quinta-feira, 24 de maio de 2018

Lição 09 - 2º Trimestre 2018 - Um Lugar de Abrigo - Juniores.


Lição 9 - Um Lugar de Abrigo

2º Trimestre de 2018
Texto bíblico – Isaías 25.4; Mateus 11.28,29

Prezado(a) professor(a),

Na lição desta semana seus alunos aprenderão que a Casa de Deus é também um lugar de abrigo. E quando falamos abrigo não estamos delimitando apenas o espaço físico como um local de ajuda aos necessitados. Mas também o espaço igreja como um local de acolhimento aos necessitados, aos abatidos de coração e aos que se encontram entristecidos por qualquer motivo, desde os mais simples até os mais complexos.

A igreja assume o papel de lugar de acolhimento porque ali se encontram pessoas que estão aprendendo novos valores para suas vidas. Valores estes que estão mudando a maneira como essas pessoas pensam e se comportam. Dentre as verdades que norteiam o novo tipo de conduta assumida pelos crentes perante a sociedade está o amor ao próximo. Esse mesmo amor é o que leva a igreja a funcionar como um lugar de apoio e acolhimento ao necessitado. Jesus afirmou: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve” (cf. Mt 11.28-30). A igreja de Cristo como representante dEle na terra tem a responsabilidade de acolher todos os que estão cansados a sobrecarregados.

A Bíblia de Estudo Pentecostal (1995, p. 1409) comenta este episódio da seguinte maneira:
O generoso convite de Jesus destina-se a ‘todos os que estais cansados e oprimidos’ com os problemas da vida e os pecados do próprio ser humano. Quem vem a Jesus e torna-se seu servo e faz a sua vontade, Ele o alivia de suas insuportáveis aflições e lhe dará descanso, paz e seu Espírito Santo como guia. Deste modo podemos suportar as provações e inquietações da vida, como o auxílio e a graça de Deus (ver Hb 4.16).
O cuidado de Deus se apresenta na vida de todo aquele que entrega e confia a sua vida aos cuidados do Senhor. O seu papel, professor, é conduzir seus alunos à compreensão de que na presença de Deus eles podem encontrar segurança. Entender também que a Casa de Deus é um lugar onde eles podem ser acolhidos e do mesmo modo devem acolher aqueles que precisam de ajuda. É tão bom quando chegamos a um lugar e somos bem recebidos e aceitos. Certamente sentimos vontade de retornar ao local porque entendemos que ali é um lugar prazeroso para se estar. Assim deve ser a Casa de Deus, e todos os que fazem parte de uma congregação, devem fazer o possível para tornar este lugar o mais agradável possível; um lugar de abrigo e acolhimento para todos os que estão cansados e sobrecarregados com as adversidades da vida.
Para reforçar o ensinamento da lição de hoje, sugerimos a seguinte atividade:
Confeccione cartões com palavras relacionadas com a importância de estar na Casa de Deus, por exemplo: gratidão, comunhão, alegria, paz, harmonia, amor, fé, acolhimento, etc. Fixe os cartões no quadro com fita adesiva na parte de trás. Cada aluno deverá escolher um cartão e dizer por que a Casa de Deus é um lugar especial, considerando a palavra escrita no cartão. Ex.: A Casa de Deus é um lugar especial por que... < Amor > é um local onde as pessoas aprendem a amar o seu próximo.
Thiago Santos
Educação Cristã - Publicações CPAD
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas lições da Revista Juniores. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo. 

Lição 08 - 2º Trimestre 2018 - A Igreja é um Lugar onde se fala a Verdade - Juniores.


