terça-feira, 23 de outubro de 2018

Lição 04 - 4º Trimestre 2018 - Perseverando na Fé - Adultos.

Lição 4 - Perseverando na Fé

4º Trimestre de 2018
ESBOÇO GERAL
I – INTERPRETANDO A PARÁBOLA DO JUIZ INÍQUO
II – A BONDADE DE UM DEUS JUSTO
III – A PERSEVERANÇA DA VIÚVA É UMA IMAGEM PARA NÓS
A BONDADE DE UM JUSTO
Wagner Tadeu dos Santos Gaby
Eliel dos Santos Gaby
A Bíblia está repleta de textos que demonstram a bondade de Deus. A parábola levanta este questionamento: “E Deus não fará justiça aos seus escolhidos, que clamam a ele de dia e de noite, ainda que tardio para com eles?”.
A bondade de Deus faz com que ele ouça aos seus escolhidos. Jesus ensinou que: “se, vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas coisas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai que está nos céus, dará bens aos que lhe pedirem?” (Mt 7.11).
Quando encontramos na Bíblia a expressão “boas coisas” significa as dádivas do Pai que foram descritas por Jesus em que encontramos expressas na ética do Reino de Deus conforme o Sermão do Monte: retidão, sinceridade, pureza, humildade e sabedoria e tudo o mais que glorifique a Deus.
Antes disso ele estava ensinando sobre oração também. Ele dizia: “Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á” (Mt 7.7). Na parábola que estamos estudando, encontramos a viúva clamando, Jesus ensina sobre a oração e precisamos lembrar que Deus é bom. Richards destaca nesta passagem que “se os pais humanos, que são maus, dão coisas boas aos seus filhos, Deus, que é completamente bom, certamente dará coisas boas àqueles que Lhe pedirem, ou seja, Deus não apenas responderá nossas orações, mas, sua resposta nascerá de seu amor de Pai por nós, e será verdadeiramente uma coisa boa”.1
Na análise de Mateus 7.7,11 Tasker destaca que “o discípulo jamais deve imaginar que a persistência na oração é necessária para sobrepujar alguma indisposição da parte do Pai quanto a responder aos pedidos dos seus filhos, nem precisara temer jamais que o Pai o despachará oferecendo-lhe algum substituto desprezível”.2  Tasker destaca também que “seria um comportamento incrível, diz Jesus, da parte de qualquer pai terreno, por mau (isto é, “maldoso” ou “mesquinho” ) que fosse, zombar do filho dando-lhe alguma coisa parecida com o que o filho pede mas, de fato, basicamente diferente — pedra em vez de pão, cobra em vez de peixe, quanto mais incrível seria rebaixar-se o Pai Celeste a tais indignidades, ou negar-se a presentear dádivas a seus filhos, em resposta as suas orações, tão boas como as que os pais terrenos se empenham em dar”.3
Importante destacar que a bondade de Deus se manifesta de maneira abundante na disposição das dádivas espirituais, em especial, na dádiva do Espírito Santo. Toda bondade presente na criatura humana foi incultida pelo Criador, pois sua bondade lhe é inerente à natureza. Portanto, Deus é eternamente bom e ele desejou compartilhar essa bondade com o ser humano.
Os atributos morais de Deus expressam o seu caráter, e, geralmente são divididos em bondade, santidade e justiça. Tratam-se de características divinas presentes no relacionamento de Deus com suas criaturas. A bondade faz parte da essência de Deus: “provai e vede que o Senhor é bom; bem-aventurado o homem que nele confia” (Sl 34.8). Campbell destaca que “podemos discorrer acerca de Deus, de sua existência e das evidências externas que o universo e a providência oferecem, entretanto, e somente quando seu amor e presença tocam nosso coração é que o conhecemos de fato em sua bondade indescritível”.4
(Texto extraído da obra “As Parábolas de Jesus:As verdades e princípios divinos para uma vida abundante.1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2018”. )

1 RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 3. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2008. p. 36.
2 TASKER, R.V.G. O evangelho segundo Mateus – Introdução e Comentário. São Paulo: Vida Nova, 2006. p. 64-65.
3 Ibidem.
4 CAMPBELL, Murdoch apud MACDONALD, William. Comentário Bíblico Popular – Antigo e Novo Testamento. São Paulo: Mundo Cristão, 2011. p. 404.

Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Adultos. Nossos subsídios estarão disponíveis toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não se trata de uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

Lição 03 - 4º Trimestre 2018 - Na Casa do Meu Amigo eu Oro - Jd. Infância.

Lição 3 - Na Casa do Meu Amigo eu Oro

4º Trimestre de 2018
Objetivos: Os alunos deverão compreender que orara é falar com o Papai do Céu; e reconhecer que a igreja é lugar de falar com o Papai do Céu também.
É hora do versículo: “A minha casa será chamada 'Casa de Oração'” (Mt 21.13).
Nesta lição, as crianças aprenderão, através da história da libertação de Pedro da prisão pelo anjo, que a nossa oração tem muito poder. Aprenderão que os irmãos se reuniram na igreja para orar a fim de que Pedro fosse solto da prisão e não acabasse sendo morto. O Papai do Céu ouviu a oração da igreja e enviou o seu anjo para ajudar o seu amigo Pedro.
Após realizar todas as atividades propostas na revista do professor e caso haja tempo, imprima a folha abaixo com a imagem de um anjo. Foi um anjo que Deus enviou para libertar Pedro da prisão como resposta à oração que os irmãos faziam na igreja. Peça que as crianças pintem o desenho do anjo conforme desejarem e disponibilize cola e algodão para que colem nas asas do anjo. Lembre que o anjo só foi realizar a tarefa que o Papai do Céu ordenou. Não devemos orar aos anjos.
Pergunte se tem alguém que está com algum problema muito difícil para resolver (algum parente ou amiguinho dodói, algum papai ou mamãe que está sem trabalho, algum conhecido que precisa conhecer o Papai do Céu...) e convide as crianças para orarem por este assunto, já que a igreja também é o local de falar com o Papai do Céu através da oração.
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Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Jardim de Infância

Lição 03 - 4º Trimestre 2018 - O Chamado da Sabedoria - Juvenis.

