quinta-feira, 8 de novembro de 2018

Lição 06 - 4º Trimestre 2018 - Alegrias e Felicidades - Adolescentes.

Lição 6 - Alegrias e Felicidades

4º Trimestre de 2018
ESBOÇO DA LIÇÃO
O QUE É ALEGRIA?
“TENHAM SEMPRE ALEGRIA, UNIDOS NO SENHOR!”
“POSSO TODAS AS COISAS NAQUELE QUE ME FORTALECE!”
O FRUTO DO ESPÍRITO
Esdras Bentho
"Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto em meu nome pedirdes ao Pai ele vo-lo conceda.”  (João 15.16)
INTRODUÇÃO:
O termo fruto usado nas páginas do Novo Testamento é a tradução do original karpos, que tanto pode significar “o fruto”, quanto “dar fruto”, “frutificar” ou ser “frutífero” (Mt 12.33; 13.23; At 14.17). A palavra é usada em sentido figurado para indicar a produção e o resultado de algo, de acordo com a natureza própria da planta ou da pessoa. Segundo Gn 1.11, a árvore produz fruto segundo a sua espécie. O termo “espécie”, no original mîm, designa “especificação” ou “ordem”, por esta razão a árvore boa não gera fruto mau, e a má, fruto bom (Mt 7.16-20). Portanto, é de se esperar que da natureza regenerada do crente, pelo Espírito Santo que nele habita, origine-se fruto que dignifique e espelhe o caráter moral de Cristo.
A qualidade da coisa produzida aponta para as virtudes, a ineficácia, e ao caráter do elemento gerador (Gn 1.12; Mt 7.17,18). Deste modo é que se refere ao produto da terra, do ventre e dos animais (Dt 28.11); do caráter do justo (Sl 1.30; Pv 11.30); da índole do ímpio e das atitudes dos homens (Pv 1.29-32; Jr 32.19); da mentira (Os 10.13); da santificação (Rm 6.22); da justiça (Fp 1.11) e do arrependimento entre outros (Lc 3.8).
A ilustração bíblica está condicionada ao contexto do símbolo hebraico que concebia o homem como árvore (Jz 9.7-15; Sl 1.3); Israel como vinha (Is 5.1-7; Jr 2.21; Os 10.1); e Cristo como a Videira (Jo 15).
1. O Contexto da Alegoria Joanina (Jo 15.1-17)
Os discursos dos capítulos 15 e 16 e a Oração Sacerdotal do capítulo 17 aparecem no Evangelho de João sem qualquer referência direta nos outros Evangelhos. Trata-se de textos específicos do Quarto Evangelho. A ocasião que motivou os ensinos e o local de onde foram pronunciados também é incerto. Quanto ao local, Jesus esteve em Betânia (12.1-11) e Jerusalém (12.12-50 – 14.1-31), depois é mencionado o ribeiro de Cedrom (18.1) – os discursos ficam entre os dois.
Não há qualquer nota geográfica, mas canonicamente sugere-se Jerusalém, ainda no cenáculo, na ocasião da celebração da ceia, à noitinha, depois da saída do traidor (Jo 13.30). A ocasião também é motivo de debate. De acordo com alguns comentaristas, a figura da videira fora motivada pelas filigranas de videiras e uvas douradas que ornavam a porta do Templo, em Jerusalém, ou então, no caminho Jesus passara por alguma vinha, e até mesmo que crescia uma videira do lado de fora do cenáculo.
A ocasião pode ter motivação teológica. A crucificação estava próxima e Judas havia se desgarrado, frutificando para a morte. Jesus exorta aos discípulos “a permanecerem na fé, para manifestarem em sua vida, não as obras de Satanás, mas os frutos do Espírito Santo”[2]. De outro modo, o fato de os judeus estarem familiarizados com a relação teológica entre Israel e a videira, os frutos e a frutificação espiritual, desde o Antigo Testamento (SI 80.8, 14; 128.3; Is 5.1-7; Jr 2.21; Ez 17.8; J1 2.22; Zc 8.12; Ml 3.11) é uma das mais contundentes motivações do discurso do capítulo 15.
2. Os Dois Temas da Alegoria: A Videira e o Amigo
O capítulo 15 do Evangelho apresenta duas maravilhosas figuras: a Videira e o Amigo. Segundo Wiersbe, as duas apresentam os privilégios e as responsabilidades daqueles que permanecem em Cristo[3]. Como ramo, o crente compartilha da vida de Jesus e, como amigo, o privilégio de conhecer a vontade de Jesus e a responsabilidade de obedece-lo. Assim, em João 15.1-11 temos a figura da videira (Jesus) e dos ramos (discípulo), e nos versículos 12-17, do amigo (discípulos). 
A palavra-chave da primeira parte é “permanecer” e um dos sinais de que o discípulo “permanece nEle” é a geração de frutos. Lembrando que o fruto não é para si, mas para o outro. É um privilégio “estar em Cristo”, mas também uma responsabilidade: “dar frutos”.
A figura do Amigo já fora apresentada no Antigo Testamento. Abraão é tanto amigo quanto servo do Senhor (2Cr 20.7; Is 41.8; Tg 2.23; Gn 26.227). Trata-se de um relacionamento amoroso e sacrificial. Como amigo o discípulo demonstra amor, mas como servo, serviço. A figura do viticultor (o Pai) assegura o cuidado e a produção dos frutos. Demonstra que o Pai deseja dos ramos (discípulo) tanto qualidade quanto quantidade.
Assim, a Alegoria da Videira é uma das imagens sacras mais contundentes sobre o relacionamento e intimidade de Jesus com os seus discípulos. Esta pérola poética não é superada nem mesmo pela oração sacerdotal do capítulo dezessete, mas complementada e sumariada no versículo 23: “Eu neles, e tu em mim, para que eles sejam perfeitos em unidade”. Na figura da Videira, o Pai é o cultivador que zela pela frutificação do ramo, mas somente na intercessão de Cristo é que entendemos o cuidado do viticultor célico – o poder gerador, criador, frutificador do Deus Todo-Poderoso é comunicado ao crente que está unido e permanece em Cristo, portanto, inadmissível um ramo ineficaz (Cl 1.29;1 Co 12.6).
 3. O Fruto do Espírito (Gl 5.22-23)
“Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. Contra essas coisas não há lei.”
O Espírito Santo capacita o discípulo a produzir fruto. É impossível produzir fruto santo sem a graça e cooperação do Santo Espírito. O fruto é santo porque procede da natureza santa do Espírito de Deus. O fruto do Espírito refere-se à virtude tanto espiritual quanto moral cultivada pelo Espírito Santo no caráter e personalidade do crente, que se manifesta na vida particular e nos relacionamentos. É o próprio caráter santo de Cristo na vida do discípulo. O fruto é produzido pela ação do Espírito Santo, por meio da comunhão com Cristo, a Videira verdadeira, e pela intimidade com a Palavra de Deus.
4. Distinção entre os dons e o fruto do Espírito
Não obstante os dons e o fruto procederem do mesmo Espírito, ambos são diferentes entre si. Os dons são concedidos pelo Espírito, enquanto o fruto é gerado no discípulo. Os dons acompanham o batismo com o Espírito Santo, enquanto o fruto começa com a obra do Espírito Santo na regeneração (At 19.6). Os dons são dotações de poder para o serviço, o fruto é uma expressão do caráter de Cristo na vida do cristão. Os dons manifestam-se imediatamente perfeitos, enquanto o fruto requer tempo para crescer e desenvolver-se; os dons revelam concessão de poder e graça especial, enquanto o fruto se relaciona com o caráter do portador.
5. O Fruto do Espírito
5.1. Amor
                    Os quatro aspectos da palavra amor na Bíblia:
                  a. Amor eros. É conhecido como amor instintivo ou paixão.
                  b. Amor storge. É o amor afetivo, amor familiar.
                  c. Amor phileo. É o amor relacionado aos amigos.
                  d. Amor agápe. Deus é a personificação deste amor (1 Jo 4.8-16).
5.2. Alegria
A "alegria" do Espírito é aquela que estimula a viver, andar e realizar a obra de Deus.  Trata-se daquela qualidade de vida graciosa e bondosa, caracterizada pela boa vontade, generosa nas dádivas aos outros, resultante de um senso de bem-estar, resultado de uma correta relação com Deus; é o "regozijo" no Espírito Santo. O gozo, como estado de espírito em alegria permanente, é uma peculiaridade do servo de Deus. Ainda que nem sempre esteja estampado no rosto, o gozo que inunda o coração do crente nele se traduz como uma forma de alegre confiança nos cuidados e provisões de Deus. Nas duas últimas instruções aos seus discípulos, Jesus disse: "tenho-vos dito isto, para que o meu gozo permaneça em vós, e o vosso gozo seja completo"(Jo 15.11).  
5.3. Paz
A verdadeira paz, a paz real, é de tríplice aspecto: paz com Deus; paz consigo mesmo; e paz com nosso semelhante. A base de nossa paz com Deus é a justificação pela fé em Jesus Cristo (Rm 5. 1). Portanto, a paz envolve muito mais do que tranquilidade íntima. Antes, trata-se de qualidade espiritual produzida pelo perdão dos pecados, conversão e a consequente transformação segundo a imagem de Cristo. A paz é o contrário exato do ódio, da desavença, da contenda, do conflito, da inveja.
5.4. Longanimidade
A longanimidade consiste em suportar as fragilidades e provocações alheias, com base na consideração de que Deus se tem mostrado extremamente paciente conosco. Assim, a longanimidade é a paciência que nos permite controlar a ira e o senso de contenda, tolerando as injurias.
5.5. Benignidade
A benignidade é doçura de temperamento, sobretudo para com os desvalidos, predispondo a uma atitude afável e cortês, que deixa facilmente abordável, quando alguém magoado.
5.6. Bondade
O uso que Paulo faz em Rm 15.14 e 2 Ts 1.11 demonstra que se trata de generosidade e de ação gentil para com outras pessoas.
5.7. Fé
Significa tanto "confiança" quanto "fidelidade"; e ambas virtudes procedem do Espírito de Deus. O termo "fidelidade" designa uma fé provada como elemento modelador do caráter do cristão (1Pe 1.7).
5.8. Mansidão
Essa é uma qualidade exaltada nas bem-aventuranças. Uma qualidade de caráter daqueles que haverão de herdar a terra (Mt 5.5). Cristo possuía essa qualidade (Mt 11.29). Em Fp 2.1-11 é associada à "mente de Cristo". Consiste em um Espírito de mansidão e gentileza no trato com o próximo.
5.9. Temperança
Na passagem de 1 Co 7.9 essa palavra e usada para o controle do impulso sexual, mas em 1 Co 9.25 à toda forma de controle e autodisciplina que um atleta precisa exercer. Paulo emprega o termo para falar do autocontrole que obtém o domínio sobre os vícios alistados em Gl 5.19-21. Para que seja vitorioso e obtenha a vitória contra o mal, o cristão precisa de uma completa autodisciplina e de total autocontrole.
Conclusão
O cristão deve conservar em perfeita sintonia os dons e o fruto do Espírito. Ele deve manter-se sempre cheio do Espírito, tanto do poder quanto do fruto. Crente cheio de poder, mas sem fruto (se for possível) é como uma linda arquitetura sem fundamento.
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[1] Pedagogo, Teólogo, Comentarista das Lições Bíblicas de Jovens (CPAD); Mestre e Doutorando em Teologia pela PUC, RJ. Autor dos livros: Hermenêutica Fácil e Descomplicada (CPAD); A Família no Antigo Testamento (CPAD); Igreja Identidade & Símbolos (CPAD); Davi as Vitórias e Derrotas de um Homem de Deus (CPAD); Da História à Palavra: A Teologia da Revelação em Paul Ricoeur (Reflexão).
[2] HENDRIKSEN, W. João.p.686.
[3] WIERSBE, W. W. Comentário Bíblico do Novo Testamento, p. 457.

