segunda-feira, 18 de julho de 2016

Lição 04 - 3º Trimestre 2016 - O Trabalho e Atributos do Ganhador de Almas - Adultos.

Lição 04

O trabalho e atributos do ganhador de almas
3° Trimestre de 2016
1-CAPA-LBP-3-Tri-2016 Page 1
INTRODUÇÃOI – EVANGELISTA, GANHADOR DE ALMAS
II – ATRIBUTOS DE UM EVANGELISTA
III – O TRABALHO DE UM EVANGELISTA
CONCLUSÃO
Amar sem reservas a pessoa toda e não economizar esforços para alcançá-la em todas as esferas da sua existência é a razão da vida de todo evangelista. Este é o portador das Boas Novas, o arauto do Reino de Deus numa sociedade dominada pelas ideias e cosmovisões que afrontam o propósito do Altíssimo para a humanidade. Amar, amar, amar... É a palavra-chave do evangelista!
Antigo e Novo Testamento: a fundamentação bíblica do ministério do Evangelista
No Antigo Testamento, o ministério que lembra o do Evangelista neotestamentário é o de Profeta. A palavra hebraica que aparece em Isaías 40.9 e 52.7 traz a ideia de “mensageiro” e “pregador”. Note que o ministério do profeta veterotestamentário visava convencer o rei ou o povo dos seus pecados e os estimulava a fazer o caminho do arrependimento em amor e sinceridade.
Em o Novo Testamento, o ministério de Evangelista é apresentado claramente pelo diácono Filipe. O livro de Atos nos conta que este evangelista evangelizou uma cidade inteira: Samaria (At 8.4-7), além de levar o maior tempo individualmente com o eunuco (At 8.26-40). “Entendes o que lês?”, foi a pergunta do evangelista ao eunuco. Percebendo a inabilidade do eunuco com as Escrituras, o evangelista passou-lhe a explicar a Escritura.
Sagradas Escrituras: o fundamento de quem evangeliza
Tanto o Antigo quanto o Novo Testamento nos mostram que as Escrituras Sagradas são o fundamento do evangelista. O seu trabalho vai desde o anúncio do Evangelho à integração do novo convertido, passando obrigatoriamente pela apologia da fé evangélica. Essas frentes de trabalho passam pelas Escrituras como o esteio do ministério do evangelista. A Igreja de Cristo precisa de evangelista carismático que honrem a Deus e ame o próximo.
O Evangelista consciente do seu ministério
Não nos referimos aqui necessariamente a um ministério baseado na itinerância, até porque a itinerância contemporânea se dá muito mais para ministrar a crentes do que para ministrar entre não crentes. Portanto, a itinerância do evangelista é fundamentalmente uma itinerância secular, no sentido de encontro com os seculares, com os não crentes, os que não conhecem o Evangelho. O evangelista consciente do seu ministério não é necessariamente midiático, mas comunitário. Ele vai de comunidade em comunidade, rua a rua, casa a casa, pessoa a pessoa. Ele vai a lugares que ninguém vai. Ele prega onde Cristo nunca foi anunciado.
 Fonte: Revista Ensinador Cristão, Ano 17 - nº 67 – julho/agosto/setembro de 2016. 

Lição 03 - 3º Trimestre 2016 - O Dia Do Senhor - Jovens.

