quinta-feira, 21 de março de 2019

Lição 12 - 1º Trimestre 2019 - Um Líder Formado no Deserto - Jovens.

Lição 12 - Um Líder Formado no Deserto

1º Trimestre de 2019
Introdução
I-Um Jovem Valoroso
II-“Põe Tua Mão Sobre Ele”
III-Josué é Fortalecido
Conclusão
Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivos:
Mostrar que a formação de Josué se deu no deserto, ao lado de Moisés;
Considerar o fato de que Josué foi escolhido pelo Senhor;
Compreender que Josué foi fortalecido por Moisés e por Deus.
Palavras-chave: Peregrinação no deserto.

Para ajudá-lo(a) na sua reflexão, e na preparação do seu plano de aula, leia o subsídio de autoria do pastor Reynaldo Odilo:
INTRODUÇÃO
Na lição anterior, foram lançados alguns raios de luz sobre a longa biografia de Moisés, o maior líder do povo hebreu de todos os tempos. Agora, analisaremos a trajetória do seu “número 2” — Josué, conhecido por alguns teólogos como o “Jesus do Antigo Testamento”. Ele soube glorificar a Deus com sua função subalterna, sendo chamado de “servidor de Moisés”.
Na verdade, para pessoas vocacionadas por Deus, como Josué, as glórias pessoais (títulos, honrarias, posições, elogios) não são fundamentais, mas apenas servem para o louvor do Senhor. Estar na posição “número dois”, “três” ou “quatro” constitui-se em mero detalhe. O importante é ter a aprovação dos céus, até porque ser o maioral, como Moisés, nem sempre é a melhor coisa, haja vista que o chefe sempre fica com a maior responsabilidade. As expectativas, as cobranças pelos resultados, as críticas, geralmente, recaem prioritariamente sobre ele, sufocando-o. Já o “número dois”, como Josué, por outro lado, tem menos estresse, as cobranças são brandas, as expectativas são menores, as críticas menos ácidas. Ele está mais livre para agir. É menos fiscalizado. Ser “número dois”, portanto, é uma bênção de Deus, e Josué o sabia muito bem.
Na Bíblia, encontramos muitas pessoas como Josué que foram levantadas para servir em posições de menor destaque. Elas eram, para Deus, porém, heróis da fé. Aparecem nessa lista: Eliseu, que era o “número dois” de Elias; Misael, Ananias e Azarias, que eram o “número dois” de Daniel; Silas, que era o “número dois” de Paulo; dentre outros. Ora, por que fazer questão em ser o cabeça se o subordinado, utilizando menos energia, pode ter os mesmos resultados, ou até mais, que o superior hierárquico? Observe-se que alguns indivíduos que estavam perto do poder central da liderança mosaica, como Miriã, Arão, Coré, Datã e Abirão, tencionaram assumir a posição “número 1” e, por isso, foram severamente repreendidos pelo Senhor; desses, os que não se arrependeram morreram miseravelmente.
Josué, todavia, como bom soldado, soube reconhecer seu lugar e, no tempo oportuno, o Altíssimo fez sua apresentação diante de todos, a fim de que assumisse o comando. Sempre acontece assim: quanto mais submisso o obreiro, mais honra o Eterno lhe confere.Josué, porém, não “surgiu” da mesma forma que, segundo a versão de Arão, foi criado o bezerro de ouro: “[...] e lancei [o ouro] no fogo, e saiu este bezerro” (Êx 32.24). No quesito “formação de liderança”, nada acontece por acaso, abruptamente, pois o discípulo precisa passar por um longo e penoso processo de qualificação, tendo que ser aprovado, inevitavelmente, na “disciplina do deserto”, uma das mais importantes na preparação daqueles que querem ser usados na seara do Senhor. Por ela passaram, com louvor, os grandes vultos da história bíblica: Abraão, Isaque, Jacó, Moisés, Davi, Jesus, dentre muitos outros. O deserto prova a fé, expõe os limites, delineia a confiança, quebra o orgulho, promove a obediência, experimenta as forças e demonstra o caráter. Assim, seja por muito ou pouco tempo, o deserto sempre fará parte da história de todos os grandes líderes do povo de Deus.
Flávio Josefo comenta que Josué era um homem muito qualificado, sensato, valente, eloquente e trabalhador incansável, o qual aprendeu, com Moisés, a ter amor às coisas de Deus, fato que o destacava dos demais.1  É sobre esse memorável servo de Deus que o presente capítulo se debruçará, analisando sua formação ministerial no deserto.
I – NELE HÁ O ESPÍRITO
Na perícope de Números 27.18-23, Deus diz coisas singulares, muito especiais, acerca de Josué. Moisés, decerto, já o conhecia bem, mas nesse instante Deus chancelou a grande vocação do comandante das tropas de Israel. A oposição que se levantou no tempo do deserto atacou ferozmente a Moisés e, nesse período, sem dúvida, Josué estava sendo também provado e, paulatinamente, moldado pelo Senhor.
No fim, portanto, de quarenta anos de caminhada, em que grandes e inimagináveis dificuldades se somaram, o capitão Josué permaneceu inabalável fiel a Deus, confiável naquilo que realizava, pois gostava de estar com o Senhor, além de extremamente submisso a Moisés. Deus sintetiza tudo isso numa frase: “Nele há o Espírito” (Hb. ruwach que também significa vento, hálito, mente). Ou seja, Deus estava dizendo, mais ou menos assim: Josué vive, pensa e age comigo e em mim; Eu estou nele. Que extraordinária e gloriosa constatação!
O Israel daquele tempo era como um povo de coração duro e, por isso, sua capacidade de compreender as coisas de Deus era bastante reduzida. O Senhor Jesus explicou como funciona esse mecanismo na humanidade da seguinte forma: “Porque o coração deste povo está endurecido, e ouviu de mau grado com seus ouvidos e fechou os olhos” (Mt 13.15). Assim, como a mente indisposta para se abrir às mensagens do céu, as portas do entendimento espiritual (olhos e ouvidos) perdem a sensibilidade, e aquilo que se descortina diante deles (sejam milagres, sejam pregações, ou mesmo algum fato da vida, como uma bênção ou um castigo divino, por exemplo) soam como acontecimentos naturais, normais, humanos… Todavia, Josué era diferente: ele não possuía um coração endurecido, mas tinha o Espírito, que são características absolutamente antagônicas, inconciliáveis. As duas situações não coexistem. Ter o Espírito significa trafegar noutra dimensão, enxergar com os olhos de Deus e ouvir na frequência do céu. E isso fazia toda a diferença. Bom lembrar, alfim, porém, que Deus somente afirmou isso após a morte de Arão e Miriã, no final da jornada, depois da prova do deserto — lugar de sua formação.
1) Um Homem de Confiança 
Josué, desde muito cedo, era um homem que inspirava confiança. Ele era diferenciado não por seus conhecimentos de estratégia militar (alguns comentaristas defendem a hipótese de Josué ter se submetido a treinamento bélico ainda no Egito, razão pela qual assumiu o posto de general das tropas de Israel),2  mas porque ele tinha o Espírito. Ele aparece pela primeira vez no registro escriturístico em Êxodo 17.9, por ocasião de uma guerra contra os amalequitas, oportunidade em que Moisés já o comissionou não só para conduzir, mas também para formar o exército.
O caráter confiável, como um santo homem de Deus, foi um dos fatores para a escolha. Confiança e fidelidade apresentam-se como características indispensáveis a qualquer líder vocacionado. Paulo disse que Deus o teve por fiel e, por isso, colocou-o no ministério (1 Tm 1.12).
2) Um Homem de Oração 
Êxodo 24.13 mostra que Josué era comprometido com a oração, não só porque precisava estar perto de Moisés, mas porque tinha o Espírito e, por isso, precisava buscar a Deus. Como se sabe, o sumo sacerdote tinha a obrigação de entrar diante do Senhor uma vez por ano (Hb 9.7), mas Moisés, diferentemente, “entrava no Lugar Santíssimo constantemente...”,3  e Josué sempre estava por perto (Êx 33.11).
Todo líder cristão precisa ser uma pessoa que ama a oração. Doutra sorte, suas estratégias ministeriais serão humanas e a obra de Deus sofrerá.
3) Um Homem Submisso 
Moisés escreveu, em Êxodo 24.13; 33.12 e Números 11.28, que Josué era seu servidor (Hb. sharath) que significa estar a serviço, ou à disposição de alguém, sendo-lhe submisso, título que não envergonhava a Josué, antes pelo contrário; tanto é assim que, ao escrever seu livro (Js 1.1), depois da morte de Moisés, Josué fez questão de se apresentar como “servidor de Moisés”, não como líder supremo do povo, general ou coisa parecida. Mister registrar, todavia, que após sua morte foram escritos os últimos cinco versículos de seu livro, onde, por inspiração do Espírito, constou que Josué, filho de Num, era “servo do Senhor” (Js 24.29) e não “servidor de Moisés”, expressão repetida em Juízes 2.8. Deus, com aquela singela mudança gramatical nas Escrituras, estava dando testemunho de que a vida de Josué era-lhe agradável a tal ponto que ele podia ser chamado de “servo” (Hb. ebed — escravo, súdito, adorador) do Senhor, título dado a pouquíssimos homens na Bíblia [e.g.: Moisés (Dt 34.5; Js 1.1; 2 Rs 18.12; 2 Cr 1.3) e Jó — (Jó 1.8; 2.3)].
Josué sempre foi submisso a Moisés, estando com ele nas guerras (Êx 17.9), nos momentos de perplexidade (Nm 11.28), nos desafios (Nm 13.16), nos cultos (Êx 24.13; 33.11; Dt 32.44). Ele estava crescendo e se desenvolvendo paulatinamente (Tt 2.6), aprendendo a ser como o seu pastor, para, sobretudo, amar a um povo de dura cerviz, tornando-se alguém com uma “desconsideração altruísta de seus próprios interesses pessoais. Ele nunca deixou de demonstrar uma profunda preocupação pelos interesses daqueles a quem liderava”.4 
O líder bem formado deve ser um profundo conhecedor da Bíblia, mas somente após enfrentar, com submissão, ao lado do seu pastor, as agruras do deserto, estará apto para assumir posições estratégicas no Reino. A submissão genuína o fará voar alto, como aconteceu com Josué!
II – PÕE TUA MÃO SOBRE ELE