Lição 3 - O Chamado da Sabedoria

4º Trimestre de 2018
“Não clama, porventura, a Sabedoria? E a Inteligência não dá a sua voz?” (Pv 8.1).
ESBOÇO DA LIÇÃO
1. O CLAMOR DA SABEDORIA
2. A CONVERSÃO E A PROMESSA DE FAZER-NOS SÁBIOS
3. AS CONSEQUENCIAS DA REJEIÇÃO À SABEDORIA
4. PARA O QUE OUVE A SABEDORIA, HÁ SEGURANÇA E DESCANSO
OBJETIVOS
Explicar o clamor da sabedoria divina.
Mostrar que a sabedoria almeja nos tornar sábios.
Destacar as consequências da aceitação ou da rejeição à sabedoria.
     Querido (a) professor (a), ao longo de muito tempo veio se perpetuando a falsa ideia de que a sabedoria é reservada aos mais velhos. Quando se orienta a pensar na figura de um “sábio”, uma das primeiras imagens mentais é de um ancião. Evidente, que o tempo é um fator que pode corroborar para a sabedoria, mas não é o único e nem mesmo o elemento decisivo. Como bem disse o Eclesiastes:
      “Melhor é o jovem pobre e sábio do que o rei velho e insensato, que se não deixa mais admoestar” (Ec 4.13)
      É errado, mas infelizmente comum, observar algumas pessoas se valerem de sua idade e posição hierarquia superior para desdenhar dos mais jovens. E que tolice! Como o sábio dos sábios bem disse, vaidade e correr atrás do vento. Isto é, completamente em vão, desperdício de vida. Mas ciente de que situações assim ocorrem, as vezes até mesmo dentro da igreja, seja você o porta-voz do Senhor para dizer aos juvenis que idade não é sinônimo de sabedoria. E que Deus deseja dar isso a eles hoje, agora, na idade que eles têm!  Oh, e quão maravilhoso presente é a sabedoria, ainda mais na tenra idade.
      Introduza essa conversa e pergunte a eles alguns exemplos, situações em que a sabedoria vinda na juventude pode fazer diferença. Comece você compartilhando um caso pessoal (pode ser sobre as amizades, carreira, ouvir os pais, etc.).
      Após este momento, para ilustrar de forma prática a importância e privilégio de obter do Senhor a sabedoria ainda na idade deles, proponha a seguinte dinâmica. Divida a classe em grupo, dê para cada grupo uma folha de papel 40kg ou cartolina e diga que dará 10 segundos para eles conseguirem colocar aquele papel dentro de um envelope (bem menor, pode ser de carta). Muito inteligentes, eles darão um jeito criativo para cumprir a missão, seja picar o papel ou dobrar, etc.
      Findo o tempo, diga que agora lhes dará 20 segundos para fazer o papel voltar a ficar como antes. Deixe fita adesiva, cola, régua ao dispor. O objetivo é que eles tentem da melhor maneira possível.
      Ao final, pergunte se eles soubessem da segunda tarefa antes de executar a primeira se eles teriam feito algo diferente?! A maioria ou mesmo todos responderão que sim. Frise que assim é a sabedoria na vida, quando a recebemos da parte de Deus o quanto antes, melhor tomamos as decisões no decorrer de nossa caminhada, nas nossas escolhas, etc.
      Diga também que é claro que ainda assim, cometeremos alguns erros, mas com a ajuda do Senhor e da sabedoria do Alto, poderemos reparar. Assim como eles fizeram ao papel, será árduo e quanto mais buscarem esse tesouro, melhor também lidarão com situações assim, para se reerguerem, ajustarem as coisas.
      Ore com seus juvenis clamando ao Senhor de todo coração para que Ele derrame sabedoria sobre cada juvenil, não a terrena segundo os homens, mas a celestial, vinda do Espírito Santo de Deus!
     O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula.
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Juvenis da CPAD
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quinta-feira, 18 de outubro de 2018

Lição 03 - 4º Trimestre 2018 - A História de Uma Capa Colorida - Berçário.

Lição 3 - A história de uma capa colorida

4º Trimestre de 2018
Objetivo da lição: Evidenciar o fato de que devemos sempre respeitar os outros e amar nossos irmãos.
É hora do versículo: “[...] e fez-lhe uma túnica de várias cores” (Gênesis 37.3).
Nesta lição, as crianças aprenderão, através da história de José e seus irmãos, que devemos amar nossos irmãos. Sabemos que, às vezes, há alguma desavença entre os irmãos que é principalmente causada pelo ciúme, como aconteceu com os irmãos de José. Embora os bebês não tenham consciência disso, eles querem a atenção dos pais só para si, não sabem dividir seus brinquedos... Portanto deve ser ensinado desde cedo aos pequenos que eles devem compartilhar seus brinquedos e amar seus irmãos principalmente. Na lição de hoje as crianças aprenderão que José perdoou seus irmãos, depois de muitos anos, por todas as coisas ruins que eles lhe fizeram.
Após realizar todas as atividades propostas no manual do professor e caso haja tempo, imprima a folha abaixo e distribua para as crianças desenharem um rosto para José: olhos, nariz e boca, utilizando o giz de cera. Em seguida, permita que pintem a túnica de José bem colorida. Diga que os irmãos devem viver unidos e se amarem.
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Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Berçário

Lição 03 - 4º Trimestre 2018 - Amo o Papai do Céu - Maternal.

Lição 3 - Amo o Papai do Céu

4º Trimestre de 2018
Objetivo da lição: Mostrar ao aluno que devemos amar o Papai do Céu de todo o coração.

Para guardar no coração: “[...] Ame o Senhor, seu Deus, com todo o coração [...].” (Lc 10.27)
Seja bem-vindo
1. Receba os alunos com muita alegria, demonstrando o quanto são bem-vindos e importantes.
2. Faça um círculo com eles e inicie a aula com um período bem alegre de louvor e adoração. Deus merece toda a honra, glória e louvor.
3. Logo depois de adorar o Senhor, recolha as ofertas. Incentive seus alunos a contribuírem com alegria, pois “Deus ama ao que dá com alegria.” Ore agradecendo a Deus pelas ofertas.
4. Sente-se com as crianças em círculo no chão da classe.  Use o tapete. Inicie a conversa com elas fazendo a seguinte pergunta: “Quem foi que nos criou? Você ama o Papai do Céu?” (Incentive as respostas e ouça-os com atenção).
5. Logo depois, faça a chamada. Incentive a assiduidade.
(Tatiana Costa)

Para guardar no coração“Leia o versículo juntamente com a classe diretamente da Bíblia. Para ajudar a memorizá-lo, recite uma parte do versículo, depois pare e sente. As crianças levantam e dizem a palavra seguinte. Então, fique de pé e diga mais algumas palavras, pare e sente. As crianças levantam outra vez para dizer a palavra seguinte. Faça isso até terminarem o versículo.”  (Tatiana Costa)
O que aprendemos hoje
Hoje nós aprendemos a respeito da mulher que demonstrou todo o seu amor por Jesus ungindo os seus pés. Esse fato ocorreu em Betânia, onde morava uma família que era amiga de Jesus. Acredita-se que a mulher era Maria, irmã de Lázaro. Ela demonstrou todo o seu amor em um gesto. Evidencie todo o seu amor por Jesus também em gestos, atitudes e palavras. O amor envolve ação, atitude.
Sempre que tivermos alegres ou até mesmo tristes, devemos adorar ao Papai do Céu que nos ama e que enviou o Senhor Jesus Cristo para nos salvar. Quem vai se lembrar sempre disso?
Até logo
Depois de repetir o versículo e o cântico do dia, encerre a aula com uma oração. Prepare as crianças para a saída. Quando os pais ou responsáveis forem buscar as crianças, recomende que, em casa, leiam a história bíblica de hoje para o(a) filho(a). Sugira que utilizem uma bíblia infantil. O texto bíblico da lição se encontra em Mateus 26.6-13. 
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista de Maternal
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Lição 03 - 4º Trimestre 2018 - Joquebede, Uma Heroína Corajosa - Primários.

