sexta-feira, 20 de março de 2020

Lição 12 - 1º Trimestre 2020 - Jesus, o Homem Perfeito - Adultos.

Lição 12 - Jesus, o Homem Perfeito 

1º Trimestre de 2020
ESBOÇO GERAL
I – JESUS, VERDADEIRO DEUS
II – JESUS, VERDADEIRO HOMEM
III – JESUS, O HOMEM PERFEITO
JESUS, VERDADEIRO DEUS
Claudionor de Andrade
Professamos que o Senhor Jesus era, e é perfeitamente humano e perfeitamente divino. Ele não era meio homem, nem meio deus; era e é totalmente Homem e totalmente Deus. Neste tópico, enfocaremos a sua divindade.
Sua eternidade com o Pai
Como Filho do Homem, Jesus foi gerado, pelo Pai, na plenitude do tempo, através do Espírito Santo, no ventre virginal de Maria (Sl 2.7; Lc 2.1-12; Gl 4.4,5). Todavia, como Filho de Deus, Ele é eterno, sem início nem fim (Cl 1.15-17). Aliás, o Senhor Jesus não é somente eterno; Ele é o Pai da Eternidade (Is 9.6). Jesus Cristo, como Filho de Deus, é eternamente gerado, porquanto é tão eterno quanto o Pai.  
Antes de sua encarnação, Ele estava no Pai e, no Pai, criou todas as coisas (Jo 1.3). Suas atividades eternas são lindamente descritas no capítulo oito de Provérbios.
Os poetas gregos não tinham uma clara noção de eternidade. Apesar de serem celebrados, também, como teólogos, descreveram seus deuses como entes temporais; sujeitos aos caprichos do tempo. Haja vista a fantasia que cerca a origem de Zeus, o pai de todas as divindades do Olimpo. Segundo a mitologia, era ele filho de Reia e de Cronos. Temendo este que um de seus filhos viesse a destroná-lo, pôs-se a devorá-los tão logo nascessem. Para que isso não ocorresse com Zeus, o sexto filho, a prudente Reia, escondendo-o astutamente, livrou-o da voragem de Cronos.
A gênese de Cronos, o pai de Zeus, também é confusa. O titã que, implacavelmente, comandava o tempo, era temido por todos os gregos, porque ninguém escapava de suas voragens. Ele envelhecia os jovens e lançava o presente num arquivo morto. No entanto, nem o próprio Cronos, o deus do tempo, era eterno, pois ele mesmo tivera um pai — Urano. Pelo menos é o que ensinava o poeta Hesíodo (750-650 a.C.). 
Ora, se Urano é mais poderoso do que Cronos e Zeus, respectivamente seu filho e neto, tinha ele o atributo da eternidade? Apesar de personificar o Céu, era tão temporal quanto as outras divindades. E, segundo essa confusa e grosseira mitologia, ele nascera igualmente de uma divindade anterior — Gaia, a deusa Terra, que, por sua vez, havia provindo do inexplicável Caos, o deus que surgira antes de todos. Nessa cadeia infindável de deuses, quem dentre eles detinha a perenidade? A resposta a essa pergunta, que nem chega a ser complexa e intrigante, é simples: como os deuses gregos (e também os romanos) eram uma extensão do ser humano caído e mortal, eram eles também caídos, apesar de sua pretensa imortalidade.   
Mais tarde, os filósofos puseram-se, timidamente, a questionar a existência e a moral dos deuses. Mesmo assim, Sócrates (469-399 a.C), “o mais sábio dos gregos”, nunca deixou de tributar suas honras a Apolo, de quem, segundo ele, recebera a missão de educar a Grécia. Na verdade, nenhum daqueles pensadores logrou escapar às cadeias da idolatria. Quando da visita de Paulo a Atenas, tanto o povo quanto seus filósofos persistiam em honrar a criatura e a desonrar o Criador, embora prestassem tributos ao Deus Desconhecido (At 17.16-31).
Como se vê, querido leitor, os poetas gregos, conquanto ainda honrados como teólogos, não tinham uma noção clara de eternidade. Não obstante, acreditavam eles em várias matérias-primas eternas, por intermédio das quais vieram a existir tudo quanto vemos. Tendo em vista tais incongruências da civilização pagã, agarro-me cada vez mais à Bíblia Sagrada — a inspirada, inerrante e completa Palavra de Deus.
Se a Bíblia é tão lógica e racional, por que alguns teólogos ainda teimam em jungir o criacionismo divino ao evolucionismo profano e mentiroso de Charles Darwin? Enquanto os incrédulos embaralham-se nessa pergunta, voltemo-nos ao Senhor Jesus Cristo.   
Nosso Senhor jamais esteve sujeito ao tempo — o terrível chrónos dos gregos. Isaías descreve-o como superior à própria eternidade (Is 9.6). Ao lado do Pai Celeste, já participava ativamente das obras divinas mais remotas: a eternidade, o tempo, os Céus e, finalmente, a Terra. Ele é o Filho Eterno do Pai Eterno. Não teve início de dias nem experimentará qualquer fim, conforme profetizou Miqueias: “E tu, Belém-Efrata, pequena demais para figurar como grupo de milhares de Judá, de ti me sairá o que há de reinar em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade” (Mq 5.2, ARA).
As divindades gregas, segundo já observamos, possuíam uma árvore genealógica cheia de nódulos, galhos tortos e desfolhada: Gaia gerou Urano que gerou Cronos e que, finalmente, gerou Zeus — o ser mais imoral da Grécia. Quanto ao Senhor Jesus, embora, como Filho do Homem, tenha uma genealogia, na condição de Filho de Deus, não possui nenhum registro genealógico, porquanto é eterno, conforme declara o apóstolo na Epístola aos Hebreus, ao descrever o Senhor Jesus Cristo, tendo por modelo o venerando Melquisedeque, sacerdote e rei de Salém: 
Porque este Melquisedeque, rei de Salém, sacerdote do Deus Altíssimo, que saiu ao encontro de Abraão, quando voltava da matança dos reis, e o abençoou, para o qual também Abraão separou o dízimo de tudo (primeiramente se interpreta rei de justiça, depois também é rei de Salém, ou seja, rei de paz; sem pai, sem mãe, sem genealogia; que não teve princípio de dias, nem fim de existência, entretanto, feito semelhante ao Filho de Deus), permanece sacerdote perpetuamente. (Hb 7.1-3, ARA)      
Seus atributos, grandezas e perfeições
Jesus Cristo é a fonte da vida (Jo 1.4). Logo, Ele tem vida em si mesmo (Jo 5.16; Hb 7.16). Sendo Deus de Deus, é imutável (Hb 13.8). Ele é onipresente (Mt 28,20; Ef 1.22,23). Onisciente, sabe todas as coisas (Mt 9.4,5; Jo 2.24,25; At 1.24.25; Cl 2.3). Sua onipotência não pode ser ignorada, porque todo o poder, nos Céus e na Terra, acha-se em suas mãos (Mt 28.18; Ap 1.8).
Caso não houvesse o Novo Testamento, seria possível descobrir o Senhor Jesus no Antigo? Ora, se este está revelado naquele, sem dúvida haveríamos de encontrar, iluminados pelo Espírito Santo, o Messias de Israel e Salvador do mundo, desde o Gênesis a Malaquias. Isso porque, todos os autores sagrados, do Velho Pacto, foram não apenas inspirados a escrever sobre Jesus, mas igualmente iluminados a reconhecerem-no mesmo sem tê-lo visto (1 Pe 1.11).
Todavia, por que os judeus, atualmente, mesmo os mais eruditos e versados no Antigo Testamento, não logram encontrar o Senhor Jesus Cristo na Lei, nos Profetas e nos Escritos? A resposta vem-nos de Paulo que, ao discorrer sobre a necrose espiritual de Israel, lamenta a incredulidade de seu povo: 
Tendo, pois, tal esperança, servimo-nos de muita ousadia no falar. E não somos como Moisés, que punha véu sobre a face, para que os filhos de Israel não atentassem na terminação do que se desvanecia. Mas os sentidos deles se embotaram. Pois até ao dia de hoje, quando fazem a leitura da antiga aliança, o mesmo véu permanece, não lhes sendo revelado que, em Cristo, é removido. Mas até hoje, quando é lido Moisés, o véu está posto sobre o coração deles. Quando, porém, algum deles se converte ao Senhor, o véu lhe é retirado. Ora, o Senhor é o Espírito; e, onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade. E todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito. (2 Co 3.12-18)
É claro que, individualmente, não são poucos os israelitas que, ao lerem com atenção e temor o Antigo Testamento, vêm a encontrar, quer na Lei, quer nos Profetas, ou nos Escritos, o Cordeiro de Deus que tira o pecado mundo: Jesus de Nazaré. Observemos que, tanto o próprio Cristo quanto os seus discípulos, utilizaram as Escrituras da Velha Aliança, a fim de provar, por intermédio destas, que Jesus é, de fato, o Filho de Deus (Lc 24.25,26; At 8.35).
Quando de minha visita ao Muro das Lamentações, deparei-me com dezenas de judeus, vindos de todo o mundo, lendo, ali, aos pés daquele venerando monumento, as Escrituras do Antigo Testamento. Muitos liam-na mecanicamente; outros, recordando as tragédias antigas e recentes de Israel, derramavam lágrimas contidas e reverentes. Todavia, senti, em meio aqueles homens ilustres e piedosos, um incômodo vazio espiritual. Vi-me, de repente, em pleno vale de ossos secos, a esperar pelo sopro do Espírito Santo sobre a descendência de Abraão. Aliás, isso há de acontecer, pois assim profetizou Ezequiel:
Então, me disse: Filho do homem, estes ossos são toda a casa de Israel. Eis que dizem: Os nossos ossos se secaram, e pereceu a nossa esperança; estamos de todo exterminados. Portanto, profetiza e dize-lhes: Assim diz o Senhor Deus: Eis que abrirei a vossa sepultura, e vos farei sair dela, ó povo meu, e vos trarei à terra de Israel. Sabereis que eu sou o Senhor, quando eu abrir a vossa sepultura e vos fizer sair dela, ó povo meu. Porei em vós o meu Espírito, e vivereis, e vos estabelecerei na vossa própria terra. Então, sabereis que eu, o Senhor, disse isto e o fiz, diz o Senhor. (Ez 37.11-14, ARA)
Essa profecia, querido e atento leitor, cumpre-se perante nossos olhos. Israel já renasceu como nação soberana. Em breve, há de renascer, também, como povo sacerdotal, profético e real. Voltemo-nos, pois, à nossa pergunta inicial: “É possível descobrir o Senhor Jesus no Antigo Testamento?”. Sim, Ele está, ali, com todas as suas perfeições, grandezas e atributos divinos. 
Esvaziou-se de sua glória, mas não de sua divindade
Quando de sua encarnação, no ventre da virgem Maria, o Filho de Deus não se esvaziou de sua divindade, mas de sua glória (Fp 2.5-11). Conforme podemos atestar pelos versículos já mencionados, o Senhor Jesus, em seu ministério terreno, fazia uso de seus atributos divinos sempre que necessário.
Em sua oração sacerdotal, Ele reivindica, junto ao Pai, não a sua divindade, mas a glória que, desde a mais remota eternidade, desfrutara no perfeitíssimo e infinito círculo da Santíssima Trindade. Seus discípulos sabiam que Ele era e é Deus (Mt 14.33; Jo 1.49; 20.28).  
Texto extraído da obra “A Raça Humana: Origem, Queda e Redenção”, editada pela CPAD. 
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Adultos. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

quinta-feira, 19 de março de 2020

Lição 12 - 1º Trimestre 2020 - Um presente especial para o papai Jairo - Berçário.

Lição 12 - Um presente especial para o papai Jairo 

1º Trimestre de 2020
Objetivo da lição: Introduzir no coração do bebê a confiança de que Jesus dá vida e saúde à família.
É hora do versículo: “Não tenha medo; tenha fé” (Lucas 8.50).
Na lição de hoje as crianças aprenderão que Jesus dá vida e saúde à família assim como Ele deu saúde a filhinha do Jairo que já estava morta e voltou à vida graças ao poder de Jesus! Este foi o maior presente que o papai Jairo poderia receber, ter a sua filhinha viva de volta, sã e salva!
Para auxiliar o aprendizado da criança do Berçário, é fundamental que o professor saiba a respeito da aprendizagem envolvendo significante e significado da criança nessa faixa etária. “Não devemos ter medo de ensinar palavras. Todavia, não podemos ter a ilusão de que as palavras ensinadas são compreendidas em toda a sua extensão. Espalhou-se a ideia de que não devemos ensinar os versículos bíblicos e os corinhos, sem a certeza de que a criança compreende o seu significado. Esta é uma visão muito extrema, visto que faz uma separação entre o significado e a palavra, e presume que, de algum modo, podemos nos satisfazer totalmente do significado seguir nos saciaremos da palavra.
E mais dizer que o significado e a palavra crescem juntos.
Primeiramente, uma criança não aprende uma palavra sem um contato constante com ela. É necessário que a ouça e utilize várias vezes até que se torne parte do seu vocabulário. Somente ao se deparar com esta palavra em momentos específicos em contextos variados, é que construirá a ideia do seu significado.” 
(BEECHICK, Ruth. Como Ensinar Crianças do Maternal: Não é tão fácil mas aqui está como fazer. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p. 36)  
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Berçário

Lição 12 - 1º Trimestre 2020 - Um Presente Especial para o Papai - Jd. Infância.

