. Conclua a atividade fixando os desenhos no quadro e explicando o significado de cada desenho: arca – é o símbolo da presença de Deus no meio do seu povo; espada – simboliza a Palavra de Deus; fogo – é o poder do Espírito Santo; vaso – somos vasos moldados pelas mãos do Senhor e devemos estar quebrantados na presença de Deus; trombeta – simboliza a adoração ao Deus Todo-Poderoso; soldado – somos os soldados de Cristo preparados para toda boa obra.(Atividade adaptada do livro Boas Ideias para Professores de Educação Cristã. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2015, p. 59).

Lição 03 - 2º Trimestre 2019 - Como Vai a Minha Aparência? Pré Adolescentes.

Lição 3 - Como vai a minha aparência?

2º Trimestre de 2019
A lição de hoje encontra-se em: Provérbios 20.29.
Caro(a) professor(a),
Na lição desta semana seus alunos aprenderão o que Bíblia diz sobre a aparência. Na etapa que seus alunos estão atravessando há uma grande preocupação com a aparência, sobre o que as pessoas pensam ou dizem a respeito da sua aparência, principalmente, o que pensam aqueles do sexo oposto. Tal preocupação está intimamente ligada à autoestima.
O adolescente gosta de ser bem visto e faz de tudo para ser bem aceito entre outros adolescentes da sua idade, mesmo que isso custe desobedecer aos preceitos da Palavra de Deus. Mas não convém que isso se faça assim. Deus espera que tenhamos a segurança de nos sentirmos bem da forma como Ele nos fez, sem nos afastarmos dos seus propósitos para a nossa vida. Isso é essencial e faz bem para a autoestima.
Seus alunos precisam aprender a lidar com a opinião das pessoas. É preciso se proteger daquelas que são destrutivas para a saúde emocional, pois não são poucos os casos de adolescentes que degeneram o próprio corpo e, até mesmo, entram em depressão porque não se sentem satisfeitos com a própria aparência ou não se veem enquadrados num suposto padrão de beleza reproduzido pela mídia.
Michael Ross discorre a respeito da preocupação do adolescente com a sua aparência:
“É uma regra injusta entre muitos adolescentes: se você não olhar, falar ou reagir de determinada forma — se não se encaixar na categoria certa — acaba como um alvo de bullying e caçoamento.
[...] Junto com o código legal está o jogo da popularidade. Participar do jogo da popularidade significa fazer o que é socialmente aceito. Embora as regras sejam diferentes em cada parte do mundo, aqui estão um pouco das mais familiares: vestir roupas certas, ir para as festas certas, usar a linguagem certa (a qual, usualmente, significa juramento) e manter Deus em uma distância certa (pelo menos em público). 
A sobrevivência social para muitos meninos — mesmo aqueles que afirmam ser cristãos — depende de como estão à altura nessas áreas. Se não estão à altura não são legais. E se não são legais, o que eles são?
Aspirantes (pessoas que desejam ser iguais às outras)! Então, meninos, como vocês gastam todo o momento que passam acordados, tentando perturbar a multidão legal? Mas o que acontece se eles não podem perturbar? Acabam se sentindo muito mal com eles mesmos. Começam a pensar que estão rejeitados, convencidos de que nunca serão aceitos.[...]
É tudo a respeito da aceitação. Infelizmente, muitos meninos estão dispostos a ir muito longe para tentar ser popular. Claro que há exceções neste jogo cruel. Há meninos cristãos confiantes que não são apanhados no que os outros pensam — homens jovens que são auxiliados na compreensão para a definição certa de legal” (ROSS, Michael. Cresci e agora? 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2013, pp. 64,65).
A preocupação com a aparência é muito comum na adolescência, tanto meninas quanto meninos querem se sentir bem da forma como estão. Converse sobre este assunto com seus alunos e reserve um momento para perguntas. Mostre que a Palavra de Deus orienta a moderação quando o assunto é o cuidado com a aparência e não devemos nos moldar ao formato do mundo: “E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Rm 12.2).
Boa aula!
Por Thiago Santos.
Educação Cristã 

Lição 03 - 2º Trimestre 2019 - O Dinheiro e seus Perigos - Jovens.

