Subsídios Lições Bíblicas - Jovens
Lição 10 - As Lutas dos Hebreus no Tempo da Conquista
2º Trimestre de 2020
Prezado(a) professor(a), com a graça de Deus, estamos iniciando o preparo de mais uma lição. Segue abaixo o subsídio elaborado pelo comentarista do trimestre, pastor Reynaldo Odilo:
Introdução
Israel peregrinou pelo deserto por 40 anos, no entanto, quando chegou às margens do rio Jordão, para, enfim, entrar em Canaã, ainda não estava preparado, no estágio que Deus desejava. Assim, o Senhor providenciou outras provações (diferentes das suportadas no deserto) para que os hebreus continuassem se aprimorando, começando pelo obstáculo natural da travessia do rio Jordão. Depois vieram os muros intransponíveis de Jericó. Outra aflição aconteceu quando Israel perdeu a guerra contra a cidade de Ai. Em seguida, a imprudente decisão tomada de receber inimigos cananeus como amigos, ao celebrarem um tratado de paz e proteção mútuas com os gibeonitas. Todas essas provações, à proporção que aconteciam, produziam em todo o povo hebreu novas experiências que faziam com que eles melhorassem diante do Senhor.
Por qual razão aqueles que andam com Deus precisam, frequentemente, passar por provações? C. S. Lewis, com razão, afirmou que “Deus sussurra em nossos prazeres, fala em nossa consciência, mas brada em nosso sofrimento: o sofrimento é o megafone de Deus para despertar um mundo surdo” 1. Certamente o sofrimento faz bem para o homem, conforme mencionou o rei Davi: “Foi-me bom ter sido afligido, para que aprendesse os teus estatutos” (Sl 119.71). Israel, assim, precisava passar por todos esses percalços até que Deus observasse que a nação realmente se convertera, ou então julgasse que aquela geração não tinha mais jeito 2.
Observe-se, também, que Deus tinha interesse no povo de Canaã e esse sofrimento era importante para que o remanescente se voltasse para Ele. Os heveus entenderam a mensagem e tornaram-se prosélitos, entretanto os habitantes dos demais reinos endureceram os seus corações. Os canaanitas, um dia, como diz Agostinho acerca das etapas do pecado na vida do homem, abriram as portas de sua casa para o mal, como a um estranho, mas, quando ele ultrapassa a soleira da nossa porta, logo se instala como um hóspede e, no último estágio, entroniza-se como dono da casa 3. Ao longo dos séculos Deus, com certeza, buscou meios de salvar os que habitavam primitivamente na terra prometida, entretanto, eles, como seus ancestrais, não deram lugar ao Senhor, antes permitiram que o mal se assenhorasse de suas vidas, seus bens, seus pensamentos, seus costumes, sua adoração. Com tudo isso que lhes estava acontecendo, pela chegada dos conquistadores hebreus, como diz Lewis, Deus estava bradando para despertar um mundo surdo.
Os capítulos 10, 11 e 12 de Josué narram diversas guerras travadas por Israel, demonstrando as três fases da conquista: 1ª – a ocupação da Palestina oriental (Transjordânia), antes da queda de Jericó; 2ª – vitória sobre Jericó e Ai, bem como sobre cinco Reis do Sul, que tinham feito aliança para destruírem a cidade real de Gibeão, e na conquista de um grupo de cidades que incluía Laquis e Hebrom.
A fase final da ocupação levou as forças israelenses ao interior da Galiléia e ao norte da Palestina, oportunidade em que os hebreus lutaram contra uma coalizão de cananeus chefiada por Jabim, rei de Hazor 4. As vitórias, em cada uma das etapas da conquista, foram registradas. Os triunfos sobre as cidades-reinos do Sul, por exemplo, apresentam-se descritas no capítulo 10, e no 11 conta-se o êxito sobre a confederação do norte; por fim, compila-se, no capítulo 12, os sucessos bélicos de Israel a leste do Jordão (Transjordânia), sob o comando de Moisés, bem como as vitórias concedidas após atravessarem o Jordão, sob a liderança de Josué.
