terça-feira, 29 de setembro de 2020

Lição 12 - 3º Trimestre 2020 - As Cidades de Refúgio são estabelecidas - Jovens.

 

Subsídios Lições Bíblicas - Jovens

Lição 12 - As Cidades de Refúgio são estabelecidas 

3º Trimestre de 2020

Introdução

As escolhas que os indivíduos fazem na vida trazem consequências, por isso Deus não tem o culpado por inocente, na medida em que é a pessoa, e não Deus, o responsável pelas decisões tomadas. Assim, havendo pecado, o juízo divino recai sobre o transgressor sem nenhum constrangimento por parte do Justo Juiz. Se fosse de outra forma, o condenado teria um forte argumento de defesa: — Como o Senhor condena alguém que foi obrigado a pecar? Haja vista que me fizeste predestinado à destruição, como eu poderia escapar? Agora queres me condenar? Onde está a Tua justiça? Apenas cumpri o destino que me traçaste. Não queiras me convencer que se trata de Tua soberania, mas de pura tirania! Simples assim. 

O tema do livre arbítrio tem alimentado, por séculos, o debate filosófico e teológico entre os intelectuais de plantão e, a cada dia mais, somam-se argumentos de um lado e outro, aumentando o abismo conceitual, acirrando-se as diferenças e não caminhando para o consenso. Essa falta de unanimidade, entretanto, apenas fortalece a ideia de que temos o livre arbítrio de pensar distintamente e, assim, seguir nossa própria tese filósofo-teológica. Deus é desse jeito mesmo: Ele nunca força ninguém a fazer nada, apenas indica o caminho. 

O grande apologista do século XX, com sua perspicácia habitual, usa as palavras com maestria, explicitando algumas das razões pelas quais os homens podem e devem ser responsabilizados em face de suas condutas. Caso vivêssemos em um mundo em que os indivíduos fossem “teleguiados” pelo Eterno, nenhum sentido haveria em se falar em recebimento de galardões no Céu. Mister, mencionar, todavia, que sendo o Senhor o Sumo Bem, todas as nossas fontes estão nEle (Sl 87.7), isto é, tudo de bom que o homem faz, sejam pensamentos, palavras ou ações, defluem do único Ser que abastece o Universo de amor e bondade. Nesse mesmo sentido, Lewis arremata posteriormente que o Senhor criou o Homem para ser movido por Ele mesmo, o qual se constitui no único “combustível que o nosso espírito deve queimar, ou o alimento de que deve se alimentar” 1.

Nesse passo, não acreditando na heresia do panteísmo (Deus é tudo e tudo é Deus), há que se entender que, por causa do livre arbítrio, o mal passou a existir no mundo e, assim, quando a humanidade toma decisões equivocadas, peca, o faz por escolha própria, voluntariamente, de “caso pensado” – dolo, em atender ao convite do mal e não à voz do Criador, que brada constantemente nas consciências: “Este é o caminho, andai nele” (Is 30.21). 

O livre arbítrio, dessa forma, acontece por causa da soberania de Deus, e também por Sua humildade. Ele, que poderia manipular a todos, de forma a nunca ser desobedecido, preferiu deixar-nos livres para escolher o caminho, mas enviou Seu Filho para nos dizer qual era o bom e único “Caminho” (Jo 14.6). Assim, em Sua sublime humildade, Ele inspirou homens a escreverem o Novo Testamento não em tom solene e eclesiástico, de forma que fosse uma obra de arte literária do grego clássico, porém preferiu o popular grego coiné, a língua usada pelos comerciantes, escravos, indigentes... O Deus que, em Sua soberania, decidiu descer a um grau extremo de humildade, a ponto de se acomodar no ventre de uma pobre mulher hebreia, e, em momento posterior, tornar-se um desprezado pregador itinerante que seria preso como bandido pela polícia, também optou em trazer sua mensagem de salvação em linguagem vulgar, prosaica, não academicista. Essa mescla de soberania e humildade divinas, geraram, assim, a possibilidade das idiossincrasias humanas, o que faz de cada criatura um ser insubstituível, ante à sua complexa individualidade, pela multiplicidade de escolhas diante da vida.

Esse maravilhoso livre arbítrio, portanto, que foi concedido amorosamente por Deus a todos os homens, encontra-se, de maneira destacada, como pano de fundo dos capítulos 20 a 22 de Josué. Livre arbítrio para o homicida culposo (que não teve a intenção de matar) fugir para uma das cidades de refúgio e, também,uma vez aceito, permanecer ali indefinidamente. Livre arbítrio para Israel entregar aos levitas as cidades prometidas. Livre arbítrio para as tribos transjordânicas, que ficaram voluntariamente a leste do Jordão, voltarem para suas terras e, às margens do rio, erigirem um altar memorial.

O Altíssimo, que ensinava Israel como a um filho, pegando-o pela mão, não lhe acorrentava os pés... Assim, depois de séculos de relacionamento decorridos desde Abraão, com muitos caminhos trilhados, alguns aprovados por Deus e outros não (a maioria), agora, os hebreus que restaram, podiam, enfim, repousarem seguros na terra prometida!

I-Deus ordena estabelecer cidades de refúgio

1- Deus protege quem praticou homicídio culposo

O Senhor determinou o estabelecimento de seis cidades de refúgio: Bezer para os rubenitas; Ramote, em Gileade, para os gaditas; Golã, em Basã, para os da meia tribo de Manassés (as quais foram nominadas ainda por Moisés –Dt 4.41-43) – as três na Transjordânia; Quedes na montanha de Naftali; Siquém na montanha de Efraim; e Hebrom, na tribo de Judá (Js 20.7) – as três na Cisjordânia (estrategicamente nas regiões norte, central e sul de Canaã) – ver mapa no capítulo anterior. O Altíssimo, ademais, cuidou da acessibilidade rápida à salvação do homicida não intencional, determinando que fossem construídas estradas até essas “fortalezas judiciárias” (Dt 19.3), de forma a regular um costume da antiguidade (o qual ainda persiste até hoje em algumas comunidades do Oriente Próximo), de que o parente mais chegado de um homem morto acidentalmente poderia vingá-lo (Nm 35.12,19; Dt 19.12). 

As seis cidades de refúgio que o Senhor estabeleceu estavam localizadas de tal maneira que qualquer pessoa que matasse alguém acidentalmente teria que caminhar apenas a jornada de um dia para estar em segurança. Assim, o acusado de homicídio, então, se quisesse, iria ao “lugar de salvação” o mais rápido possível, e ali apresentaria seu caso à porta da cidade. Havendo a admissibilidade de sua defesa prévia, seria submetido ao “júri popular”. Caso fosse absolvido, o agressor poderia morar na cidade de refúgio até a morte do sacerdote (Nm 35.10-25; Js 20.1-6), quando, então, estaria livre para viver noutro lugar.

2- O significado espiritual das cidades de refúgio

Nessas cidades de refúgio, a vida do agressor não era protegida necessariamente por um forte esquema de segurança com soldados, armas etc., mas sobretudo pelo próprio Deus que, na sua palavra, garantia-lhe o salvo-conduto. 

Assim, analisando esses detalhes, maravilhamo-nos do tratamento sobremodo justo, misericordioso e amoroso que o Senhor Deus dispensava ao “pecador” imprudente, demonstrando o significado mais profundo da palavra Justiça e, por isso mesmo, compreende-se, a partir da leitura de Hb 6.18, “que as cidades de refúgio eram um tipo de Cristo. O apóstolo faz alusão a isso quando fala daqueles que fugiram procurando refúgio, e também da esperança oferecida a eles” 2, circunstância observada também por Mark Water 3, e R. N. Champlin, o qual afirmou que “as cidades de refúgio representam o refúgio que temos em Cristo, o qual é nosso sumo sacerdote. (...) em Cristo o pecador perdoado fica inteiramente livre da culpa” 4.

3- O perigo de sair da cidade de refúgio 

O acusado de cometer homicídio culposo (Nm 35.22,23, Dt 19.4,5), uma vez absolvido, teria uma vida tranquila na cidade de refúgio, desde que nunca a deixasse. Entretanto “se de alguma maneira o homicida sair dos limites da cidade de refúgio, onde se tinha acolhido, e o vingador do sangue o achar fora dos limites da cidade de seu refúgio, e o matar, não será culpado do sangue” (Nm 35,26,27).

As pessoas estavam protegidas nas cidades de refúgio, e ninguém as poderia arrebatar desses asilos, que representavam um lampejo da graça de Deus no tempo da lei. Elas se constituíam abrigos contra a injustiça, e não havia quem desafiasse o rigor dessa norma. Posteriormente, “desde os dias do imperador Constantino, os templos cristãos exerciam essa função. (...) Na Idade Média, quando o poder papal tornou-se grande, esses costumes continuavam prevalecendo” 5. Atualmente, vê-se com certa frequência, na mídia, a concessão de asilo de países distintos a presos políticos, em seus territórios e, inclusive, em suas embaixadas. As cidades de refúgio, porém, não tinham essa função de diplomacia internacional, mas seu foco era evitar que, no seio da terra prometida, houvesse injustiças contra inocentes.

Entretanto, o homicida perdoado tinha liberdade para, querendo, sair da cidade de refúgio; ele poderia, usando seu livre arbítrio, transpor os portões externos e seguir seu caminho, o que seria muito perigoso, diante da fúria do vingador do sangue (Dt 19.6).  Da mesma maneira, sair do refúgio que há em Jesus Cristo não se traduz em uma sábia conduta, antes, pelo contrário, põe a “ovelha desgarrada” em risco iminente de morte eterna.