Lição 3- O dinheiro e seus perigos 

2º Trimestre de 2019
Introdução
I-O Perigo de Tentar Compensar o Amor ao Dinheiro com Boas Obras e Religiosidade
II-O Perigo de Perder a Vida Eterna Devido ao Apego Demasiado aos Bens Materiais
Conclusão
Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivos:
Evidenciar o perigo de tentar compensar o amor ao dinheiro com obras e religiosidade;
Refletir a respeito do perigo de se perder a vida eterna devido ao apego aos bens materiais.
Palavras-chave: Cobiça e soberba.
Nesta lição será abordado o ensino de Jesus sobre a correta atitude para com o dinheiro, bem como o perigo de se apegar de forma demasiada a ele e comprometer a salvação eterna com Deus. Para isso iremos analisar um texto bem conhecido dos evangelhos, o diálogo de Jesus com o jovem rico. Este jovem que era um exímio religioso e admirava Jesus, porém com um apego demasiado pelos seus bens materiais. 
1.1 I - O Perigo de Tentar Compensar o Amor ao Dinheiro com Obras e Religiosidade 
1.2 O Jovem rico vai até Jesus, mas sem disposição de renunciar riquezas
O texto original de Mateus, em sua forma gramatical, afirma que um alguém, um homem, se aproxima de Jesus. De início não passa de um anônimo e somente no versículo vinte e dois é que ele será identificado como um jovem que possuía muitas propriedades (Mt 19.16-22). Carter (2002, p. 487) afirma que ele era “alguém da elite social, de posição privilegiada com poder econômico, social e político”. Tudo demonstra que o jovem rico realmente era uma pessoa proeminente na sociedade, a ponto de todos os evangelistas sinóticos (Mateus, Marcos e Lucas) falarem de seu status social e poder econômico. Lucas informa tratar de um príncipe (Lc 18.18), uma pessoa importante da sociedade judaica, como um dos oficiais encarregados da sinagoga local. Marcos o chama apenas de “homem” (Mc 10.17). Enquanto, Mateus afirma que ele é um jovem que possuía muitas propriedades (Mt 19.22). Portanto, ele fazia parte de uma minoria privilegiada que, via de regra, se beneficiava do sistema de dominação romano e da elite judaica. Provavelmente, fazia parte do judaísmo da sinagoga, apresentado por Mateus como uma instituição negativa. O jovem rico vai até Jesus em busca de respostas aos seus questionamentos. E o verbo grego utilizado para identificar sua aproximação indica que a abordagem foi respeitosa. Por mais que o jovem pareça bem intencionado e apresentar uma atitude respeitosa com Jesus, o desfecho do diálogo demonstrará que ele, na realidade, não estava tão disposto a seguir a Jesus, se necessitasse renúncias. 
Independente de sua posição, o jovem vai até Jesus perguntar o que era necessário para obter a vida eterna. Em primeiro lugar, fica caracterizado o respeito pelo que havia ouvido e/ou visto a respeito de Jesus, pois considera que Ele sabia o caminho correto para se alcançar a vida eterna. O evangelista não identifica como e o que o jovem ficou sabendo de Jesus, tanto pode ter ouvido a respeito, como presenciado seus ensinos ou sinais miraculosos sendo realizados. Certo que ele reconhecia a autoridade de Jesus. No entanto, o reconhecimento e o interesse pela salvação não é suficiente, esse processo requer arrependimento e fé suficiente para renúncias e transformação de vida (Mc 1.15; Mt 9.2; Lc 17.19; At 3.19). Muitas pessoas reconhecem a autoridade da igreja e a ação de Deus no meio dela, a ponto de se aproximar e procurar encontrar meios para conviver com os membros da comunidade, participar das reuniões, mas com o passar do tempo percebem que os sermões e ensinos vão conduzindo para uma necessidade de mudança de comportamento. Esse confronto da Palavra, com a forma de vida das pessoas causa um conflito que nem todos estão dispostos a resolver. A resolução exige renuncias de coisas e hábitos aos quais essas pessoas estão tão apegadas que acabam por idolatrá-los. A nova vida com Cristo exige transformação de vida, mas nem todos estão dispostos a pagar o preço. Por isso, às vezes, ficam somente na aproximação.
O jovem acreditava conseguir a vida eterna por méritos próprios
O jovem se dirige a Jesus como mestre, “Bom Mestre”. Marcos e Lucas utilizam como adjetivo, mas Mateus faz uso da palavra “bom” como substantivo. Vincent (2012, p. 90) assevera que a tradução usual da pergunta de Jesus que sucede a abordagem do jovem: “Por que me chamas bom?”, não é a tradução correta do texto grego. A tradução mais adequada é: “Por que me perguntas acerca do bom?”. Jesus responde que somente “um há que é bom”. Arrington e Stronstad (2012, p. 111) corroboram com essa afirmação. Eles destacam que a palavra “bom”, em Mateus, “não tem implicação ética, mas ontológica. Um bom carpinteiro faz uma boa casa, e o fato de a casa ser boa é derivado do bom fabricante. A expressão última pertinente ao que é bom só pode ser Deus, pois Ele é a medida de tudo o que é bom”. Mateus não usa a palavra desta maneira por acaso, pois muitos judeus, como parece ser o caso do jovem rico, se achavam “bons” pelas suas caridades e rituais religiosos, como Mateus deixa bem claro, principalmente, no capítulo seis.  A pergunta do jovem demonstra que ele também vivia de acordo com a crença dominante da época, conforme já mencionado no primeiro capítulo deste livro. Ao contrário do que Jesus apresenta, o imaginário do povo era a crença de que a riqueza era sinônima de justiça e comunhão com Deus. Para eles a justiça se dava por meio de obras que se resumiam em rituais e esmolas aos pobres. 
Na sequência, o jovem questiona a Jesus como poderia fazer para conseguir a vida eterna, ou seja, que tipo de ritual ou caridade poderia lhe garantir uma vida eterna com Deus. Uma pergunta compreensível para judeus do primeiro século, que acreditavam na justificação pelas obras. Doutrina que será duramente contrastada pelo apóstolo Paulo por meio da doutrina da justificação pela fé (Rm 4). Ele tem em mente o bem que poderia fazer para ser considerado bom, um exemplo para sua comunidade e ser digno da vida eterna. Mais adiante no diálogo, Jesus vai indicar os limites dessas ações (v. 26). Carter (2002, p. 488) afirma que “o homem rico está pensando que pode adquirir a vida eterna da mesma maneira que adquire posses”. Um equívoco que muitas pessoas ainda cometem, tentando compensar suas falhas com sacrifícios pessoais e ações de caridade. A vontade de Deus para sua igreja vai muito além disso. 
