terça-feira, 19 de novembro de 2019

Lição 08 - 4º Trimestre 2019 - Davi louva a Deus - Maternal.

Lição 8 - Davi louva a Deus 

4º Trimestre de 2019

Objetivo da Lição: Ensinar à criança que devemos louvar ao Papai do Céu por toda a vida, pois Ele será sempre a nossa rocha segura. 
Para Guardar no Coração: “O Senhor é a minha rocha [...]” (2 Samuel 22.2).
Perfil da Criança 
Se o alicerce da vida é construído até aos cinco anos, as crianças do maternal estão na primeira fase do alicerce. Quão grande é a responsabilidade do professor! Frequentemente ouvimos alguém dizer de uma criança desta faixa etária: “É pequenininha, não entende nada”. Mas o fato é que elas podem captar as grandes verdades divinas, e há nelas uma busca verdadeira de Deus. Aliás, são elas que oferecem a Deus o louvor perfeito. A sua compreensão não deve ser subestimada, mas explorada do modo certo. A repetição e a imitação constituem-se fatores preponderantes em seu aprendizado.
Subsídio Professor
Você já experimentou aplicar o Salmo 23 à sua missão de professor do maternal? O que tem faltado para que as suas aulas sejam o que deveriam? Recursos materiais? Apoio? Em seu Pastor, nada lhe faltará. Tempo? Descanso? Tranqüilidade? Ele o faz repousar em pastos verdes, junto a águas serenas. Ânimo? Ele refrigera-lhe a alma. Saúde? Ele está com você até no vale onde a morte projeta a sua sombra. Unção? Ele derrama sobre a sua cabeça o óleo do seu Santo Espírito. O nosso Bom pastor é o mais interessado na salvação e edificação dos pequeninos. Este rebanho é Dele, lembra? Você é apenas o ajudante. E Nele, você encontrará tudo o que precisa. Nele, a mesa está sempre posta, e sobre ela, há um cálice que transborda. A bondade e o fiel amor de seu Pastor acompanham você a toda parte, fazendo com que tudo contribua para o seu bem e para o cumprimento da vontade Dele. Quanto ao mais... bem, um dia você habitará na sua casa celestial por dias tão longos que não terão fim.
Oficina de Ideias 1
Converse com as crianças sobre suas brincadeiras. Com quem costumam brincar? De que brincam? Com que brinquedo? E, principalmente: Onde brincam? Algumas crianças brincam no próprio lar, outras precisam ficar em creches ou escolinhas, e provavelmente sentem-se inseguras com a ausência dos pais. Faça-as saber que Deus as protege enquanto brincam, seja em casa ou na creche. Pergunte sempre: De que é que Deus nos protege? (De doenças, acidentes [quedas e arranhões são comuns nesta idade], de pessoas malvadas, do pecado e do diabo.) Deixe que as crianças mencionem as “coisas ruins, de que têm medo”.
Até Logo
Depois de repetir o versículo e o cântico do dia, encerre a aula com uma oração. Recomende às crianças que peçam aos pais para lerem a história bíblica que se encontra em 2 Samuel 22.2-51. 
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
*Este subsídio foi extraído de Lições Bíblicas do Maternal Mestre 7/8, Marta Doreto, CPAD. 
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista de Maternal

Lição 08 - 4º Trimestre 2019 - Davi Luta com Golias - Primários.

Lição 8 - Davi Luta com Golias 

4º Trimestre de 2019
Objetivo: Que os alunos creiam que não existe impossível para Deus.
Ponto central: Deus realiza o que para nós é impossível.
Memória em ação: “Para os seres humanos isso não é possível; mas para Deus, é. Pois para Deus, tudo é possível” (Mt 10.27).
Querido (a) professor (a), em nossa próxima aula vamos ensinar às crianças sobre um dos episódios mais marcantes e conhecidos de toda a Bíblia – a luta de Davi com Golias. Até mesmo para nós adultos, e com longo tempo de caminhada cristã, esta passagem se renova e a cada nova leitura, nos trazendo ou relembrando alguma preciosa lição, a qual precisamos aplicar em nossas vidas. 
Que “gigante” tem lhe desafiado, atualmente?! Quais afrontas você tem ouvido dele?! Você tem agido como o povo, amedrontado ou como Davi, confiante de que não será você a derrotá-lo, mas o Senhor dos Exércitos?! 
O tamanho e complexidade dos problemas da vida naturalmente nos assustam. Como seres humanos, somos inclinados à lógica deste mundo terreno, a olhar à probabilidade baixa de vitória, as estatísticas, as leis da física, matemática, ciência, etc. Seja para enfrentar um câncer, um desemprego, alguém amado no leito de morte, ou tantas outras situações angustiantes do nosso viver diário. 
Não se culpe por temer. Mas também não pare no temor! O Senhor não requer de nós que sejamos seres superespirituais, que nunca sentem medo. Contudo, espera e nos incentiva a clamarmos a Ele, e na confiança do poder dEle, avancemos, enfrentando com fé até mesmo nossos mais sombrios medos.
Rememore gigantes, isto é, situações que já lhe pareceram impossíveis, mas Deus lhe ajudou a vencer. Compartilhe algumas com as crianças. Podem ser também testemunhos de milagres vivenciados por outras pessoas que você conheça, e até mesmo elas, tratando-se de algum dos irmãos da igreja (com o devido consentimento). 
Sabemos que a fé vem pelo ouvir (Cf Rm 10.17). Veja quão importante é ler, ouvir e também ver a Palavra de Deus ganhando vida em nossas vidas. Portanto, não perca de vista o valor de seu ministério; a preciosidade que é a oportunidade de ser o semeador dessa Palavra nos corações. 
Ninguém pode dar o que não tem. Então, antes de ministrar sobre seus Primários, coloque-se diante de Deus, apresente a Ele o seu Golias, e na autoridade do nome de Jesus, recobre suas forças e enfrente-o. O Senhor é contigo nessa batalha! 
Para sua edificação, não apenas visando esta próxima aula, mas todas as áreas da sua vida e ministério, recomendamos a leitura da obra recém-lançada pela CPAD: “Golias Deve Cair – Ganhando a Batalha contra os seus Gigantes”. Você também pode assistir a uma série de mensagens pautadas neste livro na TV CPAD clicando AQUI.
 golias deve cair
Deus te abençoe e capacite. Boa aula!
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Primários da CPAD 

Lição 08 - 4º Trimestre 2019 - O Milênio - Juvenis.