Lição 06 - 4º Trimestre 2018 - A Sabedoria e a Solidez para a Vida - Juvenis.

Lição 6 - A Sabedoria e a Solidez para a Vida

4º Trimestre de 2018
“O temor do SENHOR é o princípio da sabedoria; bom entendimento têm todos os que lhe obedecem; o seu louvor permanece para sempre” (Sl 111.10).
ESBOÇO DA LIÇÃO
1. A SABEDORIA NOS GUIA (PV 8.1-13)
2. A SABEDORIA NOS FAZ TER SUCESSO
3. OBEDIÊNCIA A DEUS: PRINCÍPIO DA SABEDORIA
OBJETIVOS
Definir o termo “bem-sucedido” aos olhos de Deus.
Explicar que a verdadeira sabedoria é mudança de vida.
Destacar que Jesus é o nosso maior exemplo de sabedoria.
     Querido (a) professor (a), conforme conversamos há algumas aulas, idade não é sinônimo de sabedoria. O tempo apesar de ser um fator que pode corroborar para a sabedoria, não é o único e nem mesmo o elemento determinante para ela. Quantos não são os idosos experientes, porém arrogantes e tolos que não se deixam mais admoestar, tal qual o número de jovens sábios e moldáveis nas mãos do Todo-Poderoso e por isso com uma vida feliz e bem-sucedida?! (Cf Ec 4.13)
     Se não está no tempo a resposta, então qual seria o fator determinante para a sabedoria? Proponha essa indagação à turma e ouça-os com atenção. Incentive a cada aula ao longo de todo o trimestre que seus alunos busquem ardentemente a sabedoria de Deus, que pode livrá-los de tantas escolhas erradas, ciladas, feridas e amarguras dolorosas ao longo da caminhada. Enfatize também que o Senhor, a Sabedoria em Pessoa, deseja se derramar sobre eles hoje, agora, na idade que eles têm!  E quão maravilhoso presente! Que cada um de seus alunos possa ter a felicidade de recebê-lo. Em meio a uma sociedade corrupta e perversa, onde o amor de muitos se esfria, até mesmo dentro da igreja, a Sabedoria do Alto se faz mais necessária do que nunca. Assim como a formação de cidadãos de caráter, em palavras e ações semelhantes a Jesus Cristo, além de apenas detentores e fiscais de moralismos. Isto é ser bem-sucedido aos olhos divinos. Por isso o Nazareno é o nosso maior exemplo e inspiração. Ele nos mostrou com sua vida terrena a diferença entre religiosidade e devoção; bom testemunho e boa aparência; guardar regras ou cumprir ritos e praticar o amor e temor do Senhor.
Os seis primeiros versículos de Provérbios mostram com muita clareza que o propósito desse livro é o cultivo dos valores éticos-morais: Provérbios de Salomão, filho de Davi, o rei de Israel. Para aprender a sabedoria e o ensino; para entender as palavras de inteligência; para obter o ensino do bom proceder, a justiça, o juízo e a equidade; para dar aos simples a prudência e aos jovens, conhecimento e bom siso. Ouça o sábio e cresça em prudência; e o instruído adquira habilidade para entender provérbios e parábolas, as palavras e enigmas dos sábios. (Pv 1.1-6) 
O livro de Provérbios, portanto, é rico em ilustrações sobre o comportamento humano e sem dúvida procura trabalhar o caráter do homem. Mas como bem observou Derek Kidner, ele não é um álbum de retratos, nem um livro de boas maneiras: oferece uma chave à vida.
‘As amostras de comportamento que espalha diante das nossas vistas são aquilatadas, todas elas, por um único critério, que poderia ser resumido na pergunta: Isto é sabedoria ou estultícia?’
Esta é uma abordagem que unifica a vida, porque se adapta aos campos mais corriqueiros tanto quanto aos mais exaltados. A sabedoria deixa a sua assinatura em qualquer coisa bem feita ou bem julgada, desde uma observação apropriada até o próprio universo, desde uma política sábia (que brota de uma introspecção prática) até uma ação nobre (que brota de uma introspecção prática). Noutras palavras, fica igualmente bem encaixada nos ambientes da natureza e da arte, da ética e da política, sem mencionar outros, e forma uma base única de julgamento para todos eles.
Por outro lado, as palavras: “O temor do Senhor é o princípio do saber, mas os loucos desprezam a sabedoria e o ensino” (Pv 1.7, ARA), demonstram que a transmissão de valores espirituais estava na mente de Salomão quando escreveu este livro. Esse também é um princípio que o filho de Davi faz sobressair em Eclesiastes, livro também de sua autoria. Dessa forma observamos que Salomão demonstra que nenhuma moral-social se firma se não tiver valores morais e espirituais como princípio.
O valor espiritual dos Provérbios fica bem demonstrado no uso que nosso Senhor Jesus Cristo fez dos mesmos. Como bem observou Antonio Neves de Mesquita:
Jesus fez amplo uso dos ensinos de Provérbios na sua doutrinação prática. Muitas das suas parábolas estão calcadas em seus ensinos. Por exemplo, a parábola dos primeiros lugares, quando convidado para banquetes, está firmemente relacionada com Provérbios 25.6,7, onde se lê: não se glories no meio dos reis nem te ponhas no meio dos grandes, porque melhor é que te digam: sobe para aqui, do que seres humilhado diante do príncipe. A parábola do rico insensato está bem retratada em Provérbios 27.
Jesus, na conversa com Nicodemos, parece, que copiou a palavra de Agur, filho de Jaqué em Provérbios 30.4, e quando se refere ao povo, dizendo que a sabedoria é justificada por seus filhos, está citando Provérbios no seu todo.
A literatura sapiencial, representada neste capítulo pelos livros de Provérbios e Eclesiastes, revela que o temor do Senhor é o fundamento de todo o saber. Ninguém pode ser considerado sábio de fato se os seus conselhos não revelam princípios do saber divino. Um sábio não é alguém dotado apenas de muita informação ou inteligência, mas alguém que aprendeu que o temor do Senhor é a base de toda moral-social.  (GOLÇALVES, José. Sábios Conselhos Para um Viver Vitorioso. Rio de Janeiro: CPAD, 2013, pp. 16-17)
     O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula.
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Juvenis da CPAD 

Lição 06 - 4º Trimestre 2018 - O Dom de Línguas - Jovens.