Lição 3 - Joquebede, uma Heroína Corajosa

4º Trimestre de 2018
Objetivo: Que o aluno compreenda que Deus abençoa quem tem fé e coragem.
Ponto central: Deus abençoa quem age pela fé.
Memória em ação: “Confie no Senhor. Tenha fé e coragem” (Sl 27.14).
Querido (a) professor (a), primeiramente, parabéns pelo Dia do Mestre, celebrado esta semana. Que o maior de todos eles, o nosso Rabi, continue lhe abençoando e capacitando para essa tão nobre e necessária vocação. Nossas congratulações pela sua fé de abraçar tal missão. Fé e coragem, que são justamente os focos da nossa próxima lição.
É interessante meditarmos sobre a heroína desta próxima lição. Ela desafiou o Governo mais poderoso de sua época, o Egito. E sob o risco de tortura, prisão ou até morte. Quando pensamos em tal feito, assim como o de tantos outros heróis e heroínas, tendemos a imaginá-los quase como “lendas”, uma classe superior de seres humanos. Mas o que os fizeram “extraordinários”, isto é, muito além da média, não foi a ausência de medo ou alguma habilidade e característica que os diferenciasse de qualquer um de nós. Pelo contrário, eles eram sujeitos às mesmas fraquezas (Cf. Tg 5.17).
A diferença é que, no Senhor, eles não deixaram que elas os paralisassem. Sabiam que por maior que fosse o risco ou o temor, o Deus Todo-Poderoso, o Senhor dos Exércitos é incomensuravelmente, indescritivelmente, infinitamente superior. Sei que pode soar “clichê”, porém, é a mais pura verdade. Diante dos desafios e problemas mais gigantes precisamos mostrar a eles o tamanho do Deus a quem servimos. Você tem feito isso, professor?! Se não, seja sincero para com o Senhor e peça-o a coragem e desfecho da história de Joquebede. E por que não fazer esta mesma oração com sua turma. Mostre-os que até mesmo você, herói e heroína para eles, também vacila, teme e precisar voltar e depender do Senhor.
Na fase da infância os medos podem ser direcionados para coisas menos abstratas, mais concretas, mas não diminua o temor de seus primários. Ao contrário, valide-os, explicando que não importa o quão invencíveis eles pareçam, no Senhor, podemos vencê-los. Enfatize que coragem não é sobre não ter medo, mas a fé no Senhor de mesmo temendo enfrentá-lo!
Converse com sua classe sobre os seus temores, sempre com muito tato, empatia e sensibilidade para identificar e ajudar em problemas mais graves. Em seguida, orem juntos por cada temor apresentado, declarando que no Senhor todos eles serão ultrapassados!
O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula.
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Primários da CPAD
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Lição 03 - 4º Trimestre 2018 - Felizes os Que Reconhecem Que são Pobres - Juniores.

Lição 3 - Felizes os que reconhecem que são pobres

4º Trimestre de 2018
Texto bíblico: Mateus 5.3; Lucas 7.1-10.
Prezado(a) professor(a),
Na lição desta semana seus alunos estudarão a reconhecer que sem a presença de Deus somos pobres pecadores perdidos. Admitir a condição de pecado e dependência do Criador não é vergonhoso para o servo de Deus, e sim um gesto de grandeza. A esperança do cristão não deve estar baseada nos bens materiais. Apesar de estes serem importantes recursos para a sobrevivência e bem-estar, a maior necessidade que temos a ser suprida diz respeito à nossa vida espiritual. Infelizmente, muitos têm ocupado o seu tempo somente com as coisas deste mundo e se esquecem de valorizar aquilo que é eterno, a salvação da alma. É importante que os juniores aprendam, desde cedo, a relevância de estarem na presença de Deus, valorizando as coisas que são do Alto e compartilhando das riquezas espirituais com seus irmãos em Cristo (cf. Cl 3.1-3). Ter um relacionamento com Deus e adorá-lo com prazer e alegria, além de participar das atividades realizadas no espaço da igreja, são ações fundamentais para que seus alunos tenham um desenvolvimento saudável na vida cristã. 
A. Reconhecer que não somos autossuficientes. Ensinar seus alunos que são capazes de realizar qualquer coisa para Deus não significa que devam agir de forma independente. Na fase que seus alunos estão atravessando é fundamental que aprendam a lidar com os limites e reconheçam que precisam da ajuda de Deus. “Todas as coisas são lícitas, mas nem tudo convêm” (cf. 1 Co 6.12,13). Isso não significa que seus alunos não devem desenvolver habilidades e competências, pelo contrário, a ideia central da educação é capacitar seus alunos a colocarem em prática os ensinamentos ministrados em sala de aula. Acontece que a natureza do reconhecimento da “pobreza” espiritual se dá no fato de que o nosso maior valor se encontra em apresentarmos nossos dons e talentos a serviço do Senhor. A dignidade do servo de Deus está em adorá-lo com amor e sinceridade e atribuí-lo a honra devida. Seus alunos devem aprender a reconhecer o Senhor em todos os seus caminhos e decisões. Reconhecer que não existe outro Deus além dEle, a quem servimos e adoramos.
B. O valor das coisas terrenas em contraste com as espirituais. É importante ensinar à classe que os bens materiais não são e nunca serão suficientes para suprir todas as necessidades humanas. O exemplo do oficial rico, citado na lição, revela esta verdade, pois por mais numerosas que fossem as suas riquezas, estas não puderam curar o seu estimável servo que havia adoecido (cf. Lc 7.1-10). Em contrapartida, a humildade do oficial o aproximou do milagre. Ele mesmo admitiu que não era digno de ter debaixo de seu teto um homem tão santo como Jesus. Após esta demonstração de humildade, Jesus atendeu ao pedido do oficial e imediatamente o seu empregado teve a saúde restabelecida. Note que o empregado tinha muito mais importância para o oficial do que as suas próprias riquezas materiais. Esta é a mensagem do evangelho de Cristo que deve ser compartilhada com os seus alunos: as pessoas são mais importantes do que as coisas terrenas. Assim também as riquezas espirituais do Reino de Deus devem ser mais valorizadas do que qualquer bem material que uma pessoa possa adquirir.
Após aprofundar estas questões com seus alunos, sugerimos que você elabore a atividade a seguir: prepare vários cartões com figuras de bens materiais de valores diversos e figuras com fotos de alunos (pode ser da própria classe). Prenda fita adesiva atrás dos cartões. À medida que você tira os cartões com as figuras de bens materiais e fixa ao quadro, pergunte qual o valor de cada bem e quais são os mais valiosos. Em seguida, retire os cartões com as fotos dos alunos e fixe no quadro. Pergunte qual das fotos tem mais valor. Mostre para a classe que todos são importantes, porém os alunos possuem um valor inestimável para Deus. Explique que o Senhor sempre considerará as pessoas mais importantes do que as coisas. Assim também devemos ter o Senhor como primazia em nossas vidas
Por Thiago Santos
Educação Cristã - Publicações CPAD
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Lição 03 - 4º Trimestre 2018 - Conhecendo os Meus Limites - Pré Adolescentes.