Lição 03

O DIA DO SENHOR (2.1-22)3° Trimestre de 2016
1-CAPA-JOVENS-PROFESSOR-3TRIINTRODUÇÃOI – A ALTIVEZ ORIUNDA DA PROSPERIDADE
II – O DIA DO SENHOR PARA ISRAEL
III – O DIA DO SENHOR PARA A IGREJA
CONCLUSÃO
De acordo com Soares, o termo hebraico para “dia” é yom, que pode significar “dia” literalmente (Jó 3.3) ou até período de tempo (Gn 2.4). Assim, segundo ele, o dia do Senhor indica o período reservado por Deus para o “acerto de contas” com todos os moradores da terra. Gerhard von Rad, estudioso do Antigo Testamento, analisa as imagens que acompanham esse dia escatológico, e conclui que o mesmo remonta às guerras santas do Senhor, ou seja, este dia se refere à ocasião em que Jeová aparecerá pessoalmente para aniquilar seus inimigos.
Portanto, não existe uma única definição da natureza do dia do Senhor na literatura profética, mas, diversos aspectos e imagens bíblicas que descrevem esse dia. Contudo, a principal ideia está relacionada ao grande julgamento e restauração do reino do Senhor. Também, podemos observar em Sofonias 1.15,16, uma das mais completas descrições do dia do Senhor. Assim, lemos que o dia de Jeová é:
a) Um dia de ira;
b) Um dia de aflição e angústia;
c) Um dia de ruína e devastação;
d) Um dia de trevas e escuridão;
e) Um dia de trombeta e grito de guerra.
Em Isaías, o dia do Senhor se refere principalmente à intervenção divina contra a altivez humana, expressadas no apego excessivo às riquezas e a desvios morais que culminaram em corrupção e idolatria, mas também diz respeito às histórias de proezas e grandes feitos de Deus intervindo milagrosamente na história do seu povo, Israel (Is 2.6-9, 17-18). Nesse caso de Isaías, o dia do Senhor, primeiramente alude à Judá e Jerusalém, mas, também se aplica aos últimos dias, pois a maioria das profecias bíblicas tem um cumprimento imediato e um cumprimento remoto, ou seja, aplicam-se num período de tempo próximo, mas também são aplicáveis há tempos mais distantes e escatológicos. 
I – A ALTIVEZ ORIUNDA DA PROSPERIDADE
O desenvolvimento econômico acabou não sendo visto como bênção de Deus; na realidade acabou se tornando em pedra de tropeço para o povo, uma vez que os induziu a cometer uma série de pecados: corrupção, mentira, arrogância, idolatria, enriquecimento ilícito, injustiças sociais e toda sorte de perversão advinda de uma má compreensão da prosperidade, que resultou numa má utilização da mesma (Is 2.8-12). O que sucedeu com o povo de Israel é que os reis e suas mais altas autoridades acumularam para si riquezas desnecessárias, mediante a prática de injustiças, indo contra o mandamento de Deus, o que fez com que seus corações se corrompessem. Frequentemente as riquezas excessivas apartam o coração humano da confiança em Deus (cf. Lc 12. 13-21; 34).
Com a riqueza, em alguns casos, vem a corrupção. Na verdade a corrupção vem desde os primórdios da humanidade, pois segundo a Bíblia, se manifesta já na queda da humanidade no pecado (Gn 3). Neste episódio, aprendemos que a corrupção está ligada com a cobiça, diz respeito a não satisfação com o que se tem e, portanto, resulta em todo tipo de ação (ainda que desonesta) para obter o que se não tem. O famoso “jeitinho brasileiro”, em muitos casos, pode ser uma forma disfarçada de corrupção, embora possa ter conotações positivas da cultura brasileira.
Lemos nos Evangelhos, que por diversas vezes Jesus foi tentado pelo diabo a se corromper, por meio da ganância, da fama e da celebração do poder. Todavia, Jesus não “se desviou com os assuntos deste mundo”, Ele permaneceu fiel à missão recebida do Pai celestial (Mt 4.1-11). Dessa maneira, se tornou modelo para todos àqueles que pretendem fazer a diferença no mundo, não se permitindo, assim, ser moldados pela corrupção do mundo (Rm 12.1-2).
II - O DIA DO SENHOR PARA ISRAEL
Assim, o povo de Deus seria finalmente vingado, por todos os sofrimentos impostos pelas nações pagãs, que lhe dominaram, resultando em más condições econômicas, sociais e políticas (Is 2.4). Sendo assim, esse dia possui aspectos políticos, tanto quanto espirituais. Na realidade, na perspectiva profética do Antigo Testamento, não se separa política e vida religiosa, ambas se encontram entrelaçadas. Mas este dia também representa a justiça de Deus sobre seu próprio povo que havia se apartado do culto verdadeiro e praticado os pecados descritos no tópico I, portanto, seria um dia de muito sofrimento para o povo de Deus.
No capítulo 1, o Senhor diz que a adoração de Israel não é autêntica. O Senhor não tem prazer nos animais que eles sacrificam. Quando o rito externo da religião, não vem acompanhado de atitude sincera e verdadeira do coração, o resultado só pode ser o descontentamento divino (Is 1.13-15). O profeta denuncia a idolatria de Israel, em que a criatura é servida como se fosse Deus (Is 2.8-9). Ainda, hoje, muitos entre a humanidade adoram obras feitas por mãos humanas, em explícita ofensa ao Criador, o único digno de adoração. Esta descrição profética de acusação de Israel pode ser relacionada ao materialismo atual, onde o ser humano atribui grande valor aos objetos materiais, em detrimento das pessoas.
Também, em nossos dias há apreço apenas pelos ricos e afamados, e, assim, a soberba humana é cultivada e Deus é desprezado. Mas, chegará o dia do Senhor, em que a glória da sua majestade afugentará os pecadores. Nesse dia os soberbos serão abatidos e humilhados. Há em todo o mundo um clima de guerra iminente no ar, especialmente, com o crescimento da tensão entre o Oriente e o Ocidente, devido aos crescentes atentados por parte de grupos extremistas islâmicos, etc. Portanto, o medo está por toda parte, não há paz no mundo. Mas, no futuro prometido pelo Senhor, ninguém mais precisará temer a guerra. Não se investirá mais recursos econômicos em ferramentas que fomentam a morte e o medo porque reinará o príncipe da paz, Jesus Cristo.
III - O DIA DO SENHOR PARA A IGREJA
Ao longo da tradição cristã o dia do Senhor é frequentemente associado à segunda vinda de Cristo. A principal perspectiva cristã é a pré-tribulacionista, ou seja, acredita na obra de Cristo que removerá a sua Igreja do mundo antes da grande tribulação. A tribulação será uma das formas de manifestação do juízo de Deus para com aqueles que não viveram segundo sua palavra.Mas antes desse dia, a igreja é desafiada a enxugar o choro dos que choram, porque no reino futuro não haverá choro, pregar o evangelho para os aprisionados porque o reino de Deus é de liberdade, a restaurar famílias porque o reino de Deus é de restauração, a pregar e viver a justiça porque o reino de Deus é de Justiça.
Subsídio escrito pelo próprio comentarista da Revista, Pastor Claiton Ivan Pommerening.

Lição 3 - 3º Trimestre 2016 - Igreja, Agência Evangelizadora - Adultos.

