Lição 13
O SACRIFÍCIO QUE
AGRADA A DEUS
29 de setembro de 2013
TEXTO ÁUREO
“Eu te oferecerei voluntariamente
sacrifícios; louvarei o teu nome, ó Senhor, porque é bom” (Sl 54.6).
VERDADE PRÁTICA
Ajudando os nossos irmãos, contribuímos
para a obra de Deus, e, ao Senhor, oferecemos a mais pura ação de graças.
COMENTÁRIO DO TEXTO ÁUREO
“Eu te oferecerei
voluntariamente sacrifícios; louvarei o teu nome, ó Senhor, porque é bom” (Sl
54.6).
Nosso texto áureo está
inserido no Salmo de numero 54, oração de Davi a Deus para que o salve dos seus
inimigos (Masquil de Davi para o
cantor-mor, sobre Neguinote, quando os zifeus vieram e disseram a Saul:
Porventura, não está escondido entre nós?), ou seja, um “masquil” significa uma poesia, neste
caso uma poesia de Davi para o cantor-mor. Cantor-mor
do tabernáculo (1 Crônicas 25.1), era um dos profetas que Davi separou para o
ministério do louvor e adoração. A expressão “sobre Neguinote”, neguinote trata-se de um instrumento de cordas.
A respeito do episódio dos zifeus, veja a passagem bíblica em 1 Samuel 23.
19-29.
Sobre a origem dos
sacrifícios, de acordo com o Dicionário Bíblico Wycliffe há “duas
opiniões”:
(1)
que eles têm sua origem nos homens, e que Israel apenas reorganizou e adaptou
os costumes de outras religiões, quando inaugurou, seu sistema sacrificial;
(2)
que os sacrifícios foram instituídos por Adão e seus descendentes em resposta a
uma revelação de Deus.
É possível que o primeiro ato
sacrificial em Gênesis tenha ocorrido quando Deus vestiu Adão e Eva com peles
para cobrir sua nudez (Gn 3.21). O segundo sacrifício mencionado foi o de Caim,
que veio com uma oferta do ‘fruto da terra’, isto é, daquilo que havia produzido,
expressando sua satisfação e orgulho. Entretanto, seu irmão Abel ‘trouxe dos
primogênitos das suas ovelhas e da sua gordura’ como forma de expressar a
contrição de seu coração, o arrependimento e a necessidade da expiação de seus
pecados (Gn 4.3,4). [Também é possível que a razão do sacrifício de Abel ter
sido agradável a Deus, em contraste com sua rejeição ao sacrifício de Caim,
tenha sido o fato de Abel ter trazido o que tinha de melhor (‘primogênitos’ e
‘sua gordura’) enquanto Caim simplesmente obedeceu aos procedimentos
estabelecidos — Ed.]
Em Romanos 1.21, Paulo
refere-se à revelação e ao conhecimento inicial que os patriarcas tinham a
respeito de Deus, e explica a apostasia e o pecado dos homens do seguinte modo:
‘Tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças’.
Depois do Dilúvio, ‘edificou
Noé um altar ao Senhor; e tomou de todo animal limpo e de toda ave limpa e
ofereceu holocaustos sobre o altar’ (Gn 8.20). Muito tempo antes de Moisés, os
patriarcas Abrão (Gn 12.8; 13.18; 15.9-17; 22.2ss), Isaque (Gn 26.25), e Jacó
(Gn 33.20; 35.3) também ofereceram verdadeiros sacrifícios.
Um grande avanço na
organização e na diferenciação dos sacrifícios ocorreu com a entrega da lei no
Monte Sinai. “Um estudo dos diferentes sacrifícios indicados revela seu
desenvolvimento final, visando atender às necessidades do indivíduo e da
comunidade” (Dicionário Bíblico Wycliffe. 1 ed., RJ: CPAD, 2009, p.1723).