I - Os Reinos do Sul
1- Deus reúne os inimigos do Sul
Quando ainda repercutia a precipitação dos líderes em relação aos heveus, surgiu inesperadamente uma nova guerra no horizonte: o rei de Jerusalém reuniu quatro reis vizinhos para juntos fazer-lhes guerra 5. Como os israelitas tinham pactuado, para evitar a destruição dos gibeonitas, caminharam aproximadamente 40 km, durante a noite, haja vista que o ataque estava previsto para o amanhecer, no afã de empreenderem uma sangrenta batalha. Pode-se imaginar o natural grau de insatisfação com que, pelo menos alguns, ou muitos, dos guerreiros hebreus deixaram o descanso de suas tendas e partiram, sem estratégia, sem conhecer os detalhes da peleja, correndo, humanamente, risco de serem massacrados, para defenderem aqueles que, até pouco tempo, eram inimigos figadais.
O que esses eventuais insatisfeitos soldados hebreus, talvez, não atinassem, em seu forte etnocentrismo, era que entre os gibeonitas, e entre todas as gentes, não existiam indivíduos comuns, nem pessoas que fossem simples mortais, pois todas as criaturas carregam em si o signo da imortalidade, na medida em que suportarão, após transporem os umbrais da eternidade, horrores imortais ou esplendores perenes 6. Quiçá, por esse possível embrutecimento, alguns rejeitassem com veemência a aliança com os gibeonitas, entretanto (como Deus é maravilhoso) milagres espetaculares aconteceram naquela guerra (chuvas de pedras mataram muitos inimigos e o sol e a lua detiveram-se para que Israel vencesse), ocasião em que todos puderam atestar que “jamais se viu tão claramente como nesse combate o quanto Deus auxiliava o seu povo” 7. Deus, com isso, chancelou o ato de bravura de Israel em defender o tratado de paz e proteção firmado em Seu nome.
O Altíssimo, assim, trazia um lampejo de sua graça em favor de pessoas que nunca haviam O servido liturgicamente, mas que, em seus corações, desejavam o fazer. Os que se levantaram para matarem esses novos convertidos – prosélitos, foram esmagados pelo exército de Deus. Os gibeonitas que não eram povo, passaram a ser “povo de Deus”, e acharam misericórdia debaixo das asas do Altíssimo, onde vieram se abrigar. Por isso, ninguém os poderia tocar – eram, pois, também, a partir daquele concerto, menina dos olhos de Deus!
Interessante perceber que Israel, nessa guerra, foi tragado para dentro de um conflito doméstico; os hebreus apenas foram defender um povo aliado. As medidas beligerantes iniciais foram tomadas pelos reis sulistas de Jerusalém, Hebrom, Jarmute, Laquis e Eglom. Eles deram legalidade para os israelenses entrarem na guerra, subjugarem as cidades e tomarem os despojos. Houve, assim, apenas uma reação à uma injusta agressão, o que faz toda a diferença sob o prisma da diplomacia, e do padrão da justiça divina.
2- Deus luta por Israel
Quando o conflito foi anunciado, logo no primeiro instante, Deus animou a Josué (Js 10.8) que, cheio de fé, viu o Senhor agir de maneira extraordinária. Josué já tinha enfrentado inúmeras perplexidades na vida, e sabia muito bem o que o Altíssimo faz quando seus filhos se encontram em dificuldades: Ele entra na batalha. Está escrito: "O SENHOR pelejará por vós, e vós vos calareis" (Êx 14:14, ACF). O Eterno assume o controle e provê tudo que é necessário à vitória. Ao seu povo, todavia, compete apenas confiar.
Assim, diante de um conflito em que Deus lutaria por seu povo, o Senhor conturbou os inimigos (Js 10.10). Numa guerra, esse é o primeiro estágio de uma fragorosa derrota: a debilitação do aspecto emocional. Nesse quadro abalo de ânimo, eminentemente desfavorável, Israel, de espada em punho, entrou na peleja e sagrou-se vencedor, colocando em fuga. Nesse momento, a fim dos inimigos não escaparem, o Senhor enviou uma tormentosa chuva de granizo sobre os que fugiam, matando milhares (Js 10.11). A guerra continuou durante todo o dia, e para que tudo ficasse resolvido, depois de Josué orar, o Altíssimo fez os movimentos do sistema solar “entrarem em pane”, e o sol brilhou por quase um dia inteiro sobre o campo de batalha, “ouvindo o SENHOR assim a voz de um homem” (Js 10.14).