Lição 8 - O Milênio 

4º Trimestre de 2019
“Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não tem poder a segunda morte, mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo e reinarão com ele mil anos” (Ap 20.6).
OBJETIVOS
Definir Milênio;
Destacar que o Milênio será o Reino de Deus governando a Terra;
Enfocar que a Terra será restaurada e a Igreja reinará com Cristo.
ESBOÇO DA LIÇÃO
1. O QUE É O MILÊNIO?
2. O REINO DE DEUS NA TERRA
3. O PLANETA SERÁ RESTAURADO
4. A IGREJA REINARÁ COM CRISTO
Querido (a) professor (a), como vão as aulas deste trimestre?! Avalie junto aos alunos e pergunte-os o que gostariam de ver mais em classe: dinâmicas, maior participação deles, quem sabe eles mesmos apresentando temas das lições, etc. Ainda que não lhe sugiram, é válido lembrar que nesta faixa etária, seus alunos gostam muito de um desafio e precisam ser instigados para expandir suas habilidades e conhecer suas potencialidades. 
Na minha classe de adolescentes, há mais de 15 anos, preparávamos muitos seminários, dos quais recordo até hoje. Veja se é viável dividir a classe em grupos e distribuir as próximas lições do trimestre para que estudem e preparem algo para compartilhar com a turma. Pode ser algo breve, vinte minutos por tema e grupo, cinco para cada aluno expressar o que mais gostou ou julgou interessante dentro de seu tema ou subtópico. Incentive-os a se reunirem extraclasse para prepararem e dividirem suas apresentações. 
Além de esta ser uma ótima estratégia de estudo e aprendizagem das Sagradas Escrituras, também é uma excelente oportunidade para desenvolver potencialidades e habilidades que lhes serão úteis para toda a vida, tais como: organizar ideias, trabalhar bem em equipe, falar em público, lidar com a tensão, respeitar prazos, etc.
Para esta próxima aula, além de todos os demais conteúdos presentes em sua revista, lhe deixamos abaixo, para seu aprofundamento no tema, cinco perguntas e respostas sobre esse glorioso reinado de Jesus Cristo na terra, por mil anos – recebidas e esclarecidas pelo pastor Ciro Sanches Zibordi, escritor; membro da Casa de Letras Emílio Conde e da Academia Evangélica de Letras do Brasil; autor do best-seller “Erros que os pregadores devem evitar”, dentre outros títulos também publicados pela CPAD.
O que a Bíblia diz sobre o Milênio? 
1. O mundo todo será evangelizado somente no Milênio? 
Pelo que tudo indica, o mundo todo será evangelizado somente no Milênio, pois a Palavra do Senhor assevera que o Evangelho do Reino será pregado em todo o mundo, e então virá o fim (Mt 24.14; cf. Is 54.13). Além disso, está escrito que “virão muitos povos e dirão: Vinde, subamos ao monte do SENHOR, à casa do Deus de Jacó, para que nos ensine o que concerne aos seus caminhos, e andemos nas suas veredas; porque de Sião sairá a lei, e de Jerusalém, a palavra do SENHOR” (Is 2.3). De Jerusalém sairão diretrizes religiosas, leis civis e principalmente a Lei do Senhor. Para ela afluirão todas as nações (Is 2.2). “E irão muitas nações e dirão... subamos ao monte do SENHOR e à Casa do Deus de Jacó, para que nos ensine os seus caminhos, e nós andemos pelas suas veredas” (Mq 4.2). Leia agora as profecias registradas em Habacuque 2.4, Jeremias 31.33,34 e Ezequiel 11.19,20. Estas mostram que o conhecimento no Milênio será principalmente intuitivo. 
2. Como se dará a salvação no Milênio? 
O Milênio tem como propósito preparar a Terra para o estabelecimento do Reino Eterno (2 Sm 7.12,13; Lc 1.32,33; Sl 89). Nesse caso, os povos naturais terão a oportunidade de crer em Jesus Cristo, que sempre respeitou as decisões humanas (cf. Lc 9.23; Ap 3.20). Mesmo em seu reinado, como vimos, ninguém será obrigado a crer que Ele é o Salvador do Mundo (Jo 4.42). Vemos nisso um contraste com o Império do Anticristo, que será implantado pela força (Ap 13.16). Haverá salvação em massa (Is 33.6; 62.1; Zc 8.13). Com a difusão do conhecimento do Senhor, muitas pessoas se converterão. A evangelização será de fato uma das atividades primordiais dos seguidores de Cristo, como vaticinou o profeta Isaías: “Quão suaves são sobre os montes os pés do que anuncia as boas-novas, que faz ouvir a paz, que anuncia o bem, que faz ouvir a salvação, que diz a Sião: O teu Deus reina!” (52.7). 
3. Quando serão julgados os que se rebelarem contra o Senhor? 
Todos esses rebeldes serão julgados no Trono Branco, posto que morrerão, quer ainda no Milênio (Is 11.4), quer logo após esse período (cf. Ap 20.7-9). Como se sabe, o Juízo Final será o julgamento de todos os mortos ímpios que não participarem da “primeira ressurreição” (cf. Ap 20.11-15). A expressão “os outros mortos”, em Apocalipse 20.5, inclui todos aqueles que morrerem em seus pecados. 
4. Quando ressuscitarão os salvos que morrerem durante o Milênio? 
Como vimos em outro artigo, neste blog, após o Armagedom haverá pessoas que não morrerão nessa batalha (cf. Ap 19.21), as quais participarão do Julgamento das Nações. Os condenados dentre essas nações vivas irão imediatamente para o Inferno (Mt 25.41). Já os absolvidos ingressarão no Milênio com todas as possibilidades de estar com Cristo por toda a eternidade (Mt 25.34,46b), a menos que sejam enganados e se desviem da verdade (cf. Ap 20.7,8). Quem hoje crê no Senhor Jesus Cristo já tem a vida eterna (Jo 3.16,36a; At 16.31). Da mesma forma, dentre os povos naturais que ingressarem no Milênio, terão essa certeza os indivíduos que crerem no Salvador do mundo e nEle permanecerem: “irão para a vida eterna” (Mt 25.46). Mas, quanto aos que morrerem nesse período (cf. Is 65.20), em que momento ressuscitarão e terão seus corpos transformados? 
Sabemos que, antes do Juízo Final, todos os mortos hão de ressuscitar. A ressurreição dos salvos que morreram durante o Milênio não deve ser entendida como uma “terceira ressurreição”. Afinal, a Palavra de Deus só apresenta a “primeira” (que abrange, de modo geral, os mortos em Cristo, por ocasião do Arrebatamento, e os mártires da Grande Tribulação), e a “segunda”, mencionada claramente como uma ressurreição para a condenação (Jo 5.29b; Ap 20.5,6). Considerando que o texto de Apocalipse 20 não menciona uma “terceira ressurreição”, é possível que os santos mortos durante o Milênio ressuscitem às vésperas do juízo do Trono Branco (vv.12,13), mas não para comparecerem diante do Justo Juiz na qualidade de réus. Afinal, nenhuma condenação há para quem recebe ao Senhor Jesus Cristo e nEle permanece (cf. Jo 5.24; Rm 8.1,38,39). Não nos esqueçamos de que, no Juízo Final, o livro da vida, no qual estão os nomes de todos os salvos, também será aberto (Ap 20.12). 
5. Quando serão transformados os salvos que permanecerem vivos até ao fim do Milênio? 
Em Apocalipse 21, vemos a descrição de um novo Céu e uma nova Terra, onde não haverá mais espaço para carne e sangue (1 Co 15.50). A partir deste fato, podemos afirmar que, logo após o Juízo Final, todos os que estiverem com Cristo já terão sido transformados, mas não há como saber o momento exato em que isso acontecerá. 
No Arrebatamento da Igreja, logo após a ressurreição dos mortos em Cristo, haverá a transformação dos santos que estiverem vivos (1 Ts 4.16,17; 1 Co 15.51,52). Seguindo-se essa mesma lógica, e considerando que os salvos mortos durante o Milênio ressuscitarão antes do Juízo Final (Ap 20.12), é provável que, nesse mesmo instante, ocorra a transformação dos fiéis que permanecerem vivos durante o Milênio. Há ainda outras questões escatológicas difíceis alusivas ao Milênio, para as quais não temos respostas precisas à luz da Bíblia. Isso ocorre porque nem tudo nos foi revelado por Deus (Rm 8.18; 1 Pe 5.1). Deixemos, pois, “as coisas encobertas” para o Senhor e fiquemos com “as reveladas” (Dt 29.29).
Maranata!
O Senhor te abençoe e capacite. Boa aula!
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Juvenis da CPAD 

Lição 08 - 4º Trimestre 2019 - A Cura de Eneias e a Ressurreição de Tabita - Jovens.

Lição 8 - A Cura de Eneias e a Ressurreição de Tabita 

4º Trimestre de 2019
Introdução
I- Um encontro inesperado no caminho;
II-A visita de Ananias;
III-Um novo tempo de Deus para Saulo.
Conclusão

Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivos:
Mostrar como se deu a cura de Eneias;
Ressaltar a importância do trabalho feito por Dorcas;
Refletir a respeito do milagre da ressurreição de Dorcas.
Palavras-chave: Poder, cura e salvação.
Após o relato da conversão de Saulo e o início de seu ministério em Damasco, Jerusalém e em Tarso, o versículo 31 do capítulo 9 diz que as igrejas cresciam. O texto bíblico vai dizer que a Igreja tinha paz por toda a Judeia, Galileia e Samaria. Elas eram edificadas e caminhavam no temor do Senhor e no conforto do Espírito Santo — e cresciam em número. Aqui, no livro de Atos, mais uma vez temos a chave para o crescimento da Igreja. É interessante observar que essa fórmula não é especificamente o que muitos dizem ser o segredo do crescimento de uma igreja nos dias de hoje. São inventadas muitas estratégias de crescimento que nem sempre funcionam para todos. Mas uma coisa é clara: a Palavra de Deus ainda mostra o segredo para a Igreja crescer. No capítulo 2 do livro de Atos dos Apóstolos, temos, pela primeira vez, o grande fundamento para esse crescimento. O versículo 42 diz que os irmãos “perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações”. E o versículo 47 diz que lhes acrescentava o Senhor, dia a dia, os que iam sendo salvos. Esses fundamentos ainda funcionam em qualquer época, inclusive hoje. Logo, temos que nos apropriar e viver essas verdades para que o Senhor faça a sua obra crescer. 
Neste relato de mais um milagre, temos a figura de Pedro, que, diz o texto, passava por toda a parte, certamente supervisionando e edificando as igrejas. Ele havia descido até os santos que habitavam em Lida. 
Lida, situada praticamente a quarenta quilômetros a noroeste de Jerusalém, era a cidade judaica mais importante da planície de Sarom. Capital de um dos distritos da Judeia em que também viviam os não judeus, ela escapou de grande parte da devastação da revolta posterior e acabou hospedando muitos mestres importantes, bem como uma escola rabínica.1  
Provavelmente, Lida foi evangelizada por Felipe, haja vista estar na estrada que ia de Azoto a Cesareia, caminho por qual passou segundo o relato de Atos 8.40. Quando Eusébio escrevia (263–330 d.C.), Diospolis era uma cidade bem conhecida e muito frequentada.
O Paralítico
Diz-nos o texto que Pedro encontrou um paralítico que jazia na cama há oito anos. Seu nome era Eneias. Sobre esse nome, Clarke vai dizer:
Esse nome foi celebrado nos anais da poesia pagã, naquela bela obra do poeta Virgílio chamada Eneida; que dá conta dos infortúnios, viagens, guerras, etc., de um príncipe troiano deste nome, após a destruição de sua cidade natal, Troia. Sobre a diferença de nomes que frequentemente ocorre em alguns passados das Escrituras, Calmet faz as seguintes observações sensatas: Como o grego e o hebraico, ou siríaco, eram comumente falados na Palestina, a maioria das pessoas tinha dois nomes, um grego e outro hebraico. Assim, Pedro foi chamado Cefas em hebraico e Petros em grego. Paulo foi chamado Saulo em hebraico e Paulo em grego. A pessoa em Atos 9.36, Tabita em hebraico e Dorcas em grego. E o paralítico curado por Pedro, Hananias em hebraico e Eneias em grego. Então, Tomé era o nome hebraico do apóstolo que, em grego, se chamava Dídimo.
A menção de um milagre específico, à luz dos “muitos sinais e prodígios” realizados, deve sempre ter um propósito específico. Logo, o ponto aqui é que, como no começo (At 3.1-10), os coxos e paralíticos são restaurados. Em Atos 9, era Eneias, e, no entanto, também devemos ver Eneias como uma imagem da humanidade, paralisada e aguardando a restauração. Foi isso que o ministério contínuo dos apóstolos estava realizando, e a ênfase está no fato de que, realmente, estava continuando. Nada poderia impedir o movimento crescente do poder do Espírito Santo. Ali estava alguém que precisava muito de algo, e agora sua necessidade deveria ser satisfeita, assim como a necessidade de um mundo que espera ainda mais.
E o mundo continua neste estado de paralisação, como se estivesse esperando por um milagre, pois ele está morto em seus pecados (1 Jo 5.19). Somente a ação sobrenatural do Espírito Santo pode levantar essas pessoas, como fez com Eneias, o paralítico. Se olharmos à nossa volta, veremos como muitas pessoas ainda aguardam uma restauração, pois estão paralisadas. Contudo, podemos crer que aquele momento da história iniciado no livro de Atos dos Apóstolos ainda perdura pelos séculos até nossos dias. Cremos, portanto, que podemos utilizar dessa autoridade que ocorreu para sermos canais de cura e transformação para muitos. 
Jesus Cura
Quando Pedro encontrou este homem paralítico, disse a ele de forma contundente: “Eneias, Jesus Cristo te cura! Levanta-te e arruma o teu leito” (At 9.34, ARA). Não era por outro nome que um milagre poderia ser realizado. Não era pelo nome de Pedro ou de qualquer outro apóstolo, mas apenas pelo nome de Jesus! Em sua carta aos Filipenses, Paulo diz que “Deus o exaltou soberanamente e lhe deu um nome que é sobre todo o nome” (Fp 2.9). 
Logo depois de proferir as palavras de cura, Pedro fala para Eneias levantar-se e fazer a sua cama. E a Palavra de Deus diz que Eneias “logo se levantou”. Não foi necessário nenhum ritual, cerimônia, nenhum culto acontecendo, muito menos música inspiradora; era apenas a fé no nome de Jesus. 
Por sua iniciativa e certo de sua incumbência, ele se dirige ao enfermo: “Enéias, Jesus te cura”. De maneira ainda mais nítida do que na cura do mendigo aleijado em At 3, aqui Jesus é imediatamente destacado como o verdadeiro e único doador da cura. O nome de Jesus podia ser citado imediatamente, porque Jesus era conhecido pela fé nessa casa cristã.3  
Lembro-me de um culto de que participei na sede da Assembleia de Deus em Curitiba, no qual o dirigente do culto chamou os enfermos à frente para que nós, obreiros, orássemos por eles. Naquele momento, fui orar por um irmão da igreja, que não sabia qual era seu problema. Impus minha mão sobre sua cabeça e pedi a cura para ele em nome de Jesus. Semanas depois, ele veio alegremente me relatar que sofria de uma enfermidade há anos e que, naquela noite, naquela oração, Jesus havia-o curado e que, a partir daquele momento, ele nunca mais sofreu com aquele mal! Ficamos alegres no Senhor e certos de que Ele continua realizando milagres! 
Jesus não mudou e continua curando nos dias de hoje. César Moisés Carvalho destaca: “[...] é exatamente dessa forma que crê os pentecostais, pois em nenhum lugar da Bíblia está escrito que as manifestações sobrenaturais do Espírito acabariam com a morte do último apóstolo do Senhor”.4  Há milagres de cura ocorrendo em todas as partes do mundo. Eles não ocorrem com todas as pessoas, pois Deus é soberano e muitas vezes não cura por visar um propósito ainda maior (Is 40.28; Sl 147.5), mas Ele tem o mesmo poder para curar. 
Faça tua Cama
A ordem do apóstolo Pedro era para Eneias levantar-se e fazer a sua cama. Este homem jazia sobre aquele leito havia oito anos. Ele vivia impotente, sem poder levantar-se, além de muito dependente de outras pessoas para sua sobrevivência. Agora, porém, ele estava curado. E aquele ato de fazer a cama iria demonstrar publicamente que aquilo que o detinha estava agora sobre seu controle.
Quando somos curados e libertos por Jesus, temos a capacidade de ter o controle sobre situações que, antes, eram incontroláveis. Pessoas que vivem amarguradas e sem esperança podem alegrar-se quando Deus age, pois agora não mais viverão sob o peso da dor. Foi isso que Noemi disse para sua nora Rute quando ela estava prestes a encontrar-se com Boaz: “Lava-te, pois, e unge-te, e veste as tuas vestes” (Rt 3.3). Em outras palavras, ela estava dizendo: “Um novo tempo chegou para sua vida. Prepare-se para viver a bênção do Senhor”. O salmista declarou isso: “Tornaste o meu pranto em folguedo; tiraste o meu cilício e me cingiste de alegria” (Sl 30.11). O Senhor transformou minha tristeza em dança e o cilício5 em cinto de alegria. 
Nosso Salvador pede que o enfermo da paralisia levante-se e tome sua cama (Mc 2.11); e assim Ele comanda o homem impotente (Jo 5.8). Aqui, Pedro pede para este paralítico fazer sua cama; o que parece mais estranho, sendo ele ordenado a levantar-se, de modo que agora ele não deveria ter necessidade de ter sua cama feita; mas é facilmente respondida, sendo que isso se destinava apenas a mostrar quão plenamente ele estava curado, a construção de sua cama demonstrou tanto para si mesmo quanto para os outros que ele estava recuperado, como qualquer outra coisa poderia fazer.6 
Devemos sempre testemunhar do que Deus fez e faz em nossas vidas. O maior testemunho, com a absoluta certeza, é relatar que fomos salvos quando Ele morreu por nós lá na cruz do Calvário. O perdão de nossos pecados e a vida eterna (Jo 3.16) é algo que sempre deve estar em nossos lábios (Lc 1.46,47). Além da maior das bênçãos, precisamos testemunhar dos milagres que Ele tem realizado conosco e com nossa família. 
E os Habitantes São Convertidos 
Que maravilha é o desfecho dessa história! Aquele homem paralítico, que jazia numa cama havia oito anos, torna-se o instrumento para que muitas pessoas creiam no Senhor. Aliás, o versículo 35 diz: “E viram-no todos os que habitavam em Lida e Sarona, os quais se converteram ao Senhor”. O impacto do milagre é nítido nessa história. Por meio dessa cura, o evangelho foi aceito, pois todos testemunharam a mudança sobrenatural que ocorreu com aquele homem mediante a oração de Pedro em nome de Jesus.
Os efeitos do poder de Jesus são visíveis. Sob a ordem de Pedro, Enéias se levanta, não deixando dúvida sobre a realidade da cura. Os judeus em Lida e na planície circunjacente de Sarona veem que o homem foi completamente curado. O homem é muito conhecido, e esta ação profética faz com que muitos deles se tornem crentes no Senhor Jesus.7
Nesse episódio, podemos ver claramente a relevância que o milagre teve na conversão daquela gente. O evangelho nem sempre vai enfatizar que o meio para crermos é vendo milagres, mas também é ouvindo a Palavra de Deus e, pela fé, crer no Senhor Jesus, mesmo não vendo milagre algum (Hb 3.7,8; Rm 10.9). Nessa passagem, porém, o milagre foi a mola propulsora para que muitos cressem. Isso nos faz lembrar a resposta de Jesus mediante a pergunta de João Batista — se Ele era, de fato, aquEle que haveria de vir. César Moisés Carvalho comenta:
