quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Lição 2 - 1º Trimestre 2016 - A Necessidade dos Gentios - Jovens.

Lição 02

A NECESSIDADE DOS GENTIOS (1.18-32)
1° Trimestre de 2016
CAPA-LBJP-1TRI-2016INTRODUÇÃOI -  CONHECIMENTO DE DEUS PARA SALVAÇÃO (Rm 1.18-20)
II - RECONHECIMENTO DA GLÓRIA DE DEUS (Rm 1.21-27)
III – O CONHECIMENTO EXPERIENCIAL DE DEUS QUE LIBERTA DO PODER DO PECADO (Rm 1.28-32)
CONCLUSÃO
Objetivos: 
1. Reconhecer que o conhecimento natural e racional de Deus não é suficiente para salvação.
2. Conscientizar-se de que a idolatria (desprezo pela glória de Deus) induz o ser humano à perversão.
3. Reconhecer que somente o conhecimento experiencial de Deus liberta da ira de Deus.
4. Aplicar o conteúdo aprendido à sua vida pessoal.
INTRODUÇÃO
O ser humano sempre buscou a Deus, mas falhou porque buscou da forma errada. No texto a ser estudado, o apóstolo argumenta que todo ser humano, criado à imagem semelhança de Deus, tem consciência da existência divina, pois a própria natureza é a prova desta existência. Nesta lição, Paulo evidencia algumas necessidades dos gentios: reconhecer que o conhecimento natural e racional não é suficiente para salvação; reconhecer a glória de Deus e ser-lhe grato; e ter um conhecimento experiencial com Deus, único que liberta da ira divina sobre o pecado.
I – CONHECIMENTO DE DEUS PARA SALVAÇÃO (Rm 1.18-20)

As injustiças provocam a ira de Deus (v. 18).
A perícope começa com o testemunho dos céus, demonstrando a observância divina sobre tudo o que acontece na terra (justiça vs injustiça). O termo “ira de Deus” não é compreendido por muitas pessoas. As expressões “Deus é amor” e “Deus é justiça” não são contraditórias. Toda injustiça é pecado (1 Jo 5.17a) e as práticas de injustiça serão julgadas por Deus (+ igreja). Portanto, a ira de Deus está relacionada com a sua justiça.
O conhecimento natural e racional não liberta da ira de Deus (v. 19-20a).
O conhecimento natural e racional de Deus é acessível a todo ser humano. Quando se trata da criação de Deus, para Paulo não existe o ateu em estado puro, pois pelas coisas criadas é possível se descobrir Deus. Como explicar o funcionamento do universo, com milhares de galáxias, além das conhecidas, e a harmonia entre elas? Diferente do conhecimento natural e racional de Deus, o conhecimento experiencial é somente por meio da fé e é manifesto mediante a produção de frutos de justiça. A falta de conhecimento experiencial de Deus é indesculpável (v. 20b).  O ser humano não tem como justificar suas práticas de injustiças por não conhecer à Deus.  Existem várias pessoas que reconhecem a existência e a criação de todas as coisas por Deus, mas não se submetem ao poder e a vontade deste Deus. O atendimento aos interesses próprios tem tido prioridade em relação aos interesses do reino de Deus.
II – O RECONHECIMENTO DA GLÓRIA DE DEUS (Rm 1.21-27)
A falta o reconhecimento da Glória de Deus induz à ingratidão (v.21-22).
O versículo 21 usa a expressão “tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus”. Algumas pessoas, mesmo sabendo da existência de Deus, têm como motivação seu interesse pessoal, e o busca, mesmo que com práticas de injustiça. “dizendo-se sábios, tornaram-se loucos”. Por isso, a necessidade de reconhecer a glória de Deus, ser grato por tudo que Ele tem nos proporcionado e, em tudo, glorificar ao nome de Deus.  O antropocentrismo ambiciona transformar a Glória de Deus em objeto (v.23)
Antropocentrismo = Deus como se fosse um objeto à disposição da vontade do ser humano. Tentativa de transformar a glória do Deus incorruptível em objetos de imagem. Algumas pessoas têm mais facilidade para reconhecer e adorar animais e as coisas criadas por Deus do que reconhecer o próprio Criador e o adorar. Algumas pessoas entendem idolatria somente o ato de se adorar objetos animados ou inanimados. Contudo, idolatria vai além disso.  Paulo vivia, tendo Cristo como centro de tudo 
O antropocentrismo perverte o plano original para a sexualidade (v. 24-27).
O apóstolo afirma que Deus entrega as pessoas que não reconhecem a sua glória às suas próprias concupiscências. Uma das práticas citadas pelo apóstolo é a relação sexual entre pessoas do mesmo sexo (Rm 1.24-27), diferente do projeto original de Deus (Gn 1.27; 2.18).  No mundo greco-romano da época do apóstolo uma das práticas estimuladas era a pederastia, inclusive vista como perfeição sexual.  
O antropocentrismo perverte o plano original para a sexualidade (v. 24-27).
Este tema tem sido um tabu em nossas igrejas e, por isso, a grande maioria não está preparada para tratar do assunto e das pessoas com essa orientação sexual, vindas de fora ou mesmo entre os membros da própria igreja.  A igreja não deve demonizar as pessoas com orientação sexual diferente, mas sim tratá-las como Cristo o faria. O apóstolo recrimina o que considera como perversidade sexual, todavia recomenda o amor ao próximo como veremos ao estudar o capítulo.
III – O CONHECIMENTO EXPERIENCIAL QUE LIBERTA DO PODER DO PECADO (Rm 1.28-32)
O desprezo pelo conhecimento experiencial de Deus conduz à perversidade (v. 28-30).
A pessoa que não tem o conhecimento experiencial de Deus age como se ele não existisse. Ditado popular “fulano não tem nada a perder”. O apóstolo afirma que serão julgados sob a ira de Deus. Portanto, “muito a perder”.  Quando o ser humano se coloca como centro de tudo, na sua vida não há espaço para Deus. Enquanto, a pessoa que tem o conhecimento experiencial com Deus sente a presença de Deus e o Espírito Santo tem liberdade para orientá-la.
O desprezo pelo conhecimento experiencial de Deus torna o ser humano irreconciliável (v. 31).
Quem despreza o Espírito Santo, o meio que Deus proveu para nos convencer do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.8-11), se torna irreconciliável. Quem rejeita o projeto de Deus para salvação abraça o projeto que torna a mentira em verdade. Não podemos mudar as pessoas, elas mudarão somente se quiserem e derem abertura ao Espírito Santo.  As pessoas que se distanciam de Deus não tem afeição natural (relação familiar). A cumplicidade com a injustiça é uma prática injusta (v. 32). Paulo afirma que mesmo conhecendo a justiça de Deus, por opção escolheram praticar a injustiça por meio de práticas egoístas. Entretanto, Paulo afirma que os coniventes com a injustiça também são culpados.  
“Quem aceita o mal sem protestar coopera com ele” (Martin Luther King Júnior).
“O mundo não será destruído por aqueles que fazem o mal, mas por aqueles os olham e nada fazem” (Albert Einstein ).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nesta lição nos aprendemos que: a criação é uma prova evidente da existência de Deus, o ser soberano que se ira contra as práticas de injustiça.
para não ser consumido pela ira deste Deus é preciso ter um conhecimento experiencial de Deus, pois o conhecimento natural e racional não é suficiente para salvação. O apóstolo adverte-nos que não é suficiente não cometer práticas de injustiças, mas também não ser conivente com elas (pecado de omissão).
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