II - Os levitas exigem sua herança

1- A demora na herança dos levitas

As cidades de refúgio estavam entre as 48 dos levitas, por isso a ordem de Deus para que as cidades de refúgio fossem estabelecidas era uma clara alusão às cidades levitas, sendo 4 por tribo, mas nenhuma medida administrativa foi tomada nesse sentido, até que houve pressão sacerdotal (Js 21.2,3). Na verdade, essas cidades levitas seriam uma grande bênção para Israel, na medida em que elas não estariam em uma mesma tribo, mas espalhadas por toda a terra de Canaã, de maneira que a presença do ministério religioso abençoaria todo o povo, ensinando-lhe o caminho do Senhor. Elcana, por exemplo, era levita, mas também efraimita (1 Sm 1.1), o que significa dizer que ele tinha elevado status na comunidade de Efraim (pertencia uma casta especial), por ser levita, todavia não integrava uma 13ª tribo – como Samuel, seu filho, o qual, serviu como sacerdote no tabernáculo do Senhor, que estava em Siló, substituindo Eli. Assim, não deve existir dúvida quanto à cidadania, haja vista que “os levitas (...) eram membros das tribos onde viviam, para todos os efeitos práticos” 6.

Impressionante como, por vezes, os servos de Deus agem com egoísmo e ingratidão quando são abençoados, esquecendo-se de que outros irmãos possuem carências que devem ser supridas com a sua abundância. O que aconteceu com a liderança de Israel com frequência acontece no seio da igreja. Por isso, deve-se ter todo o cuidado para que não fiquemos seduzidos com os bens recebidos e desprezemos a conduta apropriada: “Mais bem-aventurada coisa é dar do que receber” (At 20.35). 

2- O estabelecimento das cidades dos levitas 

Por causa da lealdade dos levitas no Monte Sinai, eles foram recompensados com as cidades que lhes eram necessárias para que suas famílias pudessem viver e se desenvolver, não obstante o salário dos levitas adviesse dos dízimos trazidos ao santuário. Dessa forma, dentro do território de cada tribo haveria 4 cidades cedidas aos levitas, e, em volta delas, ficaria resguardada uma faixa de terra de 450m, a partir da muralha, para o pasto, e mais 450m após – novecentos metros ao todo de cada lado (norte, sul, leste e oeste) – e a cidade no meio (Nm 35.4,5 NTLH).

Por outro lado, Deus, em sua sabedoria, deu aos sacerdotes 13 cidades nas terras de Judá e Benjamim, próximas à Jerusalém, que seria a cidade do grande Rei (Mt 5.35), e ali se edificaria o templo do Senhor, são elas: Hebrom (uma cidade de refúgio), Libna, Jatir, Estemoa, Holom, Debir, Aim, Jutá, Bete-Semes, Gibeão, Geba, Anatote e Almom, todas, com exceção de Jutá e Gibeão, são novamente mencionadas em 1 Cr 6.54-60, razão pela qual alguns estudiosos acreditam que essas tenham mudado de status ao longo dos séculos.

3- A fidelidade de Deus

Depois de anos de guerra, a terra foi conquistada (ainda que não completamente) e dividida. Foram muitas batalhas, mas isso faz parte da jornada, na medida em que “Deus nunca prometeu a seus filhos dias fáceis (...). A promessa não é de comodidade, e, sim, vitória. (...) Crescemos na adversidade, porque aprendemos a confiar mais no Senhor” 7. Nesse momento, Josué declarou como o Senhor tinha sido fiel e cumprido todas as suas promessas (Js 21.43-45).

Os israelitas, talvez, naquela longa caminhada, não imaginassem como eram importantes para o Altíssimo e, quiçá, por isso, em alguns momentos cruciais, tomou conta deles um sentimento de desânimo, o desejo de voltar ao Egito. E muitos dos que seguiam adiante, pelo deserto, achavam que seriam fragorosamente derrotados. Esse é um erro fatal, que não se pode cometer, posto que perdendo a batalha da mente, o homem dificilmente vencerá os outros embates. 

Os filhos Israel eram muito importantes para o Eterno (como Deus é humilde!) e, na realidade, eles só precisavam, enfrentar com diligência e fé os desafios que lhes eram apresentados. O fato é que: mesmo diante dos altos e baixos dos hebreus, o Senhor continuou fiel, e todas as coisas que sucederam, desde o dia que saíram do Egito, cooperaram para o bem daqueles que amavam a Deus. Os rebeldes, porém, ficaram pelo caminho.

III- A despedida das tribos tranjordânicas

1- Duas tribos e meia são despedidas 

Quando o apóstolo Paulo escreveu sua última epístola, da prisão, afirmou com convicção que tinha combatido o bom combate, acabado a carreira e guardado a fé. O apóstolo dos gentios, naquela ocasião, não apresentava nenhum rancor quanto às lutas do passado, mas encerrava de modo valoroso e esperançoso a missão dada por Deus, demonstrando que entendia que o seu tempo havia terminado. Ele também reconheceu, pelo Espírito, que possuía um grande tesouro no Céu, o qual ele chama, genericamente, de coroa. O grande missionário da Igreja primitiva “revisa calmamente o caminho que seguiu e o aprova” 8. Com um sentimento muito parecido, os guerreiros das tribos transjordânicas receberam, de Josué, a informação que o tempo deles tinha findado, e que era hora de voltarem para suas tendas. Eles, igualmente, haviam combatido o bom combate, acabado a carreira, e guardado a fé, e, agora, voltavam para casa cheios de tesouros, decorrentes dos despojos, autorizados pelo Senhor, em face das conquistas sobre as nações de Canaã. Israel estava enriquecido.  

É bem verdade que havia ainda muitíssima terra para ser conquistada, mas o propósito daquela incursão bélica estava concluído, razão pela qual Josué dispensou Rúben, Gade e a meia tribo de Manassés. Aqueles nobres guerreiros haviam passado muitos anos longe de suas famílias, batalhando pela terra prometida por Deus e, nesse instante, precisavam retomar suas vidas. Isso faz lembrar também as últimas palavras ditas a respeito de Zacarias, pai de João Batista: “E sucedeu que, terminados os dias de seu ministério, voltou para sua casa” (Lc 1.23).

Na vida é assim mesmo: as pessoas são comissionadas para realizarem algo importante, mas, nem sempre, conseguem completar todo o desígnio, como foi o caso dessas tribos. Uns plantam, outros regam e outros colhem. O certo é que, os propósitos de Deus sempre serão alcançados, pois não ficam adstritos, apenas, a esta ou àquela geração. Cedo ou tarde, independentemente do tempo, transformar-se-ão em momento histórico do seu povo. 

2- Exortação à obediência

Como Deus requer de seus filhos obediência e organização no trato das coisas santas, sem se descuidarem de nenhum dos preceitos estabelecidos, que são requisitos para a manutenção das bênçãos recebidas, Josué reuniu as tribos transjordânicas e agradeceu-lhes por terem lutado as guerras do Senhor, conforme determinação de Moisés, sendo obedientes em tudo, bem como os elogiou porque eles não desampararam nenhum de seus irmãos de outras tribos e, no fim do discurso, exortou-os a que permanecessem fiéis, pois esse era o segredo de um futuro feliz! Que grande advertência para a igreja dos dias atuais!

A carreira dos guerreiros transjordânicos havia se encerrado “como uma maratona, repleta de obstáculos e dificuldades que esmaga os homens (...). Aprendemos que a carreira exige dedicação e coragem, bem como o poder do Espírito Santo, pois, de outro modo, será inteiramente possível concluí-la com êxito” 9. Eles precisavam, com denodo, perseverarem obedientes até o fim.

3- O altar junto ao Jordão 

Ao voltarem para suas famílias, as três tribos transjordânicas pararam às margens do Jordão, onde construíram um imponente altar, semelhante ao que estava em Siló, o que revoltou os líderes hebraicos, que partiram ferozmente para confrontá-los. Ao explicarem que não se tratava de um altar para oferecer sacrifícios, mas apenas de um memorial, às tribos que ficaram a Oeste do Jordão, capitaneadas pelo sacerdote, aceitaram o monumento pacificamente.

O grande problema da construção de um altar naquelas circunstâncias era o possível desvio para a idolatria, pecado fortemente condenado por Deus, que levou à morte milhares de israelenses, no caso de Baal-Peor. De fato, a intenção das tribos de Rúben, Gade e metade de Manassés não era ruim, mas a conduta imprudente revelava muito acerca dessas tribos que estavam se alojando ao oriente do Jordão. Elas já estavam absorvendo o espírito que predominaria no tempo dos juízes: cada um fazia o que achava certo! 

Se, por um lado, a construção de um memorial não era um pecado, por outro poderia ser um embaraço, como aconteceu, causando mal-estar nos irmãos das tribos da Cisjordânia. Então, vislumbra-se um problema de ausência de comunicação, entendimento e cumplicidade, no serviço do Senhor. Nenhuma atitude autônoma, que traga divisão, conflito, controvérsia, deve ser cultivada, pois Deus ama a unidade.

Conclusão

Deus determinou várias medidas administrativas para que seu povo desfrutasse de todas as condições para seguir em frente, como uma sociedade politicamente organizada, defendendo uma cultura calcada nas determinações que emanaram do coração de Deus. Por isso, depois de dividir todo o território de Canaã, Josué estabeleceu as cidades de refúgio, por Sua justiça, e as dos levitas, por Seu compromisso com os integrantes do ministério para, após, dispensar aqueles que tinham dado sua quota de sacrifício em prol da nação. 