Fico pensando em como Jesus Cristo seria visto nessa análise, posto que ao ser questionado pelos discípulos de João Batista, a pedido do último profeta veterotestamentário, acerca de sua messianidade, o Senhor não lhes ofereceu uma “resposta-teológica-proposicional-metafísica”, mas apenas operou vários milagres e maravilhas diante deles e deixou que os discípulos do Batista levassem o relatório e que, diante disso, ele mesmo tirasse suas conclusões (Mt 11.1-6; Lc 7.18-23).8  
A figura de Pedro foi crucial nesse acontecimento, pois o próprio Senhor Jesus disse: “E estes sinais seguirão aos que crerem: em meu nome, [...] imporão as mãos sobre os enfermos e os curarão” (Mc 16.17,18). 
Uma Cidade Chamada Jope
No mesmo capítulo 8 de Atos, após o maravilhoso relato da cura de Eneias, o texto vai informar mais um acontecimento extraordinário. Esse se deu em Jope, onde é, hoje em dia, a moderna cidade de Jafa, porto marítimo, mais próximo a Jerusalém. Essa cidade foi local de vários momentos importantes na história ao longo dos séculos. Beers discorre:
Mencionada em primeiro lugar na lista das cidades tomadas por Tumés III no século XV a.C., foi, durante muito tempo, um centro importante do governo egípcio. Sob os filisteus, tornou-se o porto do norte da nação. Davi a recapturou, e Salomão a usou para receber o cedro que fez flutuar desde o Líbano, e transportou por terra até Jerusalém para usar no seu templo. Jonas fugiu de Jope, de barco, para evitar a sua ida a Nínive. Em 701 a.C., Senaqueribe destruiu a cidade, mas nos tempos de Esdras ela novamente estava disponível para que Zorobabel transportasse os cedros para o seu Templo, em Jerusalém. Alexandre, o Grande, mudou seu nome de Yapho para Jope, em honra a Jope, filha de Éolo, deus dos ventos. Sob a dominação de Roma, ela se tornou parte do território de Herodes, o Grande. Como o povo de Jope odiava Herodes, ele construiu Cesaréia a 64 quilômetros ao norte, e a importância de Jope declinou.9 
Nos dias de hoje, como subúrbio de Tel Aviv, ela abriga em torno de 55 mil habitantes. Já a área da grande Tel Aviv possui quase 440 mil habitantes, correspondendo a um terço da população do país. Instalada sobre uma rocha que se projeta no Mediterrâneo, possui praias arenosas, mas que escondem recifes perigosos. 
Uma Mulher de Boas Obras
Nessa cidade, havia “uma discípula chamada Tabita, que, traduzido, se diz Dorcas. Esta estava cheia de boas obras e esmolas que fazia” (At 9.36). Ambos os nomes significam “gazela”. Essa palavra era usada como símbolo de beleza e graciosidade. Mas a beleza dessa mulher não era necessariamente devida à sua aparência física, mas, sim, à caridade que ela exercia. Sua notabilidade originava-se de suas ações, e não apenas de suas palavras. 
Jesus diz que a árvore é conhecida por seus frutos (Lc 6.44). Em outra passagem, no Sermão do Monte, o Senhor diz: “Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai, que está nos céus” (Mt 5.16). Essa mulher certamente glorificava a Deus pelas suas obras. Sabemos que as obras não nos salvam (Ef 2.8,9). Contudo, fomos salvos em Cristo Jesus para as boas obras (Ef 2.10), ou seja, as boas obras são uma confirmação externa de nossa fé, pois elas agem conjuntamente (Tg 2.22). A Bíblia afirma categoricamente que “a fé sem obras é morta” (Tg 2.26). 
No Mundo Tereis Aflições
Como qualquer outra pessoa, o discípulo ou discípula de Jesus também passa por provações. Jesus disse isso aos seus discípulos em suas palavras de despedida (Jo 16.33). Nesse caso, Tabita adoeceu, o que a levou às últimas consequências: a morte. 
Existe um evangelho sendo pregado que promete só coisas boas àqueles que se entregam a Cristo e utilizam a sua fé. A trágica teologia da prosperidade vai dizer que sofremos porque não temos fé; se estivermos sem dinheiro, é porque não temos fé; se ficarmos doentes, também é porque não usamos nossa fé. Mas não é isso que a Bíblia diz. O fato de estarmos sem dinheiro ou mesmo passando por dificuldades não quer dizer que não estamos na presença do Senhor ou porque não temos fé. Jesus disse que Ele mesmo não tinha onde “reclinar a cabeça” (Mt 8.20). Ainda temos a história do jovem rico, que ficou demonstrando que o amor ao dinheiro é terrível (Lc 18.18-30; cf. 1 Tm 6.10). O sofrimento também faz parte da vida do cristão. Em Tiago 1.2-4, está escrito: 
Meus irmãos, tende grande gozo quando cairdes em várias tentações, sabendo que a prova da vossa fé produz a paciência. Tenha, porém, a paciência a sua obra perfeita, para que sejais perfeitos e completos, sem faltar em coisa alguma. 
E, quanto a estar doente, temos alguns exemplos na Bíblia de pessoas de fé que continuaram doentes. Em 2 Samuel 12, Davi pediu cura para seu filho, mas ele acabou morrendo. Paulo, a quem Deus usou para realizar maravilhas, deixou Trófimo doente em Mileto (2 Tm 4.20); e ele mesmo pediu que o curassem de um espinho na carne, que o Senhor não o atendeu (2 Co 12.7-9). 
Chamem o Homem de Deus
Os discípulos de Jesus em Jope ouviram falar que Pedro estava em Lida, outra cidade. As pessoas que conheciam Dorcas não hesitaram em buscar Pedro, que estava a uns 15 km dali, para encontrar-se com eles (At 9.38). Mesmo diante da morte, eles ainda criam que Pedro era um homem a quem o Senhor usava poderosamente. Como é lindo perceber que muitas pessoas ainda creem que Deus usa os seus servos escolhidos! 
Mesmo diante do pior cenário, aquelas pessoas criam que algo poderia acontecer por meio da vida do apóstolo. Isso nos traz valiosas lições, a saber, que as pessoas olharão para nós, cristãos, como homens e mulheres de Deus e terão uma grande expectativa de que poderemos ajudá-las de alguma forma. Outra grande lição que vem dessas pessoas que amavam a falecida é a de que temos de fazer tudo o que estiver a nosso alcance para socorrer uma pessoa, ainda que seu estado esteja sem esperança.
Preparação do Ambiente
Quando Pedro chegou ao ambiente fúnebre, fez com que todas as pessoas saíssem. Pedro não queria estar perto de duvidosos ou de pessoas que não iriam ajudar naquele momento crucial. O apóstolo não desejou ficar perto de pessoas que estavam apenas chorando, mas queria ter toda a sua concentração naquEle que poderia realizar o milagre. Ele não queria transformar aquilo num espetáculo, mas apenas glorificar o nome do Senhor Jesus. “Pedro quis ver-se livre das pessoas que não contavam com o poder divino: sente-se dependente da graça que vem pela oração”.10 
E a Morta Ressuscita
Tendo preparado o ambiente, Pedro volta-se para o corpo e diz: “Tabita, levanta-te” (v. 40). “A frase que Pedro usa em 9.40 — ‘Tabita, levanta-te’ — é muito semelhante à que Jesus disse em aramaico em Marcos 5.41: ‘Talita cumi’”.11  E o texto continua: “E ela abriu os olhos e, vendo a Pedro, assentou-se. E ele, dando-lhe a mão, a levantou e, chamando os santos e as viúvas, apresentou-lha viva” (At 9.40,41). Que maravilha! Assim como aconteceu nas passagens do filho da viúva (Lc 7.11-17); a filha de Jairo (Mc 5.21-43) e com o amigo de Jesus, Lázaro (Jo 11), mais um milagre de devolver a vida a quem estava morto acontece! 
E muitos Creram no Senhor
Esse milagre ficou “conhecido por toda Jope, e muitos creram no Senhor” (At 9.42, ARA), isto é, creram em Cristo Jesus, em cujo nome e através de cujo poder eles entenderam que esse milagre foi realizado. Esse milagre, assim como o de Lida, não era apenas o meio de fortalecer a fé dos discípulos e de ganhar crédito pela causa do cristianismo, mas também de trazer muitos convertidos sinceros ao Senhor, de modo que a Igreja era tanto edificada como aumentada.
Um fato dessa grandeza não pode ficar oculto. Antes disso os “santos” em Jope também não haviam se calado acerca de Jesus. Agora seu poder redentor tornou-se visível entre eles em sua própria cidade. “E muitos creram no Senhor”. Muitos, não todos. Contudo, Pedro tem motivos para permanecer um tempo mais longo em Jope e levar adiante o movimento desencadeado pelo avivamento de Tabita. Por maior que fosse a alegria dos cristãos, sobretudo das viúvas, de terem a “Gazela” de volta, o mais importante não era esse movimento corporal, mas o subsequente avivamento espiritual. Tabita teria de morrer em outro dia. Porém quem aceitava a fé agora ganhava a vida eterna.12 
Esse foi o primeiro milagre desse tipo que foi realizado pelos apóstolos. O efeito foi que muitos creram. Não se tratou apenas de um trabalho de benevolência, em restaurar a vida a alguém que contribuiu em grande parte para o conforto dos pobres, mas também era um meio de ampliar e estabelecer, como foi concebido, sem dúvida, o Reino do Salvador.
Os frutos do milagre estavam claros. Dorcas foi apresentada viva novamente aos crentes da igreja local e, especialmente, às suas companheiras viúvas. Isso foi mais do que um consolo; também foi uma ação sobrenatural do poder e da bondade de Deus para com aquelas pessoas. Certamente, houve uma alegria indizível por parte das pessoas que a conheciam naquela região; afinal de contas, uma irmã que realizava tantas coisas boas faria muita falta. Fora uma perda terrível. Deus, todavia, quis demonstrar seu poder sobre a morte e que isso seria sinal aos incrédulos, assim como foi de fato. Então, além de ser a fonte de gozo para com a comunidade local, esse milagre fantástico serviu para que muitos se voltassem ao Senhor e recebesse a fé cristã. Não foi algo para enaltecer Pedro ou promover a igreja, como muito se vê atualmente, mas, sim, para que as pessoas cressem em Cristo. Aliás, o texto subsequente ao milagre diz que Pedro, o canal por onde se deu o milagre, ficou muitos dias em Jope. Mas ele não ficou em um hotel 5 estrelas, nem ficou dando entrevistas e tirando fotos como uma unanimidade. Não. Pedro ficou na casa de um profissional chamado Simão, cuja atividade era ritualmente imunda para Pedro — um curtidor, alguém que convertia peles de animais em couro. Isso é bem diferente do que acontece com muitas estrelas gospel de hoje, que são tão badaladas como se fossem estrelas de Hollywood. 
*Adquira o livro do trimestre. PESCH, Henrique. Poder Cura e Salvação: O Espírito Santo Agindo na Igreja em Atos. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2019.
Que Deus o(a) abençoe.
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista Lições Bíblicas Jovens