O ato de impor a mão sobre alguém, nas Escrituras, possui significado bastante expressivo. Jesus abençoava as crianças, impondo-lhes as mãos (Mc 10.16); o Senhor também disse que seus seguidores colocariam as mãos sobre os enfermos e eles sarariam (Mc 16.18). Em Samaria, Pedro e João (At 8.17), e em Éfeso, Paulo (At 19.6), quando impunham as mãos, pessoas eram batizadas com o Espírito Santo. O apóstolo dos gentios relembrou a Timóteo o dom que ele recebeu por imposição das mãos dos presbíteros (1 Tm 4.14).
Da mesma forma Deus, ao querer indicar Josué como sucessor, determinou que Moisés impusesse as mãos sobre ele, como sinal de que a autoridade de Deus, a qual estava sobre Moisés, para conduzir o povo, estava sendo transferida a Josué. Isso, na verdade, o Senhor expressa de maneira clara, posteriormente, ao dizer: “Moisés, meu servo, é morto; levanta-te, pois, agora, passa este Jordão […] como fui com Moisés, assim serei contigo” (Js 1.2,5). Josué, um vaso escolhido, porque tinha o Espírito, mas também era corajoso e fiel a Deus.
1) Um Homem Escolhido
Os pais de Josué chamaram-lhe Oseias (heb. Hoshea‘), que significa “salvação”, mas Moisés, ao enviá-lo à Canaã como espia, mudou-lhe o nome para Josué (heb. Yehoshua‘), que traduzido quer dizer “Javé é salvação”. A tarefa que Josué haveria de desenvolver teria como foco a intervenção miraculosa de Deus (Sl 44.1-3), e não a força do seu braço ou sua agilidade com a espada. Afinal, não existe nada mais pernicioso do que dizer: “Deixe comigo, eu sei fazer”. Quem assim procede, sente-se um “deus”, e toda vez que alguém se sente dessa maneira, age parecido com o Diabo. Por isso, o Inimigo quer conduzir os homens a esse estado mental de autossuficiência, acreditando que a habilidade e força outorgam aptidão para vencer todas as batalhas. Mas o Senhor diz: “[…] Não por força, nem por violência, mas pelo meu Espírito” (Zc 4.6). Quanto ao fato da escolha de Josué, anotou-se:
Quando Deus precisava de um homem bem preparado, Ele escolheu Josué. O Senhor encontrou naquele homem alguém que ouviria suas instruções. Josué era alguém que cumpriria suas tarefas. Estas qualidades de caráter tão associadas à disposição de Josué são sempre aprovadas por Deus.5 
A escolha de Josué foi anunciada quando Deus, depois de declarar que ele tinha o Espírito, mandou a Moisés: “põe tua mão sobre ele” (Nm 27.18). A unção vinda de Deus, pelas mãos de Moisés, quebraria o jugo (Is 10.27). Josué sabia que o segredo da vitória seria a bênção de Deus. Tanto era assim que, em determinada guerra, para a vitória de Israel ser completa, Josué orou e Deus fez o sol parar (Js 10.12,13). De fato, somente o “Senhor é salvação”! 
2) Um Homem Corajoso 
Josué não era como Arão que, pusilânime, apequenou-se a ponto de não querer assumir, perante Moisés, que tomou as joias de ouro das mãos do povo, “trabalhou o ouro com buril e fez dele um bezerro fundido” (Êx 32.4, ARA), mas apenas explicou: lancei o ouro no fogo “e saiu este bezerro” (Êx 32.24). Absolutamente. Josué sabia dizer não às pressões inconsequentes dos rebeldes do povo e reconhecia suas próprias responsabilidades, como no caso dos gibeonitas, quando escreveu: “E Josué fez paz com eles e fez um acordo com eles, que lhes daria a vida” (Js 9.15). Já foi dito que “Josué foi um homem de coragem inabalável e perseverança invencível que mostrou profunda confiança diante das dificuldades”.6  
Ele nunca fugiu de um desafio, nunca se acovardou, mas sempre agiu com dignidade, como aconteceu quando retornou de espiar Canaã (Nm 14.6-9). Deus precisa de homens corajosos (não de atrevidos). No capítulo 1 do seu livro, ele menciona que Deus lhe disse para se esforçar e ser corajoso (ter bom ânimo) quatro vezes (vv. 6,7,9,18). Coragem, sem dúvida, foi uma das tônicas do ministério de Josué e também deve ser uma característica marcante dos cristãos atuais.
3) Um Homem Obediente 
Em Números 32.12 está escrito que, no meio de uma grande crise, Josué com Calebe perseveraram em seguir ao Senhor. Eles agiram em total obediência, o que se constitui numa condição indispensável para um líder.
O treinamento de Josué no deserto passava, preciosamente, pelo teste de sua obediência, requisito mencionado pelo Senhor ao povo (Lv 26.3-13). Ele aprendeu a obediência em um cenário de escassez, murmuração e conflitos. Ora, obedecer quando tudo vai bem não é tão complicado, mas, quando tudo parece perdido, não é fácil. Por isso a provação no deserto tem tanto valor para a formação ministerial! 
III – APRESENTA-O
1) Deus Mandou Animá-lo e Fortalecê-lo 
Depois de Deus afirmar que Josué tinha o Espírito (era escolhido), e determinado que Moisés impusesse as mãos sobre ele (recebeu autoridade delegada), em seguida, mandou que Josué fosse apresentado ao sacerdote e ao povo para assumir a posição como sucessor eventual de Moisés. Em Deuteronômio 1.38 e 3.28, narra-se que Deus ordenou que Moisés o animasse e fortalecesse.
A estrutura emocional de Josué precisava ser fortalecida, bem como sua reputação diante do povo, pois ele era visto como um grande general, mas precisava de legitimidade sacerdotal, e apoio popular, para assumir a função mais elevada na nação. O Senhor, que sabe fazer tudo muito bem, com uma só ordem, resolveu toda a questão. Josué, como todo líder formado no deserto, não precisa se embrenhar na mesquinha aventura de promover o seu marketing pessoal.
A pregação de Moisés trouxe pouco proveito aos israelitas, “porquanto não estava misturada com a fé naqueles que a ouviram” (Hb 4.2), mas não foi assim em relação a Josué. Ele foi formado e moldado pela palavra de Deus no deserto, ouvindo e caminhando com Moisés, enquanto a maioria — rebelde — se perdeu em seus próprios conceitos e vontades. Mister que todos os cristãos fiquem atentos “para que ninguém caia no mesmo exemplo de desobediência” (Hb 4.11).
2) Deus Faz-lhe Promessas
Em Deuteronômio 31.7,8,23, está escrito que Deus fez promessas a Josué, dizendo-lhe que o sonho hebreu, perseguido por décadas, seria realidade por intermédio dele, e que o Senhor estaria com ele, portanto, que não temesse, nem se espantasse. Aliás, quando Deus entrega uma missão a alguém, sempre lhe faz promessas, conforme foi observado neste caso:
Quando Moisés e seu sucessor se dirigiram à porta da tenda, Deus comissionou Josué de uma forma direta (Dt 32.14,15,23). Depois da morte de Moisés, o Senhor bondosamente repetiu essa ordem particularmente a Josué, aumentando as suas promessas com a finalidade de encorajá-lo na véspera da invasão de Canaã (Js 1.1-9).7 
O Todo-Poderoso estava dando garantias a Josué, como deu a Moisés: “Certamente eu serei contigo” (Êx 3.12). É impressionante a capacidade que o Senhor tem de incutir esperança naqueles que estão perto. A esperança brota antes de qualquer palavra, ou até mesmo da promessa. Somente sua presença muda as perspectivas, o ambiente. A luz invade a escuridão e tudo se torna compreensível. Essa revelação, trazida em linguagem própria pelo Espírito Santo, afetou fortemente a Josué, o qual, de acordo com as Escrituras, nunca pensou em desistir da sua empreitada.
3) A Nobreza de Josué
Josué apresenta-se como uma inspiração para toda a cristandade, desde a sua formação como discípulo (servo) de Moisés, no deserto, até a sua ascensão ao posto mais alto da nação. Sua nobreza de caráter vislumbra-se claramente pelo seu senso de serviço, sua devoção ao Senhor e, também, sua visão realista do papel que desempenharia em todo este processo: era um servidor de Moisés, e nada mais. Acerca dele, vale transcrever ainda:
[…] Em muitos aspectos, este “Jesus do Antigo Testamento” prefigura características do Jesus do Novo Testamento. Não foi registrado nenhum mal contra ele. Ele estava livre de todo o desejo de autopromoção ou cobiça; não existe traço de egoísmo que manche a nobreza simples de seu caráter; em todas as circunstâncias ele demonstrou um desejo supremo: conhecer a vontade de Deus. Sua principal ambição era fazer a vontade divina”.8 
A nobreza dele salta aos olhos, tanto que nunca foi contestado por ninguém quanto à sua liderança; talvez o ingresso na Terra Prometida tenha ajudado a aplacar a ingratidão crônica dos hebreus. Ele foi referido, pelo Senhor, em Hebreus 11.30, como sendo um herói da fé. 
CONCLUSÃO
O deserto perfaz-se numa escola de formação de líderes, que internaliza experiências indispensáveis para aqueles que conduzirão o povo de Deus à “terra que mana leite e mel”. Moisés e Josué, mestre e discípulo, passaram por ela, e, aprovados por Deus, tornaram-se dois grandes expoentes que criaram as condições necessárias para o nascimento político-administrativo do povo de Israel. Eles são complementares, fazendo lembrar a expressão paulina: “Eu plantei, Apolo regou; mas Deus deu o crescimento. Pelo que nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas Deus, que dá o crescimento” (1 Co 3.6,7).
Embora, como diz Paulo, do ponto de vista da eternidade e também sob o prisma da filosofia, Moisés e Josué não sejam em si mesmos “alguma coisa”, é impossível olhar para a história da civilização da humanidade e não se deparar com a imensurável contribuição ofertada por esses dois nobres hebreus, não só pela condução dos israelitas na conquista do seu território, o que foi determinante para a definição do mapa geopolítico das nações na antiguidade (com repercussões até nossos dias), mas, sobretudo, por terem andado com Deus, aprendido os seus valores e transmitido ao mundo o alto padrão da cosmovisão do Espírito Santo.                                                                             
*Adquira o livro do trimestre. ODILO, Reynaldo. Rumo à Terra Prometida: A Peregrinação do Povo de Deus no Deserto no Livro de Números. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2018.
Que Deus o(a) abençoe.
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista Lições Bíblicas Jovens

