terça-feira, 10 de março de 2020

Lição 11 - 1º Trimestre 2020 - O Homem do Pecado - Adultos.

Lição 11 - O Homem do Pecado 

1º Trimestre de 2020
ESBOÇO GERAL
I – O HOMEM DO PECADO
II – A MISSÃO DO HOMEM PECADO
III – A DESTRUIÇÃO DO HOMEM PECADO
O HOMEM DO PECADO
Claudionor de Andrade

Historicamente, os prepostos de Satanás apresentam-se com os títulos mais circunstanciais e pomposos. Carlos Magno ainda é louvado como o construtor da Europa; Napoleão jamais deixou de ser enaltecido como o romântico e culto guerreiro; Hitler, apesar de todas as suas maldades, é fervorosamente cultuado, nalguns segmentos extremistas, como o eterno führer; já o ditador comunista Joseph Stalin, em que pesem os milhões de soviéticos que friamente assassinou, continua a ser incensado, por consideráveis setores da esquerda, como “o pai do povo”.
Apesar dessas “gloriosas” designações, tais déspotas serão julgados não como líderes políticos, mas como lacaios de Satanás. E, nessa miserável condição, antes mesmo do Juízo Final, hão de ser arremessados no Lago de Fogo, para onde também será lançado o querubim caído, que, durante a sua longa trajetória, veio a angariar emblemáticas alcunhas — antiga serpente, Satanás, Diabo e, finalmente, dragão (Ap 19.20; 20.10).       
Neste tópico, enfocaremos a origem, os títulos e a natureza do Homem do Pecado, que, como já vimos, vem sendo precedido por indivíduos malignos e sanguinários, desde o homicida Caim; essa cadeia do mal terá, como ápice, a ascensão do Anticristo — o opositor-mor do Cordeiro de Deus.
ORIGEM DO HOMEM DO PECADO
Caim e Lameque, prefigurando o Anticristo, opuseram-se sistematicamente a Deus (Gn 4.1-10, 23,24). Ambos agiram como o Homem do Pecado, que há de aparecer tão logo a Igreja seja arrebatada (2 Ts 2.6,7). Nesse mesmo grupo, arrolaremos o Faraó do Êxodo, o perverso Hamã e o sanguinário Herodes (Êx 1.8-16; Et 3.1-6; Mt 2.13). 
Desde os tempos bíblicos, muitos se fizeram anticristos e dispuseram-se a perseguir a Israel e a Igreja de Deus. Destes, viremos a destacar apenas Carlos Magno, Napoleão e Hitler, pois a lista é longa e enojadiça.
Apesar de toda a sua hermenêutica, o Diabo não sabe quando os crentes serão arrebatados. Por isso, mantém alguns homens de prontidão, para usá-los imediatamente após o rapto da Igreja (1 Jo 2.18). Embora seja temerário dizer quem, hoje, seria o Homem do Pecado, podemos identificá-lo por seus frutos (Mt 7.16). Eis porque é imperioso escolhermos muito bem nossos candidatos no momento das eleições, para não elegermos servos e servas de Satanás. Conheçamos, pois, suas agendas éticas, educacionais e econômicas, pois o Diabo que, a essas alturas, já é o Dragão do Apocalipse, vem apoderando-se de todas as instituições humanas, visando o estabelecimento de seu governo visível. 
TÍTULOS DO HOMEM DO PECADO
O título principal deste personagem é “Anticristo” (1 Jo 2.18). O apóstolo, sempre atento aos sinais dos tempos, soube como desmascarar os predecessores do Homem do Pecado; em seus dias, já não eram poucos.
O Homem do Pecado, no Apocalipse, é descrito como a besta que sobe da terra (Ap 13.1). Se retroagirmos a Daniel, constataremos que o Anticristo é apresentado como o príncipe que há de vir (Dn 9.26). O Senhor Jesus, por sua vez, mostra-o como aquele que, desprezando o Pai e o Filho, aparece mentindo e enganando os incautos (Jo 5.43).
No final dos tempos, quando Satanás apresentar os seus dois prepostos à humanidade incrédula, para estabelecer o seu império visível no mundo, estará ele em sua máxima degradação espiritual, teológica e moral. Enganam-se, pois, os universalistas que, inocente e tolamente, ensinam que, na consumação de todas as coisas, Deus levará todos à conversão, inclusive o próprio Diabo. O que esses senhores desconhecem é que, a cada dia que passa, torna-se o Adversário mais virulento e inimigo do bem. Tanto é que, no período apocalíptico, o Inimigo estará tão incontrolável, que precisará ser amarrado por mil anos, até que o tempo de sua ruína definitiva (Ap 12.12; 20.2,10).
Se o Diabo vem degradando-se desde que foi expulso dos Céus, o mesmo acontece com os seus seguidores, conforme alerta-nos Paulo: “Mas os homens maus e enganadores irão de mal para pior, enganando e sendo enganados” (2 Tm 3.13, ARA). A profecia do apóstolo cumpre-se rigorosamente em nossos dias. Nesse ritmo de depravação total e absoluta, a deterioração dos incrédulos chegará a tal ponto que, dentre eles, não será difícil para Satanás “ungir” seus dois prepostos como as bestas descritas pelo evangelista.
Cabe aqui, uma pergunta intrigante. Por que ambos os lugares-tenentes de Satanás, no Apocalipse, recebem o apodo de “besta”? Examinemos esses personagens e vejamos como se dará o seu aparecimento.      
Um deles surgirá do mar, e o outro, da terra. O primeiro virá como líder político. Já o segundo, em sua condição de guia religioso inconteste, dará todo suporte místico àquele, visando blindá-lo de qualquer oposição. 
Assim descritos, representam eles a síntese dos instintos animalescos que moviam os impérios mundiais, que, desde a Babilônia de Nabucodonosor, vêm maltratando Israel e perseguindo a Igreja de Cristo. Do reino babilônico, trazem o orgulho do leão: a soberba que causou a desgraça do querubim ungido; do reino persa, terão a voracidade do urso: espezinharão e despedaçarão seus opositores; e, do império grego, sob Alexandre, o Grande, terão a velocidade do leopardo: suas conquistas serão mais rápidas do que as da Alemanha Nazista no início de suas campanhas. E, sintetizando, todas essas características, resultarão ambos nas bestas descritas por João (Ap 13.1,2).
Eles dirigirão o reino visto por Daniel representado pelo animal terribilíssimo e indescritível:
Depois disto, eu continuava olhando nas visões da noite, e eis aqui o quarto animal, terrível, espantoso e sobremodo forte, o qual tinha grandes dentes de ferro; ele devorava, e fazia em pedaços, e pisava aos pés o que sobejava; era diferente de todos os animais que apareceram antes dele e tinha dez chifres. (Dn 7.7, ARA)
Um império mundial, com tais características, só pode ser dirigido por governantes com os instintos das bestas descritas por João.
Todavia, por que esses prepostos de Satanás são vistos como as bestas que sobem do mar e da terra? Antes de tudo, não devemos vê-los como demônios. Mas, conquanto homens, far-se-ão piores do que os mais incontroláveis anjos do mal, devido aos imensos poderes que receberão de Satanás (2 Ts 2.9). Mais vorazes do que as bestas-feras, despojar-se-ão de todos os seus atributos humanos, a fim de tornarem-se imagem e semelhança de Satanás.
O termo grego usado para descrevê-los — thērion — significa, entre outras coisas, animal selvagem, brutal e feroz. Assim será o interior de ambos os prepostos de Satanás; certamente, os piores seres humanos a pisar sobre a face da terra. Em sua alma, já iludidos e cegados pelo Diabo, acreditarão que, de fato, terão condições de derrotar o próprio Deus. Aliás, assim também imagina o Maligno, que, já como Dragão, e mais bestificado que nunca, mantém a ilusão que o levou a revoltar-se contra o Todo-Poderoso: vencer o Criador e Mantenedor de todas as coisas. Se ele assim não lucubrasse, não teria caído na apostasia, quando ainda era querubim e ungido.     
Quem lê a história da Segunda Guerra Mundial, admira-se de quão bestiais tornaram-se os nazistas. Mesmo sabendo que os russos invadiam Berlin, pelo Leste, e que os americanos, britânicos e franceses chegavam, pelo Oeste, ainda alimentavam a ilusão de que os aliados seriam, finalmente, derrotados antes de chegarem ao bunker onde Adolf Hitler escondia-se. Assim funciona a alma dos que aborrecem a Deus; acreditam que, apesar dos decretos divinos, sempre haverá uma brecha judicial para escaparem do Juízo Final.      
A NATUREZA DO HOMEM DO PECADO
O Homem do Pecado será de tal forma usado por Satanás que chegará a ser confundido com este (2 Ts 2.9). Ele aparecerá como uma espécie de “ungido” do Diabo. E, na força do Maligno, realizará grandes sinais e prodígios, induzindo a humanidade a recepcioná-lo como se fosse o próprio Deus (2 Ts 2.4). Os que não tomarem parte no arrebatamento da Igreja serão obrigados a prestar-lhe honras e adoração (Ap 13.4). Nele, a possessão satânica será plena e incontrolável, superando inclusive a situação do gadareno oprimido por aquela legião de demônios (Lc 8.30).
No terceiro capítulo das profecias de Daniel, lemos a história da formidável estátua que Nabucodonosor mandara erguer, a fim de eternizar-lhe o nome e o império. Estrugidas as trombetas, todos os que se achavam congregados, no campo de Dura, curvaram-se, atemorizados, perante aquela blasfêmia e abominação, exceto os três jovens santos: Sadraque, Mesaque e Abdnego (Dn 3.12). 
Observe, querido leitor, que o imponente momento, embora inanimado, forçou a todos os presentes — grandes e pequenos — a dobrarem-se ante o paganismo estatal. Se a situação descrita parece aterrorizante, o que não será o reinado do Anticristo? Nessa ocasião, o Falso Profeta, mais convincente do que os mágicos egípcios e caldeus, fará construir uma imagem da primeira besta que, aparentemente, será ferida de morte. E, diante de todos, levará a estátua a abrir a boca e a falar. O resultado dessa façanha pode ser visto na descrição do evangelista: 
Também opera grandes sinais, de maneira que até fogo do céu faz descer à terra, diante dos homens. Seduz os que habitam sobre a terra por causa dos sinais que lhe foi dado executar diante da besta, dizendo aos que habitam sobre a terra que façam uma imagem à besta, àquela que, ferida à espada, sobreviveu; e lhe foi dado comunicar fôlego à imagem da besta, para que não só a imagem falasse, como ainda fizesse morrer quantos não adorassem a imagem da besta. (Ap 13.13-15, ARA)
Em vista das artimanhas do Adversário, estejamos precavidos acerca daqueles que, aqui e ali, realizam façanhas e maravilhas. Ouçamos a advertência do Senhor Jesus: “Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas e farão tão grandes sinais e prodígios, que, se possível fora, enganariam até os escolhidos” (Mt 24.24). 
A fé cristã não é movida nem alimentada por milagres e portentos, mas pela confiança que depositamos em Cristo, o Filho de Deus. Isso não significa que rejeitemos tais ocorrências; acreditamos piamente no Deus, que, ab-rogando as leis naturais e ordinárias, opera o sobrenatural e o extraordinário, para realçar a sua glória e império sobre todas as coisas. Aliás, como pentecostais, não podemos rejeitar o inexplicável. Mas, por meio do dom de discernir, saibamos de onde procedem os espíritos, pois já vivemos na fronteira dos eventos apocalípticos (1 Jo 4.1).     
Texto extraído da obra “A Raça Humana: Origem, Queda e Redenção”, editada pela CPAD. 
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Adultos. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