Lição 6 - O Dom de Línguas

4º Trimestre de 2018
Introdução
I-O Falar em Outras Línguas
II-O Falar em Outras Línguas na Vida Pessoal
Conclusão
Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivos:
Refutar o argumento de que o dom de línguas é bíblico, mas não é para os nossos dias;
Mostrar que o falar em línguas edifica a nossa vida pessoal.
Palavra-chave: Pentecostes.
Para ajudá-lo(a) na sua reflexão, e na preparação do seu plano de aula, leia o subsídio de autoria do pastor Alexandre Coelho:
Introdução
O falar em línguas é uma das práticas que crentes pentecostais acreditam serem atuais com base nas Escrituras. Além da promessa de Jesus em Marcos 16 e da narrativa de Lucas em Atos, temos a carta de Paulo aos Coríntios como base para entender a prática do falar em línguas.
Infelizmente, a falta de um estudo adequado das Escrituras traz ideias equivocadas sobre a Igreja em Corinto e suas práticas. Há quem associe as confusões na Igreja de Corinto à prática dos dons espirituais como se os dons do Espírito fossem responsáveis pelos problemas daquela comunidade. Esse é um erro de interpretação, que, de forma premeditada ou não, denigre não apenas o movimento pentecostal, como também os dons espirituais que Deus envia para a sua Igreja.
Ao escrever aos coríntios, o apóstolo Paulo fornece-nos informações preciosas sobre dois dons que, certamente, eram muito usados naquela comunidade: o falar em línguas e o profetizar. Dentro da perspectiva de que as línguas e a profecia são dons do Espírito para a edificação da Igreja, o apóstolo traz orientações sobre como a igreja deve portar-se no trato com essas manifestações.
Se cremos que a Palavra de Deus é inspirada e que Paulo foi inspirado a escrever aos coríntios sobre esse assunto, veremos que o servo de Deus não ensina que esses dons devem deixar de ser ministrados, mas orienta que eles sejam usados da forma correta, tendo em vista que a sua principal função é edificar o corpo de Cristo, quer de forma individual, quer de forma coletiva.
I – O FALAR EM OUTRAS LÍNGUAS
As Línguas em Marcos 16
Iniciemos nosso estudo sobre as línguas remontando as palavras de Jesus em Marcos 16: “Estes sinais seguirão aos que crerem: em meu nome, expulsarão demônios; falarão novas línguas; pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e imporão as mãos sobre os enfermos e os curarão” (Mc 16.17,18). João Marcos, o evangelista, tem o cuidado de mostrar que Jesus, já ressuscitado, comissiona seus discípulos com autoridade e poder a que pratiquem, em nome dEle, obras poderosas como, por exemplo, expulsar seres espirituais malignos, curar enfermidades e falar em outras línguas.
Marcos 16 traz as palavras de Jesus numa perspectiva de futuro, ou seja, de coisas que ainda aconteceriam. Os seguidores de Jesus iriam, em seu nome, não apenas falar em línguas, mas também expulsar demônios e curar enfermos. Nesse aspecto, tendo como referência o fim do livro de Marcos, não vemos o falar em línguas acontecendo, mas vemos Jesus já deixando a premissa de que, primeiro, o falar em línguas seria um sinal; segundo, o falar em línguas seria para quem cresse; e, terceiro, o falar em línguas vem acompanhado de outros sinais poderosos, como o expulsar demônios e o curar enfermos.   
O Ensino Paulino sobre as Línguas
Após tratar de diversos assuntos relacionados à divisão na igreja, atitudes para com pessoas desordenadas e a Ceia do Senhor, Paulo dá prosseguimento à sua carta aos Coríntios fazendo uma comparação entre uso do dom de línguas e o uso da profecia. Isso era necessário, pois tratar do uso dos dons era um assunto que deveria ser discorrido naquela comunidade. Deixemos claro que o ensino paulino não impede nem restringe a utilização do falar em línguas, e sim o regulamenta. Qualquer entendimento diferente deste deturpa a ideia original do escritor e, consequentemente, ataca a própria inspiração divina, que moveu Paulo a escrever sobre esse assunto. Além disso, alegar que a Igreja em Corinto era bagunçada por causa dos dons espirituais é o mesmo que dizer que o próprio Deus é responsável pela desordem no culto, pois Ele mesmo deu os dons à Igreja. O que certos intérpretes — que defendem a cessação dos dons — deixam de levar em consideração é que a Igreja em Corinto já tinha seus problemas de desordem, divisões, maus procedimentos na Santa Ceia e até imoralidade sexual. Esses fatores, sim, faziam daquela igreja, em particular, uma igreja que precisava de reprimendas para ajustar-se aos padrões de Deus. E outro aspecto deve ser apresentado: Deus enviou seus dons àquela igreja para que ela fosse edificada. Esse preceito vem sendo atacado hoje por quem entende que os dons cessaram, mas tal opinião não tem respaldo nas Sagradas Escrituras. 
O Ensino Paulino sobre as Línguas
Tem-se crido que a Igreja Coríntia tinha em seus cultos as manifestações dos nove dons espirituais mencionados por Paulo. Acredito que esses dons mencionados no capítulo 12 da Carta são números clausus, ou seja, uma lista fechada, onde não se admite a inserção de outras modalidades de manifestações. Caso o fosse possível, o apóstolo certamente teria mencionado algum outro dom, o que não nos parece ser o caso. Há, sim, outras listas que trazem ministérios e dons dados por Deus, mas a nossa análise será em 1 Coríntios. Os dons descritos no capítulo 12 são suficientes para suscitar questionamentos contrários às ideias cessacionistas no tocante à validade dos dons em nossos dias.
O mais criticado é o dom de línguas, e essa atitude tem uma razão. A doutrina pentecostal tem sido enfática no sentido de ensinar que, de acordo com as referências de Atos 2, 13 e 19, o batismo no Espírito Santo tem o falar em línguas por evidência inicial.
Paulo tem uma perspectiva em relação às línguas diferente dos cessacionistas. Ele reconhece que esse dom vem efetivamente do Espírito Santo: “Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um para o que for útil” (1 Co 12.7). Independentemente de existir cultos na história cujas manifestações tinham similaridades com alguns dons, os dons relatados por Paulo têm origem divina.
Há cultos em que os adeptos tinham momentos de êxtase e falavam palavras desconexas, mas a experiência do falar em línguas mencionada por Paulo é diretamente oposta às outras experiências, pois a sua origem é o Espírito Santo, que criou os dons espirituais, distribuiu-os aos crentes e edificou a sua Igreja por meio deles.
Comparar as experiências dessas religiões ao dom de línguas dado pelo Espírito Santo com o objetivo de desqualificá-lo e chegar à conclusão de que é um fenômeno humano de origem maligna, tendo em vista que seria uma repetição de um padrão de possíveis falas desconexas, é desprezar a fonte que gera e distribui o dom, ou seja, a própria pessoa do Espírito de Deus.
Orar em Línguas
“Porque, se eu orar em língua estranha, o meu espírito ora bem, mas o meu entendimento fica sem fruto” (1 Co 14.14). Paulo dá prosseguimento à doutrina ensinada discorrendo sobre a oração. Se entendemos que orar é falar com Deus, também entendemos que a comunicação com Ele em línguas é uma manifestação que é genuinamente pentecostal, porém não restrita aos arraiais pentecostais. As palavras de uma língua não estão necessariamente restritas a uma forma de pensar ou a um grupo de pessoas. O falar em línguas, o derramamento do Espírito e os dons espirituais não estão restritos ao meio pentecostal. A promessa da efusão do Espírito é para toda a carne e não é patrimônio de uma única igreja.
Uma característica destacada por Paulo no assunto das línguas é que, quando utilizadas na oração, fazem com que o espírito ore bem. Parece que não há qualquer impedimento na oração ao Pai Celeste quando se utiliza o falar em línguas.
O apóstolo também destaca que, quando se ora em línguas, “o entendimento fica sem fruto”, ou seja, é como se o intelecto da pessoa não tivesse participação, não entendesse efetivamente o que está sendo falado. Paulo menciona esse fato, mas não dá a entender que o texto seja uma condenação ao orar em línguas. Ele mesmo diz que, ao orar em línguas, “o meu espírito ora bem”. Com certeza, pela revelação do Senhor trazida a Paulo, orar em línguas manifesta uma conexão mais íntima e profunda com o Espírito Santo, sendo difícil crer que Deus tenha reservado esse momento de intimidade com Ele e essa possibilidade de orar em línguas somente para a Igreja Primitiva. Paulo usou o tempo verbal no presente como uma indicação de que, tanto hoje quanto nos dias do apóstolo, o orar em línguas era e é para todos os crentes.
Evidentemente, o apóstolo roga à igreja que use de equilíbrio na prática das línguas na oração: “[...] Orarei com o espírito, mas também orarei com o entendimento” (1 Co 14.15). A orientação paulina é que haja um momento adequado para cada tipo de oração, mas não há uma condenação apostólica para a oração em línguas. Paulo também não proibiu o falar em línguas no culto nem no momento de devoção pessoal.  