Mesmo com todos os enormes danos causados aos moradores de Canaã, os povos nativos remanescentes queriam paz com Israel; reconheciam a supremacia dos hebreus. Israel enfrentou pântanos desconhecidos pela fé, mas o Senhor foi fiel em tudo e cumpriu-lhe todas as promessas.


1  LEWIS, C. S.. Cristianismo Puro e Simples. 1ª ed., São Paulo: Martins Fontes, 2005, p.66.
2 PFEIFFER, Charles F.; VOS, Howard F.; REA, John. Dicionário Wycliffe. 1ª ed., Rio de Janeiro: CPAD, 2012, pp. 417,418.
3 WATER, Mark. Enciclopédia de Fatos Bíblicos. São Paulo: Hagnos, 2014, p. 558.
4 CHAMPLIN, R. N.. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. 13ª ed., vol. 1, São Paulo: Hagnos, 2015, p. 731.
5  CHAMPLIN, R. N.. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. 13ª ed., vol. 1, São Paulo: Hagnos, 2015, p. 731.
6 CHAMPLIN, R. N.. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. 13ª ed., vol. 3, São Paulo: Hagnos, 2015, p. 794.
7 MEARS, Henrietta C..Estudo Panorâmico da Bíblia. São Paulo: Vida, 1982, p. 85.
8  LIVINGSTON, George Herbert; COX, Leo G.; KINLAW, Dennis F.; BOIS, Lauriston J. Du; FORD, Jack; DEASLEY, A.R.G..Comentário Bíblico Beacon. 1ª ed., vol. 1, 2, 8, Rio de Janeiro: CPAD, 2015, p. 533.
9 CHAMPLIN, R. N.. O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo. 1ª ed., vol. 5, São Paulo: Hagnos, 2014, p. 522.

Lição 11 - 3º Trimestre 2020 - Uma Herança conquistada pela Fé - Jovens.

 

Subsídios Lições Bíblicas - Jovens

Lição 11 - Uma Herança conquistada pela Fé 

3º Trimestre de 2020

Por Reynaldo Odilo

Introdução 

Depois de anunciar que há tempo para todo o propósito debaixo do sol, Salomão descreveu os diversos tempos que incidem, na ocasião propícia, sobre toda a humanidade, começando pelos mais elementares deles: tempo de nascer e tempo de morrer (Ec 3.1,2).  O primeiro deles é essencial para o início de qualquer narrativa e acontece sem qualquer interferência ou resistência do nascente, sendo que, diversas circunstâncias do nascimento (família, local do nascimento, tipo de parto, etc.), acontecem em decorrência das escolhas dos pais. Por exemplo, o nascimento de Jesus em Belém da Judeia aconteceu porque seus pais, José e Maria, foram se alistar naquele lugar. Outras questões, porém, são escolhas de Deus (DNA, sexo do bebê, cor dos olhos... apesar de, às vezes, existirem tentativas antiéticas de manipulações genéticas).

O segundo desses tempos primordiais e inexoráveis a todo ser vivo, o dia da morte, entretanto, possui características bem distintas. Via de regra, ninguém o planeja e dá-se de maneira imprevisível, daí o ditado de que “a morte chega sem mandar aviso”. Ao invés do contentamento e sorrisos, próprios dos nascimentos, em face da fagulha de esperança pela vinda de um novo ser, quando chega a morte, tristeza e choro são as marcas distintivas desse momento. O nascimento é episódio para ser lembrado; já a morte, por seu turno, evento para ser esquecido. Diante disso, normalmente as pessoas comentam, com alegria, sobre os nascimentos de entes queridos, mas preferem não falar sobre suas mortes. De qualquer jeito, queiramos ou não, vida e morte são faces de uma mesma moeda. E Deus, em sua Palavra, recomenda que aprendamos a reconhecer o tempo da nossa partida deste mundo: “Faze-me conhecer, Senhor, o meu fim, e a medida dos meus dias qual é, para que eu sinta quanto sou frágil” (Sl 39.4).

O Senhor auxilia nessa tarefa, dando aos homens todos os sinais de que o “dia da transição” se aproxima. A pessoa começa a ficar com os cabelos grisalhos, a pele enruga, as forças gradativamente diminuem, a visão fica turva, os dentes caem da boca... (A descrição poética disto tudo também foi feita por Salomão, Ec 12). O maior pregador do século XX, Billy Graham, do alto dos seus 93 anos, observando as dificuldades da velhice, disse que ela “não é para os fracos”.1 Ele, sem dúvida, foi a prova dessa afirmação, pois mesmo sentindo os severos efeitos do Mal de Parkinson, doença que lhe afligia, esforçou-se grandemente para manter sua produção intelectual e evangelística quando o corpo não queria obedecer aos comandos da sua mente. Mesmo assim, continuou dando frutos na senilidade (ele morreu um pouco mais novo do que Josué).

Reconhecer que o tempo da partida se aproxima, assim, não é uma tarefa tão difícil, pois as manifestações no corpo físico são evidentes e a morte, no fim da estrada, termina se tornando uma necessidade. Aliás, o maior apologista do século XX, C.S. Lewis, compreendia que a morte era uma necessidade da humanidade, não por questões fisiológicas, mas por aspectos espirituais, pois se o homem fosse imortal, diante do seu orgulho e lascívia cada vez mais aumentados, com o passar do tempo, “ele progrediria de simples homem decaído para a categoria de demônio, possivelmente além de qualquer possibilidade de redenção”.2  Assim, com a morte, esse perigo foi evitado.

Destarte se, por um lado, o nascimento de uma criança traz a mensagem que se renova a esperança para o mundo, por outro, a morte propaga uma comunicação ainda mais importante: faça as escolhas corretas, antes que seja tarde demais! Por isso mesmo está escrito que é melhor ir para uma casa onde há luto do que para uma festa (Ec 7.2).

Essa regra vale para todos os homens, por esse motivo disse Deus a Josué: “Já estás velho, entrado em dias...” (Js 13.1). O grande general, de tantas batalhas, que havia presenciado as pragas no Egito, transposto o Mar Vermelho, caminhado 40 anos pelo deserto, atravessado o Rio Jordão e conquistado 31 cidades-estados ou reinos, agora, com mais de 100 anos, recebia o anúncio do seu Comandante, que estava chegando a hora de partir e, portanto, deveria ultimar as providências. Esse conselho, aliás, Deus o daria em outras ocasiões. Ezequias, por exemplo, recebeu a informação divina: “Põe em ordem a tua casa, porque morrerás e não viverás” (Is 38.1). O próprio Jesus sabia que o tempo de sua morte era chegado (Jo 13.1, 3, 18.4, 19.28) e, por isso, deu as últimas instruções aos discípulos, concluindo, com êxito, sua missão.

Josué, da mesma forma, recebendo a orientação celestial, concluiu a divisão da Palestina, que tinha começado na Transjordânia, sob Moisés, quando as tribos de Rúben, Gade e metade de Manassés receberam como herança as terras a leste do Jordão. Agora, no lado oeste do rio, na terra de Canaã propriamente dita, no arraial em Gilgal, Judá recebeu herança no Sul e Efraim, e a meia tribo de Manassés receberam herança no Norte, mas não somente isso: os territórios inconquistados na periferia de Canaã (Js 13.2-6, 18.1-10) também seriam distribuídos entre todas as demais tribos. Dessa forma, os hebreus manteriam a postura vigilante da guerra, sem “tirarem a armadura”, até que toda terra fosse possuída. 

I - A Divisão do Sul de Canaã

1. A partilha da terra conquistada

Assim, Josué, no arraial em Gilgal, começou dividindo os reinos do Sul (Js 10), os quais ficaram com Judá. Em seguida, distribuiu o território conquistado no Norte de Canaã (Js 11) aos filhos de José, Efraim e Manassés, que tiveram prioridade em face da primogenitura outorgada a José (1 Cr 5.1). A partilha foi feita por meio de sorteio, o que “era aceito como um decreto procedente de Deus”,3 nos termos das regras daquela dispensação: “A sorte se lança no regaço, mas do Senhor procede toda a disposição” (Pv 16.33). Nos últimos dias, porém, Deus nos tem falado pelo Filho (Hb 1.1).

Estava chegando ao fim a carreira do grande estadista Josué, mas ainda com a ocupação inacabada. Deus havia prometido uma faixa territorial bem maior, mas muito não foi conquistado e, por isso, o quinhão se tornou pequeno para tanta gente, razão pela qual Josué precisou fiscalizar tudo de perto, inclusive porque a região já estava mais ou menos ocupada.4

2. A herança de Judá e de Calebe

Os hebreus que entraram em Canaã eram pessoas doutrinadas e, por conseguinte, reconheciam a ordem de prioridades estabelecidas por Deus nos escritos proféticos. Eles, por isso, não fizeram nenhuma rebelião quando a tribo de Judá ficou com a melhor e maior parte da herança. Afinal, reconheciam que Judá tinha a primazia, porque era poderoso entre os irmãos e dele viria o Soberano (1 Cr 5.2), recebendo assim os territórios ao Sul (Js 10).