Lição 03

Igreja, Agência Evangelizadora.
3° Trimestre de 2016
1-CAPA-LBP-3-Tri-2016 Page 1
INTRODUÇÃOI – A FUNDAÇÃO EVANGELIZADORA DA IGREJA
II – A MISSÃO PRIORITÁRIA DA IGREJA
III – ANTIOQUIA, IGREJA MISSIONÁRIA
CONCLUSÃO
A Teologia Sistemática classifica a Igreja de Cristo com dois conceitos que se encontram nas Escrituras: igreja visível e igreja invisível. A igreja visível está identificada com aquele grupo de pessoas que se reúnem em nome de Jesus em várias partes do globo terrestre. É a igreja geográfica, étnica, forjada num tempo, numa história e numa cultura. É a igreja que celebra a Cristo em várias partes do planeta (cf. At 2.1; 13.1,2). Em relação à igreja invisível, as Escrituras Sagradas se referem a ela como a Igreja, Corpo de Cristo, formada por milhares de pessoas de todos os tempos e lugares. Essa Igreja é atemporal e sem limites geográficos. Nela, estão presentes crentes do passado, do presente e do futuro. A Bíblia chama essa Igreja de o Corpo Místico de Cristo; nome dado à Igreja Universal que Jesus fundou, onde Ele se fez o “cabeça” da Igreja, a “pedra de esquina”.
Uma comunidade escatológica e pentecostal
O Corpo de Cristo, a Igreja, nasceu historicamente no dia de Pentecostes, conforme narrado pelo evangelista Lucas, em Atos capítulo 2. Aquele evento foi posterior ao questionamento dos discípulos a Jesus Ressurreto acerca do futuro, principalmente a restauração do reino ao povo judeu (At 1.6-11): “Senhor, quando restaurarás tu neste tempo o reino a Israel?”. A resposta a essa pergunta desembocou na grande promessa feita a respeito da volta do Senhor: “Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o viste ir” (v.11). A Igreja é uma comunidade escatológica porque ela nasceu historicamente debaixo da promessa da vinda do nosso Senhor. Uma promessa confirmada também no Pentecostes, conforme a profecia de Joel pronunciada pelo apóstolo Pedro em sua pregação à multidão (Jl 2. 31,32; At 2.20,21). Judeus de diversas partes do mundo ouviram aquela mensagem poderosa.
A Igreja de Cristo é pentecostal porque historicamente nasceu sob o derramamento do Espírito Santo (At 2.1-13). Num pequeno cenáculo, pessoas foram cheias do Espírito Santo e começaram a falar noutras línguas, a profetizar e a tomar uma consciência de coragem e ousadia para proclamar as maravilhas de Deus à humanidade (At 2.14-36). Por isso, a natureza da atividade evangelística da Igreja deriva dessa consciência escatológica e pentecostal que produziu quebrantamento e uma conversão nunca dantes vista por aquela comunidade (v.37). O Evangelho tomara a mente e os corações das pessoas!
 Fonte: Revista Ensinador Cristão, Ano 17 - nº 67 – julho/agosto/setembro de 2016. 

Lição 2 - 3º Trimestre 2016 - O Contexto da Profecia de Isaías - Jovens.

Lição 02

O contexto da profecia de Isaías3° Trimestre de 2016
1-CAPA-JOVENS-PROFESSOR-3TRIINTRODUÇÃOI - CONTEXTO HISTÓRICO-POLÍTICO
II - CONTEXTO ECONÔMICO E SOCIAL}
III - CONTEXTO RELIGIOSO
CONCLUSÃO