1 JOSEFO, Flávio. História dos hebreus. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p. 161. 
2 PFEIFFER, Charles F.; VOS,  Howard F.; REA, John. Dicionário Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p. 1.095.
3 COELHO, Alexandre; DANIEL, Silas. Uma jornada de fé. Rio de Janeiro: CPAD, 2013, p. 98.
4 LIVINGSTON, George Herbert; COX, Leo G.; KINLAW, Dennis F.; BOIS, Lauriston J. Du; FORD, Jack; DEASLEY, A.R.G. Comentário bíblico Beacon. vol. 8. Rio de Janeiro: CPAD, 2015, p. 24.
5 LIVINGSTON, George Herbert; COX, Leo G.; KINLAW, Dennis F.; BOIS, Lauriston J. Du; FORD, Jack; DEASLEY, A.R.G. Comentário bíblico Beacon. vol. 8. Rio de Janeiro: CPAD, 2015, p. 25.
6 LIVINGSTON, George Herbert; COX, Leo G.; KINLAW, Dennis F.; BOIS, Lauriston J. Du; FORD, Jack; DEASLEY, A.R.G. Comentário bíblico Beacon. vol. 8. Rio de Janeiro: CPAD, 2015, p. 25.
7 PFEIFFER, Charles F.; VOS,  Howard F.; REA, John. Dicionário Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p. 1.095.

Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Jovens. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

Lição 12 - 1º Trimestre 2019 - Vivendo em Constante Vigilância - Adultos.

Lição 12 - Vivendo em Constante Vigilância 

1º Trimestre de 2019
ESBOÇO GERAL
I – O SIGNIFICADO DE VIGILÂNCIA
II – JESUS NO GETSÊMANI
III – EXORTAÇÃO À VIGILÂNCIA
EXORTAÇÃO À VIGILÂNCIA
Esequias Soares
Daniele Soares
A vigilância é um tema significativo no relato da angústia de Jesus no Getsêmani. Jesus disse a Pedro, João e Tiago, seu irmão: “A minha alma está cheia de tristeza até à morte; ficai aqui e vigiai comigo” (Mt 26.38). Outra vez, disse a esses três discípulos, depois de ter orado ao Pai pedindo que, se possível, passasse dele o cálice: “Meu Pai, se é possível, passa de mim este cálice” (v.39), e a seguir: “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca” (v. 41). O termo grego para “vigiar” nessas duas passagens é o mesmo, gregoréo, mas o sentido em cada uma delas difere pelo contexto. No v. 38, indica ficar despertado, acordado. O Dicionário exegético do Novo Testamento, de Horst Balz e Gerhard Schneider, explica que esse verbo “significa em primeiro lugar não dormir” e justifica esse significado primário pelo fato de Jesus exortar três vezes os seus discípulos no relato do Getsêmani a permanecerem acordados com ele, e o dicionário acrescenta ainda que a parábola do servo vigilante (Lc 12.36-38) “deve ser entendida no sentido de não dormir” (p. 801). O grifo não é nosso. De fato, o verbo é derivado de egrégora, perfeito de egeiro, “levantar, acordar, despertar”. O apóstolo Paulo usa esse verbo em contraste com dormir (1 Ts 5.6). A ideia de vigiar e vigilância é figurada. Devemos estar atentos a tudo sobre as especulações da falsa batalha espiritual.
Mas o v. 41 parece ser uma reminiscência ao Pai nosso, “não nos induzas à tentação” (Mt 6.13). O “vigiai” (Mt 26.41) ensina outra coisa, diferente do v. 38, pois lá a ideia é de ficar despertado, acordado, na companhia de Jesus, no momento tão crucial em toda a sua vida terrena; mas, aqui, significa estar vigilante e atento para evitar o fracasso espiritual e ficar distante do pecado. Trata-se de um aviso contra o vacilo. A advertência é esclarecida pelo próprio Senhor Jesus, “para que não entreis em tentação”; e mais: “o espírito está pronto, mas a carne é fraca”. E isso não somente por causa das astúcias de Satanás, mas também por causa da tendência humana para o pecado.
O “espírito” aqui não se refere ao Espírito Santo nem ao espírito satânico, mas ao espírito humano no crente, que adora a Deus em espírito (Jo 4.24); fala línguas em espírito (1 Co 14.3), ora e canta com o espírito (1 Co 14.14-16). O contraste bíblico entre carne e espírito revela, muitas vezes, o conflito entre a santificação e a tendência pecaminosa (Rm 8.5-9; Gl 5.17). Mas o termo “carne” tem um significado amplo nas Escrituras; é usado de modo geral para toda a criação, os seres humanos e os animais (Gn 6.13, 17; 1 Co 15.39), para se referir ao corpo humano (Jó 33.21); ao gado, quando se trata de alimento (Lv 7.19); e também para se distinguir do espírito (Jó 14.22; 1 Co 5.5). Quando Jesus expressa o contraste: “o espírito está pronto, mas a carne é fraca”, há quem interprete “carne” aqui como a natureza física considerando o estado de exaustão dos discípulos, até certo ponto aceitável (Sl 78.39). O contexto parece indicar o sentido de fraqueza moral e espiritual, pois a vigilância é para não cair em tentação. Sêneca, senador romano e maior expoente do Estoicismo do século 1, dizia: Errare humanum est, “Errar é humano”. Veja que até mesmo dos pagãos reconheciam a fraqueza moral dos seres humanos.
A vigilância em Mateus 26.41 significa estar vigilante para manter a fidelidade ao Senhor Jesus e nunca se apartar dele. Trata-se de uma advertência solene a todos os crentes em todos lugares e em todas as épocas para viverem atentos em todos os momentos da vida (Ef 6.18).
Texto extraído da obra “Batalha Espiritual”, editada pela CPAD. 
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sábado, 16 de março de 2019

Lição 11 - 1º Trimestre 2019 - Quanta Coisa Bonita eu Posso Ouvir - Berçário.

Lição 11 - Quanta coisa bonita eu posso ouvir

1º Trimestre de 2019
Objetivo da lição: Aprender que foi o Papai do Céu quem criou os nossos ouvidos e que, com eles, podemos ouvir lindos sons.
É hora do versículo: “[...] o Senhor Deus que o criou [...]” (Is 43.1).
Nesta lição, as crianças reforçarão o ensinamento da aula passada quando elas aprenderam que Deus criou os nossos ouvidos, e hoje elas saberão que podemos ouvir muitas coisas bonitas com os nossos ouvidos. Podemos ouvir os pássaros cantar, a melodia das músicas... e por falar em música, seus alunos cantam? Você tem estimulado o cântico neles?
As crianças do berçário são iniciantes na música. Nós já cantamos os nossos corinhos  e hinos nos bancos da igreja, ao ar livre, em casa, no transporte. Ouvimos música em diversos momentos. Estamos longe de ser iniciantes na música, mas ainda assim, devemos alcançar as crianças que o são. Mas não espere que as crianças do berçário sejam hábeis no canto. É responsabilidade sua iniciá-los no caminho em direção à apreciação da música e ao louvor a Deus através do canto. Não desista porque suas crianças não cantam bem. Mesmo aqueles que somente se sentam ao redor de um grupo que canta estão aprendendo. Estão sendo expostos à música e no momento próprio, começarão a participar.
Esta aula é muito propícia a estimular o cântico nos seus alunos. Utilize melodias familiares, tais como “Sou uma florzinha de Jesus” e “Meu barco é pequeno”, e invente letras para qualquer ideia que queira ensinar. Naturalmente a canção mais amada da Escola Dominical será utilizada — “Oh! Eu amo a Cristo”, esta canção é mais difícil, mas é um clássico e as crianças podem crescer com elas. Algo que estimula muito seria acrescentar seus nomes, se forem necessários, no meio da música; as crianças amam ouvir seus nomes nas canções.
Confeccione os instrumentos musicais sugeridos no manual do professor e cante com sua turminha!
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Berçário 

Lição 11 - 1º Trimestre 2019 - A História de Um Amigo - Maternal.