Lição 10 - 1º Trimestre 2020 - Um presente para José e Maria - Berçário.

Lição 10 - Um presente para José e Maria 

1º Trimestre de 2020
Objetivo da lição: Apresentar Jesus ao bebê como o Salvador da família.
É hora do versículo: “Nasceu o Salvador de vocês” (Lucas 2.11).
Na lição de hoje as crianças aprenderão que o Papai do Céu enviou Jesus como o Salvador da família. Ele foi um presente para o Papai José e a mamãe Maria. Hoje, o Salvador Jesus também é um presente para nós.
Para auxiliar o aprendizado da criança do Berçário, é fundamental que o professor saiba utilizar bem seus recursos de visuais e conheça as “duas escolas a respeito do tipo de figuras que melhor se adéquam à aprendizagem inicial das crianças. Alguns aconselham o uso de figuras simples de um ou de poucos objetos, sem fundo e com o mínimo de detalhes extras. Outros nos aconselham a utilizar gravuras completas, com muitos detalhes. [...] O mais aconselhável é propiciar às crianças experiências com todos os tipos de gravuras. As figuras simples de somente um objeto atingirão alguns objetivos com as crianças, como aprender o nome de objetos; e as gravuras completas e detalhadas atingirão outros objetivos, tais como relacionar objetos dentro de uma gravura e ler a sua ‘história’.]
A conversa simples é a melhor maneira de ajudar as crianças a aprender com uma figura. Apenas converse com elas sobre o desenho. Podemos começar perguntando: ‘O que você vê?’ Então pergunte: ‘O que mais?’, e ‘O que mais?’, até que as crianças tenham observado bem o conteúdo da gravura. A seguir, comece a fazer perguntas que requeiram outros tipos de raciocínio.”(BEECHICK, Ruth. Como Ensinar Crianças do Maternal: Não é tão fácil mas aqui está como fazer. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, pp. 38-39)  
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Berçário 

Lição 10 - 1º Trimestre 2020 - Jesus Veio Salvar quem Está Perdido - Primários.

Lição 10 - Jesus Veio Salvar quem Está Perdido 

1º Trimestre de 2020 P
Objetivo: Que o aluno aprenda que Jesus nos ama e que Ele veio ao mundo para nos salvar.
Ponto central: Jesus veio ao mundo para nos salvar. 
Memória em ação: “Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar quem está perdido” (Lc 19.10).
Querido(a) professor(a), nesta próxima aula vamos ensinar às crianças sobre a graça e salvação de Jesus. É, portanto, uma oportunidade muito importante, pois pode ser o dia que seus alunos entreguem suas vidas a Cristo, aceitando-o como Senhor e Salvador. Ao longo desta semana ore por cada um deles, bem como por suas famílias, focado neste propósito.
Através da história de Zaqueu, os primários aprenderão que Jesus não olha as aparências ou leva em conta o preconceito humano contra alguém, ao contrário, Ele deseja salvar a TODOS. 
Zaqueu não era bem quisto pelo povo de Deus. Naquela época os judeus estavam sob o julgo do Império Romano, que para ampliar o seu domínio mundo a fora, coletava das nações já subjugadas altas taxas em forma de impostos. Apesar da importância do alto cargo de um publicano, cobrador de imposto do governo, o povo os considerava como traidores, por serem judeus, mas trabalharem para Roma, seu dominador. Por isso, o texto bíblico da nossa lição deixa claro, em Lucas 19.7, que as pessoas murmuravam por Jesus entrar na casa deste que consideravam um terrível pecador. Contudo, como o versículo do nosso “Memória em Ação” bem frisa, Jesus “veio buscar e salvar quem está perdido” (Lc 19.10). É justamente para os perdidos que Ele veio (Mc 2.17).
Ensine desde já aos pequeninos a não se comportarem como crentes preconceituosos. Aproveite para falar contra o racismo, homofobia, sexismo. Usando palavras na linguagem deles, explique que tais coisas que diminuem e machucam um grupo de pessoas, seja pela cor de suas pele, a forma como se vestem ou agem ou apenas por serem mulheres, nada disso agrada a Deus – que nos fez todos diferentes, especiais cada qual a sua maneira, mas igualmente importantes para Ele. Portanto, devemos tratar a todos desta maneira, como Jesus tratou, com respeito e carinho.
Para ilustrar esta importante verdade, propomos que antes da chegada dos alunos, você esconda uma moeda em algum lugar da sala e uma ovelha (pode ser uma miniatura de brinquedo ou mesmo uma figura impressa como a do exemplo abaixo). 
Ao final da aula, leia para as crianças a passagem de Lucas 15.4-10. E diga-lhes que uma ovelha e uma dracma (moeda) como as da parábola estão perdidas e quem encontrá-las ganhará um prêmio (pode ser um simples doce, lanche na cantina, ou outra coisa simples que você dispuser). A criança que encontrar certamente ficará muito feliz e ilustrará exatamente o que explica a parábola. 
Conclua enfatizando que esta é a alegria de Jesus quando uma pessoa que estava perdida o aceita como Senhor e Salvador. Há uma festa nos céus. Incentive toda a classe a falar do amor de Deus e da sua salvação para todas as pessoas.
O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula!
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Primários da CPAD

Lição 10 - 1º Trimestre 2020 - Ética Cristã - Adolescentes.

Lição 10 - Ética Cristã 

1º Trimestre de 2020

ESBOÇO DA LIÇÃO
1 – APRENDENDO OS VALORES DO REINO
2 – UM REINO QUE FUNCIONA DE MANEIRA DIFERENTE
3 – AGINDO DE ACORDO COM O REINO DE DEUS
OBJETIVOS
Explicar que devemos aprender os valores do Reino de Deus;
Mostrar que fazemos parte de um Reino diferente;
Estabelecer que o discípulo de Cristo deve praticar a Palavra de Deus.