quinta-feira, 14 de novembro de 2019

Lição 07 - 4º Trimestre 2019 - Presentes para um menino - Berçário.

Lição 07 - Presentes para um menino 

4º Trimestre de 2019

Objetivo da lição: Mostrar à criança que Samuel morava na Casa do Papai do Céu. Ele servia a Deus com alegria.
É hora do versículo: “Ele abençoará todos [...]” (Sl 115.13).
Nesta lição, as crianças continuarão aprendendo sobre a história do bebê Samuel. Agora ele já era uma criança e já estava morando na Casa do Papai do Céu servindo-o com alegria. Em tudo Samuel obedecia ao sacerdote e aprendia com ele a cuidar da Casa de Deus e todo ano sua mãe ia visitá-lo e levava presentes para ele. 
Suas crianças podem ser pequenas demais para guiar um carro, trocar uma lâmpada ou ter um emprego, mas nunca serão jovens demais para orar, falar aos amigos sobre Jesus ou ajudar na igreja. Elas podem servir a Deus desde cedo como Samuel, que mesmo sendo apenas um menino, ele aprendeu a servir a Deus como os sacerdotes. Desde pequenos, estimule sempre seus alunos.
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Berçário

Lição 07 - 4º Trimestre 2019 - Ana louva a Deus - Maternal.

Lição 7 - Ana louva a Deus 

4º Trimestre de 2019 
Objetivo da Lição: Ensinar à criança a louvar ao Senhor pelas orações respondidas. 
Para Guardar no Coração: “Ele me escuta, quando peço ajuda e atende as minhas orações” (Salmos 6.9).
Perfil da Criança
Já vimos que as crianças do maternal reagem a todas as impressões que recebem, e aprendem muito através das emoções. Por isso, o local das aulas deve ser tranquilo, organizado e bonito. Conforme a disponibilidade do espaço, será de bom proveito criar diversos centros de interesse, a que chamamos de “cantinhos”; cantinho da Bíblia, da natureza, dos brinquedos, da história, dos livros, do lanche, das atividades manuais, etc. Ó, não pense que para isto você terá de ter uma sala imensa e muito dinheiro. Conheço professores que montam sua sala de aula numa garagem, numa cantina, ou num pátio, e nem por isso deixam de se valer destes recursos. Se não há móveis apropriados, bancos, cadeiras, caixas e um pouco de criatividade fazem milagres. Dá trabalho guardar tudo após a aula, e chegar cedo no domingo seguinte para arrumar antes da chegada dos alunos, mas quando se ama a Deus e aos seus pequeninos, tudo fica mais fácil.
Subsídio Professor
 “Vai-te em paz”, disse o sacerdote Eli a Ana, depois de ouvir-lhe a explicação de que estivera orando angustiada. E ela foi-se em paz? Ó, sim. Tanta paz, que conseguiu alimentar-se – o que antes não pudera – “e o seu semblante já não era triste”. De onde provinha esta paz? Certamente que as palavras reconfortantes do sacerdote ajudaram, mas na sua essência, a paz vinha do fato de haver Ana aberto o coração perante o Pai, e lhe deixado aos pés os seus problemas. O fardo já não lhe pesava nos ombros. Naquele momento, ela não tinha como saber se o seu pedido seria concedido, ou se Deus lhe responderia “não”. Mesmo assim, o seu coração voltou leve para casa. A paz provinha de haver Ana levado a sua angústia a Deus, com a convicção de que Ele a ouvia, e responder-lhe-ia de acordo com o que fosse melhor para ela. Ana confiava não apenas no poder de Deus, mas também na perfeição de sua vontade. Em seu amor e soberania, o Senhor pode conceder o que lhe pedimos, se for algo sonhado por Ele para nós; ou negar, se for algo que nos trará prejuízos futuros, ou que não o glorificará.
Seja qual for o pedido que você estiver fazendo a Deus, o seu coração só experimentará a paz se você tiver esta confiança e deixar a decisão nas mãos do Pai amoroso. Tão amoroso, que será capaz de reter o que você estiver lhe pedindo, se for algo que não lhe fará bem, ou que não trará glórias ao seu nome.
Oficina de Ideias 1
Providencia a silhueta de uma criança orando. Faça uma cópia para cada aluno. Distribua tinta guache e pincéis largos, para que pintem a figura. (Recomendamos o uso de aventais sempre que se mexer com tinta.) Converse sobre a oração. Você ora todos os dias? Com quem você fala quando está orando? O Papai do Céu quer que você fale com Ele todos os dias. Ele sempre ouve a sua oração. Você pode contar-lhe tudo o que quiser. Pode agradecê-lo pelas coisas que Ele lhe dá, e pode pedir-lhe aquilo que você precisa. Se alguém maltratar você, conte isto ao Papai do Céu. Se alguém que você conhece estiver doente, peça para Deus curar esta pessoa. (Mencione outras necessidades específicas.)
Até Logo
Depois de repetir o versículo e o cântico do dia, encerre a aula com uma oração. Recomende às crianças que peçam aos pais para lerem a história bíblica que se encontra em 1 Samuel 1.1-20; 2.1-10.  
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
*Este subsídio foi extraído de Lições Bíblicas do Maternal Mestre 7/8, Marta Doreto, CPAD. 
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista de Maternal

Lição 07 - 4º Trimestre 2019 - Jesus Lê e Ensina o Livro de Deus - Jd. Infância.

Lição 07 - Jesus Lê e Ensina o Livro de Deus 

4º Trimestre de 2019
Objetivos: Os alunos deverão compreender que não devemos ter medo de falar da Palavra de Deus aos que ainda não conhecem Jesus. 
É hora do versículo: “[...] Vão pelo mundo inteiro e anunciem o evangelho a todas as pessoas” (Mc 16.15).
Nesta lição, as crianças irão reconhecer que Jesus veio ao mundo para nos ensinar sobre o Livro de Deus. Nem todas as pessoas ficavam felizes com os ensinos de Jesus, mas mesmo assim Ele não tinha medo de falar da Palavra do Papai do Céu.
Estimule seus alunos a falarem sempre da Palavra de Deus para as pessoas e principalmente para seus amiguinhos. Não importa se ainda são crianças, desde pequenas elas já podem trabalhar na Casa de Deus e falar da Palavra que aprenderem na Escola Dominical.
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Jardim de Infância

Lição 07 - 4º Trimestre 2019 - Davi Toca para Saul - Primários.