Lição 3 - Conhecendo os meus Limites 

4º Trimestre de 2018
Texto bíblico: Provérbios 6.23; Hebreus 12.5-11.
Prezado(a) professor(a),
Na lição desta semana seus alunos aprenderão a lidar com os limites. Na fase da pré-adolescência é difícil encontrar o nível de equilíbrio entre administrar o tempo, a vida e as escolhas. Todas essas decisões passam pelo crivo do conselho, da orientação e do direcionamento dos adultos. Por esse motivo a disciplina exerce papel primordial na educação para que os alunos aprendam a lidar com os limites. Até mesmo no espaço da Escola Dominical a disciplina é necessária para que se construa o caráter cristão de maneira consolidada. A Palavra de Deus trata várias vezes a respeito da importância da disciplina para o amadurecimento na fé (cf. Pv 4.1-5). A disciplina foi a ferramenta utilizada pelos apóstolos para ensinarem as verdades celestiais com afinco e corrigirem aqueles que se comportavam de maneira desordeira e desobediente ao evangelho (cf. 2 Tm 3.16,17). Mas não é somente de limites e obrigações que se aprende a fazer a vontade de Deus. É preciso que haja disciplina no sentido de organização para aprender. Esta não pode ser imposta em sentido algum, mas o aluno deve atentar para o fato de que somente tendo uma vida disciplinada será possível alcançar resultados significativos em seu futuro. Neste caso a disciplina é fundamental para a vida de qualquer pessoa não importa a idade.
A. A disciplina para o crescimento espiritual. Receber uma correção certamente não é uma situação confortável para uma pessoa, quanto mais para um pré-adolescente, afinal de contas, ninguém em sã consciência gosta de ser chamado à atenção. Todos nós queremos ser aprovados pela conduta perante as pessoas. Entretanto, muitas vezes, somos surpreendidos pelo Senhor em situações que achávamos estar corretos, e o Senhor nos repreende para que estejamos melhores em sua presença (cf. Hb 12.5-8). Este é um entendimento difícil de ser assimilado pelos pré-adolescentes devido à fase que estão atravessando. Muitos não sabem se ainda são crianças ou se já estão na adolescência. Por ser uma fase de transição, tudo se torna um pouco mais complicado. No entanto, é importante enfatizar que a disciplina é o caminho ideal para alcançarmos resultados efetivos, inclusive, em nossa vida espiritual. A disciplina com a oração, leitura e meditação na Palavra de Deus, além de um comportamento cristão exemplar, certamente, são fundamentais para que se obtenha um crescimento espiritual satisfatório.
B. A disciplina importante para o aprendizado. Outro aspecto importante que deve ser considerado é o fato da disciplina para os estudos. Estudar exige disciplina e na fase que seus alunos estão é preciso que haja dedicação aos estudos. Seja com relação ao estudo secular ou mesmo da Palavra de Deus, a disciplina é uma ferramenta extremamente necessária. Vale ressaltar que estudar, embora não seja uma atividade prazerosa para muitos, não deixa de ser um compromisso necessário. Imagine um velocista que se dispõe a uma competição com vários finalistas de alta performance. Todos os que ali estão presentes não chegaram à final por acaso. O trabalho realizado por cada velocista é resultado de um intenso período de treinamento pesado. Vence na final aquele que no dia da competição encontra-se melhor preparado. Da mesma maneira, seus alunos precisam aprender que estudar, apesar de não ser tão prazeroso para alguns, é indispensável para alcançar um futuro profissional promissor. Assim também ocorre na área espiritual, pois o crescimento espiritual é resultado de uma vida disciplinada na observação dos valores bíblicos e no exercício de uma conduta exemplar (cf. 1 Tm 4.8). Seja qual for a área da vida de qualquer pessoa a disciplina é o componente indispensável para se obter resultados satisfatórios.
Finalmente, compreender a importância da disciplina é um entendimento que não deve ser compartilhado em apenas uma aula. A disciplina para estudar, para aprender e tomar decisões faz parte da dinâmica da vida de seus alunos. Compartilhe com eles estas verdades e proponha uma tempestade de ideias a partir da palavra disciplina. Escreva a palavra DISCIPLINA no centro do quadro, distribua um pequeno pedaço de papel (você pode utilizar pot-it = bloco adesivo) e peça que escrevam em quais ocasiões a disciplina é necessária. Utilize fita adesiva no verso dos cartões para fixar no quadro. Ao final, compartilhe com seus alunos a importância da disciplina para cada ocasião citada por eles e construa uma reflexão a partir das frases escritas no papel.
Por Thiago Santos
Educação Cristã - Publicações CPAD
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Pré-Adolescentes. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

Lição 03 - 4º Trimestre 2018 - A Respeito dos Dons, não Sejais Ignorantes - Adolescentes.

Lição 3 - A Respeito dos Dons, não sejais ignorantes 

4º Trimestre de 2018
ESBOÇO DA LIÇÃO
O CONCEITO DE DONS ESPIRITUAIS
CLASSIFICANDO OS DONS
DONS DE LÍNGUA E DOM DE PROFECIA: PARA QUE SERVEM?
Pentecostalismo e protestantismo
Valmir Nascimento
Em tempos de comemoração do aniversário da Reforma Protestante, que neste ano completa 499 anos, é comum reacender a discussão a respeito de quem faz parte da tradição protestante dentre os grupos do segmento evangélico. É uma espécie de análise do divino direito hereditário ao movimento reformista do início do Século XVI, conduzido em regra por certo elitismo teológico que insiste em monopolizar um evento que combatia esse tipo de postura.
Nesta mesma época do ano passado chamei a atenção para a complexidade e heterogeneidade do movimento reformador, com implicações eclesiásticas, morais, políticas e econômicas. Em seu cerne estava o protesto contra a corrupção religiosa e a venda de indulgências pela igreja, assim como a defesa de que cada cristão pudesse, por si só, ler e compreender as Escrituras. A Reforma combateu, entre outras coisas, a autoridade central e o monopólio clerical como fonte única e oficial de interpretação da Bíblia.
É interessante que ainda hoje aqueles que afirmam possuir a legitimidade para falar em nome da Reforma contrariem esse pressuposto protestante, tentando excluir outros segmentos cristãos que não seguem algum ponto da doutrina que professam, indo além dos cinco solas característicos do protestantismo: Soli Deo Gloria (Glória somente a Deus); Sola Fide (Somente a Fé); Sola Gratia (Somente a Graça); Sola Christus (Somente Cristo); Sola Scriptura (Somente as Escrituras).
Nesse sentido, há quem exclua o pentecostalismo da grande tradição protestante, ao argumento de que o movimento carismático não se enquadra nas bases doutrinas das igrejas históricas. 
Antes de abordar esse aspecto, devo dizer o óbvio ululante, especialmente aos jovens reformados que parecem acreditar nisso: o cristianismo não foi iniciado com a Reforma Protestante! Embora a Reforma tenha sua relevância para a história em geral e para o cristianismo em particular, representando uma correção de percurso na igreja cristã, com significativa contribuição para os avivamentos espirituais que se seguiram, o movimento não pode ser idealizado como a síntese delimitadora da fé cristã.
Em outras palavras, a Reforma Protestante deve ser estudada, valorizada e considerada historicamente, mas jamais idolatrada. A Bíblia é a chave de interpretação da Reforma, e não o contrário. A Reforma é uma das provas da ação de Deus na história, mas Deus não se limita aos próprios eventos históricos.
Ainda assim, a tentativa de apropriação desse evento por parte da cristandade deve ser rechaçada. Tal se dá, como escreveu o amigo César Moisés Carvalho, embora falando sobre outra perspectiva, “porque somos cristãos e não há motivo algum para descrer em doutrinas basilares que não são propriedade de nenhuma das expressões do cristianismo, ou seja, não são católicas, evangélicas, ou pentecostais, mas simplesmente cristãs” (1).
Em sua obra “Revolução Protestante” o teólogo anglicano Alister McGrath observa que a fase emergente da Reforma foi sacudida por intensos debates teológicos e divergências marcantes. A respeito da salvação, justificação e predestinação, McGrath diz que, apesar dos embates históricos entre luteranismo, calvinismo e arminianismo, “todas as três permanecem opções relevantes para o protestantismo atual e a passagem do tempo não corroeu a credibilidade de nenhuma delas nem as tensões que geraram no movimento protestante mais amplo. Todas elas afirmam os temas centrais da Bíblia – embora de diferentes formas e com resultado diferentes” (2). Por esse motivo, o teólogo inglês sustenta que o protestantismo pertence à categoria abrangente do escritor C. S. Lewis de “cristianismo puro e simples”, no fato de que compartilha as crenças essenciais do cristianismo como um todo.
Diante disso, não há como negar a identificação do pentecostalismo com os postulados da Reforma Protestante. No livro já citado McGrath escreve um poderoso capítulo intitulado “Línguas de Fogo: A revolução pentecostal do protestantismo”, no qual enfatiza a vinculação do pentecostalismo com a teologia protestante, ainda que possua distintivos marcantes na ênfase doutrinal e nos padrões de adoração.
De acordo com o autor, o pentecostalismo emergiu historicamente da tradição de santidade norte-americana e enfatiza o lugar da Bíblia na vida e tradição cristãs. De forma mais contundente McGrath escreve:“O pentecostalismo deve ser entendido como parte do processo protestante de reflexão, reconsideração e regeneração. Ele não é consequência de uma “nova Reforma”, mas o resultado legítimo do programa contínuo que caracteriza e define o protestantismo desde o seu início.
O pentecostalismo, como a maioria dos outros movimentos do protestantismo, fundamenta-se no que aconteceu antes. Seu igualitarismo espiritual é claramente a redescoberta e reafirmação da doutrina protestante clássica do “sacerdócio de todo os crentes”. Sua ênfase na importância da experiência e na necessidade de transformação remonta ao pietismo anterior, em especial, como desenvolvimento na tradição da santidade. Contudo, o pentecostalismo uniu e casou essas percepções em sua própria percepção distintiva da vida cristã e de como Deus é encontrado e anunciado. Ele oferece um novo paradigma marginal e levemente excêntrico pelos crentes da corrente principal; cem anos depois, o pentecostalismo cada vez mais, passa, ele mesmo, a definir e a determinar essa mesma corrente principal”(3).
O pentecostalismo, portanto, longe de contrariar o protestantismo, deu-lhe vigor e dinamismo, por meio do seu programa evangelístico e missionário, aliado à ênfase no Espírito Santo para exaltar e testemunhar o senhorio de Cristo. Mas não somente isso, a herança teológica pentecostal é distintamente relevante para reacender o ideal protestante do sacerdócio universal, na medida em que realça o valor da experiência e a convicção de que as narrativas de Atos-Lucas possuem valor normativo para a igreja cristã. Como escreveu Robert Menzies: “As históricas de Atos são as nossas histórias, e as lemos com expectativa e ânsia. História de poder do Espírito Santo, que capacita os discípulos comuns a fazer coisas extraordinárias para Deus” (4).
Referências
1. CARVALHO, César Moisés. Revelação, experiência e teologia. Revista Obreiro Aprovado, n. 75. Rio de Janeiro: CPAD, 2016, p. 32.
2. MCGRATH, Alister. Revolução protestante. Brasília: Editora Palavra, 2012, p. 266.
3. MCGRATH, Alister, 2012, p. 428.3. MENZIES, Robert. Pentecostes: Essa história é nossa história. Rio de Janeiro: CPAD, 2016, posição 305.
Marcelo Oliveira de OliveiraEditor do Setor de Educação Cristã da CPAD
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições da Revista Adolescentes Vencedores. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo. 