Atenção para a tradição da Igreja de Cristo!
Além das Sagradas Escrituras, a Igreja de Cristo tem uma tradição riquíssima em decisões de questões éticas, como aborda muito bem o pastor Claudionor de Andrade: “Se, por um lado, não podemos escravizar-nos à tradição, por outro, não devemos desprezá-la. Sem o legado do que nos precederam, jamais teríamos conseguido estruturar nosso edifício teológico, moral e ético. Logo, é-nos permitido eleger a tradição eclesiástica como o segundo fundamento da Ética Cristã. [...] A tradição, quando bem utilizada, assessora a Igreja nos dilemas teológicos, morais e éticos. O apóstolo Paulo reconhece-lhe a importância: ‘Nós vos ordenamos, irmãos, em nome do Senhor Jesus Cristo, que vos aparteis de todo irmão que ande desordenadamente e não segundo a tradição que de nós recebestes?” (2 Ts 3.6). O que não podemos fazer é colocá-la de pé de igualdade com a Bíblia. A Didaqué é um dos tratados mais antigos e tradicionais da Igreja Cristã. Produzida ainda nos dias apostólicos, ajudou os primeiros cristãos a posicionarem-se espiritual e eticamente. A Doutrina dos Doze Apóstolos, como também é conhecida, realçava-se por amorosas admoestações, conforme podemos observar: ‘Há dois caminhos: um da vida e outro da morte. A diferença entre ambos é grande. O caminho da vida é, pois, o seguinte: primeiro amarás a Deus que te fez: depois teu próximo como a ti mesmo. E tudo o que não queres que seja feito a ti, não o faças a outro’. Mais adiante, prossegue o autor anônimo, citando as práticas que conduzem o ser humano à perdição: ‘Mortes, adultérios, paixões, fornicações, roubos, idolatrias, práticas mágicas, rapinagens, falsos testemunhos, hipocrisias, ambiguidades, fraude, orgulho, maldade, arrogância, cobiça, má conversa, ciúme, insolência, extravagância, jactância, vaidade e ausência do temor de Deus’.” 
(ANDRADE, Claudionor de. As Novas Fronteiras da Ética Cristã. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, pp.17,18).

Lição 10 - 1º Trimestre 2020 - Sofonias – o Juízo de Deus é Universal - Juvenis.

Lição 10 - Sofonias – o Juízo de Deus é Universal 

1º Trimestre de 2020
“Então, vereis outra vez a diferença entre o justo e o ímpio; entre o que serve a Deus e o que não serve” (Ml 3.18).
OBJETIVOS
Declarar que o julgamento de Deus não faz acepção de pessoas;
Relacionar o Dia do Senhor com o juízo e a misericórdia;
Mostrar que os fiéis serão recompensados pela lealdade a Deus.
ESBOÇO DA LIÇÃO
1. CONTEXTO HISTÓRICO
2. ESTRUTURA DO LIVRO
3. A MENSAGEM DE SOFONIAS 
Além de todo o conteúdo programático presente em sua revista, deixamos abaixo mais um auxílio acerca do tema.
Sofonias
[...] Como profeta de Deus, Sofonias era obrigado a falar a verdade. E ele o fez claramente, prevendo um juízo certo e um castigo horrível a todo aquele que desafiasse o Senhor. A terrível ira de Deus consumiria tudo na terra, e a destruiria. “Arrebatarei os homens e os animais, consumirei as aves do céu, e os peixes do mar, e os tropeços com os ímpios; e exterminarei os homens de cima da terra, diz o SENHOR” (1.3). Nenhum ser vivo na terra escaparia. E aquele dia terrível aproximava-se: “O grande dia do SENHOR está perto, está perto, e se apressa muito a voz do dia do SENHOR; amargamente clamará ali o homem poderoso. Aquele dia é um dia de indignação...” (1.14-16)
Podemos sentir a opressão e a depressão que seus ouvintes sentiram. Foram julgados culpados e condenados. No entanto, ainda há esperança em maio a este terrível pronunciamento. O primeiro capítulo da história de Sofonias é repleto de terror. No capítulo 2, porém surge uma promessa: Buscai o SNEHOR, vós todos os mansos da terra, que ponde por obra o seu juízo; buscai a justiça, buscai a mansidão; porventura sereis escondidos no dia da ira do SENHOR” (2.3). E mais adiante lemos a expressão o “resto da casa de Judá” (2.7) que será restaurado.
Finalmente, no capítulo 3, o refrão tranquilo cresce, ao ser declarada a salvação e a libertação concedida por Deus àqueles que são fiéis: “Canta alegremente, ó filha de Sião; rejubila, ó Israel; regozija-te e exulta de todo o coração, ó filha de Jerusalém. O SENHOR afastou os teus juízos, exterminou o teu inimigo; o SENHOR, o rei de Israel, está no meio de ti; tu não verá mais mal algum (3.14,15). Esta é a verdadeira esperança, fundamentada no conhecimento da justiça de Deus e em seu amor pó seu povo.
Ao ler o livro de Sofonias, ouça cuidadosamente as palavras de juízo. Deus não lida com o pecado de um modo suave, mas de uma forma contundente. Porém, sinta-se encorajado pelas palavras de esperança – nosso Deus reina, e resgatará os seus. Decida fazer parte deste fiel remanescente de almas que humildemente adora e obedece ao Deus vivo. (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, p. 1174).
O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula.                               
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Juvenis da CPAD 

Lição 10 - 1º Trimestre 2020 - Aspectos da Obra Redentora de Jesus Cristo - Jovens.