Dos filhos de Judá, sem sombra de dúvida, havia uma espécie de herói nacional, Calebe. Não só porque era um dos homens mais idosos do arraial, mas, sobretudo, por sua fé inabalável em Deus, a tal ponto que se pode afirmar, como dizia C.S. Lewis, que ele tinha familiaridade com o Criador, conhecia-o como a uma pessoa, um amigo, acreditando totalmente nas suas palavras, possuindo uma verdadeira obstinação na fé. Assim, Calebe deu mostras sobejas de que confiava nEle “além das evidências, mesmo contra muitas evidências”,5  por ocasião do evento histórico em Cades Barneia, quando, 45 anos antes, incentivou o povo a crer nas promessas de Deus (Js 14.10-12) e, por isso, quase foi morto, porque suas ideias confrontavam as evidências trazidas por 10 dos seus 11 companheiros de expedição, os espias. Calebe nunca deixou que sua felicidade dependesse de algo que poderia morrer. Dessa forma, mesmo passado décadas, e com a morte de milhares de companheiros, amigos de infância, irmãos, etc., todo o seu amor continuava intenso pelo Eterno, pois era o único Amado de sua alma.6  Caso não fosse, a revolta por incontáveis perdas poderia tê-lo contaminado, levando-o à falência espiritual. Ele, porém, no fim dos dias, estava firme e forte.

Em face dessa intimidade com o Altíssimo, antes da distribuição da terra, esse grande homem disse a Josué que se sentia com a força e disposição de um guerreiro, reivindicando o Monte Hebrom, que tinha sido a herança prometida por Deus, ainda no tempo de Moisés. Josué, por conhecer bem o amigo, assim como se lembrando da profecia, concedeu o pedido do decano de Judá. Calebe preferiu se antecipar e fazer o pedido a Josué para demonstrar aos seus irmãos que o mais importante não era a providência, aquela ou outra terra, mas a promessa de Deus. Todo aquele que serve ao Senhor na juventude não será por Ele esquecido na velhice.

Israel já tinha conquistado a cidade de Hebrom (Js 10.37), mas não o monte que era guarnecido por gigantes, os filhos de Anaque, guerreiros grandemente temidos, os quais, segundo os estudiosos, eram ascendentes de Golias e que teriam sido eles quem espancaram a esperança da conquista de Canaã dos 10 espias (Nm 13.33). Destarte, o território prometido a Calebe, um dos mais protegidos e perigosos da Terra Prometida, seria conquistado por um ancião de 85 anos. Deus estava humilhando a falta de fé dos homens incrédulos e tardos de coração.

O verbo hebraico usado ao se referir àquela batalha foi yarash (Js 15.14; Jz 1.20, ARA) traduzido como expulsar, mas que também traz a conotação de desapropriar ou fazer perder a herança, dando a entender que quando os gigantes viram o velho Calebe e seus guerreiros subirem à peleja deixaram suas posições fortificadas e abandonaram Hebrom. Calebe foi à luta pela sua herança, mas, após a desapossar, entregou-a aos levitas e também se tornou uma cidade de refúgio.

3. A herança de Acsa

Os pais geram impressões indeléveis na vida dos filhos. Sempre. Seja para o bem ou para o mal. Nas celebrações dos 90 anos de fundação da Igreja Assembleia de Deus, em Belém do Pará, no ano de 2001, estavam presentes Ivar Vingren, filho de Gunnar Vingren, e Débora, filha do missionário Daniel Berg. Em certo culto, quando Ivar tomou a palavra, fizeram-lhe a seguinte pergunta: “Quais são as lembranças que você tem de seu pai?”. Ele respondeu: “Não me lembro de muita coisa sobre meu pai, pois quando ele morreu eu era bem pequeno, mas me recordo muito bem de vê-lo, de joelhos, orando em seu quarto. Lembro-me de que ele era um homem de oração”. Ivar Vingren seguiu os passos do seu pai e também se tornou um missionário.

No caso da filha de Calebe, Acsa, o exemplo de seu pai lhe deixou marcas profundas. Diante disso, houve um episódio tão marcante, que o Senhor fez questão de registrá-lo em duas oportunidades (Js 15.16-19; Jz 1.12-15). Assim como Calebe, Acsa mostrou a importância de se lutar por seus ideais. Deus selecionou esse fato para mostrar que as pessoas deveriam agir com essa mesma tenacidade. 

Acsa foi dada como esposa do jovem Otniel, que viria a ser juiz em Israel após a morte de Josué, recebendo como dote uma terra seca, mas pleiteou território que tivesse água, tendo recebido uma terra excelente, que tinha fontes superiores e inferiores, ou seja, brotava água dos montes e das planícies. A insatisfação de Acsa, portanto, gerou determinação para ela ir em busca de sua bênção. Se ela não tomasse uma iniciativa teria, certamente, ficado frustrada e sua família sofreria as consequências de uma vida difícil, com pouca água, mas Acsa não se acomodou, fez algo para mudar a situação, e recebeu copiosas bênçãos.7  Nossas bênçãos espirituais e materiais (nessa ordem) devem ser buscadas com afinco (Mt 7.7). Os que ficam indiferentes, olhando para as nuvens (Ec 11.4), nunca conquistarão a Terra Prometida.

II - A Divisão do Norte de Canaã

1. A herança de José

Os filhos de José, Efraim e Manassés, cujas tribos tornaram-se poderosas, adquiriram o direito à herança de Jacó juntamente com seus tios. Então, quando Josué dividiu o Norte, mais a parte central de Jericó e Ai, as duas tribos foram logo contempladas (Js 14.4, 16.4), tendo recebido os territórios “mais belos e férteis da Terra Prometida”.8  O investimento que José fez, abençoando sua família, bem como no Reino de Deus, trouxe resultado a curto, médio e longo prazo, como sempre acontece quando são lançadas sementes de amor e fé no solo da sua Augusta presença. A conduta fiel, generosa e justa de José foi recompensada com favores singulares da parte de Deus, colhidos quando em vida, ainda, mas que também recaíram sobre sua descendência, séculos adiante. 

Mister lembrar que metade de Manassés, além das tribos de Rúben e Gade, receberam antecipadamente suas heranças na Transjordânia (Pv 20.21), a leste do Jordão, território não pertencente à Canaã. Os hebreus transjordânicos, 20 anos antes do cativeiro geral das 10 tribos pelo rei da Assíria (1 Cr 5.26), foram levados cativos e nunca mais retornaram.

2. A passividade dos filhos de José

As tribos dos filhos de José, Efraim e Manassés, tinham muita pujança em Israel, mas não possuíam grande arrojo para a guerra. Assim, ficaram passivas diante dos desafios. A tribo de Efraim recebeu, por exemplo, dentre as cidades, Gezer como herança, mas não expulsou os cananeus que ali habitavam (Js 16.10) e a tribo de Manassés, de igual modo, suportou a presença de alguns inimigos (Js 17.12,13), os quais, mais tarde, foram para ambos um laço (Js 23.13). 

Ademais, eram murmuradores: foram reclamar contra Josué pela terra recebida, na verdade, reclamando contra o Senhor (Pv 16.33), alegando que era pequena (Js 17.14-18). Josué, então, disse: “Se tão grande povo és, sobe ao bosque, e ali corta, para ti, lugar na terra [...]” (Js 17.15) e completou: “expelirás os cananeus, ainda que tenham carros de ferrados, ainda que sejam fortes” (Js 17.18). Ou seja, Josué estava dizendo, em outras palavras: Não murmurem, mas sejam fortes e corajosos, e ampliem os seus marcos territoriais.

3. A herança de Josué 

A coragem foi a virtude mais reiterada por Deus ao mais destacado efraimita de todos os tempos: Josué. O imperativo de “sê forte e corajoso” (Js 1.9, ARA) guiou todas as suas ações bélicas, deixando um extraordinário legado aos hebreus. O Senhor sempre o instruiu dessa forma porque sabia que “onde não existe coragem, nenhuma outra virtude pode sobreviver senão por acidente”.9  Lastreado nessa constatação, percebe-se claramente que Josué não apenas foi corajoso, mas também desenvolveu inúmeras virtudes, a ponto de ser considerado por alguns como o “Jesus” do Antigo Testamento.

Nesse diapasão, concluída a partilha da terra para as tribos, foi entregue a Josué a cidade de Timnate-Sera, na montanha de Efraim, segundo o mandado do Senhor (Js 19.49,50), mas essa não era uma linda e adornada cidade. Josué teve que reedificá-la e, só então, habitou nela, fazendo emergir a verdade de que os servos de Deus não são recompensados necessariamente nesta vida por suas atividades em prol do Reino. O Galardão Real, o mais precioso, o mais desejado, não se recebe nesta vida, mas está guardado no Céu. 

III - A Divisão das Terras não Conquistadas

1. O tabernáculo em Siló 

Depois de dividir as terras subjugadas, algumas tribos que ficavam ao redor do tabernáculo saíram de Gilgal e, com isso, Israel armou o tabernáculo em Siló (Js 18.1-6), cidade de Efraim, tendo permanecido lá por cerca de 300 anos, até que, na época do sacerdócio de Eli, a Arca foi tomada pelos filisteus (1 Sm 4.4; Jr 7.12; Sl 78.60).

Em Siló, Josué criticou as sete tribos pela negligência em possuir o restante da terra (Js 18.3) e, como entendia oportuno que os guerreiros das tribos transjordânicas voltassem às suas famílias, nomeou “homens de probidade comprovada que fossem constatar com exatidão a grande fertilidade de todo o país de Canaã, retornando com uma descrição fiel” 10. Por fim, ordenou que dividissem a terra remanescente em sete partes, as quais seriam sorteadas à porta da tenda da congregação (Js 19.51). Tudo seria repartido diante de Deus!

2. Sete tribos recebem o “título de propriedade” da terra

Uma vez realizado o estudo agrimensor, Josué sorteou os territórios de Benjamin, Simeão e Dã, os quais ficaram ligados ao Sul — Judá, e as terras de Issacar, Zebulom, Naftali e Aser fariam fronteira com a herança de Efraim e Manassés, ao Norte. Nada lhes tinha sido entregue, mas eles ficaram satisfeitos.