Lição 03 - 4º Trimestre 2018 - Os Livros de Lucas e Atos - A Base da Doutrina Pentecostal - Jovens.

Lição 3 - Os Livros de Lucas e Atos — A Base da Doutrina Pentecostal

4º Trimestre de 2018
Introdução
I - Lucas, o Escritor Pentecostal
II - O Evangelho de Lucas
III - Os Atos dos Apóstolos
Conclusão
Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivos:
Compreender porque Lucas é considerado um autor pentecostal;
Mostrar pontos relevantes do Evangelho de Lucas para o Movimento Pentecostal;
Refletir a respeito de pontos importantes do livro de Atos.
Palavra-chave: Pentecostes.
Para ajudá-lo(a) na sua reflexão, e na preparação do seu plano de aula, leia o subsídio de autoria do pastor Alexandre Coelho:
Introdução
No quesito religioso, uma das questões mais importantes quando se analisa um grupo de pessoas com suas práticas e opiniões é a legitimidade de sua existência. O mesmo acontece com os pentecostais. Eles são observados por sua forma de ler a Bíblia e de apropriar-se da certeza de as manifestações descritas em Atos serem para os nossos dias. No tocante à forma de falar, eles usam expressões como “ser cheio do Espírito”, “ser batizado no Espírito Santo”, “falar em línguas”, que não são de uso exclusivo de pentecostais. O crescimento diário dos pentecostais vem sendo estudado e observado por outros ramos do cristianismo, que se dividem entre simples observadores do movimento pentecostal ou entre aqueles que questionam a legitimidade de sua existência.
O Pentecostalismo não se origina fora das Sagradas Escrituras. A Palavra de Deus mostra com clareza a forma como, no dia de Pentecostes, o Espírito de Deus foi derramado sobre os discípulos de Jesus que estavam em oração. A partir dessa experiência, cristãos pentecostais interpretam os acontecimentos que orbitam em torno do pentecostalismo e a doutrina do Espírito Santo e também sobre a forma como o poder de Deus é manifestado em nossos dias. Mesmo os críticos do movimento pentecostal precisam aceitar que a Igreja de Jesus Cristo tem uma origem pentecostal, e isso tem total respaldo nas Sagradas Escrituras.
A Palavra de Deus traz fartas referências de como o Senhor agiu na história e de como Ele planejou que seu Espírito estivesse atuando de forma direta no entorno das pessoas e dentro delas, não como um local em que Ele entrasse e saísse, mas pessoas de carne e osso nas quais Ele faria morada. Uma profecia foi trazida e registrada sobre esse momento, e, séculos depois, Deus pôs em prática seus desígnios, revestindo um grupo de judeus com seu Espírito e fazendo com que fenômenos sobrenaturais viessem como respostas de oração, milagres acompanhando a mensagem de Jesus transmitida por seus discípulos. Em um mundo pluralizado e conturbado, nascia a Igreja de Jesus Cristo com a marca do Espírito Santo. Lucas, escritor grego convertido ao cristianismo, narra a forma como esses fatos ocorreram e serviram como referência para os nossos dias sobre a origem da Igreja.  
O MUNDO DO NOVO TESTAMENTO
De forma geral, o ambiente em que Lucas produziu seus textos tinha fortes influências grega e romana. Os gregos dominaram pela cultura, ao passo que os romanos, pela administração. Ambos começaram pelas guerras expansionistas, e a presença desses impérios não foi diferente com relação a Israel. Os gregos chegaram à Palestina e implantaram aspectos de sua cultura, e os romanos, logo depois dos gregos, dominaram militarmente a mesma região, embora tenham passado momentos conturbados com os dominados israelitas.
Em regra, os romanos eram tolerantes com as religiões dos povos dominados. Isso, porém, não significa liberdade religiosa, pois o culto ao imperador era requerido. Tal culto era um momento em que as pessoas deveriam mostrar que acreditavam em César como uma divindade. Fazendo isso, poderiam adorar a quem quisessem durante todo o ano, sem que os romanos interviessem no culto.
Os judeus tinham uma religião monoteísta, diferentemente dos romanos e gregos, que prestavam seus cultos a inúmeras divindades, sendo o imperador alguém tido como uma delas, a ponto de ser adorado. Tal adoração era política, e a não participação em uma dessas celebrações estatais eram uma mostra de deslealdade para com o Império.
A Palestina era um local ocupado. Isso significa que política, econômica e militarmente falando, Israel estava sujeito aos romanos. Essa era uma situação desconfortante para os hebreus, que ansiavam uma independência dos poderes humanos, e não uma liberdade vigiada e paga com impostos anuais.
Apesar de limitações impostas pelos romanos, era permitido aos judeus terem órgãos que facilitassem a convivência entre si e os dominadores. Um desses órgãos era o Sinédrio, que, nas palavras de Henry Daniel-Rops (1901–65), era como uma assembleia.
Como ocidentais, não nos parece que a vida para os hebreus nos dias de Jesus fosse tão ruim, mas, para um povo que tivera suas terras invadidas e dominadas por outras culturas, o anseio por liberdade estava em alta. 
 
