quinta-feira, 3 de dezembro de 2020

Lição 10 - 4º Trimestre 2020 - Pedro e João ajudam o coxo - Maternal.

 

Lição 10 - Pedro e João ajudam o coxo 

4º Trimestre de 2020

 

Objetivo da lição: Conscientizar a criança de que também podemos ajudar alguém através da oração e dos dons espirituais. 

Para guardar no coração: “[...] Muitas outras mulheres [...]  ajudavam Jesus e os seus discípulos.” (Lc  8.3)

Seja bem-vindo

Receba os visitantes com um cântico especial. Diga que é muito bom estarem todos na classe, porque hoje ouviremos uma história emocionante, sobre as mulheres que ajudaram Jesus.

Convide as crianças a louvarem a Deus por nos haver dado o seu Filho Jesus, que é a porta para entrarmos no céu e ficarmos perto dEle.

Ao recolher as ofertas, diga que Deus quer que a gente dê dinheiro para sustentar os missionários que estão em lugares longe daqui, contando a todas as pessoas que Jesus é a única porta para se entrar no céu e ficar perto de Deus.

Subsídio professor

Os sacerdotes e os levitas tinham trabalhos diferentes dentro e em torno do Templo. Os sacerdotes estavam autorizados a executar os sacrifícios. Os levitas eram separados para ajudar os sacerdotes. Estes faziam o trabalho de anciãos, diáconos, administradores, assistentes e músicos; estavam também encarregados do transporte de utensílios e consertos, quando necessários. Tanto os sacerdotes quanto os levitas eram da tribo de Levi, mas os sacerdotes tinham de ser também descendentes de Arão, o primeiro sumo sacerdote de Israel [...] A adoração na Casa do Senhor não poderia ter acontecido sem os esforços combinados dos sacerdotes e dos levitas. Suas responsabilidades eram diferentes, mas igualmente importantes para o plano de Deus. Não importa qual seja o seu trabalho na igreja, você é importante para que a congregação funcione de modo saudável” (Bíblia de Aplicação Pessoal, CPAD)

Oficina de ideias

Distribua massa de modelar, e incentive as crianças a fazerem pãezinhos, biscoitos, flores e objetos que elas gostariam de ofertar a Jesus. Conversem a respeito da história.

Até logo

Depois de repetir o versículo e o cântico do dia, encerre a aula com uma oração. Prepare as crianças para a saída. Quando os pais ou responsáveis forem buscar as crianças, recomende que, em casa, leiam a história bíblica de hoje para o(a) filho(a). Sugira que utilizem uma bíblia infantil. O texto bíblico da lição se encontra em Lucas 12.1-3. 

Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista de Maternal

Lição 10 - 4º Trimestre 2020 - A Amiga que Ajudava as Pessoas - Jd. Infância.

 

Lição 10 - A Amiga que Ajudava as Pessoas 

4º Trimestre de 2020

Objetivos: Os alunos deverão entender que os amigos de Jesus são generosos e gostam de ajudar; e saber que aqueles que assim o fazem são muito abençoados por Deus.

É hora do versículo: “Quem é bondoso será abençoado [...]” (Pv 22.9).

Nesta lição, as crianças aprenderão a história de uma mulher que era muito bondosa com as pessoas. Abra a Bíblia em Atos 9.36-42 onde se baseia a história de hoje e leia a narrativa diretamente do texto bíblico: 

 

36 Na cidade de Jope havia uma seguidora de Jesus chamada Tabita. (Este nome em grego é Dorcas.) Ela usava todo o seu tempo fazendo o bem e ajudando os pobres.

37 Naqueles dias Dorcas ficou doente e morreu. Lavaram o corpo dela e depois o puseram num quarto do andar de cima.

38 Jope ficava perto de Lida. Quando os seguidores de Jesus em Jope souberam que Pedro estava em Lida, enviaram dois homens para levar-lhe o seguinte recado:

— Por favor, venha depressa até Jope!

39 Então Pedro se aprontou e foi com eles. Quando chegou lá, eles o levaram para o quarto de cima. Todas as viúvas ficaram em volta dele, chorando e mostrando os vestidos e as outras roupas que Dorcas havia feito quando ainda vivia.

40 Então Pedro mandou que todos saíssem do quarto e em seguida se ajoelhou e orou. Depois virou-se para o corpo de Dorcas e disse:

— Tabita, levante-se!Ela abriu os olhos e, quando viu Pedro, sentou-se.

41 Pedro pegou-a pela mão e ajudou-a a ficar de pé. Em seguida chamou toda a gente da igreja, inclusive as viúvas, e a entregou a eles viva.

42 As notícias a respeito disso se espalharam por toda a cidade de Jope, e muitos creram no Senhor.

 

Após realizar um breve resumo do relato bíblico com as crianças, atenha-se à seguinte frase: Ela usava todo o seu tempo fazendo o bem e ajudando os pobres. 

Pergunte se alguma criança conhece alguém como Dorcas. 

Evidencie o trabalho social de sua igreja com as crianças.

Selecione imagens da internet ou de jornais e revistas apresentando o drama dos refugiados e moradores de rua que, atualmente, são os que mais podemos chamar a atenção para as suas necessidades básicas, tanto de moradia, roupas, alimento, etc... 

Finalize esse período de conscientização promovendo também uma ação, lembrando que a fé sem as obras não demonstram para o mundo que somos verdadeiros cristãos em Jesus. 

Após realizar todas as atividades propostas na revista do professor e caso haja tempo, imprima a folha abaixo com a imagem de um coração. Antes de sermos pessoas dispostas a ajudar os outros, precisamos que nossos corações sejam bondosos. Peça que as crianças sugiram algumas coisas que podem ser feitas para demonstrar amor com o próximo. Escreva no quadro para que as crianças possam copiar, escrevendo no coração. Reforce que essas ações devem estar no coração de todo cristão.

Sugestões para serem escritas nos corações: 

Visitar creches e orfanatos levando roupas, brinquedos e alimentos;

Visitar abrigos que acolhem moradores de rua levando roupas, cobertores e alimentos;

Visitar abrigos de refugiados que fugiram de seus países onde corriam risco de morrer de fome ou pela guerra.

licao10 jardim coracao

Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

Verônica Araujo
Editora da Revista Jardim de Infância

Lição 10 - 4º Trimestre 2020 - A História de uma Vinha - Primários.

 

Lição 10 - A História de uma Vinha 

4º Trimestre de 2020

Objetivo: Que o aluno entenda que a salvação de Deus não é por merecimento, mas por graça.   

Ponto central: Trabalhar na obra de Deus é um privilégio.   

Memória em ação: “Assim, aqueles que são os primeiros serão os últimos, e os últimos serão os primeiros” (Mt 20.16).     

Querido (a) professor (a), na próxima aula vamos contar aos Primários sobre “a parábola dos trabalhadores na vinha”, que está presente em Mateus 20.1-16. Como está escrito em sua revista, nosso principal objetivo é que o aluno entenda que a salvação de Deus é um presente, não uma recompensa, ou seja, não é por merecimento, mas por graça.     

Ao longo da caminhada, conforme vamos internalizando a obediência às regras, mandamentos, doutrinas eclesiástica, somos tentados a nos sentir quase que merecedores da bênção de Deus. “Afinal, nós trabalhamos na obra, não faltamos à igreja, damos o dízimo, obedecemos todos os ritos, fazemos por onde”.     

Ainda que não admitamos assim, verbalmente, a sensação é esta. É uma tendência da natureza humana, por isso que diariamente precisamos estar diante do Espírito Santo, nos auto-examinarmos, lhe confessar cada mínima falha, nos humilhar em sua presença para não esquecer o quão imerecedores somos.     

Após recepcionar as crianças com entusiasmo e um bom momento de louvor, sente-as em círculo e pergunte: “Qual a diferença entre presente e recompensa?” Deixe-os que se expressem livremente e ofereça alguns exemplos, como: “Se sua mãe disser: ‘Filha, se você passar de ano, te darei a bicicleta que você deseja’. Seria um presente ou uma recompensa?”; “E se você participar de uma competição na escola e o seu time ganhar dos demais, então lhes derem medalhas ou troféu. É presente ou recompensa?” Explane outras situações presentes no contexto delas até que por fim diga: “E quando Jesus pagou na cruz um lugar no céu pra cada um de nós porque sabia que pelo nosso próprio esforço não conseguiríamos não pecar para entrar no céu. É uma recompensa? Nós merecemos? Nunca erramos nenhuma vezinha na vida?”.   

A fim de reforçar a lição e objetivo propostos em sua revista, após a história promova a seguinte atividade: Mostre para turma uma caixa de presente bem atrativa e pedaços de papel ao maço ou cartolina de cores variadas, como em tamanho de cartões ou bilhetes.