Não há palavras para descrever quantos fenômenos extraordinários aconteceram naquele que foi o mais extenso dia de todos os tempos (Js 10.14). Lewis, anteriormente citado, dizia que a situação que os seres humanos menos querem vivenciar é, exatamente, o estado de dependerem unicamente de Deus, o que mostra como colocamos, em regra, nossa confiança nas coisas tangíveis desta vida 8. Israel, ao longo da história, demonstrou que o argumento de C.S. Lewis não é falacioso: realmente apresenta-se muito difícil depender exclusivamente de Deus. Entretanto, naquele dia memorável, Israel, certamente, quebrou essa lógica, mudou essa sina humana; estava mais convencido do que nunca de que valia a pena confiar totalmente no Senhor. Depender totalmente de Deus, estava provado, não era um fardo, mas um inaudito privilégio que é conferido a quem vive pela fé.
3- Deus usa de misericórdia
O Rio Jordão ser estancado, caírem os muros de Jericó, constituíram-se em eloquentes testemunhos para os Reis do Sul de Canaã. Agora, o Senhor fez chover pedras sobre os cananeus e fez o sol parar... Não era necessário dizer mais nada. Todos deveriam cair prostrados, ante à Sua Augusta Majestade. Aqueles povos depravados que, por séculos, estavam insultando a santidade de Deus, continuaram lutando, não se renderam, não dobraram os seus joelhos e choraram. Deveriam ter reconhecido seus erros e, arrependidos pedirem misericórdia e, com isso, seriam aceitos pelo Senhor e achariam o caminho da Verdadeira Vida. Os braços do Eterno estavam estendidos, aguardando-os, mas eles só pensavam em derramar sangue hebreu.Por óbvio, como diz o mesmo C.S. Lewis em outro lugar, Deus não deseja a morte do pecador, contudo, Ele nutre uma profunda hostilidade pelo pecado e, quanto a isso, ele “não será tolerado nem perdoado; nem aliança alguma será estabelecida com ele. Se o homem quiser ser salvo (...) essa mão precisa ser amputada” 9. Como dito anteriormente, no apocalipse, antes de Deus desatar os selos, derramar as taças e tocar as trombetas da sua justiça sobre a Terra, João viu o arco celeste ao redor do trono, como sinal de Sua misericórdia. Sempre é assim. Os homens, sejam maus como forem (e todos o somos, o que varia é a medida de nossa maldade), antes de serem objetos da Sua santa ira, são agraciados com uma oportunidade de arrependimento. Assim, essas guerras de extermínio, embora aparentassem estar fundadas em aspectos perversos e cruéis, possuíam premissas de bondade e pureza, posto que o Senhor é o Sumo Bem e a Suma Justiça. Nossa miopia espiritual, e a corrupção do nosso coração, são que fazem parecer injustificável a violência empreendida nos combates pelos conquistadores 10.
Com os reinos do Sul, como aqui comentado, não foi diferente. Deus estava lhes dando a última oportunidade, mas eles a rejeitaram, por isso lhes sobreveio a destruição.
II - Os Reinos do Norte
1-Deus reúne os inimigos do Norte
Os cananeus, que estavam divididos em sete nações, distribuídas em toda a terra prometida, eram muito beligerantes, inclusive entre si, conforme achados arqueológicos. Todos eles: da Região Central, Norte e Sul, eram devassos e profanos. Para se ter uma ideia, em Levítico 18 consta um extenso rol de perversões sexuais que Israel não deveria permitir, havendo uma declaração preambular, no versículo 3, na qual Deus diz: “[Não] fareis segundo as obras da terra de Canaã, para qual eu vos levo, nem andareis nos seus estatutos”, denotando o quão depravado era aquele povo.