I – LUCAS, O ESCRITOR PENTECOSTAL
Quem foi Lucas
Lucas foi um médico grego convertido ao cristianismo e que, depois, se tornou missionário. Foi também companheiro de Paulo em suas viagens ministeriais em que abriram igrejas e solidificaram-nas. De suas mãos, saíram dois documentos que representam praticamente 25% do texto do Novo Testamento. Esses dois documentos, o Evangelho de Lucas e os Atos dos Apóstolos, foram inicialmente dirigidos a um homem chamado Teófilo, possivelmente um convertido interessado na história de Jesus e dos apóstolos e que, ao que tudo indica, financiou o projeto literário de Lucas, que é, sem dúvida, o único gentio no Novo Testamento a ser usado com seu talento literário para falar do Espírito Santo.
A julgar pelo conteúdo de seus escritos, Lucas demonstra que teve uma educação diferenciada, pois seus escritos trazem, de acordo com John Stott, em torno de 800 palavras em um grego refinado que não mais são vistas nos demais textos do Novo Testamento. E sua narrativa, como ele mesmo expõe, foi feita de forma ordenada, tendo sido investigados os fatos de acordo com a ordem em que ocorreram: “[...] por sua ordem, havendo-me já informado minuciosamente de tudo desde o princípio” (Lc 1.3). Lucas é o único que traz o relato da vida de Jesus de forma cronológica, procurando registrar todos os acontecimentos na ordem em que ocorreram. De acordo com a tradição da Igreja, Lucas teria morrido com mais de 80 anos.
A Produção Literária de Lucas
Lucas, um escritor gentio, deu prioridade em seu ministério literário a relatar a atuação do Espírito Santo de Deus tanto no ministério de Jesus quanto na história dos primeiros anos da Igreja de Cristo. Ele é o autor que descreve a vida de Jesus de forma mais ampla em seu primeiro livro, o Evangelho de Lucas, e que, por meio de um segundo livro, Atos dos Apóstolos, mostra a forma como os discípulos de Jesus deram prosseguimento às obras do Senhor. É adequada essa divisão, tendo em vista que seu objetivo era separar didaticamente os relatos do Senhor em seus ensinos e vida dos relatos das manifestações do mesmo Espírito Santo que estava em Jesus, desta vez nos discípulos. Por ser médico, Lucas tem facilidade para mostrar aos leitores os relatos detalhados de males que afligiam as pessoas nos dias de Jesus e, também, a forma como o Senhor procedeu com a cura.
• Em Cafarnaum, libertou de demônios um homem na sinagoga (Lc 4.31-36)
• Curou a sogra de Pedro (Lc 4.37-39)
• Curou e libertou várias pessoas (Lc 4.40-41)
• Curou um leproso (Lc 5.12-16)
• Curou um paralítico descido pelo telhado (Lc 5.17-26)
• Curou um homem que tinha uma das mãos ressecada (Lc 6.6-11)
• Curou o servo do centurião (Lc 7.1-10)
• Trouxe da morte o filho da viúva de Naim (Lc 7.11-17)
• Libertou um endemoninhado gadareno (Lc 8.26-39)
• Curou a mulher do fluxo de sangue (Lc 8.40-48)
• Trouxe da morte a filha de Jairo (Lc 8.40-56)
• Curou um jovem lunático (Lc 9.37-45)
• Libertou um homem que tinha um espírito maligno que lhe causava a mudez (Lc 11.14)
• Curou uma mulher paralítica (Lc 13.10-17)
Por ser gentio, Lucas apresenta Jesus falando do Reino de Deus a pessoas que a sociedade judaica não prezava, como Zaqueu (Lc 19), e recebendo crianças para abençoar (Lc 18.15-17).
A narrativa de Lucas começa contando eventos que ocorreram antes mesmo do nascimento de Jesus. No seu evangelho, vemos um farto material de parábolas, histórias que Jesus contou para ilustrar verdades do Reino de Deus, uma forma interessante de passar fundamentos do Reino de Deus aos seus ouvintes. Lucas registra, entre tantas informações, o relato sobre aparições de Jesus ressurreto aos seus seguidores. Já no livro de Atos, ele continua seu registro destacando o que os discípulos de Cristo fizeram após o Senhor retornar aos céus e como a Igreja nasceu e cresceu debaixo do poder do Espírito.