A divisão da terra da parte inconquistada, do ponto de vista humano, era mais ficção do que realidade, tratando-se apenas de um título de propriedade para o futuro. Tudo isso, porém, pela direção de Deus. Nesse passo, Deus se comprometia, de um lado, em conceder vitória, e Israel aceitava entrar numa longa luta que se seguiria, até adquirir toda a Terra Prometida. Os hebreus, apesar de suas fraquezas, aprenderam a confiar no Senhor. Eles avançaram para o futuro cheios de esperança, mesmo não tendo recebido tudo o que esperavam naquela geração, o que veio a acontecer integralmente somente no auge da monarquia hebraica, durante o reinado de Davi.11 Na verdade, desde sempre, as promessas de Deus estavam de pé, mas eles não se arriscaram em guerrear contra todos os inimigos, em todos os lugares, e, por causa dessa inércia, Josué repreendeu-os severamente.

Os descendentes de Dã, por outro lado, herdaram uma pequena porção de terra, mas não se acovardaram ou murmuraram: subiram e conquistaram Lesém, uma cidade a oeste do monte Hermom, a qual a chamaram de Dã e ali estabeleceram sua capital. Eles foram vizinhos dos filisteus, os quais tiveram muitos problemas com um nobre danita: Sansão (Jz 13–16). O cristão, como os danitas, deve aprender a transformar dificuldades em oportunidades.

3. A herança da tribo de Levi

Desde que a tribo de Levi aceitou o seu chamado, por causa de um ato de obediência (Êx 32.26-28), entendeu que a vida dos seus membros seria diferente da vida dos integrantes das outras tribos. Eles não guerreariam, nem receberiam herança, todavia o Senhor garantiu o sustento deles por intermédio das ofertas que chegassem ao tabernáculo/templo, para que pudessem se dedicar integralmente à obra do ministério.

Deus nunca prometeu riquezas materiais para quem exercesse o santo sacerdócio, apenas disse que Ele mesmo seria a herança dos levitas. Assim, quando da repartição da terra a leste do Rio Jordão, o Senhor determinou que 48 cidades fossem destinadas para os levitas (Js 21.41) dentro da herança das tribos, de maneira que o “bom cheiro” ministerial fosse espalhado em toda Canaã, mas o título de propriedade de cada cidade permaneceria com a tribo respectiva. Os levitas, portanto, eram peregrinos em terra estranha.

Conclusão

Para quem vive pela fé, entender o que Deus tem destinado como herança constitui-se na visão mais importante da vida, o que foi importantíssimo para todo o povo de Israel, pois sem esse entendimento as pessoas não se moveriam juntas para alcançarem os objetivos comuns. 

Destarte, finda a distribuição da terra e há um sentimento misto de alegria e frustração, conquista e negligência, porquanto eles estavam no lugar em que os seus ancestrais tanto almejavam (José, por exemplo, pediu que seus ossos fossem enterrados lá) e tinham recebido o inimaginável para qualquer observador humano, porém isso era bem menos do que o planejamento divino. O líder Josué concluiu sua trajetória ministerial como um homem feliz, não plenamente realizado, uma vez que ainda havia muita terra a conquistar, mas completamente satisfeito em ter sido instrumento do Senhor na Terra. Na vida e na guerra nem tudo ocorre como se planeja, mas é certo que Deus nunca perde o controle dos fatos da história.


1 GRAHAM, Billy. A Caminho de Casa: vida, fé e como terminar bem [tradução Melina dos Santos Revuelta]. São Paulo: Editora Europa, 2012, pp. 24,25.
LEWIS, C. S. Milagres. São Paulo: Vida, 2001, pp. 197, 198. 
3 LIVINGSTON, George Herbert; COX, Leo G.; KINLAW, Dennis F.; BOIS, Lauriston J. Du; FORD, Jack; DEASLEY, A.R.G.. Comentário Bíblico Beacon. 1. ed., vol. 1,  Rio de Janeiro: CPAD, 2015, p. 58 
4 BRUCE, F. F. Comentário Bíblico NVI: Antigo e Novo Testamento. São Paulo: Vida, 2008, p. 405. 
5 LEWIS, C. S. A Última Noite do Mundo. Rio de Janeiro: Thomas Nelson Brasil, 2018, p. 35. 
6 LEWIS, C. S. Os Quatro Amores. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2009, p. 166.
7 ADEYEMO, Tokunboh (editor geral). Comentário Bíblico Africano. São Paulo: Mundo Cristão, 2010,  p. 289. 
8 CHAMPLIN, R. N.. O Antigo Testamento Interpretado Versículo por Versículo. 2. ed., vol. 2, São Paulo: Hagnos, 2001,  p. 960.

9 LEWIS, C. S. Surpreendido pela Alegria. 1. ed. São Paulo: Mundo Cristão, 1998, p. 167. 
10 JOSEFO, Flávio. História dos Hebreus. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p. 131. 
11 MEARS, Henrietta C. Estudo Panorâmico da Bíblia. São Paulo: Vida, 1982, p. 84.

Lição 01 - 4º Trimestre 2020 - O Livro de Jó - Adultos.

 

Lição 1 - O Livro de Jó 

4º Trimestre de 2020

ESBOÇO DA LIÇÃO
I – Autoria, Local e Data do Livro de Jó
II – Estrutura Literária do Livro de Jó
III – Natureza e Mensagem do Livro de Jó

OBJETIVOS GERAL DA LIÇÃO
Mostrar que o Livro de Jó é uma poesia inspirada que retrata o dilema vivido por uma pessoa histórica.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS    
I. Mostrar que, a partir das evidências internas do livro, é possível conhecer o contexto no qual Jó viveu;   
II. Especificar o gênero literário e de que forma esse conhecimento ajuda na compreensão do Livro de Jó;   
III. Identificar o propósito e a mensagem do Livro de Jó.

ÉTHOS E PÁTHOS NA MENSAGEM DE JÓ

Pastor José Gonçalves

Não há dúvida de que o tema da sabedoria, como, por exemplo, aquela exposta no livro de Provérbios, passa a ser contrastada com a sabedoria encontrada no livro de Jó. Enquanto Provérbios põe a sabedoria em termos morais, isto é, com o Senhor recompensando os bons e punindo os maus, Jó, por outro lado, contrasta com essa forma de crer. Daniel Estes (2013, p. 336) destaca que 

o propósito maior do livro de Jó é demonstrar que embora a retribuição seja vista como uma verdade geral, a regra da soberania de Deus sobre o mundo não pode ser reduzida a uma fórmula rígida de retribuição. 

Na contramão da Teologia da Retribuição, Jó é um poderoso discurso contra a ideia de que o justo não sofre ou passa por revezes. O livro ecoa aquilo que, tempos depois, o salmista verbalizaria no Salmo 73: “Por que os justos sofrem e os ímpios prosperam?” (ver Sl 73). 

Não há dúvida de que Jó faz contraste com a doutrina da retribuição e demonstra inquestionavelmente a condição humana frente à soberania divina. O Deus de Jó é soberano. Todavia, a sua soberania não deve transformá-lo em um algoz ou carrasco. O livro deixa claro que Ele permite Jó ser testado até o limite último, mas não para provar que era soberano ou mostrar que era Deus, mas, sim, para provar que, mesmo oculto e ficando em silêncio, Ele estava com Jó e amava-o. Em Jó, a graça às vezes está oculta, mas está lá! Foi por amor que Ele reabilitou-o, e não, simplesmente, porque era soberano e podia fazer isso. O Senhor estava interessado no relacionamento com Jó e permitiu o Diabo tocá-lo para mostrar que Jó não servia a Deus por interesse, mas também porque o amava. Nesse aspecto, o livro de Jó levanta-se como um poderoso protesto contra a frieza que o legalismo religioso produzia no universo da fé. O culto a Deus não podia ser explicado em termos de leis ou regras meramente cerimoniais ou até mesmo morais. Elas eram importantes sim, mas não eram tudo. O livro não põe o preceito acima do princípio; não põe em evidência a Lei, mas a graça. Nesse sentido, a religião não é apenas regras, mas, sobretudo, relacionamento. Dessa forma, Jó antecipa-se em muitos séculos àquilo que os profetas pregariam. Assim como Jó, os profetas viam Deus não apenas como ethos, isto é, preceitos ético-morais, mas, sobretudo, pathos, isto é, amor, coração e afeto. Deus não era apenas razão, mas também emoção.

Aqui, a contribuição de Abraham J. Heschel (2012) — sem dúvida, um dos maiores estudiosos do fenômeno profético no antigo Israel — será de grande importância para mostrar que aquilo que em Jó apresenta-se de forma embrionária passa a ganhar corpo e forma nos profetas.i Heschel (1907–1972), um judeu austro-americano, estudou a ocorrência da profecia entre os hebreus e no mundo antigo, e os seus estudos há muito se tornaram referência mundial na pesquisa do movimento profético antigo. Mas é, sobretudo, a sua compreensão da relação existente entre pathos e ethos e como estes norteiam a práxis profética que fornecem uma grande contribuição na compreensão desses importantes personagens da história bíblica. Heschel (1973, vol. I, p. 70) destacou que o estudo da profecia bíblica revela que a experiência dos profetas caracterizava-se pelo que ele denomina de “coparticipação com os sentimentos de Deus, uma simpatia com o pathos divino”. O pathos divino é, portanto, refletido no profeta e, consequentemente, na sua forma de agir. Nesse aspecto, Heschel destaca que a resposta do profeta à inspiração divina é a simpatia que ele demonstra por aquilo que Deus quer e sente e, também, por aquilo que a ele foi revelado. 