Lição 10 - Aspectos da Obra Redentora de Jesus Cristo 

1º Trimestre de 2020
Introdução
I-O que é a justificação?
II-A adoção
III-A perseverança
Conclusão
Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivos:
Apresentar o conceito de justificação como fundamental para a doutrina da salvação;
Demonstrar a compreensão do conceito de adoção através da obra de Cristo no Novo Testamento;
Defender a segurança da salvação em Cristo.
Palavras-chave: Jesus Cristo.
Para ajudá-lo(a) na sua reflexão, e na preparação do seu plano de aula, leia o subsídio de autoria de Marcelo Oliveira:
INTRODUÇÃO
A obra redentora de Jesus tem diversos aspectos. Neste livro, já contemplamos alguns. Procurar compreender a mecânica da obra de salvação é adentrar aos estudos de tais aspectos, de modo que tenhamos uma espécie de mapa para o entendimento de nossa Teologia. Nas obras de Teologia Sistemática, especificamente as de perspectivas pentecostais, os aspectos da obra redentora de Jesus passa pela Eleição, o Arrependimento e fé, a Regeneração. Já estudamos esses aspectos num capítulo anterior. Neste, porém, nos deteremos aos aspectos que ainda não foram abordados. São eles: a Justificação, a Adoção e a Perseverança.
Acerca da Justificação, trabalharemos seu conceito, como sua imagem aparece no Antigo e no Novo Testamento, para, então, a partir dessa análise, conceituarmos com segurança o termo tão importante na soteriologia — o estudo da doutrina da salvação. Veremos ainda a importância de cultivarmos a convicção de que essa obra ocorreu de fato em nossa vida. Uma vez compreendida conforme expõem as Escrituras, essa doutrina se apresenta para nós de forma bastante consoladora e edificante. Ainda, veremos a forma como a justificação opera em nós, isto é, tendo a livre graça de Deus como causa, sem a perspectiva de qualquer mérito humano para a efetivação dessa obra. 
Outro aspecto da obra de salvação é a adoção. Uma doutrina igualmente relevante. Nessa oportunidade, perceberemos que a adoção bíblica é uma doutrina que remonta a nossa relação de filho e pai, onde podemos experimentar o amor, a proteção e o cuidado de Deus Pai. Notaremos também que é o Espírito Santo que testifica conosco acerca da paternidade divina. E que há efeitos práticos dessa afiliação que reafirmam fundamentos essenciais de nossa fé: o testemunho do Espírito Santo, a libertação do medo da condenação e a herança divina e eterna com Cristo. 
Após justificados e adotados, cabe a pergunta: O crente perseverará até o fim? Infelizmente, este é um ponto controverso da teologia que gera muitas discussões. Entretanto, nesta oportunidade, apresentaremos duas perspectivas acerca do assunto. Primeiramente, falaremos sobre uma perspectiva positiva da perseverança do crente, ou seja, ele deve cultivar a certeza da salvação. A partir de textos bíblicos claros, veremos que somos exortados, pela Palavra, a não termos dúvidas de nossa salvação enquanto estivermos em Cristo. Em segundo lugar, apresentaremos uma perspectiva negativa da perseverança do crente em que a apostasia é uma possibilidade real e o crente, que uma vez experimentou a salvação em Cristo, pode retroceder e perdê-la. E que, por isso, há um clamor imperioso das Escrituras à santificação, à vigilância e à esperança ao Céu. 
Estudar os aspectos da obra de salvação é uma excelente oportunidade de compreender o que as Escrituras Sagradas dizem a respeito de tão grande obra divina e, ao mesmo tempo, cultivar um momento de gratidão e comunhão com Deus. Nele, fomos justificados, adotados e, assim, temos o compromisso de perseverar na fé que uma vez foi entregue aos santos.
I - JUSTIFICAÇÃO  
A justificação pela fé é uma doutrina em que pecadores culpados e perdidos são declarados absolvidos, justificados por Deus. Se a regeneração significa a mudança inteira de nossa natureza, a justificação é a mudança de nossa situação diante de Deus.  Essa doutrina é um antídoto gracioso contra qualquer forma de acusação ao crente salvo em Cristo. Trata-se, portanto, de uma herança da Reforma Protestante. É Deus quem declara-nos justos. Logo, o conceito de justificação, o benefício de sua certeza na vida e a operação dela em nós são os pontos que passamos a analisar.  
O que é Justificação?
O teólogo pentecostal Myer Pearlman refere-se ao termo “justificação” por meio de uma conotação do mundo jurídico em que a quitação da dívida e a declaração de justo são emitidas.1  Essa perspectiva encontra apoio no Antigo e no Novo Testamento.
Destacaremos pelo menos dois versículos do Antigo Testamento para mostrar isso. Em ambos a palavra hebraica aparece em forma de verbo, tsãdaq, ou seja, “ser justo, estar no direito, ser justificado, fazer justiça”.2 Primeiramente, veja Êxodo 23.7: “De palavras de falsidade te afastarás e não matarás o inocente e o justo; porque não justificarei o ímpio” (grifo meu). Em seguida, Deuteronômio 25.1: “Quando houver contenda entre alguns, e vierem a juízo para que os juízes os julguem, ao justo justificarão e ao injusto condenarão” (grifo meu). Note como os dois versículos trazem uma carga semântica do universo judicial. Nesses dois textos o justo é justificado e o injusto, condenado.
Em o Novo Testamento o termo empregado é a forma verbal dikaioõ, que significa “declarar ser justo, pronunciar justo”.3  Mas esse termo traz uma perspectiva especial, como também é o caso de tsãdaq. Ele encontra-se na voz passiva, ou seja, o indivíduo é quem recebe a ação. Assim o termo encontra-se, por exemplo, em Mateus 12.37, por ocasião do dia do juízo, e do julgamento de nossas palavras: “Porque por tuas palavras serás justificado e por tuas palavras serás condenado” (grifo meu). Ainda em Romanos 3.20: “Por isso, nenhuma carne será justificada diante dele pelas obras da lei, porque pela lei vem o conhecimento do pecado” (grifo meu). Ora, o que está claro é que Deus é quem justifica o pecador (Rm 8.33).      
Nesse sentido a justificação bíblica é uma mudança de posição do pecador. Antes, ele estava condenado, completamente perdido; agora, sua quitação está paga, ele encontra-se completamente justificado de seus delitos e pecados. O teólogo Daniel Pecota faz uma declaração a respeito dessa tão grande e graciosa obra: 
Já é glorioso receber em nossa conta corrente a retidão de uma pessoa perfeita, independente de qualquer bem que porventura façamos. Mas é ainda mais glorioso não sermos considerados culpados de nossos pecados e más ações. Deus, ao nos justificar, tem graciosamente feito duas coisas — e de modo lícito, pois o sacrifício de Cristo pagou o preço.4    
Assim, a justificação envolve o perdão e remissão de pecados, pois fomos redimidos (At 13.38,39); a restauração ao favor de Deus, não estando mais sujeito à sua ira (Rm 5.9); a imputação da justiça de Cristo (2 Co 5.21), em que os nossos pecados foram atribuídos a Cristo (quando nEste não havia pecado), e a justiça de Cristo foi atribuída a nós (quando de fato estávamos mortos em delitos e pecados).   
A certeza da justificação
Essa é uma doutrina poderosamente consoladora. Os erros do passado têm o poder de paralisar as nossas ações presentes. Uma das especialidades do Inimigo é ser o acusador das nossas vidas. Tentar tirá-lo do eixo, acusando-o de tudo quanto você fez no passado é a sua estratégia. Mas a Palavra de Deus nos traz uma mensagem consoladora, terapêutica e poderosa: “Quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica. Quem os condenará? Pois é Cristo quem morreu ou, antes, quem ressuscitou dentre os mortos, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós” (Rm 8.33,34).
A libertação da culpa dos nossos pecados é a primeira grande liberdade do evangelho, pois assim podemos desfrutar da bondade e da misericórdia de Deus. É ter o fardo removido, o jugo da vida suavizado. Só o evangelho faz essas coisas. No lugar de andar cansada, alquebrada e curvada pelas circunstâncias sufocantes da existência, a pessoa justificada por Deus ergue a sua face para o alto e estende os braços para cima porque sabe que as amarras da culpa lhe foram removidas e destruídas.  
Essa é a certeza que a doutrina nos traz, uma convicção enraizada na alma, para o bem de nossa vida espiritual e psicológica.
A operação da justificação em nós 
Como a justificação opera em nós? Qual a sua causa? Qual a nossa participação quanto à maravilhosa bênção da justificação? Para responder a essas perguntas, caminharemos pelos seguintes pontos:
1. A justificação tem origem na livre graça de Deus. Recebemos essa bênção de maneira gratuita mediante a redenção que há em Cristo Jesus (Rm 3.24). Ou seja, a justificação tem origem na graça de Deus. Ela está fundamentada no sangue derramado de Cristo Jesus no Calvário, pois nEle a nossa posição diante de Deus virou (Rm 5.19). Tudo isso ocorre por meio da fé (Ef 2.8). Aqui, é preciso deixar claro que a fé não é a causa da justificação, mas o meio. As Escrituras Sagradas mostram com clareza que a fé é o meio de receber a justificação, conforme nos mostra Daniel Pecota: “A Bíblia não considera meritória a fé, mas simplesmente como a mão vazia estendida para aceitar o dom gratuito de Deus”.5  E ainda, Myer Pearlman diz: “Não existe mérito nessa fé, como não cabem elogios ao mendigo que estende a mão para receber uma esmola. Esse mérito fere a dignidade do homem, mas perante Deus, o homem decaído não tem mais dignidade; o homem não possui possibilidades de acumular bondade suficiente para adquirir a sua salvação”.6 Assim, a justificação está assentada na livre graça de Deus, em sua gloriosa iniciativa.  
2. A justificação não é por causa das boas obras. Não há obra da lei, não há mérito capaz de garantir a nossa salvação, senão a única e maravilhosa graça de Deus. Nesse sentido, a fé se opõe frontalmente às obras, quando esta quer dizer alguma tentativa para se garantir a salvação. Não há merecimento algum de nossa parte: “E é evidente que, pela lei, ninguém será justificado diante de Deus, porque o justo viverá da fé” (Gl 3.11). Logo, qualquer tentativa de aplicar o mérito próprio na justificação significa voltar-se contra todo o ensino das Escrituras a respeito dessa nobre doutrina. Entretanto, quando uma fé viva opera em nós, boas obras são produzidas como confirmação dessa fé: “Porque, assim como o corpo sem o espírito está morto, assim também a fé sem obras é morta” (Tg 2.26). Assim, mediante a fé, sem mérito humano, fomos justificados; porém, as boas obras produzidas são o aperfeiçoamento da fé (Tg 2.22).   
II - A ADOÇÃO
Deus não mudou somente a nossa posição diante dEle, justificando-nos, mas Ele também nos adotou e deu-nos o privilégio de sermos chamados seus filhos. 
A adoção como imagem bíblica
Uma das mais belas imagens da Bíblia é a relação de Pai e filho. Essa imagem é empregada nas Sagradas Escrituras para demonstrar como Deus trata conosco. A palavra “adoção” aparece cinco vezes nas epístolas do apóstolo Paulo. Na primeira vez, ela é aplicada a Israel como nação: “que são israelitas, dos quais é a adoção de filhos, e a glória, e os concertos, e a lei, e o culto, e as promessas” (Rm 9.4 – grifo meu). Noutra oportunidade, o apóstolo emprega a palavra referindo-se à consumação de nossa redenção por ocasião da segunda vinda do Senhor: “E não só ela, mas nós mesmos, que temos as primícias do Espírito, também gememos em nós mesmos, esperando a adoção, a saber, a redenção do nosso corpo” (Rm 8.23 – grifo meu). Em Gálatas 4.4,5, a palavra aparece como um fato presente na vida do cristão: “Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para remir os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos” (grifo meu). Outras duas ocorrências nas epístolas de Paulo carregam a mesma conotação: “E nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade” (Ef 1.5 – grifo meu); “Porque não recebestes o espírito de escravidão, para, outra vez, estardes em temor, mas recebestes o espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai” (Rm 8.15 – grifo meu). 
Os filhos de Deus  
A partir desses textos, podemos afirmar que a palavra “adoção” tem o significado de “o lugar e condição de filho dados àquele a quem não lhe pertence por natureza”.7  Essa é exatamente a conotação da palavra grega huiothesia (posição de filho). Nesse caso, filhos de Deus são os que recebem os privilégios, bem como os deveres, da afiliação divina por meio da experiência do novo nascimento. Não por acaso, pode-se dizer, como faz a maioria dos teólogos sistemáticos, que a regeneração, a justificação e a adoção ocorrem simultaneamente na vida do crente. Uma vez adotados, ou seja, tornados filhos, alguns efeitos práticos acarretam a vida dos que foram alcançados pela graça divina.   
Efeitos práticos da adoção/filiação