Lição 11 - A história de um amigo

1º Trimestre de 2019
Objetivo da lição: Que o aluno pratique o amor ao próximo, tratando as pessoas com bondade e ajudando quem precisa.
Para guardar no coração: “[...] ame o seu próximo como você ama a você mesmo” (Lc 10.27).
Nesta lição, o aluno vai conhecer a história de um homem que ajudou um desconhecido na estrada que precisava de ajuda. E mais: esse desconhecido fazia parte de um povo que não era amigo do povo desse nobre homem. Mas diante de Deus não pode haver tratamento diferente para quem é amigo e quem não é. Devemos tratar todos com bondade e ajudar sempre aqueles que precisam de ajuda.
Ainda entendendo um pouco mais sobre os alunos do maternal, as palavras são importantes para o desenvolvimento dessas crianças. Primeiramente, uma criança não aprende uma palavra sem um contato constante com ela. É necessário que a ouça e utilize várias vezes até que se torne parte do seu vocabulário. Somente ao se deparar com esta palavra em momentos específicos, em contextos variados, é que construirá a ideia do seu significado. Em segundo lugar, a criança tem diversos níveis de vocabulário, do mesmo modo que os adultos. Existem palavras que compreendemos ao lê-las num livro ou ouvi-las num discurso, mas, que não fazem parte do nosso “equipamento mental” a ponto de a utilizarmos. A criança também experimenta os mesmos tipos de níveis. Muitas vezes, as palavras que usamos têm algum sentido para ela, dentro daquele contexto. Começam a utilizá-las por mimetismo, mesmo sem entender o seu significado, e mais tarde, finalmente chegam a um nível de uso com compreensão.
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Setor de Educação Cristã da CPADa

Lição 11 - 1º Trimestre 2019 - O Amigo e seu Último Jantar - Jd. Infância.

Lição 11 - O Amigo e o seu Último Jantar

1º Trimestre de 2019

Objetivos: Os alunos deverão entender o que era a refeição da páscoa e compreender o significado do pão e do vinho na última ceia.
É hora do versículo: “[...] Cristo, o nosso Cordeiro da Páscoa, já foi oferecido em sacrifício” (1 Co 5.7).
Nesta lição, os alunos aprenderão que Jesus, antes de ser morto na cruz pelos nossos pecados, participou de um último jantar com seus discípulos. Este jantar que Ele comeu era a Páscoa que os israelitas comemoravam a libertação deles do Egito. Mas naquele dia, Jesus repartiu o pão e disse que significava o seu corpo que seria partido na cruz; e depois distribuiu o vinho e disse que significava o seu sangue que seria derramado pelos nossos pecados. Todas as vezes que na igreja participamos da Ceia comendo o pão e bebendo o vinho, estamos relembrando a morte de Jesus na cruz para nossa salvação.
Como atividade complementar, após a realização das atividades propostas na revista do aluno e do professor, e caso haja tempo, sugerimos que você imprima a folha a seguir ilustrando uma parte da última ceia de Jesus com seus discípulos. 
ultimaceia.jardim.licao11
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Jardim de Infância

Lição 11 - 1º Trimestre 2019 - O Louvor de Davi - Juvenis.

Lição 11 - O louvor de Davi 

1º Trimestre de 2019
“Livrou-me do meu possante inimigo e daqueles que me tinham ódio, porque eram mais fortes do que eu”(2 Sm 22.18).
ESBOÇO DA LIÇÃO
1. DAVI: UM “RESUMÃO”
2. UM CORAÇÃO GRATO E HUMILDE
3. APRENDENDO COM DAVI
4. UM CORAÇÃO REDIMIDO
OBJETIVOS
Destacar que Davi enfrentou diversas situações de perigo ao longo da vida;
Expor que Davi reconheceu sua dependência de Deus e que era grato a Ele;
Incentivar os alunos a serem sempre gratos a Deus.
Querido (a) professor (a), dando prosseguimento ao tema do nosso trimestre “Louvor e Adoração” não poderíamos deixar de nos aprofundar na história e exemplo de vida de um dos maiores adoradores que já passou pela terra – Davi: o caçula, o pastorzinho de ovelhas, o bravo guerreiro, o profeta, o sacerdote, o rei, mas, sobretudo, o adorador.
Temos muito a aprender com aquele que é citado no Antigo e em o Novo Testamento como o homem segundo o coração de Deus (1 Sm 13.14; At 13.22).. Além de tão grande honra, Deus o concedeu uma ainda maior: a aliança que o tornou uma peça chave no plano de salvação da humanidade. Se a partir de Abraão, o Senhor começou a formar o povo de onde viria o Messias e com Moisés a trazer a Lei para este povo enquanto aguardam a Cristo, foi a Davi quem Ele escolheu para construir a estirpe real do Salvador Ungido.
 Agora, pois, assim dirás ao meu servo, a Davi: Assim diz o Senhor dos Exércitos: ‘Eu te tomei da malhada, de detrás das ovelhas, para que fosses o chefe sobre o meu povo, sobre Israel. E fui contigo, por onde quer que foste, e destruí teus inimigos diante de ti, e fiz para ti um grande nome, como o nome dos grandes que há na terra. [...] a tua casa e o teu reino serão firmados para sempre diante de ti; teu trono será firme para sempre. (2 Samuel 7. 8-17)
Havendo tempo hábil, peça que a classe leia silenciosamente as referências das Sagradas Escrituras expostas no quadro e em seguida responda com suas palavras por que eles acham que Davi recebeu tamanha honra da parte do Senhor e foi considerado por Ele como um homem segundo o seu coração.
Após as colocações dos que desejarem opinar, peça que, em uma folha em branco, todos façam duas colunas. Uma escrevendo que qualidades de Davi eles já possuem e quais eles gostariam de ter ou aperfeiçoar para serem servos mais agradáveis ao coração do Senhor.
Antes desta atividade, exponha em um quadro ou em cartaz destacado na sala, o trecho abaixo da revista “Lições Bíblicas de Jovens e Adultos” da CPAD, chamada “Davi – As vitórias e as derrotas de um homem de Deus” (2009) e finalize a aula com o apelo da sessão “Aplicação Pessoal” e uma oração.
Davi era um homem segundo o coração de Deus, pelas seguintes razões:
(a) cria em Deus desde a sua juventude (17.34,37);
(b) buscava diligente e continuamente a face de Deus e o seu conselho, dependendo inteiramente dEle (23.2,4; 30.8; 2 Sm 2.1; 5.19,23);
(c) adorava a Deus com a totalidade do seu ser e instruía a nação inteira de Israel a fazer o mesmo (1 Cr 15;16);
(d) reconhecia humildemente que Deus era o verdadeiro Rei de Israel e que ele mesmo não passava de um representante dEle (2 Sm 5.12);
e (e) na sua conduta pública obedecia ao Senhor e cumpria a sua vontade de modo geral (cf. At 13.22). 
APLICAÇÃO PESSOAL
Você deseja que Deus faça em sua vida o mesmo que fez com Davi? Se a sua resposta for afirmativa, coloque-se no altar do Espírito Santo; apresente sua vida Àquele que a todos transforma segundo a imagem de Cristo. Davi, o homem segundo o coração de Deus, não era perfeito. Já é do seu conhecimento que este personagem, como servo de Deus, soldado, pai e rei, teve muitas falhas e erros, mas colocou sua vida inteiramente nas mãos de Deus. Ele não usou máscaras ou disfarces. Você tem se colocado por inteiro no altar do Senhor?
Davi conhecia ao Senhor e sabia que Ele era poderoso para livrar e transformar o homem pecador. Davi conhecia ao Senhor de modo pessoal, pois andava em sua presença. Conhecia ao Senhor por experiência própria e não porque ouviu falar dEle. Você conhece ao Senhor pessoalmente? Mantém um relacionamento diário com Ele? O fato de conhecer ao Senhor pessoalmente fez a diferença na vida do filho de Jessé. Para ser um homem ou mulher segundo o coração de Deus, se faz necessário conhecê-Lo e viver inteiramente com Ele, obedecendo-Lhe em tudo. Que o Altíssimo continue a derramar ricas bênçãos sobre sua vida e família. Confie nEle e viva para a glória do Deus Pai, Aquele que também o ungiu para uma grande obra.

O Senhor te abençoe e capacite. Boa aula! 
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Juvenis da CPAD

quinta-feira, 14 de março de 2019

Lição 11 - 1º Trimestre 2019 - Numa Vida de Santidade - Adolescentes.

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Lição 11 - 1º Trimestre 2019 - Moisés, Um Líder Vitorioso - Jovens.

Lição 11 - Moisés, um Líder Vitorioso

1º Trimestre de 2019
Introdução
I-A Jornada de Moisés
II-Moisés, um Homem à Frente do seu Tempo
III-A Última Batalha de Moisés
Conclusão
Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivos:
Mostrar a difícil jornada de Moisés enquanto líder pelo deserto;
Conscientizar de que Moisés era um homem à frente do seu povo;
Refletir a respeito da última batalha de Moisés.
Palavras-chave: Peregrinação no deserto.