Com a caixa de presente fechada em suas mãos, despertando a curiosidade dos alunos, explique que, quando recebemos um presente, não podemos pagar por ele (até porque não há preço monetário que cubra o significado valioso deste gesto); não podemos devolver (mesmo se for algo extremamente caro, que você sabe que a outra pessoa se sacrificou e fez além do que ela podia, e do que você merecia).       

Diga que assim é a graça de Deus em nossas vidas, além do maior presente de todos, a salvação, ganhamos do Senhor dezenas de presentes diários, pelos quais nem merecemos e alguns até esquecemos de agradecer.     

Neste momento distribua os pedaços de papel, quantidade livre, e peça que escrevam ou desenhem coisas pelas quais são gratos ao Senhor que são presentes dEle em nossas vidas.       

Ao final, todos deverão colocar os papéis preenchidos dentro da caixa e no momento da oração de cada aula, a começar desta, cada um irá tirar algum papel para agradecer a Jesus juntos, em oração.        

O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula.

Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Primários da CPAD

Lição 10 - 4º Trimestre 2020 - Samuel, um profeta obediente à voz de Deus - Juniores.

 

Lição 10 - Samuel, um profeta obediente à voz de Deus 

4º Trimestre de 2020

Texto bíblico: 1 Samuel 3.1-21.

Prezado(a) professor(a),

Na aula desta semana seus alunos serão estimulados a pensarem com muita seriedade a respeito do chamado de Deus para a vida deles. O Senhor requer responsabilidade no serviço da sua obra. Ele espera que seus servos realizem a sua obra com comprometimento e sem superficialidade. Na história de hoje, seus alunos aprenderão com o exemplo de Samuel que Deus o chamou quando não havia mais pessoas dispostas a serem usadas por Deus para mostrarem ao povo o caminho certo que deveriam seguir. “A palavra do Senhor era de muita valia” nos dias de Samuel. Semelhantemente, nos dias atuais, ouvimos muitas pessoas utilizarem o nome de Deus e afirmarem terminantemente que “Deus falou”. Infelizmente, muitos pensam estar ouvindo a voz de Deus quando na verdade estão ouvindo a voz do próprio coração. Isso não significa que Deus deixou de falar ou esteja em silêncio, como esteve nos dias de Samuel. Mas é preciso discernir a voz do Senhor para que tenhamos a intimidade e comunhão verdadeira com o seu santo Espírito.

1. A desobediência de Eli. A desobediência do sacerdote Eli levou à destruição de seu ministério e sua família. Seu exemplo nos mostra que a falta de comprometimento com a Palavra de Deus e o exercício superficial do ministério resultam em morte e decadência espiritual (1 Sm 2.27-36). O maior pecado de Eli foi ter desprezado a Deus em seu ministério. Ele já não repreendia seus filhos, mas permitia que pecassem descaradamente e ainda encobria o que faziam (3.13,14). Esse comportamento de Eli trouxe graves consequências para sua vida em vários sentidos (4.11-17).

2. O chamado de Samuel. Deus escolheu Samuel para anunciar a sua mensagem em tempos difíceis. O período dos juízes foi um tempo conturbado para a nação de Israel, pois várias vezes o povo se distanciava de Deus e se voltava para a idolatria (cf. Jz 2.16-19). Por conta disso, Deus permitiu que o sofrimento e as guerras se levantassem a fim de que os israelitas se arrependessem de seus pecados (2.20-23). Neste tempo, Deus usou o jovem Samuel para anunciar tudo o que havia determinado que se cumprisse à casa de Eli. Ali iniciava o ministério profético de Samuel. Depois de um tempo, ele ainda foi juiz sobre a nação e usado por Deus para ungir dois reis sobre a casa de Israel (cf. 1 Sm 10.1; 16.13). Samuel teve um ministério excelente porque confiou no Senhor e fez a sua vontade.

3. Um chamado para tempos difíceis. Deus chamou Samuel em tempos difíceis quando a palavra do Senhor era de muita valia (1 Sm 3.1). A realidade de Samuel não é diferente da nossa, pois assim como nos dias de Samuel os que exerciam o ministério na Casa de Deus não o faziam com seriedade, há muitos ainda hoje que não fazem a obra de Deus com comprometimento e responsabilidade. Deus espera de seus “despenseiros”, isto é, daqueles que Ele instituiu como administradores da sua obra, que exerçam o serviço de maneira honesta e sem interesse (cf. 1 Co 4.2). Não foi fácil para o jovem Samuel, naquela ocasião, ter que anunciar a morte e decadência do principal sacerdote de Israel. Mas Deus o capacitou para que Ele exercesse o seu chamado com afinco e obtivesse o êxito esperado.

Considere estes aspectos encontrados na lição e compartilhe com seus alunos que a obediência e o comprometimento envolvem tudo o que fizermos para Deus. Seja no serviço de sua obra, em casa com a família, ou mesmo na escola, Deus espera encontrar em cada um de nós o mesmo sentimento que houve em Samuel: o amor e a dedicação a obra de Deus. A fidelidade de Samuel foi marcante por toda a sua vida. Ressalte que os seus alunos também podem ser fiéis e dedicados a Deus em sua obra.

Para reforçar o ensinamento da aula de hoje, sugerimos a seguinte atividade: providencie cópias de uma caderneta de trabalho com o espaço para o aluno escrever as informações a seguir. Permita aos alunos colorirem a caderneta com lápis de cor e canetinha.

 CARTEIRA DE TRABALHO

EMPRESA: SEARA DO REINO DE DEUS

CONTRATANTE: SENHOR JESUS CRISTO

CARGO: SERVO DE DEUS

CONTRATADO: NOME DO ALUNO

“O que vocês fizerem façam de todo o coração, como se estivessem servindo o Senhor e não as pessoas. Lembrem que o Senhor lhes dará como recompensa aquilo que ele tem guardado para o seu povo, pois o verdadeiro Senhor que vocês servem é Cristo.”
Colossenses 3.23,24.

Tenha uma excelente aula!

Lição 10 - 4º Trimestre 2020 - Jesus lava os pés dos discípulos - Pré Adolescentes.

 

Lição 10 - Jesus lava os pés dos discípulos 

4º Trimestre de 2020

A lição de hoje encontra-se em: João 13.1-17.

Olá prezado(a) professor(a),

Na lição desta semana seus alunos aprenderão a respeito da humildade. Vez por outra o Mestre reunia os discípulos para tratar deste assunto tão importante para a conduta cristã. O fato de Jesus ter se inclinado para lavar os pés dos seus discípulos revela que Ele não apenas ensinou com palavras, mas também demonstrou com atitudes qual deveria ser o comportamento daqueles que afirmam pertencer ao Reino Celestial. Assim também não deveria haver diferença entre os discípulos sobre qual seria o mais importante ou mesmo o mais dedicado (cf. Mt 20.25-28). Afinal de contas, o objetivo da missão para a qual foram escolhidos situava-se em alcançar pessoas para a salvação. O convite para compor aquele grupo seleto que receberia a incumbência de levar a mensagem do Reino de Deus ao mundo não se tratava de torná-los famosos ou bem vistos na sociedade, antes a proposta de Jesus era capacitá-los e ensiná-los que o amor de Deus deveria ser a base para que a igreja, prestes a surgir, assumisse o seu papel de relevância na sociedade (cf. Jo 13.34,35).

1. Jesus, a maior referência de humildade. Jesus, ao reunir-se com os discípulos, fez algo até então inesperado para sua posição de mestre. Nosso Senhor despiu-se das suas vestes, cingiu-se com uma toalha e tomou uma bacia com água. Em seguida, começou a lavar os pés dos discípulos e a enxugá-los com a toalha, um após o outro (Jo 13.3-5). A princípio, os discípulos não entenderam o que Jesus estava fazendo, mas assim permitiram como um gesto de submissão. Após finalizar o ato com todos os seus discípulos, Jesus toma assento e começa a ensiná-los que do mesmo modo deveriam dispor-se a “lavar os pés uns dos outros”. O ato ilustrado por Jesus não se tratava de uma espécie de ritual litúrgico ordenado aos discípulos e que deveria ser lembrado em cada ocasião que se reunissem como era feito na santa ceia. Antes, tratava-se de uma ilustração que tinha como objetivo ensiná-los que servir uns aos outros é um dever de todos os integrantes do Reino de Deus (cf. Gl 5.13,14). Neste caso não deveria haver diferença entre eles, mas todos deveriam ser tratados como irmãos e trabalharem em comum acordo pela salvação e bem-estar da comunidade cristã que estava prestes a se formar (cf. At 2.42-44). A humildade de Cristo é um dos maiores ensinamentos deixados à sua igreja.