A vida eterna com Deus não se conquista sem renúncias
Os ensinos de Jesus sobre a ética causava grande espanto aos ouvintes da Palestina do primeiro século e continua impressionando os leitores atuais. Os seus ensinos contrastava diretamente com os costumes e cultura da época, inclusive no que se refere à correta atitude para com o uso do dinheiro. Os evangelhos contêm mais de noventa citações de Jesus sobre as riquezas, sendo a grande maioria por meio de parábolas e no Sermão do Monte. Os judeus consideravam a vida material intrinsecamente ligada à vida espiritual, porém sob uma perspectiva bem diferente dos ensinos de Jesus. Enquanto eles se apegavam às riquezas e justificavam suas posses como consequências de justiça, Jesus ensinava que o reflexo da justiça era o desprendimento dos bens materiais.
Uma vez tendo o perfil do jovem rico é possível supor que ele tenha ficado feliz com a resposta de Jesus de que para obter a vida eterna deveria guardar os mandamentos (v. 17b). Para um judeu ortodoxo rico isso incluía a prática de caridades interesseiras por meio de sua riqueza como sinal de aprovação divina. Para ele, quanto maior fosse a riqueza mais caridade poderia fazer e maior recompensa divina receber. Todavia, ele faz um teste para assegurar de que havia entendido realmente o que Jesus estava falando ao se referir à guarda dos mandamentos. Ele pergunta sobre quais mandamentos Jesus estava aludindo.  A resposta deixa o jovem confortável: “Não matarás, não cometerás adultério, não furtarás, não dirás falso testemunho; honra teu pai e tua mãe, e amarás o teu próximo como a ti mesmo”. Ele prontamente responde: “Tudo isso tenho guardado desde a minha mocidade”. Carter (2002, p. 488) assegura que “a sua afirmação contradiz a declaração de Jesus segundo a qual ‘só um é bom’. Ele tenta se fazer ‘bom’ como Deus. [...] a abundância deste homem significa ganância, violência e opressão”. Atitude de um exímio religioso, cumpridor das tradições judaicas com vistas demonstrar sua exemplar religiosidade, da qual se vangloriava. O pastor Cesar Moisés Carvalho corrobora com o entendimento de que o jovem não passava de mais um religioso de aparência.
A situação do jovem rico da narrativa é o retrato de milhares de pessoas na atualidade. Religiosos que cumprem rituais, sacrifícios, caridades, entre outras práticas para exercer com sua vida religiosa, mas continuam adorando o dinheiro e bens materiais, sem a experiência da salvação.
O jovem sabia que lhe faltava algo 
O narrador é neutro na sua descrição do evento, ele narra na terceira pessoa e não tece nenhum julgamento sobre a atitude do jovem rico, a não ser em Mateus 19.22. Ele introduz diálogos entre os personagens da narrativa, incluindo algumas informações e explicações para determinadas situações da história contada, mas deixa que o leitor tome as suas próprias conclusões. 
O contexto histórico e cultural do primeiro século nos leva a imaginar que o jovem, ao receber a resposta de Jesus, se anima para demonstrar que era zeloso com a guarda dos mandamentos. No entanto, o fato de ser um religioso praticante e mesmo assim procurar a Jesus demonstra que ele não estava convicto de que sua prática era suficiente para obter a vida eterna. A sua nova pergunta demonstra essa deficiência: “que me falta ainda?”. Talvez o jovem houvesse presenciado alguns dos vários debates entre Jesus e os principais líderes judaicos e se convencido da necessidade de mudanças. Os discursos de Jesus causava um grande desconforto aos praticantes do judaísmo, em especial aos escribas e fariseus. Eles eram os mestres da lei, bem como os principais beneficiários das interpretações que eles mesmos faziam dela. Os principais líderes religiosos, independente da situação de Israel em relação com os dominadores, sempre eram beneficiados pelo seu poder de influência e dominação. O reinado de Deus propagado por Jesus visava o bem-estar, prosperidade e felicidade para todos e não para um grupo específico. Jesus expõe a verdadeira justiça do Reino dos céus, com base na lei, nos profetas e nos salmos. Portanto, a base era a mesma, o que diferenciava era a interpretação. O jovem rico, assim como muitos outros judeus, buscava obedecer aos mandamentos da tradição para serem perfeitos, mas ainda não sabia que a perfeição não era possível ao ser humano. Jesus na sequência deixará isso claro a ele e também a seus discípulos.
A atitude do jovem de ir buscar o que lhe faltava para herdar a vida eterna é louvável. Nem todas as pessoas que percebem que lhe falta algo para obter a vida eterna com Deus buscam se adequar. O problema é quando as pessoas descobrem que para se adequarem à vontade de Deus é preciso renunciar as coisas que mais amam e prestar adoração. Uma questão de prioridades, onde está o seu “tesouro”. O que é mais importante para uma pessoa definirá a sua tomada de decisão. Qual tem sido a sua prioridade? O que falta para você estar dentro da vontade de Deus?
1.3 II - O Perigo de Perder a Vida Eterna Devido ao Apego Demasiado aos Bens Materiais 
1.4 O conceito do termo “prosperidade” na bíblia hebraica
Conforme já visto anteriormente, ao longo da história do povo de Israel até os dias de Jesus, o entendimento da elite religiosa, que se beneficiava de seu status religioso e interpretava as Escrituras em benefício próprio, era de que a riqueza estava intrinsecamente relacionada com a justiça de Deus. A riqueza era considerada bênção de Deus, dada às pessoas que eram justas. Proença (2008, p. 67), em um estudo nos livros sapienciais (poéticos), afirma que o termo prosperidade nesses livros não era sinônimo de riquezas materiais. Ele apresenta um quadro interessante de distinção entre as categorias: “justo” e “ímpio”, como base o livro de Provérbios. A comparação se dá porque nos textos bíblicos a “prosperidade” era prometida somente para os justos.
 Justo Ímpio
 Tem comportamento íntegro (28,18)
 Anda por caminhos perversos (28,18)
 É abençoado (28,20)
 Quer ficar rico logo (20,20)
 Retém a instrução (28,4) Não presta atenção à instrução (28,4)
 Comprometido com os pobres (29,7) Não compreende o que é justo (28,5)
 