Para ajudá-lo(a) na sua reflexão, e na preparação do seu plano de aula, leia o subsídio de autoria do pastor Reynaldo Odilo:
INTRODUÇÃO
Muito já foi escrito na literatura universal acerca de Moisés e, neste capítulo, mais uma vez, será necessário enfrentar esse assunto tão palpitante e cheio de descobertas fascinantes. Desta maneira, aqui, breves traços biográficos serão apresentados, sem entretanto deter a pretensão de chegar, sequer, perto de exaurir o tema, haja vista que a vida e obra desse insigne homem de Deus podem ser consideradas como grandes milagres, em todos os sentidos. Nascido sob condições extremamente desfavoráveis, sem ter sequer o direito de viver, foi escondido por três meses e, para ser salvo, sua família o colocou dentro de um cesto betumado num rio cheio de crocodilos ferozes. Quando tudo concorria para sua morte, foi salvo pela princesa do Egito; tirado das águas (daí provém seu nome), foi criado como filho da filha de faraó e, possivelmente, herdeiro dinástico.
Na vida adulta, aos 40 anos, atentou para a situação vexatória que os hebreus suportavam como escravos no Egito e, agindo com precipitação e arrogância, matou um egípcio que disputava com um israelita. Para não morrer, fugiu do país que nascera. Nos quarenta anos seguintes, ocorre um apagão na história de Moisés. Nenhum feito extraordinário, ou palavra de sabedoria é registrada, nem sequer uma conquista pessoal, a não ser o casamento com Zípora e o nascimento de dois filhos. Esse período de quatro décadas se caracteriza por um total e completo silêncio literário, tão intenso como a calmaria do deserto, no qual nosso ilustre personagem cuidava do rebanho de seu sogro — profissão abominada pelos egípcios (Gn 46.34), certamente pela adoração que faziam ao deus Ápis (Hep, em egípcio), que era representado por um touro (sendo o mais venerado e célebre dos deuses daquele panteão, pois era considerado como a expressão mais completa da divindade — acreditavam que ele encarnava, ao mesmo tempo, os deuses Osíris e Ptah). Moisés, ao assumir a função de pastor, demonstrava cabalmente a libertação de toda educação egípcia recebida.
Realmente, pelo que tudo indica, esse período de quarenta anos no deserto de Midiã foi suficiente para que perdesse todas as características culturais adquiridas ao longo da sua primeira fase da vida. A partir de então, aos 80 anos, humilde, pesado de língua, foi convocado por Deus para tirar o povo do Egito. Relutou com o “Eu Sou o que Sou” a princípio; todavia, quando todas as suas opções ficaram invalidadas, abraçou o projeto divino, tornando-se, depois de atravessar o Mar Vermelho a pé enxuto, um líder vitorioso no deserto.
Orlando Boyer diz acerca de Moisés:
Libertador, estadista, historiador, poeta, moralista e legislador hebreu — o maior vulto do Antigo Testamento. Deus o usou para formar, de uma raça de escravos egípcios e sob as maiores dificuldades, uma nação agressiva e poderosa que completamente alterou o curso da humanidade. A história de Moisés ocupa […] a sétima parte da Bíblia. Ele merece a fama de ter sido um dos maiores homens de todas as épocas. […] Apesar de se criar em um foco de idolatria e cercado em toda a vida de adoração a ídolos, edifica a nação de Israel na rocha firme e a ensina a fazer culto ao único Deus, Jeová. […] Qual outro homem cujas obras foram acompanhadas de tantas e tão estupendas maravilhas? Falava “boca a boca” com Deus, Nm 12.8. “Nunca mais se levantou em Israel profeta algum como Moisés, a quem o Senhor conhecera face a face.1 
A formação desse homem extraordinário, suas lutas, dilemas, conquistas e fracassos serão o foco deste capítulo.
I – DEUS ANUNCIA O FIM DA JORNADA DE MOISÉS 
1) Um Homem com um Ideal
Moisés, aos 80 anos de idade, descobriu qual seria o ideal de sua vida, a missão mais importante: libertar o povo de Israel do Egito e introduzi-lo na Terra Prometida. Isso é incrível, pois o próprio Moisés afirmou que, para os indivíduos que chegam a essa idade (tanto naquela época, como nos dias atuais), o melhor deles é “canseira e enfado” (Sl 90.10). Assim, na fase crepuscular da existência, já cansado e enfadado, Moisés conseguiu encontrar dentro de si motivação para, sem recursos financeiros, cacife político ou poder militar, travar uma grande batalha político-administrativa contra o Egito, o mais poderoso país do mundo, exigindo do Faraó a destruição de seu injusto modelo econômico — que era baseado na exploração da mão de obra escravagista.
A motivação de Moisés era tão grande, que ele, aos 40 anos, preferiu sofrer com o povo do que desfrutar das regalias do Egito. Agora, quatro décadas após, senil, ele decidiu partir para o maior embate de sua vida, pois tinha ouvido: “Certamente eu serei contigo” (Êx 3.12). A partir de então, ele batalhou, usando toda a sua energia — por quarenta anos — para que seu objetivo fosse alcançado.
Assim, como o anelo pela igualdade dos direitos civis nos Estados Unidos movia todo o ser de Martin Luther King Jr.; a liberdade política da Índia era a aspiração, e também o combustível, de Mahatma Gandhi; a certeza que o mundo estaria livre da ameaça nazista, o grande anelo de Winston Churchill; para Moisés, de nada adiantaria ganhar o mundo inteiro se o povo de Israel não pudesse ser introduzido na Terra Prometida. Esse ideal de vida fê-lo largar tudo em Midiã e se lançar, sem garantias humanas, ao projeto mais aguardado pelo povo hebreu há, pelo menos, 430 anos!
E você, desiste facilmente de seus projetos de vida? Talvez devesse ser mais tenaz, resoluto, seguindo até o ponto em que Deus eventualmente diga: “Basta!”. Até isso acontecer, porém, é dever de todo combatente da fé continuar lutando! Ah, mas você quer saber se sua missão, nesta vida, já terminou? É muito fácil: você está vivo? Então, não chegou ao fim! Enquanto estivermos vivos, para o Pai, nunca seremos inúteis, pois sempre haverá algum talento a desenvolver, alguma montanha a conquistar, algum sonho a sonhar. O adágio popular diz: “Enquanto há vida, há esperança”. 
2) Um Homem que Errou quando não Podia
Com um alvo muito claro na mente e coração, Moisés desafia a dinastia faraônica, liberta o povo, atravessa o Mar Vermelho, caminha e sofre com o povo, pelo deserto, por quarenta anos; todavia, no final da jornada, quando a Terra Prometida estava bem próxima, Moisés cometeu um desatino: Deus o mandou falar à rocha, mas ele preferiu feri-la duas vezes (quiçá representando ele e Arão). Certamente esse foi o maior erro de sua vida: usurpou a glória de Deus, dando a entender que o milagre (sair água da rocha — Nm 20.12,24) operou-se por ele e Arão. Errou quando não podia. Suas palavras, naquele momento, indignaram o Senhor. O salmista, séculos depois, assinalou (Sl 106.33): “Porque irritaram o seu espírito, de modo que falou imprudentemente com seus lábios”.
Assim, de acordo com Números 20.12 e Deuteronômio 32.51,52, Moisés foi avisado por Deus de que não lhe seria permitido levar os israelitas através do rio Jordão, por causa da sua transgressão nas águas de Meribá, e que morreria no Monte Nebo, de onde contemplaria toda a terra de Canaã.
Em determinadas ocasiões, os erros cometidos podem não trazer consequências tão graves (observe-se, por exemplo, quando Arão fez o bezerro de ouro: seu arrependimento posterior resolveu o problema); noutros momentos, porém, os equívocos, embora perdoáveis, suas consequências aparecerão inexoravelmente (Dt 3.26)! É necessário ter sempre vigilância, pois a expectativa de Deus para nós é que sejamos santos (Lv 20.7; 1 Pe 1.15,16).
3) Um Homem que Aceita Parar 
Aquele que assume posição de destaque no Reino de Deus deve saber a hora de “sair de cena”. Está escrito que Jesus, em certa ocasião, sabendo que estava encerrando seu ministério terreno, disse: “É chegada a hora […]. Pai, glorifica o teu nome [...]” (Jo 12.23,27,28). Em vez de pedir para postergar por um pouco o tempo da sua paixão, Ele prefere, como um Cordeiro, pedir que o Nome do Pai seja glorificado por meio de seu sofrimento e morte. Paulo, também, conhecia o tempo de sua partida. Ele disse: “Porque eu já estou sendo oferecido por aspersão de sacrifício, e o tempo da minha partida está próximo” (2 Tm 4.6), mas, em seguida, não há qualquer expressão de desespero, angústia… Ele simplesmente arremata (com o verbo no tempo pretérito): “Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé” (2 Tm 4.7). Diferentemente, porém, aconteceu com o rei Ezequias, o qual, após ouvir a profecia sobre sua morte, orou com instância e chorou abundantemente (Is 38.1-3), havendo Deus atendido ao seu pleito. Importante recordar, todavia, que no período dos quinze anos acrescidos a Ezequias, nasceria-lhe um menino que se tornaria um dos piores e mais cruéis reis de Israel — Manassés. Sair do tempo de Deus, sem dúvida, evita sofrimento para todos.
Moisés, igualmente, foi comunicado sobre sua morte pelo próprio Senhor, o qual, com uma palavra, destruiu instantaneamente todo o “castelo de sonhos” dele. Deus disse: “Pelo que verás a terra diante de ti, porém não entrarás nela, na terra que darei aos filhos de Israel” (Dt 32.52). Moisés ainda tentou argumentar com o Altíssimo, como fizera outras vezes, mas o Altíssimo foi taxativo: “Basta; não me fales mais neste negócio” (Dt 3.26).
Observa-se, entretanto, que após o não definitivo de Deus, Moisés continuou o mesmo. Ele sabia que chegara o seu momento de parar. Conhecer o tempo de começar e de parar apresenta-se como sendo uma virtude somente dos mais nobres e espirituais entre os homens. A questão que ressai com força, portanto, é a necessidade de cada cristão ser destro “na ciência dos tempos”, como acontecia com os filhos de Issacar (1 Cr 12.32), para não se ver lutando contra a vontade de Deus quando chegar o tempo de deixar o ministério e “voltar para a sua casa” (Lc 1.23)! Sem dúvida, andar com Deus é, em certo sentido, viver numa “corda bamba”. Às vezes, nossos erros produzem consequências implacáveis, mas nem sempre é assim. “E as coisas que vos digo digo-as a todos: Vigiai” (Mc 13.37).