Entender o contexto de um livro é um dos caminhos principais para perceber com melhor profundidade a riqueza do seu conteúdo. Conhecer o contexto demonstra o interesse profundo do interprete de qualquer livro ou mensagem. Quando nos referimos ao contexto de um texto, em outras palavras estamos buscando querendo saber sobre o ambiente que nasceu um determinado texto. No nosso caso em particular, a referência é o ambiente em que nasce o texto Bíblico. 
A imponência da linguagem dramática de Isaías, a profundidade de seus temas teológicos, o vigor da sua leitura sobre a história do povo israelita, justificam o fato de pregadores, teólogos e poetas, descreverem que os 66 capítulos do livro constituem uma peça fundamental dos livros proféticos do Antigo Testamento. Apesar de existirem outros profetas importantes, Isaías inaugura a tradição dos profetas literários. Portanto, todo o contexto a ser analisado, compreende o cenário político, social e religioso desse período de tempo.
Como ele era escriba ou cronista oficial do rei Uzias, fato que pode justificar o conhecimento que o profeta tem do cenário político do mundo de sua época, Isaías transitava com facilidade em círculos oficiais do governo de Israel. Enquanto Amós e Oséias atuaram no reino do Norte, Isaías é o primeiro profeta literário que atua no reino do Sul. No entanto, sua mensagem se dirige às duas casas de Israel (cf. Is. 8.14).
I - CONTEXTO HISTÓRICO-POLÍTICO.
A partir do oitavo século a.C., já não havia uma nação unificada em Israel. As questões políticas resultantes das desavenças na sucessão política de Israel após o período do Rei Salomão, geraram divisões na nação. Surgiu o Reino do Norte sob a liderança de Jeroboão e o Reino do Sul sob a liderança de Roboão.
Quanto a política interna do reino do Sul, o livro de Isaías está situado num percurso sucessivo de diferentes reis, com diferentes estratégias políticas e diferentes posições quanto a obediência à voz de Deus. A história de cada um desses reis, que também estão narradas nos livros de 1 e 2 Crônicas e 1 e 2 Reis nos revelam a relação muito próxima que Israel tinha entre o reinado político e a Aliança com Deus. As duas coisas caminhavam juntas, estavam diretamente ligadas uma a outra, pois uma afetava diretamente a outra.
Dois impérios mundiais servem de pano de fundo para as profecias de Isaías, o assírio e o babilônico. O primeiro comandado por Tiglate-Pileser III teve uma imbatível máquina de guerra. Por cerca de 130 anos aterrorizaram não apenas os habitantes de Israel e Judá, mas todo o Oriente Médio até o surgimento do Império da Babilônia. O rei assírio levantou um cerco em Jerusalém e em 732 a.C., atacou o rei de Damasco, Rezim, destruindo a cidade de forma que nunca mais se tornou significante nos tempos do Antigo Testamento. O sucessor de Tiglate-Pileser foi o rei Salmaneser V que reinou entre 727 a. C. a 722 a.C. Um de seus principais feitos foi a tomada de Samaria (Reino do Norte) em 722 a.C..
Os Assírios tinham um programa de deportação dos povos conquistados que foi criado para destruir o senso de nacionalismo ou identidade política. O objetivo era a mistura dos povos estrangeiros em um grande império étnica e politicamente genérico, para evitar revoltas. E isso aconteceu com o Norte de Israel, também chamado de Samaria.
Com a queda do império Assírio surge o império babilônico teve seu apogeu de 614 a.C. a 539 a.C. Um de seus principais reis foi Nabucodonosor II (604 a.C. a 562 a.C.), este conquistaria Judá e levaria o povo de Deus para o cativeiro em três levas distintas.
Dois acontecimentos importantes servem de foco para os capítulos 1 a 39 do livro de Isaías: a invasão a Israel pelo rei assírio Tiglate-Pileser III que serve de pano de fundo para a leitura principalmente dos capítulos 7 a 12, sendo a destruição de Damasco o principal acontecimento. O segundo acontecimento foi a tentativa de invasão de Senaqueribe ao reino de Judá, em 701 a.C., que resultou no envolvimento de Ezequias na coligação antiassíria. Isso causou a destruição de várias cidades fortificadas de Judá e o cerco de Jerusalém.
De modo didático, podemos dividir as profecias de Isaías em três períodos diferentes: inicialmente os oráculos foram para o período dos reis de Jerusalém, dentro do contexto em que ele vive (Is 1-39), com reis que foram tementes a Deus como Ezequias, mas também com reis que incentivaram a idolatria como Acaz. O segundo momento é direcionado ao anuncio de consolo e esperança para superarem as dificuldades e aguardarem o retorno com confiança em Deus (Is 40-55); e um terceiro momento é quando o povo voltaria do cativeiro para Jerusalém, predizendo um período de glória para Israel sob o reinado messiânico (Is 56-66).
Portanto, Israel e Judá divididos, questões sociais não resolvidas desde o reinado de Uzias até Manassés, ampliação dos interesses políticos das nações estrangeiras como a Assíria e Babilônia sobre o Oriente Médio, configuraram o cenário político e histórico que abrange a profecia de Isaías.
II - CONTEXTO ECONÔMICO E SOCIAL
No início do ministério profético de Isaías, Judá sob o reinado de Uzias, desfrutava de grande prosperidade. O reinado de Uzias pode ser descrito como o mais próspero que Judá conhecera desde a divisão da monarquia. Entretanto, a próspera situação econômica da nação foi acompanhada por uma série de vícios sociais. Neste período a desonestidade na vida pública e o abismo que se estabeleceu entre os ricos e os pobres eram os problemas sociais e econômicos predominantes.
A relativa prosperidade alcançada principalmente no reinado de Ezequias, possibilitou certa restruturação social e econômica em Judá. A reabertura do Templo, a regularização das contribuições do povo para o sustento dos sacerdotes e levitas, a celebração da Páscoa, as ofertas e dízimos voltaram a ser depositadas no Templo. Segundo a narrativa de 2 Crônicas 31.5, este relato indica a prosperidade econômica e social no período de Ezequias.
A partir da leitura do cenário político do início do século VIII a.C., principalmente no espaço entre 783 a.C. a aproximadamente 560 a.C., fica claro um princípio teológico que percebemos em quase toda a Teologia do Antigo Testamento: a estabilidade política, econômica e social de Israel estava sempre associada à vida religiosa.
III - CONTEXTO RELIGIOSO
Alguns reis deste período foram extremamente idólatras, isto levou o povo a apostatar da fé e da confiança em Deus. Nos tempos de Isaías, especialmente no reinado de Jotão e Acaz, a idolatria foi frequentemente utilizada pelos judeus, o que agravou a situação do povo diante de Deus. Além disso, este ambiente idólatra ajudou a incrementar as injustiças que eram praticadas na época. Uma das principais divindades adorada pelos judeus era Baal, deus da fertilidade e do fogo e por algumas vezes até mesmo chegaram a oferecer seus filhos em sacrifício aos deuses.
Apesar de o templo estar em Jerusalém e não ter sido destruído no primeiro momento, os impactos da deportação do Norte foram sentidos em Jerusalém. Os povos trazidos para Samaria, devido a política de mistura dos povos conquistados realizada pela Assíria, vieram de lugares tais como Babilônia, Cutá, Ava e Sefarvaim. Estes povos traziam suas práticas religiosas e seus deuses. O resultado disso foi um sincretismo religioso e a corrupção do sistema de adoração dos israelitas que haviam ficado.
Com a queda do reino do Norte em 722 a.C., período que compreende também a ação profética de Isaías, existiu um sincretismo religioso em Samaria, resultado da mistura anteriormente mencionada, associada a instrução dos sacerdotes enviados por Sargão III em Betel para ensinar o povo a adorar a Deus (2 Rs 17.27-28). Enquanto o povo adorava e servia o Senhor apenas com os lábios, continuavam a servir outros deuses nos altares idólatras.
Com a mistura praticada pelo povo na adoração a Deus e aos deuses dos povos que vinham, instalou-se uma falsa religiosidade, com alguns pecados graves. Os sacerdotes deixaram de ser honestos; criou-se uma religiosidade confusa e misturada com as práticas do culto a Baal e multiplicaram-se os pecados morais e sociais. Cristo nos chama para vivermos uma vida de integridade e pureza, mesmo diante do caos ético e moral que o mundo atual vive, fazendo diferença na sociedade, como o profeta Isaías que não se intimou diante de tantas dificuldades. Ele é um exemplo para nós, jovens cristãos, proclamarmos as verdades curadoras do evangelho de Cristo.
Subsídio escrito pelo próprio comentarista da Revista, Pastor Claiton Ivan Pommerening.

Lição 2 - 3º Trimestre 2016 - Deus, O Primeiro Evangelista - Adultos.

