quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Lição 3 - 1º Trimestre 2016 - A Necessidade Espiritual dos Judeus - Jovens.

Lição 03

 A NECESSIDADE ESPIRITUAL DOS JUDEUS 
1° Trimestre de 2016 
CAPA-LBJP-1TRI-2016INTRODUÇÃOI - OS JUDEUS NECESSITAVAM SE LIBERTAR DO JUGO DA LEI (Rm 2.1-16)
II - OS JUDEUS NECESSITAVAM ABANDONAR A HIPOCRISIA (Rm 2.17-24)
III – OS JUDEUS PRECISAM SE LIBERTAR DO RITUALISMO (Rm 2.25-3.8)
CONCLUSÃO 
Objetivos:
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
1. Defender a afirmação de que a Lei não foi suficiente para a justificação do ser humano;
2. Sensibilizar-se de que quem ensina e não pratica o que ensina é um hipócrita e está debaixo da ira de Deus;
3. Demonstrar que o ritual serve apenas como um sinal externo, como exemplo da circuncisão, e não justifica o ser humano diante de Deus;
4. Aplicar o conteúdo aprendido à sua vida pessoal.
 INTRODUÇÃO
Os judeu-cristãos de Roma não se sentiam à vontade com a mensagem da justificação por meio da fé (opressão do jugo da lei por longa data) . O comportamento dos judeu-cristãos colocava-os, da mesma forma que os gentios, debaixo da ira de Deus. Assim sendo, para estes judeus ainda era necessário: se libertar do jugo da lei; abandonar a vida hipócrita de se ensinar e não viver o que ensina; e se libertar da dependência do ritualismo como se fosse requisito de justificação.
I – LIBERTAÇÃO DO JUGO DA LEI (Rm 2.1-16)
O julgamento mediante a lei provoca a ira de Deus (v. 1-10).
Os judaizantes deve ter gostado do discurso anterior(1.18-32). Agora, o comportamento deles que é questionado. O apóstolo afirma que da mesma forma que os gentios provocaram a ira de Deus pela sua conduta pecaminosa, os judeus também estavam sob o julgamento da ira de Deus pelo legalismo. Eles queriam impor um jugo sobre as pessoas, que nem mesmo Deus requeria. Jugo que somente Jesus poderia libertar (Ver Mt 11.28-30).
Deus não faz acepção entre judeu e gentio (v. 11)
Deus sempre vai primar pela justiça. O parâmetro utilizado para o julgamento é a prática da injustiça e não a nacionalidade ou origem das pessoas. Como poderia um Deus de amor e criador de todos os seres humanos privilegiarem uns em detrimentos de outros? O apóstolo inicia o que vai descortinar de uma vez por todas nos próximos capítulos. Não era uma novidade, pois essa visão já estava presente nos textos do AT, mas que os judeus ainda não haviam aprendido
Os gentios que não conhecem a lei serão julgados pela sua consciência moral (v. 12-16)
Um questionamento comum é como serão julgados as pessoas que nunca tiveram a oportunidade de conhecer o evangelho. Seria justo uma pessoa que não conheceu a Cristo devido às circunstâncias de sua vida, que não por sua própria vontade, seja condenada pela ira de Deus? Exemplo de pessoas que nascem em comunidades regidas pelo Estado Islâmico. Qual a tendência? Julgamento não pelo conhecimento da lei, mas pela prática da lei de Cristo, sem mesmo o conhecer.
II – ABANDONO DA HIPOCRISIA (Rm 2.17-24)
Os judeus se achavam superiores por serem os receptores da lei (v. 17-18).
Os judeus, numa linguagem jovem, “achavam que estavam podendo” por terem “por sobrenome judeu”.
Os judeu-cristãos tinham, no mínimo, duas opções: se sentirem superiores pela recepção da revelação; ou se sentirem responsáveis e gratos pela disseminação da revelação .
Os gentios eram tratados como cães pelos judeus (Mc 7.24-30).
Você têm um comportamento diferente dos judeus?
Jesus advertiu que seremos julgados da mesma forma que julgamos (Mt 7.1-5).
Os judeus não viviam o que ensinavam (v. 19-23)
Paulo afirma que o relacionamento entre judeus e gentios era de um cego querendo conduzir outro.
Exemplo do treinamento vivencial.
No sentido espiritual, quem tem a visão deve se compadecer de quem não tem e apontar a solução para seu problema, que é Cristo. Evidência da cegueira dos judeus = comportamento hipócrita. Ensinavam o que não praticavam. Ditado popular “faz o que eu mando, mas não faça o que eu faço”.
Os judeus envergonhavam o nome de Deus (v. 24).
As pessoas estão atentas para o comportamento das outras, principalmente...
O texto diz que os gentios blasfemavam contra Yahweh devido ao comportamento repreensível deles.
Você tem envergonhado o nome de Deus?
Não devemos desonrarmos a Deus para não sermos condenados com o “mundo” (1 Co 11.28-32). Cristianismo, entre a teoria e a prática. Fazer a diferença na sociedade em que está inserida para que suas práticas glorifiquem a Deus.
III – LIBERTAÇÃO DO RITUALISMO (Rm 2.25-3.8)
Os judeus exigiam a circuncisão, mas eram incircuncisos de coração (2.25-29).
Circuncisão: sinal externo que representa a fidelidade do judeu com sua fé e sua nação/Deus. Obrigatória e motivo de vanglória por pertencer ao “povo escolhido”. Procedimento de alguns judeus na época do império grego. A verdadeira circuncisão é aquela que acontece no interior do ser humano, em seu coração. O interior do ser humano que transforma seu exterior e não o contrário.
Os judeus transformaram somente em privilégio o que era uma responsabilidade (Rm 3.1-2).
Paulo não desmerece o privilégio de povo judeu de receber a revelação de Deus. Paulo critica o comportamento deles devido a esse privilégio. O recebimento da revelação das escrituras foi um privilégio, mas acima de tudo, era uma grande responsabilidade. Abraão e sua descendência foram escolhidos para intermediar as bênçãos à humanidade (Gn 12). Há um grande risco em transformar responsabilidades em privilégios.
Deus transforma a maldade humana em benção (Rm 3.3-8)
Perigo de interpretação: justificar suas mentiras e más intenções por um suposto bem para os outros. Israel teve uma função pedagógica para si próprio e para os não judeus. Transgrediu a Lei e comportou-se como pagão. Exemplo de mal sendo transformado em bem: José (Gn 50.15-21). A falha dos judeus foi transformada por Deus em benefício aos gentios.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nesta lição nos aprendemos que: os judeus que se achavam perfeitos e privilegiados por serem os receptores da revelação de Deus e portadores da Lei, diante de Deus estavam na mesma condição que os gentios; para alcançar a justificação os judeus precisavam abandonar a vida de hipocrisia, baseada em ritualismo e sinais externos. Os judeus intentavam transformar a responsabilidade de receber a revelação de Deus somente em privilégios pessoais.
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