Julius Wellhausen (1844–1918) creditou aos profetas a criação do monoteísmo ético no antigo Israel.ii Heschel (1973, vol. II, p. 109), por outro lado, não nega a contribuição dos profetas para o monoteísmo ético, mas destaca que a sua gênese não pode ser atribuída aos profetas clássicos, pois a moralidade já era uma bandeira levantada muitos tempo antes destes. Na análise de Heschel, o perigo dessa abordagem é fazer-se separar o ethos do pathos. Por essa proposta, os profetas seriam simples mensageiros morais em oposição ao cerimonialismo ritual. Para Heschel (1973, vol. II, p. 109), a moralidade “não era a principal característica da mensagem profética”. Para ele, o ethos divino não opera sem o pathos. Heschel (1973, vol. II, p. 110) destaca:

Qualquer pensamento de uma objetividade ou uma auto-subsistência das ideias platónicas, seja a ideia da beleza ou da justiça, é estranha aos profetas. Deus é eternamente pessoal, todo sujeito. Seu ethos e pathos são um. A preocupação com a justiça, a paixão com que os profetas condenavam a injustiça, [estava] enraizada em sua simpatia com o pathos divino. A principal característica do pensamento profético é a primazia da participação de Deus na história. A história é o domínio com o qual as mentes dos profetas estão ocupadas. São movidos por uma responsabilidade para com a sociedade, por uma sensibilidade ao que o momento exige.

Isso é importante, porque, no entendimento de Heschel (1973, vol.II, p. 110), a compreensão dos profetas sobre Deus não se limitava apenas a uma “ideia” sobre Ele, mas a um entendimento dEle. Não era, portanto, um conhecimento advindo de uma investigação teórica. Os profetas não se referiam a Deus como um ser distante e inalcançável, mas como estando sempre próximo e presente. Esse relacionamento íntimo com Deus era, sem dúvida, a fonte da sua inspiração, mas não a única. Dessa forma, a compreensão do propósito de Deus para o mundo vinha da inspiração que vinha dEle e, também, da correta compreensão da história. Heschel (1973, vol. II, p. 116) destaca que “a presença e anseio de Deus falou com eles através das manifestações da história”. Isso significa que os profetas receberam o seu conhecimento primeiramente da inspiração divina que tiveram e, secundariamente, dessa mesma presença divina na história. Heschel (1973, vol. II, p. 119) destaca que essa forma de Deus revelar-se aos profetas caracteriza a relação entre o pathos e o ethos.

Para o profeta, como assinalamos, Deus não se revela numa qualidade de absoluto abstrato, mas num relacionamento pessoal e íntimo com o mundo. Ele não apenas ordena e espera pela obediência; Ele também é afetado pelo que acontece no mundo e reage de acordo. Eventos e ações humanas despertam em alegria ou tristeza, prazer ou raiva. Não é concebido como julgar o mundo e ser separado dele. Ele reage de maneira íntima e subjetiva e, portanto, determina o valor dos eventos. Como é evidente do ponto de vista bíblico, as obras do homem podem movê-lo, afetá-lo, afligi-lo ou, pelo contrário, fazê-lo feliz e contente. Essa noção de que Deus pode ser intimamente afetado, que possui não apenas inteligência e vontade, mas também pathos, define de maneira básica a consciência profética de Deus.

No seu relacionamento com Deus, o homem não se conduz de forma passiva, mas numa forma dinâmica que se constitui um desafio aberto. Não acontece em um mundo de contemplação, mas numa relação apaixonada (Heschel, vol. II, p. 120). Assim sendo, não há, portanto, uma separação entre pathos e ethos, como dois polos em constante oposição ou em movimento dialético. Para Heschel (1973, vol. II, p. 120) “não há uma dicotomia de pathos e ethos, de motivo e norma. Não existe em forma conjunta em oposição; eles implicam-se e presumem-se um ao outro”. Nas palavras de Heschel (1973, vol. II, p. 122):

Não há dicotomia de pathos e ethos, de motivo e norma. Eles não existem em forma conjunta, como estando em oposição; eles implicam e pressupõem um ao outro. O pathos de Deus é ético, já que Ele é a fonte da justiça, e Seu ethos é cheio de pathos porque Deus é absolutamente pessoal, carente de algo impessoal. O pathos, então, não é uma atitude tomada arbitrariamente. Sua lei interna é a lei moral; o ethos é inerente ao pathos. Deus se importa com o mundo e compartilha seu destino. Na verdade, esta é a essência da natureza moral de Deus: Sua disposição para ter uma participação íntima na história do homem.        

Por fim, Heschel (1973, vol. II, p. 123) destaca que a compreensão da teologia do pathos é capaz de mudar o entendimento que se tem dos problemas humanos. Nesse aspecto, a visão do profeta sobre o homem é a mesma que Deus tem desse mesmo homem. Deus está entrelaçado na existência humana, e, dessa forma, aquilo que os homens fazem interessa a Ele. Heschel destaca que “o pecado, a culpa, o sofrimento, não podem separar-se da situação divina. A vida de pecado é algo mais que um fracasso do homem; é a frustração de Deus” (Heschel, 1973, vol. II, p.123). Citando Deuteronômio 10.14-15, Heschel (1973, vol. II, p. 124) destaca que, jamais na história, o homem foi levado tanto a sério como no pensamento dos profetas. Na mente dos profetas, destaca Heschel (1973, vol. II, p. 124),

o homem não é apenas uma imagem de Deus; é a preocupação perpétua dele. A ideia de pathos acrescenta uma nova dimensão à existência humana. Tudo quanto o homem faça, afeta não só a sua própria vida, mas também a vida de Deus na medida em que esta é dirigida ao homem.

A grande contribuição do pensamento de Heschel é que ele não apenas ajuda a resgatar a função da profecia na sociedade hebraica, mas, sobretudo, o verdadeiro sentido da religião — o relacionamento correto com Deus. Assim como os profetas, Jó demonstra que o experimentar Deus é muito mais profundo do que o falar sobre Ele. Nesse aspecto, tanto o pathos como o ethos nos profetas e em Jó, conforme definidos por Heschel, são paradigmas da verdadeira espiritualidade. Em outras palavras, o servir a Deus dá-se em bases relacionais, e não numa forma de barganha do tipo toma lá dá cá. 

Texto extraído da obra “A Fragilidade Humana e a Soberania Divina:O Sofrimento e a Restauração de Jó”.


i  HESCHEL, A. Joshua. Los Profetas, vol. I, II, III. Buenos Ayres: Paidos, 1973.
ii SICRE, J. Luis. Profetismo em Israel:O profeta, os profetas e a mensagem, p. 372. Petrópolis: Vozes, 1996.


Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Adultos. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo. 

segunda-feira, 28 de setembro de 2020

Lição 13 - 3º Trimestre 2020 - Um rei muito inteligente! - Berçário.

 

Lição 13 - Um rei muito inteligente! 

3º Trimestre de 2020: Subsídio especial

Objetivo da lição: Proporcionar atividades que permitam à criança saber que Deus nos dá inteligência.

É hora do versículo: “É o Senhor quem dá sabedoria [...]” (Provérbios 2.6).

Nesta lição, as crianças aprenderão, através da história de do rei Salomão que o Papai do Céu nos dá inteligência. Salomão foi o rei mais inteligente que já existiu. Vamos fazer uma coroa bem bonita para ele?

Imprima a folha abaixo e distribua para as crianças enfeitarem o desenho da coroa. Esta coroa será do personagem da nossa história. Ela deve ficar bem bonita. Faça esta atividade depois de realizar todas as atividades propostas no manual do professor e caso haja tempo. Disponibilize papéis picados dourados.

coroa licao13 bercario

Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

Verônica Araujo
Editora da Revista Berçário

Lição 13 - 3º Trimestre 2020 - Deus dá a salvação - Maternal.

Lição 13 - Deus dá a salvação 

3º Trimestre de 2020: Subsídio Especial 

Objetivo da lição: Que a criança aprenda que o pecado nos separa de Deus e que ela creia em Jesus como seu Salvador.

Para guardar no coração: “[...] Tu foste o meu alto refúgio e proteção [...]” (Sl 59.16, ARC).

Pense...

“Prezado(a) educador(a) cristão(ã), um componente muito importante da Escola Dominical é o currículo. O currículo deve ser uma resposta às reais necessidades da igreja. Enquanto igreja, o que precisamos? E quando falamos em crianças do Maternal, quais são suas necessidades? Respondendo a esses questionamentos são formulados o rol de conteúdos e formas de abordagens aos mais diversos temas.

O currículo das lições da CPAD é pensado para atender as necessidades de sua igreja e dos seus alunos. Procure explorar sempre ao máximo cada tópico buscando sempre promover um despertamento nos corações de suas crianças. É a partir da Escola Dominical e de sua prática docente que os seus alunos vão vivendo um despertamento quanto à grande missão que lhes é dirigida por Deus.

Querido(a) professor(a), você foi chamado(a) por Deus para inflamar suas crianças e levá-las ao comprometimento com a seara do Mestre e com o Senhor Jesus Cristo” (Marcos Tedesco – Adaptado). 