Lição 7 - Davi Toca para Saul 

4º Trimestre de 2019
Objetivo: Que o aluno creia que o louvor atrai a presença de Deus.
Ponto central: Nossa vida deve ser um louvor a Deus.
Memória em ação: “Tu, porém, és santo e, sentado no seu trono, recebes os louvores do povo de Israel” (Sl 22.3).
Querido (a) professor (a), em nossa próxima aula, vamos aprofundar para as crianças o conceito de louvor. Elas precisam compreender que louvar a Deus, vai muito além de apenas cantar para Ele. Pegando o gancho da lição passada, reforce que para o nosso louvor agradar a Deus, precisa ser com sinceridade, não apenas falado ou cantado, mas vindo de nossos corações, que também precisam estar limpos de toda maldade.
Após contar a história, ore com as crianças pedindo que o Senhor perdoe os nossos pecados e aceite feliz o nosso louvor. 
Em seguida, além dos demais conteúdos pedagógicos já disponibilizados em sua revista, sugerimos um momento de louvor bem dinâmico. Ao longo dos hinos que escolher, você pode conduzir a turma hora fazendo um “trenzinho”, hora dando as mãos, girando para um lado, depois para o outro, para o centro da roda, para fora, com as mãos livres, etc. Use sua criatividade para proporcionar um momento bem divertido, de entrega sincera na presença de Deus. 
Abaixo segue um cântico de louvor infantil bem conhecido que poderá ser utilizado neste momento, para frisar ainda mais tudo o que foi ensinado na aula.
Se o Espírito de Deus se move em mim
Eu canto como o Rei Davi
Se o Espírito de Deus se move em mim
Eu canto como o Rei Davi
Eu canto, eu canto
Eu canto como o rei Davi
Eu canto, eu canto
Eu canto como o rei Davi
Se o Espírito de Deus se move em mim
Eu danço como o Rei Davi
Se o Espírito de Deus se move em mim
Eu danço como o Rei Davi
Eu danço, eu danço
Eu danço como o rei Davi
Eu danço, eu danço
Eu danço como o rei Davi
Se o Espírito de Deus se move em mim
Eu pulo como o Rei Davi
Se o Espírito de Deus se move em mim
Eu pulo como o Rei Davi
Eu pulo, pulo, pulo, pulo
Eu pulo como o rei Davi
Eu pulo, pulo, pulo, pulo
Eu pulo como o rei Davi
Deus te abençoe e capacite. Boa aula!
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Primários da CPAD 

Lição 07 -4º Trimestre 2019 - Devemos Brilhar - Juniores.

Lição 7 - Devemos Brilhar 

4º Trimestre de 2019
Texto Bíblico — Marcos 4.21-23. 
Prezado(a) professor(a),
Na aula desta semana seus alunos aprenderão que, assim como nosso Senhor Jesus Cristo declarou ser a Luz do mundo, seus discípulos também deveriam brilhar a luz do evangelho para todas as pessoas. “Vocês são a luz do mundo” (Mt 5.14) — disse Jesus, ilustrando a responsabilidade da missão que havia designado aos seus discípulos.
Durante o período do ministério terreno de Jesus, eles não fizeram outra coisa senão aprender diretamente com o próprio Mestre, a partir dos ensinamentos e milagres que presenciavam, como deveriam se comportar ao entrar pelas cidades e vilarejos de Israel pregando o evangelho da salvação. A luz que havia neles deveria resplandecer em meio às trevas do pecado que dominava o coração dos homens. Vejamos que esta luz não se tratava de torná-los conhecidos, famosos ou orgulhosos de cumprir a maior missão de todos os tempos, e sim de anunciar o plano da salvação aos perdidos. Muitos desses estavam cegos pela religiosidade, outros eram discriminados e viviam sem esperança à margem da sociedade sem saber para onde ir. Somente a luz do evangelho seria capaz de iluminar o entendimento dessas pessoas, e isso só seria possível se os discípulos se empenhassem em propagar a Palavra de Deus não apenas com palavras, mas também com a própria vida.
Quando Jesus foi assunto ao céu, Ele deixou a seguinte informação aos seus discípulos: “Quando o Espírito Santo descer sobre vocês, vocês serão minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judeia e Samaria e até nos lugares mais distantes da terra” (cf. At 1.8). Ser testemunha de Cristo implicava uma mudança tão radical nos discípulos que não seria difícil perceber no estilo de vida deles que algo havia mudado. O revestimento de poder no dia de Pentecostes foi o marco na vida dos discípulos e que os fortaleceu de tal modo que nada os impedia de sair por toda a parte anunciando a mensagem do evangelho.
Do mesmo modo ocorre na vida daqueles que declaram fé em Jesus Cristo nos dias atuais. O Espírito Santo provoca uma transformação de tal maneira que o comportamento da pessoa revela que ela, de fato, foi transformada pelo evangelho de Jesus Cristo. A luz do evangelho em nós deve resplandecer para que o mundo veja o testemunho de Jesus Cristo. As pessoas só conhecerão realmente Jesus Cristo se observarem que o nosso modo de viver foi transformado desde o momento em que aceitamos a Cristo como nosso Salvador.
O apóstolo Paulo declara que quem está em Cristo é uma nova pessoa, o velho modo de viver já foi sepultado e todas as coisas foram feitas de novo (cf. 2 Co 5.17). Portanto, os hábitos e atitudes que não agradam a Deus são rejeitados e abandonados. Desde então, a vontade de fazer o que agrada a Deus invade o coração do salvo de modo que sente o interesse de tornar conhecida aos demais a mesma alegria que agora domina o seu viver. Entretanto, há determinados obstáculos que surgem à frente do salvo para que este não dê fruto com perfeição. Os hábitos e costumes do mundo continuam a persegui-lo, sem contar a pressão que sofre da parte daqueles que não tiveram a mesma experiência. Os apelos do mundo, a rejeição por conta da fé e as adversidades combatem a pessoa salva a fim de que esta não persista na fé e torne para sua antiga vida de pecados. Isso explica a ilustração de Cristo a respeito da luz.
São muitas as nuvens obscuras que tentam ofuscar o brilho do Espírito Santo de resplandecer na vida do crente. Por esse motivo, é importante que seus alunos saibam como lidar com as dificuldades que surgem para impedi-los de colocar em prática os ensinamentos de Cristo. Eles devem estar atentos quando perceberem que estão sendo tentados a se comportarem de maneira desagradável a Deus. Sendo assim, para que eles possam refletir sobre este ensinamento, realize com eles a brincadeira conhecida como morto-vivo, porém, substitua a expressão morto-vivo por expressões que refletem as práticas que são agradáveis ou desagradáveis a Deus. Exemplo: amizade — alunos de pé / mentira — alunos abaixados / amor — alunos de pé / raiva — alunos abaixados, etc. A ideia é que os alunos saibam identificar a diferença entre as práticas que agradam ou não a Deus. Conforme os alunos forem errando, peça que fiquem a parte. Vence a brincadeira quem permanecer sem errar até o fim.
Tenha uma boa aula!

Lição 07 - 4º Trimestre 2019 - O Uso das Redes Sociais - Pré Adolescentes.

Lição 7 - O Uso das Redes Sociais 

4º Trimestre de 2019
A lição de hoje encontra-se em: Efésios 5.11-16.
Caro(a) professor(a),
A lição desta semana trata de um assunto muito preocupante em nossos dias, principalmente por parte dos pais. Estamos vivendo na era da tecnologia e muitas crianças e adolescentes estão tendo acesso a um nível de informação que nem mesmo seus pais tiveram quando eram da mesma idade. O mau uso das redes sociais e da internet tem trazido muitos problemas para as famílias, tendo em vista que muitos pais não conseguem controlar o que os seus filhos estão acessando, pois muitos pais nem mesmo sabem como manusear o computador, quanto mais filtrar o que seus filhos acessam.
A internet, de fato, é uma importante ferramenta que trouxe muitos benefícios para os nossos dias. Por meio dela é possível realizar pesquisas e realizar trabalhos de escola de forma muito mais rápida. É possível também realizar compras, pagar contas, conversar com os parentes e trocar informações importantes a longa distância. São benefícios que estão a um clique de nossas mãos. Contudo, assim como o uso adequado pode trazer vários benefícios, o mau uso também pode trazer grandes prejuízos. E quando falamos de prejuízos a preocupação com os pré-adolescentes aumenta, porquanto é nesta fase que eles estão passando por todas as transformações possíveis: a curiosidade está mais aguçada, a capacidade de refletir sobre uma quantidade maior de informações aumenta. É nesse momento que mora o perigo e muitos pais não sabem como lidar com esta situação.
Por esse motivo, caro professor, é extremamente importante que você saiba orientar seus alunos e conscientizá-los a respeito dos perigos que estão do outro lado da tela. Lembre-se de que o seu trabalho é preventivo e não corretivo, pois não é da sua competência proibir ou mesmo controlar o que seus alunos estão assistindo. Entretanto, é seu papel orientá-los a respeito dos riscos que estão correndo a partir do momento que acessam sites ou conversam com pessoas desconhecidas por meio das redes sociais.
Para mantê-los antenados, seu papel é formar em seus alunos uma consciência cristã por intermédio do conhecimento da Palavra de Deus. Não há nada melhor do que um crente que sabe lidar com o mundo e, ao mesmo tempo, não fazer parte dele. O texto da lição de hoje aborda o ensinamento de Paulo aos efésios. O apóstolo estimulou os crentes daquela igreja não somente a rejeitarem, mas também a condenarem tudo o que pertence às obras das trevas. Desde agora, a vida deles com Deus deveria evitar qualquer contato com as práticas pecaminosas que não têm parte com a nova vida em Cristo (cf. Ef 5.11-13).
“É importante evitar as obras ‘infrutuosas das trevas’ (qualquer prazer ou atividade que resultem em pecado). Mas devemos ir além. Paulo nos ensina a expor essas obras, porque nosso silêncio pode ser interpretado como aprovação. Deus precisa de pessoas que defendam o que é correto, e os cristãos devem afirmar, com convicção e bondade, tudo aquilo que é verdadeiro e justo. [...] Ao se referir aos dias como ‘maus’, Paulo está comunicando seu senso de urgência por causa do poder de influência do pecado. Precisamos desse mesmo senso de urgência porque nossos dias também são difíceis. Devemos manter nossos padrões morais elevados, agir com prudência e fazer o bem sempre que possível” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p. 1653). Por esse motivo é importante não apenas apresentar os riscos existentes nas redes sociais ou mesmo na internet em nossos dias, mas estimular seus alunos ao uso consciente de tais ferramentas.
Converse com seus alunos a respeito da quantidade de tempo que eles passam entretidos na internet. Permita que expressem o que pensam a respeito do mundo virtual que estão tendo acesso. Aproveite e peça que façam uma pesquisa para a próxima aula: eles deverão consultar sites que mostram pesquisas sobre o uso da internet no Brasil. Solicite que formem grupos e elaborem cartazes com gráficos e informações a respeito do uso da internet e das redes sociais. Os alunos deverão trazer na próxima aula e colar os cartazes no mural da classe para que todos tenham acesso às informações.