Um Sinal para os Incrédulos
É provável que, neste verso, Paulo esteja remontando a Atos 2, quando os apóstolos de Jesus falaram em línguas, e as pessoas de outras nações, que estavam em Jerusalém, ouviram todos falando das grandezas de Deus. As línguas não trariam nenhum sentido ao entendimento para quem não compreendia o culto em Corinto, ou seja, um infiel. Entende-se que aqui — se comparado à profecia, que é transmitida na língua vernácula, isto é, na língua nativa das pessoas daquela igreja — as línguas estranhas trariam a ideia de que aqueles crentes estariam loucos, pois eles iriam falar coisas que não poderiam ser entendidas. Por isso, Paulo privilegiava as línguas no culto que eram acompanhadas de interpretação, e a profecia, para que aqueles que não eram da fé soubessem “que Deus [estava] verdadeiramente entre [eles]” (1 Co 14.25). 
II – NA VIDA PESSOAL
A Oração em Línguas
Vejamos como Paulo trata o uso do dom de línguas em 1 Coríntios 14.14-17:
Porque, se eu orar em língua estranha, o meu espírito ora bem, mas o meu entendimento fica sem fruto. Que farei, pois? Orarei com o espírito, mas também orarei com o entendimento; cantarei com o espírito, mas também cantarei com o entendimento. Doutra maneira, se tu bendisseres com o espírito, como dirá o que ocupa o lugar de indouto o Amém sobre a tua ação de graças, visto que não sabe o que dizes? Porque realmente tu dás bem as graças, mas o outro não é edificado. 
Paulo reconhece que a oração feita em línguas faz com que o espírito ore bem. Parece um mistério a forma como as línguas na oração aproximam de Deus as nossas necessidades, súplicas e louvor sem aparentes interferências. A linguagem humana nem sempre é adequada para aproximarmo-nos do Senhor; sendo assim, as línguas seriam a linguagem do nosso espírito falando diretamente com o Espírito Santo. 
Essa modalidade de manifestação não exige que a oração seja traduzida; na verdade, Paulo compreende ser esse momento da oração em línguas algo tão íntimo que não orienta que a oração passe pelo processo de tradução na língua vernácula, nem que a pessoa que está orando em espírito também ore para interpretar a sua oração, como é o caso do falar em línguas em público no culto. Paulo diz que orar em línguas não traz frutos ao entendimento, mas ele também não pede que a oração seja entendida. Não há, portanto, um obstáculo para que passemos momentos com Deus em oração feita na língua do Espírito.
Paulo orienta que há momento para a oração em línguas e para a oração em público. “Orarei com o espírito, mas também orarei com o entendimento; cantarei com o espírito, mas também cantarei com o entendimento”. O mesmo entendimento que fica prejudicado no uso das línguas para a oração é valorizado quando é feita a oração na língua vernácula, e assim se ora com o entendimento. É possível cantar com o espírito, mas é igualmente possível cantar com o entendimento, ou seja, na língua dos demais membros do corpo de Cristo.
O amém na oração é uma palavra que traz a ideia de concordância do grupo à pessoa que está orando. Para que essa concordância ocorra, é necessário entendimento de todos. Da mesma sorte, quando uma pessoa dá graças a Deus em espírito, o Eterno recebe a gratidão, mas a comunidade não é edificada por não saber o que está sendo transmitido. Mais uma vez, não há uma reprimenda à gratidão em línguas, apenas a sua regulamentação.
Línguas para Falar com Deus
“Porque o que fala língua estranha não fala aos homens, senão a Deus; porque ninguém o entende, e em espírito fala de mistérios” (1 Co 14.2). Uma das verdades acerca do dom de línguas é que quem se utiliza dele fala com o Senhor. Paulo diz que há uma comunicação entre a pessoa e Deus por mais que os homens não entendam o que está sendo pronunciado. Essa é uma revelação muito séria, pois o falar em línguas tem sido combatido por cristãos cessacionistas, que acreditam que essa manifestação não seria um dom para a igreja de hoje. Eles baseiam-se no fato de que a revelação de Deus já está toda nas Escrituras, mas, curiosamente para eles, esta parte da revelação nas mesmas Escrituras não teria valor normativo, como justamente a recomendação de orar em línguas e a não proibição de falar em outras línguas; ou seja, seriam relatos que não deveriam ser reproduzidos na vida cristã em nossos dias. Como Paulo não demonstrou esse mesmo entendimento, cremos que o falar em línguas inicia uma comunhão mais íntima com Deus no momento em que o dom é manifesto, e é isso que a Bíblia diz.
Em comparação com o dom de profetizar, o dom de línguas tem um alcance individual, ou seja, se a pessoa fala com Deus no dom de línguas, a pessoa fala com os homens no dom de profetizar. O juízo de valor estabelecido por Paulo refere-se ao alcance de cada um desses dons, e um tem alcance mais amplo que outro nessa esfera. Assim sendo, não se pode dizer que as línguas não têm serventia no culto.
Nessa vertente, observa-se que os estudiosos que criticam o uso das línguas no culto são os mesmos que não incentivam a profecia, pois eles entendem que profetizar, de acordo com 1 Coríntios 14, não é a pregação da Palavra de Deus, mas o recebimento de uma palavra de forma espontânea vinda diretamente dEle. Para tais teólogos, o maior desses dons é a profecia, mas não podem haver manifestações de profecias em suas igrejas. Na prática, há pessoas que escolhem as partes das Escrituras que lhes interessam ou que lhes são adequadas a uma visão teológica. Ou levamos a sério a revelação dada por Deus por inteiro ou, então, escolheremos os textos que mais nos agradam, desprezando os demais que não combinam com a nossa ótica filosófica.    
Edificação Pessoal
“O que fala língua estranha edifica-se a si mesmo, mas o que profetiza edifica a igreja” (1 Co 14.4). Paulo mostra a primeira diferença entre o ato de profetizar — e, nessa passagem, não se trata da pregação da Palavra de Deus — e o falar em línguas. O ato de profetizar traz uma edificação coletiva, ao passo que o falar em línguas traz edificação pessoal. É inegável que o ato de profetizar na língua vernácula traz uma edificação muito maior, pois a profecia alcança a congregação. É igualmente inegável, porém, que o falar em línguas fortalece quem fala, e isso é o apóstolo Paulo que está ensinando. Contradizer esse princípio equivale a contradizer o restante dos escritos paulinos, pois não há um escrito mais inspirado e outro menos inspirado. Não é pecado edificar a si mesmo. Na Igreja de Cristo, há espaço para os que profetizam e edificam a igreja e há espaço para os que falam em línguas edificando a si próprios. A utilidade de cada dom tem sua oportunidade e espaço para a glória de Deus. É notório que há cristãos que intelectualmente entendem ser a profecia um dom de alcance plural, mas rejeitam sua manifestação genuína em suas igrejas. Para sermos honestos intelectualmente, precisamos ser coerentes com o que a Palavra de Deus fala e estar abertos a praticar o que foi falado.  
Agradecendo a Deus
“Porque realmente tu dás bem as graças, mas o outro não é edificado” (1 Co 14.17). A gratidão é uma das características que traz contentamento a Deus em nossa relação com Ele. Tão importante quanto a santidade, que nos desafia a ser pessoas separadas para Deus, a gratidão faz de nós pessoas que reconhecem que Deus foi quem nos beneficiou, que nos fez um favor, seja por meio de uma resposta de oração, seja simplesmente por um ato de sua vontade para conosco sem que tivéssemos pensado ou pedido.
Paulo mostra que as línguas são um instrumento de manifestação de gratidão por parte de quem fala, e Deus certamente se envolve nesse momento de reconhecimento. A gratidão manifesta no falar em outras línguas, entretanto, não edifica outras pessoas.
Essa observação do apóstolo torna a mostrar que o falar em línguas tem um caráter pessoal quando visto sobre a perspectiva do alcance da coletividade. Não há impedimento para que se fale em línguas na congregação, pois tal manifestação inclui a nossa gratidão a Deus. Concordamos que há uma diferenciação sobre o alcance coletivo e o individual no contexto paulino, mas entendemos que essa diferenciação tem um caráter educativo, ou seja, o objetivo é efetivamente incentivar o dom de uso coletivo sem desprezar o dom de alcance individual. 
III – AS LÍNGUAS NA IGREJA
Podem ser Interpretadas
“E eu quero que todos vós faleis línguas estranhas; mas muito mais que profetizeis, porque o que profetiza é maior do que o que fala línguas estranhas, a não ser que também interprete, para que a igreja receba edificação” (1 Co 14.5). Pela primeira vez, Paulo equipara aqui a pessoa que profetiza à pessoa que fala em línguas. Essa equiparação acontece justamente quando a pessoa que fala em línguas também a interpreta, de forma que a congregação é edificada. Sem tal junção, fala e interpretação, a igreja não é alcançada. Novamente, cabe a ideia de que Paulo não dá a entender que a profecia é a pregação da Palavra de Deus. Ele está falando dentro de um contexto em que o falar em outras línguas está sendo visto na igreja, e não de um momento no culto em que a Bíblia é explicada.