Lição 8 – A Igreja é um Lugar onde se fala a verdade
2º Trimestre de 2018
Texto bíblico – Efésios 4.24,25.
Prezado(a) professor(a),
Na aula desta semana seus alunos aprenderão que a igreja é um lugar onde se fala a verdade. O hábito de falar a verdade deve ser treinado desde cedo. Há muitas crianças que aprendem a mentir porque encontram nos pais ou mesmo nos irmãos esse tipo de comportamento. Por esse motivo, caro professor, é importante que você reforce aos seus alunos o dever de falar sempre a verdade.
Em geral, crianças aderem à mentira como um meio de não sofrer determinada punição por algo errado que tenham cometido ou por vergonha. São situações adversas que seus alunos precisam aprender lidar para que não cresçam com o hábito de vê na mentira um meio de sempre tirar vantagem em qualquer situação.
A Bíblia recomenda falar sempre a verdade. O apóstolo Paulo escreve aos efésios e exorta os irmãos a deixarem a mentira: “Vistam-se com a nova natureza, criada por Deus [...]. Por isso não mintam mais. Que cada um diga a verdade para o seu irmão na fé, pois todos nós somos membros do corpo de Cristo!” (4.24,25). É importante destacar esta verdade aos seus alunos, pois Deus espera obediência daqueles que fazem parte da comunhão com Cristo.
Seus alunos ainda são crianças que estão entrando em uma fase de muita curiosidade e descoberta. Nesta etapa os amigos podem influenciá-los a se comportarem de modo egoísta e desobediente. Por isso é tão importante que aprendam os valores básicos da Palavra de Deus e mantenham-se firmes.
Considere ao menos estes dois motivos pelos quais os Juniores podem aderir à mentira e comente sobre eles, mostrando a necessidade de manterem-se firmes na verdade:
1. Mentir por medo. O medo encontra na mentira uma espécie de fuga da realidade. Quando uma criança mente é porque tem medo de sofrer a punição por conta do erro que cometeu. Ensine seus alunos a criarem o hábito de confessarem suas culpas quando fizerem alguma coisa errada. Isso não é vergonhoso, pelo contrário, é uma demonstração de humildade. A Palavra de Deus nos ensina que: “Quem tenta esconder os seus pecados não terá sucesso na vida, mas Deus tem misericórdia de quem confessa os seus pecados e os abandona” (cf. Pv 28.13). Ensine-os a criar o hábito de orar, confessando os erros cometidos ou admitirem quando errarem com alguém.
2. Mentir por vergonha. Sentir-se envergonhado por qualquer motivo faz parta da fase que os seus alunos estão atravessando. Muitos não querem reconhecer suas limitações ou admitir que não sabem realizar determinada tarefa. Então, como forma de esquivar-se da gozação dos colegas, muitos encontram na mentira uma saída para não passarem vergonha. Neste caso, caro professor, mostre aos seus alunos que a timidez é uma limitação que pode ser vencida. O apóstolo Paulo escreve a Timóteo e mostra ao jovem a importância de superar a timidez com ousadia e coragem: “Pois o Espírito que Deus nos deu não nos torna medrosos; pelo contrário, o Espírito nos enche de poder e de amor e nos torna prudentes” (cf. 2 Tm 1.7).
Destaque aos seus alunos que eles não precisam sentir vergonha das próprias limitações, afinal de contas, não somos perfeitos. Esta é uma oportunidade de ensiná-los a lidar com as próprias fraquezas. Reconhecer as limitações é uma oportunidade de aprender a superá-las, ou, se for o acaso, minimizar os impactos que tais limitações podem trazer para a vida. Apresente o exemplo do apóstolo Paulo (cf. 2 Co 12.7-9).
Para reforçar o aprendizado de seus alunos, a seguir, uma sugestão de atividade:
Confeccione cartões e descreva um resumo de episódios bíblicos com informações trocadas. Coloque os cartões em uma bolsa e peça para cada aluno retirar um cartão e contar a história corretamente. Ao final, mostre aos alunos a importância da verdade sempre prevalecer. Reforce que não devemos nos atrever a inventar uma história ou fato que nunca ocorreu. Deus se agrada quando falamos a verdade!
Exemplo de história: 1 Sm 17.32-58:
ERRADA: Davi se dispõe a lutar contra o Gigante Adrameleque. Davi contou ao rei Samuel que já havia enfrentado um lobo e um urso para proteger as ovelhas.
CORRETA: Davi se dispõe a lutar contra o Gigante Golias. Davi contou ao rei Saul que já havia enfrentado um leão e um urso para proteger as ovelhas.
Thiago Santos
Educação Cristã - Publicações CPAD
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas lições da Revista Juniores. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo. 

quarta-feira, 23 de maio de 2018

Lição 09 - 2º Trimestre 2018 - O Dom de Variedade de Línguas - Pré Adolescentes.


Lição 9 - O Dom de Variedade de Línguas

2º Trimestre de 2018
A lição de hoje encontra-se em: 1 Coríntios 12.10; 14.2-28.

Prezado(a) professor(a),

Na lição desta semana seus alunos conhecerão mais um dom espiritual concedido à sua igreja: o dom de línguas estranhas. O dom de línguas está entre os dons que manifestam a mensagem de Deus, porém, tem a função unicamente de corroborar o crente com poder divino em seu interior. Em muitas ocasiões este dom é mal compreendido pela igreja, trazendo muitas dificuldades desnecessárias. Deus deseja derramar da sua graça renovadora sobre cada crente na intenção de torná-lo cheio do seu Santo Espírito, porém, a mensagem que Paulo direciona à igreja de Corinto é: “faça-se tudo decentemente e com ordem” (cf. 1 Co 14.40).
O dom de línguas é uma das manifestações do Espírito Santo no seio da sua igreja que tem o propósito de edificação espiritual. Diferentemente de outros dons que operam com vista no coletivo da igreja, este dom tem como alvo da sua atuação o crente individualmente. Isso revela que, embora Deus tenha a preocupação de operar para que todo o seu povo seja fortalecido na fé, Ele também trata com seus filhos individualmente.
A respeito da manifestação deste dom o comentário da Bíblia de Estudo Pentecostal (1995, p. 1763) discorre:
No tocante às línguas (gr. glossa, que significa língua) como manifestação sobrenatural do Espírito, notemos os seguintes fatos: a) Essas línguas podem ser humanas e vivas (At 2.4-6), ou uma língua desconhecida na terra, e.g., ‘línguas... dos anjos’ (1 Co 13.1). A língua falada através deste dom não é aprendida, e quase sempre não é entendida, tanto por quem fala (14.14), como pelos ouvintes (14.16). b) O falar noutras línguas como dom abrange o espírito do homem e o Espírito de Deus, que entrando em mútua comunhão, faculta ao crente a comunicação direta com Deus (isto é, na oração, no louvor, no bendizer e na ação de graças), expressando-se através do espírito mais do que da mente (14.2,14) e orando por si mesmo ou pelo próximo sob a influência direta do Espírito Santo, à parte da atividade da mente (14.2,15,28; Jd 20). c) Línguas estranhas faladas no culto devem ser seguidas de sua interpretação, também pelo Espírito, para que a congregação conheça o conteúdo e o significado da mensagem (14.3,27,28). Ela pode conter revelação, advertência, profecia ou ensino para a igreja (cf. 14.6). d) Deve haver ordem quanto ao falar em línguas em voz alta durante o culto. Quem fala em línguas pelo Espírito, nunca fica em ‘êxtase’ ou ‘fora de controle’ (14.27,28).
Conhecer e saber como se comportar em relação à manifestação do Espírito no seio da igreja não é mérito de alguns, mas um exercício que todos os crentes devem aprender a fim de que o propósito de edificação da igreja seja alcançado. Portanto, caro professor, aproveite a oportunidade e converse com seus alunos a respeito das possíveis dúvidas que tenham sobre o dom de línguas estranhas. A seguir, algumas perguntas que podem nortear o diálogo: 1. As línguas estranhas podem ser aprendidas? 2. Qualquer pessoa pode receber o dom de línguas? 3. O que as pessoas estão falando quando expressam as palavras em línguas estranhas? 4. Há algum idioma que podemos estudar para compreender as línguas estranhas? 5. Você já falou em línguas estranhas? Como foi a sua experiência? Dialogue com seus alunos a partir destas perguntas e abra espaço para outras que surgirão durante a explicação.
Boa aula!
Por Thiago Santos
Educação Cristã - Publicações CPAD
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Pré-Adolescentes. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