2. Chamados para um ministério excelente. Diferentemente do que muitos podem imaginar o ministério de Cristo não foi marcado pela fama e prestígio. Embora Jesus tenha se tornado conhecido devido à imensa quantidade de milagres que realizou, em muitas ocasiões, o Mestre foi perseguido pelos fariseus e religiosos que procuravam algum motivo para difamarem a honra de nosso Senhor (Mc 3.2; 10.2). Semelhantemente, seus discípulos deveriam enfrentar as hostilidades dos judeus por conta da mensagem que pregavam. Após a ascensão de Jesus, observa-se que a perseguição tomou força significativa, principalmente, em Jerusalém (cf. At 8.1; 11.19-21). Com o efeito das perseguições também vieram as oportunidades. O que parecia ser a ruína da igreja, Deus usou para que o evangelho fosse pregado em regiões fora de Israel para onde os discípulos se espalharam. Esse fato comprova o que Jesus havia anunciado aos discípulos antes da sua crucificação, que eles enfrentariam aflições neste mundo, mas deveriam manter o bom ânimo, pois Ele havia vencido o mundo (cf. Jo 16.33).

Finalmente, o que podemos concluir a respeito desta reflexão é que a humildade é uma virtude que deve acompanhar os discípulos de Jesus. Essa mesma humildade não diz respeito ao discurso que a igreja professa ou mesmo ao status que carrega, e sim ao ideal de serviço demonstrado no comportamento de um irmão para com o outro ou mesmo na busca pelos que estão perdidos. Vale ressaltar que a lição da humildade foi várias vezes ensinada pelo Mestre durante o seu ministério terreno, e ainda predomina mediante a reflexão da sua santa Palavra nos dias atuais.

Aproveite para conversar com seus alunos a respeito da necessidade de prestarem serviço uns aos outros. Organize um evento social (pode ser a comemoração dos aniversariantes do mês) com seus alunos para compartilharem a amizade, e solicite que durante este momento um aluno sirva ao outro. Esta é uma forma de estimulá-los ao serviço. Reforce que Jesus nos deu o maior exemplo de serviço entregando a própria vida em favor dos seus amigos. Não existe maior demonstração de amor e humildade.

Tenha uma excelente aula. 

Lição 10 - 4º Trimestre 2020 - Os primeiros passos do Evangelho no Brasil - Adolescentes.

 

Lição 10 - Os primeiros passos do Evangelho no Brasil 

4º Trimestre de 2020 

TEXTO BÍBLICO: 1 Pedro 3.14-17

DESTAQUE: “Porque é melhor sofrer por fazer o bem, se for esta a vontade de Deus, do que por fazer o mal.” (1 Pedro 3.17)   

OBJETIVOS:
Enfatizar a importância de não nos rendermos às barreiras que se levantam contra a evangelização, assim como foram os primeiros cristãos evangélicos no Brasil;
Ressaltar que a história da evangelização do Brasil é marcada por momentos de terrível perseguição, mas também de conquistas;
Estimular seus alunos a serem perseverantes em fazer a vontade de Deus em todas as áreas de suas vidas.  

AS PRIMEIRAS INICIATIVAS PARA SE IMPLANTAR A FÉ EVANGÉLICA NO BRASIL

A fé evangélica, no Brasil, só começou a prosperar nos últimos dois séculos. Desde o descobrimento, conforme veremos a seguir, foram empreendidas diversas empreitadas para se implantar aqui os princípios da Reforma Protestante. Todas as empreitadas, porém, fracassaram: vinham escudadas em interesses que colidiam com os negócios supremos e inadiáveis do Reino de Deus. Quando isto ocorre, as missões vêem-se cobertas de frustrações e opróbrios; o evangelismo morre em seu nascedouro; e, entre os gentios, é blasfemado o santo nome do Senhor. 

Apesar dos malogros franceses e das decepções holandesas, os reclamos da Grande Comissão não foram sufocados. Aquilo que parecia impossível, quando do descobrimento, não está muito longe de ser alcançado: um Brasil evangélico. 

OS FRANCESES

Fugindo às perseguições religiosas que se espalhavam por toda a França, Nicolau Durand de Villegaignon demonstrou vivo interesse em se transferir às possessões portuguesas no Novo Mundo, e, aqui, fundar a França Antártica. Apoiado por Coligny, veio à frente de uma considerável leva de protestantes, conhecidos na Europa como huguenotes. Consigo, vieram também várias famílias católicas e alguns condenados. Vê-se, pois, que o objetivo desta cruzada não era primordialmente abrir uma frente missionária e, sim, estabelecer uma colônia francesa. 

Villegaignon chegou à Guanabara em 1555, instalando-se na ilha de Serigipe que, mais tarde, receberia o seu nome. Dois anos depois, ancoravam em nossas águas os navios da segunda expedição, agora 15 apoiada, não somente por Coligny, como pelo próprio Calvino. Com a chegada desta expedição, realiza-se o primeiro culto evangélico em caráter oficial no Brasil. A data jamais seria esquecida: 10 de março de 1557.

Tivessem se aproveitado do enfraquecimento das instituições portuguesas, os franceses teriam se instalado definitivamente em nosso território. Haveriam de alterar a conformação política e geográfica da possessão lusitana, dando origem a novos estados independentes. Eis que entre eles, todavia, levanta-se alguém pronto a quebrar a harmonia até então reinante entre as várias facções da incipiente colônia: o próprio Villegaignon. Conhecido como o “Caim das Américas”, apostatou da fé e pôs-se a perseguir os huguenotes. Foi a partir desta insanidade que o projeto de se ter uma França nos trópicos começou a gorar, pois os calvinistas representavam dois terços dos habitantes do povoado, além de se constituírem no escol intelectual e moral da colônia.

Expulsos da ilha, viram-se os huguenotes obrigados a se instalarem num lugar conhecido por eles como Briqueterie, até que um navio aparecesse e os levasse à França. Enquanto isto, fizeram contato com os índios que os supriam de víveres. A angustiante espera durou até quatro de janeiro de 1558, quando aportou à Guanabara o navio Jacques, do Havre. Villegaignon, entretanto, não teve muita ventura em seus empreendimentos, pois a coroa portuguesa, apesar de debilitada, reuniu energias suficientes para desalojar os invasores da riquíssima colônia. Em 1567, o governador geral, Mem de Sá, restaura a soberania lusitana sobre todos os territórios dantes ocupados por Villegaignon. Nesta cruzada, contou com a inestimável ajuda de seu sobrinho, Estácio de Sá.

OS HOLANDESES

Mais felizes que os franceses, os flamengos deixaram a Holanda, que ascendia como uma das maiores potências do mundo, dispostos a fundar uma grande colônia em terras brasileiras. Sob a sábia e segura orientação do conde Maurício de Nassau, prosperam e atraem a simpatia de muitos portugueses, brasileiros e cristãos novos (judeus convertidos à força ao catolicismo). Esperavam estes achar nos holandeses um pouco mais de liberdade. No entanto, como mais tarde constatariam, a Companhia das Índias Ocidentais não viera para beneficiar ninguém, a não ser os financistas de Amsterdã. 

O empreendimento durou de 1630 a 1654. Durante este período, marcado por admiráveis progressos em diversas áreas, os protestantes ensaiam alguns avanços evangelísticos e missionários. Obreiros são enviados aos índios; visitadores saem a consolar os enfermos com a leitura da Bíblia e a confirmar os fracos na fé, e vários templos começam a funcionar em Recife. Aproveitando-se desta oportunidade, evangélicos franceses e ingleses também instalam-se na cidade que, mais tarde, viria a tornar-se capital de Pernambuco. Durante a ocupação holandesa, é elaborado um projeto para se traduzir as Sagradas Escrituras na “língua brasílica”. 

Com o término da gestão de Maurício de Nassau, porém, a empresa flamenga em terras brasileiras começa a entrar em declínio. Finalmente os invasores são derrotados e expulsos do Brasil. Na guerra contra os holandeses, atuaram o paraibano André Vidal de Negreiros, o português João Fernandes Vieira, o negro Henrique Dias e o índio Felipe Camarão.

O EVANGELHO QUE DEMOROU A CHEGAR 

A partir de então, muito pouco se pôde fazer pelas almas que, em nossos rincões, suspiravam pela Palavra de Deus. A situação só começaria a melhorar a partir de 1808, com a vinda da família real para o Brasil. Escoltados pelos ingleses, viram-se os príncipes lusitanos obrigados a cumprir determinadas cláusulas que os tornavam dependentes de Londres. Tiveram de acabar com as atividades do Santo Ofício em terras brasileiras, e não mais incomodar os súditos do Reino Unido em virtude da fé que estes professavam. Não vamos falar sobre as outras imposições que a Inglaterra colocou sobre Portugal, por não ser este o objetivo da presente obra. 