Cuidado com as crianças

Reflexão para encerrar o trimestre

“Pense nos professores que você teve na escola, igreja e outros lugares. Faça uma lista de professores que você diria foram ‘amorosos’. Faça outra lista de professores que claramente não se importavam com os alunos. Quais foram as características que você usou para descrever quem era amoroso? Como você determinou quem não era amoroso? Suas avaliações acerca do cuidado  e preocupação dos professores são justas? Mais tarde, o que os alunos dirão de você como professor? Como os alunos determinarão se você amava-os ou não” (MACRAE, Bob. A Essência da Vida do Professor. 1.ed. Rio de Janeiro:  CPAD, 2018, p. 50).

Ideias para a aula

Nesta lição, as crianças aprenderão que o Papai do Céu nós dá a salvação. Após realizar todas as atividades propostas no manual do professor e na revista do aluno, caso haja tempo, distribua para as crianças um coração confeccionado em cartolina. No centro da figura do coração escreva o nome de JESUS. Depois que todos estiverem com seu “coração”, leia o nome e fale a respeito de Jesus. Diga que foi através da sua morte e ressurreição que recebemos o presente da salvação.  Conclua a atividade orando e lembrando que o Papai do Céu nos ama e que somente Ele pode nos dá a salvação em Jesus Cristo. Sem Jesus não podemos um dia chegar ao Céu. 

Até logo

Depois de repetir o versículo e o cântico do dia, encerre a aula com uma oração. Prepare as crianças para a saída. Quando os pais ou responsáveis forem buscar as crianças, recomende que, em casa, leiam a história bíblica de hoje para o(a) filho(a). Sugira que utilizem uma bíblia infantil. O texto bíblico da lição se encontra em Romanos 3.23; 5.8. Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

Telma Bueno

Setor de Educação Cristã 

Lição 01 - 4º Trimestre 2020 - Miriã ajuda a mamãe Joquebede - Maternal.

 

Lição 1 - Miriã ajuda a mamãe Joquebede 

Objetivo da lição: Despertar na criança o desejo de ajudar o próximo, especialmente a mãe e outros membros da família. 

Para guardar no coração: “Um ao outro ajudou [...]” (Is 41.6).

Seja bem-vindo 

“Professora, este é o primeiro domingo do trimestre, por isso é importante que você renove a decoração da sala e verifique os brinquedos que precisam ser substituídos e o material que será utilizado, como por exemplo: cola, giz de cera, visuais, guache. Receba seus alunos calorosamente e incentive-os para uma nova fase de descobertas e aprendizado que está começando. Não se esqueça de apresentar os novos alunos que provavelmente estão ingressando em sua turma. Faça uma oração para iniciar a aula agradecendo a Deus por poderem estar juntos para aprender mais a respeito de Deus na Escola Dominical. Reserve alguns minutos para cantar com os alunos. Procure escolher cânticos que falem a respeito de ajudar ao próximo, tema central das lições deste trimestre. Dê oportunidade para que um dos alunos recolha as ofertas. Enfatize a importância de contribuir com alegria. Apresente o versículo do dia e diga aos alunos que hoje eles aprenderão uma história que mostra que mostra uma menina que ajudou a sua mãe a cuidar do seu irmão” (Daniele Pereira).

Subsídio professor

“Parece bastante óbvio que não há necessidade de provar a afirmativa de que não podemos ensinar sem saber ou conhecer. Como pode o nada produzir algo, ou a escuridão gerar luz? A afirmação dessa lei parece um axioma; porém, um estudo mais profundo demonstrará que é uma verdade fundamental: a lei do professor. Nenhuma outra condição é tão fundamental e essencial. Se invertermos os termos dessa lei, outra verdade importante será revelada: O que o professor conhece, isso deve ensinar.

A palavra conhecer ocupa um lugar central na lei do professor. O conhecimento é o material com que trabalha o mestre, e a primeira razão em favor dessa lei deve ser buscada no conhecimento. O que os homens chamam de conhecimento apresenta muitos graus, desde o primeiro vislumbre de verdade até a mais perfeita compreensão. Em diferentes estágios, a experiência de vida, como a adquirimos, caracteriza-se: (a) por um conhecimento fraco; (b) pela habilidade de relembrar voluntariamente, ou descrever, de modo geral, o que temos aprendido; (c) pelo poder de explicar, provar, ilustrar e aplicar o que aprendemos; e (d) pelo conhecimento e apreciação da verdade em seu significado mais profundo e suas relações mais amplas, por cuja força e importância atuamos, sendo por ela modificada a nossa conduta. A história somente é história para quem assim a lê e a conhece. É esta a última forma de conhecimento, ou experiência, que deve ser introduzida na lei do verdadeiro professor.

Mas a lei do professor é apenas uma das leis do ensino, e o fracasso pode provir da violação das outras leis, bem como da negligência desta. De modo semelhante, o sucesso em certa medida pode resultar da obediência a outras leis. Contudo, o ensino sempre será duvidoso e fraco se for caracterizado por inadequado conhecimento da matéria a ser ensinada” (GREGORY, John Milton. As sete leis do Ensino. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, pp. 24,25).

Atividade do aluno

licao1 maternal atividade
Até logo

Depois de repetir o versículo e o cântico do dia, encerre a aula com uma oração. Prepare as crianças para a saída. Quando os pais ou responsáveis forem buscar as crianças, recomende que, em casa, leiam a história bíblica de hoje para o(a) filho(a). Sugira que utilizem uma bíblia infantil. O texto bíblico da lição se encontra em Êxodo 2.1-10. 

Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista de Maternal

Lição 13 - 3º Trimestre 2020 - Jesus expulsa do Templo os vendedores - Jd. Infância.

 

Lição 13 - Jesus expulsa do Templo os vendedores 

3º Trimestre de 2020: Subsídio Especial 

Objetivo: Após a criança participar ativamente das experiências de ensino, aprenderá a ter reverência na casa de Deus. 

Aprendendo a Bíblia: “[...] O meu amor pela tua casa, ó Deus, queima dentro de mim como fogo.” (João 2.17)

Nesta lição, as crianças continuarão aprendendo que a igreja é a Casa de Deus, e Jesus expulsou alguns homens que estavam fazendo coisas erradas dentro dela. Na casa do Papai do Céu devemos ter reverência e fazer o que é certo.

Como atividade complementar, após a realização das atividades propostas na revista do aluno e do professor, e caso haja tempo, sugerimos que você imprima a folha abaixo, entregue uma para cada aluno e peça que escrevam o versículo do dia dentro do coração. Reforce que devemos amar a Casa de Deus e cuidar bem dela.

coracao jardim licao13


Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

Verônica Araujo
Editora da Revista Jardim de Infância

Lição 13 - 3º Trimestre 2020 - Ester, a rainha que salvou o seu povo - Primários.

 

Lição 13 – Ester, a rainha que salvou o seu povo 

3º Trimestre de 2020 – Edição Especial

Objetivo: Ensinar que é a vontade de Deus que todos sejamos salvos. Por isso, devemos aceitar a Jesus como salvador e falar sobre Ele para outras pessoas.

Frase do Dia: Jesus morreu para salvar a todos.

Memória em ação: “Deus quer que todos sejam salvos e venham a conhecer a verdade” (1 Timóteo 2.4) 

Querido (a) professor (a), 

chegamos ao final de mais um trimestre, este de ainda maior desafio, tanto no âmbito pessoal, quanto no coletivo, devido ao cenário que enfrentamos – uma pandemia mundial sem precedentes e todas as circunstâncias que a sucedem. 

Não podemos minimizar a dor dos que perderam os mais de 138 mil mortos pela COVID-19 em nosso país. Os danos e sofrimentos dos milhares de desempregados, profissionais de saúde esgotados, pessoas ainda internadas, etc. 

Evidentemente que precisamos – e iremos – seguir adiante, mas sem negligenciar, deixar de ajudar e menos ainda negar os que ficaram para trás, pois independente de visão ideológica ou política tal postura não seria humana e muito menos cristã. Mais do que nunca o mundo em trevas carece de luz. E assim diz o SENHOR:

— Vocês são a luz para o mundo. Não se pode esconder uma cidade construída sobre um monte.  Ninguém acende uma lamparina para colocá-la debaixo de um cesto. Pelo contrário, ela é colocada no lugar próprio para que ilumine todos os que estão na casa. Assim também a luz de vocês deve brilhar para que os outros vejam as coisas boas que vocês fazem e louvem o Pai de vocês, que está no céu”. (Mateus 5:14-16 NTLH)

Para ilustrar aos pequeninos a importância de falarmos de Jesus, levarmos sua luz a este mundo de escuridão, após aplicado o conteúdo de sua revista, propomos a uma brincadeira. 

Leve uma lanterna convencional ou aquela luz de emergência de LED menor (quanto mais iluminar, melhor), custam de R$10 a R$15 e são muito úteis, podendo posteriormente até mesmo serem deixadas como medida de segurança na própria sala de aula. Outra opção útil e econômica também encontrada em lojas de artigos de casa com preços populares são spots de led, mas estes funcionam a pilha (ambos na figura abaixo).

ledvarias leds

Coloque as crianças sentadas em círculo e pergunte se elas gostam de estar no escuro, se conseguem enxergar as coisas, andar sem tropeçar em nada, sem cair, etc. Deixem que falem sobre como é ruim andar na escuridão. Em seguida, leia esta passagem de Mateus 5:14-16 NTLH para elas e explique esta analogia proposta por Jesus, do quanto nós que o conhecemos, precisamos ser LUZ neste mundo para as pessoas que não o conhecem e portanto, andam como que em meio a escuridão.