Lição 02

Deus, o Primeiro Evangelista
3° Trimestre de 2016
1-CAPA-LBP-3-Tri-2016 Page 1
INTRODUÇÃOI – A CHAMADA DE ABRAÃO
II – A PALAVRA DE DEUS É EVANGÉLICA
III – EXECUTANDO O TRABALHO DE DEUS
CONCLUSÃO
O Antigo Testamento é o primeiro documento da Bíblia Sagrada que conta a história de salvação do Deus Trino. Ali, o Altíssimo se deu a conhecer ao ser humano. Primeiro a Adão, depois a Abel, mais tarde a Sete. É bem verdade que em Adão, antes da Queda, a relação de Deus com o nosso primeiro pai era intensa, diária, como a de um pai com o filho que se veem, conversam e se relacionam em amor e carinho.
Após a Queda, portanto, essa relação foi dificultada. A Palavra de Deus diz que “as vossas iniquidades fazem divisão entre vós e o vosso Deus, e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça” (Is 59.2). O pecado transtornou uma relação amorosa e desembocou numa tragédia. A seção dos capítulos 1 a 11 de Gênesis dá conta dessa tragédia humana, isto é, a rebelião dos seres humanos contra Deus: multiplicação da violência humana; intensificação da promiscuidade; o gênero humano se corrompendo em todos os aspectos da vida. Enfim, mais tarde Deus trouxe o seu juízo com o Dilúvio (Gn 6).
Deus seu deu a conhecer
Os 11 primeiros capítulos de Gênesis relatam a tentativa da parte de Deus em se revelar ao homem e trazê-lo à consciência das coisas, à verdade dos fatos. Após a Queda, o ápice dessa autorevelação divina se deu com Abraão, onde foi estabelecida a Aliança de Deus, que efetivou essa autorrevelação divina para o homem (Gn 12-50). É a partir de Abraão que começa de fato a história da salvação de Deus por intermédio do seu povo, Israel. Por isso, faz todo o sentido dizer que Deus foi o primeiro evangelista, pois a primeira iniciativa de se revelar ao homem foi exclusivamente dEle. Ele quem se deu a conhecer. Após o Dilúvio e a geração de Noé, Abraão foi a primeira pessoa que entendeu e aceitou o propósito de Deus para efetivar a sua Aliança em toda a Terra.
Uma história evangélica
Logo, a história do Pentateuco (Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio), dos Escritos (Josué a Cantares) e dos Profetas (Isaías a Malaquias), que formam o cânon do Antigo Testamento, é a extensão dessa Aliança de Deus com Abraão — essa é uma das razões pelas quais o Antigo Testamento é indissociável do Novo. Nesse sentido, além de Abraão e Moisés, a história de Israel, sua poesia e seus escritos proféticos são comprometidamente evangélicos. O povo de Israel foi forjado por Deus para dar testemunho da grandeza e da beleza do seu Reino a fim de convencer as nações daquele tempo de que havia um único Deus, o criador dos céus e da terra: o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó.
 Fonte: Revista Ensinador Cristão, Ano 17 - nº 67 – julho/agosto/setembro de 2016. 

segunda-feira, 27 de junho de 2016

Lição 01 - 3º Trimestre 2016 - Conhecendo o Livro de Isaías - Jovens.

Lição 01

Conhecendo o livro de Isaías
3° Trimestre de 2016
1-CAPA-JOVENS-PROFESSOR-3TRIINTRODUÇÃOI – TEMA, DATA, AUTORIA E LOCAL
II – OBJETIVOS DE ISAÍAS
III – CONTEÚDO DE ISAÍAS
CONCLUSÃO