II – MOISÉS, UM HOMEM À FRENTE DO SEU TEMPO
1) Um Homem de Sucesso 
Moisés conquistou, na vida, muito mais do que ele poderia imaginar. Ele, que nasceu sob uma forte legislação egípcia, a qual lhe outorgava uma sentença de morte simplesmente pelo fato de ser menino hebreu, terminou por libertar o povo da escravidão, estabelecendo em um dos maiores projetos de imigração de todos os tempos. Inequivocamente, do ponto de vista sociológico e político, a história de Israel divide-se entre antes e depois de Moisés. Ele conseguiu a façanha de fazer as pessoas, sob sua liderança, moverem-se juntas!
Uma pessoa de sucesso é aquela que, apesar de seus pequenos recursos, obtém êxito em realizações pessoais e coletivas elevadas, que a maioria dos indivíduos não conseguiria nas mesmas condições. Sucesso, então, é algo relativo, mas que sempre envolve amor e a conquista de desafios. Nesse sentido, Moisés pode ser considerado um homem de sucesso. Ele viveu perto de pessoas que o amavam (como Arão, Miriã, Josué, Calebe), embora outros não o suportassem, e, também, apesar de suas sérias limitações, a partir da sua fala (Êx 4.10) deixou uma marca indelével na história. Conquistou o que era impossível aos olhos humanos. Moisés foi um sucesso como legislador, poeta, libertador, profeta e estadista.
2) Um Homem que não Alcançou seu Objetivo Pessoal
Moisés é um referencial na história do direito, pela produção de um código legal muito avançado para sua época; também se apresenta como um dos maiores expoentes das três maiores religiões monoteístas: Judaísmo, Cristianismo e Islamismo. As realizações desse homem extraordinário, considerado o mais manso da Terra, fazem dele o mais importante do Antigo Testamento; porém, ele, que conduziu milhões de pessoas por quarenta anos para “adquirir” um imóvel, quando chegou a hora da vitória, não pôde entrar na posse! Que grande frustração!
Frustração, porém, não foi “privilégio” somente de Moisés. Samuel, por exemplo, depois de se doar uma vida inteira por Israel, lutando (e orando — 1 Sm 12.23) para Israel ser uma teocracia pulsante, foi “gentilmente” convidado a se retirar do cenário político, ele e sua casa, ante a exigência do povo de mudança do sistema de governo. Davi, cujo grande projeto era construir um templo para Deus, também foi impedido pelo Senhor. Paulo, que queria ver a salvação de Israel, vivenciou, após sua conversão, uma constante e ferrenha perseguição dos seus compatriotas. A vida é assim mesmo!Interessante como os grandes vultos da Bíblia são pessoas de “carne e osso”. Indivíduos que entram em conflito, sofrem, erram, caem e deixam de realizar sonhos. Nas Escrituras, não há lendas, histórias de super-heróis imbatíveis, nem “contos mágicos”. Todos os personagens são profundamente humanos. Construir, portanto, um evangelho que só promete prosperidade para as pessoas é algo profundamente antibíblico, não obstante o Senhor sempre abençoe com ricas bênçãos seus filhos. Isso, entretanto, não quer dizer que sempre os homens e mulheres de Deus realizarão tudo aquilo que um dia anelaram, pois, nalgumas vezes, o Soberano Senhor diz às nossas projeções um sonoro “não”! Ou, simplesmente: “a minha graça te basta”!
3) Um Homem que Cumpriu sua Missão
Em que pese Moisés, como tantos outros exemplos, não atingirem alguns de seus ideais mais altos, eles “combateram o bom combate, acabaram a carreira e guardaram a fé”. Isso é o que importa! Dessa forma, vislumbra-se que eles não foram homens fracassados, mas vitoriosos, pois cumpriram integralmente os propósitos estabelecidos pelo Senhor. Cumpriram o projeto que Deus tinha para eles. No caso de Moisés, ele alcançou um patamar excelente diante do céu, sendo reconhecido pelo Senhor como um homem de fé (Hb 11.23-29), alguém que, mesmo em meio às dificuldades, manteve-se com os olhos fitos no céu. A esse respeito, Spurgeon opina:
Moisés era um homem idoso e muito vivido, mas a idade e a experiência lhe tinham ensinado que, entre as mudanças perpétuas que estão acontecendo no universo, uma coisa, pelo menos, permanece imutável, a fidelidade Daquele que, “de eternidade a eternidade”, é Deus.2 
O denominado “príncipe dos pregadores” observou corretamente que, mesmo as frustrações mais dramáticas, não foram capazes de abalar a confiança de Moisés na excelência do caráter de Deus. O Eterno, sendo o Sumo Bem, não faria algo que não contribuísse, juntamente com as demais coisas, para o bem daqueles que o amassem (Rm 8.28). O golpe emocional em Moisés foi duro, mas permaneceu cônscio de toda a benignidade e bondade do Criador em relação à sua vida e ao seu povo.
Mister mencionar, porém, que cumprir a missão não exprime correr atrás de resultados, mas colocar-se voluntária e alegremente à disposição do Altíssimo para realizar algo significativo, como aconteceu com Isaías, que disse: “Eis-me aqui” (Is 6.8). Esse “estar disponível” é tudo que o Senhor precisa, tal como um maestro de uma orquestra necessita que todos os músicos achem-se aptos e desejosos de serem úteis à apresentação. Quando, porém, a música começa a ser tocada, o maestro, com um propósito artístico bem definido, escolhe os instrumentos que serão mais exigidos. A cada número, entretanto, aquele que rege vai variando a intensidade e o tempo dos sons produzidos e também dos silêncios. Com um simples gesto das mãos do líder, na posse da batuta, os músicos compreendem os acionamentos e cumprem seus papéis. Se, porém, o maestro entender que determinado instrumento não deve ser utilizado, não há que existir frustração de quem quer que seja, pois o propósito não é que um ou outro instrumento se sobressaia aos demais, mas que a música soe harmoniosamente, produzindo uma sensação agradável e prazerosa. Cumprir a missão designada pelo Pai, a cada instante, ao seu modo, constitui-se na realidade mais importante da vida.
III – A ÚLTIMA BATALHA DE MOISÉS 
1) A Última Missão
A humildade é uma bênção. Não por acaso, ela foi a primeira bem-aventurança anunciada por Jesus (Mt 5.3), porque aniquila os caprichos pessoais, desfaz as intrigas, destrói a raiz de amargura, e outorga gratidão aos corações. A humildade ensina que não temos direitos sobre nada, nem ninguém; tudo que recebemos, portanto, foi um presente imerecido. Assim, ela extirpa os nossos méritos, tira a nossa empáfia e nos coloca no lugar de servo de todos; com ela, perdemos qualquer primazia. Devido a possuir esse “fruto do Espírito”, Moisés não desistiu de fazer a vontade de Deus, após ter sido comunicado, ainda que de maneira eufêmica, que iria morrer em breve (Nm 27.13).
Posteriormente, o Senhor fez um segundo anúncio: “Vinga os filhos de Israel dos midianitas; depois recolhido serás ao teu povo” (Nm 31.2). Ou seja, o Altíssimo estava explicitando: “tenho um último trabalho para você fazer, depois disso você está fora. Estou marcando a data de seu enterro”.
Como deve ter sido difícil para Moisés ouvir aquela sentença divina! Ele conhecia os caminhos de Deus e sabia que Ele é perdoador (Sl 103.3), mas as consequências pelos equívocos são inexoráveis. O líder vitorioso reconhece a justiça de Deus.
2) Um Erro Fatal
Os midianitas sempre foram pessoas complicadas, que se opunham ao povo de Deus. Pouco tempos antes, eles haviam sido instrumentos de Satanás para fazerem Israel pecar. Assim, Deus determinou a guerra contra os midianitas, a qual, do ponto de vista militar, não era tão preocupante e, de fato, Israel conseguiu sem dificuldade a vitória. O pecado, porém, que sempre está acessível (à porta), mas que cabe a nós dominá-lo (Gn 4.7), mostrou suas garras mais uma vez: belas mulheres midianitas foram poupadas pelos guerreiros, em contradição à ordem do Senhor. Eles, certamente, vislumbravam a possibilidade de se relacionarem com elas.
Com isso, Moisés se indignou fortemente e disse: “Deixastes viver todas as mulheres? Eis que estas foram as que, por conselho de Balaão, deram ocasião aos filhos de Israel de prevaricar contra o Senhor, no negócio de Peor, pelo que houve aquela praga entre a congregação do Senhor” (Nm 31.15,16). Moisés sabia que o único caminho que garantiria uma vitória ampla e duradoura era o da santidade!
3) A Purificação 
O Senhor, por intermédio de Moisés, determinou, então, o cumprimento integral da vingança e que após houvesse um detalhado processo de purificação do exército. Os rituais durariam dias para que todos os envolvidos na guerra estivessem, novamente, prontos para serem abençoados pelo Senhor.
O pecado sempre traz destruição. Atual ou futura. Pequena ou grande. Não se trata de incutir culpa nas pessoas. Entretanto, tudo que se planta, colhe-se. É uma lei imutável da natureza. A Bíblia está repleta de pessoas que cederam à voz do Inimigo e foram mortos na presença do Senhor. Moisés, portanto, estava os protegendo da ruína. 
Aparentemente, alguém poderia dizer, foi um pequeno erro. Um pecado de ínfimas proporções, que não teria grandes repercussões, porém Deus não achou que aquela conduta fosse irrelevante. O Senhor estava estabelecendo um padrão moral de santidade para aquela comunidade. Está escrito: “Tu, ó Deus, nos deste as tuas leis e mandaste que as cumpríssemos fielmente” (Sl 119.4, NTLH).
CONCLUSÃO
Moisés, servo fiel do Senhor, tornou-se um líder vitorioso no deserto, não obstante as suas lutas e dilemas, bem como a dificuldade apresentada em compreender perfeitamente a vontade de Deus. Na vida, nem tudo ocorre como se planeja, mas é certo que Deus nunca perde o controle dos fatos da história. Moisés concluiu sua trajetória de vida como um homem feliz, não plenamente realizado, mas completamente satisfeito em ter sido instrumento do Senhor na Terra.