“Pelo que, o que fala língua estranha, ore para que a possa interpretar” (v. 13). De forma novamente didática, Paulo orienta os crentes em Corinto que busquem em oração a interpretação das línguas. Há o dom de interpretação de línguas dado pelo Espírito de Deus, e esse dom está disponível para a congregação. Paulo mostra que a oração é o caminho para que se possa receber de Deus essa graça e justamente para que haja entendimento das línguas que estão sendo faladas.
A interpretação contextualiza o que está sendo falado. Imaginemos o seguinte cenário: O primeiro culto cristão em terras brasileiras foi celebrado a indígenas e na língua latina. Pense no alcance dessa comunicação aos habitantes da então chamada Terra de Santa Cruz. Como eles não entendiam o latim, e os descobridores não falavam as línguas nativas, não houve qualquer comunicação entre esses grupos, mesmo que o culto tenha sido realizado.
Paulo prossegue: “Pelo que, o que fala língua estranha, ore para que a possa interpretar”. Falar em línguas não é um dom desprestigiado por Paulo na igreja. O alcance individual desse dom ganha contornos públicos quando as línguas faladas são interpretadas. No capítulo 12, Paulo diz que, pelo Espírito, há o dom de interpretar línguas, o ermēneia glōssōn, dado pelo Espírito Santo. O Eterno sabe que falar em outras línguas tem seus momentos e que a interpretação dessas línguas dadas por Ele tem por finalidade edificar a sua igreja quando as línguas são interpretadas.
Não é demais falar que as línguas parecem ter um significado profético quando são interpretadas, e a responsabilidade pela busca da interpretação é do falante, que deve orar e pedir a Deus que lhe conceda a capacidade, que é dada pelo Espírito, de trazer a interpretação à congregação. Da mesma forma que Tiago orienta os crentes que têm falta de sabedoria para que venham pedi-la a Deus, Paulo orienta que quem fala em línguas deve orar para interpretá-las. Note que, se o falar em línguas não traz o entendimento ao falante, ele deverá buscar a interpretação e o entendimento daquilo que está sendo falado quando se dirigir à congregação.  
Não Pode Atrapalhar o Culto
Uma característica que precisa ser observada é que o culto ao Senhor não pode ser atrapalhado ou obstruído pela manifestação dos dons espirituais. Eles devem ser vistos na igreja, mas não podem ocupar espaço no culto de tal maneira que gere desordem ou traga transtornos. Deus ordena que haja cânticos entre os irmãos e expressões de louvor que farão parte do culto.
Ele também ordena que os que falam em línguas façam-no em até duas pessoas e, se houver uma terceira, que seja para interpretar. Reiteramos que Paulo não está proibindo o falar em línguas no culto, e sim trazendo um norte, um senso de organização a uma igreja que, por natureza, como já havíamos dito, precisava de orientações em todos os aspectos. O mesmo vale para a profecia: “E falem dois ou três profetas, e os outros julguem” (1 Co 14.29). Nessa passagem, o termo “profetas” não se refere aos que trazem a pregação da Palavra de Deus, e sim aos que receberam o dom do Espírito para profetizar, assim como profetizavam os servos do Senhor no Antigo Testamento. Se fossem pregadores e expositores da Palavra, teríamos uma dificuldade textual, pois seríamos levados a crer que dois pregadores falavam ao mesmo tempo na Igreja em Corinto. Imagine um culto em que duas pessoas falam em línguas em um tom de voz mais alto. Agora imagine se fossem dois pregadores falando ao mesmo tempo. A quem a congregação ouviria? Por isso, cremos que profecia e pregação são atividades distintas. Em que pese tal opinião, o que importa é que a ordem no culto deve ser respeitada pelos que manifestam os dons espirituais pelo Espírito.      
Um Culto com Ordem
“Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação” (1 Co 14.26). No texto em que aborda a questão do culto, parece que Paulo traz o seguinte questionamento aos coríntios: o que eles deveriam fazer? Quando se ajuntassem, teriam diferentes formas de demonstrar sua adoração e comunhão com Deus: entoar um salmo, ensinar uma doutrina, trazer uma revelação recebida de Deus, falar em línguas e interpretar. A base desse conjunto de manifestações era que tudo deveria ser feito para a edificação, e não para a divisão ou confusão no ambiente do culto.
Completamos que a interpretação das línguas auxilia na ordem do culto, por trazer o entendimento necessário daquilo que Deus está transmitindo à congregação.
Falando de Forma Ordenada
“E, se alguém falar língua estranha, faça-se isso por dois ou, quando muito, três, e por sua vez, e haja intérprete. Mas, se não houver intérprete, esteja calado na igreja e fale consigo mesmo e com Deus” (1 Co 14.27,28). Paulo orienta o ato de falar em línguas no culto público. Seu objetivo não é limitar o dom de línguas, mas, sim, mostrar a forma correta de utilizá-lo em público. Assim como uma pessoa cheia do Espírito pode falar em línguas nos seus momentos pessoais de devoção a Deus, ela também pode falar em público e na igreja; essa manifestação pública, contudo, deve seguir regras. Falar dois, no máximo três, é a orientação. Nesse aspecto, mesmo cultos pentecostais precisam respeitar a orientação bíblica de falarem dessa forma. Parece-nos que não há uma restrição a muitas pessoas falarem em línguas ao mesmo tempo; o verso 28 diz que, “se não houver intérprete, esteja calado na igreja”, uma possível indicação de que havia pessoas que falavam em línguas em um tom mais alto, sendo audível a toda a congregação. Duas a três pessoas falando em línguas num nível de decibéis que alcance todas as pessoas é o suficiente — e que haja interpretação. O objetivo dessa norma é focar na ordem e na modéstia do culto; neste, as pessoas podem manifestar sua espiritualidade sem exageros.   
Buscando a Profecia como Dom
“Portanto, irmãos, procurai, com zelo, profetizar e não proibais falar línguas. Mas faça-se tudo decentemente e com ordem” (1 Co 14.39,40). Paulo encerra essa parte da Carta com a orientação de buscar com dedicação e com zelo o ato de profetizar, e não proibir o falar em línguas. Ele antecede essa conclusão chamando a atenção dos leitores: “Se alguém cuida ser profeta ou espiritual, reconheça que as coisas que vos escrevo são mandamentos do Senhor” (v. 37). É curioso que a aferição de espiritualidade não é o profetizar ou o falar em línguas, mas, sim, o ato de reconhecer que Paulo está ensinando mandamentos do Senhor. O termo “portanto” é conclusivo, ou seja, completa um ciclo de pensamentos. Foi necessário o apóstolo pronunciar-se dessa forma para que os crentes coríntios não desprezassem o falar em línguas, como o fazem os cristãos cessacionistas.
Se não fosse para usar esse dom, Deus não o enviaria para edificar a sua Igreja. A busca com zelo é para todos os crentes que creem que os escritos de Paulo são a Palavra inspirada de Deus. E, em nossos dias, seria a igreja diferente da igreja daqueles dias? Cremos que profetizar é necessário hoje, tanto quanto o foi naqueles dias de Corinto. Falar em línguas traz benefícios individuais aos crentes, e o benefício é coletivo se as línguas forem interpretadas. E o que é perfeitamente necessário é isto: o culto deve ter ordem e decência. Um culto verdadeiramente pentecostal não necessita de eventos pirotécnicos para chamar a atenção dos ouvintes para as verdades de Deus. O culto também não deve ser engessado, frio, sob a égide de ser um culto racional, sem que o Senhor tenha a oportunidade de ser aquEle que conduz o seu povo à adoração.
Conclusão
A Bíblia é enfática quando diz que o dom de línguas não pode ser desprezado. Sua utilização deve seguir regras que ilustram um culto com ordem, onde Deus faz-se presente edificando o crente de forma individual, ou à igreja, com a interpretação das línguas. E, acima de tudo, que o dom de línguas ache espaço entre nós, em nossas orações, em nossos momentos com Deus, mas também na igreja, onde o Senhor valer-se-á de intérpretes para que tragam o entendimento do que está sendo falado.
*Adquira o livro. COELHO, Alexandre. O Vento Sopra Onde Quer: O Ensino Bíblico do Espírito Santo e sua Operação na Vida da Igreja. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2018.
Que Deus o(a) abençoe.
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista Lições Bíblicas Jovens 
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Jovens. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