Pressionado pelos ingleses, Dom João VI expede a seguinte declaração: “Sua Alteza Real, o Príncipe Regente de Portugal declara e se obriga no seu próprio nome e no de seus herdeiros e sucessores 17 a que os vassalos de Sua Majestade Britânica residentes em seus Territórios e Domínios não serão perturbados, inquietados, perseguidos ou molestados por causa de sua Religião, mas, antes terão perfeita liberdade de consciência e licença para assistirem e celebrarem o serviço divino em honra do Todo-Poderoso Deus; quer seja dentro de suas casas particulares, quer nas particulares Igrejas e Capelas que Sua Alteza Real, agora e para sempre graciosamente lhes concede a permissão de edificarem e manterem dentro de seus domínios e conquistas, contanto que as sobreditas capelas sejam construídas de tal maneira que exteriormente se assemelhem a casas de habitação e também que o uso de sinos não lhes seja permitido”.

Sob o apanágio deste benevolente decreto, a Igreja Anglicana, bem como as demais denominações históricas, comissionam seus primeiros obreiros a trabalharem entre nós. Vêm os presbiterianos, congregacionais e batistas. E, no início deste século, já sem os empecilhos de uma religião oficial, eclode o movimento pentecostal no Pará e, em poucos anos, chega ao Rio Grande do Sul. O movimento pentecostal, trazido para cá pelos missionários suecos, Daniel Berg e Gunnar Vingren, representou um dos maiores fenômenos religiosos das últimas eras.

Extraído do livro História das Assembleias de Deus no Brasil, Emílio Conde, páginas 14 a 17.

Boa Aula!

Flavianne Vaz
Editora Responsável pela Revista Adolescentes Vencedores da CPAD.

Lição 10 - 4º Trimestre 2020 - Avivamento e a vida de Santidade - Juvenis.

 

Lição 10 - Avivamento e a vida de Santidade 

4º Trimestre de 2020

ESBOÇO DA LIÇÃO   
1. UMA VIDA DE SANTIDADE DISCERNE O MUNDANISMO.   
2. UM CHAMADO PARA SER SANTO.   
3. O COMPROMISSO PARA VIVER UMA VIDA SANTA NO MUNDO.

OBJETIVOS   
1. Explicar a tensão entre o Mundo e a Igreja;   
2. Mostrar o valor da santidade;   
3. Destacar o chamado a ser santo.

Querido (a) professor (a), estamos nos aproximando do final de um trimestre rico e abençoado. Procure fazer uma recapitulação das lições dadas até aqui e com base nelas, peça para que os alunos apontem quais são as principais características de um verdadeiro avivamento.

Nesta aula, especificamente, falaremos sobre a vida de santidade. Um tema muitas vezes considerado esquecido por esta geração. Mas tão crucial para um relacionamento com Deus e uma vida abundante nEle, como sempre o foi. Ouça a opinião de seus juvenis sobre o que pensam deste tema, o que significa, suas aplicações e exemplos práticos no dia-a-dia de alguém da idade deles, etc. Debata com eles a profundidade da santidade genuína, dizendo-lhes que muitos podem ter uma aparente conduta impecável, mas o coração reprovável diante do Senhor. Outros tantos podem enganar a homens e até a si mesmos, mas nunca o Todo-Poderoso. Em seguida, ore com a classe pedindo ao Senhor que nos ajude a sermos genuinamente santos e agradável aos seus olhos.

Uma bênção esquecida. Foi assim que um teólogo denominou a doutrina da santificação. Se considerarmos, porém, a crise que vem assolando igrejas, dantes tão poderosas, seremos obrigados a considerar a santificação, e consequentemente a integridade, não apenas esquecida, mas fatalmente negligenciada. Porque embora todos os crentes saibam que ser santo não é uma opção, mas uma imposição divina, muitos são os que se conformam com este século, e entregam-se à iniqüidade e à ignomínia.

Só um avivamento poderá arrancar-nos a este torpor espiritual, e guindarmos à posição a que fomos chamados como povo especial, íntegro e comprovadamente santo.

Repassemos a história dos avivamentos, e vejamos como se comportavam os filhos de Deus nesses períodos de visitações celestes. Tão logo sentiam o sopro do Espírito Santo, abandonavam suas práticas pecaminosas, deixavam os vícios e os maus costumes, e passavam a andar como Cristo andou. Haja vista o que aconteceu no País de Gales. Bordéis e cassinos eram fechados; os donos de bares e adegas, constrangidos pela Palavra de Deus, não mais vendiam bebidas alcoólicas. E os crentes demonstravam não somente por palavras, mas principalmente por obras, ser uma nação santa, sacerdotal e profética.

[...] A santificação não significa apenas estar separado do mundo. Pois não são poucos os crentes que, apesar de não viverem no mundo, permitem que o mundo neles viva. A santificação leva o homem a separar-se do mundo, separando-se integralmente para Deus. Tem a santificação, por conseguinte, dois lados: um negativo e outro positivo. Separar-se do mundo até que não é difícil. Assim agem aqueles monges do Tibet. Alienam-se de tudo até da própria vida, alienam-se. Entretanto, são incapazes de se entregarem a Deus.

Quanto ao segundo aspecto da santificação, somente o Espírito Santo pode operá-lo. Tratando do duplo aspecto desta tão sublime doutrina, afirmou Eleanor L. Doan: “A comunhão com um Deus santo produz a santidade entre os homens”. Portanto, quando alguém se entrega totalmente à santificação, conforme a Bíblia no-lo requer, sua influência torna-se indisfarçável.

1. O que é a santificação. Assim podemos defini-la: “Separação do mal e do pecado, e dedicação ao serviço do Reino de Deus. É a forma pela qual o filho de Deus aperfeiçoa-se à semelhança do Pai Celeste” (Dicionário Teológico da CPAD). Isto significa que, de acordo com Emery H. Bancroft, “a santidade de Deus se manifesta em seu ódio contra o pecado e em seu deleite na retidão, e na separação entre ele e os que vivem no pecado”. (ANDRADE, Claudionor de. Fundamentos Bíblicos de um Autêntico Avivamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, pp. 87-89).

O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula!

Paula Renata Santos
Editora Responsável da Revista Juvenis

Lição 10 - 4º Trimestre 2020 - A Última Defesa de Jó - Adultos.

 

Lição 10 - A Última Defesa de Jó 

4º Trimestre de 2020

ESBOÇO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
I – JÓ RELEMBRA O SEU PASSADO DE GLÓRIA
II – JÓ LAMENTA O SEU ESTADO PRESENTE
III – O FUTURO EM ABERTO DE JÓ 
CONCLUSÃO

OBJETIVO GERAL
Mostrar que Jó, profundamente afetado pelo sofrimento, recorda nostalgicamente do seu passado de glória.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
I – Mostrar que Jó lembra os tempos passados quando era visto e reconhecido socialmente por todos;
II – Contrastar o estado passado de Jó com o presente, quando se torna motivo de escárnio;
III – Elucidar a insistência de Jó na defesa de sua inocência.

PONTO CENTRAL
Conforme Deus fez no passado, Ele pode fazer algo novo.

Querido(a) professor (a), na lição do próximo domingo veremos que Jó faz um apanhado retrospectivo de sua vida. Ele percebe o quanto fora abençoado, mas que o momento presente contraria todo o seu passado e, assim, ele não vislumbra uma esperança no futuro. Quantos dos irmãos já não estiveram nesta situação? No passado já foram prósperos material e espiritualmente, receberam reconhecimento social e, de repente, viram suas vidas serem reduzidas àquilo que chamamos de “nada”? Jó é um exemplo para aqueles que estão nessa espiral, com o sentimento de que o fundo do poço é o seu fim, e neste momento exclamam: “Ah! Quem me dera um que me ouvisse!”. Esse desespero da alma, essa dor interior, retrata bem aqueles que estão caindo em depressão, com o seu corpo doente e sua alma ferida. Mas Deus não vai deixar que o servo dEle permaneça assim.

Creia que, o fundo do poço é um lugar onde Deus está mais junto de seus filhos e por isso, não será o seu fim, mas o início de um novo começo de Deus para a sua vida! Não perca as suas esperanças naquilo que Deus verdadeiramente prometeu que lhe faria! 

Vejamos o que o comentarista da lição discorre sobre A Última Defesa de Jó:

Um Olhar em três Direções

Por José Gonçalves

“O longo debate entre Jó e os seus amigos terminou com um primoroso discurso de Jó sobre a sabedoria (Jó 28). Um novo ciclo está para ter início. Todavia, antes que Eliú entre em cena (cap. 32), Jó faz a sua última defesa em prol da sua inocência. Os capítulos 29–31 apresentam esse solilóquio de Jó como composto de três partes: (1) um olhar para o passado; (2) uma reflexão do seu estado presente; e (3) um olhar para um futuro que ainda se mostra aberto e incerto. 