1. O Espírito Santo testemunha que somos filhos de Deus. O Espírito Santo cria, no filho de Deus, a convicção, a certeza da filiação divina e do amor que nos leva a reconhecer a Deus como Pai. É exatamente isso que está expresso em Gálatas 4.5,6: “Para remir os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos.  E, porque sois filhos, Deus enviou aos nossos corações o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai” (grifo meu). O teólogo pentecostal, William Simmons, a respeito da palavra Aba, mostra que “era um termo aramaico comum usado pelos filhos para se referirem a seu pai. Expressa amor familiar, descrevendo o relacionamento íntimo entre um pai amoroso e seu filho”.8  O Espírito Santo proporciona esse mesmo relacionamento amoroso, paterno, acolhedor entre o filho de Deus e o Deus Pai. Ele é a base desse relacionamento íntimo com o Pai. Ele testifica em nós que somos filhos de Deus (Rm 8.16), e que Deus é o nosso Pai. Isso é o fundamento para vivenciarmos um relacionamento maduro na presença de Deus, de imensa liberdade para fazer a sua vontade.    
2. Completa libertação do medo. Outra consequência natural da atuação do Espírito de Deus em nós é a libertação do medo: “Porque não recebestes o espírito de escravidão, para, outra vez, estardes em temor, mas recebestes o espírito de adoção de filhos [...]” (Rm 8.15). Não há mais o porquê de temer a condenação. O Espírito que testifica a paternalidade divina em nosso coração, remove o temor da ira divina, pois “...agora, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, [...] Porque a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte” (Rm 8.1,2). Não há mais ameaça, não há mais acusação, não há mais afronta que possa atentar contra a nossa dignidade de filhos de Deus.
3. Feitos herdeiros e coerdeiros com Cristo. Temos agora uma herança: “E, se nós somos filhos, somos, logo, herdeiros também, herdeiros de Deus e coerdeiros de Cristo; se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados” (Rm 8.17). Esse versículo nos mostra que estamos identificados com o Espírito, pois Ele nos testifica a filiação divina; e que, por isso, juntamente com Cristo, somos coerdeiros das promessas de Deus. Há também uma dimensão presente de vivermos o sofrimento atual que nos assola, pois vivemos os últimos dias; mas também há a esperança escatológica de sermos “glorificados” com Cristo. Devemos anelar por esse grande e esperado dia.Assim, somos filhos. Temos uma herança. Temos uma esperança. Não hajamos como aquele irmão do filho pródigo, que por não saber quem era, murmurou acerca da redenção de seu irmão: “Eis que te sirvo há tantos anos, sem nunca transgredir o teu mandamento, e nunca me deste um cabrito para alegrar-me com os meus amigos [...] E ele [o pai] lhe disse: Filho, tu sempre estás comigo, e todas as minhas coisas são tuas” (Lc 15.29-31). O Espírito Santo testifica conosco que somos filhos do Pai!   
III - A PERSEVERANÇA
Esse é um assunto que é fruto de debates intensos. Nosso objetivo é tratá-lo a partir de uma perspectiva positiva da segurança da salvação, mas também não fugir do lado negativo do assunto. Sim, de acordo com o que vimos até o momento acerca da Justificação e Adoção, a Bíblia nos mostra com clareza que devemos estar seguros em Cristo a respeito de nossa salvação. Ninguém a pode tirar de nós. Esse é o ponto positivo do assunto. Entretanto, há um problema sério a respeito do tema. Há uma multidão de pessoas que serviram a Deus na igreja, confessaram ter passado uma experiência de salvação, tiveram a evidência do Batismo no Espírito Santo e, hoje, estão longe de Deus e de sua Palavra. Uns, para tentar dar uma resposta, afirmam que estes nunca foram verdadeiramente salvos. Mas não é assim que a Palavra de Deus nos mostra acerca do assunto, pelo contrário, é possível sim perder a salvação. Passamos agora a expor a respeito de tão importante tema.   
A segurança da salvação
Todo crente deve ter uma perspectiva positiva a respeito de sua salvação. Em Cristo, ele está seguro. Ora, ele foi regenerado, justificado e adotado. Esse é um processo espiritual que Deus promoveu graciosamente na vida do crente. Foi o poder do Pai que fez essas coisas. Nesse sentido, em Cristo estamos seguros.
A Palavra de Deus traz fartos textos que nos mostram a verdade de que devemos cultivar a segurança em Cristo. Por exemplo, um texto que mostra que quem é nascido de Deus conserva a si mesmo e o Maligno não toca: “Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não vive pecando; mas o que de Deus é gerado conserva-se a si mesmo, e o maligno não lhe toca” (1 Jo 5.18). Outro texto diz que estamos guardados na virtude de Deus mediante a fé: “Que, mediante a fé, estais guardados na virtude de Deus, para a salvação já prestes para se revelar no último tempo” (1 Pe 1.5). Outros textos mais diretos trazem a nós uma segurança espiritual, como por exemplo, mostrando-nos que a vontade de Deus é que ninguém se perca: “E a vontade do Pai, que me enviou, é esta: que nenhum de todos aqueles que me deu se perca, mas que o ressuscite no último Dia” (Jo 6.39); que as ovelhas de Jesus ouvem a sua voz, o seguem e não perecem: “As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu conheço-as, e elas me seguem; e dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará das minhas mãos.  Meu Pai, que mas deu, é maior do que todos; e ninguém pode arrebatá-las das mãos de meu Pai. Eu e o Pai somos um” (Jo 10.27-30). Esses e outros textos afirmam claramente a nossa segurança salvífica em Cristo. São garantias gloriosas, grandiosas. Devemos tomar posse delas e vivermos sua grande verdade. Ora, se estamos em Cristo, ninguém pode nos arrebatar de suas mãos. Como arminianos-pentecostais, não há dificuldade alguma em aceitarmos e cultivarmos essas verdades bíblicas. 
Entretanto, o Novo Testamento não diz somente isso. Não há nas Escrituras Sagradas somente versículos que apontam para essa perspectiva positiva da segurança da salvação. Há textos robustos que nos advertem igualmente acerca do perigo de darmos lugar à apostasia, e de cairmos da graça de Deus. O teólogo Daniel Pecota nos mostra que “não é possível apenas a apostasia formal, mas também a real (Hb 6.4-6; 10.26-31).
A palavra grega apostasia (‘apostasia’, ‘rebelião’) provém de aphistêmi (‘partir’, ‘ir embora’) e transmite o conceito de modificar a posição em que a pessoa está de pé”.9  Vejamos agora a perspectiva negativa da doutrina da perseverança do crente.     
A tragédia da Queda 
Há uma quantidade imensa de textos bíblicos que nos exortam a zelar pela nossa salvação pois a tragédia da apostasia é imperiosa. Nosso Senhor disse que “por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos se esfriará.  Mas aquele que perseverar até ao fim será salvo” (Mt 24.12,13 – grifo meu); e que “ninguém que lança mão do arado e olha para trás é apto para o Reino de Deus” (Lc 9.62 – grifo meu); ainda remete-nos ao exemplo da mulher de Ló: “Lembrai-vos da mulher de Ló. Qualquer que procurar salvar a sua vida perdê-la-á, e qualquer que a perder salvá-la-á” (Lc 17.32,33 – grifo meu); em João, nosso Senhor testifica: “Se alguém não estiver em mim, será lançado fora, como a vara, e secará; e os colhem e lançam no fogo, e ardem” (Jo 15.6). Enfim há muitos outros textos que nos estimulam a refletir acerca da possibilidade real de o crente olhar para trás e cair. 
A posição oficial de nossa denominação, de acordo com a sua Declaração de Fé, é a de que
Rejeitamos a afirmação segundo a qual “uma vez salvo, salvo para sempre”, pois entendemos, à luz das Sagradas Escrituras que, depois de experimentar o milagre do novo nascimento, o crente tem a responsabilidade de zelar pela manutenção da salvação a ele oferecida gratuitamente: “Vede, irmãos, que nunca haja em qualquer de vós um coração mau e infiel, para se apartar do Deus vivo” (Hb 3.12). Não há dúvidas quanto à possibilidade do salvo perder a salvação, seja temporariamente ou eternamente. Mediante o mau uso do livre-arbítrio, o crente pode apostatar da fé, perdendo, então, a sua salvação: “Mas, desviando-se o justo da sua justiça, e cometendo a iniquidade, fazendo conforme todas as abominações que faz o ímpio, porventura viverá? De todas as justiças que tiver feito não se fará memória; na sua transgressão com que transgrediu, e no seu pecado com que pecou, neles morrerá” (Ez 18.24). Finalmente temos a advertência de Paulo aos coríntios: “Aquele, pois, que cuida estar em pé, olhe não caia” (1 Co 10.12). Aqui temos mencionado uma real possibilidade de uma queda da graça. Assim, cremos que, embora a salvação seja oferecida gratuitamente a todos os homens, uma vez adquirida, deve ser zelada e confirmada.10    
Coerente com esse texto, há uma Declaração Oficial do Presbitério Geral das Assembleias de Deus dos EUA, acerca da segurança do crente, em que está clara a posição da denominação desautorizando completamente a perspectiva que defende a segurança incondicional da salvação, a qual sustenta que é impossível uma pessoa se perder após a experiência salvífica. É importante citar um documento como esse para mostrar que há uma unidade pentecostal no mundo, que fazem essa leitura comum das Escrituras a respeito da perseverança do crente. Essa perspectiva nos admoesta, chama a atenção e exorta quanto ao perigo da apostasia. 
O perigo da apostasia é uma realidade porque, em primeiro lugar, a salvação é recebida e se conserva pela fé (Ef 2.8; Fp 3.9; Hb 10.38; 1 Pe 1.5; Rm 3.28; Gl 2.20.21); em segundo, a prática contínua do pecado atinge diretamente a fé do crente (Rm 3.5-8; 1 Co 3.1-3; Hb 3.12-14; 12.1; 1 Jo 1.8; 3.8); e, finalmente, o crente perde a salvação ao rejeitar a Cristo (Jo 17.12; 1 Tm 4.1; 5.12,15; Hb 6.4-6; 10.26,27,38; 2 Pe 2.20; 1 Jo 5.16).11  Uma vez que se perde a fé e se rejeita o Salvador a apostasia se estabeleceu.  Nesse sentido, não podemos, nem devemos, ter receio de afirmar o que as Escrituras dizem de maneira clara. Entretanto, é importante ressaltarmos uma atenção em relação ao seguinte mal-entendido:
Alguns de persuasão wesleyana-arminiana insistem acreditarem os calvinistas que, uma vez salvos, podem cometer os pecados que quiserem, tantas vezes quantas quiserem, e ainda continuarem salvos como se acreditassem que obra santificadora do Espírito e da Palavra não os afeta. Por outro lado, calvinistas insistem que os wesleyanos-arminianos acreditam que qualquer pecado cometido compromete a salvação, de modo que “caem dentro e fora” da salvação cada vez que pecam como se acreditassem que o amor, a paciência e a graça de Deus são tão frágeis que rompem à mínima pressão. Qualquer pessoa bíblica e teologicamente alerta reconhecerá a mentira em cada uma dessas caricaturas. A presença de extremos tem levado a generalizações lastimáveis.12    
Não precisamos fazer ilações nem espantalhos em relação ao que o outro pensa. O que precisamos afirmar é que a nossa perseverança está em Cristo. Ele é a nossa maior garantia. Uma vez que a pessoa deixa a Cristo não há mais garantia. Não se pode esconder textos contundentes como este: “Porque, se pecarmos voluntariamente, depois de termos recebido o conhecimento da verdade, já não resta mais sacrifício pelos pecados, mas uma certa expectação horrível de juízo e ardor de fogo, que há de devorar os adversários” (Hb 10.26,27). 
Cuidados com nossa salvação hoje
Por isso, é imperioso mantermos uma vida avivada no Espírito Santo. É preciso pedir a Deus que nos encha do seu divino Espírito. Aqui, é importante lembrar as lições que nos ensinou o teólogo pentecostal Donald Gee. Nesse sentido, uma primeira condição para manter-se cheio do Espírito é conservar um testemunho ousado, nos moldes do que o apóstolo Pedro apresentou (At 5.29).13  Viver em profunda comunhão com Deus, agindo sempre na força do Espírito Santo. Ele nos conduz, Ele nos fala, Ele intercede por nós. A busca por uma vida consagrada deve ser contínua. Esse esforço passa inevitavelmente por uma disciplina espiritual: consagrando a nossa vida em oração e jejum, meditando nas Escrituras Sagradas. Precisamos desejar uma disciplina espiritual, exercitando um estilo de vida piedoso. Uma vida que ame as coisas de Deus, priorize a sua presença, anele por estar diante dEle adorando-O e glorificando-O. Precisamos “operar a nossa salvação” (Fp 2.12). Ou seja, o processo de santificação pelo qual o crente busca a se parecer cada vez mais com Jesus Cristo.  
CONCLUSÃO
Que obra maravilhosa e redentora foi o que o nosso Senhor fez por nós na Cruz! Aqui, podemos recordar um clássico louvor de nosso hinário, hino 541 da Harpa Cristã, composto pelo saudoso pastor José Pimentel de Carvalho:
No Calvário contemplamos
Nosso meigo Salvador!
Oh! Revelação de amor!
O mistério há tanto oculto
Deus em Cristo revelou!
Oh! Revelação de amor!
Calvário! Calvário!
Oh! Grande dor!
Calvário! Calvário!
Oh! Revelação de amor!
Deus amou a este mundo
E seu Filho ofereceu
Oh! Revelação de amor!
O Senhor, na cruz morrendo
De nós se compadeceu!
Oh! Revelação de amor!