Canta e fica alegre (29,6)
 É apanhado em seus pecados (29,6)
 Não tolera o mal (29,27)
  Não tolera o bem (29,27)
 Odeia o suborno (15,27)
 Ávido por lucro (15,27)
Fonte: Proença, 2008, p. 67
Esse quadro deixa claro a confusão que era feita pelos religiosos em relação à interpretação da Palavra de Deus. Se analisar o comportamento dessas nas narrativas bíblicas, facilmente serão identificados com o ímpio e não com o justo, como defendiam. Ao comparar a definição do justo e do ímpio, Proença (2008, p. 67) assevera que a característica principal do justo “não é sua exuberância material, mas o compromisso ético com a justiça, a honestidade, a integridade, o bem e os pobres (Pv 29,7; ver também Jó 11,13-20)”. Ele reforça que “a riqueza pode ser entendida como uma injustiça, pois é resultado de uma distribuição desigual de bens materiais, o que afeta, naturalmente, a consciência do justo”. Diferente do que propagava a elite religiosa judaica, a tradição sapiencial condena o acúmulo desordenado das riquezas e aqueles que depositam nelas a sua confiança (Pv 11.28).  
Tércio Siqueira corrobora com o estudo da prosperidade no Antigo Testamento ao afirmar que é um dos termos mais abusados no mundo evangélico. 
Entender o conflito de interpretação entre a elite religiosa judaica e a que os textos realmente queriam expressar ajudará a entender os conflitos entre os ensinamentos de Jesus e a elite religiosa judaica e, consequentemente, a narrativa em estudo sobre o encontro de Jesus com o jovem rico.
O apego excessivo aos bens materiais impedia o jovem de seguir Jesus 
Então, retornando à narrativa do jovem rico, Jesus esclarece o que faltava para ele ter a vida eterna. A resposta foi como que um balde de água fria sobre o jovem: “Se queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens, dá-o aos pobres e terás um tesouro no céu; e vem e segue-me”. No contexto, “ser perfeito” significava “ter vida eterna” (vv. 16,17). Para isso, a ordem de Jesus foi vender tudo o que ele tinha para distribuir com os pobres. O mestre foi diretamente onde estava o seu coração. Até então, conforme o imaginário predominante na época, para o jovem não tinha nenhum mal ter muitos bens e, pelo contrário, seria uma confirmação de sua harmonia com a vontade de Deus. Porém, agora tinha confirmação do que provavelmente já “sabia”: toda a sua vida e ensino recebido de seus líderes não estava de acordo com a Palavra de Deus. Ele deve ter percebido que todo esse tempo havia se adaptado ao contexto do seu cotidiano por conveniência. Essa constatação não deve ter sido fácil. O que seria da vida do jovem se obedecesse a ordem de Jesus e vendesse tudo o que tinha, abandonasse a sua vida de privilégios e passasse a andar com Jesus e seus discípulos, que eram desprezados pelo seu círculo de amigos? Uma mudança radical que exigia muita renuncia. O que fazer?
O jovem que aparentemente queria ser um seguidor de Jesus e conquistar a vida eterna vê-se impossibilitado pela falta de desprendimento de suas propriedades. O que chama atenção é que o diálogo se encerra imediatamente, o jovem rico não consegue nem simular sua insatisfação. Assim que ouve a resposta de Jesus ele fica triste e se retira, não interroga mais Jesus e perde o interesse na conversa. O evangelista deixa bem claro o motivo de sua tristeza e rejeição ao convite de Jesus: “porque possuía muitas propriedades”. Alguns pregadores atuais aproveitam dessa passagem para exigir e tirar contribuições forçadas de fiéis, mas é bom que fique bem claro que vender os bens e entregar aos líderes religiosos não é uma condição para salvação. O que Jesus deixa claro é que o apego demasiado aos bens materiais distancia o ser humano do projeto solidário e humanitário de Deus (partilhar com os pobres). O fato ocorrido foi utilizado pelo narrador e, antes de tudo, por Deus, para deixar o ensinamento sobre o perigo do apego excessivo em bens materiais e de depositar neles a confiança. Jesus deixou o maior exemplo de desprendimento de bens materiais e de confiança na provisão divina.
Jesus, na parábola do semeador (Mt 13.22), já havia destacado o perigo da sedução das riquezas sufocar a Palavra. Ele compara essa experiência com a semente semeada entre espinhos, símbolo dos cuidados deste mundo e da sedução das riquezas, que sufocam a mensagem do Evangelho. A palavra de Jesus foi semeada em um terreno (coração) que não estava apropriado para germinar, apesar do aparente interesse do jovem rico. Você, se estivesse no lugar do jovem rico, agiria diferente? Onde você tem colocado sua confiança? 