Schonberg (2011, p. 148) destaca:

O grande discurso conclusivo de Jó articula-se em três partes. A perspectiva condutora parece ser a sucessão cronológica de passado – presente – futuro: em primeiro lugar, ele lança um olhar retrospectivo para um passado abençoado, para os dias de seus primeiros anos, quando a amizade de Deus pairava sobre sua tenda (29). A seguir, volta o olhar para o seu horrendo presente, quando seu interior ferve, seus ossos ardem em febre (30). E, por fim, dirige seu olhar para frente, para um futuro aberto e incerto (31): existe alguém que o escuta (31.35)? Jó desafia o Todo-Poderoso a uma resposta (31.35-40). Seu grande discurso conclusivo acaba aqui. Por isso é que é chamado também de “o discurso de desafio” de Jó.

A patrística (Odem, 2010) não via nas palavras de Jó (29–31) uma mera lamentação nostálgica do seu anterior estado de glória que não mais existia agora, mas uma prova da sua piedade, que ainda conseguia enxergar a divina providência (Crisóstomo). Ela também via como uma exortação à benevolência e à bondade (Gregório) e como uma prova definitiva da integridade de Jó (Crisóstomo, Isodad, Juliano Arriano). Como era característica da exegese medieval, a patrística interpretava essa defesa de Jó por meio do método alegórico. Dessa forma, viam a expressão ‘portas da cidade’ como se referindo às boas ações, que são lembradas no céu (At 10.4), em contraste com ‘portas da morte’, que arrasta a alma para a destruição.

A Tensão do Estado Presente (30.1-15)

Mas agora se riem de mim os de menos idade do que eu, e cujos pais eu teria desdenhado de pôr com os cães do meu rebanho. De que também me serviria a força das suas mãos, força de homens cuja velhice esgotou-lhes o vigor? De míngua e fome se debilitaram; e recolhiam-se para os lugares secos, tenebrosos, assolados e desertos. Apanhavam malvas junto aos arbustos, e o seu mantimento eram raízes dos zimbros. Do meio dos homens eram expulsos (gritava-se contra eles como contra um ladrão), para habitarem nos barrancos dos vales e nas cavernas da terra e das rochas. Bramavam entre os arbustos e ajuntavam-se debaixo das urtigas. Eram filhos de doidos e filhos de gente sem nome e da terra eram expulsos. Mas agora sou a sua canção e lhes sirvo de provérbio. Abominam-me, e fogem para longe de mim, e no meu rosto não se privam de cuspir. Porque Deus desatou a sua corda e me oprimiu; pelo que sacudiram de si o freio perante o meu rosto. À direita se levantam os moços; empurram os meus pés e preparam contra mim os seus caminhos de destruição. Desbaratam-me o meu caminho; promovem a minha miséria; uma gente que não tem nenhum ajudador. Vêm contra mim como por uma grande brecha e revolvem-se entre a assolação. Sobrevieram-me pavores; como vento perseguem a minha honra, e como nuvem passou a minha felicidade. 

Jó fizera um inventário do seu passado de glória e verificou que ficaram apenas boas lembranças dele. O seu estado atual era de miséria. A sua situação não era diferente de outros deserdados que não possuíam nem mesmo um lugar para ficar. Ele estava em conflito com todos. Até mesmo Deus, que deveria ficar ao seu lado, parecia opor-se a ele. Jó, embora combalido, deseja urgentemente sair daquela situação. Ele parece encontrar-se sem forças, mas não sem fé. Stadelmann (1997, p. 105) destaca que 

A atitude de Jó diante do sofrimento é a de busca da ajuda de Deus para poder sair do seu próprio isolamento e enfrentar a dura realidade da vida. Em face dos sofrimentos físicos e morais, ele não se encara como vítima de misteriosa potência maléfica ou do capricho do destino, mas reafirma a existência de um Deus único, Senhor do mundo e da história, que intervém na vida humana. Desta concepção religiosa decorre a confiança na presença de Deus, que ajuda o enfermo na provação do sofrimento, ao passo que a ausência de Deus é a causa de decepção e amargura (vv. 20-31). 

Dor Interior (30.16-23)

Há autores (Schonberger, 2011) que destacam que, nesse ponto, Jó contempla o seu estado não mais à luz da sua situação exterior — a sociedade rigidamente hierarquizada —, mas, sim, a partir da sua dor corporal e espiritual. Nesse aspecto, o seu interior está em ruínas (30.16). A cada dia, a sua situação física piora cada vez mais. A poesia em Jó 30.16-23 retrata com letras vívidas essa realidade. Veja: 

E agora derrama-se em mim a minha alma; os dias da aflição se apoderaram de mim. De noite, se me traspassam os meus ossos, e o mal que me corrói não descansa. Pela grande força do meu mal se demudou a minha veste, que, como a gola da minha túnica, me cinge. Lançou-me na lama, e fiquei semelhante ao pó e à cinza. Clamo a ti, mas tu não me respondes; estou em pé, mas para mim não atentas. Tornaste-te cruel contra mim; com a força da tua mão resistes violentamente. Levantas-me sobre o vento, fazes-me cavalgar sobre ele e derretes-me o ser. Porque eu sei que me levarás à morte e à casa do ajuntamento destinada a todos os viventes.

Clamo a ti, mas tu não me respondes; estou em pé, mas para mim não atentas’ (30.20). Sem dúvida, Jó sente-se atingido por conflitos de natureza psicossomática. Ele nada sabe dos bastidores da sua prova e nada sabe sobre as causas secundárias da sua tentação. Na sua mente, era Deus quem estava opondo-se a ele (vv. 18-19; 20-23). Não é difícil entender o dilema de Jó de fora do livro. 

Schonberger (2011, p. 155) destaca: 

Quando Deus, em razão de um desígnio elevado (alto concílio), não inteligível pelos seres humanos, não houve os pedidos de seus santos, eles parecem ser desprezados e rejeitados por Deus. Na realidade, porém, opera-se neles uma transformação. Eles parecem perder, mas na verdade ganham. Cresce o anseio (desiderium) deles; a partir do desejo, cresce o conhecimento (intellectus), deste brota um amor ainda mais ardente por Deus (in Deum ardetior affectus apeitur). 

Corpo Doente, Alma Ferida (30.24-31)

Mas não estenderás a mão para um montão de terra, se houver clamor nele na sua desventura? Porventura, não chorei sobre aquele que estava aflito, ou não se angustiou a minha alma pelo necessitado? Todavia, aguardando eu o bem, eis que me veio o mal; e, esperando eu a luz, veio a escuridão. O meu íntimo ferve e não está quieto; os dias da aflição me surpreenderam. Denegrido ando, mas não do sol; levantando-me na congregação, clamo por socorro. Irmão me fiz dos dragões, e companheiro dos avestruzes. Enegreceu-se a minha pele sobre mim, e os meus ossos estão queimados do calor. Pelo que se tornou a minha harpa em lamentação, e a minha flauta, em voz dos que choram.

Os versículos 24 a 31 do capítulo 30 terminam a segunda parte do grande discurso da defesa de Jó. Como havia feito no capítulo 29, Jó traz novamente à tona reflexões do seu passado de glória e o seu atual estado de miséria. Na sua retrospectiva teológica, Jó lembra que se compadecera dos sofredores e, por isso, estendera-lhes a mão. A sua motivação fora correta, de ordem interior, reflexo do seu caráter justo. Todavia, foram a ‘desgraça’ e a ‘escuridão’ que lhe sobreveio (v. 26). Não havia alívio para ele, mas somente ‘aflição’ (v. 27). Ele experimentou o desprezo por parte dos amigos e o silêncio por parte de Deus (vv. 19.13-20; 30.20). Jó sente o seu íntimo ferver (v. 27). Aqui alguns autores (Schonberger, 2011) destacam que é preciso levar-se em conta dois aspectos da provação de Jó: um lado exterior e outro interior. O seu corpo está em decomposição, consumido pela doença, e ele parece não mais alimentar esperança de ser curado (vv. 31,35). Por outro lado, o seu dilema interior, que procura uma resposta para o silêncio de Deus, continua vivo. ‘Eis que o meu intento é que o Todo-poderoso me responda [...]’.”  

Texto extraído da obra “A Fragilidade Humana e a Soberania Divina: O Sofrimento e a Restauração de Jó”.

Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

Verônica Araujo
Setor de Educação Cristã  

Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Adultos. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

quinta-feira, 26 de novembro de 2020

Lição 09 - 4º Trimestre 2020 - Louvo ao Papai do Céu com alegria - Berçário.

 

Lição 09 - Louvo ao Papai do Céu com alegria 

4º Trimestre de 2020

Objetivo da lição: Levar os alunos a entender que adoramos ao Senhor com alegria por tudo o que Ele é e faz por nós.

É hora do versículo: “Adorem o Senhor com alegria [...]” (Salmos 100.2).