Lição 08 - 2º Trimestre 2018 - O Dom de Discernir os espíritos - Pré Adolescentes.


Lição 8 - O Dom de Discernir os espíritos

 2º Trimestre de 2018
A lição de hoje encontra-se em: 1 Coríntios 12.10; 14.29; 1 João 4.1.
Prezado(a) professor(a),
Na aula desta semana seus alunos estão convidados a aprender sobre um dom que é de muita importância para a igreja, porém pouco procurado. Estamos falando do dom de discernir os espíritos. Além de recebermos a mensagem, é indispensável identificarmos qual é a fonte inspiradora de tais mensagens. Não são poucas as ocasiões em que nos deparamos com pessoas que se dizem profetas de Deus, no entanto os seus frutos revelam total incompatibilidade com a conduta regida pelo Espírito Santo.
Nos dias atuais, muitas pessoas querem assumir a posição de “profeta”, dizendo-se portadores da mensagem de Deus. Isso confirma a extrema necessidade de haver um sério discernimento quanto às mensagens que têm chegado aos ouvidos da igreja. O próprio apóstolo Paulo revelou que nos últimos dias sobreviriam “tempos trabalhosos” (2 Tm 3.1-5), um tempo de pessoas que não teriam o compromisso verdadeiro com o evangelho, o que ocasionaria o surgimento de falsas doutrinas e manifestações de espíritos de engano em toda parte. Infelizmente estamos vivendo este tempo, pois muitos já não querem frequentar a Escola Dominical, o ambiente de aprendizado da Palavra de Deus. Outros estão atrás de pessoas que se dizem profetas, porém, estes supostos “profetas” não obedecem aos seus pastores, não conhecem a Bíblia e querem levar muitos a crerem nas suas revelações.
É importante que seus alunos peçam a Deus que os conceda o discernimento de espíritos para que não sejam levados por qualquer vento de doutrina. É preciso aprender identificar a forma como Deus se manifesta na igreja. Para tanto, Eurico Bergstén, na obra Teologia Sistemática (1999, p. 113), define este dom da seguinte maneira:
Por meio desse dom, o Espírito Santo revela que Jesus tem ‘olhos como chama de fogo’ (cf. Ap 1.14; Sl 139.1,12). O portador do dom recebe pelo Espírito santo, como em um laudo, o resultado de uma análise vinda do laboratório de Deus sobre a qualidade exata do espírito que inspira e opera em determinadas pessoas. Esse dom revela a fonte de onde vem a inspiração das profecias e revelações, pois elas podem vir de inspiração divina (cf. At 15.32; 1 Co 14.3), podem representar o pensamento do coração daquele que as representa (cf. Jr 14.14; 23.16; Ez 13.2,3) ou podem provir de fonte impura ou contaminada (cf. Ap 2.20-24; Jr 23.13; 2.8; 1 Rs 22.19-24). O dom de discernir os espíritos é útil, pois constitui uma proteção divina, pela qual a Igreja fica guardada de más influências.
Não podemos ignorar que estamos vivendo este dia, do qual, profetizou o apóstolo Paulo. Portanto, desperte seus alunos para buscarem a Deus com seriedade e reforce o cuidado que devem ter para não serem confundidos com falsas revelações que trazem somente mais confusão para o entendimento. Mostre aos seus alunos que eles não devem abster-se de buscar os dons espirituais, porém o cuidado e discernimento são necessários para crescerem de forma saudável na presença de Deus.
Boa aula!
Por Thiago Santos
Educação Cristã - Publicações CPAD
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Pré-Adolescentes. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

Lição 07 - 2º Trimestre 2018 - O Dom de Profecia - Pré Adolescentes.


Lição 7 - O Dom de Profecia

A lição de hoje encontra-se em: 1 Coríntios 12.10; 14.1,3.