O Salvo 54, onde está o nosso
texto áureo é um Salmo que está classificado no Livro II – Grupo devocional –
Salmos 42 a 72, mas é interessante notarmos que o grupo de salmos do 52 ao 64,
são de assuntos bastantes semelhantes, como seja, perseguição dos inimigos,
traição por falsos amigos, etc. De um modo geral, essas coisas trazem grande e
contínuos sofrimentos na alma humana. No entanto, há uma extraordinária lição
para aprendermos com esses salmos, especialmente o nosso o de número 54.
Quando qualquer um de nós
estiver atravessando situações similares, o caminho é recorrermos a Deus com oração,
adoração e louvores, como nos aponta o Salmo 54:
“Salva-me,
ó Deus, pelo teu nome, e faze-me justiça pelo teu poder.
Ó
Deus, ouve a minha oração, inclina os teus ouvidos às palavras da minha boca.
Porque
os estranhos se levantam contra mim, e tiranos procuram a minha vida; não têm
posto Deus perante os seus olhos. (Selá.)
Eis
que Deus é o meu ajudador, o Senhor está com aqueles que sustêm a minha alma.
Ele
recompensará com o mal os meus inimigos. Destrói-os na tua verdade.
Eu te oferecerei
voluntariamente sacrifícios; louvarei o teu nome, ó Senhor, porque é bom,
“Pois
me tem livrado de toda a angústia; e os meus olhos viram o meu desejo sobre os
meus inimigos” (Salmos 54.1-7).
RESUMO DA LIÇÃO 13
O SACRIFÍCIO QUE AGRADA A DEUS
I. A
PARTICIPAÇÃO DA IGREJA NAS TRIBULAÇÕES DE PAULO (4.14)
1.
Os filipenses tomam parte nas aflições do apóstolo.
2.
O exemplo da igreja após o Pentecostes.
3.
O padrão de amor para a Igreja. O
II.
REMINISCÊNCIA: O ATO DE DAR E RECEBER (4.15-17)
1.
Paulo relembra o apoio dos filipenses.
2.
O necessário para viver.
3.
"Não procuro dádivas".
III. A OBLAÇÃO
DE AMOR E SAUDAÇÕES FINAIS (4.18-23)
1.
A oblação no Antigo Testamento.
2.
A oblação e a generosidade dos filipenses.
3. Doxologia.
INTERAÇÃO
Com a graça de Deus chegamos ao final de mais um trimestre. Durante os
encontros dominicais fomos com certeza edificados, exortados e consolados por
intermédio da Epístola aos Filipenses.
Paulo foi um homem que colocou sua vida a disposição do Mestre. Seu ministério
esteve sempre em primeiro lugar. Muitos foram os sacrifícios que este abnegado
servo de Deus teve que fazer para que o Evangelho chegasse até aos confins da
terra.
Nem mesmo a prisão foi capaz de impedi-lo de levar as boas novas aos
perdidos. Ele pregou, ensinou e fez muitos discípulos, mesmo estando no
cárcere. Paulo padeceu muito, todavia ele ensinou os crentes de Filipos e a nós
também a termos uma vida cristã feliz. Sigamos o seu exemplo!
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a: Compreender como foi a participação da igreja
de Filipos nas tribulações de Paulo. Explicar
o ato de reminiscência entre Paulo e os filipenses. Analisar
a oblação e a generosidade dos filipenses.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
PALAVRA CHAVE
OBLAÇÃO:
Oferta sacrifical
comestível; na lição é a oferta que os filipenses entregaram ao apóstolo Paulo.
Além de apresentar assuntos de ordem doutrinária, a Epístola aos
Filipenses destaca a gratidão e a alegria do apóstolo Paulo. Nela, temos uma
das mais belas expressões de amor, confiança e contentamento de toda a Bíblia.
Na última lição deste trimestre, veremos Paulo apresentando a
assistência que recebera dos filipenses como oferta de amor e sacrifício
agradável a Deus.
O apóstolo descreve o quanto o seu coração se aqueceu com a
demonstração de amor e carinho dos filipenses. No final da epístola, ele revela
a sua total confiança na suficiência de Cristo, pois esta lhe concedeu força
para desenvolver o seu ardoroso ministério.