1. CONSIDERAÇÕES A RESPEITO DO LIVROEste livro trata de um dos profetas mais celebrados do Antigo Testamento, com muita profundidade teológica, especialmente na Cristologia e na Escatologia, tendo em vista sua grande capacidade literária em ser poeta e orador, um artista de palavras, um grande estadista, reformador e teólogo. Portanto, ao mesmo tempo em que é extremamente gratificante ler Isaías, deparamo-nos com a complexidade de seus vaticínios. Desta forma, tenho consciência de que existem lacunas neste livro, o que o torna aberto a críticas, todavia me esforcei para que a mensagem do profeta fosse contextualizada, ciente da distância cultural, histórica e religiosa que nos separam do texto escrito há 2.700 anos, por este motivo também estou aberto a críticas.
Para a contextualização seguiremos o senso de justiça aguçado, que é próprio da juventude, e a sua educação para a cidadania, diante dos grandes desafios brasileiros para combater a corrupção, que tem como uma das primeiras consequências a injustiça social. Por este motivo, me ative a necessidade de tornar compreensível a mensagem de justiça e esperança de salvação contida em Isaías. Para tanto, dei especial destaque a textos clássicos do profeta: as denúncias de injustiça social, sua chamada, o servo sofredor e a vida e ministério do Messias, seguindo a divisão dos capítulos sugeridos pela editora CPAD para a lição de jovens, objetivo principal desta obra.
Os escritos do profeta Isaías são uma das mais grandiosas produções teológicas do Antigo Testamento. Sua mensagem é profunda e parte de alguém que conhecia o ambiente onde estava inserido, de modo que, tomado pela inspiração divina, foi muito assertivo nas suas profecias, especialmente as que predisseram a vinda messiânica de Jesus Cristo. Nenhum outro profeta se referiu a este fato com tantos detalhes quanto ele. Sua pregação foi marcada por uma paixão sacerdotal, descrevendo Cristo, seu serviço e sacrifício com muita clareza, sendo por isso mesmo chamado de o evangelista do Antigo Testamento ou ainda o “Evangelho de Isaías”. Seu livro também é chamado de “O livro da Salvação”, sendo uma das mais importantes obras da literatura bíblica hebraica depois do Pentateuco. O próprio Jesus leu Isaías. Portanto, tanto o conteúdo do livro quanto sua autoria são ratificados e confirmados no Novo Testamento.
O profeta tem uma beleza poética e riqueza literária ao escrever que encanta qualquer leitor, por isso também é chamado de “Rei dos Profetas”. Muitas expressões e palavras utilizadas não se encontram em nenhum outro lugar do Antigo Testamento. Dentre as mais importantes destacam-se o “Renovo do Senhor” (Is 4.2), “Emanuel” (Is 7.14), “O povo que andava em trevas viu uma grande luz” (Is 9.2), “todos se alegrarão perante ti” (Is 9.3), “seu nome será Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz” (Is 9.6), “rebento do tronco de Jessé” (Is 11.1), “anunciador de boas-novas” (Is 41.27), “meu servo” (Is 42.1), “o meu Eleito, em quem se compraz a minha alma” (Is 42.1), e “o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e, pelas suas pisaduras, fomos sarados” (Is 53.5). Um dos ápices das profecias de Isaías se dá nos capítulos 52 e 53 quando ele compõe o Cântico do Servo Sofredor, cujo conteúdo salvífico aponta para o sofrimento, padecimento, morte e ressurreição do Messias.
A elaboração teológica, obviamente, segue a linha da ortodoxia professada pela Assembleia de Deus, especialmente o Método Histórico Gramatical, aceito pela maioria das igrejas pentecostais. Preocupando-se sempre em manter a inspiração, a veracidade, o vaticínio e a predição dos textos bíblicos, como histórica e doutrinariamente são ensinados. Assim, estes subsídios e lições de EBD pretendem honrar quem é “Senhor da história [e] aquele que pode permitir que o futuro seja contado com antecedência.”
I – TEMA, DATA, AUTORIA E LOCAL
Tem-se afirmado que existem duas ou três grandes porções distintas em Isaías, diferentes entre si no estilo literário e nas abordagens, embora estejam em unidade entre si. Uma que vai do capítulo 1 ao 39, outra do 40 ao 55 e outra do 56 ao 66, organizadas em épocas diferentes, chegando alguns a dizerem que poderiam ter sido escritas durante e exílio, portanto na Babilônia, e no período pós-exílico, em Jerusalém. Contra esta afirmação pode-se dizer que a mudança de estilo pode ser resultado da variação de propósito do autor, mudança do destinatário, estado de ânimo, a idade ou outra influência sobre o autor e necessariamente não indica que este seja outra pessoa. Portanto, tradicionalmente atribui-se a autoria de todo o livro a Isaías, filho de Amoz.
Antes de ser profeta, Isaías era o cronista, o que escrevia as histórias reais, do rei Uzias: “Quanto ao mais dos atos de Uzias, tanto os primeiros como os últimos, o profeta Isaías, filhos de Amós, o escreveu.” (2 Cr 26.22). Portanto, este texto bíblico confirma o fato dele ter vivido por um longo tempo no palácio real e desfrutado de privilégios reais. Esta informação aponta que o profeta, para ser cronista, era um erudito escritor que provavelmente teve uma formação escolar muito avançada em relação àquela época, demonstrando que o profeta de Deus, nos tempos bíblicos e muito mais hoje, pode perfeitamente conciliar estudos acadêmicos com unção divina, desfazendo a compreensão errônea de que os estudos ou a teologia esfriam a fé e a devoção. O leitor poderá argumentar que esta realidade é do passado, mas a prova de que é presente é o fato das igrejas pentecostais no Brasil não possuírem universidades (apenas faculdades) e não terem nenhum programa stricto sensu (mestrado e doutorado) para fomentar estudos e pesquisas sobre a teologia pentecostal, sendo esta em boa parte dependente das teologias das igrejas históricas, muitas das quais negam a experiência com o Espírito Santo nos moldes das igrejas pentecostais. A absorção de teologias cessacionistas tem ocasionado esfriamento espiritual das igrejas pentecostais na questão da liberdade à operação do Espírito Santo e desvios em relação à compreensão da atuação deste por falta de teologias pentecostais, afastando algumas igrejas desta nova maneira de ser igreja que os pentecostais trouxeram para o mundo evangélico.
II – OBJETIVOS DE ISAÍAS
O tema central de Isaías é o amor de Deus demonstrado no socorro ao seu povo através do sacrifício do Servo Sofredor, ou seja, a grande salvação de Deus, apesar da situação calamitosa. Por isso, os objetivos de Isaías ao escrever eram: falar contra a rebeldia, a idolatria e a falsa religião; denunciar a injustiça social; anunciar o juízo de Deus (o cativeiro babilônico) diante do pecado; e anunciar a vinda do Messias, o único que seria capaz de libertar o povo do pecado e trazer completa libertação. O profeta desenvolve seu conteúdo demonstrando quem é o Deus que Israel deveria servir; fala sobre o Espírito de Deus (Is 11.1-2; 32.15; 42.1; 61.1; 63.14); anuncia o Messias e discorre escatologicamente sobre a glória do Reino futuro que será perfeito com Cristo como seu rei eterno.
Os capítulos do livro foram, em sua maioria, escritos seguindo a lógica da experiência do profeta (Is 6), descrita no capítulo 7 deste livro, que vai além da simples narrativa transformadora. Ela é um esquema de várias profecias de seu livro, estabelecendo uma estrutura de pensamento da seguinte forma: (1) é exposta a santidade de Deus de forma clara (Is 6.1-4); (2) traz-se a consciência e a realidade do pecado (Is 6.5: “sou homem de lábios impuros”); (3) mostra-se a iminência do castigo divino como consequência do pecado (Is 6.5: “Ai de mim, estou perecendo”); e (4) aponta-se para uma esperança concreta de salvação (Is 6.6-7).
III – CONTEÚDO DE ISAÍAS
Os conteúdos proféticos bíblicos de modo geral apresentam as seguintes temáticas, que também estão presentes em Isaías: (1) profecia como instrução e orientação ao povo; (2) discernimento e interpretação de fatores sociais, econômicos, políticos e religiosos, presentes ou iminentes; (3) acusação, condenação e juízo; e (4) esperança e promessa de restauração com base nas alianças e na misericórdia de Deus.
CONCLUSÃO
Boa e abençoada aula e aprendizado! Será um prazer estarmos juntos neste trimestre. Em caso de contribuições ou dúvidas envie-me um e-mail para: claitonebd@gmail.com.
Subsídio escrito pelo próprio comentarista da Revista, Pastor Claiton Ivan Pommerening.