Jesus ensina os discípulos em particular 
Depois de o jovem rico ter ido embora, Jesus se volta para os discípulos. Jesus, como de costume, reúne-se com seus discípulos para ensiná-los. Ele sempre investia tempo para capacitar e treinar os discípulos para cumprirem a missão de dar continuidade na pregação do evangelho. Ele demonstra como o apego demasiado às riquezas pode impedir a entrada no Reino de Deus e a dependência do poder de Deus para superar essa barreira (v. 26). Jesus primeiro afirma ser difícil um rico entrar no reino de Deus (v. 23). Na sequência, usa uma expressão que ficou famosa “é mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no Reino de Deus”. Uma linguagem hiperbólica para dizer que na realidade é impossível um rico, nas condições daquele jovem, ser salvo. Os discípulos também não entendem o que Jesus queria dizer. Para eles, se os ricos, considerados justos, não podiam ser salvos, “Então, quem poder salvo?”. Uma evidência de que eles ainda continuavam influenciados pela crença popular de que a riqueza significava bênção e sinal de justificação de Deus (Dt 28.1-14), embora os perigos da riqueza também sejam abordados na Bíblia Hebraica. Jesus esclarece que a verdadeira fonte de salvação é Deus (v.26). O pastor Elinaldo Renovato faz uma contextualização da relação da igreja com as riquezas e influências da cultura pós-moderna em seu comportamento, que merece a citação integral:
No mundo, as economias crescem, e se desenvolvem, graças à chamada globalização, em que se maximizam os lucros, através da diminuição dos custos, pela utilização da tecnologia avançada, ao lado do uso exploratório de mão de obra barata, nos países emergentes. A vida de milhões de pessoas melhorou, graças à maior produção de bens, e de oportunidades de trabalho. Porém, ainda há muitos milhões de excluídos dos resultados econômicos; há muitos pobres e miseráveis que não tem sequer o mínimo de calorias para manter uma vida saudável, por comerem somente uma vez por dia. Eles estão por aí, na periferia das cidades e metrópoles; e alguns são evangélicos. Pasmemos: há igrejas, onde o luxo é tão grande, que os miseráveis não conseguem entrar. E nem são bem recebidos. São as igrejas da “classe A”! Um pastor me disse que, numa igreja, quando um pobre vai à frente, seu nome sequer é anotado. É aconselhado a ir procurar uma igreja mais próxima de sua casa, que tenha pessoas do seu nível social. Nessas igrejas, o carpinteiro de Nazaré talvez se sentisse pouco à vontade. Para os excluídos, não adianta pregar apenas com palavras. É necessário demonstrar amor por eles, falando e agindo; pregando, e dando o pão cotidiano; assistindo, dando o peixe, e, mais que isso, ensinando a pescar, para que experimentem algum tipo de ascensão social. (RENOVATO, 2007, p. 216)
Na contramão da cultura secular, as bem-aventuranças de Mateus 5.1-12 declaram serem felizes os pobres, caracterizados de oito maneiras diferentes, afirmando que neles o Reino de Deus já se faz presente como dom e graça de Deus no meio de nós, e apesar de nós. Mateus assegura que bem-aventurados são aqueles que têm o coração como o do pobre (pobres de espírito), ou seja, quem assume com consciência o fato de ser pobre. Esse pode ser pobre no sentido material, o que importa é a maneira que lida com o próximo. A pior de todas as situações é o contrário disso, ou melhor, o pobre com o “espírito de rico”. Esse tipo de pessoa, em vez de desejar a justiça, deseja estar no lugar do opressor que pratica a injustiça que combate (o hospedeiro opressor), o oposto do ensino proposto por Jesus. Jesus não somente ensinou o caminho das bem-aventuranças, como também testemunhou com seu próprio exemplo de vida. Ele, tendo tudo: viveu como um pobre (Zc 9.9 cf. Mt 21.5); chorou pelos necessitados (Lc 19.41; Jo 11.35); tratou a todos com humildade e mansidão (Mt 11.29; 26.66-68); teve fome e sede de justiça (Mt 17.17; 21.12,13); foi misericordioso (Mt 9.13; Jo 8.3-11); era um pacificador (Mt 20.24-28); e foi perseguido por causa da justiça (Jo 11.46-53; 18.19-23). 
O problema não é ser rico, mas não saber lidar com as riquezas.  E você, como tem lidado com o dinheiro e seus perigos?
                                                                             