I. A PARTICIPAÇÃO DA IGREJA NAS TRIBULAÇÕES DE PAULO
(4.14)
1. Os filipenses tomam parte nas aflições do apóstolo. Paulo via a
participação dos filipenses em suas tribulações como o agir de Deus para
fortalecer o seu coração.
A expressão “tomar parte” (v.14) sugere a ideia de “partilhar com, ou coparticipar
de”. A igreja de Filipos estava participando das aflições e tribulações com o
apóstolo.
Ela sentia as agruras de sua prisão. Por outro lado, o apóstolo
sentia-se abençoado por Deus pelo fato de ser lembrado com tamanho amor e
ternura pela comunidade cristã filipense.
2. O exemplo da igreja após o Pentecostes. A igreja de
Filipos vivia a mesma dimensão de serviço da comunidade de Jerusalém nos dias
de Pentecostes (At 2.45-47). Com o seu exemplo, os filipenses nos ensinam que “tomar parte”, ou “associar-se”,
nas tribulações de nossos irmãos é mostrar-se amorosamente recíproco. Ou seja:
devemos nos amar uns aos outros, pois assim também Cristo nos amou.
3. O padrão de amor para a Igreja. O amor dos
filipenses para com o apóstolo Paulo mostra-nos que esse deve ser o padrão de
nosso cotidiano: a generosidade no repartir constitui-se em “sacrifícios que agradam a Deus” (Hb 13.16).
SINOPSE DO TÓPICO (I)
A igreja de Filipos vivia a mesma dimensão de serviço da comunidade
de Jerusalém nos dias de Pentecostes.
II. REMINISCÊNCIA: O ATO DE DAR E RECEBER (4.15-17)
1. Paulo relembra o apoio dos filipenses. O versículo
15 destaca a generosidade dos crentes filipenses em relação a Paulo. Mesmo
sendo uma igreja iniciante e pobre, assim que tomou conhecimento das
necessidades do apóstolo, a comunidade de fé de Filipos o apoiou integralmente
(v.16).
Com isso, os filipenses tornaram-se cooperadores do apóstolo na
expansão do Reino de Deus até aos confins da terra. É por isso que Paulo não
podia esquecer do amor que lhe demonstraram os crentes daquela igreja.
2. O necessário para viver. O versículo 16 revela-nos outro
grande fato. Enquanto o apóstolo estava em Tessalônica, a igreja em Filipos
continuava a enviar-lhe “o necessário” à sua subsistência.
No ato de “dar e receber”, os filipenses participavam do ministério de
Paulo, pois não tinham em mente os seus interesses, mas as urgências do Reino
de Deus.
Por outro lado, Paulo não se deixava cair na tentação do dinheiro. As
ofertas que ele recebia eram aplicadas integralmente na Obra Missionária.
O apóstolo bem sabia da relação perigosa que há entre o dinheiro e a
religião (1Tm 6.10,11). Tal atitude leva-nos a desenvolver uma consciência mais
nítida quanto às demandas do Reino.
Fujamos, pois, das armadilhas das riquezas deste mundo, pois, como
disse o sábio Salomão, “quem ama o
dinheiro, jamais dele se farta” (Ec 5.10).
3. “Não procuro dádivas”. Para o apóstolo, a oferta que
lhe enviara a igreja em Filipos tinha um caráter espiritual, pois ele não
andava a procura de “dádivas” (v.17). Quem vive do ministério deve aprender
este princípio áureo: o ministro de Deus não pode e não deve permitir que o
dinheiro o escravize.
No final de tudo, o autêntico despenseiro de Cristo deve falar com
verdade: “Não procuro dádivas”! Sua real motivação tem de ser o benefício da
igreja de Cristo. Assim agia Paulo. Ele dava oportunidade aos filipenses, a fim
de que exercessem a generosidade, tornando-os seus cooperadores na expansão do
Reino de Deus (v.17 cf. Hb 13.16).
SINOPSE DO TÓPICO (II)
Paulo não caiu na tentação do dinheiro. As ofertas que ele
recebia eram aplicadas integralmente na Obra Missionária.