Nesta lição, as crianças aprenderão que devemos adorar ao Senhor com alegria a fim de agradecer por tudo o que Ele é e faz por nós. Enumere com as crianças todas as bondades e todos os benefícios que recebemos gratuitamente do Papai do Céu e por isso somos alegres e agradecidos. O bebê ainda não se dá conta de todas essas dádivas, mas ele já demonstra a sua satisfação com um singelo sorriso. 

Como complemento para esta lição, após realizar todas as atividades propostas no manual do professor, e caso ainda haja tempo, sugerimos que distribua a imagem abaixo para as crianças circularem o rosto da criança que está sorrindo. Pergunte aos pequenos: Como está o rosto do bebê que louva o Papai do Céu com alegria?

licao9 bercario bebes

Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

Verônica Araujo
Editora da Revista Berçário

Lição 09 - 4º Trimestre 2020 - Jesus escolhe seus ajudantes - Maternal.

 

Lição 9 - Jesus escolhe seus ajudantes 

4º Trimestre de 2020 

Objetivo da lição: Conscientizar a criança de que ela pode e deve ser uma ajudante de Jesus. 

Para guardar no coração: “[...] Ele chamou os doze discípulos e os enviou dois a dois [...] " (Mc  6.7).

Seja bem-vindo

Pergunte: “Quem está alegre por ter vindo à Escola Dominical?” O Papai do Céu está alegre porque você veio aqui hoje. É tão bom fazer as coisas que o Papai do Céu gosta, porque Ele fica contente, e a gente também! Vamos louvar ao Papai do Céu com um cântico bem bonito? Cante adorando ao Senhor. 

Que tal preparar um novo recipiente para o recolhimento das ofertas? Pode ser uma caixinha, latinha, ou cestinha. Forre com papel glacê ou camurça, e cole uma figura de Jesus, que é o personagem central do trimestre. Incentive: Jesus sempre agradava ao Papai do Céu. Sabe de uma coisa que agrada ao Papai do Céu? É quando trazemos a nossa oferta à igreja. Deus fica contente quando damos dinheiro para ajudar a comprar coisas para a nossa Escola Dominical. Você trouxe a sua oferta hoje? 

Sugestão de oração

Faça a oração abaixo, pronunciando duas ou três palavras de cada vez, para que os alunos a repitam.‘Querido Papai do Céu, eu quero sempre agradar ao Senhor e ser seu ajudante. O Senhor é bom, e merece que eu faça tudo do jeito que o Senhor gosta. Em nome de Jesus, amém’ (Marta Doreto).

Subsídio professor

“Sabemos que a mente de uma criancinha desenvolve-se mais lentamente que o seu corpo. Mas não com tanta lentidão como se acreditava algumas décadas atrás. Nos últimos anos, cientistas e educadores descobriram que a mente da criança desenvolve-se bem mais rápido do que se pensava, e foram criados programas de ensino pré-escolar, que proporcionam à criança oportunidades de uma melhor expansão da capacidade mental.

Conhecedores deste fato, e observando os pequeninos em classes da Escola Dominical, concluímos que mesmo os de 3 e 4 anos, possuem habilidade mental suficiente para compreender e absorver grandes verdades espirituais. Embora alguns conceitos doutrinários possam parecer vagos e difíceis, os alunos do maternal poderão absorvê-los se forem repetidos várias vezes. Por exemplo: Se todos os domingos, ao mostrar o cartaz da palavra-chave em forma de pomba, você repetir: O Espírito Santo veio sobre Jesus em forma de pomba. Jesus cura (liberta, ressuscita, etc, conforme a lição dada) pelo poder do Espírito Santo, elas acabarão compreendendo perfeitamente” (Marta Doreto).

Oficina de ideias

“Faça um cone de cartolina, e use-o como alto-falante. Deixe que as crianças anunciem no alto-falante que Jesus é o nosso Salvador. Aproveite a brincadeira para fixar o versículo: Quando uma criança anuncia as palavras, a classe toda grita a referência: Marcos  6.7.

Depois que todas tiverem a oportunidade de recitar no versículo no alto-falante, deixe quem brinquem com ele como quiserem, falando ou cantando” (Marta Doreto).

Até logo

Depois de repetir o versículo e o cântico do dia, encerre a aula com uma oração. Prepare as crianças para a saída. Quando os pais ou responsáveis forem buscar as crianças, recomende que, em casa, leiam a história bíblica de hoje para o(a) filho(a). Sugira que utilizem uma bíblia infantil. O texto bíblico da lição se encontra em Mateus 4.18-22. 

Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista de Maternal

Lição 09 - 4º Trimestre 2020 - O Amigo que Duvidava - Jd. Infância.

 

Lição 9 - O Amigo que Duvidava 

4º Trimestre de 2020

Objetivos: Os alunos deverão aprender que a fé é a certeza daquilo que não vemos, mas em Deus esperamos; e saber que quem é amigo de Jesus crê que Ele existe e mesmo sem vê-lo, sente em seu coração e percebe o cuidado dEle em sua vida. 

É hora do versículo: “A fé é a [...] prova das coisas que não podemos ver.” (Hb 11.1).

Nesta lição, as crianças aprenderão a respeito de acreditar em algo mesmo quando nossos olhos não estão vendo. Os discípulos, amigos de Jesus que o viram quando Ele já havia ressuscitado, contaram para Tomé esta novidade. Mas Tomé não acreditou. Ele só acreditaria quando ele mesmo visse com seus próprios olhos! E ainda hoje existem muitas pessoas assim! E são essas pessoas que continuam não acreditando que Jesus é o Filho de Deus, morreu na cruz para perdoar nossos pecados, ressuscitou e está no céu para onde um dia nós também iremos para morar para sempre com o Papai do Céu. Não precisamos ver essas coisas para acreditar nelas! Nunca duvide do amor do Papai do Céu por nós e do que Jesus foi capaz de fazer para a nossa salvação.

Após realizar todas as atividades propostas na revista do professor e caso haja tempo, imprima a folha abaixo com a imagem que retrata o momento em que Tomé finalmente vê Jesus ressuscitado, com a marca dos pregos em suas mãos. Esta atividade serve para finalizar a aula.

licao 9 tome jardim

Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

Verônica Araujo
Editora da Revista Jardim de Infância

Lição 09 - 4º Trimestre 2020 - A História da Pérola - Primários.

 

Lição 9 - A História da Pérola 

4º Trimestre de 2020

Objetivo: Que o aluno aprenda que conhecer Jesus é o mais importante.

Ponto central: Jesus é o maior bem que podemos ter.

Memória em ação: “Portanto ponham em primeiro lugar na sua vida o Reino de Deus e aquilo que Deus quer” (Mt 6.33).     

Querido (a) professor (a), a parábola de Jesus que apresentaremos aos Primários na próxima aula contém poucos versículos, mas com profundas lições.     

— O Reino do Céu é como um tesouro escondido num campo, que certo homem acha e esconde de novo. Fica tão feliz, que vende tudo o que tem, e depois volta, e compra o campo.     

— O Reino do Céu é também como um comerciante que anda procurando pérolas finas. Quando encontra uma pérola que é mesmo de grande valor, ele vai, vende tudo o que tem e compra a pérola” Mt 13.45,46 (NTLH).     

Estamos vivendo o auge do capitalismo e do consumismo em nossa sociedade. As pessoas usam o ato de comprar como um analgésico para suas dores e frustrações na alma; adquirem produtos caros na tentativa desesperada de mostrar, através de status, que possuem “valor”; substituem o tempo não dedicado aos filhos por presentes comprados para amenizar suas ausências. As crianças observam tudo isso, elas estão aprendendo a se comportar da mesma maneira no mundo. Desde a tenra idade começam a cobiçar, desejar, tentar compensar suas frustrações, dificuldades, falta de valor pessoal, baixa autoestima com posses, brinquedos e até comida. Por isso, é crucial aproveitar a aula de hoje para promover um bate-papo com eles sobre isso.   

Antes de começar a apresentar a história, sente-se com eles em círculo e pergunte: “Alguém sabe a diferença entre preço e valor?” Deixem que falem livremente e vá os estimulando a participarem, atenta ao que cada um diz. Em seguida, dê alguns exemplos, com base no que eles gostam: “Um celular tem preço ou valor”? “Ter um amigo verdadeiro tem preço ou valor?” Dê outros exemplos com base no que você conhece sobre cada aluno, não se esquecendo de contrapor, pontuando valores do Reino: “Deixar Jesus feliz”, etc.     

Conclua este momento enfatizando que tudo aquilo que é realmente importante nenhum dinheiro no mundo pode comprar. E o presente mais especial e caro de todos é um lugar no Céu, isto é, a salvação.     