*Adquira o livro do trimestre. ODILO, Reynaldo. Rumo à Terra Prometida: A Peregrinação do Povo de Deus no Deserto no Livro de Números. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2018.
Que Deus o(a) abençoe.
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista Lições Bíblicas Jovens


1 BOYER, Orlando. Pequena enciclopédia bíblica. 36. impr. Rio de Janeiro: CPAD, 2016, p. 364, 365. 
2 SPURGEON, Charles. Os tesouros de Davi. vol. 2. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, p. 690. 

Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Jovens. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

Lição 11 - 1º Trimestre 2019 - Discernimento de Espíritos - Um Dom Imprescindível - Adultos.

Lição 11 - Discernimento de Espíritos – Um Dom Imprescindível 

1º Trimestre de 2019
ESBOÇO GERAL
I – DISCERNIR E DISCERNIMENTO
II – A ADIVINHADORA DE FILIPOS
III – DESMASCARANDO OS ARDIS DE SATANÁS
O QUE É DISCERNIMENTO
Esequias Soares
Daniele Soares
O discernimento é uma prática espiritual que todo crente deve desenvolver no seu relacionamento com o Senhor. O apóstolo Paulo recomendou aos filipenses que eles crescessem em sabedoria e conhecimento para que pudessem escolher as coisas excelentes. Assim, poderiam viver sem culpa e agradar a Deus até a volta de Cristo (Fp 1.9-11). Ter sabedoria e conhecimento remete a discernir, julgar ou escolher entre duas ou mais opções. O conselho paulino, então, expressa que devemos desenvolver uma reflexão crítica que nos ajude na nossa santificação para sermos melhores servos de Deus e cumprirmos os propósitos divinos na nossa vida.
Praticar o discernimento é reconhecer quando Deus está se comunicando com alguém, ou se é alguma distração. Como escreveu Richard Peace, teólogo e professor de formação espiritual, discernimento é uma maneira para distinguir as diversas vozes, impulsos, conselhos e intuições. Isso não é fácil para aqueles que vivem uma rotina carregada de atividades. A sensibilidade do reconhecimento depende da intimidade que se tem com o Senhor, de quanto se está atento para ouvir e seguir as orientações dadas pelo Espírito Santo (1 Co 2.11-16). Terão dificuldades em identificar a voz divina aqueles que não buscam a presença do Senhor.
O uso do discernimento considera tanto a tomada de decisão em assuntos corriqueiros da vida humana como também o discernimento de espíritos. Há diferentes tipos de discernimentos porque as escolhas também variam. O teólogo A. W. Tozer exemplifica esse ponto no seu artigo “Como o Senhor guia”. Ele classificou quatro tipos de escolhas com que os cristãos se deparam no cotidiano. As duas primeiras estão relacionadas às coisas que foram proibidas ou permitidas por Deus e estão registradas na Bíblia. A terceira é aquela em que usamos o bom senso, a inteligência e a preferência que Deus nos dá. A quarta refere-se aos problemas que não se encaixam nas três anteriores, por isso exigem atuação especial do Senhor para evitar enganos. Independentemente do tipo de escolha, podemos perceber que o Senhor é quem guia em todas elas, seja uma decisão simples ou complicada.
A passagem de 1 Coríntios 12.8-10 fala sobre dons espirituais relacionados ao ato de discernir; são eles: sabedoria, conhecimento e discernimento de espíritos. Seguindo a interpretação dos assembleianos brasileiros, como expresso na Declaração de fé das Assembleias de Deus, “o dom da sabedoria é um recurso extraordinário proveniente do Espírito Santo, cuja finalidade é a solução de problemas igualmente extraordinários” (p. 173). É para resolver algo que está além das condições humanas e que só a intervenção divina soluciona. O outro dom, o do conhecimento, é uma compreensão que também só provém de Deus, manifestada pelo Espírito Santo. Da mesma forma é o discernimento de espíritos: só pelo Espírito Santo é possível identificar as imitações malignas. Esses dons apresentados em 1 Coríntios 12 são aqueles relacionados a situações excepcionais que somente a atuação divina pode solucionar, independentemente do esforço ou da inteligência humana. Na classificação de Tozer, são esses os casos do quarto tipo de escolha.
Nós, que vivemos o período da igreja, temos o privilégio de desfrutar da operação do Espírito Santo no mundo. Podemos ter conhecimento da vontade de Deus porque o Espírito Santo foi dado à igreja e a cada crente para nos guiar em toda a verdade (Jo 16.12-15). Essa atuação é consequência de Pentecostes (At 2). Dessa forma, nossa capacidade de discernir qualquer que seja o caso, algo básico do cotidiano ou uma situação impossível, depende de quanto estamos aptos a escutar a voz divina.
Esse privilégio, no entanto, pode se tornar uma distração que confunde o ato de julgamento da pessoa. Isso ocorre quando se fala que Deus disse algo quando, na verdade, Deus não disse. Embora seja resultado da ação do Espírito Santo, há o risco de subestimar ou superestimar a voz divina, acrescentando ou reduzindo a mensagem conforme a vontade pessoal desejar. Esse tipo de abuso é um perigo porque impede alguns de viverem de maneira que glorifique o nome de Deus, levando outros a desconfiarem da atuação do Espírito Santo e escandalizando outros, que se afastam da presença do Senhor. A manifestação do Espírito Santo é vista com reservas por alguns, que acreditam que as pessoas se deixam dominar pelas emoções. O desafio, então, é deixar que Deus use mente e emoções. 
Texto extraído da obra “Batalha Espiritual”, editada pela CPAD. 
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Adultos. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

quarta-feira, 13 de março de 2019

Lição 11 - 1º Trimestre 2019 - A Primeira Visita dos Anjos - Primários.

Lição 11 - A Primeira Visita dos Anjos

1º Trimestre de 2019
Objetivo: Que o aluno creia que para Deus não existe nada impossível.
Ponto central: Para Deus tudo é possível.
Memória em ação: “Será que para o Senhor há alguma coisa impossível? [...]” (Gn 18.14).
Querido (a) professor (a), estamos quase finalizando o tema do nosso trimestre, e ao seguir “Conhecendo o Livro do Começo”, vamos nos aprofundar um pouco mais na história de Abraão.
Reflita como é importante para os seus alunos, desde já, conhecerem e se inspirarem naquele que, nas Escrituras Sagradas, foi chamado de “Pai da fé” (Cf. Tg 2.21)! Como esta mesma passagem nos ensina, a fé não pode ser apenas expressa em palavras, ela também precisa de AÇÕES que a evidenciem. Compreender ou apenas dizer crer não é o bastante. Até porque ao longo das nossas vidas, e até mesmo em nosso dia a dia, somos constantemente desafiados a pôr a fé em PRÁTICA. 
A princípio, pode parecer complexo Ilustrar algo abstrato como a FÉ para as crianças, mas na verdade elas têm um coração muito fértil e inclinado a crer no invisível, no improvável e até mesmo no impossível.  Por essas e outras Jesus disse que delas são o Reino dos Céus (Cf. Mt 19.14). E que mesmo nós, adultos, precisamos nos tornar como crianças: humildes e receptivas à fé (Cf. Mt 18.3).
Neste momento, recorde de alguns “impossíveis” com os quais você já se deparou na sua história. A respeito de alguns, talvez você nem tenha conhecimento, pois podem ter antecedido ao seu nascimento. Sua mãe pode ter tido inúmeros livramentos durante sua a gestação ou mesmo antes. Afinal, quantos não são os filhos de mulheres diagnosticadas estéreis?! Quantos não são os “fetos” prognosticados pelos médicos que nem ao menos iriam nascer?! E tantas outras situações. Ou seja, antes mesmo de virmos ao mundo já vivemos milagres. Ao virmos ao mundo, já somos milagres! Você já refletiu sobre isso?!
Ao de trazer a memória essas verdade e nossas antigas experiências com o Deus do impossível, nossa fé é fortalecida para os desafios presentes e também para os que ainda hão de vir. Por isso, sugerimos que você procure alguns testemunhos de pessoas que receberam do Senhor um milagre, uma bênção que aos olhos humanos parece “impossível”, pode ser você ou membros de sua igreja mesmo. Seja cura de uma doença terminal, uma formação, um emprego, a restauração de um lar, etc. Com a permissão dessas pessoas, cite-as para as crianças. Quem sabe as convide por um momento breve ao final da aula ou leve fotos, o que o Senhor lhe direcionar. Mensalmente, o nosso jornal Mensageiro da Paz divulga testemunhos assim na página 20, caso você deseje levar alguns a apresentar à classe. O objetivo é que as crianças contemplem com seus próprios olhos que o Deus de Abraão não mudou! Ele ainda é o mesmo e opera impossíveis todos os dias!
Ao final da aula e deste momento específico, pergunte se as crianças têm algum pedido de oração, e todos juntos orem com fé ao Deus do impossível pelas causas apresentadas.
A cada aula, lembre-se sempre de reservar um momento para perguntar e incentivar seus primários a compartilharem testemunhos, respostas de oração e a agradecerem a Deus por uma bênção recebida. Tal como para nós, esses momentos também edificam nossos pequeninos, nos tornando cristãos mais fervorosos e gratos.
O Senhor te abençoe e capacite. Boa aula!
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Primários da CPAD