III. A OBLAÇÃO DE AMOR E SAUDAÇÕES FINAIS (4.18-23)
1. A oblação no Antigo Testamento. A palavra
“oblação” está relacionada à linguagem proveniente do sistema sacrifical
levítico.
O termo remete-nos a estas expressões: “cheiro de suavidade” e
“sacrifício agradável e aprazível” (v.18).
E estas, por sua vez, estão relacionadas às “ofertas de consagração” a
Deus identificadas como “holocaustos” (Lv 1.3-17), “oferta de manjares” (Lv 2;
6.14-23), oferta de libação e oferta pacífica (Nm 15.1-10).
Portanto, quando falamos de oblação, referimo-nos a uma oferta
sacrifical comestível — azeite, flor de farinha etc. Uma parte era queimada
para memorial e a outra direcionada ao consumo dos sacerdotes (Lv 2.1-3).
2. A oblação e a generosidade dos filipenses. Paulo encara
como verdadeira oblação a assistência que lhe ofereciam os filipenses. Tais
ofertas eram-lhe como um “cheiro suave, como
sacrifício agradável a Deus” (v.18).
Assim, tendo em vista a generosidade praticada pelos filipenses, Paulo
declara com plena convicção: “O meu Deus, segundo
as suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por Cristo
Jesus” (v.19).
A expressão “o meu Deus” aponta para aquEle que haveria de suprir não
somente as suas necessidades, como também as dos filipenses e também as nossas.
Aleluia!
3. Doxologia. Os versículos 20 a 23 trazem a saudação final do
apóstolo à igreja em Filipos. E, como podemos observar, Paulo não poderia
concluir a sua carta de forma mais adequada: “A graça de nosso
Senhor Jesus Cristo seja com vós todos. Amém!” (v.23).
Ele denota, assim, que todo o enfoque da carta é Cristo, e que nós,
seus seguidores, temos de nos lembrar e viver por sua graça, pois “Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes
imputando os seus pecados” (2Co 5.19).
SINOPSE DO TÓPICO (III)
O ministro de Deus não pode e não deve permitir que o
dinheiro o escravize, pois sua real motivação tem de ser o benefício da igreja
de Cristo.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Após estudarmos esta tão rica epístola, o nosso desejo é que você ame
cada vez mais o Senhor Jesus, e dedique-se a ser uma “oblação de amor” a Ele.
O Senhor é o meio providenciado pelo Pai, a fim de reconciliar o mundo
com Deus. Exalte o Eterno, pois você foi reconciliado com Ele em Cristo Jesus.
A exemplo da igreja em Filipos, não esqueça: “a alegria do Senhor é a vossa
força” (Ne 8.10).
Para o encerramento do trimestre reproduza o quadro abaixo
conforme as suas possibilidades.
Utilize-o ao concluir a lição. Apresente aos seus alunos alguns temas
importantes que encontramos na Epístola aos Filipenses. Conclua perguntando à
classe o que eles aprenderam de mais significativo durante o trimestre e o que
gostariam de relatar para toda a classe.
VOCABULÁRIO
Doxologia: Manifestação de louvor e enaltecimento à divindade através
de expressões de exaltamentos (Deus seja louvado!) e hinos. Graça vicária: O
sacrifício de Cristo que nos substituiu. Reminiscência: Lembrança.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
RICHARDS, L. O. Comentário Histórico-Cultural do Novo
Testamento. 1 ed., RJ: CPAD, 2007.
PEARLMAN, M. Epístolas Paulinas: Semeando as Doutrinas Cristãs. 1 ed., RJ:
CPAD, 1998.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Teológico
“Saudações
Finais de Paulo” (4.21-23)
Considerando que as cartas seculares eram frequentemente concluídas
com um desejo de boa sorte ou boa saúde, do autor, para o destinatário, Paulo
concluiu tipicamente suas cartas oferecendo palavras de saudação (por exemplo,
Rm 6.3; 1Co 16.19; 1Ts 5.26). A epístola aos filipenses reflete este estilo,
pelo fato de o apóstolo concluir esta carta com algumas saudações finais. Esta
parte final da carta pode ter sido uma observação realmente escrita pelo
próprio Paulo, após seu escriba ter concluído a parte mais formal da carta.