Lição 06 - 4º Trimestre 2018 - Sinceridade e Arrependimento Diante de Deus - Adultos.

Lição 6 - Sinceridade e Arrependimento Diante de Deus 

4º Trimestre de 2018
Marcelo Oliveira de Oliveira
ESBOÇO GERAL
INTRODUÇÃO
I – INTERPRETAÇÃO DA PARÁBOLA DO FARISEU E DO PUBLICANO
II – A HIPOCRISIA DO FARISEU
III – A SINCERIDADE DO PUBLICANO
CONCLUSÃO
INTERPRETANDO A PARÁBOLA
Wagner Tadeu dos Santos Gaby
Eliel dos Santos Gaby
Estamos diante de uma parábola narrativa, direta e simples. É uma comparação de dois personagens opostos por meio de uma justaposição: o fariseu e o publicano. Depois de haver ensinado a respeito da necessidade e do poder da oração por meio da parábola “do juiz iníquo”, Jesus conta essa parábola com o objetivo de ensinar a atitude correta na hora da oração. Agora somos ensinados que não basta perseverarmos na oração, é preciso cultivarmos uma atitude correta.
O fariseu pertencia a uma das principais seitas dos judeus, muito mais numerosa do que a dos saduceus, e de mais influência entre o povo. Insistia no cumprimento rigoroso da Lei e das tradições dos anciãos. Fariseu significa “separado”, porque não somente se separava dos outros povos, mas também dos outros israelitas. Os fariseus observavam as práticas de forma minuciosa; contudo, esqueciam do espírito da Lei, como se nota na forma como se lavavam antes de fazer as refeições, na lavagem dos copos, dos jarros, etc (Mc 7.3,4); em pagar escrupulosamente o dízimo (Mt 23.23); na observância do sábado, etc.
Elwell destaca que "segundo o ponto de vista tradicional, embora nem todos os fariseus fossem peritos na Lei, o farisaísmo era a ideologia da vasta maioria dos escribas e mestres da Lei, assim, os fariseus eram os guardiães e intérpretes da Lei e as instituições judaicas associadas com a Lei, tais como a sinagoga e o sinédrio, eram farisaicas”.1 As denúncias de Jesus contra os fariseus encontram-se em Mateus 23.13-30 e Marcos 7.9. Nesta última passagem Jesus disse: “Bem invalidais o mandamento de Deus para guardardes a vossa tradição”.
Em Isaías 29.13 o profeta criticava os hipócritas: “Porque o Senhor disse: Pois que este povo se aproxima de mim e, com a boca e com os lábios, me honra, mas o seu coração se afasta para longe de mim, e o seu temor para comigo consiste só em mandamentos de homens, em que foi instruído”. O Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal destaca que “Jesus aplicou as palavras de Isaías a esses líderes religiosos, porque eles podiam proferir as palavras corretas e fingir sua devoção a Deus, mas seu coração estava longe dele e Jesus atacou a verdadeira condição do seu coração”.2 Pois se preocupavam com detalhes do cotidiano e desprezavam a observância da Lei de Deus e seu verdadeiro significado.
Os publicanos eram cobradores de impostos públicos entre os antigos romanos. Os judeus consideravam os publicanos traidores e apóstatas porque cobravam os impostos para a nação que os oprimia. Eles eram julgados como pessoas de vil caráter, porque, também, acabavam extorquindo grandes quantias de dinheiro do seu próprio povo (Lc 3.12, 13; 19.8). Eles estavam classificados sempre entre os pecadores (Mt 9.10, 11), os pagãos (Mt 18.7) e as meretrizes (Mt 21.31). O povo murmurava pelo fato de Jesus comer com eles (Mt 9.11; 11.19; Lc 5.29; 15.1,2). Mateus era um publicano.
Champlin destaca que “na antiguidade, as taxas e impostos frequentemente eram coletados por indivíduos privados empregados com esse propósito, e não por agentes governamentais oficiais, assim, tais indivíduos tiravam proveito da situação a fim de auferirem ganhos desonestos”.3 É por esta razão que os publicanos estão associados aos pecadores, reunindo assim “duas classes que tinham grande afinidade de espírito. Pensava-se que nenhum publicano podia ser homem honesto, tão má era a reputação da categoria”.4
Os judeus da cidade de Jerusalém tinham o costume de fazer orações nas horas costumeiras (9h da manhã e 3h da tarde). Entretanto, mesmo fora dos horários regulares havia pessoas orando no templo (Lc 2.37; At 22.17). Um fariseu e um publicano subiram ao templo com o fim de orar à mesma hora. No aspecto religioso e moral reinava no judaísmo daquele tempo uma grande distância entre essas duas classes do povo.
O fariseu, como vimos, era tido como um homem que cumpria a Lei com exemplar rigorismo inatacável. Já o publicano era considerado uma pessoa que vivia em flagrantes pecados e vícios, era mesmo equiparado aos gentios. Essas duas figuras estão orando juntos à mesma hora no templo. Eis o que diz a parábola.
Esta parábola nos ensina que a religiosidade não tem valor para Deus quando não existe sinceridade de coração. O fariseu e o publicano tiveram atitudes semelhantes, ou seja, estavam buscando ao Senhor em oração, porém, o fariseu é reprovado por causa de sua hipocrisia, enquanto que o publicano, mesmo sendo pecador, tem a aprovação divina. “Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque qualquer que a si mesmo se exalta será humilhado, e qualquer que a si mesmo se humilha será exaltado” (Lc 18.14).
O publicano é um exemplo de alguém que tem consciência de sua condição espiritual. Diferente do fariseu, o publicano coloca-se na presença de Deus com coração contrito, reconhecendo-se como pecador e completamente dependente de Deus. Nesta parábola somos ensinados sobre a necessidade de avaliarmos nossa condição espiritual quando nos colocamos na presença de nosso Deus.
Lockyer destaca que “os dois homens que subiram para orar no templo são diferentes em caráter, credo e na forma de auto-exame, e, ambos se apresentam diante do Santo Deus, mas com uma diferença radical de atitude”.5 Este autor também destaca que “aqui estão dois indivíduos amplamente apartados um do outro, tanto em seu modo de viver como na opinião que o público tinha deles; são representantes de duas classes — (o primeiro) dos arrogantes mantenedores da lei e (o segundo) os desprezados transgressores da lei”.6
Esta parábola destaca a necessidade de uma vida de oração realizada com propósito correto, de maneira constante e com humildade no coração, reconhecendo a necessidade de ser alcançado pela graça de Deus. Em Tiago 5.16 a Bíblia diz que “a oração feita por um justo pode muito em seus efeitos”. Shedd e Bizerra destacam que a “oração serve para acalmar o espírito e para receber do Senhor sabedoria, de perceber mais claramente que o Senhor é bom e que sua misericórdia dura para sempre, mesmo quando passamos pela tempestade”.7 O publicano entendeu essa realidade, ao passo que o fariseu não julgava-se necessitado.
Texto extraído da obra “As Parábolas de Jesus:As verdades e princípios divinos para uma vida abundante.” 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2018”.