Prezado(a) professor(a),
Na aula desta semana seus alunos conhecerão um dos dons mais importantes e exercitados na obra de Deus. O dom de profecia, embora pouco compreendido no seio da igreja, é um dom fundamental na edificação do Corpo de Cristo. Assim como o dom de línguas tem a finalidade de fortalecer o crente espiritualmente de modo pessoal, o dom de profecia também exerce esta mesma finalidade, porém em sentido coletivo, ou seja, para toda a igreja.
É importante que seus alunos compreendam em que consiste a manifestação do Espírito Santo através de cada dom para que não fiquem confundidos. Nem toda manifestação espiritual tem origem em Deus, por isso é tão importante identificar se a pessoa que está expressando o dom, de fato, transmite uma mensagem coerente com os princípios bíblicos. Quanto mais no que diz respeito ao dom de profecia, por ser um dom que transmite de forma direta a mensagem do Espírito, deve passar por uma avaliação mais rigorosa.
No tocante ao dom de profecia, a Bíblia de Estudo Pentecostal (1995, p. 1757) define:
É preciso distinguir a profecia aqui mencionada como manifestação momentânea do Espírito da profecia como dom ministerial na igreja, mencionado em Ef 4.11. Como dom de ministério, a profecia é concedida a apenas alguns crentes, os quais servem na igreja como ministros profetas. Como manifestação do Espírito, a profecia está potencialmente disponível a todo cristão cheio dEle (At 2.16-18). Quanto à profecia, como manifestação do Espírito, observe o seguinte:
(a) Trata-se de um dom que capacita o crente a transmitir uma palavra ou revelação diretamente de Deus, sob o impulso do Espírito Santo (1 Co 14.24,25,29-31). Aqui não se trata da entrega de sermão previamente preparado.
(b) Tanto no Antigo, como no Novo Testamento, profetizar não é primariamente predizer o futuro, mas proclamar a vontade de Deus e exortar e levar o seu povo à retidão, à fidelidade e à paciência (1 Co 14.3).
(c) A mensagem profética pode desmascarar a condição do coração de uma pessoa (14.25), ou prover edificação, exortação, consolo, advertência e julgamento (14.3,25,26,31).
(d) A igreja não deve ter como infalível toda profecia deste tipo, porque muitos falsos profetas estarão na igreja (1 Jo 4.1). Daí, toda a profecia deve ser julgada quanto à sua autenticidade e conteúdo (14.29,32; 1 Ts 5.20,21). Ela deverá enquadrar-se na Palavra de Deus (1 Jo 4.1), contribuir para a santidade de vida dos ouvintes e ser transmitida por alguém que de fato vive submisso e obediente a Cristo (12.3).
(e) O dom de profecia manifesta-se segundo a vontade de Deus e não a do homem. Não há no Novo Testamento um só texto mostrando que a igreja de então buscava revelação ou orientação através dos profetas. A mensagem profética ocorria na igreja somente quando Deus tomava o profeta para isso (12.11).
As manifestações dos dons na igreja precisam estar em coerência com a ação do Espírito registrada no texto bíblico. Qualquer manifestação duvidosa que foge do padrão anunciado à igreja do Novo Testamento deve ser ignorada, porquanto não transmite a segurança e a edificação espiritual inerente à ação de Deus por intermédio deste dom.
Com base nas considerações apresentadas, converse com seus alunos se eles conseguem identificar a manifestação do Espírito na igreja através do dom de profecia. Abra espaço para perguntarem e apresentarem suas possíveis dúvidas. Ao final, ore ao Senhor pedindo que os conceda este precioso dom e a sabedoria necessária para administrá-lo.   
Por Thiago Santos
Educação Cristã - Publicações CPAD
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Pré-Adolescentes. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

Lição 06 - 2º Trimestre 2018 - O Dom de Operar Maravilhas - Pré Adolescentes.


Lição 6 - O Dom de Operar Maravilhas

2º Trimestre de 2018
A lição de hoje encontra-se em: 1 Coríntios 12.10; Atos 20.9-12.
Prezado(a) professor(a),
Na lição desta semana seus alunos estão convidados a conhecer mais um dom que Deus concedeu ao seu povo para edificação. O dom de Operar Maravilhas é uma manifestação que deixa claro que as grandes realizações do poder de Deus não estão restritas ao passado, mas se estendem também ao presente e ao futuro da igreja.
Os milagres sempre fizeram parte da história do povo de Deus, principalmente quando falamos da igreja de Cristo. Desde os tempos da igreja primitiva os milagres acompanhavam a mensagem da Palavra de Deus. Em alguns episódios os milagres eram evidências de que o poder de Deus verdadeiramente havia se manifestado em favor do seu povo. Outras vezes era uma prova para os incrédulos de que o poder de Deus está acima das forças das trevas. Mas o que importa para nós é saber que este é mais um dom que Deus deliberou para edificação da sua igreja.
O Comentário Bíblico Pentecostal (2003, p. 1013) classifica este dom da seguinte maneira:
[...] Paulo considera que as intervenções divinas são algo separado das curas já que “milagre” (dynamis) é, em geral, um termo abrangente usado para obras maravilhosas de todos os tipos. A expulsão de demônios em particular poderia ser uma função deste dom (veja At 16.18; 19.12) e estava entre as “maravilhas extraordinárias” que Deus realizou através de Paulo (19.11). Bittlinger (41) sugere que isto podia incluir a ressurreição dos mortos (At 9.36-42; 20.7-20) e os milagres da natureza (28.3,4). Incluiria também eventos como o julgamento da cegueira de Elimas, o mágico (o inverso da cura!) (13.9-11). Os primeiros discípulos oravam para que o Senhor realizasse curas, como também “sinais e prodígios” (4.29,30). O livro de Atos é um amplo testemunho de que a sua oração era respondida.
Um aspecto importante que seus alunos precisam saber é que Deus deseja conceder-lhes dons. Mas esses dons não são para o engrandecimento pessoal, e sim para revelar a magnificência do poder divino. Esses dons são alcançados à medida que os crentes se disponibilizam para o serviço na “seara do Senhor” e exercitam a fé, uma ferramenta indispensável para a realização de grandes feitos. A Palavra de Deus afirma que sem fé é impossível agradar ao Senhor (cf. Hb 11.6). Este dom não opera de forma independente, e sim em concomitância com o dom da fé. A operação de maravilhas inclui a realização de feitos inexplicáveis pela lógica humana.
Considerando as afirmativas da lição desta semana, compartilhe com seus alunos sobre a importância deste dom para a igreja dos dias atuais. Converse com eles sobre as manifestações que tem ocorrido na igreja e que muitos estão associando a Deus. Ajude seus alunos a identificarem quais são os critérios bíblicos para identificarmos quando um milagre procede de Deus. Reforce aos alunos que o objetivo dos dons que Deus concedeu à sua igreja é a glorificação do nome do Senhor e não para o engrandecimento do homem. Dedique alguns minutos ao final da aula para conversarem sobre o assunto.
Por Thiago Santos
Educação Cristã - Publicações CPAD
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Pré-Adolescentes. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