Esta parte é destinada a várias pessoas dentro da igreja — possivelmente os
líderes mencionados no capítulo 1.1 (daí o uso do plural imperativo: ‘Saudai a
todos os santos em Cristo Jesus’).
No verso 21, Paulo não está somente trazendo uma saudação coletiva à
Igreja em Filipos, no mesmo sentido em que uma pessoa hoje pede a alguém que
‘cumprimente a todos’ em seu nome. Mantendo seu relacionamento afetuoso e
sincero com os filipenses, está pedindo que cada um, e todos os cristãos da
congregação, recebam a sua saudação.
As palavras finais de bênçãos proferidas por Paulo repercutem suas
palavras de saudação. “Seus seguidores são lembrados da ‘graça’ que lhes foi
estendida, pela obra vicária realizada em seu favor pelo Senhor exaltado
(2.6-11)” (ARRINGTON, F. L.; STRONSTAD, R. (Eds.) Comentário Bíblico
Pentecostal: Novo Testamento. 4 ed., Vol. 2, RJ: CPAD, 2009. p.511).
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
O sacrifício que
agrada a Deus
Chegamos ao fim da Epístola do apóstolo Paulo aos Filipenses. É importante
recordar que o tema geral deste trimestre objetivou aprendermos a humildade de
Jesus como exemplo para a igreja contemporânea. Em cada lição víamos a
humildade do Meigo Nazareno desdobrando-se na comunidade cristã antiga. À luz
da relação do apóstolo Paulo com a igreja filipense ao longo da epístola,
pode-se destacar três lições maravilhosas para vida eclesiástica contemporânea:
Uma igreja participante das aflições alheias. Quando estudamos a
Epístola aos Filipenses percebemos que a igreja não se fechava em si mesma.
Incentivada pelo apóstolo, os membros daquela comunidade eram incansáveis no
amor mútuo. Sua preocupação em repartir o que tinham com o apóstolo preso
denota a predisposição que os cristãos devem ter em repartir generosamente com
o outro aquilo que tem. Este é o sacrifício que agrada a Deus: “E não vos
esqueçais da beneficência e comunicação, porque, com tais sacrifícios, Deus se
agrada” (Hb 13.16).
Dar e receber: um ato amoroso. O apóstolo mantém o tom de gratidão
pelo carinho dispensado dos crentes de Filipos ao longo de toda a Epístola. Era
uma recíproca permanente. Paulo tinha as suas necessidades materiais supridas
pelos filipenses, enquanto estes achavam-se espiritualmente sanados pelo
apóstolo dos gentios. Uma relação como esta é o que Deus requer para sua
igreja. Um relacionamento baseado no amor, sem interesse egoísta, mas pelo fato
de estarmos ligados com o outro irmão pelo amor do Pai.
O verdadeiro sacrifício. Se tiver uma igreja que sabia adequadamente o
significado da palavra sacrifício ou oblação era a de Filipos. Ela encarnou
exatamente o que o apóstolo escreveu para os crentes romanos: “Rogo-vos, pois
irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis o vosso corpo em sacrifício
vivo, santo e agradável a Deus” (Rm 12.1). Os filipenses encarnaram isso até a
última consequência. Mente, coração e corpo estavam em plena sintonia para
fazer o bem, pois quem faz o bem em Deus, ama, e “quem ama aos outros cumpriu a
lei” (Rm 13.8). Aqui, não há sacrifício maior que amar. Deus não o rejeita.
Que a igreja de Filipos nos ensine o verdadeiro significado de
humildade, serviço e amor. Uma comunidade simples que nasceu a partir de uma
simples mensagem do Evangelho, mas que tem o poder de, com simplicidade, mudar
o mais duro dos corações. Ouçamos o que o Espírito diz através da comunidade de
Filipos!