Deus, o Pai, olhou o Calvário
E seu Filho abandonou!
Oh! Revelação de amor!
Mas sofrendo este abandono
Cristo deu-nos seu perdão!
Oh! Revelação de amor!

No Calvário a obra de redenção foi confirmada. O maravilhoso amor de Deus foi expresso ali em toda sua magnitude e generosidade. Assim, fomos justificados, isto é, nossa posição foi inteiramente alterada diante de Deus, de injustos, feitos justos; de culpados, inocentes. Assim também fomos adotados como filhos e filhas de Deus, instados pelo Espírito Santo a ter uma relação fraterna de Pai e filho com o Criador de todas as coisas.    
A partir desse ato de amor, resta-nos perseverar na fé. Nossa segurança deve ser desfrutada em Cristo. Nele, por meio do Espírito Santo, estaremos firmes até a sua vinda. Entretanto, precisamos estar alertas, vigilantes quanto a tudo o que potencialmente persiste em nos tirar do alvo: Cristo.  
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento: Romanos – Apocalipse. Vol. 2. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.
Declaração de Fé das Assembleias de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.
Dicionário Vine. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2002.
GEE, Donald. Como Receber o Batismo no Espírito Santo. Rio de Janeiro: CPAD, 2001.
HORTON, Stanley (Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1996.
PEARLMAN, Myer. Conhecendo as Doutrinas da Bíblia. 3.ed. São Paulo: Editora Vida, 2009.

*Adquira o livro do trimestre. Jesus Cristo: Filho do Homem: Filho de Deus. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2020.
Que Deus o(a) abençoe.
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista Lições Bíblicas Jovens

1 PEARLMAN, Myer. Conhecendo as Doutrinas da Bíblia. 3.ed. São Paulo: Editora Vida, 2009, p.229.
2 Dicionário Vine. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2002, p.162.
3 Dicionário Vine, 2002, p.733.  
4 HORTON, Stanley (Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p.362.
5 HORTON, Stanley (Ed.)., 1996, p.373.
6 PEARLMAN, Myer, 2009, p.241. 
7 Dicionário Vine, 2002, p.733.
8 Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento: Romanos – Apocalipse. Vol. 2. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, p.362.
9 HORTON, Stanley (Ed.)., 1996, p.376-77.
10 Declaração de Fé das Assembleias de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, p.114.
11 Segurança do Crente. Declaração Oficial do Presbitério Geral das Assembleias de Deus do EUA. Trad. César Lopes. Disponível em: <https://medium.com/teo-notas/a-seguran%C3%A7a-do-crente-846b3741f19f> Acessado em 14 de Out. de 2019.
12 HORTON, Stanley (Ed.)., 1996, p.375.
13 GEE, Donald. Como Receber o Batismo no Espírito Santo. Rio de Janeiro: CPAD, 2001, p.45.


Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Jovens. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo. 

Lição 10 - 1º Trimestre 2020 - Só o Evangelho Muda a Cultura Humana - Adultos.