Lição 08 - 2º Trimestre 2018 - Ouvindo os Pais ou Ouvindo os Amigos? Adolescentes.


Lição 8 - Ouvindo os Pais ou Ouvindo os Amigos?

2º Trimestre de 2018
TEXTO BÍBLICO: Provérbios 17.6; Salmos 119.63.

OBJETIVOS:
Demonstrar a amizade como presente de Deus;
Refletir sobre a importância das amizades;
Conscientizar a respeito da amizade com os nossos pais.
Olá caro(a) professor(a),
O comentário da lição desta semana trata a respeito do relacionamento entre pais e filhos. Muitos pais já não sabem mais o que fazer quando o assunto é a amizade com seus filhos. Mesmo querendo o melhor para eles, em muitas ocasiões, os pais se veem perdidos quando o assunto é a educação dos filhos. Qual a melhor maneira de ensinar? Na aula desta semana seus alunos terão a oportunidade de refletir sobre este processo que não é fácil, mas deve ser observado com moderação para que tenham um relacionamento harmonioso e proveitoso com seus pais.
Parece uma disputa injusta quando a influência das amizades se torna mais notável que o conselho dos pais. Essa é uma questão que muitos pais não entendem e, então, apelam para a punição. Numa tentativa desesperadora de reter os filhos debaixo dos seus cuidados, muitos pais pensam que a proibição e a repressão farão com que os seus filhos se tornem mais obedientes. Mas o que se observa é justamente o contrário, ao invés de aproximá-los, muitos pais acabam afastando seus filhos de si devido às atitudes ásperas e uso da força. Há quem diga que foram criados assim e se tornaram adultos melhores, porém não se pode esperar que a geração atual, constituída de valores inversos e modismos totalmente contraditórios, terá a mesma disposição para sujeitar-se aos ensinamentos e práticas de outras épocas.
Neste caso, caro professor, o seu papel é de suma importância no que diz respeito à compreensão e aconselhamento. O maior desafio nesta situação é encontrar o ponto de equilíbrio entre convencer os pais a serem moderados em relação à forma como educam seus filhos e, por outro lado, convencer os filhos de que vale à pena percorrer o caminho da obediência, pois Deus tem uma promessa de recompensa para aqueles que são obedientes aos pais (cf. Ef 6.1-3).
Na obra de Elinaldo Renovato, A Família Cristã (2004, p. 42), publicado pela CPAD, encontramos a seguinte observação a respeito da relação entre pais e filhos: 
Há pais que pensam que estão fazendo tudo o que devem pelos filhos, quando, na realidade, estão fazendo apenas o acessório, e descuidando do principal. Um pai dizia: “Dou o melhor ao meu filho: escola, livros, roupa, comida abundante, calçados; levo-o à igreja; enfim, faço tudo o que um bom pai pode fazer. Mas meu filho não parece satisfeito. Me dá muito trabalho...”[...]
Muitas vezes, dar as coisas, pagar escola, levar à igreja, não passa de cumprimento estrito dos deveres gerais. Aliás, para dar tais coisas, não há sempre necessidade de pais. Uma instituição pode fazer isso até melhor; uma associação beneficente pode atender bem a tais necessidades. Uma coisa, porém, essas entidades não podem dar: o afeto verdadeiro, o afeto paternal!
Um pai ou mãe precisa dar, antes de tudo, e acima de tudo, afeto aos seus filhos. Isto é prática, não é teoria. Afeto é demonstração expressa do verdadeiro amor, é a aplicação dos sentimentos elevados de carinho dos pais para com os filhos. Isso é não só importante, mas indispensável.
Observe que a dedicação dos pais na criação dos filhos não se resume ao fato de suprir as necessidades materiais, mas principalmente, as emocionais. Investir tempo na criação dos filhos é um desafio enorme para qualquer pai nos dias atuais, tendo em vista que o tempo é escasso devido ao trabalho, aos estudos e outras responsabilidades que precisam arcar. De outro modo, o maior desafio dos filhos é identificar as limitações de alguns pais que, embora tenham o interesse em investir mais tempo com a família, estão limitados por conta dos motivos já citados.
Outro aspecto que requer a compreensão dos filhos são as limitações que alguns pais apresentam no tocante à demonstração de afeto. Muitos pais encontram dificuldade de expressar carinho aos seus filhos porque foram criados assim e não se despertaram para o fato de que precisam mudar esse tipo de comportamento. Cada pessoa reage de forma específica de acordo com o contexto onde foi ou está sendo criada.
Portanto, converse com seus alunos a respeito das dificuldades que alguns pais encontram para serem amigos de seus filhos. Ajude os seus alunos, como bons filhos e servos de Deus, a estarem comprometidos em fazer o que ensina a Palavra de Deus e a terem a moderação em compreender que os seus pais não são perfeitos e precisam de ajuda para lidarem com as circunstâncias dos dias atuais na educação dos filhos.
Ótima aula!
Thiago Santos
Editor do Setor de Educação Cristã da CPAD
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições da Revista Adolescentes Vencedores. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo. 