Mostre a todos a lanterna, explicando como a liga. Explique que você cantará (ou colocará) uma música, e quando esta parar, a luz se apagará e quem estiver com a lanterna na mão deverá acendê-la imediatamente. Quem demorar para acender, deverá sair da próxima rodada. 

crianca

Sugerimos a música “Melhor Amigo” e você poderá apagar a luz no trecho: “Com Jesus estou seguro / Não tenho medo do escuro / Mamãe pode apagar a luz/ Vou dormir com Jesus”. 

Pergunte como fica o coração delas quando a luz se apaga e o alívio que dá quando o colega liga a lanterna. Finalize a brincadeira, enfatizando a importância de sermos essa luz, falando do amor de Jesus para todas as pessoas e sobre a sua promessa de um dia estarmos com Ele no Céu.

O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula! 

Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Primários da CPAD

Lição 13 - 3º Trimestre 2020 - Voltar para Canaã é o meu sonho - Juniores.

 

Lição 13 - Voltar para Canaã é o meu sonho 

Texto bíblico: Gênesis 49.28-33; 50.1-26.

Prezado(a) professor(a),

Estamos terminando mais um trimestre e na aula desta semana seus alunos aprenderão que o perdão de Deus é permanente e o nosso também deve ser em relação às pessoas que nos fizeram algum mal. Na história contada nesta lição os irmãos de José temeram que após a morte de Jacó, José se voltaria contra eles e se vingaria de todo o mal que eles lhe fizeram. Mas o coração do servo de Deus estava verdadeiramente restaurado. Mesmo após a morte de seu pai, José manteve a sua palavra e cuidou de seus irmãos durante o tempo que viveram na terra do Egito. Isso mostra o poder que o perdão tem de curar as pessoas, até mesmo aquelas que precisam se livrar da culpa pelo mal que causaram a alguém. Deus usou o sofrimento de seu servo para um propósito maior.

O fato mais importante a destacar no perdão liberado por José é o seu discernimento quanto à provisão de Deus além do seu sofrimento. A forma como Deus usa a dor de José para providenciar o livramento e a preservação do povo hebreu é algo maravilhoso, apesar de não ter sido fácil para José ter de enfrentar tantas adversidades. De acordo com a Bíblia de Estudo Pentecostal (1995, CPAD, p. 106):

[...] José, por exemplo, sofreu muito por causa da inveja e da crueldade dos seus irmãos. Foi vendido como escravo pelos seus irmãos e continuou como escravo de Potifar, no Egito (Gn 37; 39). Vivia no Egito uma vida temente a Deus, quando foi injustamente acusado de imoralidade, lançado no cárcere (39) e mantido ali por mais dois anos (40.1 – 41.14). Deus pode permitir o sofrimento em decorrência das más ações do próximo, embora Ele possa soberanamente controlar tais ações, de tal maneira que seja cumprida a sua vontade. Segundo o testemunho de José, Deus estava agindo através dos delitos dos seus irmãos, para a preservação da vida (45.5; 50.20). [...] Dizer que Deus permite o sofrimento não significa que Deus origina o mal que ocorre neste mundo, nem que Ele pessoalmente determina todos os infortúnios da vida. Deus nunca é o instigador do mal ou da impiedade (Tg 1.13). Todavia, Ele, às vezes, o permite, o dirige e impera soberanamente sobre o mal a fim de cumprir a sua vontade, levar a efeito seu propósito redentor e fazer com que todas as coisas contribuam para o bem daqueles que lhe são fiéis.

Explique a seus alunos que Deus não é mal só porque o sofrimento existe. Muitas coisas ruins que acontecem são fruto do pecado e da desobediência do ser humano que não quer viver em comunhão com Deus e, por isso, as consequências ruins acabam sobrevindo. Ilustre a relação com Deus apresentando o relacionamento de seus alunos com seus responsáveis. Muitas vezes, eles ficam com raiva quando os pais não fazem as suas vontades ou deixam de dar-lhes aquilo que gostariam de receber de presente. Note que os pais terrenos querem o melhor para seus filhos, mesmo que isso lhes custe repreendê-los e colocá-los de castigo, se assim for necessário.

Semelhantemente, Deus usa situações ruins e as transforma em aprendizado, crescimento espiritual e fortalecimento da fé. Foi assim na vida de José e assim será na vida de seus alunos. Aproveite e peça seus alunos que criem uma história em quadrinhos que ilustre os principais momentos da vida de José, desde o momento inicial na casa de seu pai até o reencontro com seus irmãos depois que se tornou Governador do Egito. Ao final, ore com seus alunos, pedindo a Deus que os ajudem a perdoar aqueles que os tenham ofendido. 

Tenha uma ótima aula.

Lição 13 - 3º Trimestre 2020 - No meio do fogo cruzado - Pré Adolescentes.

 

Lição 13 - No meio do fogo cruzado 

3º Trimestre de 2020: Subsídio Especial 

A lição de hoje encontra-se em: 1 Coríntios 13.2, 4-10.

Olá prezado(a) professor(a),

Na lição desta semana seus alunos aprenderão que muitas vezes somos confrontados com opiniões contrarias à nossa, no que diz respeito à fé. Como ressaltamos no inicio deste trimestre, a fé e a ciência são conhecimentos que andam juntos, afinal de contas, foi o próprio Deus quem proveu a inteligência humana. Infelizmente, temos de lidar com pessoas mal intencionadas que usam o conhecimento da ciência e do mundo para negarem a fé e a soberania de Deus sobre a sua criação.

O grande dilema desta lição é mostrar a seus alunos que a diferença não está no fato de sermos perseguidos. Afinal de contas, o próprio Senhor Jesus foi perseguido e admoestou seus discípulos de que também sofreriam perseguições por causa da pregação do evangelho. No entanto, é importante ressaltar que a perseguição é um fato, mas o mais importante é a forma como lidamos com ela. Nem sempre seremos aceitos nos lugares que frequentamos ou a nossa opinião será bem-vinda. Por conta disso o crente deve se precaver e buscar ter a sua palavra temperada com sal, como afirma as Escrituras Sagradas (cf. Cl 4.6). Isso significa que a nossa opinião deve ser sempre equilibrada, na proporção certa, de modo que não sejamos inconvenientes com as pessoas que nos cercam, mas também não precisamos estar acuados em defender a nossa fé. Basta sabermos expor nosso pensamento cristão sem ofender ou obrigar as pessoas a aceitarem o que dizemos.

É importante ressaltar que o nosso código de ética é a Palavra de Deus. Seja qual for a situação o servo de Deus não se utiliza da ciência para embasar a sua opinião, pois acreditamos no que dizem as Escrituras Sagradas, e isso nos basta como verdade absoluta. É uma questão de fé, acreditar ou não na Bíblia. Embora a ciência tenha a sua forma de explicar os eventos de formação e desenvolvimento da natureza isso não significa que o Criador tenha de ficar de fora. Ele sim é o protagonista de toda a criação e não deve ser ignorado. O que a ciência faz, muitas vezes, é comprovar o que a Bíblia já afirma a muito tempo.

Aproveite a lição desta semana para resumir a relação ciência X fé. Reforce que Deus não quer que vivamos numa eterna relação de oposição com a ciência, mas saibamos discernir os limites definidos pela Palavra de Deus. Aproveite e construa com seus alunos uma pesquisa que mostre de que forma a ciência comprova o que a Bíblia já dizia a muito tempo. Será uma pesquisa interessante que você poderá discutir os resultados com seus alunos em sala de aula!

Boa aula!

Lição 13 - 3º Trimestre 2020 - O caminho para viver - Adolescentes.

 

Lição 13 - O caminho para viver 

3º Trimestre de 2020: Subsídio Especial 

Objetivos:   
1. Identificar os bons e os maus caminhos.
2. Reconhecer a necessidade de escolher o caminho da vida.

Enfoque Bíblico  "Há caminhos que parecem certos, mas podem acabar levando para a morte.” (Provérbios 16.25) 

Professor (a), com esta lição estaremos fechando o trimestre! Separamos uma dinâmica para você utilizar no encerramento da lição.
Boa aula!

Dinâmica: “Os dois caminhos”

Material utilizado: canetas, folhas de papel ofício, cola ou fita adesiva, um mural, uma faixa para o mural com a frase “Os dois caminhos”.

Instruções:

Quando todos os adolescentes já tiverem acomodados no local da aula de estudo. Distribua uma caneta, tesoura e duas folhas de papel ofício para cada um. (Se o grupo for bem grande, divida em dois ou três grupos para juntos realizaram a atividade).

Peça-os para colocarem os pés sobre o papel e contorná-los com a caneta. Depois que estiver pronto, solicite que cada um deles corte o papel de acordo com o contorno dos pés. Oriente-os a escreverem um procedimento correto no desenho do pé direito, retirado dos textos bíblicos estudados no estudo bíblico que você ministrou, enquanto no contorno do pé esquerdo, escreverem um ato contrário à Palavra de Deus.

WhatsApp Image 2020 09 22 at 16.53.28

Depois que todos tiverem concluído a tarefa, peça que cada um deles se levante e leia os dois procedimentos escritos. Na medida em que cada um terminar a leitura, ordene que vá até o mural da sala e cole os desenhos com o contorno dos pés, no local indicado, o pé direito em um lado e o esquerdo no outro.

Então, será formado um caminho com dois tipos de pegadas: a esquerda (condutas erradas) e a direita (condutas corretas).

Reflexão/Bate papo:

Reflita com eles qual deve ser a atitude do cristão, agradar a Deus acima de tudo e termos a Palavra de Deus como luz para nosso caminho, escolhendo seguir aquilo que é correto à luz da Bíblia.

Fonte: https://ministerio-c-adolescentes.blogspot.com/2013/07/dinamica-os-dois-caminhos.html?m=1