Lição 12 Um Presente Especial para o Papai 

1º Trimestre de 2020
Objetivos: Os alunos deverão acreditar que Jesus Cristo pode resolver qualquer problema; e saber que o poder de Jesus Cristo não tem limites. 
É hora do versículo: “[...] Deus me deu todo o poder no céu e na terra.” (Mt 28.18)
Nesta lição as crianças conhecerão a história de Jairo, um homem importante da sinagoga que estava com sua filhinha muito doente. Como Jesus Cristo pode resolver qualquer problema, o papai Jairo creu e viu que o poder de Jesus Cristo não tem limites quando curou a sua filhinha. 
Para o professor lograr êxito em sua aula, é fundamental que a forma como vai apresentar as histórias para os alunos seja sempre aprimorada. 
“Primeiramente, devemos esclarecer que tratamos aqui da leitura de histórias. Não estamos defendendo a leitura de uma lição bíblica para as crianças. Algumas lições bíblicas contém histórias que podem ser lidas ou contadas, de acordo com a preferência do professor. Outras lições não apresentam as histórias bíblicas como histórias. Normalmente utilizam uma história como base, entremeando-a com a pregação ou outro “ensinamento”. Este tipo de lição bíblica não se destina à leitura oral, mas nada impede que se acrescente a leitura de uma história. 
Um dos pontos mais importantes na apresentação de histórias é o tom de voz. Não é necessário fazer a dramatização da história, a não ser que o professor tenha um talento especial para isso. Contudo, ao contar histórias, o professor deve aprender a usar as inflexões normais de voz, com expressão. A inexperiência ou o “medo do palco” geralmente, leva o professor a aumentar o tom de voz, e isto excita as crianças, enquanto que o tom de voz baixo as tranquiliza. 
Os inexperientes podem também cometer o erro de ler muito rápido. Isto torna difícil para as crianças compreenderem todas as palavras e acompanhar o raciocínio. Por outro lado, a leitura muito lenta contribui para o devaneio e a perda do interesse pela história.
A leitura deve ser um pouco mais lenta que uma conversação normal, numa velocidade que permita a enunciação de cada palavra, sem afetação. Ou seja, a leitura deve fluir naturalmente, lembrando-se que o pensamento daquele que vê e lê as palavras se processa mais rapidamente que o daqueles que ouvem a história, pois estes dependem do sentido da audição e das imagens internas. Para obtermos efeitos especiais, podemos usar variações no tom de voz e na velocidade da leitura. Excitação, suspense e outros estados de espírito intensificam-se com a leitura mais rápida ou mais lenta. Se o professor viver e apreciar a história tanto quanto seus alunos, instintivamente saberá o que fazer. Com um pouco de prática, todas estas técnicas serão usadas com naturalidade.”  Como ensinar crianças do Jardim de Infância: Compreendendo e educando crianças de 4 e 5 anos. Rio de Janeiro: CPAD, 2003,  pp.68,69)
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Jardim de Infância

terça-feira, 17 de março de 2020

Lição 12 - 1º Trimestre 2020 - A Morte de Jesus na Cruz - Primários.

Lição 12 - A Morte de Jesus na Cruz 

1º Trimestre de 2020
Objetivo: Que o aluno aprenda que Jesus morreu na cruz para nos salvar.
Ponto central: Jesus é o único que pode nos salvar. 
Memória em ação: “[...] Cristo morreu pelos nossos pecados, como está escrito nas Escrituras Sagradas” (1 Co 15.3).
Querido(a) professor(a), na nossa próxima aula transmitiremos aos pequeninos  o ponto alto não só do Cristianismo, mas de toda a história da humanidade: a crucificação de Jesus. O momento do Tetelestai, em que Cristo consumou o plano da salvação, tão misericordiosamente arquitetado por Deus, por amor a nós. 
Você consegue imaginar entregar o seu bem mais precioso, o ser mais amado e único para você na terra em prol de pecadores indiferentes e impiedosos? Se não conseguimos mensurar nossa dor em tal posição que dirá a do Criador, ao oferecer o seu unigênito puro e perfeito para morrer como um criminoso mais sujo, da forma mais humilhante e brutal da época. 
“Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido.
Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.
Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho; mas o Senhor fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos”. (Is 53.4-6)
É imprescindível que seus alunos compreendam que Jesus tinha todo o poder para se livrar da cruz. Para isso, sugerimos que após a lição você sente a turma em círculo e pergunte qual super-herói dos quadrinhos, desenhos ou cinema eles mais gostam e por quê. Deixe que eles se expressem livremente, porém, um de cada vez. Em seguida, enfatize que todos esses personagens não existem de verdade, eles foram criados para historinhas de ficção. Mas Jesus é real! Ele veio ao mundo de verdade e tudo o que a Bíblia nos diz realmente aconteceu.  
Diga que mesmo quando Jesus estava lá na cruz, Ele tinha todo poder, aliás, poderes muito maiores do que os dos super-herois dos quadrinhos que eles mencionaram. Ele poderia ter saído daquela situação de dor tão terrível e aniquilado todos os seus inimigos, se Ele quisesse. Mas pergunte se alguém sabe por que Ele assim não fez?! Aguarde as respostas. Frise que um verdadeiro heroi salva as pessoas. E Jesus sabia que se Ele saísse da cruz, seríamos nós que iríamos para o castigo. Porque todos nós cometemos algum erro em algum momento da vida e para entrar no Céu necessitaríamos ser 100% perfeitos. Nosso herói Jesus sabia que nenhum de nós conseguiria e assim estaríamos condenados a irmos para o inferno. Então, Ele escolheu pagar pelos nossos erros no nosso lugar, na cruz Ele decidiu nos salvar. “Vamos agradecer ao nosso verdadeiro super-herói Jesus Cristo por nos dar tão grande salvação?!” 
Ore com seus alunos agradecendo a Cristo por ter morrido em nosso lugar, por ter enfrentado a cruz para nos salvar e reservado um lugar para nós no Céu, ao lado dEle e do Pai.
O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula!
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Primários da CPAD

Lição 12 - 1º Trimestre 2020 - O Amigo Desconfiado - Juniores.

Lição 12 - O Amigo Desconfiado 

1º Trimestre de 2020
Texto Bíblico – JOÃO 20.19-29.
Prezado(a) professor(a)
Na aula desta semana seus alunos estão convidados a conhecer mais um personagem intrigante que compunha o círculo de amizade de Jesus. Esse personagem tem muito a nos ensinar, tendo em vista que umas de suas características mais peculiares é a desconfiança. Tomé é o seu nome, um discípulo de Jesus que fazia parte dos doze que foram escolhidos para o apostolado. O episódio mais marcante que identifica Tomé nos evangelhos é o momento após a ressurreição de Cristo. Tomé não estava com os outros discípulos quando Jesus apareceu. As portas já estavam fechadas e os discípulos com muito medo de serem perseguidos pelos líderes judeus.
Quando Tomé ouviu dos demais discípulos que Jesus havia ressuscitado, sua reação imediata foi questionar se aquele fato extraordinário realmente era verdade. Então, Tomé declara a frase que o marcou por toda a história: “Se eu não vir o sinal dos cravos em suas mãos, e não puser o dedo no lugar dos cravos, e não puser a minha mão no seu lado, de maneira nenhuma o crerei” (cf. Jo 20.25). Desde então Tomé ficou conhecido como o discípulo que duvidou ou o discípulo incrédulo. Entretanto, alguns aspectos devem ser considerados nesta história.
Em primeiro lugar é importante enfatizar que não foi fácil para nenhum dos discípulos verem a pessoa que eles mais amavam morrer de maneira tão injustiça e sangrenta como foi a morte de Jesus. Além disso, a dúvida de Tomé era um esforço do discípulo em não se deixar levar pela emoção do momento, ou mesmo um desejo sincero de não permitir que os seus amigos e irmãos se enganassem com uma suposta “aparição de Jesus”. Embora a intenção de Tomé tenha sido sincera, de fato, sua fé estava tão bloqueada que Jesus precisou tratar dos olhos espirituais de Tomé para que ele cresse que aquEle que ali estava não era um fantasma, mas o próprio Senhor e Deus ressurreto.
Jesus compreende quando algo acontece conosco que nos leva a sentir dúvidas se realmente é o poder de Deus que está se manifestando. Deus deseja tratar dos nossos olhos espirituais para que possamos crer no que Ele pode realizar em nossas vidas. Por esse motivo, caro professor, cumprir o propósito para o qual Deus o chamou requer fé genuína. Seus alunos esperam encontrar em você uma pessoa convicta do que está ensinando. Não alguém que tem dúvida se a Palavra de Deus é a verdade ou não. Sim! A Palavra de Deus é a Verdade que liberta! Mostre aos seus alunos que podemos crer mesmo nos momentos em que a nossa fé é colocada à prova. Recorte de jornais e revistas e leve para a sala de aula fotos e figuras da natureza criada por Deus, a forma como Deus nos formou, etc. Leve seus alunos à refletir sobre a existência de Deus como o Criador Soberano de todas as coisas. É importante que seus alunos interpretem esta verdade e tenham a convicção de que não existe outro caminho.
Tenha uma boa aula! 

Lição 12 - 1º Trimestre 2020 - Crescendo em Cristo - Pré Adolescentes.

Lição 12 - Crescendo em Cristo 

1º Trimestre de 2020
A lição de hoje encontra-se em: 2 Pedro 3.18. 
Prezado(a) professor(a),
Na aula desta semana a classe aprenderá sobre a importância do crescimento espiritual. É importante entender que seus alunos já estão em processo de amadurecimento. Mas isso difere de aluno(a) para aluno(a), nem todos terão o interesse ou a facilidade de compreender tudo o que está sendo ensinado. Alguns podem até levar um pouco mais de tempo para amadurecer em determinado aspecto desta fase de transição entre a infância e a adolescência. No entanto, é seu papel, professor, demonstrar a paciência e sensibilidade necessárias para acompanhar com cuidado o momento que seus alunos estão vivendo.
É importante salientar que crescimento físico não é sinônimo de maturidade mental. Cada um tem o tempo certo de amadurecimento em cada área. Portanto, não espere determinado comportamento de alguém que ainda não possui condições de corresponder a determinado apelo.
Outro aspecto importante com relação à vida espiritual mostra que, à medida que os seus alunos estão crescendo, cresce também a responsabilidade em praticar a Palavra de Deus e ter uma conduta que sirva de testemunho para os colegas descrentes. O grande desafio com esta fase é não pressioná-los ou mesmo exigir um comportamento sem antes identificar se já deixaram, de fato, a infância. Seus alunos certamente terão muito a crescer e aprender com você, mas isso só será possível se sentirem a tranquilidade de confiar em sua capacidade de compreendê-los. Isso não significa concordar com seus erros, mas demonstrar certa assertividade na forma como aconselha seus alunos. Isso significa que você será pacífico e firme nas suas afirmações sem precisar ser agressivo.
O crescimento espiritual de seus alunos é mais uma etapa do processo de santificação e amadurecimento na fé. A respeito disso o apóstolo Pedro declara aos seus leitores que eles deveriam nutrir-se do leite racional, isto é, da Palavra de Deus (1 Pe 2.2). A Bíblia de Estudo Pentecostal (1995, pp. 1939-40) traz um comentário sobre este versículo:
Como filhos nascidos de Deus (1 Co 6.19; Gl 4.6), devemos desejar e ansiar pelo leite puro da Palavra de Deus (1 Pe 1.23-25). Um sinal seguro do nosso crescimento espiritual é um forte desejo de nos alimentar com a Palavra viva e permanente de Deus. Assim, devemos estar alerta quanto à perda de fome e sede pela Palavra de Deus, coisas estas que nossas atitudes erradas podem destruir (v. 1) e também não deixar que as preocupações, riquezas e prazeres desta vida sufoquem a vida espiritual (Lc 8.14; ver Mt 5.6).
Aproveite o assunto da lição e pergunte aos seus alunos quais são os empecilhos para que uma pessoa possa crescer e se tornar um adulto forte. Relacione no quadro uma lista com esses empecilhos. Em um espaço ao lado, ainda no quadro, pergunte aos alunos e registre uma lista com tudo o que pode impedir o crescimento espiritual de uma pessoa após entregar a sua vida a Jesus Cristo. Reforce a lição de que o pecado e a falta de comprometimento com a aplicação da Palavra de Deus dificultam o crescimento espiritual. Mostre que a prática dos ensinamentos de Cristo leva o crente a crescer e tornar-se parecido com Ele.