*Adquira o livro do trimestre. NEVES, Natalino. Cobiça e OrgulhoCombatendo o desejo da Carne, o Desejo dos Olhos e a Soberba da Vida. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2018.
Que Deus o(a) abençoe.
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista Lições Bíblicas Jovens 
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Jovens. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

terça-feira, 16 de abril de 2019

Lição 03 - 2º Trimestre 2019 - Jesus Cura uma Mulher - Jd. Infância.

Lição 3 - Jesus cura uma mulher

2º Trimestre de 2019 
Objetivos: Os alunos deverão crer que Jesus tem poder para curar as nossas doenças, de forma que passem a cultivar o hábito de apresentar a Deus as próprias enfermidades e as de seus familiares. 
É hora do versículo: “[...] Ele levou as nossas doenças e carregou as nossas enfermidades” (Lc 5.10).
Nesta lição, os alunos aprenderão que Jesus é poderoso para curar todas as doenças. Jesus também liberta as pessoas da opressão do mal. Ele curou a sogra de Pedro e também pode nos curar hoje.
Como atividade complementar, após a realização das atividades propostas na revista do aluno e do professor, e caso haja tempo, sugerimos que imprima a atividade abaixo, uma para cada criança, e peça que ligue a imagem correspondente ao sintoma. Enfatize que quem pode curar todas as doenças é Jesus. Depois deixe que pintem o desenho.
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Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Jardim de Infância

Lição 03 - 2º Trimestre 2019 - O Papai do Céu me Ama! Berçário.

Lição 03 - O Papai do Céu me ama!

2º Trimestre de 2019
Objetivo da lição: Levar a criança a compreender, através das atividades e exposições, que o Papai do Céu a ama.
É hora do versículo: “Porque Deus amou o mundo [...]” (Jo 3.16).
Nesta lição, as crianças serão conscientizadas de que o Papai do Céu as ama. Por este motivo, Ele nos abençoa diariamente, abençoa o papai e a mamãe. Quando Jesus viveu aqui na terra, Ele também amou e abençoou as criancinhas.
Quanto à dúvida de narrar histórias bíblicas para os alunos do Berçário, saiba que as histórias são capazes de ensinar de diversas formas uma criança dessa faixa etária. A Bíblia contém riquíssimo material  para o ensino de vocabulário, fonética, uso da linguagem, imagens de pessoas e objetos, e moral da história, assim como para a construção dos conceitos de Deus, Jesus e valores cristãos. As histórias da Bíblia muito contribuem para a educação cristã das crianças do berçário.
Após realizar todas as atividades propostas no  manual do professor e caso haja tempo, imprima a folha abaixo, uma para cada criança, e peça para elas molharem o dedo no guache o colocar um sorriso no rosto da criança que sabe que o Papai do Céu a ama.
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Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Berçário 

Lição 02 - 2º Trimestre 2019 - Sou do Papai do Céu! Berçário.