Explique para a classe: “Jesus sabia que para entrar no Reino de Deus era preciso ser 100% perfeito, nunca cometer nem um errinho, se quer (não fazer maucriação, não brigar com nenhum coleguinha...). Ele sabia que nós não conseguiríamos. Então, se ofereceu para pagar com seu sangue na cruz por cada erro que nós cometeríamos. Ele sofreu e morreu por nós, para nos dar a vida eterna. Mas ressuscitou e subiu aos Céus, está com Deus Pai nos preparando um lugar. Que presente maravilhoso, não é mesmo?! Vamos agradecer a Jesus pelo presente mais valioso de todos os tempos?”     

Ore com as crianças em gratidão pela salvação e pedindo ao Senhor que livre cada coração das ilusões materiais deste mundo, que cada primário sempre coloque o Reino de Deus em primeiro lugar, e todas as demais coisas serão acrescentadas.       

O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula.

Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Primários da CPAD 

Lição 09 - 4º Trimestre 2020 - Jefté, rejeitado por seus irmãos e honrado por Deus - Juniores.

 

Lição 9 - Jefté, rejeitado por seus irmãos e honrado por Deus 

4º Trimestre de 2020

Texto bíblico: Juízes 11.1-33.

Prezado(a) professor(a),

Na lição desta semana seus alunos estudarão a vida de um personagem que enfrentou o preconceito devido à sua história de vida. Mas Deus, que surpreende a lógica humana, tratou de escolher justamente a Jefté para livrar o povo da opressão imposta pelos amonitas. O Senhor ama o seu povo de forma singular e não aceita que nenhum de seus servos fique envergonhado. Jefté teve que superar seus temores, a rejeição dos irmãos e o sofrimento distante da família, caso contrário, não teria condições de ser o instrumento usado para cumprir a missão designada pelo Senhor. A sua confiança em Deus e a coragem foram primordiais para que alcançasse a honra das mãos do Senhor e se tornasse o líder do seu povo naquela ocasião. A aula de hoje é fundamental para que seus alunos sejam estimulados a respeitar o próximo e a compreender que Deus é quem nos fortalece diante das adversidades. 

A. O Senhor ama o seu povo de maneira singular. A Palavra de Deus é clara ao revelar o amor singular de Deus pelo seu povo. Em toda a história bíblica é notável o cuidado de Deus com Israel desde quando prometeu a Abraão que através dele levantaria uma grande nação que seria peregrina na terra do Egito, porém sairia e encontraria a Terra Prometida (cf. Gn 12; 15.13,14). Foram muitas as adversidades, porém o Senhor não abandonou o seu povo. Ele operou muitas maravilhas a fim de que os hebreus o louvassem com integridade de coração e reconhecessem que não há outro Deus além dEle nem jamais haverá. O Senhor garantiu ao seu povo que deixaria os seus inimigos envergonhados e confundidos (cf. Is 41.11-13). Da mesma maneira, Jesus, o Filho de Deus, prometeu que estaria com seus discípulos até a consumação dos séculos (Mt 28.20). A presença de Deus é a garantia de que nunca estaremos sozinhos na realização da sua obra e, portanto, devemos sempre depender da sua ajuda em qualquer decisão (cf. Sl 50.15).

B. Superando temores. Jefté teve que enfrentar os traumas ocasionados pela rejeição de seus próprios irmãos. Por conta disso, ele teve de fugir e morar em uma terra distante da família, em Tobe (Jz 11.3). Além disso, teve que conviver na presença de homens levianos, isto é, pessoas desonestas e de mau comportamento. Mesmo assim, a história revela que Jefté não se corrompeu, antes permaneceu firme nos caminhos do Senhor. Tanto que na ocasião em que os amonitas faziam guerra contra Israel, Jefté foi procurado pelos líderes de Gileade para liderar o povo na guerra. Deus observou que o seu servo permaneceu fiel mesmo após sofrer todas aquelas injustiças, e permitiu que surgissem situações adversas para exaltar seu filho. A história de Jefté serve de referência para que os seus alunos não percam o ânimo em fazer a vontade de Deus, ainda que para isso tenham que enfrentar a objeção de pessoas mais próximas.

C. A confiança e coragem de Jefté. Apesar de sofrer tantas injustiças e passar por várias adversidades, Jefté possuía características fundamentais que colaboraram no êxito do seu chamado para vencer os amonitas e se tornar o libertador do povo de Deus. A Bíblia relata que Jefté era um homem “valente e valoroso” (cf. Jz 11.1). Tais características somadas à confiança que tinha em Deus foram fundamentais para o sucesso da missão. A confiança em Deus em tempos de crise é primordial para alcançar vitórias. Paulo admoesta Timóteo de que o Senhor “não nos torna medrosos; pelo contrário, o Espírito nos enche de poder e de amor e nos torna prudentes” (cf. 2 Tm 1.7). Esta é uma oportunidade que seus alunos terão de aprender que não devem temer a adversidade, pois é Deus quem nos sustenta e nos faz vencer.

Aproveite a lição de hoje e reforce aos seus alunos que eles devem se mostrar corajosos. Toda vez que tiverem de enfrentar algum problema, devem clamar ao nome do Senhor com confiança, crendo que Ele providenciará o livramento. A confiança coadunada com a coragem demonstrada por seus alunos resultará no sucesso de qualquer coisa que eles realizarem para Deus. Você pode sugerir que seus alunos façam um desenho que represente o que mais têm medo. O desenho será importante para que expressem no papel seus temores de modo que possam aprender a superá-los. No verso, peça que escrevam o versículo: “O SENHOR Deus é a minha luz e a minha salvação; de quem terei medo? O SENHOR me livra de todo perigo; não ficarei com medo de ninguém” (Sl 27.1).

Tenha uma excelente aula! 

Lição 09 - 4º Trimestre 2020 - A Ressurreição de Lázaro - Pré Adolescentes.

 

Lição 9 - A Ressurreição de Lázaro 

4º Trimestre de 2020

A lição de hoje encontra-se em: João 11.17-45.

Olá prezado(a) professor(a),

Na lição desta semana seus alunos aprenderão com o episódio da morte de Lázaro, registrado no evangelho de João (11.1-45), que Jesus manifestou um sentimento muito escasso nos dias atuais: a empatia. Jesus se colocou no lugar de Marta e Maria e compartilhou da dor desta família que, diga-se de passagem, era muito unida. O Mestre não considerou um desrespeito a expressão das irmãs quando disseram que se o Senhor estivesse ali, Lázaro não teria morrido (cf. Jo 11.21,32), mas compreendeu perfeitamente que aquele era um momento sofrimento e tristeza. Jesus nos convida a demonstrar empatia pelas pessoas, mais do que isso, manifestar a misericórdia, pois esta nos leva a agir em favor dos que precisam ser acolhidos (cf. Mt 5.7).

a. Jesus manifestou empatia. Embora tivesse a certeza de que estava fazendo perfeitamente a vontade do Pai quando permaneceu mais dois dias na Pereia, Jesus partilhou da dor de Marta e Maria. A demonstração de empatia ocorre pela identificação sincera de uma pessoa com o sofrimento de outra. É entender as razões pelas quais as lágrimas tomam o rosto de quem está sofrendo. Jesus compreendeu perfeitamente o sofrimento daquelas irmãs, não necessariamente por que era o Filho de Deus e sabia de todas as coisas. Antes, a empatia de Cristo é demonstrada no sentimento de amizade que partilhava com aquela família. João relata com clareza que Jesus amava seus amigos (cf. Jo 11.5). Isso revela pessoalidade e consideração sincera por aqueles que o recebiam prazerosamente em Betânia nas ocasiões em que o Mestre precisava de um lugar para repousar antes de dar continuidade à pregação do evangelho.

b. Jesus manifestou misericórdia. Outro sentimento notório no comportamento de Jesus é a misericórdia. Diferentemente da empatia, a misericórdia, mais do que a demonstração de presença e afeto, é a atitude daquele que se compadece da necessidade do outro. Jesus não apenas lamentou, chorou, compreendeu a dor de Marta e Maria, mas levantou-se e foi ao encontro do túmulo de Lázaro (vv. 33,34). O Mestre não sentiu pena pelo sofrimento que aquela família estava enfrentando, mas predispôs-se em ajudar. Evidentemente que a ressurreição de Lázaro não era algo que qualquer pessoa poderia fazer naquela ocasião, todavia o milagre serviu para revolver a alegria abundante àquela família, fortalecer a amizade e o amor entre os amigos e, acima de tudo, glorificar a Deus. Mais do que um sentimento, a misericórdia é um comportamento movido pelo amor ao próximo que sempre terá como finalidade a exaltação do nome do Senhor acima de todas as coisas. RICHARDS (2007, p. 227) endossa estes sentimentos ao discorrer sobre este milagre:

A história da ressurreição de Lázaro é extremamente encorajadora. Ela nos recorda de que Deus nos ama e tem um bom objetivo mesmo quando Ele nos permite sofrer. Ela nos recorda de que Jesus não está limitado em sua capacidade de agir por nós hoje. E nos assegura de que estaremos sempre seguros naquele que triunfa sobre a morte.