Lição 01 - 3º Trimestre 2016 - O que é Evangelização - Adultos.

Lição 01

O que é Evangelização
3° Trimestre de 2016
1-CAPA-LBP-3-Tri-2016 Page 1
INTRODUÇÃOI – EVANGELISMO E EVANGELIZAÇÃO
II – POR QUE TEMOS DE EVANGELIZAR
III – COMO EVANGELIZAR
CONCLUSÃO


Desde o tempo apostólico, a Igreja teve o entendimento de que a natureza da sua existência é dependente do ato de proclamar o Evangelho a toda a humanidade. Após o derramamento de Pentecostes, a Igreja não teve dúvida de que o seu caminho era proclamar com alegria e amor o Cristo Crucificado e Ressurreto a fim de que todo ouvinte quebrantasse o coração e se rendesse à soberania de Cristo (At 2.37).
A mudança de foco
Infelizmente, em muitos lugares hoje, a igreja não tem mais anunciado o Cristo Crucificado e Ressurreto, pois tem mudado o foco do seu anúncio. Ora, antigamente, a “fórmula” da pregação apostólica era resumida em “Cristo foi crucificado”, “Mas ressuscitou ao terceiro dia” e “Arrependei-vos e crede no Evangelho!”. Porém, hoje, em muitos lugares, não é mais assim. Graças a Deus, ainda há igrejas que apresentam o convite de salvação com o mesmo propósito com o qual os santos apóstolos apresentavam, honrando a Cristo e às Sagradas Escrituras. Mas, temos a incômoda sensação de que esse comportamento não é mais a regra.
Crentes, mas sem saber em que creem.
Não é difícil conhecermos pessoas que frequentam um templo e que se dizem membros de uma igreja evangélica, mas quando perguntadas sobre como Jesus Cristo foi apresentado a elas, de pronto ouviremos: “Aquele que resolve todos os meus problemas” ou “Quem me faz prosperar”; ou ainda “Aquele que me faz triunfar”. Embora não sejam teses mentirosas, esses relatos não são o testemunho que os santos apóstolos deram a vida toda, entregando as próprias vidas a fim de salvar pessoas da perdição eterna. Para a nossa tristeza, atualmente, é possível encontrar membros de igreja que nunca ouviram sobre a gravidade e a seriedade do problema do pecado.
Um convite
Por isso, o presente trimestre é um convite para a Igreja de Cristo recuperar a alegria de comunicar o Evangelho genuíno. As fórmulas são muitas! É preciso buscar todos os meios disponíveis para evangelizarmos. Não apenas o eletrônico, digital, por intermédio da televisão ou da internet, mas principalmente no relacionamento pessoal. As melhores e mais eficazes evangelizações se deram num bate papo de uma praça de alimentação, na rua, em uma casa, nas escola, num shopping, no consultório médico, na sala de aula, numa roda de colegas, no transporte público como ônibus, táxi, avião etc. O contexto muda, pois o mundo está em constante transformação, mas o objetivo da mensagem é o mesmo: apresentar o Cristo Crucificado, o Cristo Ressuscitado e fazer o convite ao arrependimento.
 Fonte: Revista Ensinador Cristão, Ano 17 - nº 67 – julho/agosto/setembro de 2016. 

terça-feira, 14 de junho de 2016

Lição 12 - 2º Trimestre 2016 - A Família de Jesus - Jovens.

Lição 12

A família de Jesus
2° Trimestre de 2016
topojovensINTRODUÇÃOI - PRÉ- HISTÓRIA FAMILIAR
II - VIDA SOCIAL
III - VIDA ESPIRITUAL
CONCLUSÃO
Deus pensou no homem e o visitou, quando uma estrela brilhava sobre Belém. Houve a encarnação do verbo, o qual entrou na história da humanidade, mudando-a para sempre. Para tanto, o Senhor escolheu uma família de carne e osso, imperfeita, para que através dela o perfeito Salvador fosse conhecido ao mundo. Essa família será o referencial nesta lição.

I - PRÉ- HISTÓRIA FAMILIAROs primórdios da família de Jesus são importantes, a fim de se ter uma visão global do projeto divino chamado Encarnação do Verbo. Para tanto, mister entender quem eram essas pessoas escolhidas por Deus, as quais comporiam a família do Redentor. Inequivocamente, tratam-se de pessoas nobres (1), não apenas pela ascendência real que possuíam, mas pelo altruísmo de suas condutas ao longo da vida.
Em várias ocasiões, entretanto, além do amor e nobreza nos gestos, observava-se a extrema coragem de José e Maria (2)... Não deixaram se vencer pelo medo nos momentos de conflitos, quando corajosamente enfrentavam o sistema político e o religioso farisaico apenas com a fé em Deus.
Outra característica marcante dos pais de Jesus era a obediência (3). Nunca acharam que um fardo, que Deus lhes pedia que carregassem, fosse considerado pesado demais. Sempre obedeciam com alegria às ordens do Senhor. Isso aconteceu quando, por divina revelação, Maria e José saíram de sua zona de conforto (a partir da anunciação pelo anjo Gabriel), abandonaram suas rotinas, e seguiram por um caminho diferente do planejado, para cumprirem o plano do Senhor.
II - VIDA SOCIALA vida da família do Filho de Deus, do ponto de vista social, foi desabastecida de bens materiais. Excluindo os presentes dos magos, tudo o mais na Bíblia demonstra que eles eram pobres (1). Ora, é de sabença curial que o serviço braçal de carpinteiro era pouco remunerado, não lhe sobrando muitos recursos financeiros... Tanto é assim que, na apresentação de Jesus, foram imoladas aves (porque eram carentes) e não cordeiros ou bezerros, que eram as ofertas dos ricos. 
Entretanto, mesmo diante da pobreza, a família do Nazareno era solidária com todos (2). Cumpriam a máxima de que "não há ninguém tão pobre que não possa dar e nem tão rico que não possa receber". A solidariedade dessa família insigne pode ser vislumbrada no evento das bodas de Caná (Jo 2) quando a "família de Jesus" resolveu um problema o qual, socialmente, eles não tinham nenhuma responsabilidade.
Também resta patente, nas Escrituras, que a família do Messias era trabalhadora (3). O carpinteiro de Nazaré, ou mesmo o filho do carpinteiro, como era chamado o Senhor por seus colegas de adolescência e conhecidos, denota um dos traços característicos da Sua família. Aliás, o próprio Jesus afirmou que o Pai trabalha até agora, e ele também (Jo 5.17).