Lição 02 - Sou do Papai do Céu!

2º Trimestre de 2019
Objetivo da lição: Levar a criança a compreender, através das atividades e exposições, que pertencemos a Deus.
É hora do versículo: “Os filhos são um presente do Senhor” (Sl 127.3a).
Nesta lição, as crianças serão levadas a compreender que pertencemos ao Papai do Céu, quer dizer, somos filhos dEle. Os filhos são presentes que o Papai do Céu enviou para o papai e a mamãe.
Em nossos dias, com tantos estudos sobre o que a criança é capaz ou não de aprender e a preocupação em introduzir os ensinamentos bíblicos nos primeiros anos de vida da criança, existe uma tendência a adotar uma postura rígida sobre quais as histórias bíblicas que devem ser utilizadas com as crianças. De um lado, alguns julgam ser adequado ensinar-lhes sobre a maioria dos personagens do antigo testamento, em ordem cronológica. De outro, ansiosos em relação à “aplicação prática” ou “às necessidades das crianças”, professores se perguntam: “Por que elas devem aprender sobre Abraão?” Na verdade, muitas das histórias da Bíblia podem ser relacionadas às necessidades de crescimento das crianças. Elas podem imitar os sons dos animais da Arca de Noé, como faz com os animais da fazenda ou do zoológico.
Após realizar todas as atividades propostas no  manual do professor e caso haja tempo, imprima a folha abaixo, uma para cada criança, e peça para elas riscarem o que uma criança que pertence ao Papai do Céu não pode fazer sem motivo. As crianças deverão riscar o bebê que está chorando. Reforce que o bebê não pode chorar sem motivo. O bebê do Papai do Céu é feliz!

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Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Berçário

Lição 02 - 2º Trimestre 2019 - Quando eu Oro, o Papai do Céu me dá Amigos - Maternal.

Lição 2 - Quando eu oro, o Papai do Céu me dá amigos

2º Trimestre de 2019
Objetivo da lição: Que o aluno desenvolva o hábito de orar por seus amigos.
Para guardar no coração: “Ele está perto de todos os que pedem a sua ajuda [...]” (Sl 145.18).
Nesta lição, o aluno vai conhecer uma parte da história de Isaque, filho de Abraão. Isaque passou por alguns problemas com pessoas que não eram suas amigas. Deus deu alguns amigos para Isaque e assim, ele não brigou mais porque, afinal de contas, amigos não brigam.
Após narrar a história bíblica em sua totalidade e realizar as atividades propostas na revista do professor, caso ainda haja tempo, sugerimos que entregue para cada aluno uma figura de crianças se abraçando para colorirem. Enquanto executam a tarefa, diga que o Papai do Céu gosta que tenhamos amigos e que os tratemos com muito amor e carinho. Estimule as crianças a abraçarem os amiguinhos da classe.
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Setor de Educação Cristã da CPAD

Lição 02 - 2º Trimestre 2019 - Pedro Pesca Muitos Peixes - Jd. Infância.

Lição 2 - Pedro pesca muitos peixes

 2º Trimestre de 2019
Objetivos: Os alunos deverão reconhecer o poder de Cristo e transmitir a todos a mensagem do poder que há no nome de Jesus. 
É hora do versículo: “[...] Não tenha medo! De agora em diante você vai pescar gente” (Lc 5.10).
Nesta lição, os alunos aprenderão que Jesus viu dois barcos de pescadores perto da praia e foi até eles. Pediu que fossem para o meio do lago e lá lançassem a rede ao mar para pescar. Aqueles pescadores pescaram tantos peixes que os barcos quase afundaram. Eles pescaram a noite toda e não tinham pego nada, mas quando Jesus mandou, e Pedro, um dos pescadores, obedeceu, ele pegou muitos peixes. Depois disso, Pedro se tornou amigo de Jesus e passou a falar de Jesus para todas as pessoas. Você também pode contar de Jesus para seus amigos e trazer muitos para a casa de Deus. Através dessa história bíblica, Os alunos deverão reconhecer o poder de Cristo e transmitir a todos a mensagem do poder que há no nome de Jesus.
Como atividade complementar, após a realização das atividades propostas na revista do aluno e do professor, e caso haja tempo, sugerimos que você siga o passo a passo sugerido abaixo, junto com as crianças, a fim de confeccionar alguns peixinhos para as crianças levarem para casa como lembrança da aula de hoje. Enfatize que Pedro deixou de pescar peixes para pescar gente para o Papai do Céu. Portanto, sugira que cada um desses peixinhos seja um alvo de evangelização para seus alunos. Cada peixe seja uma alma de um parente ou de um melhor amigo de sua criança. Estimule a prática da evangelização nos pequenos.
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Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Jardim de Infância

Lição 02 - 2º Trimestre 2019 - Um Presente, Uma Confusão - Primários.