Lição 11 - 1º Trimestre 2019 - O Deus Que não Abandona - Juniores.

Lição 11 - O Deus que não abandona 

 1º Trimestre de 2019
Texto Bíblico: Gênesis 37.1-36; 39.1-20.
Na lição desta semana seus alunos aprenderão a respeito da verdade de que Deus jamais nos abandona. Em toda a história bíblica encontramos vários exemplos de situações de servos de Deus que buscaram o socorro no Senhor e não ficaram desamparados. Até mesmo aqueles que se sentiram sozinhos por algum momento, em tempo oportuno, receberam a resposta de Deus. Um grande exemplo mencionado na lição de hoje é o de José. Mesmo depois de ser vendido por seus irmãos e tornar-se escravo na casa de Faraó, Deus o exaltou e honrou a sua fé, fazendo com que ele se tornasse o segundo maior homem de todo o Egito. Isso comprova a providência de Deus na vida de seus filhos que são fiéis a Ele de todo o coração. Vejamos a seguir um estudo a respeito da providência divina:
Há, pelo menos, três aspectos da providência divina.
(1) Preservação. Deus, pelo seu poder, preserva o mundo que Ele criou. A confissão de Davi fica clara: ‘A tua justiça é como as grandes montanhas; os teus juízos são um grande abismo; Senhor, tu conservas os homens e os animais’ (Sl 36.6). O poder preservador de Deus manifesta-se através de seu Filho Jesus Cristo, conforme Paulo declara em Cl 1.17: Cristo ‘é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por Ele’. Pelo poder de Cristo, até mesmo as minúsculas partículas de vida mantêm-se coesas.
(2) Provisão. Deus não somente preserva o mundo que Ele criou, como também provê as necessidades das suas criaturas. Quando Deus criou o mundo, criou também as estações (Gn 1.14) e proveu alimento aos seres humanos e aos animais (Gn 1.29,30). [...] O mesmo Deus revelou a Jó seu poder de criar e sustentar (Jó 38-41), e Jesus asseverou, em termos bem claros, que Deus cuida das aves do céu e do lírio do campo (Mt 6.26-30; 10.29). Seu cuidado abrange, não somente as necessidades físicas da humanidade, como também as espirituais (Jo 3.16,17). A Bíblia revela que Deus manifesta um amor e cuidado especiais pelo seu próprio povo, tendo cada um dos seus em alta estima (Sl 91). [...].
(3) Governo. Deus, além de preservar sua criação e prover-lhe o necessário, também governa o mundo. Deus, como Soberano que é, dirige os eventos da história, que acontecem segundo sua vontade permissiva e seu cuidado. Em certas ocasiões, Ele intervém diretamente segundo o seu propósito redentor. Mesmo assim, até Deus consumar a história, Ele tem limitado o seu poder e governo supremos neste mundo. As Escrituras declaram que Satanás é o ‘deus deste século’ [mundo] (2 Co 4.4) e exerce acentuado controle sobre a presente era maligna (1 Jo 5.19). Noutras palavras, o mundo hoje, não está submisso ao poder regente de Deus, mas, em rebelião contra Ele e escravizado por Satanás. Note, porém, que essa auto limitação da parte de Deus é apenas temporária; na ocasião que Ele já determinou na sua sabedoria, Ele aniquilará Satanás e todas as hostes do mal (Ap 19-20).
(Texto extraído da Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, p. 105).
Compartilhe com seus alunos esses aspectos que dizem respeito ao domínio de Deus sobre a sua criação. Mostre através da história de José que o Senhor tem o controle sobre os eventos que acontecem no mundo, inclusive, sobre aqueles que incluem a participação dos seus servos.

Lição 11 - 1º Trimestre 2019 - O Que é Santo - Pré Adolescentes.

Lição 11 - O Que é Santo 

1º Trimestre de 2019
Texto Bíblico: Atos 8.1-3; 9.1-19.
Na lição desta semana seus alunos aprenderão a respeito da santidade de Deus. Ele é santo e a santidade faz parte do seu caráter. Na fase em que seus alunos se encontram é importante que aprendam que a santificação é um dever de todo cristão. O Senhor disse que devemos ser santos, assim como Ele é santo (cf. 1 Pe 1.15,16). A santificação é uma verdade essencial para que tenhamos comunhão plena com Deus. O pecado fere a comunhão do crente com Deus e o afasta dEle. De outro modo, a santificação aproxima o crente de Deus e o faz desfrutar de todas as bênçãos que Deus dispensa sobre aqueles que são obedientes à sua Palavra.
De fato, ensinar os pré-adolescentes sobre a importância da santidade é um desafio, pois é nesta fase da vida que os hábitos da infância começam a ser abandonados para dar lugar à conversas mais juvenis. Com esse desenvolvimento surgem também amizades perigosas que surgem na intenção de fazer os pré-adolescentes se afastarem dos valores da Palavra de Deus para cederem ao pecado. Nesse contexto a Escola Dominical exerce papel essencial, pois é neste espaço que o pré-adolescente aprenderá a utilizar as ferramentas necessárias para defender-se dos ataques do inimigo. De acordo com o comentário da Bíblia de Estudo Pentecostal (1995, p. 1937):
Santificação (gr. Hagiasmos) significa ‘tornar santo’, ‘consagrar’, ‘separar’ do mundo’ e ‘apartar-se do pecado’ a fim de termos ampla comunhão com Deus e servi-lo com alegria.
(1) Além do termo ‘santificar’ (cf. 1 Ts 5.23), o padrão bíblico para santificação é expresso em termos tais como ‘amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento’ (Mt 22.37)., ‘irrepreensíveis em santidade’ (1 Ts 3.13), ‘aperfeiçoando a santificação’ (2 Co 7.1), ‘a caridade de um coração puro, e de uma boa consciência, e de uma fé não fingida’ (1 Tm 1.5), ‘sinceros e sem escândalo algum’ (Fp 1.10), ‘libertados do pecado’ (Rm 6.18), ‘mortos para o pecado’ (Rm 6.2), ‘para servirem à justiça para a santificação’ (Rm 6.19), ‘guardamos os seus mandamentos’ (1 Jo 3.22) e ‘vencer o mundo’ (1 Jo 5.4). Tais termos descrevem a operação do Espírito Santo mediante a salvação em Cristo, pela qual Ele nos liberta da escravidão e do poder do pecado (Rm 6.1-14), nos separa das práticas pecaminosas deste mundo atual, renova a nossa natureza segundo a imagem de Cristo, produz em nós o fruto do Espírito e nos capacita a viver uma vida santa e vitoriosa de dedicação a Deus (Jo 17.15-19,23; Rm 6.5,13,16,19; 12.1; Gl 5.16,22,23).
(2) Esses termos não subentendem a perfeição absoluta, mas a retidão moral de um caráter imaculado, demonstrada na pureza do crente diante de Deus, na obediência à sua lei e na inculpabilidade desse crente diante do mundo (Fp 2.14,15; Cl 1.22; 1 Ts 2.10; Lc 1.6). O pecado (Rm 6.18); por isso, não precisa nem deve pecar, e sim obter a necessária vitória no seu Salvador, Jesus Cristo. Mediante o Espírito Santo, temos a capacidade para não pecar (1 Jo 3.6), embora nunca cheguemos à condição de estarmos livres da tentação e da possibilidade do pecado.
(3) A santificação no Antigo Testamento foi a vontade manifesta de Deus para os israelitas; eles tinham o dever de levar uma vida santificada, separada da maneira de viver dos povos à sua volta (cf.  Êx 19.6; Lv 11.44; 19.2; 2 Cr 29.5). De igual modo a santificação é um requisito para todo crente em Cristo. As Escrituras declaram que sem santificação ninguém verá o Senhor (Hb 12.14).
Reúna estas informações e converse com seus alunos sobre as dificuldades que enfrentam para manterem-se santos na presença de Deus. Mostre-se disponível para ouvi-los e diga que é natural que eles enfrentem muitas tentações na fase da adolescência. Entretanto, é fundamental que permaneçam firmes na presença de Deus para que vençam todas as tentações.