Lição 10 - Só o Evangelho Muda a Cultura Humana 

 1º Trimestre de 2020
ESBOÇO GERAL
I – O QUE É CULTURA
II – UMA CULTURA DOMINADA PELA INIQUIDADE
III – O EVANGELHO TRANSFORMA A CULTURA
O QUE É A CULTURA
Claudionor de Andrade

A partir da definição de cultura, veremos que o ser humano foi criado para produzir cultura, a partir da criação divina. Neste contexto, veremos, ainda, a diferença entre a cultura dos gentios e a do povo de Deus.
Definição de cultura 
No princípio, a cultura tinha a ver apenas com o cultivo da terra, visando tão somente a produção de alimentos (Gn 4.2). Depois, passou a ser vista como a soma de todas as realizações humanas: espirituais, intelectuais, materiais, etc. Semelhante tarefa foi considerada enfadonha por Salomão (Ec 1.1-13).
A cultura pode ser definida, outrossim, como a visão de mundo frente às reivindicações divinas (Lv 20.23).
As primeiras manifestações culturais da humanidade foram a pecuária e a agricultura. O autor sagrado relata que Caim e Abel, seguindo o ordenamento do Senhor, passaram a trabalhar sistematicamente a terra e as suas riquezas (Gn 4.1,2). O primeiro dedicou-se à agricultura. Quanto ao segundo, afez-se aos gados. E, a partir de ambas as atividades, a cultura humana começou a desenvolver-se, pois tais atividades requerem arte, método, ciência e tecnologias. Dessa forma, um ofício passou a requerer outro ofício e uma profissão a demandar outra profissão, até que toda a cadeia produtiva veio a completar-se.
Não demorou para que, em torno da agricultura e da pecuária, surgissem guildas e associações. E, para que estas fossem mantidas, seus membros criaram tradições orais, compuseram toadas, cantigas e engenharam muitos “causos” interessantes ao redor das fogueiras. Afinal, careciam de certa mística para assegurar a continuidade de seu ganha pão diário.
Com o passar dos séculos, alguns se fizeram literatos; de suas lidas, forjaram poesias e romances. Outros se tornaram filósofos; quiseram saber por que o homem tem de afadigar-se tanto sob o sol. Quanto aos mais práticos, foram incrementar suas ferramentas e técnicas; fizeram-se cientistas. E, em todo esse azáfama, surgiu a medicina para curar as feridas do corpo e as chagas da alma.   
Transcorridos já dois milênios, aquelas atividades-matrizes — a agricultura e a pecuária — geraram centenas de profissões e milhares de atividades econômicas. E, no encalço destas, amadureceram a arte, a literatura, a ciência e as tecnologias atuais. Foi assim que a cultura humana chegou até aos nossos dias: de Adão a Noé, e dos filhos destes aos nossos pais; conhecimentos e práticas transmitidos de geração a geração. 
A cultura, em si, querido leitor, não é pecaminosa. Mas o uso que dela fazemos tanto pode glorificar a Deus quanto levar-lhe o nome a mais grosseira blasfêmia. Somos capazes de moldar o bisturi para a cirurgia ou a espada para a guerra fratricida. E, com papel e tinta, compomos um hino de louvor ao Eterno, ou redigimos uma calúnia a fim de arruinar a mais ilibada das biografias. Logo, há uma diferença bem nítida entre a cultura dos filhos de Deus e a dos gentios. O Espírito Santo, em nossas atividades, faz toda a diferença.       
A cultura dos gentios
Por haverem perdido o verdadeiro conhecimento de Deus, que lhes havia transmitido o patriarca Noé, logo após o Dilúvio, os seres humanos passaram a adorar a criatura em lugar do Criador (Rm 1.18-25). E, a partir daí, puseram-se a imaginar coisas vãs e soberbas (Gn 11.6; Sl 2.1).
Hoje, a antropologia cultural vê, como meros fenômenos sociológicos e culturais, a prostituição, o homicídio, a corrupção e até mesmo o infanticídio (2 Rs 23.7; Lv 20.1-5; Ed 9.11).
Todas essas iniquidades e pecados vêm lindamente empacotados pela indústria cinematográfica. Para cada faixa etária, um pacote diferente e atrativo. Nessa depredação de valores, as crianças, os adolescentes e os jovens são os mais prejudicados. Às mentes em formação são oferecidos contos de fada aparentemente inofensivos, mas, no cerne dessas produções, acham-se a morte espiritual, a ruína mental e o comprometimento emocional. Cuidemos de nossos pequeninos. Satanás odeia as nossas crianças.
Além dos filmes direcionados ao público infanto-juvenil, há os entretenimentos feitos sob medida para os adultos. Tais atrações, veiculadas em todas as telas, promovem o adultério, a prostituição, os costumes de Sodoma, a corrupção e o homicídio. Embora tais pecados sejam virtuais, suas penalidades, no Juízo Final, serão tão reais como o Lago de Fogo, que o Senhor preparou para o Diabo e os seus anjos (Mt 25.41). A cultura do povo de Deus não se coaduna com tais coisas; nossos valores encontram-se nas Escrituras Sagradas.
Infelizmente, há um segmento da cristandade que apregoa: “Fora da cultura, não há salvação”. Por isso, seus defensores lutam por impedir que o Evangelho de Cristo não chegue aos nossos índios. Mas a ordem de Nosso Senhor é: “Ensinai todas as nações”. Não somos contra a cultura, em si. Todavia, não podemos idolatrá-la; a ordem de Cristo é soberana. A Mensagem da Cruz transforma a cultura sem destruir-lhe os legítimos valores. 
A cultura do povo de Deus.
A visão do povo de Deus, quanto à cultura, tem como fundamento a Bíblia Sagrada, a inspirada, inerrante e completa Palavra de Deus (2 Tm 3.16,17). Por essa razão, tudo quanto fazemos tem como base esta proposição: a Terra é do Senhor (Sl 24.1). Haja vista os filhos de Israel. Eles consagravam a Deus até mesmo suas colheitas (Lv 23.10).
Portanto, tudo quanto fizermos tem de ser aferido por este mandamento apostólico: “Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para a glória de Deus” (1 Co 10.31).
Por essa razão, zelemos por todos os aspectos de nossa vida. Na promoção de uma festa, seja em casa seja na empresa, evitemos o uso de bebidas fortes. Embora alguns crentes achem lícito a sua ingestão, é algo inconveniente; pouco a pouco, acabará por nos arruinar o testemunho cristão. Já ouvir falar de um obreiro que, depois de um encontro social regado a álcool, acordou no dia seguinte numa cama, que não era sua, num quarto que lhe totalmente estranho e ao lado de uma mulher, que não era a sua amada esposa.
Ainda que pareça cultural e até elegante participar de uma rodada de bebidas alcoólicas com os colegas de trabalho, tenhamos, no coração, todas as cláusulas do Salmo Primeiro. Desde já, que este alerta jamais nos deixe a alma e o espírito: não nos convém a roda dos escarnecedores. O inferno, querido irmão, está cheio de gente requintada e fina que, para agradar aos ímpios, renegou a sua cruz e cometeu torpezas e desatinos. Que o Senhor nos guarde de tais ocasiões. 
Senhor, enche-nos do teu Santo Espírito.        
Texto extraído da obra “A Raça Humana: Origem, Queda e Redenção”, editada pela CPAD. 
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Adultos. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

quinta-feira, 5 de março de 2020

Lição 10 - 1º Trimestre 2020 - O Amigo que Traiu - Juniores.

Lição 10 - O Amigo que Traiu 

1º Trimestre de 2020
Texto Bíblico — Mateus 26.14-16, 36-56; 27.3-5.
Prezado(a) professor(a),
Na lição desta semana seus alunos conhecerão mais um personagem bíblico que fez parte do círculo de amizade de Jesus. Ele tinha tudo para ser um daqueles que ao encontrar com o Senhor tiveram a sua vida transformada. Mas, infelizmente, a preocupação com as coisas terrenas e a ambição de conquistar a qualquer custo trouxe sérios problemas para o amigo que traiu Jesus. Estamos falando de Judas Iscariotes, o discípulo de Jesus que alcançou lugar entre os doze, mas desperdiçou este privilégio em troca de apenas trinta moedas de prata.
Algumas lições podem ser extraídas deste episódio que ficou marcado na história da vida de Judas. Até hoje quando se faz referência ao comportamento de alguém que trai a confiança de outro, declara-se que aquele ou aquela se comporta como Judas. Todavia, o objetivo da reflexão de hoje é ensinar seus alunos a amar e perdoar as pessoas, mesmo quando elas não merecem.
É fácil lidar com as pessoas que, de fato, se tornam nossos amigos e nos tratam leal e respeitosamente. Mas o grande desafio que o Evangelho de Jesus Cristo nos propõe é amarmos as pessoas que nos aborrecem e, também, aquelas que durante um bom tempo dizem ser nossos amigos, porém, nos abandonam nas horas mais difíceis nos momentos de crise. Seja qual for o tipo de adversidade que tenhamos de lidar, Jesus afirmou categoricamente que o perdão é uma condição para a comunhão plena com o Criador.
Administrar as emoções e perdoar não é uma tarefa fácil de cumprir. Fazemos parte de uma cultura em que diariamente somos estimulados a “não levar desaforo para casa” ou mesmo responder à altura quando somos agredidos física ou moralmente. Mas o evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo veio para renovar o entendimento humano e a forma como compreende a realidade. Paulo afirma aos Colossenses que, a partir de agora, devemos nos despojar de tudo o que é contrário à vontade de Deus: da ira, da cólera, da malícia, da maledicência, das palavras torpes, da mentira e de todas as coisas que entristecem o Espírito Santo (Cl 3.8,9).
Do mesmo modo, Deus nos revestiu do novo homem segundo a Sua própria imagem. Ele nos fez seus eleitos, santos e amados, de entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade, a fim de que suportemos e perdoemos uns aos outros (Cl 3.10-14). Esses são valores que devem ser ensinados para seus alunos. É fundamental que desde a mais tenra idade, eles compreendam a importância de aprender a lidar com suas emoções e, sobretudo, tenham o amor de Deus abundante em seus corações.
Se quisermos ver uma sociedade transformada em nossos dias é preciso investir na educação de nossas crianças. E não há lugar melhor para formar uma pessoa consciente do amor e do perdão divino do que a Casa de Deus, mais especificamente, na Escola Dominical. Por esse motivo, caro professor, você deve se capacitar com o conhecimento da Palavra de Deus e com uma vida de oração para que a sua aula tenha um efeito profundo na vida de seus alunos. 
Para complementar o ensinamento da aula de hoje, sugerimos a seguinte atividade: distribua uma folha de papel A4 e peça seus alunos que façam uma lista com as características de um bom amigo. No verso da folha, peça que escrevam as características de um falso amigo. Afinal, diga aos seus alunos que eles devem guardar a lista que fizeram e observar o que precisam fazer para serem amigos verdadeiros. Explique também que eles devem perdoar quando se depararem com um falso amigo que apresenta aquelas características que são reprovadas pela Palavra de Deus. Reforce que Jesus amou os seus amigos até o fim, mesmo quando eles o deixaram sozinho no momento da sua prisão. 

quarta-feira, 4 de março de 2020

Lição 10 - 1º Trimestre 2020 - Um presente para José e Maria - Berçário.

Lição 10 - Um presente para José e Maria 

1º Trimestre de 2020
Objetivo da lição: Apresentar Jesus ao bebê como o Salvador da família.
É hora do versículo: “Nasceu o Salvador de vocês” (Lucas 2.11).
Na lição de hoje as crianças aprenderão que o Papai do Céu enviou Jesus como o Salvador da família. Ele foi um presente para o Papai José e a mamãe Maria. Hoje, o Salvador Jesus também é um presente para nós.
Para auxiliar o aprendizado da criança do Berçário, é fundamental que o professor saiba utilizar bem seus recursos de visuais e conheça as “duas escolas a respeito do tipo de figuras que melhor se adéquam à aprendizagem inicial das crianças. Alguns aconselham o uso de figuras simples de um ou de poucos objetos, sem fundo e com o mínimo de detalhes extras. Outros nos aconselham a utilizar gravuras completas, com muitos detalhes. [...] O mais aconselhável é propiciar às crianças experiências com todos os tipos de gravuras. As figuras simples de somente um objeto atingirão alguns objetivos com as crianças, como aprender o nome de objetos; e as gravuras completas e detalhadas atingirão outros objetivos, tais como relacionar objetos dentro de uma gravura e ler a sua ‘história’.]
A conversa simples é a melhor maneira de ajudar as crianças a aprender com uma figura. Apenas converse com elas sobre o desenho. Podemos começar perguntando: ‘O que você vê?’ Então pergunte: ‘O que mais?’, e ‘O que mais?’, até que as crianças tenham observado bem o conteúdo da gravura. A seguir, comece a fazer perguntas que requeiram outros tipos de raciocínio.”(BEECHICK, Ruth. Como Ensinar Crianças do Maternal: Não é tão fácil mas aqui está como fazer. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, pp. 38-39)  
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Berçário 

Lição 10 - 1º Trimestre 2020 - Um Presente para José e Maria - Jd. Infância.

Lição 10 - Um Presente para José e Maria 

1º Trimestre de 2020
Objetivos: Os alunos deverão entender que Jesus Cristo é Filho do Papai do Céu; e compreender que Jesus também foi uma criança igual a elas. 
É hora do versículo: “[...] Deus nos mandou uma menino que será o nosso rei [...].” (Is 9.6)
Nesta lição as crianças aprenderão que o Papai do Céu prometeu que enviaria um Salvador para o mundo. Ele nasceu na família de José e Maria e foi um maravilhoso presente para eles e para todos nós.  Não podemos deixar de falar sobre Jesus para as nossas crianças porque esse assunto não se esgota. Não podemos temer a repetição. “Acreditamos que é bom cantar os mesmos corinhos — com a mesma letra e música — por anos e anos, durante o crescimento dos nossos filhos. Fazemos o mesmo com versos e gestos; não hesitamos em repeti-los, quando já nos julgamos habilidosos em alguns deles.Contudo, quando falamos de história logo pensamos “Ah, já ouviram esta”. Mas se as histórias mantém as palavras corretas,  as crianças querem ouvi-las mais uma vez, querem reconhecer suas falas favoritas, sem que sejam modificadas, como fez a avó da criança de quatro anos.
Podemos ajudar nossas crianças a conhecer as histórias bíblicastão bem como conhecem as três  palavrinhas “Jesus me ama”, se assim as ensinarmos desde cedo.
Além da vantagem da repetição, existem outras razões para contarmos historias. As crianças precisam de oportunidades para formar suas próprias imagens mentais, principalmente, quando pertencem geração do televisor. As crianças que estão sempre diante das imagens da tela ou do flanelógrafo são privadas da oportunidade de desenvolver suas habilidades em formar imagens. Este importante aspecto da inteligência é necessário para a solução de problemas, para o pensamento criativo em níveis mais altos e o enriquecimento da vida cotidiana. As crianças começam a desenvolver esta habilidade no jardim de infância, dando continuidade a este desenvolvimento durante os anos que se seguem. Talvez tivéssemos mais "leitores" entre as crianças, se muitas delas aprendessem como a leitura pode nos transportar para todos os lugares e épocas, através da imaginação. As crianças serão encorajadas a ler, se os adultos ao seu redor tiverem este hábito. Nas escolas seculares, os professores leem para eles, nas colônias de férias, os recreadores leem para eles, e em suas casas, a maioria dos pais também o faz. Que imagem estamos passando para nossas crianças, se na escola dominical ou no culto infantil não lemos para eles? Que devem ler todas as outras histórias, mas não as histórias bíblicas? 
Os professores que percebem o quanto é importante ler as histórias bíblicas para seus alunos ficam sempre satisfeitos com os resultados. E muito mais fácil ler uma história do que contá-la.
Cative sempre seus alunos lendo histórias para eles ou ainda contando-lhes histórias.”(BEECHICK, Ruth. Como ensinar crianças do Jardim de Infância: Compreendendo e educando crianças de 4 e 5 anos. Rio de Janeiro: CPAD, 2003,  p.65,66)
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Jardim de Infância

Lição 10 - 1º Trimestre 2020 - Tenho certeza da Salvação? - Pré Adolescentes.

Lição 10 - Tenho certeza da Salvação? 

1º Trimestre de 2020
A lição de hoje encontra-se em: 1 João 3.2,14; 5.13.
Prezado(a) professor(a),
Na aula desta semana seus alunos estudarão a respeito da certeza da salvação. Esta é uma pergunta que os seus alunos devem saber responder. Muitos estão na igreja a um longo e, mesmo assim, ainda não dizer se têm a certeza da salvação.
Antes de qualquer coisa é importante a compreensão de que a salvação é adquirida pela graça de Deus. Não há nada que o pecador possa fazer para merecer a salvação. É, também, uma decisão do Criador que, por amor à criatura, decidiu intervir para remover a culpa do pecado do homem e trazê-lo de volta à sua maravilhosa presença. Esse processo ocorre por intermédio da fé no sacrifício de Jesus Cristo sobre a cruz. Não vem das boas obras que a pessoa pratica, e sim, mediante a fé em Jesus.
Entretanto, há uma responsabilidade que o crente deve se comprometer e arcar durante o tempo que lhe resta neste mundo. Todos os que aceitaram a Cristo, desde então, devem manter-se comprometidos com a santificação, um processo que não ocorre momentaneamente, mas é progressivo e intenso na vida do crente. “Sem a santificação ninguém verá a Deus”, já dizia o escritor da Carta aos Hebreus (Hb 12.14).
De acordo com BERGSTÉN (1999, p. 164):
O próprio Deus encarrega-se de conceder a certeza àqueles que, confiando nEle, aceitam o seu convite. Toda a Trindade está diretamente envolvida na chamada do pecador: Deus (cf. Is 1.18), Jesus (cf. Mt 11.28) e o Espírito Santo (cf. Ap 22.17) dizem “Vem!” Quando o pecador vem a Jesus, é recebido (cf. Jo 6.37). Deus, então, como confirmação, envia o seu Espírito ao coração do penitente que começa a clamar: “Aba, Pai” (cf. Gl 4.6), testificando com o nosso espírito que somos filhos de Deus (cf. Rm 8.16). Assim, a certeza da salvação nasce dentro do coração! 
Além da testificação do Pai, do Filho e do Espírito Santo na vida do crente, o próprio relacionamento dele com Deus evidencia que verdadeiramente conheceu a salvação. O apóstolo Paulo afirmou aos coríntios: “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” (cf. 2 Co 5.17). Uma nova vida debaixo da graça de Deus manifesta o fruto do Espírito que se revela em demonstrações de arrependimento, amor e paz.
Aproveitando o assunto da lição de hoje, converse com seus alunos e pergunte se eles têm a certeza de que estão são em Cristo. Mostre que devem se manter no caminho a fim de que a salvação seja preservada até o fim. Para tanto, a santificação e a fé devem ser fortalecidas até o Dia em que Cristo retornar para buscar a sua amada Igreja.