1 ELWELL, Walter A. Enciclopédia Histórico-Teológica da Igreja Cristã. Vol. 1. São Paulo: Vida Nova, 2009. p. 149.
2Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2009. p. 233.
3 CHAMPLIN, Russell N. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. Vol. 5. 11. Ed. São Paulo: Hagnos, 2013. p. 505.
4Ibidem.
5 LOCKYER, Herbert. Todas as parábolas da Bíblia –Uma análise detalhada de todas as parábolas das Escrituras. São Paulo: Editora Vida, 2006. p.389-390.
6Ibidem.
7 SHEDD, Russell e BIZERRA, Edmilton. Uma exposição de Tiago –a sabedoria de Deus. 1. ed. São Paulo: Shedd Publicações, 2010. p. 168.

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segunda-feira, 5 de novembro de 2018

Lição 05 - 4º Trimestre 2018 - A História de Rute - Berçário.

Lição 5 - A história de Rute

4º Trimestre de 2018
Objetivo da lição: Demonstrar através das atividades e exposições, que devemos sempre ajudar uns aos outros.
É hora do versículo: “[...] Deixe que eu vá até as plantações para catar as espigas [...]” (Rute 2.2).
Nesta lição, as crianças aprenderão, através da história de Rute, que o Papai do Céu abençoa as pessoas que gostam de ajudar. As crianças podem ajudar a mamãe guardando seus brinquedos depois de brincar com eles.
E nessa história os bebês saberão que Rute saía para catar espigas para ela e sua sogra poderem se alimentar.
Imprima a folha abaixo e distribua para as crianças colorirem a espiga de milho. Em seguida, distribua alguns grãos de milho para que colem na espiga. Diga que as espigas que Rute colhia para comer eram parecidas com essa da imagem. Cuide para que as crianças não coloquem os milhos no nariz ou na boca e se engasguem. Faça esta atividade depois de realizar todas as atividades propostas no manual do professor e caso haja tempo.
milho.licao5.bercario
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Berçário

Lição 05 - 4º Trimestre 2018 - Papai do Céu me Dá Inteligência - Maternal.

Lição 5 - Papai do Céu me Dá Inteligência

4º Trimestre de 2018
Objetivo da lição: Que o aluno compreenda que a inteligência é um presente de Deus. 
Para guardar no coração: “[...] É El quem dá sabedoria aos sábios [...].” (Dn 2.21)
Bem-vindo
“Ao receber cada aluno, faça-o sentir-se especial e amado. Convide as crianças a usar a inteligência que o Papai do Céu nos dá, e aprender um cântico bem bonito para louvá-lo. Cante o corinho sugerido para a aula de hoje.
Sugestão de oração
“Papai do Céu, obrigado pela inteligência e a sabedoria que o Senhor me dá. Com elas, eu posso aprender a Bíblia e muitas outras coisas! Em nome de Jesus, amém”. (Marta Doreto)
Pense..."Quando o império babilônico precisou de homens cultos, que governassem ao lado do rei, os escolhidos para os cargos foram os jovens “instruídos em toda a sabedoria, sábios em ciência, e entendidos no conhecimento” (Dn 1.4). Não pense que a coisa está mais fácil hoje; ao contrário, o mercado de trabalho está cada vez mais exigente, requerendo profissionais especializados. Terá mais chance quem estiver melhor preparado.
Há quem diga que o estudo mata a espiritualidade, mas tal idéia não encontra respaldo na Bíblia. Moisés foi instruído em toda a ciência dos egípcios — língua, escrita, tecnologia, etiquetas da corte, política, estratégias de guerra, etc (At 7.22). Entretanto, esse homem preparadíssimo foi fiel até o fim. Ao mencionar o seu preparo intelectual, a Bíblia destaca também a sua fé e fidelidade (Hb 11.23-27). Além disso, todo o seu saber foi colocado à disposição de Deus, e os seus conhecimentos ajudaram-no a conduzir os israelitas através do deserto. Portanto, leve a sério os seus estudos; dedique-se a ler e estudar. E acima de tudo, conte com Deus e busque sua bênção para os seus estudos” (Marta Doreto). 
Perfil da criança do maternal
“Afirmam os especialistas que uma criança desta faixa etária aprende mais através das emoções que pelos processos da mente. Então, faça de suas emoções um recurso para o aprendizado. Alcance-lhes a mente e o coração através de cânticos vibrantes, histórias cheias de suspense, e com um clímax realmente tocante. Coloque na sua voz e nas expressões corporais e faciais toda a emoção dos personagens da história. Nada é demasiadamente exagerado para a turma do maternal.” (Marta Doreto)
Sugestão para o versículo
Faça dois retângulos de cartolina de cor alegre, de aproximadamente 45 x 25 cm. Una os retângulos, colando três lados, formando uma espécie de envelope horizontal. Decore o envelope com figuras de lápis coloridos, a fim de que pareça uma caixa de lápis de cor. Com retalhos de cartolina de cores vivas e variadas, faça seis lápis de vinte centímetros de altura por sete de largura. Faça cada lápis com duas lâminas de cartolina coladas uma à outra, para que fiquem firmes. Em cada lápis, escreva uma palavra do versículo. Na “caixa”, escreva a referência. Ao memorizar o versículo, vá tirando os lápis um a um, e depois torne a guardá-los da mesma forma. Repita a operação quantas vezes forem necessárias. Depois embaralhe os lápis, e deixe que alguns voluntários os coloquem na ordem certa, dentro da caixa.
Explicação do versículo: A Bíblia está dizendo que é o Papai do Céu quem nos dá sabedoria. Nós precisamos de sabedoria e inteligência para aprender as coisas e para fazer tudo certinho. Você já sabe escovar os dentes sozinho? Que bom! Isto significa que você tem inteligência e sabedoria. Você entende a história bíblica que a tia conta, e aprende o versículo, porque é inteligente. É o Papai do Céu quem lhe dá inteligência e sabedoria. E agora, vamos usar a inteligência que o Papai do Céu nos dá para aprendermos o versículo da Bíblia. (Mostre o visual e memorize o verso). (Marta Doreto)
Até logo
Depois de repetir o versículo e o cântico do dia, encerre a aula com uma oração. Prepare as crianças para a saída. Quando os pais ou responsáveis forem buscar as crianças, recomende que, em casa, leiam a história bíblica de hoje para o(a) filho(a). Sugira que utilizem uma bíblia infantil. O texto bíblico da lição se encontra em Daniel 1.1-21. 
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista de Maternal

Lição 05 - 4º Trimestre 2018 - Na Casa do meu Amigo eu Ajudo - Jd. Infância.

Lição 5 - Na Casa do meu Amigo eu Ajudo

4º Trimestre de 2018
Objetivos: Os alunos deverão identificar a unidade entre os irmãos; e buscar querer ajudar os irmãos.
É hora do versículo: “Se alguém lhe pedir alguma coisa, dê; e, se alguém lhe pedir emprestado, empreste” (Mt 5.42).
Nesta lição, as crianças aprenderão, através da história dos primeiros cristão pertencentes à Igreja Primitiva, que a união de todos no partir do pão e nas orações, faziam com que todos fossem muito abençoados.
Após realizar todas as atividades propostas na revista do professor e caso haja tempo, imprima a folha abaixo com a palavra AJUDA escrita nela. Entregue para as crianças decorarem a palavra. Incentive seus alunos a serem ajudantes na obra do Senhor, ajudar as pessoas idosas, doar aquilo que não estiver mais usando, desde que esteja em bom estado.
Sobre a seção FIXANDO A APRENDIZAGEM, observe que a intenção dessa atividade é reforçar a importância de um ajudar o outro. Caso contrário, a brincadeira não terá sucesso. Assim é na igreja e na vida, sempre um ajudando o outro para termos sucesso em tudo que nos propormos fazer. 
ajuda.licao5.jardim
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Jardim de Infância 

Lição 05 - 4º Trimestre 2018 - Efésios : A Carta da Fé, do Amor e das Virtudes - Adolescentes.