Mister lembrar, nesse passo, que a palavra “cananeu”, que se constitui em expressão geralmente utilizada para aludir a todos os descendentes de Canaã (Dt 7.1), pode ser permutada por “amorreu”, conforme se vê em Gn 15.16, em que o Senhor disse: “Porque a medida da injustiça dos amorreus não está ainda cheia” (Js 24.15,18). Assim, os cananeus eram os descendentes do filho caçula de Noé (Cão) pela linhagem genealógica de Canaã (Gn 9.22,25), os quais moravam, pelo menos desde os dias de Abraão (Gn 12.6), precipuamente na Região que ficava a Oeste do Rio Jordão – a Cisjordânia (Js 22.9-11) 11.
Se a confederação sulista tinha muita gente, a do Norte reuniu um grupo maior ainda. O escritor bíblico diz, usando uma hipérbole, que o número deles podia ser comparado ao de grãos de areia na praia do mar (Js 11.4). Com isso, fazia emergir a presunção de que a quantidade de inimigos era bem maior que a dos guerreiros hebreus.
A bondade de Deus, mais uma vez, reuniu os inimigos para pelejarem contra Israel. Os israelitas, porém, tiveram receio (e quem não teria?), ao que o Senhor disse: “Não temas diante deles; porque amanhã, a esta mesma hora, eu os darei todos feridos diante dos filhos de Israel; os seus cavalos jarretarás, e os seus carros queimarás a fogo” (Js 11.6). Assim, depois de dizer aos hebreus que não tivessem medo, Deus marcou a hora do triunfo. Cada vitória, uma nova história! Os crentes sempre precisam de novos estímulos, e de novas promessas.
2- “As armas da nossa milícia não são carnais”
O apóstolo Paulo, falando sobre a caminhada do cristão aos crentes de Corinto, mencionava que as coisas mais importantes para os crentes são aquelas de natureza espiritual, haja vista que não temos que lutar contra carne ou sangue, mas contra os principados e potestades do mal (Ef 6.12). Nesse sentido, ele informava que as armas necessárias para vencer as fortalezas espirituais devem ser, antes, espirituais, trazendo consigo o poder de Deus para conceder vitória, e não as armas das estratégias humanas (2 Co 10.4) 12.
Josué também entendia que, na conquista da terra de Canaã, igualmente, as coisas mais importantes não eram as armas humanas de guerra, mas as armas do Senhor, as quais são poderosas para a destruição das fortalezas.
Em vários textos de Josué aparecerem frequentemente a frase: “feriram ao fio da espada” (Js 6.21; 8.24; 10.11,28,30,32,35,37,39; 11.10-12,14; 19.47), ou seja, os hebreus tiveram que ser fortes e corajosos para travarem luta corporal contra os inimigos, tendo como principal instrumento de ataque uma espada, forjada em bronze, a qual media entre 25cm a 30cm, bem menor que a espada feita por Eúde (Jz 3.16). Nada de muito especial. O segredo das vitórias deles era o Senhor e as nações sabiam disso (Js 9.9,10).
Bom lembrar que Israel usava lanças (Js 8.18), arcos (24.12), possivelmente fundas (Jz 20.16) e dardos (I Sm 18.10,11), mas nada disso poderia ser comparado ao arsenal bélico dos cananeus! Os espias enviados por Moisés, décadas antes, observaram esses detalhes, além da estatura dos inimigos e suas cidades fortificadas e, por isso, retroagiram.
Interessante perceber que o Senhor determinou que os hebreus aleijassem os cavalos de guerra e queimassem os carros (Js 11.6,9), porque Deus queria que os hebreus fossem poderosos na guerra (Hb 11.33,34) com base na fé, e não nas armas de combate.
3- Uma longa guerra
A Confederação do Norte foi liderada por Jabim, rei de Hazor, uma grande e fortificada cidade. Dezenas de governantes, que eram inimigos entre si, uniram-se para combater contra Israel, história que se repete até nossos dias.
Segundo Flávio Josefo, a guerra contra o Norte durou cinco anos, mas há estudiosos que afirmam que ela demorou sete anos, baseando-se na idade de Calebe. O que ressai aqui foi que, mais uma vez, a promessa feita pelo Senhor, de que a terra seria conquistada lentamente, cumpriu-se integralmente (Ex 23.20-30). Os anos se sucederam, mas as batalhas se estendiam, sem nenhum milagre estrepitoso, apenas os livramentos cotidianos e, sempre, os hebreus precisando estar alertas, pois os inimigos poderiam estar à espreita. No fim, tudo deu certo! Não é, porventura, assim, também, nossa jornada?