Fontes dos Escritos de Lucas
É certo que Lucas não presenciou os eventos que se relacionavam à vida de Jesus. Sendo assim, foi-lhe necessário buscar informações com pessoas que presenciaram os fatos que ele vai narrar.  Ele buscou pessoas que conviveram com Jesus, que viram seus milagres, que ouviram seus ensinos e que foram libertas de doenças e espíritos imundos pelo poder do Salvador.
No livro de Atos, Lucas chega a participar de acontecimentos que ele mesmo descreve, deixando de ser um mero ouvinte de relatos para ser um dos protagonistas da própria narrativa. Isso pode ser visto nas vezes em que ele usa o pronome pessoal “nós”, indicando ser um participante direto dos acontecimentos relatados por ele, como na volta de Paulo para a Ásia (At 20.13), na viagem de volta a Jerusalém (At 21.7) e na viagem de navio de Paulo a Roma (At 27.2).
Lucas é enfático no sentido de demonstrar o Espírito Santo agindo na vida do Senhor Jesus, mas igualmente nas vidas dos discípulos, pois estes deram prosseguimento à obra do Senhor na Igreja.
A Teologia em Lucas-Atos
Os escritores da Bíblia trazem, em suas linhas, o que chamamos de pontos principais dos livros, e esses pontos principais são utilizados para realizar análises mais aprofundadas. Eles são divididos de acordo com a incidência de repetições e, dessa forma, sendo agrupados os assuntos bíblicos, nascem as doutrinas. A teologia bíblica nasce e fundamenta-se nos textos bíblicos, fruto de uma exegese aprofundada.
Lucas também traz a Teologia em seus escritos. É evidente que essa não deve ter sido a sua intenção original; no entanto, como leitores de suas obras, reconhecendo a inspiração que ele recebeu de Deus, entendemos que sua mensagem traz pontos que refletem características próprias.
Lucas mostra o plano de Deus intervindo sobrenaturalmente na história. Zacarias vê e conversa com um anjo quando fica sabendo que vai ser pai mesmo com uma idade avançada. Anjos anunciam aos pastores que, em Belém, a cidade de Davi, nasceu o Cristo. Se, no plano terreno, os espíritos malignos sujeitavam pessoas à opressão e possessão, nesse mesmo plano terreno, Jesus ordena que tais seres espirituais deixem de agir nessas pessoas pelo poder do Espírito Santo.
Somente uma pessoa com poder sobrenatural poderia mostrar aos mestres da Lei quem é o Senhor do sábado numa cultura que exagerou na guarda do dia do descanso.   
2 – O EVANGELHO DE LUCAS
O Evangelho propriamente Dito
A palavra evangelho significa boas novas. Da mesma forma que os outros evangelistas, Lucas usa literariamente o evangelho como a narrativa sobre a vida de Jesus. 
Um Livro que Prima pela Oração
Lucas é um escritor que se preocupa com pontos importantes em sua narrativa, e um desses pontos é a oração. Desde o início do livro, a oração permeia a narrativa. Após a introdução a Teófilo, Lucas diz que um sacerdote chamado Zacarias foi oficiar no Templo. O sacerdote recebe uma resposta de oração: ele seria o futuro pai de João Batista e fica sabendo dessa boa notícia quando tem a oportunidade de oferecer incenso por ocasião de seu ofício sacerdotal, recebida na visita do anjo Gabriel: “Zacarias, não temas, porque a tua oração foi ouvida, e Isabel, tua mulher, dará a luz um filho, e lhe porás o nome de João” (Lc 1.13). A Bíblia não registra a oração de Zacarias, mas deixa claro que ele orava ao Senhor e que sua oração foi respondida, concedendo-lhe Deus a paternidade do precursor do Messias.
Lucas mostrou Jesus orando por ocasião de seu batismo, momento em que o Espírito Santo desceu sobre Ele (Lc 3.21). Jesus, devidamente subordinado ao Espírito Santo, retira-se após o batismo para o deserto a fim de orar e, posteriormente, ser tentado pelo Diabo (Lc 5.16). Ele passa a noite orando antes de escolher os homens que o sucederiam após a sua morte, seus discípulos (Lc 6.12). Lucas narra que a fama de Jesus crescia e que multidões constantemente o seguiam para serem curadas de suas enfermidades; Ele, porém, retirava-se para os lugares desertos para falar com Deus (Lc 5.16). Em oração, rogou ao Pai para que afastasse dEle aquele cálice; todavia, nessa mesma oração, sujeitou-se à vontade de Deus: “Não se faça a minha vontade, mas a tua” (Lc 22.41-43). E somente Lucas registra que Jesus, na cruz do Calvário, orou para que os seus crucificadores fossem alcançados pelo perdão de Deus. Podemos concluir que a oração e a atuação do Espírito Santo conduzindo Jesus em seu ministério são temas dos mais importantes no evangelho de Lucas e fazem parte da sua teologia.
O Espírito de Deus Enchendo e Orientando Pessoas
Dentre tantos objetivos em seus escritos, Lucas tem um cuidado especial para registrar a ação direta do Espírito Santo na vida das pessoas que conviveram com Jesus, que o ouviram e creram nEle. Por ocasião da concepção do Senhor, um anjo diz a Maria que, mesmo sendo virgem, ela seria mãe de Jesus por obra do Espírito Santo (Lc 1.35) e que, por essa ação, Jesus seria chamado “Filho do Altíssimo” (Lc 1.32).
Lucas registra a ação do Espírito na ocasião em que a prima da mãe do Salvador, Isabel, ao receber a saudação de Maria, é cheia do Espírito Santo. Estando Isabel grávida de João Batista, este salta ainda no ventre de sua mãe (Lc 1.41). O Espírito Santo estava sobre Simeão, um homem justo e temente a Deus que foi levado ao Templo pelo Espírito para ver a salvação de Israel, o próprio menino Jesus, por ocasião da apresentação deste no Templo (Lc 2.25-27). É o Espírito Santo que move o ancião a falar de forma profética, revelando-lhes informações sobre Jesus a ponto de ele dizer a Deus: “Podes despedir em paz o teu servo, segundo a tua palavra” (v. 29).
Lucas mostra o Senhor ordenando seus discípulos a ficar em Jerusalém, a cidade de Davi. Deus planejara um mover do Espírito aos primeiros discípulos de Jesus, o revestimento de poder para serem testemunhas do Senhor (Lc 24.49). Somente após receberem o Espírito, e não antes, é que puderam tornar conhecido o nome do Senhor Jesus com ousadia. Essas referências são parte do foco de Lucas no sentido de demonstrar que o Espírito Santo de Deus esteve diretamente envolvido na origem terrena de Jesus.
O Espírito de Deus Agindo em Jesus
No seu Evangelho, Lucas mostra Jesus já adulto sendo batizado por João, e, no momento do seu batismo, o Espírito Santo vem em “forma corpórea, como uma pomba” (Lc 3.22) e desce sobre Jesus. Essa narrativa mostra com clareza a presença do pai e do Espírito no Batismo de Jesus. Pela virtude do Espírito, Jesus volta para sua terra de criação, a Galileia, para ensinar nas sinagogas, e, chegando a Nazaré, tendo-se dirigido à sinagoga local, recebeu para ler o livro de Isaías, que dizia: “O Espírito do Senhor é sobre mim [...]” (Lc 4.18). Não se pode duvidar de que os nazarenos tiveram a sua oportunidade de ouvir o Messias lendo a profecia que lhe conferia a legitimidade divina para cumprir o que estava escrito. E é neste Evangelho que nos é dito que “a virtude do Senhor estava com ele para curar” (Lc 5.17). Essa virtude do Espírito em Jesus acompanhou o seu ministério, como mencionado nas referências anteriores.
Jesus, como relatado por Lucas, deu o poder aos seus discípulos para expulsarem demônios e curarem enfermos (Lc 9.1,2), virtude esta que só poderia ser dada pelo Espírito Santo, que estava em Jesus. Tal experiência era necessária aos discípulos, pois eles perceberiam, com ela, que o mesmo Espírito Santo que estava com Jesus também os acompanhava por ocasião do comissionamento dEle.
Lucas registra a menção do Senhor sobre o pecado imperdoável, a blasfêmia contra o Espírito Santo, quando o Senhor é acusado de fazer aquela libertação pelo príncipe dos demônios (Lc 12.10). O contexto imediato desse pecado, a blasfêmia contra o Espírito Santo, parece ser atribuir a Satanás algo que o Espírito de Deus está fazendo. Lucas menciona que os discípulos, mesmo levados às sinagogas para serem interrogados, seriam orientados pelo Espírito Santo naquilo que deveriam falar (Lc 12.12). O médico amado deseja que, com essas referências, os discípulos tenham a certeza de que o Espírito Santo, que foi enviado por Jesus, está com eles para orientá-los, santificá-los e oferecer a eles a sua virtude para que façam a sua obra. Jesus jamais deixou de estar sujeito ao Espírito de Deus enquanto esteve neste mundo. 
CONCLUSÃO
A Palavra de Deus traz detalhadamente as realizações do Espírito Santo na vida de Jesus e nas vidas dos seus discípulos. Ele moveu Lucas a realizar as narrativas e a mostrar que o Espírito de Deus conduziu os acontecimentos e fundou a Igreja, fazendo com que esta se expandisse para diversos lugares até o evangelho chegar a nós. Mais do que simplesmente ouvir do evangelho, vemos como o Senhor Deus salvou seres humanos falhos, deu-lhes perdão e santificou-os por meio do seu Espírito, do qual podemos resistir ao mal, testemunhar de Jesus e manifestar os chamados carismas, ou dons espirituais. Lucas é, de fato, um escritor que dá ênfase à presença do Espírito Santo em seus dois livros, e, portanto, suas obras são fontes primárias da doutrina pentecostal.
Não há um verso sequer nas Sagradas Escrituras que nos permita inferir que o batismo no Espírito Santo — que é seguido do falar outras línguas — ou a manifestação dos dons mencionados por Lucas ficaram restritos ao tempo dos apóstolos do Cordeiro. Lucas registra o início da obra do Santo Espírito e, sabiamente, não descreveu um encerramento dessa atividade, pois o Espírito de Deus continua a mover pessoas com seu poder para, acima de tudo, testemunhar de Cristo com autoridade. 
*Adquira o livro. COELHO, Alexandre. O Vento Sopra Onde Quer: O Ensino Bíblico do Espírito Santo e sua Operação na Vida da Igreja. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2018.
Que Deus o(a) abençoe.
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista Lições Bíblicas Jovens 
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Lição 03 - 4º Trimestre 2018 - O Crescimento no Reino de Deus - Adultos.