Lição 2 - Um Presente, uma Confusão

2º Trimestre de 2019
Objetivo: Que o aluno saiba que não devemos nos deixar levar pela inveja e pela maldade.
Ponto central: Deus ama todos os seus filhos.
Memória em ação: “Confie no Senhor de todo o coração” (Pv 3.5a).
Querido (a) professor (a), após seguir as orientações contidas em sua revista, sugerimos que você rememore a lição anterior junto à classe. Recorde que na semana passada pedimos que nesta aula todos trouxessem fotos de suas famílias, claro com a ajuda e autorização de seus responsáveis, pois ao final da aula vamos fazer um belo mural de oração pelas famílias (ao final mostramos aqui algumas ilustrações para sua inspiração).  
A história de hoje é bem densa: a trama de assassinato, a traição, ciúme, malícia que levaram pessoas a vender o próprio irmão como escravo. É muito triste ver até onde a maldade e inveja podem levar o ser humano, ao ponto de desumanizá-lo até com os da própria família. 
E quantas não são as cruéis atrocidades, atos bárbaros e realmente desumanos que vemos todos os dias nos noticiários atingindo esta que é uma sagrada instituição divina?! Nesta semana, por exemplo, um crime brutal chocou o País, no Rio de Janeiro o carro de uma família foi fuzilado com 80 disparos do Exército Nacional. Militares cuja missão era proteger aquela família, assim como as nossas e as dos demais cidadãos. 
Declarações escapistas ou a ausência do devido pronunciamento sobre o caso por parte de nossos governantes revelam que a nossa situação ética e moral enquanto sociedade é ainda mais degradante. Ao ponto de não só uma barbárie impensável como esta ocorrer, mais ainda pior, depois de ocorrida ser banalizada. Nossa situação é grave.
Precisamos lamentar!
Não há lamento que possa reparar esta família dilacerada pelo trauma, dor, pela revolta frente à injustiça e por seu luto. Porém, a falta dele nos diminui enquanto seres humanos, nos extingue como cristãos – palavra que significa “pequenos Cristos”. E mais do que nunca a luz de Cristo nesta terra não pode ser apagada (Cf Mt 5.14-16).
Precisamos lamentar porque precisamos nos importar. Sentirmos a dor do outro como se nossa fosse e fazer algo a respeito.  
Não à toa, diante de fatalidades – a maioria ocasionada quando o coração do povo se desviava do caráter de Deus, – o próprio Senhor convocava a nação para se lamentar, chorar, converter o riso em choro e a alegria em tristeza; conclamava prateadores, carpideiras, intercessores, buscava alguém que se colocasse na brecha para pedir perdão, clamar pela nação. Leia Jr 5.1-5; Ez 22.31,31; Tg 4. 5-10 - NTLH.
Diante de irmãos se levantando contra irmãos neste trecho da história de José e do contexto social ao qual estamos inseridos, nós compartilhamos com você mestre esta reflexão. E que o Espírito do Senhor ache em nós pessoas que orem pelas famílias, por esta enlutada e por tantas outras marcadas pelas tragédias em nossa pátria; pela família chamada Igreja do Senhor, que precisa de um despertar espiritual, pela sua e a de seus alunos.
Seguem algumas imagens que podem servir de inspiração para a confecção do mural de oração pelas famílias com as fotos trazidas por seus Primários. Evidentemente, adaptando o que for necessário para utilizar materiais acessíveis, como papel pardo, papel verniz, sulfite, camurça, crepom, laminado, cartolina, E.V.A. etc. O que houver disponibilidade.
Deixe que seus alunos participem de todo o processo de confecção sob sua orientação. Este tipo de atividade, além de estimular a criatividade, funções motoras e cognitivas, habilidades sociais, ainda fortalece a comunhão e integração da turma. 
Já que famílias trabalham unidas, este projeto também serve como ilustração para o que aprenderemos sobre família ao longo do trimestre. 
Ao início ou final de cada aula, todos juntos estenderão as mãos para este belo trabalho coletivo para orar por estas e as demais famílias (mesmo as que não estão nas fotos). Pode-se também anotar os nomes dos familiares de quem não puder trazer uma fotografia, ou ainda mais lúdico, colocar o desenho deles de suas famílias. Mas o principal é você explicar que as famílias que estão no mural representam todas as famílias da nossa pátria. 
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O Senhor te abençoe e capacite. Boa aula! 
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Primários da CPAD