III - Conquistando o impossível
1- Moisés é lembrado
A morte não serve, apenas, para interromper a vida, ela também sepulta os sonhos mais caros, enterra as honras recebidas, e, por fim, extingue toda glória dos homens, transformando-os em matéria em decomposição. Deus fala sobre isso: “Toda a carne é erva, e toda a sua glória, como a flor da erva; seca-se a erva, e caem as flores, soprando nelas o hálito do Senhor. Na verdade, o povo é erva; seca-se a erva, e cai a sua flor, mas a palavra de nosso Deus permanece eternamente” (Is 40.6-8 ARA).
Moisés, como toda a humanidade, secou-se como a erva e perdeu toda a sua importância... Entretanto, não foi bem assim. As suas conquistas e as suas palavras nunca foram esquecidas. Deus, aliás, sempre fazia questão de lembrar ao povo, e ao próprio Josué, sobre seu obediente servo. PhillCallaway, sobre esse assunto, arremata:
Sabe, daqui a 100 anos ninguém vai se lembrar do tipo de casa em que eu morava, que modelo de carro eu dirigia, nem do tamanho da minha conta bancária. Daqui a 100 anos, ninguém vai se lembrar quantos best-sellers escrevi...Mas o mundo talvez seja um lugar melhor porque diminui a velocidade o bastante para ouvir a voz de Deus. Porque eu era importante aos olhos de uma criança. Porque aprendi a me contentar com as coisas que eu não tenho.13
Levando esse texto cifrado ao tempo final da Idade do Bronze, pode-se observar que Moisés preencheu os requisitos que o escritor americano mencionou. Ele parou para ouvir a voz de Deus, foi importante aos olhos de muitas crianças, as quais, com a experiência do deserto, transformaram-se em guerreiros, e nunca quis o que era dos outros (Dt 32.49). Moisés, passados mais de 3.000 anos, continua importante. Um dos personagens mais notáveis de todos os tempos, porque decidiu ser uma benção nas mãos do Senhor.
Interessante perceber, que o livro de Josué sempre menciona as conquistas de Moisés, bem como faz questão de demonstrar que todas as ações daquela geração de hebreus é o resultado da obediência ao que foi determinado por Moisés, servo do Senhor. Nunca se deve esquecer aqueles que nos abençoaram no passado, os quais deram o seu melhor para o crescimento do Reino de Deus na Terra.
2- O sol brilha sobre Gibeão
Na guerra contra a confederação do Sul, existe algo que merece um destaque especial, que foi condensado numa frase: “Sol, detém-te em Gibeão” (Js 10.12). Sobre essa cidade que estava prestes a ser destruída, o Altíssimo fez brilhar o sol por muito tempo. Essa mesma localidade, séculos após, receberia, novamente, um refulgente “Sol” brilhando sobre si, quando o tabernáculo do Senhor foi ali instalado no tempo de Salomão (1 Rs 3.4,5).
O Eterno estava anunciando a todos que Ele era o Rei sobre todos os astros celestes, tão grandemente adotados pelos cananeus, para mostrar que só Ele é Senhor Deus, e que não havia outro. Doutra banda, o Todo-Poderoso deixava um ensinamento inesquecível aos hebreus: A conduta consistente em socorrer um amigo, cujo vínculo tinha sido estabelecido em nome do Senhor, era algo agradável aos olhos do Eterno!
3- Israel vence 31 reis
Os cananeus, que moravam na Cisjordânia, estavam distribuídos em 31 reinos, e integravam sete etnias (Dt 7.1 –heteus, girgaseus, amorreus, cananeus (era uma etnia específica, mas também representava todos os habitantes da terra prometida), perizeus, heveus e os jebuseus). Todos esses povos foram conquistados por Josué (At 13.19), o que se constituiu em um grande milagre.
Somente Deus, em seu grande poder e misericórdia, poderia, em tão pouco tempo, fazer com que uma nação de ex-escravos conquistasse uma terra excelente, habitada há muitos séculos por povos mais fortes do que eles (Dt 7.1). Depois de ver toda essa luta, entende-se porque Deus tinha dito a Josué para dar o seu melhor (ser forte e corajoso) na conquista da terra prometida.
Conclusão
As cidades-estados do Sul e do Norte de Canaã eram grandes desafios para o povo hebreu. Impressiona a maneira como o Altíssimo, aos poucos, conforme prometera, foi removendo os obstáculos que impediam que Seu povo herdasse a promessa (Hb 11.8). Acerca dessa porção de terra, os israelenses compuseram hinos espaço (Sl 135.10,11) e até no Novo Testamento esse feito foi lembrado (At 13.19), por haver marcado indelevelmente a história do povo hebreu.
A partir de agora, o alimento seria produzido pela terra, e eles beberiam água da chuva caída dos céus (Dt 11.11,12). Era um novo tempo, com outros paradigmas do viver societário. Ainda assim, naquele lugar do qual manava leite e mel, a dependência de Deus ainda seria a única forma de viver bem e feliz.
1 LEWIS, C. S.. O Problema do Sofrimento. 1ª ed., São Paulo: Vida, 2006, p. 106.
2 LEWIS, C. S.. O Problema do Sofrimento. 1ª ed., São Paulo: Vida, 2006, p. 121.
3 YANCEY, Philip. Para que Serve Deus (livro digital). São Paulo: Mundo Cristo, 2011, p. 148.
4 HARRISON, R. K.. Tempos do Antigo Testamento. 1ª ed., Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p. 168.
5 JOSEFO, Flávio. História dos Hebreus. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p. 243.
6 LEWIS, C. S.. O Peso de Glória. São Paulo: Vida, 2008, pp. 48,49.
7 JOSEFO, Flávio. História dos Hebreus. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p. 243.
8 LEWIS, C. S.. Cartas a uma Senhora Americana. São Paulo: Vida, 2006, p. 62.
9 LEWIS, C. S.. Lendo os Salmos. 1ª ed., Viçosa: Ultimato, 2015, p. 39.
10 LEWIS, C. S.. A Anatomia de Uma Dor. São Paulo: Vida, 2006, p. 53.
11 W.E., Vine; editado por Merril F. Unger, William White, JR.Dicionário Vine. 1ª ed., Rio de Janeiro: CPAD, 2016, p. 61.
12 ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger.Comentário Bíblico Pentecostal. 2ª ed., Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p. 1108.
13 CALLAWAY, Phill.Bem Melhor que Dinheiro! 1ª ed., São Paulo: Landscape, 2007, pp. 24,25.
2 LEWIS, C. S.. O Problema do Sofrimento. 1ª ed., São Paulo: Vida, 2006, p. 121.
3 YANCEY, Philip. Para que Serve Deus (livro digital). São Paulo: Mundo Cristo, 2011, p. 148.
4 HARRISON, R. K.. Tempos do Antigo Testamento. 1ª ed., Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p. 168.
5 JOSEFO, Flávio. História dos Hebreus. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p. 243.
6 LEWIS, C. S.. O Peso de Glória. São Paulo: Vida, 2008, pp. 48,49.
7 JOSEFO, Flávio. História dos Hebreus. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p. 243.
8 LEWIS, C. S.. Cartas a uma Senhora Americana. São Paulo: Vida, 2006, p. 62.
9 LEWIS, C. S.. Lendo os Salmos. 1ª ed., Viçosa: Ultimato, 2015, p. 39.
10 LEWIS, C. S.. A Anatomia de Uma Dor. São Paulo: Vida, 2006, p. 53.
11 W.E., Vine; editado por Merril F. Unger, William White, JR.Dicionário Vine. 1ª ed., Rio de Janeiro: CPAD, 2016, p. 61.
12 ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger.Comentário Bíblico Pentecostal. 2ª ed., Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p. 1108.
13 CALLAWAY, Phill.Bem Melhor que Dinheiro! 1ª ed., São Paulo: Landscape, 2007, pp. 24,25.
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