Lição 5 - Efésios: A Carta da Fé, do Amor e das Virtudes

4º Trimestre de 2018
ESBOÇO DA LIÇÃO
QUEM NÓS ÉRAMOS ANTES DE ESTAR EM CRISTO?
SALVOS PELA GRAÇA MEDIANTE A FÉ
UMA VIDA DE AMOR E DE BOAS OBRAS
A SALVAÇÃO PELA GRAÇA
Marcelo Oliveira de Oliveira
     Uma acusação comum aos pentecostais é que não conhecemos a graça de Deus. Acusa-nos de legalistas porque em pleno século XXI preservamos costumes − como os que de quaisquer igrejas evangélicas também são conservados, embora diferente dos nossos − em detrimento da graça de Deus, dizem eles.
   Nesse assunto, os pentecostais também concordam com a teologia arminiana, em que o fundamento essencial na dinâmica da salvação é o da graça preveniente e que toda salvação é fruto inteiramente da graça de Deus. Retomando mais uma vez o auxílio do teólogo arminiano Roger Olson, passamos a conceituar graça previniente.
A graça preveniente é uma doutrina elevada da graça
     Com graça preveniente se quer dizer o chamado de Deus no sentido de ser dEle a iniciativa do começo de relação com uma pessoa que é livre para responder a esse chamado com arrependimento e fé. Esse processo preveniente da graça, segundo Roger Olson, inclui ao menos quatro aspectos: chamada, convicção, iluminação e capacitação. Por isso, alinhado à visão arminiana, o pentecostal não tem dificuldade de pregar a graça de Deus e, ao mesmo tempo, reconhecer que a chamada para a salvação pode ser rejeitada pela pessoa. É muito claro para o pentecostal que nenhuma pessoa pode arrepender-se, crer e ser salva sem o auxílio sobrenatural do Espírito Santo. Este age do início ao fim do processo salvífico. Entretanto, é preciso que a pessoa não resista ao Espírito, como fizeram os fariseus ao resistirem arduamente à mensagem de Jesus Cristo (Mt 12.22-32), mas coopere com o Espírito reconhecendo a própria condição de pecador e crendo no único Salvador.
O que pensava Armínio acerca da graça de Deus na salvação?
      Segundo Roger Olson, a teologia de Armínio sempre foi compromissada com a graça de Deus e o teólogo holandês jamais atribuiu qualquer eficácia salvífica à bondade ou à força de vontade do ser humano. Isso é importante destacar, pois é um equívoco pensar que quem afirma que o ser humano pode resistir a graça de Deus está dizendo que o que define a salvação é a vontade humana. Nada mais injusto!
     Não havia dúvida para Armínio que a salvação era de graça, provinha de Deus, era um presente incomensurável do Altíssimo para o homem. Entretanto, o problema para Armínio, e o mesmo para os pentecostais, era que “de acordo com as escrituras, que muitas pessoas resistem ao Espírito Santo e rejeitam a graça que é oferecida”. 
Texto extraído da revista Ensinador Cristão, editada pela CPAD.
Marcelo Oliveira de Oliveira
Editor do Setor de Educação Cristã da CPAD
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Lição 05 - 4º Trimestre 2018 - Amando e Resgatando a Pessoa Desgarrada - Adultos.

Lição 5 - Amando e Resgatando a Pessoa Desgarrada 

4º Trimestre de 2018
Marcelo Oliveira de Oliveira
ESBOÇO GERAL
INTRODUÇÃO
I – INTERPRETANDO AS PARÁBOLAS DA OVELHA E DA DRACMA PERDIDAS
II – PRECISAMOS BUSCAR QUEM SE DESGARROU
III – HÁ ALEGRIA NO CÉU QUANDO UM PECADOR SE ARREPENDE
CONCLUSÃO
A quantidade de pessoas que estão nos tráficos de drogas, nos roubos ou em ato de corrupção, e que um dia teve acesso à igreja local, é grande. A verdade é que muitas delas que um dia frequentaram nossos cultos, ouviram nossas pregações e participaram de nossas ceias, hoje, não estão mais entre nós. A causa disso pode ser variada, mas o Evangelho nos mostra que é o nosso dever buscar quem se desgarrou do aprisco. Por isso a lição desta semana (1) tratará da interpretação de duas parábolas, a da ovelha e a da dracma perdida; (2) mostrará que precisamos buscar quem se desgarrou; (3) conscientizará o fator teológico do que acontece no céu quando um pecador se arrepende: há alegria, festa.
Deixemos de justificativas para não buscar quem se desgarrou
É muito fácil justificar a decisão das pessoas que deixaram a igreja local. Os religiosos da época de Jesus faziam a mesma coisa. Neste contexto, o nosso Senhor contou as duas parábolas. O público que lhe ouvia estava acostumado rotular pessoas, ou a receber esse rótulo, que não seguiam oficialmente a religião judaica: pecadoras.
Hoje, em pleno século XXI, corremos também o risco de rotular os que saíram do nosso meio, apaziguando nossas consciências com afirmações tais: não eram do nosso meio; eram rebeldes; só davam dor de cabeça.   
Cuidemos para não sermos insensíveis
Antes de nos insensibilizar, devemos lembrar alguns princípios que norteiam a fé evangélica: Deus quer que todos se salvem; foi ordem de Jesus que buscássemos quem se desgarrou; Deus está interessado no arrependimento do pecador.
Independente do pecado que alguém cometeu, se houver arrependimento, há remissão de todo o pecado. Aqui, o papel do pastor local e da comunidade de santos é fundamental. Embora o pastor não perdoe os pecados, nem a igreja também, todavia, o ministério pastoral, bem como o Corpo de Cristo, pode atuar como um instrumento poderoso de reconciliação do pecador.
Outrossim, não podemos esquecer que também é possível que a liderança da igreja, ou pessoas, precise confessar seus pecados contra o próximo e pedir o perdão. O afastamento de uma pessoa pode esconder um equívoco oficial da comunidade de crentes. Nesse sentido é preciso ter a humildade para reconhecer erros, pedir perdão e restabelecer a comunhão. Isso é desejo do Pai que seja assim.
Não esqueçamos: o nosso ministério é o da reconciliação!
Texto extraído da revista “Ensinador Cristão”, nº 76, p.36, editada pela CPAD.  
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quinta-feira, 1 de novembro de 2018

Lição 05 - 4º Trimestre 2018 - Abigail, a Heroína que Deus Tornou Rainha - Primários.

Lição 5 - Abigail, a Heroína que Deus Tornou Rainha

4º Trimestre de 2018
Objetivo: Que o aluno compreenda que Deus abençoa quem promove a paz e não brigas.
Ponto central: Os filhos do Príncipe da Paz são pacificadores e muito abençoados.
Memória em ação: “Felizes as pessoas que trabalham pela paz, pois Deus as tratará como seus filhos” (Mt 5.9).
      Querido (a) professor (a), em meio a um momento tão bélico e caótico em nossa sociedade, há ainda maior urgência de anunciar o genuíno ensino de Jesus de sermos pacificadores, isto é, pessoas que trabalham pela paz. Com tanto discurso de ódio, muitas vezes vindo até de pessoas que se dizem cristãs, nós somos convocados pelo Senhor a nos levantarmos como pacificadores em nossa geração (Cf. Mt 5.9).
      Não basta apenas dizermos que desejamos a paz, precisamos diariamente promovê-la, trabalhar por ela, em palavras, evidentemente, mas, sobretudo com ações. Uma delas é esta de ensinar, desde já, a estes pequeninos a serem verdadeiros emissários do Senhor na Terra, semeando seu amor e sua paz, que excede todo entendimento (Cf. Jo 14.27; Fp 4.7).
     Que grande privilégio você tem de ensinar algo tão nobre e necessário da Palavra de Deus para os seus primários! E, como sempre reforçamos aqui, não há forma mais eficaz de ensinar do que com o exemplo. Conforme frisa Provérbios 22.6, não basta “apontar o caminho”, dizer o que é certo; é preciso instruir “andando” nele.
      Propomos que após o momento de memorização do versículo, com a atividade proposta em sua revista, você pergunte para as crianças alguns exemplos, situações, formas que podemos ser pacificadores, ou seja, maneiras de fazer algo em prol da paz: ajudar amiguinhos que estão “de mal” a voltarem a se falar; falar do amor de Deus para as pessoas brigonas, etc.
     Em seguida, havendo tempo hábil, como sugerimos na sessão “Oficina Criativa”, permita que eles mesmos confeccionem suas bandeiras em TNT branco. Ofereça materiais que você tenha disponível para que enfeitem com criatividade, da maneira que cada um desejar, mas todas precisam ter o versículo aprendido hoje: “Felizes as pessoas que trabalham pela paz, pois Deus as tratará como seus filhos” (Mt 5.9).
     O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula.
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Primários da CPAD