terça-feira, 10 de março de 2020

Lição 10 - 1º Trimestre 2020 - Só o Evangelho Muda a Cultura Humana - Adultos.

Lição 10 - Só o Evangelho Muda a Cultura Humana 

 1º Trimestre de 2020
ESBOÇO GERAL
I – O QUE É CULTURA
II – UMA CULTURA DOMINADA PELA INIQUIDADE
III – O EVANGELHO TRANSFORMA A CULTURA
O QUE É A CULTURA
Claudionor de Andrade

A partir da definição de cultura, veremos que o ser humano foi criado para produzir cultura, a partir da criação divina. Neste contexto, veremos, ainda, a diferença entre a cultura dos gentios e a do povo de Deus.
Definição de cultura 
No princípio, a cultura tinha a ver apenas com o cultivo da terra, visando tão somente a produção de alimentos (Gn 4.2). Depois, passou a ser vista como a soma de todas as realizações humanas: espirituais, intelectuais, materiais, etc. Semelhante tarefa foi considerada enfadonha por Salomão (Ec 1.1-13).
A cultura pode ser definida, outrossim, como a visão de mundo frente às reivindicações divinas (Lv 20.23).
As primeiras manifestações culturais da humanidade foram a pecuária e a agricultura. O autor sagrado relata que Caim e Abel, seguindo o ordenamento do Senhor, passaram a trabalhar sistematicamente a terra e as suas riquezas (Gn 4.1,2). O primeiro dedicou-se à agricultura. Quanto ao segundo, afez-se aos gados. E, a partir de ambas as atividades, a cultura humana começou a desenvolver-se, pois tais atividades requerem arte, método, ciência e tecnologias. Dessa forma, um ofício passou a requerer outro ofício e uma profissão a demandar outra profissão, até que toda a cadeia produtiva veio a completar-se.
Não demorou para que, em torno da agricultura e da pecuária, surgissem guildas e associações. E, para que estas fossem mantidas, seus membros criaram tradições orais, compuseram toadas, cantigas e engenharam muitos “causos” interessantes ao redor das fogueiras. Afinal, careciam de certa mística para assegurar a continuidade de seu ganha pão diário.
Com o passar dos séculos, alguns se fizeram literatos; de suas lidas, forjaram poesias e romances. Outros se tornaram filósofos; quiseram saber por que o homem tem de afadigar-se tanto sob o sol. Quanto aos mais práticos, foram incrementar suas ferramentas e técnicas; fizeram-se cientistas. E, em todo esse azáfama, surgiu a medicina para curar as feridas do corpo e as chagas da alma.   
Transcorridos já dois milênios, aquelas atividades-matrizes — a agricultura e a pecuária — geraram centenas de profissões e milhares de atividades econômicas. E, no encalço destas, amadureceram a arte, a literatura, a ciência e as tecnologias atuais. Foi assim que a cultura humana chegou até aos nossos dias: de Adão a Noé, e dos filhos destes aos nossos pais; conhecimentos e práticas transmitidos de geração a geração. 
A cultura, em si, querido leitor, não é pecaminosa. Mas o uso que dela fazemos tanto pode glorificar a Deus quanto levar-lhe o nome a mais grosseira blasfêmia. Somos capazes de moldar o bisturi para a cirurgia ou a espada para a guerra fratricida. E, com papel e tinta, compomos um hino de louvor ao Eterno, ou redigimos uma calúnia a fim de arruinar a mais ilibada das biografias. Logo, há uma diferença bem nítida entre a cultura dos filhos de Deus e a dos gentios. O Espírito Santo, em nossas atividades, faz toda a diferença.       
A cultura dos gentios
Por haverem perdido o verdadeiro conhecimento de Deus, que lhes havia transmitido o patriarca Noé, logo após o Dilúvio, os seres humanos passaram a adorar a criatura em lugar do Criador (Rm 1.18-25). E, a partir daí, puseram-se a imaginar coisas vãs e soberbas (Gn 11.6; Sl 2.1).
Hoje, a antropologia cultural vê, como meros fenômenos sociológicos e culturais, a prostituição, o homicídio, a corrupção e até mesmo o infanticídio (2 Rs 23.7; Lv 20.1-5; Ed 9.11).
Todas essas iniquidades e pecados vêm lindamente empacotados pela indústria cinematográfica. Para cada faixa etária, um pacote diferente e atrativo. Nessa depredação de valores, as crianças, os adolescentes e os jovens são os mais prejudicados. Às mentes em formação são oferecidos contos de fada aparentemente inofensivos, mas, no cerne dessas produções, acham-se a morte espiritual, a ruína mental e o comprometimento emocional. Cuidemos de nossos pequeninos. Satanás odeia as nossas crianças.
Além dos filmes direcionados ao público infanto-juvenil, há os entretenimentos feitos sob medida para os adultos. Tais atrações, veiculadas em todas as telas, promovem o adultério, a prostituição, os costumes de Sodoma, a corrupção e o homicídio. Embora tais pecados sejam virtuais, suas penalidades, no Juízo Final, serão tão reais como o Lago de Fogo, que o Senhor preparou para o Diabo e os seus anjos (Mt 25.41). A cultura do povo de Deus não se coaduna com tais coisas; nossos valores encontram-se nas Escrituras Sagradas.
Infelizmente, há um segmento da cristandade que apregoa: “Fora da cultura, não há salvação”. Por isso, seus defensores lutam por impedir que o Evangelho de Cristo não chegue aos nossos índios. Mas a ordem de Nosso Senhor é: “Ensinai todas as nações”. Não somos contra a cultura, em si. Todavia, não podemos idolatrá-la; a ordem de Cristo é soberana. A Mensagem da Cruz transforma a cultura sem destruir-lhe os legítimos valores. 
A cultura do povo de Deus.
A visão do povo de Deus, quanto à cultura, tem como fundamento a Bíblia Sagrada, a inspirada, inerrante e completa Palavra de Deus (2 Tm 3.16,17). Por essa razão, tudo quanto fazemos tem como base esta proposição: a Terra é do Senhor (Sl 24.1). Haja vista os filhos de Israel. Eles consagravam a Deus até mesmo suas colheitas (Lv 23.10).
Portanto, tudo quanto fizermos tem de ser aferido por este mandamento apostólico: “Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para a glória de Deus” (1 Co 10.31).
Por essa razão, zelemos por todos os aspectos de nossa vida. Na promoção de uma festa, seja em casa seja na empresa, evitemos o uso de bebidas fortes. Embora alguns crentes achem lícito a sua ingestão, é algo inconveniente; pouco a pouco, acabará por nos arruinar o testemunho cristão. Já ouvir falar de um obreiro que, depois de um encontro social regado a álcool, acordou no dia seguinte numa cama, que não era sua, num quarto que lhe totalmente estranho e ao lado de uma mulher, que não era a sua amada esposa.
Ainda que pareça cultural e até elegante participar de uma rodada de bebidas alcoólicas com os colegas de trabalho, tenhamos, no coração, todas as cláusulas do Salmo Primeiro. Desde já, que este alerta jamais nos deixe a alma e o espírito: não nos convém a roda dos escarnecedores. O inferno, querido irmão, está cheio de gente requintada e fina que, para agradar aos ímpios, renegou a sua cruz e cometeu torpezas e desatinos. Que o Senhor nos guarde de tais ocasiões. 
Senhor, enche-nos do teu Santo Espírito.        
Texto extraído da obra “A Raça Humana: Origem, Queda e Redenção”, editada pela CPAD. 
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