Lição 07 - 2º Trimestre 2018 - Na Separação entre os Pais, como Agir? Adolescentes.


Lição 7 – Na Separação entre os pais, como agir?

2º Trimestre de 2018
OBJETIVOS DA LIÇÃO
Explicar que a verdade de Deus é que o casamento seja indissolúvel;
Mostrar a realidade da separação;
Instruir sobre como agir na situação de separação dos pais.

Olá caro(a) professor(a),
Nesta lição vamos tratar a respeito de um assunto que faz parte da realidade que seus alunos estão vivendo ou pelo menos conhecem alguém que está enfrentando esta dificuldade: o divórcio dos pais. O processo de divórcio é um problema que muitas famílias estão passando e isso afeta diretamente a vida dos filhos em todos os sentidos. Há casais que residem na mesma casa, mas já estão separados há muito tempo. Resistem em abandonar o lar porque sabem que os filhos sofrerão duramente com a quebra do matrimônio. E quando não buscam a solução para o problema não resta outra saída a não ser cada um seguir o seu caminho. Mas Deus deseja reverter o quadro desta triste situação e seus alunos podem ser o canal de Deus para que um milagre aconteça.
A família é um projeto maravilhoso que Deus idealizou a fim de separar um povo seu que o adore com sinceridade e anuncie as virtudes do Reino Celestial em toda a terra (cf Jo 4.24; 1 Pe 2.9). O pastor Jamiel de Oliveira Lopes discorre a respeito do matrimônio em seu livro Psicologia Pastoral (2017, pp. 332, 333):
“A Bíblia ensina que o casamento é uma aliança entre um homem e uma mulher para união indissolúvel. Portanto, é mais do que um contrato civil ou exigência social. Ele foi instituído para que os cônjuges tenham sempre o compromisso de serem fiéis reciprocamente, na saúde, na doença, na felicidade, na adversidade. São propósitos do casamento: comunhão, fraternidade, compartilhar sonhos, fidelidade mútua, fraternidade e reciprocidade.
Com o casamento, o homem ‘deixa’ emocionalmente de ser filho para se tornar marido, e a mulher ‘deixa’ de ser emocionalmente filha para se tornar esposa. Se não houver esse ‘abandono’ emocional, haverá problemas no casamento, especialmente com relação aos sogros. Mas isso não significa que ambos deixarão de ter sentimento pelos pais.
[...] O plano original de Deus é que o homem e sua mulher deixem suas famílias e ‘unam-se’ um com o outro ‘até que a morte os separe’. A palavra ‘une’ significa ‘cimentar’ no hebraico. Deus disse que os dois seriam ambos uma carne. Esse é um relato da intimidade do casamento quando um homem e uma mulher casados expressam o seu amor mútuo e desfrutam dele através do ato sexual.
A separação e o divórcio não fazem parte do plano de Deus para o casamento. O relacionamento do casal conforme a Bíblia deve ser para sempre, até que a morte os separe.”
Tendo como base esses princípios bíblicos a respeito do casamento, o adolescente cristão deve estar seguro de que a família é um projeto de Deus. Sendo assim, administrar o conflito e as implicações de uma separação fazem parte do empenho dos filhos pela recuperação da família ou mesmo para minimizar os impactos que o divórcio podem causar. A seguir, algumas medidas que podem ajudar neste processo:

1. Em primeiro lugar é importante compreender que o seu aluno que está enfrentando uma situação muito difícil. Não é fácil saber que os pais a quem tanto amamos estão passando por este tipo de dificuldades e chegaram à conclusão de que não vale à pena continuar sendo uma única família. Entender seu aluno e mostrar apatia é fundamental para que ele saiba que não está sozinho diante desta dificuldade. Ele pode contar com o apoio da igreja e, principalmente, do Espírito Santo para ajudá-lo a superar esta difícil etapa.
2. Outro aspecto importante a ser conversado com os seus alunos é o fato de ter que aceitar a situação. Qualquer resistência a aceitar a nova realidade pode trazer mais sofrimento. Admitir que a situação é difícil não significa que não possa ser revertida. A família é um lindo projeto de Deus e seus alunos não devem desistir dela, mas aprender a lidar e se adaptar a esta nova realidade. Geralmente quando somos acometidos por problemas pessoais ou familiares isso absorve muita energia emocional. Portanto, é preciso cuidar da saúde e manter o controle sobre as emoções para que não sejam tomadas decisões precipitadas ou mesmo avaliações equivocadas sobre a situação.
3. Aprender a lidar com a nova realidade é uma oportunidade de aprendizado. Por isso, seus alunos não precisam se cobrar demasiadamente como se fossem os causadores do problema. Mostre para eles que a decisão da separação foi inteiramente dos pais e isso foge do controle dos filhos.
4. Identificado o problema e aceito o fato, agora é o momento de orar e buscar intensamente a face de Deus. Quando se tem um lar cristão o conhecimento a respeito da vontade de Deus torna-se mais fácil. A firmeza espiritual de seus alunos diante da situação será fundamental para que haja esperança em meio ao caos. Deus é poderoso para reerguer a família, mas é preciso compreender que as decisões e disponibilidade para obedecer a vontade de Deus são dispensadas ao ser humano.
Ajudá-los a administrar o conflito é o seu papel como professor da Escola Dominical. Ao ensinar esta lição, mostre-se compreensível com seus alunos. Esse é um assunto que deve ser tratado com muita cautela. Saiba que Deus deseja usá-lo para curar as feridas da alma de seus alunos. Ore ao Senhor e peça a sabedoria necessária para alcançá-los com uma palavra inspirada e que irá ajudá-los a superar esta dificuldade.
Tenha uma excelente aula!
Thiago Santos
Editor do Setor de Educação Cristã da CPAD
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Lição 06 - 2º Trimestre 2018 - Meus Pais têm Religiões Diferentes, e Agora? - Adolescentes.

Lição 6 - Meus Pais têm Religiões Diferentes, e agora?
2º Trimestre de 2018
ESBOÇO GERAL
A Religião
As religiões dos meus são diferentes, e agora?
Pregação sem palavras

OBJETIVOS DA LIÇÃO
Explicar o que é a religião;
Conscientizar que Deus deve ser amado sobre todas as coisas;
Propor uma maneira de pregar o Evangelho à família.

EVANGÉLICA, MAS NÃO EVANGELIZADORA
Pr. Claudionor de Andrade
Hoje, durante o almoço, um convidado ilustre e bem falante voltou-se para mim e, dispensando os exórdios de praxe, perguntou-me: “Qual o maior desafio da igreja evangélica brasileira atualmente?” A pergunta não chegou a surpreender-me, porque eu já vinha pensando no assunto. Por isso, não tive dificuldades em responder ao meu vizinho de garfo e de sobremesa: “Nosso maior desafio, hoje, é voltar a ser Igreja”. Como não tinha tempo para costurar outras considerações sobre a nossa cristandade, generalizei umas coisas aqui, especifiquei outras ali. E resolvi calar-me. Não sei se o meu interlocutor deu-se por satisfeito. Mas, naquele momento, era tudo o que eu podia dizer.

