sexta-feira, 16 de outubro de 2020

Lição 03 - 4º Trimestre 2020 - A igreja perseguida - Adolescentes.

 

Lição 3 - A igreja perseguida 

4º Trimestre de 2020

TEXTO BÍBLICO: Atos 7.54-59

DESTAQUE: Felizes as pessoas que sofrem perseguições por fazerem a vontade de Deus, pois o Reino do Céu é delas. (Mateus 5.10)

OBJETIVOS:
Enfatizar
 que ser perseguido por amor a Cristo não deve provocar medo, pois é uma honra;
Reforçar que aqueles que são fiéis até o fim serão galardoados no Céu por sua fidelidade;
Mostrar que os cristãos perseguidos tem a presença do Espírito Santo sobre a sua vida, como aconteceu com Estêvão, o primeiro mártir da Igreja.

Caro(a) Professor(a),

Na lição desta semana seus alunos conhecerão um pouco mais sobre a história da igreja. Um dos grandes desafios enfrentados pela igreja nos primeiros anos de existência foi a perseguição religiosa. 

Jesus anunciou aos seus discípulos quando ainda estava com eles neste mundo, que a Igreja passaria por momentos difíceis por causa da pregação do evangelho. Os discípulos deveriam estar preparados para lidar com a oposição e perseguições e, para isso, era necessário que estivessem cheios do Espírito Santo.

Nos dias atuais, há países onde pregar a Palavra de Deus é um grande desafio e muitos cristãos ainda sofrem, outros até mesmo morrem pela causa do evangelho.

De outro modo, há lugares onde há total liberdade religiosa, como é o caso do Brasil. Mas, infelizmente, o que deveria ser motivo de alegria e investimento na propagação do evangelho, tornou-se motivo para acomodação. 

Vejamos algumas recomendações de Cristo direcionadas aos seus discípulos no tocante ao sofrimento pelo evangelho:

A. A causa das perseguições.  

Em primeiro lugar, precisamos  destacar que  a perseguição não é por nenhum motivo particular dos discípulos. 

Infelizmente, nos dias atuais, muitos pensam que sofrer perseguição consiste em passar por aflições e adversidades cotidianas que fazem parte das intempéries da vida.

Por mais difíceis que sejam essas adversidades, estas ocorrem por motivos pessoais e em nada têm a ver com os sofrimentos e perseguições enfrentados pela igreja de Cristo nos primeiros dois séculos de existência.

Enquanto os sofrimentos presentes são de ordem pessoal, aqueles eram integralmente por conta da fé em Jesus Cristo e muitos entregaram a própria vida para serem mortos pela causa do evangelho (cf. At 7.58—8.1-3).

B. Uma resposta direcionada pelo Espírito Santo. 

Jesus ensinou aos seus discípulos que não seria necessário premeditar o que dizer quando fossem caluniados e acusados falsamente diante das autoridades. As palavras de sabedoria emanariam inspiradas da parte do Espírito Santo. Jesus ainda deixa bem claro que os perseguidores não poderiam resistir às palavras de sabedoria que certamente os convenceriam do erro. Isso aconteceu com o Senhor Jesus quando foi julgado pelos líderes judeus, mas infelizmente eles amaram mais a glória dos homens do que a glória de Deus e preferiram matar Jesus por inveja e receio de perderem o cargo instituído pelos romanos (cf. Jo 11.46-48; Mc 15.10).

C. Perseguição na família. 

Jesus anunciou também que os discípulos seriam entregues para serem mortos até mesmo por seus familiares.

Isso aconteceu e ainda acontece em alguns países, principalmente os que são de predominância mulçumana, onde parentes entregam à morte os próprios familiares por considerarem desobediência e blasfêmia ao islamismo quando alguém abandona a fé islã e volta-se para outra religião. 

Em outros países onde se tem liberdade religiosa ocorre também o preconceito quando um parente decide seguir Jesus. Muitos se tornam oponentes, alvos de chacota e passam a ser odiados por abandonarem as tradições familiares. 

Apesar de não ser uma perseguição nos mesmos moldes de outros países onde há a proibição em relação à pregação do evangelho, não deixa de ser desconfortável ter de enfrentar a rejeição e opressão dos próprios familiares.

D. Uma promessa de livramento. 

Apesar de toda dor e sofrimento, sejam estes de ordem física ou emocional, Jesus prometeu livrar-nos dos homens maus. 

Isso não significava que a morte não poderia ocorrer, mas o cuidado de Deus em preservar seus servos para que tivessem condições de continuar pregando o evangelho seria notável. 

Isso aconteceu várias vezes com os apóstolos, inclusive com Paulo, em suas viagens missionárias. 

Entretanto, Deus prometeu livramento aos seus servos. Jesus disse aos seus discípulos: “não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei, antes, aquele que pode fazer perecer no inferno a alma e o corpo” (cf. Mt 10.28).

Por mais preciosa que esta vida pareça a eternidade com Deus certamente é mais importante. A vida física pode até perecer, mas a vida eterna nunca perecerá porque nada poderá separar o crente fiel do amor de Deus (cf. Rm 8.35-39).

E. Na vossa paciência, possui a vossa alma.

Esperar com paciência que todas as lutas e perseguições cheguem ao fim não é algo fácil. Quando se está vivendo a experiência do problema, a angústia não nos deixa ter expectativa alguma. 

Mas a Palavra de Deus nos mostra que podemos nos gloriar nas tribulações, “sabendo que a tribulação produz a paciência; e a paciência, a experiência; e a experiência, a esperança. E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nosso coração pelo Espírito Santo que nos foi dado” (cf. Rm 5.3-5). 

Sentir alegria em meio aos caos exige da pessoa que passa pela dor, certa racionalidade e fé. Racionalidade para pensar que o caos que enfrenta pode ser administrado e fé para confiar que Deus não o deixará desamparado. 

Esse era o posicionamento dos apóstolos quando se deparavam com as lutas e perseguições por amor ao evangelho. Eles sabiam que a leve e momentânea tribulação não haveria de se comparar com o peso da glória que estava reservado (cf. 2 Co 4.16-18). 

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