Lição 07 - 4º Trimestre 2019 - A Bíblia e a Ciência - Adolescentes.

Lição 7 - A Bíblia e a Ciência 

4º Trimestre de 2019
ESBOÇO DA LIÇÃO
A BÍBLIA REVELA O CRIADOR
A CIÊNCIA DESTACA A CRIAÇÃO
A BÍBLIA NÃO É UM LIVRO CIENTÍFICO, MAS DE FÉ
OBJETIVOS
Conscientizar os alunos de que a Bíblia é a Palavra de Deus;
Mostrar que não há incompatibilidade entre fé e ciência;
Explicar a importância de se manter a fé em uma época de tantos questionamentos.
FÉ E RAZÃO
César Moisés Carvalho
Quando em 14 de setembro de 1998 o então papa João Paulo II publicou sua 12ª Encíclica ― Fides et Ratio ― que, devido a temática abordada, causou frisson no mundo inteiro, a impressão que se teve é que a fé e, consequentemente, a religião, inimigas da razão, quisessem agora manter uma harmonia impossível. É como se elas fossem água e óleo, não tendo o que dizer uma à outra, devendo manter-se cada uma em seu próprio campo de atuação. A igreja ― leia-se o catolicismo ― através de seu pontífice maior também já havia reconhecido, inclusive formalmente, em 1992 o erro cometido no caso Galileu. Evidentemente que vozes mais “conservadoras” do catolicismo afirmam que, na verdade, o erro foi justamente o pedido de desculpas pelo falecido papa. Porém, o fato é que essa atitude serviu como uma forma de comemoração para os racionalistas que acreditam que o reconhecimento do equívoco demonstra o ilogismo que há em a ciência ser subordinada à religião. 
Não questiono a inegável verdade de que não há lógica em a ciência ser restringida por assuntos de “fé” ( aqui no sentido denominacional) desta ou daquela religião, porém, não acredito que seja interessante para a ciência uma “autonomia absoluta” (o que, particularmente, não acredito que exista) como se esse tipo de concessão pudesse torná-la mais produtiva e interessante. Recentemente, André Petry escreveu na revista Veja (Edição 2163, n.18) que a tecnologia [ciência] é moralmente neutra. No melhor estilo positivista, disse isso como se não houvesse pressupostos e premissas que fundamentam a elaboração de qualquer tecnologia. É como se alguém pudesse produzir qualquer tipo de conhecimento em um vácuo, em uma bolha atemporal que não sofre influência e nem influencia (Deixo claro que isso vale também para a teologia). Sua afirmação fez-me lembrar do que li na ficção O Diálogo, de Peter Kreeft. Na narrativa, interagem C. S. Lewis, Aldous Huxley e o presidente norte-americano, John Kennedy, todos falecidos no dia 22 de novembro de 1963, com espaços de apenas poucas horas. Quando Kennedy interpela C. S. Lewis com a objeção: “― Cálculos não mentem”. O professor de Oxford prontamente lhe replica: “― Mentirosos calculam”. Se não se pode confundir ato com agente, não é possível conceber o ato ― mesmo que este tenha sido involuntário ― sem um agente.
Na questão da ciência, todos os seus resultados ― indistintamente ― são frutos de atitudes voluntárias, pensadas, refletidas e com um propósito muito claro. Salvo raríssimas exceções (como, por exemplo, no caso da “invenção” do telefone por Alexander Graham Bell), nenhuma tecnologia é produzida por acidente ou visando uma massificação inicial, de forma que todos tenham acesso ao invento. Pensar assim é ingenuidade. Alinho-me com Petry no fato de que a demonização da tecnologia é uma inutilidade, mas não posso me esquecer que ela é sempre produto de uma visão de mundo. Mesmo que o resultado final seja objetivo, tangível e lógico, o grande e grave problema é quando há uma negação acrítica de que as premissas, os pressupostos e as motivações que levaram os seus criadores a pensá-la, não possuem a mesma objetividade e concretude do seu resultado. Isso implica em afirmar que não existe autonomia, mas as ideias são geradas dentro de um continuum social: você influencia e sofre influências. E mais, quanto menos consciente disso, mais refém a pessoa torna-se de seus pressupostos e ideologias. Consequentemente ela será mais intolerante, discriminadora e unilateral, pois partirá do princípio que todo mundo deve pensar igual a ela. Por isso, dizer que a ciência atual (com sua busca desenfreada por produção tecnológica de consumo de massa) visa apenas “melhorar” a vida das pessoas é um simplismo inconsequente. Qualquer um sabe que a volúpia tecnológica é inspirada pelo capitalismo dos países de Primeiro Mundo. Nem bem saiu um computador ou celular, dezenas de outros já estão a caminho, instilando o consumismo de milhões que acreditam que estarão adquirindo o melhor, quando na realidade, ao chegar ao Terceiro Mundo, os aparelhos já estarão obsoletos!
Mas, voltando à tendência e à postura dicotômica que insistem em manter fé e razão (ou ciência e religião) separadas, questiono: Será que tal postura reflete a verdadeira relação entre esses dois campos da realidade? É sabido, como diz Afonso Soares e João Décio, em Teologia e Ciência, que a “história testemunha [...] momentos de integração, ruptura e diálogo” entre elas, isto é, fé/razão ou ciência/religião, geralmente experimentam essa dialética constante que mostra-se recorrente no processo histórico. Por isso, acredito que a grande pergunta mesmo é se existe ao menos possibilidade de separá-las! É claro que nesse sentido existe diferença entre o tipo de “fé” que aqui está agora sendo discutida e que entendo ser impossível separá-la da ciência. Contudo, isso não a torna menos improvável que a fé religiosa, mas apenas diferente. Thomas Kuhn disserta em seu clássico A Estrutura das Revoluções Científicas, que quando um cientista desenvolve uma pesquisa partindo de um paradigma que ele tem como certo, “não tem mais necessidade, nos seus trabalhos mais importantes, de tentar construir seu campo de estudo começando pelos primeiros princípios e justificando o uso de cada conceito introduzido” (p.40). Dessa forma, mesmo que o paradigma fundante não seja um fato, mas uma crença filosófica ou um arcabouço teórico, ele fundamentará toda a sua produção científica sobre tal premissa e sua atividade será desempenhada sem nenhuma reflexão crítica a respeito do assunto, pois o cientista a tem ― aprioristicamente ― como verdade.
A cultura brasileira tem o costume de “romantizar” a história e não conhecer os fatos com mais profundidade antes de abraçá-los. Essa postura é fruto de um processo civilizatório que coloca viseiras na sociedade, condicionando-a à polarização. De um lado estão as pessoas inocentes que acreditam que são miseráveis “porque Deus quer que assim seja”, e do outro, as que acreditam que adquirindo e consumindo mais e mais, obterão felicidade. Quanto à parcela infinitesimal que consegue tudo que é lançado, cedo descobre que essas coisas não produzem felicidade, e que é preciso preservar a natureza e assim não destruir o planeta. As parafernálias tecnológicas não podem ser um fim em si mesmas, mas também não podem ser um “meio”, visto que não proporcionam as melhores condições para qualquer um fim. Quando Petry disse que o “pensamento religioso, traduzido na ideia de que somos criaturas divinamente concebidas, tende a turvar a percepção de que nossa condição natural é miserável”, pois a vida do homem primitivo era muito difícil e que a “tecnologia nos retirou dessa miséria”, esqueceu de dizer que a tecnologia não nos tornou mais humanos, mais próximos e relacionais. Aliás, se se quisesse mesmo discutir o que a tecnologia causou à humanidade, comparando-a ao papel que a religião desempenhou, basta olhar para o depoimento do historiador francês Fustel de Coulanges, em sua obra A Cidade Antiga, quando diz que o “que uniu os membros da família antiga foi algo de mais poderoso do que o nascimento: o sentimento ou a força física”, e que é justamente “na religião do lar e dos antepassados [que] se encontra esse poder”, não significa que a “religião criou a família, mas seguramente foi a religião que lhe deu as sua regras”, por isso recebeu “a família antiga constituição muito diferente da que teria se os sentimentos naturais dos homens tivessem sido os seus únicos causadores” (pp.36-7). 
Mesmo sendo uma expressão religiosa totalmente estranha ao cristianismo, seu poder de catalisação ainda é infinitamente maior, em termos de fortalecimento familiar, que qualquer hardware com seus softwares mais sofisticados. Assim, ao absolver a tecnologia do seu mau uso, Petry esqueceu que o mesmo é verdade em relação à religião. Ela pode servir para bons e maus propósitos. O próprio fato de a humanidade ter feito tanto progresso em relação à tecnologia, mas paradoxalmente, não deixar de buscar um sentido para a vida em algo que transcende sua existência física e material, demonstra que se ela não pode avançar e evoluir sem tecnologia, tampouco o fará sem a devida valorização de sua essência e da busca por respostas que extrapolam os limites do que a ciência pode lhe oferecer. Se existe a boa tecnologia, resultante da boa ciência, existe também a piedade, o amor, o humanitarismo, a voluntariedade, o altruísmo e a solidariedade, frutos de uma vida cristã condizente com os valores ensinados no cristianismo.    
Texto extraído do site CPADNEWS, disponível em: <http://www.cpadnews.com.br/blog/cesarmoises/fe-e-razao/7/fe-e-razao.html>
Marcelo Oliveira de Oliveira
Redator do Setor de Educação Cristã da CPAD 

Lição 07 - 4º Trimestre 2019 - A Segunda Vinda de Cristo – a Manifestação Gloriosa - Juvenis.

Lição 7 - A Segunda Vinda de Cristo – a Manifestação Gloriosa 

4º Trimestre de 2019
“Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá, até os mesmos que o traspassaram; e todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele. Sim! Amém!” (Ap 1.7).
OBJETIVOSApontar o caráter visível da Segunda Vinda Gloriosa de Jesus;
Mostrar o aspecto glorioso e poderoso dessa vinda;
Explicar os propósitos de sua vinda.
ESBOÇO DA LIÇÃO1. NA OCASIÃO DE SUA VINDA JESUS SERÁ VISTO POR TODOS
2. JESUS VOLTARÁ COM GRANDE GLÓRIA E PODER
3. JESUS PRENDERÁ SATANÁS
4. PROPÓSITOS DE SUA VINDA
Querido (a) professor (a), dando continuidade ao tema deste trimestre, que apesar de muito interessante, requer uma didática especial para o seu público juvenil, na próxima aula vamos abordar a maravilhosa expectativa da “Segunda Vinda de Cristo e sua Manifestação Gloriosa”.
Como dissemos no início, dentro do que lhe for possível, utilize seu tempo livre dando preferência a livros; artigos; filmes; documentários; e pregações que foquem neste tema complexo, profundo e maravilhoso. 
Certamente, todos esses recursos lhe auxiliarão na dinâmica em classe, despertando o interesse de sua turma, sanando possíveis dúvidas e indicando-os também alguns materiais de credibilidade para que possam estender sua pesquisa extraclasse.
Para esta próxima aula, além de todos os demais conteúdos presentes em sua revista, lhes deixamos abaixo, como subsídio extra, trecho de um artigo sobre o tema de autoria do doutor em Teologia Sistemática, mestre em Teologia do Novo Testamento e presidente do Conselho de Educação e Cultura da CGADB, pastor Douglas Baptista.
O retorno de Cristo e o reino milenar
1. O retorno de Cristo está sobejamente registrado nas Escrituras. No entanto, os intérpretes discordam entre si acerca das doutrinas do “quiliasmo” – uma expressão grega que designa “mil” e que se refere ao Milênio. A discussão gira em torno do tempo da vinda de Cristo para instalar o reino milenar. Atualmente existem quatro escolas diferentes para abordagem da segunda vinda de Cristo em relação ao milênio.
1.1. Posição não-literal. Esta escola nega que haverá um retorno literal. Para eles, Cristo não retornará corporalmente ou visível. Ensinam que o segundo advento aconteceu com a destruição de Jerusalém, ou no dia do Pentecostes, ou ainda, na morte ou conversão do crente.
1.2. Posição Pós-milenarista. Para esta escola, o retorno de Cristo será literal, mas acontecerá somente após o milênio na terra. Seus adeptos ensinam que o mundo todo será alcançado e se converterá pela pregação do Evangelho antes da segunda vinda de Cristo a terra.
1.3. Posição amilenarista. Esta escola nega que haverá um reino milenar literal na terra. Para eles, Satanás já foi aprisionado na primeira vez que Cristo veio. Ensinam que na presente era, entre a primeira e a segunda vinda de Cristo, as profecias acerca do milênio já estão espiritualmente sendo cumpridas.
1.4. Posição Pré-milenarista. Para esta escola, o retorno de Cristo será literal e corporalmente, e, acontecerá antes do início do milênio na terra. Os que professam esta posição acreditam que após o retorno de Cristo, será instituído a era milenar e Cristo literalmente reinará na terra por mil anos.         
2. Acerca destas posições convém esclarecer que a posição não-literal coloca em descrédito as inúmeras profecias que anunciam uma segunda vinda de Cristo. A posição pré-milenarista está presente nos escritos apostólicos do Novo Testamento. Dos chamados pais da Igreja, Clemente de Roma (40-100 d.C), Inácio, bispo de Antioquia (50-115 d.C), Policarpo, bispo de Esmirna (70 e 167 d.C); Justino Mártir (100-165 d.C), Ireneu (130-202 d.C) e Tertuliano (160-220 d.C) dentre outros eram pré-milenaristas. Porém a escola pré-milenarista passou a ser contestada a partir do III século, tendo Orígenes (185 – 254 d.C) como seu principal expoente, pois o sentido literal das Escrituras passou a ser substituído pela alegorização em busca de um suposto sentido secreto. Em seguida Agostinho de Hipona (354-430 d.C) começou a ensinar o amilenarismo, defendendo que o milênio ocorreria no período entre os dois adventos. Esta posição perdurour até a Reforma Protestante. No período pós-reforma ressurgiu a posição pré-amilenarista, sendo contestada com o surgimento do pós-milenarismo que exerceu grande influência até fins da 2ª Guerra Mundial (1945), e que praticamente tem desaparecido dos atuais debates teológicos. Em nossa época temos visto o ressurgimento do amilenarismo, mas, também e ainda em maior escala o ressurgimento do pré-milenarismo da Igreja primitiva:
Desse modo, a pesquisa histórica revela que a interpretação pré-milenarista, unanimemente defendida pela Igreja primitiva, foi suplantada mediante a influência do método de alegorização de Orígenes e pelo amilenarismo agostiniano, que se tornou o ponto de vista da igreja romana e continuou a dominar até a Reforma Protestante, por ocasião da qual o retorno ao método literal de interpretação restaurou a interpretação pré-milenarista. Essa interpretação foi desafiada pelo surgimento do pós-milenarismo, que começou a tomar forma... e, continuou até seu declínio após a Segunda Guerra Mundial. Esse declínio promoveu a ascensão do amilenarismo, que agora compete com o pré-milenarismo como método de interpretação da questão quiliástica. (Pentecost, 1998, p. 403)
3. O posicionamento da teologia pentecostal adotada pelas Assembleias de Deus no Brasil segue o método de interpretação literal conforme a fé praticada na Igreja primitiva. Nossa Declaração de Fé ratifica a posição pré-milenarista:
O Milênio é o Reino de Cristo com duração de mil anos que terá início por ocasião da vinda de Cristo em glória com os seus santos. Todos os que estiverem vivos na terra após esses acontecimentos serão submetidos ao governo de Jesus Cristo. Nesse período, Satanás estará aprisionado no abismo. Isso significa que a sua ação destruidora na terra será neutralizada e, assim, será iniciada uma nova ordem. (SOARES, 2017, p. 189).
4. Esta postura da teologia pentecostal professa que o retorno de Cristo se dará em duas fazes distintas e está em consonância como artigo de fé número 13 do credo menor assembleiano, que afirma: “Cremos na segunda vinda de Cristo, em duas fases distintas: a primeira — invisível ao mundo, para arrebatar a sua Igreja antes da Grande Tribulação; a segunda — visível e corporal, com a sua Igreja glorificada, para reinar sobre o mundo durante mil anos (1 Ts 4.16, 17; 1 Co 15.51-54; Ap 20.4; Zc 14.5; Jd 1.14)”.

Pense nisso!
Douglas Roberto de Almeida Baptista
Referências Bibliográficas
SOARES, Esequias (Org). Declaração de Fé a das Assembleias de Deus. Rio: CPAD, 2017.
PENTECOST, J. Dwight. Manual de Escatologia. São Paul: Editora Vida. 1964.
O Senhor te abençoe e capacite. Boa aula!
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Juvenis da CPAD