A partir destas considerações é possível compreender que tais expressões como a empatia e a misericórdia encontram-se cada vez mais escassas na humanidade. A banalização da violência, o aumento da descrença, do pecado, o esfriamento do amor e a dissolução das relações revelam que estamos vivendo os últimos dias (cf. 2 Tm 3.1-5). Compartilhe desta verdade com seus alunos e mostre que a ausência desses sentimentos entre os crentes é preocupante. Entender que o mundo jaz no maligno é plausível, visto que as pessoas sem Deus não têm vida, mas aceitar que tais comportamentos dominem a vida daqueles que se dizem serem herdeiros da herança celestial é inaceitável.

Considerando a amizade que Jesus nutria com Lázaro e suas irmãs, organize a brincadeira do “amigo secreto” com seus alunos. Você pode organizar com antecedência e pedir que cada aluno leve um chocolate para participar da atividade. Se não for possível, compre um pacote de bombons e distribua uma quantidade para cada aluno participar da brincadeira. Escreva os nomes dos alunos em uma pequena tira de papel e peça para cada aluno “tirar o seu amigo secreto”. Ressalte a importância de valorizarmos nossas amizades.

Tenha uma excelente aula!

Lição 09 - 4º Trimestre 2020 - Os dois grandes despertamentos - Adolescentes.

 

Lição 9 - Os dois grandes despertamentos 

4º Trimestre de 2020

TEXTO BÍBLICO: 1 Tessalonicenses 5.16-19   

DESTAQUE: “Não atrapalhem a ação do Espírito Santo.” (1 Tessalonicenses 5.19)   

OBJETIVOS:
Realçar a importância de um avivamento para a vida e o crescimento da Igreja;
Incentivar a buscar a Deus como os grandes homens que Deus levantou nesse período da História;
Enfatizar os princípios fundamentais para que o avivamento espiritual seja uma realidade na vida do cristão, em particular, e das igrejas como um todo.  

Querido (a) professor (a), na próxima aula estudaremos em classe os avivamentos ocorridos na América do Norte, no fim do século XVIII. Os impactos destes despertamentos espirituais atravessaram as paredes dos templos, cruzaram as fronteiras de estados, etnias, classes econômica, social e até mesmo as barreiras do tempo, repercutindo por séculos a fio. Além de corroborarem na esfera espiritual, impulsionando a criação de organizações dedicadas a difundir o Evangelho de Salvação mundo a fora; também influenciaram positivamente em importantes questões humanitárias mundiais, tais como: a abolição da escravatura, o avanço nos Direitos Humanos, combate ao abuso de álcool, etc. Como ocorria na Igreja retratada em Atos dos Apóstolos, os crentes “salgavam”, isto é, mudavam a realidade no qual estavam inseridos, impactavam o mundo. Quando isto não acontecer, algo precisa ser urgentemente revisto (Mt 5.13).

Debata esta questão com seus alunos. O que podem fazer, individual e coletivamente, para influenciar, mudar a realidade de violência, corrupção, vícios, etc. presentes na sociedade o qual estão inseridos, como Igreja de Cristo? Deixe que se expressem e cada um opine livremente. Peça que algum voluntário anote as sugestões consensuais e quem sabe organizem juntos um cronograma de oração e ação, colocando-as em prática.

Charles Finney, um dos maiores teólogos de todos os tempos, descreve uma igreja que, desesperadamente, precisa de um avivamento. Ele, que foi usado por Deus não somente para fazer teologia, mas também para incendiar a América com um poderoso despertar, sabia muito bem que o verdadeiro avivamento demanda uma vida santa, pura e íntegra:

‘Quando existe falta de amor fraternal e confiança entre os crentes, faz-se necessário um reavivamento. Há nesse momento, um forte clamor para que Deus reavive a sua obra. Espere por um reavivamento quando existirem dissensões, ciúmes e rumores maldosos entre os crentes. Essas coisas mostram que os cristãos se afastaram de Deus e que é hora de pensar seriamente em um reavivamento.O reavivamento é necessário quando há um espírito mundano na igreja. Ela se afunda num estado de apostasia quando se vêem os cristãos conformes com o mundo em vestimenta, festas, buscas de diversões mundanas e leitura de romances imorais.Quando a igreja encontrar seus membros caindo em pecados escandalosos e indecentes é tempo de despertar e clamar a Deus por um reavivamento’.

Tais palavras não parecem ter sido escritas para os dias de hoje? 

Fonte: (ANDRADE, Claudionor de. Fundamentos Bíblicos de um Autêntico Avivamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p.91)

quarta-feira, 25 de novembro de 2020

Lição 09 - 4º Trimestre 2020 - O Contínuo Avivamento para a Igreja de Cristo - Juvenis.

 

Lição 9 - O Contínuo Avivamento para a Igreja de Cristo 

4º Trimestre de 2020

ESBOÇO DA LIÇÃO   
1. O CONTÍNUO AVIVAMENTO MOLDA O NOSSO CARÁTER;   
2. O CONTÍNUO AVIVAMENTO TORNA-NOS INCONFORMADOS COM O MUNDO;   
3. UM CONTÍNUO AVIVAMENTO É UM TEMPO DE RENOVAÇÃO, MAS TAMBÉM DE DISCERNIMENTO ESPIRITUAL;

OBJETIVOS
1. Apresentar
 a necessidade de viver conforme o caráter de Cristo;    
2. Destacar uma vida inconformada com o mundo;   
3. Estimular um tempo de renovação espiritual.

Querido (a) professor (a), em um momento histórico de tamanho hedonismo e inversão de valores é primordial pregar o retorno ao Evangelho, à prática das primeiras obras, ao caráter e ações diárias de Cristo. Nesta próxima aula abordaremos este assunto. Já que um genuíno avivamento requer o retorno à prática das Sagradas Escrituras, com zelo e fervor. E isto implica em uma vida de santidade, oração e boas obras de amor ao próximo. Ao andar na contramão do caráter mundano, com esse amor transbordante de Cristo, vamos ganhando a muitos para Jesus.

Sugerimos que ao final da lição, você leia e discuta com sua classe a passagem bíblica abaixo:

“E sede cumpridores da palavra, e não somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmos. Porque, se alguém é ouvinte da palavra, e não cumpridor, é semelhante ao homem que contempla ao espelho o seu rosto natural; Porque se contempla a si mesmo, e vai-se, e logo se esquece de como era. Aquele, porém, que atenta bem para a lei perfeita da liberdade, e nisso persevera, não sendo ouvinte esquecido, mas fazedor da obra, este tal será bem-aventurado no seu feito.

Se alguém entre vós cuida ser religioso, e não refreia a sua língua, antes engana o seu coração, a religião desse é vã. A religião pura e imaculada para com Deus e Pai, é esta: Visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, e guardar-se da corrupção do mundo”. (Tiago 1.22-27).

Frise junto à turma que nesta passagem Paulo anuncia um elemento crucial para a felicidade, para a bem-aventurança, liberdade e para ser bem-sucedido no quer que faça. Pergunte à classe qual seria esse elemento; qual a verdadeira religião para Deus, etc. Deixe que comentem e se expressem livremente acerca desta passagem. Ao final pergunte quem deseja se comprometer a sair da igreja hoje com este foco – de não ser apenas um religioso, um tolo ouvinte da Palavra.

Sejamos bem claros. A Bíblia não é acidental no que tange a avivamento. Sendo a Palavra eterna de Deus, ela é a autoridade objetiva em tudo quanto cremos e praticamos. Não fosse sua verdade imutável, os padrões de justiça e santidade acabariam degenerado em pouco mais que caprichos de opinião pública. Até nosso conhecimento de Cristo, a Palavra viva de Deus estaria perdida em confusão e incertezas, não fosse o testemunho firme das Escrituras. A Bíblia, e somente a Bíblia, é a nossa base para determinar aquilo em que devemos crer. Ela é o instrumento de toda bênção divina, o meio pelo qual o Espírito Santo ministra a graça de Deus aos nossos corações sedentos.

A submissão à autoridade de Bíblia é a primeira condição para o avivamento. Deus nos enviou a sua Palavra. Diante dEle, todo joelho deve dobrar-se (Is 45.23). Quando Deus fala, temos de ouvir. Não nos cabe mudar ou desconsiderar a mensagem. Nem somos chamados para defender o que Deus diz. A Bíblia não está sendo julgada; nós estamos. Nosso dever é apenas crer e obedecer (COLEMAN, Robert. A Chegada do Avivamento Mundial. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p. 39)

O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula!

Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Juvenis da CPAD