Lição 3 - O Crescimento no Reino de Deus 

 4º Trimestre de 2018
ESBOÇO GERAL
I – INTERPRETAÇÃO DAS PARÁBOLAS SOBRE O REINO DE DEUS
II – A EXPANSÃO DO REINO DE DEUS
III – QUEM PARTICIPA DO REINO DE DEUS
O CRESCIMENTO DO REINO DE DEUS
Wagner Tadeu dos Santos Gaby
Eliel dos Santos Gaby

Podemos dizer que, de alguma forma, todas as parábolas de Jesus pressupõem o Reino de Deus presente no mundo, quer esteja explícito ou não. Em cada parábola encontramos algum elemento do Reino. Algumas, contudo, tratam especificamente do crescimento do Reino de Deus na Terra. Logo, os textos abordados aqui trazem as parábolas que Jesus contou para ensinar a respeito do crescimento do Reino de Deus. Eles enfatizam a presença do Reino. Ou seja, o Reino de Deus está presente no mundo, ainda que não possamos distinguí-lo exatamente de forma concreta. Mas um dia tudo será consumado. O dia em que todos os discípulos autênticos de Cristo participarão plenamente do Reino de Deus.
Cristo usou uma parábola para explicar a natureza de Seu reino: “É semelhante ao grão de mostarda que um homem, tomando-o, lançou na sua horta; e cresceu e fez-se grande árvore, e em seus ramos se aninharam as aves do céu” (Lc 13.19). Stamps destaca que “a parábola do grão de mostarda fala do pequeno começo desse reino e seu desenvolvimento subsequente no decurso do tempo, (...) ele começou apenas com Jesus e um grupo de discípulos dedicados, (...) no entanto, a manifestação atual e visível do reino crescerá até tornar-se grande, organizado e poderoso”.1  No comentário de Lc 13.18-21, a Bíblia de Aplicação Pessoal destaca que “a expectativa geral entre os ouvintes de Jesus era a de que o Messias viria como um grande rei e, como tal, livraria a nação judaica de Roma e restabeleceria a antiga glória de Israel”.2
Quando Jesus apresenta Seu Reino, à semelhança da semente de um grão de mostarda, de maneira “pequena” e “silenciosa”, causa desconfiança e rejeição. Qualquer cenário diferente desse esperado pela nação de Israel seria plenamente rejeitado. “Como uma minúscula semente de mostarda, que cresce e transforma-se em uma árvore enorme”,3 o Reino de Deus também se expandiria. Bratcher e Scholz destacam que “o pequeno tamanho da sua semente era proverbial, especialmente em contraste com o tamanho da planta, que, na Galileia, pode alcançar 2 metros de altura”.4

1 STAMPS, Donald (Ed.). Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2012. p. 1536.

Bíblia de Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2008. p. 1382.
3  Ibidem.
4 BRATCHER, Roberto G. E SCHOLZ, Vilson. Comentários SBB para exegese e tradução – Lucas: versículo a versículo. Versão digital em português. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 2013. 

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Lição 02 - 4º Trimestre 2018 - A História do Amigo de Deus - Berçário.

Lição 2 - A história do amigo de Deus 

4º Trimestre de 2018
Objetivo da lição: Levar a criança a reconhecer, através das atividades e exposições, Deus como o seu amigo.
É hora do versículo: “Abrão [...] partiu de Harã, como o Senhor havia ordenado” (Gênesis 12.4).
Nesta lição, as crianças aprenderão a história do homem que foi chamado "Amigo de Deus". Esse homem se chamava Abraão. Ele era muito obediente e fazia o que o Papai do Céu mandava e por isso sempre foi muito abençoado. A criança que obedece ao Papai do Céu, ao papai e à mamãe, também é mais feliz!
Como complemento para esta lição, após realizar todas as atividades propostas no manual do professor, e caso ainda haja tempo, sugerimos que distribua uma folha com a imagem abaixo. Nela há o desenho de dois bebês: um chorando e outro feliz. Diga às crianças: "A criança que obedece ao Papai do Céu, ao papai e à mamãe, também é mais feliz!" Peça que circulem a criança feliz e risquem a criança triste. 
bebe licao2
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Berçário

Lição 02 - 4º Trimestre 2018 - Sou do Papai do Céu - Maternal.

Lição 2 - Sou do Papai do Céu 

 4º Trimestre de 2018
Objetivo da lição: Que a criança compreenda que pertencemos ao Papai do Céu.
Para guardar no coração: “Antes, vocês não eram o povo de Deus, mas agora são o seu povo [...].” (1 Pe 2.10)
Seja bem-vindo 
“Chegue com antecedência à sala de aula para organizar as mesas e preparar o material, de modo que, quando os alunos chegarem, possam receber toda a sua atenção. Cante louvores ao Senhor e recolha as ofertas. Leve um bebê de brinquedo, uma manta e um cesto para a sala de aula e deixe em cima da mesa para despertar a atenção das crianças. Se perguntarem o que é, diga que logo explicará. Utilize os momentos iniciais para relembrar a aula passada. É importante repetir este procedimento no início de todas as aulas, a fim de dar continuidade ao que se aprendeu na aula anterior. Se necessário, mostre os visuais da aula anterior” (Fabiana Almeida).
Subsídio professor
“A criança de 3 e 4 anos é naturalmente curiosa, porque está “descobrindo o mundo”. E é por meio dos sentidos que ela toma conhecimento das coisas que a cercam, principalmente pela visão, que é muito ativa nesta fase. Por isto a sua aula deve ser rica em visuais – não apenas gravuras e objetos, mas também gesticulação, expressão facial e corporal do professor. Isto não significa, no entanto, que a criança contentar-se-á em ver as coisas que você leva para ilustrar a aula. Os demais sentidos também entram em ação, e ela tem necessidade de tocá-las, cheirá-las, levá-las à boca, experimentá-las. A caixa surpresa de hoje, por exemplo, explorará o sentido da visão, mas passada a surpresa, as crianças desejarão abrir a caixa e pegar a boneca. Não as proíba!
Procure ter um material resistente, que possa ser manuseado pelos alunos. Não se limite ao uso de figuras. Substitua-as, sempre que possível, por bonecos ou objetos que poderão ser tocados por eles” (Marta Doreto). 
Revista do aluno 
maternal.licao2
Até logoDepois de repetir o versículo e o cântico do dia, encerre a aula com uma oração. Prepare as crianças para a saída. Quando os pais ou responsáveis forem buscar as crianças, recomende que, em casa, leiam a história bíblica de hoje para o(a) filho(a). Sugira que utilizem uma bíblia infantil. O texto bíblico da lição se encontra em Juízes 13.1-25. 
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista de Maternal
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas lições da Revista Maternal. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.