Lição 11 - 1º Trimestre 2020 - Jesus, o melhor presente para a família - Berçário.

Lição 11 - Jesus, o melhor presente para a família 

1º Trimestre de 2020
Objetivo da lição: Apresentar Jesus ao bebê como o melhor amigo da família.
É hora do versículo: “Jesus amava muito Marta, e a sua irmã, e também Lázaro” (João 11.5).
Na lição de hoje as crianças aprenderão sobre os irmãos Marta, Maria e Lázaro que era uma família muito querida por Jesus. Eles eram amigos de Jesus. Ele gostava muito desses irmãos, tornando-se o melhor amigo deles. Jesus também é o nosso melhor amigo e da nossa família.
Para auxiliar o aprendizado da criança do Berçário, é fundamental que o professor saiba a respeito da aprendizagem cognitiva da criança nessa faixa etária. “A aprendizagem cognitiva se refere ao aspecto intelectual do desenvolvimento. As crianças de dois e três anos se encontram no que pode ser chamado de período simbólico do seu desenvolvimento mental, que se estende dos dois até os sete ou oito anos. A maior parte do trabalho mental da criança nesta fase está relacionada à aquisição de símbolos. Os símbolos se constituem no material que a mente necessita para formular o pensamento. A sala de aula deve propiciar oportunidades e promover a aprendizagem dos símbolos.” Um dos principais tipos de símbolos são as palavras. “[...] Provavelmente o desenvolvimento mais significativo no maternal é o crescimento no uso da linguagem oral. Aos dois anos de idade, o vocabulário infantil é cerca de 150 palavras. Até os quatro, este vocabulário aumentara em média para 1500 palavras um crescimento décuplo para um período de apenas dois anos. Estas palavras são, em sua maioria, nomes de objetos. Existem inúmeras maneiras de ajudar nossos alunos a aprender a nomear as coisas (objetos reais, desenhos ou ações). Peça que as crianças repitam as palavras. Encoraje-as a contar os fatos, utilizando a conversação como uma das atividades em grupo. Incentive o diálogo em todas as oportunidades. Aprenda a ver a conversa das crianças como uma das mais importantes atividades da sala de aula.” 
(BEECHICK, Ruth. Como Ensinar Crianças do Maternal: Não é tão fácil mas aqui está como fazer. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, pp. 35-36)  
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Berçário

Lição 11 - 1º Trimestre 2020 - Jesus abençoa as crianças - Maternal.

Lição 11 - Jesus abençoa as crianças 

1º Trimestre de 2020

Objetivo da lição: Mostrar às crianças que Jesus as ama.
Para guardar no coração: “[...] Deixem que as crianças venham a mim [...].” (Lc  18.16)
Subsídio professor
“Você já experimentou aplicar o Salmo 23 à sua missão de professor do maternal? O que tem faltado para que as suas aulas sejam o que deveriam? Recursos materiais? Apoio? Em seu Pastor, nada lhe faltará. Tempo? Descanso? Tranquilidade? Ele o faz repousar em pastos verdes, junto a águas serenas. Ânimo? Ele refrigera-lhe a alma. Saúde? Ele está com você até no vale onde a morte projeta a sua sombra. Unção? Ele derrama sobre a sua cabeça o óleo do seu Santo Espírito. O nosso Bom pastor é o mais interessado na salvação e edificação dos pequeninos. Este rebanho é Dele, lembra? Você é apenas o ajudante. E Nele, você encontrará tudo o que precisa. Nele, a mesa está sempre posta, e sobre ela, há um cálice que transborda. A bondade e o fiel amor de seu Pastor acompanham você a toda parte, fazendo com que tudo contribua para o seu bem e para o cumprimento da vontade Dele. Quanto ao mais... bem, um dia você habitará na sua casa celestial por dias tão longos que não terão fim” (Marta Doreto). 
Perfil da criança
“No aspecto emocional, as crianças desta idade são notadamente sensíveis. Mostram-se afetuosas, desejosas de agradar as pessoas e de receber carinho. Quando não recebem a atenção de que carecem, procuram obtê-la sendo demasiadamente boas, ou rebeldes. É por isto que às vezes choram, gritam, fazem pirraça. Pais e professores devem ter o cuidado de premiar as boas atitudes, e não as más. Se um pequenino atira-se ao chão, gritando e esperneando porque lhe negaram um determinado objeto com que desejava brincar, e os adultos, para verem-se livres do aborrecimento, cedem, estão comunicando a esta criança que ela sempre conseguirá o que quiser, comportando-se deploravelmente.
A melhor atitude, neste caso, é ignorá-la. Quando vir que nada conseguiu, e se cansar de chorar, ela interromperá a “crise”.  Entretanto, numa sala de aula com outras crianças, não dá para ignorar o barulho e o transtorno que ela estará criando. Na medida do possível, um auxiliar deve carregá-la para um canto à parte, ou para fora da classe, e dizer-lhe firmemente, mas sem perder a calma, que ela está atrapalhando os coleguinhas, e só poderá voltar para junto deles depois que parar de fazer barulho. Em geral, isto funciona” (Marta Doreto). 
Oficina de Idéias 
“Que tal preparar a “janelinha do tempo”? Este é um recurso útil para as crianças observarem a mudança do tempo.
Numa cartolina faça uma linha vertical e outra horizontal dividindo-a em quatro retângulos e em cada um deles desenhe conforme o modelo. Em outra folha de cartolina risque também uma linha vertical e uma horizontal e recorte um dos retângulos fazendo um tipo de “janela”. Coloque esta folha sobre a primeira prendendo-as ao meio com um colchete (bailarina). Girar a folha de cima e deixar aparecer somente o desenho que se relacionar com o tempo apresentado naquele dia” (Marta Doreto).
Até logo
Convide a todos para retornarem no próximo domingo para continuarem aprendendo sobre o Amigo Jesus.  
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista de Maternal

Lição 11 - 1º Trimestre 2020 - Jesus, o Melhor Presente para a nossa Família - Jd. Infância.

Lição 11 - Jesus, o Melhor Presente para a nossa Família 

1º Trimestre de 2020 
Objetivos: Os alunos deverão entender que Jesus tem o mesmo poder que o seu Pai, o Papai do Céu; e entender que Jesus é o amigo de toda a família. 
É hora do versículo: “[...] eu e a minha família serviremos a Deus [...].” (Js 24.15)
Nesta lição as crianças aprenderão sobre os irmãos Marta, Maria e Lázaro. Eles eram uma família e Jesus era o melhor amigo que esses irmãos poderiam ter. Lázaro morreu e Jesus demonstrou todo o seu poder fazendo Lázaro voltar a viver. Jesus é amigo de todos da família, por isso, todos devemos ser amigos dEle também.
Ainda falando sobre as histórias bíblicas e como a leitura delas é importante para a faixa etária do Jardim de Infância, além da leitura o professor pode também contar a história, interagindo com o aluno, olhando-o nos olhos, cativando ainda mais sua atenção. Para ser um contador de história, o professor precisa de um certo treino, já que “os contadores de histórias praticam e desenvolvem suas habilidades como os músicos. Raramente conseguimos preparar um repertório de histórias que seja suficiente para todo o ano. Com a demanda do ensino regular, a cada domingo, se alguém deseja somente contar histórias, ao invés de lê-las, com certeza seu padrão de qualidade irá decrescer. As adaptações não serão tão bem-feitas, suas palavras se distanciarão das palavras originais do autor. Enfim, não conseguirá preparar histórias tão boas quanto poderiam ser. Mas, se o professor se convence do valor das histórias lidas, um pesado fardo cai dos seus ombros. Ele poderá se preparar melhor, usará as palavras exatas do autor, e apreciará a história, juntamente com as crianças, usando o tempo que lhe restou para outros assuntos importantes. 
Para aqueles que perguntam: ‘E a comunicação direta, o contato nos olhos, que, supostamente, torna a história contada superior à história lida?’, a resposta é que realmente não sabemos. Nas universidades existem várias pesquisas a respeito dos métodos de apresentação da informação — palestras, debates, filmes, leitura programada, televisão, rádio, instrução orientada por computador. De todos estes numerosos estudos, se obteve uma conclusão geral de que ‘qualquer método de ensino é tão bom quanto outro’, quando o conteúdo abordado é o mesmo (The Psychology of Teaching Methods — A Psicologia dos Métodos de Ensino — Sociedade Nacional para o Estudo da Educação, Editora da Universidade de Chicago). Concluíram que é hora de deixarmos de comparar os métodos de ensino, estudando como cada método pode ser usado de forma mais proveitosa.” (BEECHICK, Ruth. Como ensinar crianças do Jardim de Infância: Compreendendo e educando crianças de 4 e 5 anos. Rio de Janeiro: CPAD, 2003,  p.67)
O ideal é que o professor, conhecedor da sua turminha, observe o que melhor se encaixa para seus alunos terem um aprendizado bíblico signifivativo.
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Jardim de Infância

Lição 11 - 1º Trimestre 2020 - Jesus é Poderoso! Primários.

Lição 11 - Jesus é Poderoso! 

1º Trimestre de 2020
Objetivo: Que o aluno aprenda que Jesus tem poder sobre a morte e as doenças.
Ponto central: Jesus é poderoso para fazer milagres. 
Memória em ação: “[...] para Deus tudo é possível” (Mt 19.26).
Querido(a) professor(a), na lição do próximo domingo vamos não apenas alimentar a fé dos pequeninos, porém, a nossa própria. A fé vem pelo ouvir, e ouvir a Palavra de Deus (Rm 10.17. Além do mais, quão maravilhoso é trazer à memória o que nos dá esperança (Lm 3.21). 
Certamente recordar alguns milagres extraordinários do Senhor nos inspira e nos renova na espera do milagre dEle também nas nossas vidas. Pode parecer só uma frase de efeito, e na boca de alguns realmente é, mas não deixa de ser acima de tudo uma verdade poderosa: JESUS CRISTO É O MESMO! Ele não mudou; ainda é o Deus do seu primeiro amor, o Todo-Poderoso que faz da estéril mãe de filhos, dá vista aos cegos, faz paralíticos andarem, Ele cura câncer, depressão, muda qualquer situação, com apenas uma única palavra. 
Traga à sua memória as infinitas vezes que Ele foi DEUS na sua vida; que te tirou do fundo do poço, mudou a sua sorte, transformou maldição em bênção, etc. As crianças percebem quando as ensinam algo só da boca pra fora ou quando também é latente no coração de seus ensinadores. Por isso, antes de preparar esta lição e semear fé em seus primários, analise a sua! 
Que petições você já deixou de lado em oração porque no fundo já não crê mais que receberá uma resposta?! Que área da sua vida tem te desanimado e parece que Deus já não está lá?! Em que caso você precisa ter sua fé em Cristo restaurada?! Confesse diante do Senhor, que certamente está desejoso de te avivar!
Recomendamos que nesta aula, você reserve um momento para pedidos de orações das crianças. Esse é um momento muito importante. Alguns adultos menosprezam as necessidades e pedidos dos pequeninos, mas Deus não. 
Recordo de uma criança, que há mais de uma década, em minha turma de Jardim de Infância (4 e 5 anos) sempre pedia oração para que seu pai voltasse para casa. A mãe da pequena até mesmo brigava, tentava convencer a nós professoras a não orar por tal pedido. Contudo, a pequenina tinha toda fé que o Senhor Deus iria restaurar sua família. Porque afinal, “[...] para Deus tudo é possível” (Mt 19.26). E é com muita alegria que vos digo que este casal hoje é um dos mais unidos e atuantes da igreja, já tiveram outra filha (hoje com mais de 8 anos), e minha “aluninha”, atualmente com 20, cresceu com esse glorioso testemunho, com a ciência e absoluta fé de que o Senhor pode todas as coisas!
Esse mesmo Deus quer operar em sua vida e nos lares e histórias de seus pequeninos, através de você! 
Creia e inflame também o coração de sua turma com a certeza de que para o Todo-Poderoso, o nosso Senhor Jesus, tudo é possível. Oramos e cremos com toda certeza de que também da sua sala de aula sairão testemunhos como este. 
Abra sempre espaço para que as crianças também compartilhem as respostas de suas orações. A cada fim ou início do encontro, pergunte se alguém deseja compartilhar ou agradecer por alguma bênção ou oração respondida. A gratidão também é uma lição maravilhosa a ser aprendida para uma vida espiritual abundante em Cristo.
O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula!
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Primários da CPAD

Lição 12 - 1º Trimestre 2020 - Zacarias – o Reinado do Messias - Juvenis.

Lição 12 - Zacarias – o Reinado do Messias 

1º Trimestre de 2020
“E, quando o Filho do Homem vier em sua glória, e todos os santos anjos, com ele, então, se assentará no trono da sua glória; e todas as nações serão reunidas diante dele [...]” (Mt 25.31, 32a).
OBJETIVOS
Explicar as profecias messiânicas e seu cumprimento;
Ensinar que os planos de Deus para o seu povo não mudam;
Apresentar as promessas futuras para o fortalecimento da fé.
ESBOÇO DA LIÇÃO
1. CONTEXTO HISTÓRICO
2. ESTRUTURA DO LIVRO
3. A MENSAGEM DE ZACARIAS 
Além de todo o conteúdo programático presente em sua revista, deixamos abaixo mais um auxílio, trecho de um artigo – acerca das profecias de Zacarias sobre o reinado milenar do nosso Messias –, escrito pelo pastor Ciro Sanches Zibordi, autor de diversos livros bestssellers publicados pela CPAD.
QUAIS SERÃO AS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO MILÊNIO?
1. Paz abundante (Is 54.13). Toda e qualquer oposição a Cristo será coibida. Não haverá a supremacia de uma nação, como vemos hoje. Embora a sede do governo seja Jerusalém, é Jesus quem reinará sobre a Terra, e não Israel: “naquele dia um só será o Senhor, e um só será o seu nome” (Zc 14.9). Não haverá nenhuma guerra (Ez 39.9,10; Is 2.4; Mq 4.3,4). O Egito e a Assíria — que hoje compreendem parte dos territórios da Síria e do Iraque — temerão ao Senhor, ao lado de Israel (Is 19.21-25). O que hoje é inconcebível, haja vista essas nações, em suas atuais configurações, representarem uma ameaça constante ao povo israelita, se tornará realidade.
2. Justiça para todos. Segundo a Palavra de Deus, o Rei dos reis “julgará com justiça os pobres, e repreenderá com equidade os mansos da terra, e ferirá a terra com a vara de sua boca, e com o sopro dos seus lábios matará o ímpio” (Is 11.2).
3. Grande fertilidade no gênero humano e moradia para todos. “E as ruas da cidade se encherão de meninos e meninas, que nelas brincarão” (Zc 8.5; cf. Jr 30.19; 33.22; Os 1.10; Is 60.22; 65.22). Todos terão um lugar para morar: “E edificarão casas e as habitarão; plantarão vinhas e comerão o seu fruto. Não edificarão para que outros habitem, não plantarão para que outros comam, porque os dias do meu povo serão como os dias da árvore, e os meus eleitos gozarão das obras das suas mãos até à velhice” (Is 65.21,22).
4. Longevidade e saúde (Zc 8.4,5; Is 65.19,20,22). Hoje há muitas enfermidades, todas decorrentes dos efeitos deletérios do pecado. O germe deste ainda estará no coração dos povos naturais; contudo, ele não mais terá poder sobre o corpo das pessoas: “E morador nenhum dirá: Enfermo estou; porque o povo que habitar nela será absolvido da sua iniquidade” (Is 33.24). A morte, pois, será uma exceção, e não uma regra (Is 65.20).
5. Ausência do instinto de ferocidade dos animais (Is 11.6-9; 35.9; 65.25; Ez 35.25). Eles não mais se atacarão nem serão agressivos quando os seres humanos deles se aproximarem; voltarão a comer ervas (Gn 1.30).
6. Prevalência do pecado entre os povos naturais. Satanás, o Tentador, estará preso, mas a natureza caída continuará a mesma nos povos naturais. Em razão das bênçãos do reinado e da presença pessoal de Cristo, a atividade pecaminosa será bem pequena: uns casos aqui e ali. Além disso, haverá grande temor, pois o Senhor agirá com rigor em relação àqueles que pecarem (Ap 19.15). 
Em Isaías 65.20 está escrito: “Não haverá mais nela criança de poucos dias, nem velho que não cumpra os seus dias; porque o jovem morrerá de cem anos, mas o pecador de cem anos será amaldiçoado”. Esta profecia enfatiza que haverá morte no Milênio, não obstante a implícita menção do prolongamento da duração da vida humana (uma pessoa de cem anos será considerada jovem). Além disso, ela revela que existirão pecadores no mesmo período.
De acordo com Zacarias 14.17, o pecado não será removido da Terra no Reino Milenar. Nesta profecia vemos que haverá total ausência de chuva para as nações que não subirem a Jerusalém para adorar o Senhor. E isso é uma prova de que existirão desobedientes no Milênio. E eles serão punidos. O Senhor não obrigará ninguém a adorá-lo; Ele continuará respeitando o livre-arbítrio (Zc 14.16-18; cf. Dt 30.19; 2 Cr 7.14,15). No entanto, como Ele é o único Rei e Senhor — e essa verdade será ainda mais patente no Milênio —, quem não quiser adorá-lo sofrerá as consequências de sua má escolha (Zc 14.19; cf. Is 1.19,20).
Maranata!
O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula.                               
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Juvenis da CPAD

quarta-feira, 11 de março de 2020

Lição 11 - 1º Trimestre 2020 - A Amiga que me deu uma grande notícia - Juniores.

Lição 11 - A Amiga que me deu uma grande notícia 

1º Trimestre de 2020
Texto Bíblico – João 20.1-18.
Prezado(a) professor(a),
Na aula desta semana seus alunos conhecerão mais um pouco a respeito de uma pessoa que teve o privilégio de ser a primeira a ver Jesus Cristo após a ressurreição. Maria Madalena é umas das pessoas relatadas na Bíblia que demonstraram uma genuína transformação após encontrar Jesus.
O amor de Deus é imensurável, não temos como medir ou determinar limite para esse amor. Enquanto o ser humano impõe alguns critérios ou condições para amar e perdoar o seu próximo, Deus, em sua graça e misericórdia, mantém-se imutável na sua forma de se relacionar com as pessoas.
O exemplo de fé deixado por Maria nos ensina muitas lições. E primeiro lugar é possível notar o quanto Maria foi grata ao Senhor por tê-la libertado das cadeias espirituais. Maria Madalena havia sido liberta de sete demônios, conforme revela o evangelista Lucas (Lc 8.2). Ela contribuiu prontamente para o ministério de Jesus, ajudando com as outras mulheres no que fosse necessário. Mesmo na morte de Jesus, Maria se mostrou disposta a estar presente acompanhando tudo de longe (Mt 27.55,56). E, por fim, no momento do seu sepultamento e ressurreição, Maria estava presente se preocupando em cuidar do corpo de Jesus (Mc 15.47; Mt 28.1-7). 
Mas por que será que Jesus apareceu primeiramente à Maria? A Bíblia de Estudo Pentecostal (1995, p. 1612), discorre:
A primeira pessoa que Jesus aparece depois da ressurreição é Maria Madalena. Ela não foi uma pessoa de notável destaque nos evangelhos. Mesmo assim, Jesus lhe aparece em primeiro lugar, antes de se revelar a alguns dos principais dos discípulos. Através dos tempos, Jesus manifesta a sua presença e amor de modo especial aos “menores”. O povo especial de Deus consiste de desconhecidos, que, como Maria na sua tristeza, mantém amor e devoção inabaláveis ao seu Senhor.
Deus surpreende a lógica humana quando decide chamar para trabalhar em sua obra, pessoas que aos olhos humanos não possuem a competência necessária para realizar grandes feitos. O próprio exemplo de Jesus revela esta verdade. O que um carpinteiro vindo de uma pequena aldeia em Nazaré poderia saber com relação às Escrituras Sagradas ou mesmo no que diz respeito do Reino Celestial? Mas Deus chama as coisas que não são para confundir as que são. O Senhor é perfeito em tudo o que faz.
Convide seus alunos a escreverem numa folha de papel A4 quais são as qualidades e habilidades que possuem na obra de Deus. No verso da folha, eles deverão registrar o que não sabem ou não conseguem fazer porque acham que é muito difícil. Ao final, os alunos deverão trocar a folha com um colega e orarem um pelos outros para que Deus os capacite a superar suas limitações.

Lição 11 - 1º Trimestre 2020 - Preservando a Salvação - Pré Adolescentes.

Lição 11 - Preservando a Salvação 

1º Trimestre de 2020
A lição de hoje encontra-se em: Hebreus 12.2,3. 
Prezado(a) professor(a),
Na aula desta semana seus alunos terão a oportunidade de aprender um pouco mais a respeito da salvação. Como já comentamos em lições anteriores, a salvação é resultado da graça de Deus que intervém na vida do pecador, trazendo-o de volta à comunhão com o seu Criador (cf. Ef 2.8). Entretanto, o salvo tem a responsabilidade de viver uma vida santa de acordo com os preceitos da Palavra de Deus.
Temer a Deus é uma importante lição que seus alunos devem aprender desde cedo. A salvação é preservada na vida do crente à medida que este vence as tentações e permanece no Senhor. Para tanto, deve obedecer ao ensinamento deixado por Cristo aos seus discípulos no tocante à vigilância e à oração (cf. Mt 26.41). De acordo com Eurico Bergstén (1999, pp. 200-01):
“O crente deve vigiar. A Bíblia diz: ‘Bem-aventurado aquele que vigia e guarda as suas vestes, para que não ande nu’ (Ap 16.15). Embora sejamos salvos e tenhamos nossos pés colocados sobre a Rocha (cf. Sl 40.2; Mt 7.24,26), devemos reconhecer a nossa inteira dependência de Deus e pedir: ‘Guardem-me continuamente a tua benignidade e a tua verdade’ (Sl 40.11). Precisamos vigiar e orar (cf. Mt 25.33; Ef 6.18; 1 Pe 4.7) em todo o tempo (Lc 21.36), diante dos ataques constantes do Diabo (cf. 1 Pe 5.8). Nosso espírito está pronto, mas nossa carne é fraca (cf. Mt 26.41). Jesus, porém, prometeu que se o pai da família vigiar por causa do ladrão, a sua casa não ficará minada (cf. Mt 24.43). Deus ajuda ao que vigia.
[...] Um propósito firme gera firmeza de coração, a qual proporciona poder sobre a vontade própria (cf. 1 Co 7.37). Foi com esse propósito que Daniel ficou firme e fiel a Deus no palácio da Babilônia (cf. Dn 1.8). Foi também com esse propósito que Rute decidiu não se afastar da sua sogra Noemi, quando esta pretendia voltar à Terra Prometida (cf. Rt 1.16-18). Esse propósito firme não significa que o crente tem de lutar com o seu próprio poder. A Bíblia diz que Deus cumpre ‘com poder todo propósito de bondade e obra de fé’ (2 Ts 1.11 – ARA). O mesmo Deus que opera o querer opera também o efetuar (cf. Fp 2.13). É Ele quem nos aperfeiçoa para que façamos a sua vontade, operando em nós o que lhe é agradável (cf. Hb 13.21). Dessa maneira o crente se torna forte para resistir ao Diabo (cf. Tg 4.7), que assim fugirá. O crente recebe força de Deus para se ‘enfrear’ (cf. Sl 39.1) e fugir do mal (cf. 1 Tm 2.22), assim se conservando no caminho do Senhor (cf. 1 Jo 5.18)”.
Com base nessas informações, converse com seus alunos a respeito do que eles têm feito para se distanciar do mal e não pecar. Explique que Deus estará presente em todos os momentos para ajudá-los no que for necessário, mas é extremamente importante que cada um faça a sua parte e vigie.
Tenha uma boa aula!

Lição 11 - 1º Trimestre 2020 - O Perdão - Adolescentes.

Lição 11 - O Perdão 

1º Trimestre de 2020
ESBOÇO DA LIÇÃO
1 – SOMOS TODOS PECADORES
2 – SEJA SINCERO COM VOCÊ MESMO
3 – NÃO HÁ LIMITE PARA PERDOAR
4 – PERDOAMOS PORQUE JÁ FOMOS PERDOADOS
OBJETIVOS
Destacar que somos todos pecadores;
Conscientizar que precisamos ser sinceros diante de Deus;
Mostrar que perdoamos porque já fomos perdoados.
SOBRE O PERDÃO ENSINADO POR JESUS
Wagner Tadeu dos Santos Gaby
Eliel dos Santos Gaby
Jesus ensina a perdoar quantas vezes forem necessárias, mas que isso também deve ser feito de coração. Devemos perdoar com liberalidade e com sinceridade. Os servos de um rei eram oficiais de alta posição a serviço do imperador. Alguns deles, muitas vezes, em determinadas ocasiões, podiam tomar grandes quantias de dinheiro emprestadas do tesouro imperial. Nesta parábola, a quantia mencionada por Jesus é, mais uma vez, deliberadamente dada com exagero. É uma hipérbole que visa tornar mais vívido o contraste com o segundo débito – cem dinheiros.
É difícil achar um equivalente no sistema monetário moderno, mas o Comentário Beacon compara um talento com cerca de “dez milhões de dólares” americanos. Trata-se de uma dívida impagável. O que Cristo quer ensinar é a completa falta de esperança de pagarmos o incomensurável débito que geramos por causa de nossos pecados, até que ele fosse perdoado gratuitamente por Deus, por intermédio da morte de Cristo na cruz do Calvário.
Agora o Senhor passa para outro personagem. Ele tem uma dívida de “cem dinheiros” para com aquele cuja dívida era impagável. Cem denários trata-se de uma moeda romana. Mais uma vez o Comentário Beacon faz uma atualização e o atualiza para “vinte dólares americanos” – “uma soma insignificante comparada àquela que o oficial da corte devia ao rei”. Contudo, aquele que teve sua dívida perdoada agora resolve ser absolutamente incompreensivo. Recusa-se a dar um prazo e ainda mandou que o seu servo fosse lançado na prisão.
Os demais servos, ao sentirem-se revoltados pela atitude injusta do credor incompasivo, levam o assunto até o conhecimento do rei. O credor acaba recebendo o castigo que merece. Jesus termina com a advertência de que Deus fará o mesmo quando não perdoarmos cada um de nossos irmãos que nos ofendem.
Texto extraído da obra “As Parábolas de Jesus: As verdades e princípios divinos para uma vida abundante.” 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2018”.

Lição 11 - 1º Trimestre 2020 - Ageu – o povo da Aliança tem uma responsabilidade com Deus - Juvenis.

Lição 11 - Ageu – o povo da Aliança tem uma responsabilidade com Deus 

1º Trimestre de 2020
“Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor” (1 Co 15.58).
OBJETIVOS
Destacar o Reino de Deus como a prioridade de nossa vida;
Estimular aos alunos a ficarem firmes e constantes na obra do Senhor;
Encorajar os desanimados a prosseguirem no propósito de Deus.
ESBOÇO DA LIÇÃO
1. CONTEXTO HISTÓRICO
2. ESTRUTURA DO LIVRO
3. A MENSAGEM DE AGEU 
Além de todo o conteúdo programático presente em sua revista, deixamos abaixo mais um auxílio, acerca da importância de sermos abundantes, buscando nos aprimorar mais e mais na obra do Senhor, nas sábias palavras do saudoso mestre e pastor Antônio Gilberto.
Ministério dinâmico
Antes de tudo, é importante destacar que a Bíblia afirma a necessidade de o obreiro dinamizar o seu ministério. Paulo, por exemplo, em Filipenses 3.13,14, escreve: “E avançando para as que estão diante de mim, prossigo para o alvo”. E em Romanos 11.13, ele diz: “...enquanto for apóstolo dos gentios, glorificarei o meu ministério”. Ou seja, o obreiro deve avançar no seu ministério e procurar "glorificá-lo".
Em 1 Coríntios 12.31, Paulo disse: “...e eu vos mostrarei um caminho ainda mais excelente”. Aqui, depois de falar sobre os dons espirituais, ele estava apresentado o amor como "um caminho ainda mais excelente". Mas, o que quero destacar nessa passagem é que o apóstolo estimula seus leitores a buscarem "um caminho ainda mais excelente". 
Em Jeremias 3.15, o profeta fala de "pastores (...) que vos apascentem com ciência e com inteligência". E 1 Crônicas 19.10 diz: “...fez escolha dentre os mais escolhidos de Israel”. Portanto, Deus deseja que seus servos sirvam com ciência, inteligência e sejam selecionados entre os melhores (a fim de serem exemplos para os demais escolhidos).
Mas, como o obreiro do Senhor pode melhorar o seu desempenho?
Ele deve melhorar a si mesmo como pessoa; melhorar o seu preparo; melhorar o seu desempenho, como exemplo para os demais (1Pe 5.3). Vamos, refletir em atitudes simples que o ajudarão nesse sentido.
1) O Obreiro deve ler muito 
Todo obreiro deve ler muito. Ler sempre, e acima de tudo, a Bíblia. Mas também ler livros comuns, dicionários, comentários, manuais, atlas, gramáticas, devocionais, jornais, revistas, etc. Paulo disse a Timóteo: "Persiste em ler" (1Tm 4.13).
O primeiro livro do Novo Testamento inicia com a palavra “livro” (Mt 1.1). E em 2 Timóteo 4.13, Paulo no final de seu ministério, no seu último livro, nos momentos finais de sua vida, falou sobre a importância da leitura para ele: "Quando vieres, traze a capa que deixei em Trôade, em casa de Carpo, e os livros, principalmente os pergaminhos".
2) O Obreiro deve cursar formalmente, e continuar seus estudos como um bom autodidata. 
Fazer cursos bíblicos e também cursos seculares. Em Êxodo 5.1, observamos Moisés comparecendo perante Faraó, rei do Egito, o país mais desenvolvido daquela época, e ele era um homem preparado (At 7.22).
Em Atos 17.15, vemos Paulo em Atenas, o maior centro cultural daquela época. Paulo era um homem preparado.
Apolo, em Atos 18.24,25, é descrito como “eloquente, poderoso nas Escrituras, e ensinava”.
3) O Obreiro deve fazer sempre sua autocrítica –
É possível fazer isso de várias maneiras (seja através do próprio confronto com as Sagradas Escrituras no momento de sua leitura devocional, ou orando, dando ouvidos às pessoas que lhes são mais próximas e confiáveis, acerca de suas queixas a respeito de seu temperamento e conduta, etc. O imprescindível é que tal autoanálise seja sempre feita, a fim de que o orgulho e a vaidade não lhes ceguem e cauterizem o seu coração, até que se torne uma pessoa como a que Jesus confrontou: 
[...] por que reparas tu no argueiro que está no olho do teu irmão e não vês a trave que está no teu olho? Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, estando uma trave no teu?  Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho e, então, cuidarás em tirar o argueiro do olho do teu irmão”, Mt 7.3-5).  
4) O Obreiro deve conviver próximo a pessoas espirituais e cultas 
Aprendemos muito com as pessoas que escolhemos conviver, pessoas espirituais e cultas em cultura bíblica, e também secular; cultura polivalente. Geralmente, tais pessoas são simples na sua maneira de ser. O obreiro também deve frequentar ambientes culturalmente elevados. 
Em Colossenses 4.7-18, podemos observar aqui os obreiros auxiliares que cooperavam, acompanhavam e assistiam o apóstolo Paulo nos seus trabalhos e nas suas viagens: Tíquico, vv 7,8; Onésimo, v.9; Aristarco, v.10; Marcos, o sobrinho de Barnabé, v.10; Jesus, chamado Justo, v.11; Epafras, v.12; Lucas, o médico amado, v.14; Ninfa, v.13 (no original, o nome Ninfa está no caso acusativo de declinação gramatical (Nymphan); daí não se saber se trata de nome masculino (Nymphas) ou o nome feminino (Nympha) (É o mesmo caso de Romanos 16.7, onde lemos “Júnia”. No original, está no caso acusativo: "Ioyniam").
O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula.     
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Juvenis da CPAD

Lição 11 - 1º Trimestre 2020 - A Cura No Ministério de Jesus Cristo - Jovens.

Lição 11 - A Cura No Ministério de Jesus Cristo 

1º Trimestre de 2020
Introdução
I-A origem e a natureza das enfermidades
II-A cura divina como parte da salvação
III-Jesus cura os enfermos
Conclusão
Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivos:
Apresentar a origem bíblica das doenças;
Demonstrar a possibilidade de relação entre salvação e curas;
Refletir sobre o ministério de cura de Jesus.
Palavras-chave: Jesus Cristo.

Para ajudá-lo(a) na sua reflexão, e na preparação do seu plano de aula, leia o subsídio de autoria de Telma Bueno:
INTRODUÇÃO
Vivemos em um século onde podemos ver e experimentar o avanço da medicina aliado às novas tecnologias. Na atualidade, os hospitais dos grandes centros urbanos já podem contar com robôs cirurgiões e estes realizam procedimentos de alta complexidade com alta precisão. Contamos também com a chamada inteligência artificial, capaz de armazenar dados do paciente na nuvem, o que permite que os especialistas, de diferentes nações, troquem informações em tempo real, ajudando no diagnóstico de muitas patologias. Temos visto o tratamento, a cura e a prevenção de doenças graves, como por exemplo, a hanseníase que, nos tempos bíblicos, oprimiam as pessoas e as tiravam do convívio familiar. Contudo, ainda não é possível controlar algumas epidemias, dores e o sofrimento humano diante das enfermidades. As moléstias físicas e emocionais continuam a trazer dor, tristeza e opressão, tanto nos países do chamado G8, oito países mais ricos do mundo, como por exemplo, os Estados Unidos, Alemanha e China, seja entre os  países mais pobres do mundo, como o Níger, no continente africano. 
Neste capítulo, mostraremos que a cura divina, diante do avanço da medicina e tecnologia, continua fazendo parte do plano divino de redenção da humanidade. Porém, diante desse tema, algumas pessoas ainda fazem os seguintes questionamentos: Por que os milagres de cura não são tão recorrentes como nos tempos de Jesus? O que mudou? Acreditamos que Jesus não mudou. Cremos que Ele continua a curar as enfermidades do corpo e da alma e, aqui, veremos a cura divina como uma parte importante do ministério de Jesus Cristo. 
I – A ORIGEM E A NATUREZA DAS ENFERMIDADES
A origem das enfermidades
Antes de criar o homem, Deus preparou um lugar perfeito para que fosse sua habitação. O Senhor não somente criou um lugar perfeito, mas criou também um ser perfeito, saudável e colocou nele a sua imagem e semelhança. Antes da Queda podemos ver o primeiro casal desfrutando de uma vida feliz e harmoniosa, com a natureza, com o Criador e entre si, como cônjuges. Então, o que deu errado? O pecado entrou no mundo. As doenças físicas e emocionais são uma consequência direta da Queda. 
O Criador nos deu o livre-arbítrio, temos o direito de fazer escolhas, mas precisamos ter muito cuidado, pois toda escolha traz consequências, seja na vida espiritual ou física. O primeiro casal quebrou um princípio divino, quando princípios são quebrados adoecemos, seja no corpo, na alma ou no espírito. No caso de Adão e Eva podemos ver que o mundo, até então perfeito, acabou por ruir completamente e agora segundo o autor Ken Ham 1, “o sofrimento e a morte abundavam nessa criação antes perfeita.” Com o pecado veio a morte, o sofrimento e as moléstias. Não fomos criados para morrer e nem para sofrer, mas para viver eternamente e ter uma vida abundante, por isso não sabemos lidar com a morte e muito menos com as doenças (Gn 2.17). Ao criar o primeiro casal, Deus também concedeu a eles uma missão: governar a Terra, cultivar o solo e guardar o jardim do Senhor (Gn 1.26; 2.15). Fica evidente que para cumprir tal missão eles precisavam de saúde física, espiritual e emocional. 
O mundo, depois da Queda, jamais seria o mesmo, isso é um fato. Segundo o teólogo Vernon Purdy “ao entrar em cena o pecado, a humanidade começou a sofrer.” Ao lermos as Escrituras Sagradas fica claro que as enfermidades físicas e mentais são resultado do pecado, das escolhas erradas do primeiro casal. Entretanto Deus é bom e misericordioso; já no Éden Ele havia prometido e providenciado um Redentor que levaria sobre si as nossas dores e maldições. O pecado de Adão e Eva trouxe consequências drásticas sobre a humanidade e a natureza. Entretanto, olhando para o mundo antediluviano, podemos ver que a Terra, apesar de amaldiçoada com cardos e espinhos (Gn 3.18), ainda permaneceu fértil e tal fato é uma dádiva do Criador. Segundo o livro de Gênesis, parece que não havia carência de alimentos e tudo indicava que as pessoas comiam e bebiam à vontade: “Porquanto, assim como, nos dias anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca” (Mt 24.38). Acreditamos, com isso, que a fartura de alimentos foi um dos elementos que contribuiu para que as gerações até Noé tivessem saúde e longevidade. Na genealogia de Sete vemos que algumas pessoas viveram por quase mil anos, como por exemplo, Metusalém (Gn 5.27). A longevidade destas gerações fez com que a corrupção se alastrasse pelo mundo como uma espécie de erva daninha. Então, Deus puniu o pecado daquelas gerações com o dilúvio. Depois desse episódio, na genealogia dos filhos de Noé (Gn 10), já não encontramos mais o tempo de vida dos seus descendentes.  
Sofrimento físico é resultado da ira divina?
No Antigo Testamento é bem explícito a associação que as pessoas faziam entre o sofrimento físico, o pecado e a ira divina. Tomemos como exemplo o caso de Miriã. Ela ficou leprosa depois de questionar a atitude de Moisés em se casar com uma mulher cuxita, etíope (Nm 12). Também podemos ver o exemplo do rei Uzias que foi acometido de lepra depois de ter cometido um grave pecado (2 Cr 26.16-19). Observe o que nos diz Vernon Purdy 2 a esse respeito:
[...] em Salmos 38.3, “o vínculo entre o pecado e o castigo é expresso mais enfaticamente no paralelismo do verso 4, onde a indignação divina e o pecado humano estão ligados entre si como um diagnóstico espiritual primário de uma doença física. Outro exemplo desse fenômeno acha-se em Salmos 107.17: “Por causa das suas iniquidades são afligidos”. Aqui, “aflição” significa “enfermidade” e demonstra que “esse versículo enfatiza a conexão entre a enfermidade e o pecado.”
No livro de Jó vemos que os seus amigos, Elifaz, Bildade e Zofar, reforçam a ideia de que as enfermidades e o sofrimento são resultados de iniquidades contra Deus e fruto da ira divina. Eles acusam o servo de Deus de ter cometido algum pecado, pois segundo a cosmovisão deles os justos não passam por aflições, mas somente os perversos e transgressores. Os amigos de Jó fizeram de tudo para que ele reconhecesse algum pecado que tivesse cometido.  Sabemos que tal maneira de pensar é equivocada. Infelizmente, na pós-modernidade, com a propagação da enganadora Teologia da Prosperidade, muitos também passaram a pensar como os amigos de Jó. Porém, é importante lembrar que Elifaz, um dos amigos de Jó, foi severamente repreendido pelo Senhor (Jó 42.7). 
Quando Jesus deu início ao seu ministério terreno as pessoas também pensavam dessa forma, acreditando que somente os perversos eram acometidos pelas enfermidades. Jesus tem poder para curar toda e qualquer enfermidade, mas tal poder não nos isenta das adversidades e das doenças. No Novo Testamento as pessoas também associavam as enfermidades a pecados cometidos e à ira de Deus. 
Tomemos como exemplo o capítulo 9 do Evangelho de João.  Jesus estava passando com seus discípulos quando viu um homem cego. Por onde o Mestre caminhava havia sempre uma grande multidão, mas esta não impediu que Jesus olhasse para um pobre cego. Este episódio nos mostra que, em seu ministério terreno, Jesus sempre acolheu os doentes, os pobres e marginalizados.  O Filho de Deus veio para os pobres e os excluídos, para aqueles que eram  desprezados e colocados à margem da sociedade no tempo em que Jesus exercia seu ministério terreno, como os cegos, leprosos e aleijados. Os discípulos de Jesus, ao verem o cego da narrativa, demonstraram outro tipo de preocupação. Eles queriam saber: “Rabi, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego?” Vejamos o que Lawrence Richards tem a nos dizer a esse respeito: 
“Aqui também há algo especial para nós. Os discípulos, depois de verem o homem nascido cego, foram levados a fazer uma interessante pergunta teológica. A crença popular sugeria que a deficiência deste homem era devida ao pecado em sua vida. Mas, como ele nasceu cego, como poderia ter merecido esta punição? Ele foi punido por algum pecado dos seus pais? Ou quem sabe algum pecado que Deus sabia de antemão que o homem iria cometer? O que é importante aqui não é a resposta que Jesus deu — de que a cegueira não era punição por nenhum pecado, mas que servia como oportunidade para glorificar a Deus. O que é importante é o fato de que quando os discípulos viram o sofrimento — sua curiosidade, e não sua compaixão, foi despertada.A luz que Jesus traz, e na qual nós devemos andar, deve mudar radicalmente as nossas prioridades. Resolver enigmas teológicos, e até mesmo estar ‘certos’ em nossas interpretações sobre as Escrituras, deveria ser menos importante para nós do que exibir a compaixão e a preocupação pelos outros, que as ações de Jesus constantemente revelam.”3
Enfermidades do corpo
Em Êxodo 15.26, Deus se revela ao seu povo como “Eu sou o Senhor, que te Sara”. Havia uma promessa para o povo do Senhor, se ele andasse conforme os preceitos do Todo-Poderoso, jamais seria acometido das enfermidades ou pragas que foram lançadas entre os egípcios. Tal fato nos mostra a bondade do Pai e o quanto Ele deseja que o seu povo seja saudável. Entretanto não podemos nos esquecer que o cuidado com a saúde física e mental sempre foi, e sempre será, uma responsabilidade do ser humano. Nosso corpo é templo do Espírito Santo (1 Co 6.20). Então, é nossa responsabilidade cuidar muito bem dele. Deus quer que tenhamos saúde, mas cabe a nós tomar as decisões certas, fazendo escolhas sábias que não prejudiquem nossa saúde física ou emocional. A Palavra de Deus nos garante que um dia nós teremos um corpo glorificado, não mais sujeito aos males deste mundo e às doenças. Mas, enquanto esse dia não chega, devemos fazer a nossa parte. 
Ao ler o livro de Levítico vemos que o Senhor deu aos israelitas uma lista dietética (Lv 11). Qual era o propósito dessa lista? Privar as pessoas de alguns alimentos? A preocupação de Deus era com a saúde do seu povo; Ele preocupa-se com o nosso bem-estar físico e mental (Êx 15.26). 
Deus deu ao povo judeu numerosos mandamentos e seu significado médico só foi apreciado recentemente. Deuteronômio 23.13 ordenava que o soldado carregasse uma pá, de modo que todo excremento humano fosse enterrado. Levítico 13 ordenava o isolamento dos leprosos. Foi sugerido que a insistência da circuncisão levou a uma incidência muito baixa de câncer na cerviz entre as mulheres judias e que as proibições de casamento consanguíneos foram dadas para controlar o número de enfermidades hereditárias.4  
Jesus nasceu na Palestina, em um tempo em que o Império Romano dominava Israel. Havia tensão política e instabilidade social, tornando a vida das pessoas bem difícil. Mas, em meio às muitas crises, Jesus veio ao mundo restaurando a esperança de um mundo melhor, mais saudável em todos os aspectos. O Mestre viveu, exerceu seu ministério e cumpriu sua missão sacerdotal em uma sociedade em que havia muitos pobres, escravos e enfermos. Por isso, é comum ver nos Evangelhos que onde Jesus estava sempre havia grandes multidões, apertando-o e desesperada por uma cura. Observe o que nos diz Jeremiah Johnston 5 a esse respeito:  
A busca por cura de doenças e alívio de dor nos tempos antigos beirava o desespero, e não é difícil ver o por quê. Ruínas literárias e arqueológicas sugerem que, em uma dada época, cerca de um quarto da população do Império Romano estava doente, ferido ou, de alguma forma, necessitando de assistência médica. Escavações de túmulos, em que três ou quatro gerações de uma família foram sepultadas, frequentemente constatam que somente um terço dos membros de uma família atingem a idade adulta, e muitos dos que, de fato, atingiram a idade adulta não chegavam aos 40 anos. Pouquíssimas pessoas viviam até os 60 ou 70. Também devo mencionar que estou relatando aqui as ossadas dos ricos, não dos pobres. Se somente um terço dos membros de uma família opulenta atingia a idade adulta, devemos supor que a longevidade para os pobres era provavelmente muito menor. 
Jesus sabia que algumas enfermidades do seu tempo eram resultado de problemas ligados às questões sociais e econômicas, contudo Ele também deixou bem claro que algumas enfermidades eram de origem demoníaca (Mt 12.27). Mas para Jesus não importava a origem, a causa, pois Ele curava todos. 
Enfermidades da mente
Segundo o pastor Thiago Brazil “a Bíblia não é um manual de Psicologia, muito menos um livro preocupado em relatar quadros psicopatológicos”. Por isso, não vamos encontrar nos Evangelhos relatos específicos de curas de enfermidades da mente. Mas, em seu ministério terreno, certamente Jesus também curou pessoas que estavam acometidas de doenças mentais e emocionais. Sabemos que as enfermidades, sejam elas físicas ou mentais, são oriundas da Queda. Jesus, apresentado pelo profeta Isaías como o Cristo sofredor (Is 53), veio ao mundo para nos salvar e nos livrar da maldição do pecado. Logo, a cura divina faz parte da obra redentora de Jesus Cristo. Isaías diz que “verdadeiramente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si” (Is 53.4). Vejamos o que Vernon Purdy 6 tem a nos dizer a esse respeito:
A cura não deve ser considerada uma opção adicional, inteiramente à parte da nossa salvação. As Escrituras desconhecem um conceito de salvação que exclua todos os aspectos de natureza física. Semelhante conceito é um acréscimo filosófico ocidental à fé, e não uma definição bíblica de salvação. Dizer que Isaías 53.5 e 1 Pedro 2.24 falam exclusivamente de cura espiritual ou da salvação da alma, e não de cura física, é estabelecer uma dicotomia estranha entre as dimensões espiritual e física da existência humana, dicotomia esta que as Escrituras não justificam.
A sociedade moderna, em alguns países desenvolvidos, conta com sistemas de saúde eficazes, diferente do tempo em que Jesus desenvolveu seu ministério terreno. Entretanto, estamos vivendo em um século difícil e trabalhoso (2 Tm 3.1), onde temos visto o crescimento das chamadas doenças da alma, como por exemplo, a depressão, a ansiedade patológica, as fobias, o transtorno obsessivo compulsivo, etc. As doenças da alma não são visíveis, como são as fraturas de um braço ou uma perna, decorrentes de uma queda, contudo elas são reais, dolorosas e necessitam de tratamento. Segundo os profissionais de saúde mental, podemos dizer que a dor da alma é pulsante, porém metafórica; não sabemos exatamente onde dói, mas sabemos que vem de dentro para fora. 
Atualmente fazemos parte de uma geração que procura cuidar bem do corpo, tendo uma alimentação saudável e fazendo atividades físicas, o que é muito salutar. Contudo, em relação à alma, podemos dizer que poucos cuidam dela como deveriam. As pessoas se submetem a uma carga excessiva de trabalho, na igreja e na vida secular, passam horas vendo programas televisivos e séries carregadas de violência e não tiram um tempo para descanso da mente e nem para o lazer. Os resultados são os piores, comprometendo toda a saúde. 
Deus projetou nossas mentes para que trabalhem melhor quando seguimos as instruções fornecidas no nosso manual de instruções — a Bíblia. Infelizmente, no mundo de hoje, há tanta informação entrando em nossas mentes que o nosso pensamento fica enevoado e distorcido. Para pensarmos de uma maneira que leve à vida saudável, precisamos ter pensamentos saudáveis. Precisamos pensar corretamente, da mesma maneira como precisamos ingerir os alimentos corretos. Da mesma maneira como um corpo precisa ser limpo de toxinas que o prejudicam e impedem o seu bom funcionamento, a sua mente precisa ser limpa de pensamentos e informações que o impedem de viver da melhor maneira possível.7  
II  - A CURA DIVINA COMO PARTE DA SALVAÇÃO
Naamã e seu mergulho na fé
Encontramos no Antigo Testamento vários episódios de milagres e curas. Naamã, general do exercito da Síria, é apenas um deles. Ele foi curado, salvo de uma doença incurável no seu tempo, a hanseníase. É importante ressaltar que a palavra “salvar” tem um amplo significado, apontando para a obra redentora de Jesus Cristo. A palavra “salvar”, do latim salvare, tem como um dos seus significados libertar, redimir, pôr em um lugar seguro. E foi exatamente o que ocorreu com o general. Os sírios eram um povo idólatra que oprimia os hebreus, e a cura de Naamã foi uma demonstração de que o Deus de Israel é aquEle que salva, que socorre e resgata a todos que o buscam independente da nação a qual pertence. A enfermidade desse honrado homem, e que ocupava uma importante posição no governo do seu país, também nos mostra que os nossos títulos, ministérios, bens materiais, fama e posição social não nos isentam das mazelas da vida humana. 
Todos estão sujeitos às enfermidades; elas são o resultado da Queda. No caso de Naamã a sua cura dependia do cumprimento de uma ação determinada pelo profeta Eliseu. Para ser curado, era preciso mergulhar sete vezes no rio Jordão.  O general se mostra reticente em cumprir tal ordem, pois ele estaria expondo publicamente a sua condição.  Porém sabemos que Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes (Tg 4.6). Os milagres, os eventos sobrenaturais e as curas faziam parte da vida do povo hebreu, por isso podem ser vistos em todo o Antigo Testamento e cada cura apontava para a obra do Messias descrita em Isaías 53. 
As Escrituras ensinam que [...] eventos sobrenaturais faziam parte da vida do povo hebreu no Antigo Testamento. Ocorriam com alguma regularidade em cada geração de crentes do Antigo Testamento. Quando os fenômenos sobrenaturais deixavam de ocorrer, os escritores da Bíblia consideravam sua ausência como um sinal do juízo divino. Eis como o salmista se expressa: ‘Por que nos rejeitas, ó Deus, para sempre? Por que se acende a tua ira contra as ovelhas do teu pasto?’ (v.1). Então, após descrever o julgamento que caía sobre Israel, o salmista lamenta: ‘Já não vemos os nossos símbolos; já não há profeta; nem, entre nós, quem saiba até quando’ (Sl 74.9). Há um lamento similar em Salmos 77.7-10. Agora, porém, o salmista recusa-se a aceitar a ausência dos feitos sobrenaturais do Senhor. Ele, então, refere-se ao Senhor como o ‘Deus que opera maravilhas’ (v.14). Um dos piores julgamentos que poderia vir sobre Jerusalém foi registrado por Isaías: ‘Porque o Senhor derramou sobre vós o espírito de profundo sono, e fechou os vossos  olhos, que são os profetas, e vendeu as vossas cabeças, que são os videntes’ (Is 29.10). Não ter os benefícios do ministério dos profetas e dos videntes era considerado como um juízo desastroso da parte do Senhor. As Escrituras terminam com a introdução do Reino de Cristo. Introdução essa acompanhada de milagres e fenômenos sobrenaturais. O único registro divinamente inspirado que temos da vida eclesiástica é que milagres e orientações sobrenaturais eram relativamente comuns. O Reino de Cristo é apresentado com milagres. Mesmo que tivessem havido apenas dois períodos de milagres no Antigo Testamento, isso não provaria que o Reino de Cristo teria apenas um breve período de milagres. Tudo se transformou com a vinda de Cristo e de seu Reino. Ora, todas as coisas são possíveis àquele que confia. Dons de cura foram dados a toda a Igreja. Os anciãos devem ter um ministério regular de curas (Tg 5.14-16). Se houve um, quatro ou cinco períodos de milagres no Antigo Testamento, isso é irrelevante para se determinar se o Reino de Cristo deve ter milagres como parte normativa da vida eclesiástica. Isso deve ser determinado à base de declarações específicas do Novo Testamento.”8  
Como parte do processo de cura o profeta Eliseu pede que Naamã vá até o rio Jordão e mergulhe sete vezes em suas águas. As águas do rio Jordão não tinham nenhum poder curativo, seria apenas uma questão de fé, de obediência. Qual era o propósito do profeta ao estipular tal ordem? Chamar a atenção para si? Não! A cura do general deveria ser um acontecimento público, pois segundo o Comentário  Bíblico Moody 9 “o banho no Jordão enfatizava o poder de Deus para curar”. Todos deveriam ver e saber que só o Senhor é o Deus que cura! Na atualidade a fé em Jesus Cristo continua sendo uma condição essencial para a operação da cura divina. 
Na narrativa da cura de Naamã, aparece a figura de uma menina, uma escrava que servia à esposa de Naamã. Essa menina certamente foi arrancada de seu lar; levada cativa para uma nação inimiga. Contudo, ela se preocupa com o bem-estar do seu senhor e anuncia que em sua terra, na cidade de Samaria, havia um homem de Deus, um profeta que certamente restauraria a saúde de seu senhor (2 Rs 5.3). A menina estava revelando, à sua senhora, que em Israel havia um Deus que podia curar. Tal testemunho nos mostra que a jovenzinha deve ter ouvido, e até visto, alguns relatos de cura entre o seu povo, o que prova que os milagres eram comuns no Antigo Testamento. A menina escrava manteve a sua fé no Deus de Israel e por seu intermédio foi revelado aos sírios, um povo idólatra, o poder curador do Todo-Poderoso. 
O general sírio não apenas obteve a cura física, mas converteu-se ao Deus vivo (2 Rs 5.15-19). Tal verdade fica evidente em sua declaração: “Eis que tenho conhecido que em toda a terra não há Deus, senão em Israel” (v. 15).
A cura espetacular do general sírio, Naamã, mostrou que o Senhor pode dar vida à carne morta (‘a tua carne te tornará’, 2 Rs 5.10), que ele era gentil para com os estrangeiros e que o profeta não era mercenário como era a maioria dos profetas de Israel. Nenhum outro texto ilustra melhor o fato de que o profeta está livre do controle do povo, do que na recusa de Eliseu receber renumeração do general rico. O servo do profeta serviu de exemplo da tolice de agir mercenariamente com o ministério (2 Rs 5).10 
Salvação e restauração da saúde
No Evangelho de Mateus 9.18-26 encontramos o relato da cura de uma mulher que sofria com uma hemorragia havia doze anos. Jesus estava cercado por uma multidão e se dirigia para a casa de Jairo, pois sua filha estava gravemente enferma e precisava de uma cura. No caminho, Jesus é tocado por uma mulher cuja fé era extraordinária. A confiança da mulher encheu seu coração de ousadia e fez com que ela desconsiderasse a lei, pois tudo que uma mulher, em período menstrual ou com qualquer tipo de fluxo de sangue, tocasse, aquilo seria considerado cerimonialmente imundo. 
A condição da mulher era socialmente terrível, vivia de forma oprimida e era considerada como propriedade do homem; uma mulher jamais ousaria tocar em um mestre publicamente e ainda mais naquelas condições. Alguns historiadores afirmam que talvez essa devesse ter sido a razão de tamanho constrangimento ao ter que dizer, publicamente, que havia tocado em Jesus e sido, imediatamente, curada. A mulher teria que admitir, de forma pública, a sua imundícia, a sua vergonha. Pensa no quão difícil era sua situação? Contudo, tal relato bíblico mostra não somente a cura da enfermidade física da mulher que tinha um fluxo de sangue, mas também a salvação da sua alma, pois segundo o Comentário Bíblico Pentecostal 11 o fato de Jesus dizer à “mulher que ela tivesse ânimo, porque a fé dela a curou, o verbo aqui é sozo, e em outras passagens significa ‘salvar’”. Por que Jesus não permitiu que a cura da mulher passasse em segredo? Observe a nota abaixo:
Jesus não permite que o acontecimento se passe em segredo, ficando a mulher perdida na multidão. É necessário que a mulher apareça, fique em evidência, ascenda de sua humilhação. Exige que dê testemunho público à verdade. Não lhe basta somente a cura da enfermidade. Esta é apenas sinal de algo muito mais importante. A mulher, impedida de ser em sua própria identidade feminina e, além disso, marginalizada pelas leis e os costumes sociais, não pode ser deixada no anonimato. Invadida pelo “temor” face à maravilha que lhe acontecera e trêmula de medo pela consciência de sua condição e do seu lugar social, é chamada a ser maior do que ela mesma e revelar publicamente sua identidade: “Quem me tocou?” E Jesus lhe dirige a palavra, não se envergonha nem foge dela. Ao contrário, comunica-lhe o alvissareiro anúncio da paz messiânica, em termos muito próximos daqueles com que os antigos profetas anunciavam a salvação a Jerusalém (cf. Is 40,1-2; 54,1-6; 52,7-12 [...]). “Ir em paz” é fórmula de despedida, para seguir sob o olhar de Deus (cf. Jz 18,6; 2Sm 15,9; At 16,36), na certeza de que ele concede o que se pede (cf. 1Sm 170. Quem anuncia o Reino traz com a paz a restauração dos corpos e a comunhão (cf. Lc 10,5-11), que se vive mesmo nas aflições impostas pelo “mundo” (cf. 16,33; Jo 14,27). É, por excelência, a saudação do Resuscitado e comunica o Espírito e o levantamento do pecado (cf. Jo 20,19.21.26).12  
Na atualidade temos a tendência de tratar o ser humano como uma “estante, com várias prateleiras, compartimentos”. Porém, Jesus tinha uma visão correta do ser humano, sua visão era holística, sabendo que a enfermidade do corpo afeta a alma e também o espírito e vice versa. Por isso, sua cura não incluía somente o corpo, mas fica evidente que em algumas passagens dos Evangelhos, o milagre do Salvador era completo e apontava para algo ainda maior que a cura, a salvação da alma. 
Essas observações de modo algum deixam de ter interesse para o significado mais geral dos milagres no Novo Testamento que leva a sua expressão, de maneira extremamente diáfana e inequívoca, àquilo que acontece com toda e qualquer pessoa que chega a Jesus. Uma vez que não existe qualquer possibilidade de dividir o ser humano em corpo e alma, a corporeidade do ser humano é, para os Evangelhos, o patamar em que se projeta toda a salvação e o destino da pessoa, ou melhor, a corporeidade é o patamar no qual se desenrola e se torna palpável a salvação. Dessa forma, no milagre, coloca-se em evidência aquilo que ocorreu com o ser humano em seu todo. Por conseguinte, o milagre não é uma exceção à regra, mas traz algo à contemplação. Ele não fica de lado como uma ocorrência miraculosa no deserto, mas é como que o primeiro cume ou cimo numa cadeia de montanhas que vai se destacando ao sair da névoa matutina. No milagre, a pergunta pela tangibilidade da salvação recebe uma resposta exemplar e modelo. Porque o corpo e a alma não são separáveis, também este primeiro cume já merece o nome de salvação. Se alguém é curado dessa maneira, então ele ou ela já encontrou a Deus, e depois disso só pode ser curado de forma total. A salvação é indivisível, e, por essa razão, incorrem em erro intérpretes que querem separar o milagre do elemento propriamente salvífico. Assim, o milagre não é nem secundário nem exterior, mas uma parte orgânica do todo.13 
Como deve um salvo cuidar de sua saúde
O salvo em Jesus Cristo deve cuidar do seu corpo com zelo, pois ele é o templo do Espírito Santo (1 Co 6.20). Deus enviou seu Filho Jesus Cristo ao mundo para curar o nosso espírito, alma e corpo, por isso Ele deseja que tenhamos saúde física, mental e espiritual. Cabe a você tomar as decisões certas e fazer escolhas sábias em relação ao seu bem-estar.  A Bíblia nos garante que um dia nós teremos um corpo glorificado, não estaremos mais sujeitos aos males deste mundo: depressão, ansiedade, bulimia, obesidade, etc. Contudo, enquanto esse dia não chega, devemos fazer a nossa parte.  
Uma pessoa doente, física ou mentalmente, terá mais dificuldades para adorar e servir ao Senhor e cumprir com os propósitos estabelecidos por Ele. Muitas das doenças da atualidade estão relacionadas às questões alimentares, precisamos ter cuidado com aquilo que ingerimos, que colocamos em nossa boca.  Você já reparou que a mídia está a todo tempo dizendo o que devemos comer ou beber, influenciando nossos hábitos?  Observe, com o olhar crítico, quantas propagandas de guloseimas e produtos industrializados são apresentadas por dia na tevê, nas redes sociais, nos meios de comunicação em geral. 
Alguns comerciais de refrigerantes induzem as pessoas a consumirem outros produtos, como pizza e salgadinhos. Os lugares mostrados por essas peças publicitárias são sempre aconchegantes, com pessoas praticando esportes. Você não vê referência ao arroz com feijão, às frutas ou verduras. É muito alimento processado e quase nada natural, orgânico. É preciso vigiar (Mc 13.37)! Temos aplicativos para pedir comida sem sair de casa, com apenas um click, o que muitas vezes nos impede de pensar no que estamos comendo. A propaganda tenta influenciar os hábitos alimentares e muitos jovens não têm noção do que a gordura em excesso e o sódio podem causar ao nosso corpo. Deus está preocupado com o que nós comemos; nada está fora do interesse dEle. O Senhor deu aos israelitas uma lista dietética (Lv 11) e tal fato mostra a preocupação dEle com a saúde do seu povo. O Senhor preocupava-se com o bem-estar físico dos hebreus (Êx 15.26). 
A bulimia é uma síndrome que ataca muitos jovens, principalmente as mulheres. A pessoa que sofre desse mal, cuida do corpo de forma errada, obsessiva. Seguem dietas rigorosas. Mas de repente, exageram e ingerem uma grande quantidade de alimentos para, em seguida colocar tudo para fora. Para alguns, ter equilíbrio não é algo fácil. Jesus, nosso Mestre, deve ser nosso exemplo em todas as áreas. Ele é exemplo de vida simples, saudável e equilibrada. Seu desenvolvimento foi como de toda a criança e jovem (Lc 2.52), porém perfeito. Olha que Ele participou de festas e jantares (Lc 7.36; Jo 2.1,2). Jesus não se deixava levar pela opinião dos outros, pois seu desejo era agradar ao Pai e fazer a sua vontade (Lc 3.22). 
Temos que cuidar da nossa aparência física e da nossa saúde com cuidado, sabedoria, pois a preocupação exagerada com o corpo tem feito com que muitos jovens deixem de comer de forma adequada e acabem entrando também num quadro de anorexia. Segundo os médicos “a anorexia nervosa é um distúrbio alimentar causado pela preocupação exagerada com o peso”. Ela provoca problemas psiquiátricos gravíssimos e a pessoa que está sofrendo desse mal ao se olhar no espelho se vê obesa, embora esteja bem abaixo do seu peso. Com medo de engordar, estas pessoas exageram nos exercícios físicos, tomam laxantes e diuréticos por conta própria correndo riscos seriíssimos e prejudicando a saúde. Esta doença se não for tratada a tempo pode levar à morte. Mas o que leva as pessoas, especialmente os jovens, a ficarem anoréxicas? Elas são influenciadas pelo conceito de beleza imposto pela moda que determina a magreza como símbolo de elegância e perfeição. 
Outro problema ligado à alimentação, que tem também preocupado as autoridades na área da saúde, é a obesidade, acúmulo excessivo de gordura corporal. A obesidade não é apenas um problema estético. Ela está associada a doenças cardiovasculares, diabetes e outros males. A Bíblia adverte que é preciso comer com sabedoria (Pv 23.2). Muitas são as opções de rodízios. Se paga um único valor e come-se até não poder mais. Não tem nada de mais se reunir com os amigos uma vez ou outra para um churrasco ou pizza. Mas todos os finais de semana não dá: “Andemos honestamente, como de dia, não em glutonarias....” (Rm 13.13). Infelizmente, nas cantinas de nossas igrejas e nos almoços de confraternizações, em geral, temos sempre poucas opções de lanches e comidas saudáveis, porém não faltam refrigerantes e salgadinhos fritos.  
III- JESUS CURA OS ENFERMOS
A dedicação e a cura dos enfermos não foi uma coincidência, mas parte de um plano eterno 
Jesus veio para anunciar o Reino de Deus e as curas e milagres operados por Ele tinham como objetivo mostrar que o Messias prometido havia chegado (Lc 4.43; 8.1). Jesus não somente curou, mas deu poder e autoridade para que seus discípulos também realizassem milagres e curas em seu nome (Lc 9.2, 60). O Filho de Deus principiou seu ministério terreno operando uma ação milagrosa em uma festa de casamento. Observe:
O primeiro sinal milagroso foi a transformação de água em vinho, em Caná. Algo físico ilustra uma verdade espiritual. Jesus mostrou que tinha controle absoluto sobre tudo. Isso mostrou sua glória e levou à crença. 
Os dois sinais milagrosos seguintes foram de cura. O primeiro foi do filho de um oficial. Jesus observou que havia aqueles que estavam sempre à espera de “sinais e milagres” (Jo 4.48). Esse segundo milagre provou que a distância não era obstáculo para Jesus na execução de seu ministério. Depois do primeiro sinal, os discípulos  creram nEle. Como um resultado do segundo sinal, não só o oficial da corte creu, como também toda sua casa (Jo 4.53). A cura de um homem no tanque de Betesda (Jo 5.1-9) provocou grande controvérsia porque foi realizado no sábado (Jo 5.10).14  
O primeiro milagre realizado por Jesus em Caná nos mostra que Deus não se importa somente com a nossa alma, mas com tudo que nos diz respeito. Muitos filósofos helenistas acreditavam que o corpo não tinha valor algum, Platão considerava que o nosso corpo era uma sepultura. Daí a ideia errônea de que Deus somente se preocupa com o nosso espírito. O Criador se importa com todo o nosso ser e não somente com nossa alma ou espírito. Observe o que Vernon Purdy15 nos diz a esse respeito: 
Por que é tão importante ressaltar que a antropologia dualista é um acréscimo estranho ao Evangelho? Porque o dualismo, no seu modo de entender a existência humana, tem sido a pressuposição dos que desejam separar do corpo as implicações salvíficas da expiação realizada por Cristo. Reduzir a expiação à esfera espiritual não provém dos ensinos das Escrituras, mas da influência de uma filosofia pagã. Denegrir o âmbito físico e material não faz parte do Antigo ou do Novo Testamento. Deus criou pessoas inteiras, e é sua vontade, conforme revelam as Escrituras, restaurá-las inteiramente.16 
Ao morrer na cruz, Jesus tomou sobre si os nossos pecados, sendo santo Ele se fez pecado por nós; Ele também foi ferido no seu corpo e foi feito saúde para nos dar uma vida plena, saudável (Jo 10.10). Segundo Vernon Purdy podemos afirmar que a “cura divina é parte do plano de salvação”. 
Temos visto na sociedade atual muitos cristãos lutando arduamente pela conquista de bens materiais, fama, prestígio e poder. As pessoas querem, a todo o custo, serem VIPs e tais desejos, fruto de uma alma doente, acabam prejudicando a saúde física, emocional e espiritual. Essas pessoas em vez de viverem a vida abundante que Jesus Cristo conquistou para nós na cruz do calvário, acabam se tornando sobreviventes, tendo uma sobrevida. Precisamos refletir a respeito da sociedade na qual estamos inseridos como igreja. Que sociedade é essa? Tal reflexão vai nos ajudar a ter uma cosmovisão cristã e, com isso, sabermos identificar o que verdadeiramente é importante. Precisamos aprender a distinguir o supérfluo do que é realmente essencial para uma vida cristã autêntica e saudável. 
Cremos que o desejo maior do cristão deve ser a conquista do prêmio da soberana vocação em Cristo Jesus. De que adianta ter todos os bens nesta terra, ser VIP, ter prestígio e perder a própria alma? O que é mais precioso para você? Siga o exemplo de vida do apóstolo Paulo, pois ele tinha como alvo a pessoa de Jesus Cristo, seu ideal e sua aspiração era conhecer mais do Mestre. Mas, para viver em plenitude ele sabia da necessidade de cuidar bem da sua saúde física e emocional. Por isso, encontramos em suas Cartas algumas recomendações para que os líderes cuidassem bem da sua saúde. “Não bebas mais água só, mas usa um pouco de vinho, por causa do teu estômago e das tuas frequentes enfermidades” (1 Tm 5.23), essa foi uma recomendação para Timóteo, um jovem pastor.  Em 1 Timóteo 4.16, Paulo exorta ao jovem pastor a cuidar de si mesmo, ou seja, cuidar de sua saúde, antes mesmo de cuidar da doutrina e da igreja do Senhor. Paulo sabia que para cuidar do rebanho do Senhor e realizar a sua obra é preciso ter saúde física e emocional. Infelizmente, muitos líderes não se preocupam com o seu corpo, com sua saúde física e emocional na mesma proporção em que cuidam da sua vida espiritual. Oram, leem a Palavra de Deus, jejuam, buscam ao Senhor, mas não vão ao médico, não cuidam da alimentação, têm uma agenda repleta de compromissos e trabalham até à exaustão. Como médico, Lucas, o escritor do livro de Atos, exorta aos pastores a olharem para si mesmos antes de cuidarem do rebanho que lhes foi confiado pelo Senhor: “Olhai, pois, por vós e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos [...]” (At 20.28). 
Jesus, a única resposta para alguns enfermos
No período em que Jesus exerceu seu ministério terreno já havia o exercício da medicina, pois Marcos relata no Evangelho que leva o seu nome, que a mulher que sofria com um fluxo de sangue “havia padecido muito com muitos médicos” (Mc 5.26). Existiam também lugares, ou melhor, algumas hospedarias, onde os hóspedes doentes recebiam atendimento. Observe o que o pastor Claudionor de Andrade17 nos diz a esse respeito: 
Em seus primórdios, o hospital não era uma casa de enfermo ou de enfermidade, mas um lugar onde o hóspede, se enfermo, podia receber cuidados médicos. A parábola do Bom Samaritano é um quadro que ilustra muito bem a fundação dos hospitais como hoje conhecemos. Nessa belíssima narrativa, observemos algo muito importante. Os desvelos ministrados pelo samaritano àquele homem refletiram, de certa forma, as funções de um sacerdote levita. Se bem que tanto o sacerdote como o levita, nessa narrativa, embora até possuíssem alguma ciência médica, passaram de largo e ignoraram o seu paciente. 
Segundo a história, o primeiro hospital moderno foi estabelecido, em 370 d.C., na cidade de Cesareia, como resultado de um benévolo édito imperial. 
Tanto no Antigo como no Novo Testamento, os tratamentos médicos eram caros e somente os ricos podiam pagar. Mesmo tendo condições financeiras, os hebreus deveriam recorrer a Deus, o Criador, antes de recorrer aos tratamentos médicos. Tal fato fica evidente em 2 Crônicas 16.12, quando o rei Asa buscou os médicos antes de se voltar para o Senhor. Parece que o melhor procedimento era, e é, buscar primeiramente a Deus em oração (Nm 21.7; 2 Rs 20; 2 Cr 6.28-30; Sl 6, 107.17-21). Contudo, sabemos que havia doenças, como a temida lepra (uma das doenças mais terríveis da antiguidade e de alto contágio) não tinha cura ou tratamento como tem hoje. Jesus Cristo era a única resposta para os doentes mentais, os coxos, os leprosos e os cegos. Lendo os Evangelhos podemos ver que o Filho de Deus curou muitos leprosos (Mt 10.8;11.5), contudo Jesus não somente curou os doentes, mas ordenou que os seus discípulos também os curassem: “E, indo, pregai dizendo: É chegado o Reino dos céus. Curai os enfermos, limpai os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demônios; de graça recebeste, de graça dai” (Mt 10.7,8).
Não há protocolos para a realização da cura
Ao lermos os Evangelhos fica evidente que Jesus não seguia nenhum tipo de protocolo para curar os enfermos, pois como Filho de Deus, Ele era e é soberano e age no momento que deseja e da maneira que lhe agrada. Certa vez, ao curar um cego de nascença, Jesus cuspiu na terra, fez com sua saliva um pouco de lama e passou nos olhos do cego (Jo 9.6). Depois, o Salvador ordenou que o homem fosse até o tanque de Siloé e lavasse o rosto ali. O homem que recebeu a cura da sua cegueira demonstrou ter uma grande fé, pois, embora a ordem de Jesus fosse nada convencional e até anti-higiênica,   ele cumpriu a risca as instruções. Tal episódio nos mostra que a obediência e a fé em Jesus são elementos essenciais para a cura do corpo, da alma e do espírito. Contudo, o Senhor é soberano e o fato de não sermos curados não significa que não temos fé ou que não estamos em obediência. 
Sabemos que Jesus é poderoso para curar toda e qualquer enfermidade, contudo nem todos são curados. Por que algumas pessoas não são curadas? Não existe uma única resposta para tal questão. Porém, curados ou não, podemos ter a certeza de que Deus nos ama e um dia limpará de nossos olhos toda lágrima e estaremos no céu onde não haverá mais morte ou dores (Ap 21.4). 
Em outra ocasião Jesus curou dois cegos apenas tocando nos olhos deles (Mt 9.27-30).  Em outro momento Jesus curou o empregado de um oficial romano com apenas uma palavra e à distância: “Então, disse Jesus ao centurião: Vai, e como creste te seja feito. E, naquela mesma hora, o seu criado sarou” (Mt 8.13). Já com a sogra de Pedro, Jesus toca-lhe na mão e ela é imediatamente curada da febre e passa a servi-los com seu trabalho (Mt 8.14,155). Jesus não mudou, Ele continua a realizar milagres e a curar aqueles que lhe pedem ajuda, mesmo que muitos já não creem na cura divina e que outros afirmem que as curas e milagres foram somente para os tempos de Jesus e dos crentes do primeiro século. 
Os críticos da doutrina bíblica da cura divina não compreendem todo o alcance e significado da obra expiatória de Cristo. O sofrimento de Cristo foi por nós, em nosso lugar e em nosso favor. Em Isaías 53, o Servo de Javé experimenta rejeição e sofrimento, “não como consequência de sua própria desobediência, mas em favor de outros”. Qual o resultado? Ele leva a efeito a cura do povo de Deus mediante as “suas pisaduras”. A afirmação de que os sofrimentos de Jesus trazem cura àqueles que sofrem fica estabelecida sobre um sólido fundamento teológico.18 
CONCLUSÃO
Deus nos ama e jamais as doenças fizeram parte do seu plano para a humanidade. Elas são uma consequência da Queda. E foi para nos resgatar do pecado e dos seus efeitos maléficos que Jesus Cristo veio ao mundo, morreu na cruz em nosso lugar, e ao terceiro dia ressuscitou, ascendeu aos céus e de lá voltará novamente para nos buscar. Podemos afirmar que a cura divina é parte da nossa salvação e da obra redentora de Jesus Cristo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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1 HAM, Ken. Criacionismo:Verdade ou mito? Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p.343.2
2 HORTON, Stanley M. (Ed.) Teologia Sistemática:Uma perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p. 505.
3 RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, pp. 218,219
4 GOWER, Ralph. Novo Manual dos Usos & Costumes dos Tempos Bíblicos. 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p. 154.
5 JOHNSTON, Jeremiah J. Inimaginável:O que o nosso mundo seria sem o cristianismo. Rio de Janeiro: 2018, pp. 38,39.
6 HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática:Uma perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p. 514.
7 TOLER, Stan. Qualidade Total de Vida:Tenha pleno controle de sua vida pessoal, profissional e espiritual. Rio de Janeiro: CPAD, 2013, p. 45.
8 DEERE, Jack. Surpreendido pelo Poder do Espírito. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, pp. 257-58 
9 Comentário Bíblico Moody. Vol 2. 2.ed. São Paulo: Imprensa Batista Regular: São Paulo, 1985, p. 179.
10 ZUCK, Roy B. (Ed.) Teologia do Antigo Testamento. 7.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, p. 154.
11 Comentário Bíblico Pentecostal:Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, p. 72.
12 CORREIA JÚNIOR, João Luiz; OLIVA, José Raimundo; SOARES, Sebastião Armando Gameleira. Comentário do Evangelho de Marcos, p. 201. 
13 Ibid., p.65. 
14 Guia Cristão de Leitura da Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 2013, p. 556.
15 HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática:Uma perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p. 514.
16 Ibid., p. 514.
17 ANDRADE, Claudionor de. Adoração, Santidade e Serviço:Os princípios de Deus para a sua Igreja em Levítico. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, p.  49. 
18 HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática:Uma perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p. 519. 

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