III - VIDA ESPIRITUAL
A fé dos pais de Jesus, José e Maria, era extraordinária (1). Não era superficial, mas profunda. Sabiam, desde o início, que aquele menino seria o cumprimento de muitas profecias bíblicas (Is 7.14; 9.6) e, por isso, transformaram-no no motivo pelo qual viveriam. Mudaram, por causa do primogênito, a base da sua moradia para o Egito (aliás, essa não foi a primeira vez que o Egito abrigou o povo de Deus). Somente uma coisa justificava isso: uma comprometida fé no Senhor.
Entretanto, como nem tudo são flores na vida daqueles que servem a Deus, no curso da vida do casal José e Maria nasceram outros filhos, os quais, quando o Cristo assumiu seu ministério, tornaram-se incrédulos e zombadores (2), - uma situação, certamente, muito triste para a matriarca.
Com o passar do tempo, porém, após a ressureição do Salvador, como sói acontecer, a família de Jesus venceu a dúvida e o medo (3), sendo que alguns meio-irmãos do Senhor se tornaram baluartes da fé cristã na igreja primitiva.
CONCLUSÃOA família de Jesus, como qualquer família contemporânea, teve seus altos e baixos. Houve momentos de tensões, em que seus irmãos acreditavam que o Senhor estava fora si (Mc 3.21), em que zombaram do Redentor (Jo 7.3-5 - a inveja contaminou a muitos naquela época) mas depois entenderam que eram eles, na verdade, quem estavam perdidos. 
Arrependidos e convertidos, foram aceitos e perdoados por Deus, tendo participado do maior avivamento mundial de todos os tempos... Por isso, saíram ao mundo anunciando que Jesus Cristo era o Salvador!
Subsídio escrito pelo próprio comentarista da Revista, Pastor Reynaldo Odilo. 

Lição 12 - 2º Trimestre 2016 - Cosmovisão Missionária - Adultos.

Lição 12

Cosmovisão Missionária
2° Trimestre de 2016
topomaravilh
INTRODUÇÃOI – UMA IGREJA HETEROGÊNEA (Rm 14.1-12)
II – UMA IGREJA TOLERANTE (Rm 14.13-23)
III – UMA IGREJA ACOLHEDORA (Rm 15.1-13)
CONCLUSÃO
Se há uma característica que podemos confirmar na carta do apóstolo Paulo aos Romanos é o sentimento missionário do apóstolo. Paulo era um homem de coração voltado para as missões. O Espírito Santo usou a instrumentalidade de Paulo para o Evangelho atingir a civilização ocidental. Por isso, podemos notar características muito profundas na visão missionária de Paulo.
A visão missionária de Paulo
O capítulo 15 de Romanos mostra a primeira predisposição de o apóstolo anunciar o Evangelho a quem nunca ouviu falar sobre ele. Neste sentido, veja a fala do apóstolo: “E desta maneira me esforcei por anunciar o evangelho, não onde Cristo houvera sido nomeado, para não edificar sobre fundamento alheio” (v.20). A partir deste texto, uma característica essencial que brota naturalmente de Paulo é a sua forma honesta de fazer Missões em que ele jamais anunciaria Cristo onde Ele já fora anunciado. Imagine o impacto que essa visão paulina traria em nossa prática missionária nos tempos modernos!
A visão missionária que esteja voltada para as pessoas é a mais fiel em relação ao Evangelho, pois ela não está voltada para um projeto de extensão de instituições religiosas, mas simplesmente em alcançar corações e mentes que ainda não conhecem a Deus e a justiça do seu Reino. Outra característica que encontramos na visão missionária de Paulo é a esperança. Note o versículo 24: “quando partir para a Espanha, irei ter convosco; pois espero que, de passagem, vos verei e que para lá seja encaminhado por vós, depois de ter gozado um pouco da vossa companhia”.
De acordo com alguns estudiosos, é problemática a questão se o apóstolo Paulo chegou ou não à Espanha. Entretanto, a epístola de Clemente à Igreja de Corinto e o fragmento muratoriano (uma cópia da lista mais antiga que se tem dos livros do Novo Testamento) são considerados argumentos fortes em relação à ida do apóstolo à Espanha. Apesar do tempo, dos obstáculos do ministério e de tantas outras questões que afligiam o apóstolo, ele não deixou de ter esperança e novos planos. Mas antes, ele planejara ir à Jerusalém para ministrar aos santos (v.25). Predisposição para anunciar Cristo onde Ele não fora anunciado e esperança renovada na missão de Deus são características que brotam naturalmente da leitura da epístola paulina: “Assim que, concluído isto, e havendo-lhes consignado este fruto, de lá, passando por vós, irei à Espanha” (v.28).
 Fonte: Revista Ensinador Cristão, Ano 17 - nº 66 – abr/mai/jun de 2016.