Gostaria de haver explicado àquele homem atencioso e culto que, à medida que nos robustecemos como organização, debilitamo-nos como organismo. E os que ganhamos em quantidade, já começaram a perder em qualidade. O futuro? Só Deus sabe. Logo, o que tanto temíamos acabou acontecendo: o nominalismo já é uma epidemia entre nós. Por conseguinte, o diagnóstico que o Senhor Jesus fez de Sardes também serve para a igreja evangélica brasileira: “Conheço as tuas obras, que tens nome de que vives e estás morto” (Ap 3.1).
Tornamo-nos ricos, poderosos, influentes. Bastamo-nos a nós mesmos. Hoje, não precisamos mais evangelizar para crescer. O aumento vegetativo é suficiente para nos manter a pujança dos números. Então, por que gerar filhos espirituais, se nossos bebês, apesar de raros, ainda são capazes de inchar os róis de nossas igrejas? E, assim, vamos crescendo para dentro e diminuindo para fora. Afinal, nossas demandas internas são tão urgentes, que já não há tempo para tratarmos de coisas importantes como evangelismo e missões.
Florescemos como império. Murchamos como Reino. Os passos encurtaram e diminuíram, mas os paços alongaram-se e fizeram-se mais suntuosos. E os nossos pés? Dantes tão calejados, porém formosos, agora são mais delicados que os da esposa de Cantares. E, nem por isso, fizeram-se mais limpos.
Antes, éramos arrolados entre os mártires, agora, entre os ricos e famosos. Outrora pobres, enriquecíamos a muitos. No presente, temos ouro e prata, mas já não temos autoridade para declarar: “Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda!” (At 3.6) Sim, de nada temos falta. Mas a nossa pobreza espiritual já não pode ser disfarçada. Como se não bastasse, ainda nos orgulhamos de uma visão administrativa que vê tudo, menos o Reino de Deus na manjedoura.
Ontem, éramos odiados por sermos biblicamente corretos. Hoje, o mundo nos bajula por estarmos entre os política e socialmente corretos. Ganhamos influência junto aos palácios e câmaras. Todavia, já não temos ousadia junto ao trono daquele, cuja soberania não deve ser ignorada.
No início, a igreja era evangelizadora. Agora, meramente evangélica. Se no passado fazíamos história, no presente, nem históricos somos. Já não temos qualquer perspectiva quanto ao futuro. Perdemo-nos no tempo, e já não conseguimos achar o Pai da Eternidade.
Sim, há exceções e não são poucas. Infelizmente, passamos a ser conhecidos não pelas exceções, mas pela regra geral. Se as exceções fazem o cristianismo invisível e militante, a regra geral dá corpo e forma à cristandade visível e já bem conformada com o mundo. Infelizmente, ainda não podemos arrancar o cristianismo da cristandade, mas podemos impedir que ela venha sufocar-nos. E, assim, vai o nome de Cristo sendo vituperado.
Ontem o joio entre o trigo. Hoje, o trigo entre o joio. E, pouco a pouco, vai a erva daninha sufocando a boa semente.
O que aconteceu conosco? John Stott foi buscar três simples palavras para descrever a igreja evangélica de nossos dias: “Crescimento sem profundidade”. O seu diagnóstico foi preciso, porém doloroso. Referia-se não somente à igreja de seu país, mas também à do Brasil. Pois não deixamos de ser um reflexo do que acontece no universo evangélico europeu e, principalmente, norte-americano. Houve um tempo, em que nos supúnhamos imunes à indiferença que levou as igrejas da Europa e dos Estados Unidos a beirar a extinção. Infelizmente, já estamos indiferentes à nossa própria indiferença.
Antes, a espiritualidade da igreja era aferida pela Bíblia. Hoje, pelo IBGE. Regozijamo-nos com estatísticas e gráficos. Aliás, o texto áureo de muitos obreiros hoje é: “Sede numerosos e ricos, porque Eu sou rico e numeroso”. Será que a lição de Davi não serve para nada? O filho de Jessé, mais preocupado com o seu império do que com o Reino de Deus, ordenou que Joabe levantasse o censo de Israel. Mas isso lhe custou muito caro. E, por fim, teve de aprender que o Senhor não precisa de grandes números para estar entre o seu povo. Bastam-lhe três santos, e no meio destes estará para sempre.
Certa vez, João Paulo II reclamou do número de seus fiéis. A quantidade era muita, mas a qualidade pouca. A mesma reclamação faria Billy Graham. Tanto o papa quanto o evangelista estavam certos. Mas nós, por falta de senso, continuamos preocupados com o censo. Entre outras razões, porque os recenseamentos medem não propriamente o nosso cristianismo, mas a nossa cristandade. Eles não mostram o nosso empenho evangelístico, mas o nosso engenho político. É por isso que nos alegramos quando elegemos um deputado, mas não demonstramos a mesma alegria ao enviarmos um missionário ao campo.
Diante de um deserto tão vasto, a pergunta faz-se império neste reino de indiferença: “Como voltar a ser uma igreja verdadeiramente evangélica?” Em primeiro lugar, devemos nos preocupar mais com o cristianismo e menos com a cristandade. Esta sempre estará bem visível e vistosa. Mas aquele, posto que invisível, precisa começar a aparecer com a mesma intensidade, pois esta é a recomendação de nosso Senhor: “Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus” Mt 5.16). Às vezes, damos muita ênfase à fé, e esquecemo-nos das ações de misericórdia e justiça que devem caracterizar o discípulo de Cristo.
Um dos melhores livros que li foi o Cristianismo Básico de John Stott. Embora direcionado ao novo crente, deveria ser lido por todo teólogo velho e calejado. Afinal, todos carecemos das verdades simples, porém indispensáveis, que fazem do pecador um autêntico cristão. Logo no início de sua obra, escreve o irmão Stott: “O que então devemos fazer? Devemos assumir um compromisso pessoal com o Senhor Jesus, de coração e de mente, alma e vontade, entregando nossas vidas a ele, sem reservas. Devemos nos humilhar diante dele. Devemos confiar nele como nosso Salvador e nos submetermos a ele como nosso Senhor; para então assumirmos nossos lugares como membros fiéis da igreja e cidadãos responsáveis dentro da comunidade”.
Diante do exposto, resgatemos urgentemente o termo “evangélico” que, desgastado midiaticamente, é hoje um sinônimo mero e ordinário de riqueza, sucesso e atrevimento. Não me atrevo a apontar culpados. Todos somos responsáveis pelo que vem acontecendo em nossos arraiais. Contudo, jamais haverei de isentar a famigerada Teologia da Prosperidade que, com a sua ação preferencial pelos ricos, transformou a igreja evangélica brasileira num arremedo teológico. Seus proponentes, sempre tão gabarolas e fanfarrões, substituíram a excelência da vida cristã pelo sucesso de uma existência cheia de coisas vazias e mentirosas.
Com a teologia da prosperidade veio uma enxurrada de modismos e asneiras. E, infelizmente, não são muitas as arcas para abrigar os cristãos que ainda teimam em seguir o cristianismo singelo e essencial que Jesus nos deixou.
Não quero a destruição da igreja evangélica, mas espero que ela seja também evangelizadora. E que volte a falar aos pecadores, pois esta é a sua razão de ser. Sim, não desejo a sua destruição. Todavia, anseio que ela seja mais cristianismo que cristandade. Almejo também que ela aumente como Reino e diminua como império. E que, crescendo, não venha a inchar. A igreja não precisa diminuir em quantidade, mas é urgente que venha a crescer em qualidade. Mas, para que isso aconteça, é preciso que eu e você busquemos um avivamento autenticamente bíblico.
Eu gostaria de ter dito tudo isso ao meu interlocutor durante o almoço de hoje. Mas tive pouco tempo. Já em minha sala, agradeci aquele homem gentil e culto pela pergunta. Num momento como este, as perguntas são mais necessárias que as respostas, pois elas levam-nos ao arrependimento e às respostas que somente Deus pode dar-nos.

Marcelo Oliveira de Oliveira
Redator do Setor de Educação Cristã da CPAD
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições da Revista Adolescentes Vencedores. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige