segunda-feira, 11 de janeiro de 2021

Lição 02 - 1º Trimestre 2021 - Abraão: A vida de oração de um homem de fé - Jovens.

 

Lição 2 - Abraão: A vida de oração de um homem de fé 

1º Trimestre de 2021

Para ajudá-lo(a) na sua reflexão, e na preparação do seu plano de aula, leia o subsídio de autoria do pastor Marcos Tedesco, comentarista do trimestre:Para ajudá-lo(a) na sua reflexão, e na preparação do seu plano de aula, leia o subsídio de autoria do pastor Marcos Tedesco, comentarista do trimestre:

INTRODUÇÃO

Abraão é conhecido por todos nós como o pai da fé e tornou-se uma referência a todos os que creem (Rm 4.11). Através da vida desse patriarca, Deus nos ensina grandes lições a respeito da fé, da confiança, da submissão e da disponibilidade de se deixar conduzir pela direção divina nos mais variados momentos. Originário de Ur na Caldeia, encontrava-se em uma sociedade profundamente pagã e voltada aos cultos tribais oferecidos às mais diversas deidades. Era um tempo marcado pelo paganismo e por um modo de vida que desagradavam ao Senhor (Gn 18.20). Diante de uma ordem divina (Gn 12.1), pôs-se em uma longa jornada enfrentando muitas dificuldades (Gn 21.14), chegando ao extremo entre decidir se obedecia a Deus ou poupava a vida de seu filho (Gn 22.2). Sua fidelidade ao Criador foi decisiva e inspira-nos até os dias atuais. Em um momento-chave de sua vida, é avisado sobre o estado pecaminoso de Sodoma e Gomorra e de sua eminente destruição. Ló, sobrinho do patriarca, morava em Sodoma e corria grande risco. Tem início então uma das orações mais curiosas da Bíblia (Gn 18.22-33), na qual um homem falível questiona o Deus soberano. O comprometimento de Deus para com Abraão foi notável. Motyer1 destaca que o Senhor mostrou sua fidelidade ao manter suas promessas para com o patriarca, pois se lembrou de Abraão e tirou Ló do meio da destruição que cairia sobre as duas cidades. Abraão intercedeu e Deus se mostrou justo ao poupar a vida de Ló e de sua família. A cidade estava condenada, mas a justiça e a fidelidade do Pai para com o servo que clamava se fez presente.

A Oração nos Torna Pacientes, Longânimos 

A história de Abraão nos inspira até os dias atuais: a fidelidade a Deus, a forma como se deixava ser conduzido por Deus, a longanimidade, a vida de oração e o recebimento da promessa de que seria pai de uma grande nação. Em suma, se buscarmos relacionar, a lista será grande. Quando o assunto é “vida de oração”, podemos aprender muito com o exemplo do patriarca peregrino. Sob o comando de Deus, Abraão deixou uma região bastante ativa em Ur e foi em busca de uma terra desconhecida que seria mostrada por Deus. De protagonista, o patriarca deixou-se conduzir por Deus com fé, longanimidade e obediência. O resultado dessa opção é bem conhecido por todos nós — Israel tornou-se uma grande nação e foi o canal escolhido pelo Criador para nos ensinar acerca de como se daria o plano de redenção da humanidade.

Ansiosamente, buscamos as conquistas em nosso cotidiano. Todos querem colecionar vitórias e abraçar as proezas alcançadas. Em uma caminhada ou batalha, se queremos obter êxito, faz-se necessário olhar para o foco, para a linha de chegada, para o lugar onde poderemos celebrar o tão esperado “final feliz”. O que há de errado nisso? A princípio, nada. Porém, nossas histórias não podem ficar reféns apenas do sabor das linhas de chegada: o processo é também essencial e igualmente uma conquista. A conclusão das etapas e dos desafios impostos pelo cotidiano deve ser algo almejado por todos nós. Não é saudável deixar tudo pela metade e não almejar as vitórias em nossas vidas; isso seria bastante preocupante. Contudo é preciso enfatizar algo determinante para o sucesso: o processo, a caminhada, o crescimento. É no processo que amadurecemos, testamos nossas habilidades, deixamo-nos trabalhar e vemos o desenrolar das consequências de nossas ações. Um claro exemplo do aperfeiçoamento durante o processo podemos encontrar na própria narrativa do êxodo do povo de Israel. A forma como o povo era percebido no início da jornada era uma, já a realidade ao final da longa jornada era outra, bem distinta.  

Essa era a condição do povo no início da caminhada: fraco, reclamador e incrédulo da bondade, sabedoria e vontade de Deus. Passaram-se quarenta anos e, após um longo processo, a realidade era outra completamente diferente se atentarmos para a narrativa da tomada de Jericó e a impressão que os habitantes daquela cidade tinham acerca do povo de Israel (Js 1–6). Ao final do processo, os israelitas formavam um povo forte, confiante, com fé em Deus e certos da vitória. Na oração, esse princípio também é observado. É em nossa rotina diária de diálogos com Deus que vamos aprendendo a confiar, a abrir nosso coração, a interceder pelo próximo e, de modo sereno, buscar ouvir também o que o Pai amado tem a nos dizer. Podemos observar o quanto Abraão se permitia viver esse processo. Ainda em Ur, e posteriormente em Harã (Gn 11.33), o patriarca já tinha uma disciplina de oração. Imaginemos como deve ter sido o dia em que ele ouviu claramente a ordem divina: “Sai-te da tua terra [...] para a terra que eu te mostrarei” (Gn 12.1). Esse foi o início de um longo processo que levaria o velho patriarca a ser considerado o nosso “pai na fé”. Será que temos valorizado a nossa caminhada de fé? O quanto estamos desenvolvendo a prática da oração em nosso dia a dia? São momentos como esses que nos permitem buscar a maturidade espiritual tão necessária e almejada por todos nós (Sl 90.12; 2 Pe 3.18). 

Quando falamos em Abraão, logo somos remetidos ao fato de o patriarca ser conhecido como um homem com grande fé (Hb 11.8-19). Ele é para todos nós uma referência quando o assunto é “fé”, e um dos segredos para tamanha fé repousa em uma vida de oração. Foi na prática constante da oração que Abraão impulsionava seu relacionamento com Deus. Sem oração, não há diálogo, muito menos relacionamento com o Pai. A maneira como Deus falava com o patriarca era impressionante: no seu chamado para ir a uma terra desconhecida (Gn12.1), no momento da partilha das terras (Gn 13.14), no concerto (Gn 17), na intercessão pelos justos (Gn 18.26), na solicitação ao sacrifício de Isaque (Gn 22.2), entre tantos outros momentos, o Senhor simplesmente falava! Abraão era sensível à voz de Deus. Será que nós também buscamos essa condição para nossas vidas? São ocasiões de grande relevância, no entanto apenas se fazem possíveis quando se anseia por uma vida de oração, buscando a vontade divina nos grandes como também nos pequeninos momentos da vida. Normalmente, nós nos lembramos de Deus em momentos desafiadores e cruciais; em contrapartida, facilmente passamos o nosso dia tomando decisões corriqueiras e ficamos envoltos em uma rotina que simplesmente nos impede de dobrar os joelhos. As horas passam e, se não tivermos disciplina, vamos nos esquecendo de conversar com o nosso melhor Amigo. Esse é um dos grandes ensinamentos que podemos destacar na vida do nosso pai na fé: a busca em estabelecer uma caminhada diária e constante de oração ao nosso Deus.

A vida de Abraão foi marcada por diversos momentos em que a paciência e a longanimidade foram decisivas. Imagine quantos anos separaram as promessas de Deus e a concretização delas na vida do patriarca. Apontemos um exemplo: a promessa de que seria pai de uma grande nação (Gn 12.2) e a concretização apenas muitos anos mais tarde. Os significados de paciência e longanimidade se confundem muito e, por vezes, achamos tratar-se da mesma coisa. Entretanto, segundo o Dicionário Aurélio, são palavras distintas. Quando falamos em paciência, indicamos a qualidade de quem sabe esperar, a virtude que consiste em suportar dores e infortúnios com resignação. Já a longanimidade aponta para a prática da generosidade, da intrepidez e da capacidade de aguardar nobremente muito tempo sem perder a esperança. Em conformidade com vários autores, os dois conceitos têm grandes semelhanças e podem indicar um mesmo caminho. O comentarista da Bíblia de Estudo Pentecostal5 nos explica que a palavra “longanimidade” vem do grego makrothumia e significa perseverança, paciência e capacidade de ser tardio em irar-se. Já para Figueiredo (1991),6 longanimidade é a capacidade recebida pelo servo de Deus para suportar as tensões, os desafios e os problemas sem desistir, nem retroceder ou desesperar. Em um sentido bíblico do termo, encontraremos algo bem mais amplo: é o ato de tolerar as adversidades e perturbações em favor de alguém. Quando manifesta a longanimidade bíblica, seu ato representa uma bênção para com o próximo. A oração nos torna pacientes e longânimos em uma trajetória onde somente o nosso relacionamento com Deus permitirá esse amadurecimento. Aos poucos, aprenderemos a ouvir o “sim”, o “ainda não” e o “não”. Nossa natureza nos impele a querer tudo para o tempo presente, todavia Deus sabe a hora certa para todas as coisas. Permita-se, em uma vida de oração, viver um amadurecimento a fortalecer, entre tantas características, também a sua paciência e a longanimidade.

Abraão Intercede em Favor dos Moradores de Sodoma e Gomorra (Gn 18.23-33) 

Orar pelas pessoas que praticam o bem, são cordiais e possuem valores morais elevados é algo bem comum. Interceder por pessoas assim é algo que fazemos com regularidade e é muito importante. Contudo, nossas orações intercessoras precisam abraçar não só aqueles que fazem o que achamos bom; devem também contemplar todas as outras pessoas. A oração intercessora é também fruto do amor despertado por Deus em nosso coração. Enquanto igreja, somos chamados para fazer a diferença em um mundo que está caminhando em direção oposta aos propósitos do Criador. Muitas vezes, é mais fácil nos escondermos em nossos templos e evitar qualquer contato com as pessoas que entristecem a Deus. Todavia, essa não é a vontade do Pai. Cabe a nós, salvos em Cristo, sermos verdadeiros intercessores para que todos sejam alcançados e possam viver uma nova vida.

Interceder diante de Deus em favor daqueles que são justos e bons parece não ser uma tarefa tão difícil. Não obstante, orar em favor de homens maus e perversos não é nada fácil. É preciso ter amor, fé em Deus, obediência, temor, esperança de que o Senhor pode reverter toda e qualquer situação, por mais difícil que possa parecer; vemos que Abraão tinha todas essas qualidades. Os pecados cometidos pelos habitantes de Sodoma e Gomorra eram uma afronta à santidade de Deus. Os pecados eram tantos que já não havia mais limites para suas abominações. Diante dessa situação, muitos sofriam e estavam perdendo as esperanças de uma mudança de vida para aqueles homens. Abraão é levado a interceder por aquelas cidades e por quem lá habitava. Não importava se eles eram perversos, o patriarca sentiu a necessidade de buscar uma mudança em relação ao que viria a acontecer. Essa intercessão foi caracterizada como um momento ímpar: em um longo diálogo, uma sequência de pedidos mostrou como Abraão estava profundamente comovido pelo que estava prestes a acontecer.

O pecado em Sodoma e Gomorra havia alcançado os piores níveis, e tal condição nos lembra muito a que estamos vivendo na atualidade, pois a violência tomou conta das cidades, ou melhor, do mundo, e não importa a condição social ou política dos países. A vida humana parece ter perdido o valor e poucos são os que se importam com os altos índices de homicídios, de casos de pedofilia, de estupros, de violência doméstica e de tantos outros males. Para algumas pessoas, tudo não passa de dados estatísticos e muitos já não rogam a Deus em favor das cidades. Precisamos agir como intercessores, seguindo o exemplo de Abraão. 

Vivendo em meio ao pecado 

Nos tempos de Abraão, os homens já não mais estavam preocupados em seguir a Deus e seus preceitos. Como já vimos anteriormente, toda sorte de pecado reinava em muitas das cidades daquela região. A história bíblica nos mostra que Abraão fora chamado pelo Senhor para que deixasse sua cidade, Ur, e buscasse um lugar onde uma nova história seria escrita. Prontamente, a orientação divina foi atendida, porém, em pouco tempo, a região habitada por Ló estava imersa no pecado e a aplicação do juízo era apenas uma questão de tempo. Embora Abraão e Ló vivessem em meio a essas cidades ímpias, eles não deixaram se contaminar com o que lá havia. A comunhão mantida por ambos com Deus e a vida de oração que levavam os mantiveram a salvo das ameaças e dos pecados que os rodeavam. As cidades de Sodoma, onde Ló morava, e Gomorra estavam destinadas ao juízo por toda a perversidade de seus habitantes. No entanto, Deus, em sua infinita misericórdia, trouxe salvação aos justos. Deus é paciente e deve ter dado tempo para que as pessoas se arrependessem. Contudo, o dia do juízo do Deus santo chegou para aquelas cidades. Sabemos que Deus é justo e, um dia, nós vamos colher tudo aquilo que plantamos. As sementes espalhadas pelos habitantes daquelas cidades eram malignas, perversas, entretanto havia chegado a hora da colheita. Diante disso, Deus avisa a Abraão quanto à destruição que viria sobre os moradores das cidades de Sodoma e Gomorra. Diante da revelação do juízo de Deus, Abraão decide interceder em favor dos justos. Ele pergunta a Deus: “Destruirás também o justo com o ímpio?” (Gn 18.23). Abraão não estava tentando mudar a opinião de Deus, todavia vemos aqui a reflexão de um homem de fé, conhecedor da bondade e da justiça do Senhor. 

Vemos a atitude de um intercessor que se importava com o bem das pessoas, especialmente daquelas que buscavam servir ao Senhor. A compaixão e o amor são as características principais de um intercessor. Você tem demonstrado compaixão pelas pessoas que vivem em sua cidade? Tem rogado por elas como fez Abraão?  

O intercessor desenvolve um importante papel frente aos que estão imersos no pecado e sofrem as suas consequências. Conforme Cabral (2002),  aquele que intercede exerce um sacerdócio dado por Deus. Esse sacerdócio é percebido como uma obrigação sagrada e um privilégio em dirigir-se a Deus em favor dos que sofrem. Não importa quem sejam essas pessoas, Deus nos chama a interceder e a orar por elas. Ao olharmos a história vivida pelo patriarca, somos inspirados a ter o coração quebrantado para, com fé, orarmos pelos nossos próximos que carecem de intercessão. Sabemos que a humanidade, infelizmente, não consegue compreender o amor, a justiça e o juízo de Deus. Não obstante, o Senhor é justo, bom, paciente e pune o pecado. Até em seus julgamentos Deus é bom, pois Ele nos dá aquilo que semeamos. Cabe a nós, Corpo de Cristo, mostrarmos ao mundo quão justo, santo, agradável e amoroso é o Deus a quem servimos. Abraão nos ensina a interceder, com amor, bondade e persistência, por nossas cidades, pelos ímpios, por aqueles que zombam da nossa fé e da Igreja do Senhor, como também, por aqueles que são justos e bons. Muitas vezes, somos tentados a cair em uma armadilha bastante conhecida: o ato de julgar as pessoas e apontar apenas os defeitos, as incoerências e os erros delas. Essa prática é constantemente levada para o campo da oração, onde apenas apontamos essas falhas pedindo que as pessoas mudem. Mas é preciso ir além. Em nossas orações, devemos lembrar o quanto cada um é precioso para Deus e colocar o amor como eixo condutor dessa prática. Cada um de nós é salvo pela graça e pela misericórdia do Pai, e não porque fazemos coisas ou demonstramos competências. A salvação é um dom não merecido, porém nós a alcançamos pelo amor de Deus, manifesto no sacrifício de Jesus Cristo.

Se não fossem a graça e a misericórdia de Deus em nossas vidas, também seríamos alvo do juízo e da justiça do Senhor. Estaríamos perdidos, destinados à morte como os moradores de Sodoma e Gomorra. Por isso, vamos seguir o exemplo de vida de Abraão, fazendo da oração um estilo de vida.                                 

Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Jovens. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo. 

Lição 02 - 1º Trimestre 2021 - José, um Herói de Escravo a Governador - Primários.

 

Lição 2 - José, um Herói de Escravo a Governador 

1º Trimestre de 2021

Objetivo: Que o aluno compreenda que não deve desanimar diante das dificuldades, mas permanecer fiel a Deus.

Ponto central: Deus honra quem é fiel a Ele, mesmo em meio às dificuldades.

Memória em ação: “[...] Seja forte e corajoso! Não fique desanimado, nem tenha medo, porque eu, o Senhor, seu Deus, estarei com você [...]” (Js 1.9).

Querido (a) professor (a), quantas vezes ao longo da caminhada não passamos por situações tão difíceis, aparentemente intransponíveis, que chegamos a pensar que não iríamos suportar!? Lembre-se por uns momentos das fases mais árduas da sua trajetória, das suas maiores frustrações, derrotas, desertos áridos e tempestades violentas. Mas hoje você está aqui lendo essas linhas e só este fato já significa que não desistiu! Você é um milagre ambulante do Senhor! A Palavra dEle pregada em carne e osso. Por isso, não desanime! Assim como Ele te fez vencer todas essas coisas até aqui, continuará em muito mais além.

Deixamos para sua reflexão e devocional no preparo desta aula o hino 501 da nossa Harpa Cristã.

Vencendo Com o Bom Capitão

O que serve a Deus de coração, vence o mal;
Quem vencer terá um galardão eternal;
Ó não queiras mais desanimar, quando vier a provação;
Vencerá, quem puro conservar seu coração. 

Com todo o fervor, contra o tentador,
Vencerá então, co'o bom Capitão! 

Nada poderá a fé tirar, que dá Deus;
Pois seu povo sempre vai guiar para os céus;
Quem a Ele tudo confessar, nunca lutará em vão,Vencerá, quem puro conservar seu coração. 

Eis que as armas para combater vêm dos céus,
São as armas d'eficaz poder do bom Deus;
Com a espada pode pelejar e vencer a tentação,
Vencerá, quem puro conservar seu coração.

Deus honra quem é fiel a Ele, mesmo em meio às dificuldades. O maior desafio não é alcançar a vitória ou o sucesso segundo os padrões deste mundo, mas sim conservar PURO o seu coração, independente de qualquer pressão, dificuldade ou desdobramento dela.

O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula.

Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Primários da CPAD

Lição 02 - 1º Trimestre 2021 - A história do amigo de Deus - Berçário.

 

Lição 2 - A história do amigo de Deus 

1º Trimestre de 2021

 

Objetivo da lição: Levar a criança a reconhecer, através das atividades e exposições, Deus como o seu amigo.

É hora do versículo: “Abrão [...] partiu de Harã, como o Senhor havia ordenado” (Gênesis 12.4).

Nesta lição, as crianças aprenderão a história do homem que foi chamado "Amigo de Deus". Esse homem se chamava Abraão. Ele era muito obediente e fazia o que o Papai do Céu mandava e por isso sempre foi muito abençoado. A criança que obedece ao Papai do Céu, ao papai e à mamãe, também é mais feliz!  

Como complemento para esta lição, após realizar todas as atividades propostas no manual do professor, e caso ainda haja tempo, sugerimos que distribua uma folha com a imagem abaixo. Nela há o desenho de dois bebês: um chorando e outro feliz. Diga às crianças: "A criança que obedece ao Papai do Céu, ao papai e à mamãe, também é mais feliz!" Peça que circulem a criança feliz e risquem a criança triste. 

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Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

Verônica Araujo
Responsável da Revista Berçário

Lição 02 - 1º Trimestre 2021 - Sou do Papai do Céu - Maternal.

 

Lição 2 - Sou do Papai do Céu 

1º Trimestre de 2021

Objetivo da lição: Que a criança compreenda que pertencemos ao Papai do Céu. 

Para guardar no coração: “Antes, vocês não eram o povo de Deus, mas agora são o seu povo [...].” (1 Pe 2.10)

Seja bem-vindo 
“Chegue com antecedência à sala de aula para organizar as mesas e preparar o material, de modo que, quando os alunos chegarem, possam receber toda a sua atenção. Cante louvores ao Senhor e recolha as ofertas. Leve um bebê de brinquedo, uma manta e um cesto para a sala de aula e deixe em cima da mesa para despertar a atenção das crianças. Se perguntarem o que é, diga que logo explicará. Utilize os momentos iniciais para relembrar a aula passada. É importante repetir este procedimento no início de todas as aulas, a fim de dar continuidade ao que se aprendeu na aula anterior. Se necessário, mostre os visuais da aula anterior” (Fabiana Almeida).


Subsídio professor
“A criança de 3 e 4 anos é naturalmente curiosa, porque está “descobrindo o mundo”. E é por meio dos sentidos que ela toma conhecimento das coisas que a cercam, principalmente pela visão, que é muito ativa nesta fase. Por isto a sua aula deve ser rica em visuais – não apenas gravuras e objetos, mas também gesticulação, expressão facial e corporal do professor. Isto não significa, no entanto, que a criança contentar-se-á em ver as coisas que você leva para ilustrar a aula. Os demais sentidos também entram em ação, e ela tem necessidade de tocá-las, cheirá-las, levá-las à boca, experimentá-las. A caixa surpresa de hoje, por exemplo, explorará o sentido da visão, mas passada a surpresa, as crianças desejarão abrir a caixa e pegar a boneca. Não as proíba!

Procure ter um material resistente, que possa ser manuseado pelos alunos. Não se limite ao uso de figuras. Substitua-as, sempre que possível, por bonecos ou objetos que poderão ser tocados por eles” (Marta Doreto). 

Revista do aluno

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Até logo

Depois de repetir o versículo e o cântico do dia, encerre a aula com uma oração. Prepare as crianças para a saída. Quando os pais ou responsáveis forem buscar as crianças, recomende que, em casa, leiam a história bíblica de hoje para o(a) filho(a). Sugira que utilizem uma bíblia infantil. O texto bíblico da lição se encontra em Juízes 13.1-25. 

Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista de Maternal 

Lição 02 - 1º Trimestre 2021 - Na Casa do meu Amigo eu Louvo - Jd. Infância.

 

Lição 2 - Na Casa do meu Amigo eu Louvo 

1º Trimestre de 2021

 

Objetivos: Os alunos deverão entender que a igreja é o lugar de adorarmos o Papai do Céu; e saber se comportar na igreja. 

É hora do versículo: “Ó Senhor Deus, eu te louvarei com todo o coração [...].” (Sl 9.1).

Nesta lição, as crianças aprenderão, através da história da inauguração do Templo de Salomão, que a igreja é lugar de louvarmos a Deus. Através do louvor reconhecemos que o Papai do Céu é bom e nos ama.

Após realizar todas as atividades propostas na revista do professor e caso haja tempo, imprima a folha abaixo com a imagem do coração. Reforce o versículo do dia: “Ó Senhor Deus, eu te louvarei com todo o coração [...]” e por isso o nosso coração é feliz!Pergunte quem está com o coração feliz, mas tão feliz a ponto de cantar muito alto. Cante um corinho muito animado e de adoração a Deus. Distribua bolinhas de papel crepom de cores bem sortidas ou papel laminado vermelho picado para as crianças enfeitarem o coração bem bonito. Sugira que façam carinhas sorridentes no coração.

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Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

Verônica Araujo
Responsável pela Revista Jardim de Infância

Lição 02 - 1º Trimestre 2021 - Felizes os que confiam no Senhor - Juniores.

 

Lição 2 - Felizes os que confiam no Senhor 

1º Trimestre de 2021

Texto bíblico: Salmos 84.12; Mateus 6.25-34.

Prezado(a) professor(a),

Na lição desta semana seus alunos aprenderão que a confiança no Senhor é fundamental para lidar com a ansiedade. Estamos chegando à reta final do ano e neste período é natural que eles estejam ansiosos para concluir os estudos e iniciarem o período de férias. Fato é que a confiança em Deus é uma ferramenta poderosa para lidar com as preocupações da vida. Os discípulos vivenciaram dificuldades durante o período do ministério de Jesus que os deixaram muito ansiosos. Vez por outra, o Mestre os submetia a situações difíceis para testá-los ou mesmo para ensiná-los. Dentre as lições que Jesus ensinou estão o cuidado de Deus com relação às nossas necessidades materiais e a primazia do Reino de Deus na vida do crente (cf. Mt 6.19-34). O mesmo Deus que cuida da sua criação, espera receber a reverência e adoração devida ao seu nome. Ressaltar estes pontos em sala de aula é importante tendo em vista que o relacionamento com Deus é uma via de mão dupla. O Senhor almeja abençoar seus servos, mas também merece a consideração e fidelidade dos mesmos. Afinal de contas, não há outro Deus maior que o nosso Deus.

1. Deus supre as necessidades de seus servos. No Sermão da Montanha, Jesus ensinou várias verdades aos seus discípulos. Durante o exercício da pregação do evangelho, muitas preocupações surgiram na mente dos discípulos. Dentre as maiores preocupações estava aquela que diz respeito ao alimento e à vestimenta, necessidades básicas de sobrevivência para qualquer pessoa (cf. Mt 14.15,16; 6.31,32). Esta era uma dúvida que pairava sobre a mente dos discípulos: como iriam sobreviver apenas pela pregação do evangelho? Como poderiam acolher suas famílias e continuarem o serviço da pregação? Este era um projeto de Deus para a nova comunidade que surgiria futuramente: a igreja. Nela os discípulos de Jesus trabalhariam de maneira unificada e contribuiriam com o sustento um dos outros. Além disso, a obra ministerial seria sustentada pelos irmãos que tivessem condições de apoiar os missionários que estavam no campo (cf. At 2.44,45). De qualquer forma, era um chamado para viver pela fé, confiando na provisão do Senhor. Aproveite a ocasião para reforçar que Deus nos chama para ajudar no sustento da sua obra. Mostre com isso que as nossas ofertas devem ser doadas com amor tendo em vista o avanço do Reino de Deus.

2. A primazia do Reino de Deus na vida do crente. É importante enfatizar umas das principais lições que Jesus ensinou aos seus discípulos neste sermão. Buscar primeiramente o reino de Deus e a sua justiça deve ser prioridade de todo cristão (Mt 6.33). Por mais importantes que sejam as outras necessidades, dedicar atenção à causa do Reino é um compromisso que todos os discípulos de Jesus devem estar dispostos a assegurar. Os que querem fazer parte do Reino precisam entender que Deus deve assumir o primeiro lugar em suas vidas. Acontece que muitos buscam apenas receber suas bênçãos, quando na verdade, o que mais importa é ter comunhão com o Deus da bênção. Ensine seus alunos que o Senhor deseja abençoá-los, mas também observa o compromisso deles com a sua santa Palavra.

Confiar em Deus é um grande desafio, ainda mais para aqueles que ainda estão aprendendo a dar os primeiros passos na fé. Seus alunos, certamente estão nesta etapa de aprendizado, e é fundamental que entendam a realidade de modo honesto. Servir a Deus não é fácil e seus alunos devem encarar os fatos como eles realmente são. Viver pela fé é um grande desafio, pois importa ir à contramão do mundo, com suas vontades e oportunidades. Mostre que servir a Deus tem o seu lado prazeroso e recompensador. Os que servem a Deus com comprometimento não ficarão desamparados nem confundidos (cf. Sl 25.3).

Para reforçar a lição desta semana, sugerimos a seguinte atividade: utilize um pano para vendar os olhos de seus alunos. Divida a classe em duplas. Leve para a sala de aula pães, roupas, a Bíblia, frutas, doces e outras coisas materiais que você achar interessante utilizar. Cada dupla terá a sua oportunidade. Um dos alunos da dupla deverá ser vendado e conduzido apenas pela voz do seu amigo. Espalhe os objetos e alimentos sobre as mesas da sala. A regra é clara: o aluno ou aluna vendado não deve tocar nos bens materiais, apenas na Bíblia. Trace um percurso na sala e desenhe um círculo denominado Reino de Deus. A dupla que conseguir concluir o trajeto sem encostar-se nas mesas onde estão as coisas materiais, com exceção da Bíblia, vence a brincadeira. Ao final, distribua as frutas e doces para os alunos. Mostre com a atividade que aqueles que confiam em Deus e buscam o seu Reino em primeiro lugar recebem todas as coisas. 

Tenha uma boa aula!

Lição 02 - 1º Trimestre 2021 - O Convívio entre os irmãos - Pré Adolescentes.

 

Lição 2 - O Convívio entre os irmãos 

1º Trimestre de 2021

Texto bíblico: Salmos 133.1; Romanos 12.9,10.

Prezado(a) professor(a),

Na lição desta semana seus alunos estudarão a respeito da convivência entre irmãos. A Palavra de Deus trata esta temática desde o inicio da criação. Deus sempre quis que a harmonia reinasse na família, inclusive entre os irmãos. Infelizmente esta proposta não se concretizou devido à entrada do pecado no mundo (cf. Gn 3—4). Mesmo assim, o Senhor tornou a usar seus servos de tempo em tempo para exortar a respeito do amor ao próximo (cf. Is 58.6-8). Este ensinamento deve ser aplicado quanto ao amor entre os irmãos de uma mesma comunidade cristã, ou também com relação aos irmãos de sangue. Seja qual for o vínculo a convivência harmoniosa entre as pessoas faz parte do projeto de Deus para a humanidade.

Jesus ensinou um nível diferente de amor aos seus discípulos quando ainda estava com eles: “Eu lhes dou este novo mandamento: amem uns aos outros. Assim como eu os amei, amem também uns aos outros” (Jo 13.34). O apóstolo Paulo reforçou esta mesma mensagem aos cristãos de Roma: “Amem uns aos outros com o amor de irmãos em Cristo e se esforcem para tratar uns aos outros com respeito” (Rm 12.10). Tanto o Mestre quanto o apóstolo ensinaram não somente a respeito desse amor como também a qualidade com que os servos de Deus deveriam amar uns aos outros. Este é o maior testemunho que a igreja pode oferecer à sociedade a fim de alcançar os perdidos. Em um mundo onde prevalece o narcisismo e o egoísmo, somente o amor de Deus praticado pela igreja pode acolher os cansados e oprimidos, e trazer cura aos doentes. 

1. Um amor genuíno entre os irmãos. O amor ensinado, tanto por Jesus quanto pelo apóstolo Paulo, visava o bem-estar do próximo, seja no que diz respeito às suas necessidades materiais como também às espirituais. Esse amor envolve o tratamento mútuo, a solidariedade e a compaixão entre irmãos como pontos importantes para a convivência harmoniosa. O amor de Cristo não se resume aos espaços da igreja, antes é primordial para a convivência até mesmo entre os irmãos de sangue. O relacionamento familiar sadio é fundamental para a vida da igreja. Famílias onde a convivência é harmoniosa e os seus integrantes preocupam-se uns com os outros, contribuem para que a igreja seja um ambiente saudável, onde as pessoas cuidam umas das outras. Jesus ensinou um nível de amor diferente aos seus discípulos e fez isso a partir do seu próprio exemplo. Não se tratava de um amor que amava apenas aqueles que eram judeus, como havia sido ensinado pelos líderes em Israel, mas sim de um amor que perdoava até mesmo aqueles que lhes perseguiam ou faziam algum mal (cf. Mt 5.10-12). A excelência do amor de Cristo elevava a fé dos discípulos para um patamar maior de compromisso com a verdade.

2. Um testemunho verdadeiro que alcança vidas. A natureza do amor ensinado por Jesus ultrapassa o discurso vazio dos fariseus e vai ao encontro das necessidades mais essenciais da natureza humana. Mais importante do que serem conhecedores das verdades do reino celestial os discípulos deveriam praticar os ensinamentos de Cristo a fim de que o exemplo de convivência harmoniosa fosse o a luz de que o mundo precisava para ser salvo (cf. Jo 13.35). Assim também a igreja dos dias atuais — isso inclui o pré-adolescente cristão — deve ater-se ao pensamento de que a sua contribuição é fundamental para a construção de uma sociedade pacificada e harmonizada a partir do amor de Deus (cf. Jo 15.4,20,26,27). Infelizmente a intolerância, a falta de perdão e compaixão para com o próximo tem predominado em muitos relacionamentos, inclusive, entre familiares e irmãos da igreja. Todavia, o Senhor, que é o dono da obra, espera uma mudança de comportamento desta geração, e porque não começar com os pré-adolescentes. Esta é uma oportunidade que seus alunos terão de chamar a atenção da igreja e convidá-los a tomada de posição contra todo e qualquer pensamento ou atitude que contribua para uma convivência desarmoniza e conflituosa no seio da igreja (cf. 2 Co 10.5). Se a igreja é o sal da terra e a luz do mundo, esta verdade precisa começar a ser vivida a partir do nosso meio para que de fato a sociedade veja que o amor de Deus verdadeiramente prevalece em nossos corações (cf. Jo 17.22-24).

Para reforçar esta importante verdade aos seus alunos, sugerimos a seguinte atividade: elabore cartazes juntamente com seus alunos e apresente para toda a igreja ao final da sua aula. Nos cartazes deverão constar frases de apoio às verdades da Palavra de Deus, ao amor de Cristo e à harmonia do Espírito Santo na igreja. Expresse também frases de combate à falta de compaixão e comunhão entre os cristãos. Ressalte a importância de sermos uma igreja ativa que se importa com o próximo e não apenas prega a Palavra de Deus, mas também as pratica através de uma convivência harmoniosa.

Tenha uma boa aula!

Lição 02 - 1º Trimestre 2021 - A Manifestação da Graça de Deus - Adolescentes.

 

Lição 2 - A Manifestação da Graça de Deus 

1º Trimestre de 2021

ESBOÇO DA LIÇÃO   
1. O QUE É GRAÇA?   
2. A GRAÇA NO ANTIGO E EM O NOVO TESTAMENTO.   
3. A GRAÇA DE DEUS APRESENTADA EM ROMANOS.

TEXTO BÍBLICO: Romanos 5.12-21

DESTAQUE: “Mas existe uma diferença entre o pecado de Adão e o presente que Deus nos dá. De fato, muitos morreram por causa do pecado de um só homem; mas a graça de Deus é muito maior, e ele dá a salvação gratuitamente a muitos, por meio da graça de um só homem, que é Jesus Cristo.

OBJETIVOS
Explicar a graça de Deus revelada em Jesus;# Analisar a graça no Antigo e no Novo Testamento;
Demonstrar o conceito de graça na epístola aos Romanos;

Querido (a) Professor (a),

A paz do Senhor Jesus!

Nesta semana vamos estudar a maravilhosa doutrina da Graça de Deus. Para lhe auxiliar na construção desse conhecimento, selecionamos o texto do Pr Claiton Pommerening. 

A SALVAÇÃO PELA GRAÇA

O FAVOR IMERECIDO DE DEUS

1. Superabundante graça. Não há pecador, por pior que seja, que não possa ser alcançado pela graça divina, pois onde abundou o pecado, que foi exposto pela lei, superabundou a graça de Deus (Rm 5.20). Por meio da compreensão dessa maravilhosa graça, o apóstolo João escreveu: “se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o Justo” (1 Jo 2.1).

2. Fé e graça. A graça opera mediante a fé no sacrifício vicário de Cristo Jesus. Ambas, fé e graça, atuam juntamente na obra de salvação: a graça, o presente imerecido de Deus; a fé, a contrapartida humana à obra de Cristo. Nesse sentido, não é a fé que opera a salvação, mas a graça de Deus que atua mediante a fé do crente no Filho de Deus (Rm 3.28; 5.2; Fp 3.9).

3. A graça não é salvo conduto para pecar. Segundo o ensino das Sagradas Escrituras, a graça jamais pode ser vista como um salvo conduto para a prática do pecado ou da libertinagem (Gl 5.13). Pelo contrário, a graça de Deus nos convoca à obediência ao doador da graça, pois quando se ama fazemos de tudo para agradar a pessoa amada. Por isso, o amor de Cristo nos “constrange” (2 Co 5.14) a fazer algo que agrade ao Pai (1 Ts 4.1). Logo, quem é alcançado pela graça compreende o quanto somos devedores a Deus e aos irmãos (Rm 13.8) e, por isso, desejamos amar o outro como Cristo amou (Jo 13.35). Os que estão sob a liberdade da graça vivem a santidade que reflete a beleza de Cristo no homem interior, onde este se revela vivo para Deus, mas morto para o pecado (Rm 6.11,13).

O ESCÂNDALO DA GRAÇA

1. Seria a graça injusta? Se comparada com a humana, a justiça divina é imensamente perdoadora. Nesse aspecto, e sob a ótica humana, a graça se torna injusta. Por esse motivo, e de acordo com o apóstolo Paulo, a graça pode ser denominada de escandalosa (Cl 2.14; Ef 2.8,9). Pelo fato de a graça depender exclusivamente de Deus, pois não há merecimento por parte do recebedor, o apóstolo enfatiza a impossibilidade de a graça e a lei “andarem juntas”, pois ambas são excludentes: “porquanto pelas obras da lei nenhuma carne será justificada” (Gl 2.16); pois como diz Atos dos Apóstolos: “mas cremos que seremos salvos pela graça do Senhor Jesus Cristo” (15.11). Logo, pela lei é impossível o pecador se salvar, mas dependendo única e exclusivamente da maravilhosa graça de Deus, ele encontrará descanso para a alma (Mt 11.28-30).

2. A divina graça incompreendida. Nos dias do apóstolo Paulo, muitos não compreenderam seus ensinamentos sobre a graça de Deus (2 Pe 3.15,16). Por isso, ao longo da história da Igreja, dois extremos estiveram presentes acerca da compreensão da graça: (1) Liberdade total para pecar (Rm 6.1,2); (2) a impossibilidade de receber tão valioso presente (Gl 5.4,5). O primeiro, naturalmente, leva a pessoa à libertinagem. Entretanto, a Palavra de Deus mostra que maior castigo sobrevirá sobre os que profanarem o sangue do pacto e ultrajarem o Espírito da graça (Hb 10.29). O segundo extremo se refere ao perigo do legalismo, a ideia de que para ser salvo por Deus é preciso dar algo em troca. Tal atitude pode levar o crente ao orgulho espiritual (Ef 2.8-10) e gerar toda sorte de comportamentos hipócritas (Mt 23.23).

3. Se deixar presentear pela graça. Humanamente é impossível o crente alcançado pela graça retribuir a Deus tão grande salvação. Se fosse possível, já não seria graça, favor imerecido; mas mérito pessoal. O que tiraria de Deus a autoria divina da salvação. Em nosso relacionamento com Ele, quem tem mérito é seu Filho, Jesus Cristo (Fp 2.9-11). Assim, os que compreendam o favor inefável de Deus, mediante sua graça, devem deixar-se presentear por ela. Quem compreende o que significa ser justificado por Deus se permite “embalar nos braços de amor e de perdão” do Pai. Para os filhos de Deus, cônscios do valor da graça do Pai, tudo é presente, tudo é dádiva, tudo é favor imerecido! Portanto, deixe-se presentear pela graça de Deus!    

Boa Aula!!

Flavianne Vaz 
Editora responsável pela Revista Adolescentes da CPAD.

Fonte: Texto extraído de Lições Bíblicas Adultos, 1º Tri de 2017, editado pela CPAD.

Lição 02 - 1º Trimestre 2021 - O Fundamento da Igreja - Juvenis.

 

Lição 2 - O Fundamento da Igreja 

1º Trimestre de 2021

ESBOÇO DA LIÇÃO
1. CRISTO FUNDOU A IGREJA.
2. O NASCIMENTO DA IGREJA.
3. A PROMESSA DA VOLTA DO SENHOR.

OBJETIVOS
Apresentar
 a Cristo como o fundamento da Igreja;
Discutir a ação do Espírito Santo sobre a Igreja e o seu papel na fundação dela;
Refletir sobre a fundação da Igreja e a promessa da volta do Senhor.

Querido (a) professor (a), 

É crucial que seus alunos percebam seus ensinamentos refletidos em sua postura, impregnados na sua maneira de viver. Ao longo deste trimestre estaremos abordando o tema “Igreja, o Corpo de Cristo”. Como está sua relação com sua igreja? Com os membros deste Corpo? E com respeito à sua vida, enquanto Igreja do Senhor em pessoa nesta terra?

Independente do tempo que temos de caminhada cristã, estas questões precisam ser levantadas e analisadas com o mesmo zelo e fervor de outrora, no primeiro amor. Até porque muitas vezes as suas atitudes falam mais alto aos seus juvenis do que os seus discursos, por mais bem preparada que seja sua aula. 

Por isso, antes de transmiti-los esta lição, se for o caso, conserte-se com sua comunidade, reconcilie-se com algum irmão, caso seja necessário. Faça isso em prol de si mesma, de sua comunhão com Cristo, e também em prol do Corpo, da instituição que o próprio Jesus fundou e instituiu sobre si mesmo, sendo sua pedra angular.

Jesus se referia a si mesmo como a si mesmo como “a pedra que os edificadores rejeitaram”. Embora fosse rejeitado pela maioria dos líderes religiosos judaicos, Ele se transformara na coluna fundamental de um edifício espiritual, a Igreja (At 4.11,12). A pedra fundamental era usada como base para assegurar que as outras que formavam um edifício estivessem niveladas a prumo. Da mesma forma a vida e os ensinamentos de Jesus são o fundamento da Igreja (...)

A pedra angular une duas paredes no canto de um edifício, mantendo-o estável. Pedro disse que os judeus rejeitaram Jesus, mas Ele era a Pedra angular da Igreja (Sl 118.22; Mc 12.10; 1Pe 2.7) Sem Jesus a Igreja não existiria; não seria capaz de resistir às pressões (externas e também internas). (Bíblia de Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, p. 1319, 1484).

O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula!

Paula Renata Santos
Editora responsável pela Revista Juvenis

sexta-feira, 8 de janeiro de 2021

Lição 02 - 1º Trimestre 2021 - A Atuação do Espírito Santo no Plano da Redenção - Adultos.

 

Lição 02 – A Atuação do Espírito Santo no Plano da Redenção 

1º Trimestre de 2021

ESBOÇO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
I – O ESPÍRITO SANTO COMO PROMESSA
II – O ESPÍRITO SANTO CONSOLA E ENSINA
III – O ESPÍRITO SANTO REPROVA E CONVENCE O MUNDO 
CONCLUSÃO

OBJETIVO GERAL
Ensinar que o Espírito Santo atua no plano de redenção.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
I – Desenvolver o ensino sobre o Espírito Santo como promessa nas Escrituras;
II – Destacar o Espírito Santo como o “Consolador” e “Ensinador”;
III – Asseverar que o Espírito Santo tanto reprova como convence o mundo.

PONTO CENTRAL
O Espírito Santo atua de maneira contínua e dinâmica para a salvação.


Vejamos o que o comentarista da lição, pastor Esequias Soares, discorre sobre O Espírito Santo como Promessa

“A pergunta dos discípulos: ‘Será este o tempo em que o Senhor irá restaurar o reino a Israel?’ (At 1.6) é muitas vezes interpretada como se eles ainda não tivessem a real compreensão do reino de Deus antes do dia de Pentecostes, quando foram cheios do Espírito Santo. Às vezes interpretamos assim, e não está errado, mas devemos admitir que a pergunta deles fazia sentido, há uma interpretação possível, que merece atenção, visto que geração judaica contemporânea de Jesus associava a vinda do Espírito Santo ao fim dos tempos (Is 44.3; Ez 37.14; 39.29, Jl 2.28-32). Ao ouvir Jesus falar sobre a vinda do Espírito, a pergunta dos discípulos era óbvia e mais do que natural. A expectativa messiânica do povo estava associada ao Espírito. A primeira metade do evangelho de João menciona o Espírito Santo apenas quatro vezes ao passo que na segunda metade, à medida que a morte de Jesus vai se aproximando, o Espírito vai se tornando cada vez mais o ponto mais central. Os capítulos 14 a 16 revelam o papel, a função e a natureza do Espírito Santo com mais detalhes. A maior parte dessa pneumatologia diz respeito ao relacionamento do Consolador com o crente; no entanto, 16.8-11 trata do seu relacionamento com o mundo, ou seja, com as pessoas em geral. Jesus disse que precisava voltar ao Pai para a vinda do Consolador: ‘é melhor para vocês que eu vá, porque, se eu não for, o Consolador não virá para vocês’ (Jo 16.7). A vinda do Espírito Santo está vinculada à obra expiatória do Calvário (At 2.33). Jesus deixa claro que precisava voltar ao Pai para o que o Consolador pudesse vir. Essas palavras dizem respeito à morte, à ressurreição e ao retorno de Cristo ao Pai. Era essa a condição para a vinda do Consolador. Quando Jesus disse, antes, na Festa dos Tabernáculos: ‘Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva’ (Jo 7.38), o evangelista João esclarece que Jesus estava falando do Espírito Santo: ‘Isso ele disse a respeito do Espírito que os que nele cressem haviam de receber; pois o Espírito até aquele momento não tinha sido dado, porque Jesus ainda não havia sido glorificado’ (v. 39). João está dizendo que está chegando o momento, e o Espírito virá como resultado, ou consequência completa do Calvário, por isso o Espírito ainda não havia sido dado (At 2.33). O que Jesus tinha ainda para ensinar aos seus discípulos, eles não poderiam suportar sem o Espírito (Jo 16.12). O Espírito Santo habita em todos os crentes, somos moradas dele (1 Co 3.17; 6.19). Quem não tem o Espírito não é cristão (Rm 8.9). Mas isso não funcionava assim nos tempos do Antigo Testamento, a atuação dele era restrita às pessoas vocacionadas e escolhidas por Deus para uma obra específica como Gideão, Sansão, Davi (Jz 6.34; 14.6; 1 Sm 16.13). Mas, na dispensação da graça, o Espírito Santo está em todos os crentes, e isso foi prometido por Deus por meio dos profetas do Antigo Testamento (Is 44.3; Jl 2.28-30). A promessa da vinda do Espírito Santo vem desde o Antigo Testamento e dela falou João Batista e foi com certa frequência reiterada pelo Senhor Jesus. O discurso sobre a vinda do Consolador em João 16.8-11 fala do relacionamento do Espírito Santo com o mundo, ou seja, as pessoas em geral. Há diversas profecias messiânicas diretas no Antigo Testamento como Isaías 55 e o salmo 22, entre outras; no entanto, a ideia cristológica não se restringe a esses vaticínios e ocupa todo o pensamento das Escrituras Hebraicas. Os escritores do Novo Testamento reconhecem a presença e a obra de Cristo na história da redenção (Os 11.1; Mt 2.15), nas suas instituições e festas de Israel (Êx 25.8; Jo 1.14; Hb 5.4-5; Êx 12.3-13; Lc 22.15; 1Co 5.7). As profecias messiânicas incluem também a promessa do Espírito Santo. A tríplice função, criar, salvar e julgar, é atividade exclusiva de Deus, e os primitivos escritores cristãos não se cansavam de enfatizar essas obras em Cristo. Essas atividades divinas são reveladas também na Pessoa do Espírito na criação do céu e da terra (Gn 1.2; Sl 104.30) e do ser humano (Jó 33.4). O Espírito exerce a função de juiz (Jo 16.8-11) e inspira os profetas (2 Pe 1.19-21). As obras do Espírito continuam na atualidade na igreja, na experiência conhecida dos pentecostais pela manifestação dos dons espirituais miraculosos (1 Co 12.4-11) bem como na vida individual com o fruto do Espírito (Gl 5.22). É por meio dele que glorificamos a Jesus. A missão central do Espírito é revelar o Cristo ao pecador, seu ministério traz glória ao Filho. Jesus disse a seu respeito: ‘Ele me glorificará, porque há de receber o que é meu’ (Jo 16.14).”

Texto extraído da obra “O Verdadeiro Pentecostalismo: A Atualidade da Doutrina Bíblica sobre a Atuação do Espírito Santo”.

Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

Verônica Araujo
Setor de Educação Cristã


Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Adultos. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo. 

quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

Lição 01 - 1º Trimestre 2021 - A história de um grande barco - Berçário.

 

Lição 1 - A história de um grande barco 

1º Trimestre de 2021

Objetivo da lição: Evidenciar o fato de Deus ter protegido Noé e sua família durante o dilúvio.

É hora do versículo: “Construa para você uma grande barca” (Gênesis 6.14).

Nesta lição, as crianças aprenderão que o Papai do Céu é muito bom. Ele nos ama muito e nos protege. Para a proteção de Noé e sua família e também para a proteção dos animais, o Papai do Céu mandou Noé construir um grande barco onde todos pudessem ficar protegidos!   

Como complemento para esta lição, após realizar todas as atividades propostas no manual do professor, e caso ainda haja tempo, sugerimos que distribua uma folha com a imagem abaixo. Nela há o desenho de um leão. Diga às crianças: "O Papai do Céu mandou Noé fazer um grande barco que coubessem muitos animais. Até o leão entrou na arca. Vamos imitar como o leão faz? Agora vamos pintar bem bonito este leão?" Disponibilize para as crianças giz de cera grande para colorirem o desenho.

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Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

Verônica Araujo
Responsável da Revista Berçário

Lição 01 - 1º Trimestre 2021 - A Casa do meu Amigo É a Igreja - Jd. Infância.

 

Lição 1 - A Casa do meu Amigo É a Igreja 

1º Trimestre de 2021

Objetivos: Os alunos deverão aprender que antigamente a casa de Deus era feita de tendas; e reconhecer que a igreja é a casa de Deus e deve ser respeitada. 

É hora do versículo: “Fiquei alegre quando me disseram: 'Vamos à casa de Deus, o Senhor.'” (Sl 122.1).

Nesta lição, as crianças aprenderão que a igreja é a casa do Papai do Céu. Saberão as formas físicas que a igreja possui e entenderão que o Papai do Céu está na igreja. Aprenderão sobre o Tabernáculo que era montado e desmontado no deserto, conhecerão o grande e lindo Templo que Salomão fez, até chegar às construções que conhecemos hoje. Porém, o mais importante a saber é que devemos ter alegria de estar na casa do Papai do Céu e que Ele não se importa se a igreja é grandona ou pequenininha.

Após realizar todas as atividades propostas na revista do professor e caso haja tempo, imprima a folha abaixo com a palavra ALEGRIA. Reforce o versículo do dia e afirme que na casa de Deus nós temos alegria. Pergunte quem está alegre por estar na casa do Papai do Céu, aguarde as manifestações das crianças. Distribua bolinhas de papel crepom de cores bem sortidas para as crianças enfeitarem a palavra. Diga às crianças: “Fiquei alegre quando me disseram: 'Vamos à casa de Deus, o Senhor.'”

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Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

Verônica Araujo
Responsável pela Revista Jardim de Infância

Lição 01 - 1º Trimestre 2021 - Noé, o Herói de sua Família e dos Animais - Primários.

 

Lição 1 - Noé, o Herói de sua Família e dos Animais 

1º Trimestre de 2021 

Objetivo: Que os alunos compreendam que Deus abençoa quem age corretamente, mesmo quando os colegas fazem o que é errado.

Ponto central: O Senhor honra quem é fiel e obediente.

Memória em ação: “Felizes são aqueles que não se deixam levar pelos conselhos dos maus, que não seguem o exemplo dos que não querem saber de Deus” (Sl 1.1).

Querido (a) professor (a), mais um trimestre se inicia, e este será ainda mais especial! Uau! Você pode parar por alguns minutos e recordar quantas lutas e desafios o Senhor te ajudou a vencer ano passado?! Essa retrospectiva é muito importante para que mantenhamos um coração forte, repleto de gratidão e esperança.     

Ebénezer! Até aqui nos ajudou o Senhor! E assim Ele continuará. Renove-se em Jesus. Esteja um tempo refletindo em suas superações no Senhor, suas conquistas, bem como nos projetos e metas a fim de alcançar aquelas que ainda faltam. Esse fortalecimento é crucial para continuar a empreitada desta vida e do seu ministério.     

É interessante expandir esse momento para a sala de aula e deixar que voluntariamente quem desejar compartilhe dos muitos motivos que o Senhor lhe deu para agradecer.     

Na faixa etária de seus alunos, os primários já estão altamente sociáveis, desejosos pela aceitação de colegas e/ou do grupo. Pensando nisso desenvolvemos o objetivo da nossa primeira lição desta revista. Através dos exemplos contidos na história de Noé, as crianças compreenderão que não é porque um colega faz algo errado, que nós precisamos fazer também. Pelo contrário. Esta verdade é muito libertadora e fortalece a autenticidade, personalidade e caráter deles desde já.     

Siga as instruções de sua revista e frise bem o versículo do “Memória em Ação”. Ore pelos seus pequeninos, para que a maldade deste mundo corrupto nunca contamine e a bondade de Cristo derramada em seus corações. Que esse, querido (a) professor (a), seja também o nosso próprio alvo e cuidado.

Que o Deus lhe abençoe e capacite! Boa aula.

Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Primários da CPAD

Lição 01 - 1º Trimestre 2021 - Felizes os que têm prazer na Lei do Senhor - Juniores.

 

Lição 1 - Felizes os que têm prazer na Lei do Senhor 

1º Trimestre de 2021

Texto bíblico: Salmos 1.1-3; Lucas 1.5-14

Prezado(a) professor(a),

Estamos iniciando mais um trimestre estudando as Lições Bíblicas Juniores. Esperamos que seus alunos estejam aprendendo com eficiência a Palavra de Deus. A lição deste trimestre tem como proposta apresentar a alegria que experimentamos quando servimos ao Senhor. Os personagens da história de hoje tiveram o privilégio de se tornarem os pais do maior profeta que já existiu. Zacarias e Isabel provaram da alegria de serem os pais de João Batista, o precursor do ministério de nosso Senhor Jesus Cristo.

O interessante dessa história não é apenas o fato de ser João Batista o escolhido, mas a forma como Deus operou em seu nascimento. Seus pais eram avançados em idade e não podiam mais ter filhos, porém o Senhor decidiu abençoá-los na contramão da lógica humana. Deus realiza coisas inéditas em momentos inoportunos, não importando o que os homens possam pensar. Ele é Deus e faz da maneira como entende ser a melhor. Na lição de hoje seus alunos aprenderão que o Senhor recompensa àqueles que cumprem a sua Palavra com dedicação.

A. A alegria de servir ao Senhor. Considerando o que as circunstâncias poderiam apontar, Zacarias e Isabel tinham vários motivos para não servirem a Deus, porém eram fiéis ao Senhor. Dentre os motivos que incomodavam o casal era o fato de não terem filhos. Isabel, nesta ocasião, era a que mais sofria por conta do preconceito com mulheres que não podiam ter filhos. Outro motivo seria a idade avançada, pois se as pessoas não conhecessem o testemunho honroso do casal (cf. Jo 1.6), poderiam pensar que aquela gravidez fosse uma invenção de Isabel para chamar a atenção para si. Mas a dedicação do casal em servir ao Senhor com alegria foi honrada.

B. Zacarias e Isabel: exemplos de fé e obediência. Durante os dias em que Zacarias servia a Deus no templo como sacerdote, calhou de ser ele o escolhido na escala para oferecer o incenso no templo. Então o Senhor enviou um anjo que anunciou a Zacarias que a sua esposa ficaria grávida e o nome do menino se chamaria João. Este seria um grande profeta, cheio do Espírito Santo, e prepararia o coração do povo para conhecerem o Messias. Somente recebendo uma educação de qualidade a partir do exemplo de seus pais, que eram amorosos e honestos, João estaria preparado para exercer seu ministério.

C. Deus surpreende a lógica humana. O mais interessante da história do nascimento de João Batista é o fato de que o Senhor operou o milagre do seu nascimento quando os seus pais já eram avançados em idade, algo inédito para os dias de Zacarias e Isabel. Um verdadeiro milagre que Deus operou em circunstâncias já impossíveis. Além do exemplo do testemunho de fé do casal, a forma como o Senhor surpreendeu a todos com o milagre do nascimento de João Batista revela a qualidade do agir de Deus, anunciada pelo apóstolo Paulo na Carta aos Coríntios (1.27-29): “Mas Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; e Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes. E Deus escolheu as coisas vis deste mundo, e as desprezíveis, e as que não são para aniquilar as que são; para que nenhuma carne se glorie perante ele”. O Senhor surpreendeu a todos a fim de mostrar a sua glória aos filhos dos homens (cf. Jo 1.24,25).

Com o propósito de fixar as informações da aula de hoje, sugerimos a seguinte atividade: leve para a sala de aula folhas de papel A4. Distribua para cada aluno uma folha e peça para que escrevam com suas palavras uma parte da história de hoje com base no que ouviram. Pergunte quem escreveu sobre o início da história (você pode colocar as frases em ordem antes de pedir que os alunos leiam). Depois continue a perguntar quem pode continuar a história. Cada aluno lerá a sua parte conforme perceberam os acontecimentos. Ao final, enfatize que todos atentaram para o que aconteceu na história de João Batista, porém de um modo diferente. Ressalte que o mais importante na história de Zacarias e Isabel é que eles não deixaram de crer na provisão do Senhor e permaneceram obedientes até o fim.

Tenha uma boa aula! 

Lição 01 - 1º Trimestre 2021 - A Obediência aos Pais - Pré Adolescentes.

 

Lição 1 - A Obediência aos Pais 

1º Trimestre de 2021

Texto bíblico: Colossenses 3.20.

Prezado(a) professor(a),

Estamos iniciando um novo trimestre estudando a Palavra de Deus. Seus alunos devem estar ansiosos para conhecer o assunto deste trimestre. E, para começarmos o ano de forma satisfatória, vamos abordar o seguinte tema: “Família e Relacionamentos”. Em nenhum outro tempo a instituição chamada família foi tão perseguida como tem sido nos últimos dias. O conceito de família tem se degenerado e os valores que norteiam a relação familiar têm sido invertidos.

Nesta primeira lição, seus alunos aprenderão sobre a obediência aos pais dentro da relação pais e filhos. Infelizmente, nos dias atuais, muitos filhos não respeitam mais seus pais e há pais que não demonstram mais amor por seus filhos. Esse cenário se agrava cada dia mais com a disseminação de ideologias que distorcem os princípios instituídos na Palavra de Deus para a família. Em contrapartida, a igreja, pouco tem feito para combater os ensinamentos que invadem os lares por diversos canais, seja pelas mídias sociais, pelo uso excessivo da internet ou pela falta de comunicação e convivência dos integrantes da família. Deus deseja mostrar à sociedade quais sãos os valores que Ele mesmo instituiu para que a convivência familiar seja saudável, principalmente, no que diz respeito à obediência aos pais (cf. Ef 5.22—6.9). Que a igreja atente para o seu papel na sociedade como ambiente de recuperação dos perdidos.

A. Conceito de família. Em linhas gerais o termo família, de acordo com o Dicionário Houaiss, significa “grupo de pessoas unidas por convicções ou interesses ou provindas de um mesmo lugar; que possui filiação e ancestralidade comum”. De outro modo, a Palavra de Deus apresenta a família como uma instituição designada por Deus com a finalidade de zelar pela criação, através da procriação, ocupação territorial e compartilhamento dos princípios divinos designados para a família (cf. Gn 1.26-28). Mas a família tem um propósito mais excelente designado por Deus. O Senhor formou a família para adorá-lo e servi-lo. A comunhão e a convivência em família apontam para a união de pessoas que tenham a mesma finalidade: adorar ao Senhor em espírito e em verdade (cf. Jo 4.23,24).

B. Uma sociedade com valores inversos. Infelizmente o conceito de família determinado por Deus tem sido destorcido por aqueles que defendem uma sociedade completamente separada do Criador. Como consequência disso, os valores da relação familiar têm sido invertidos. Uniões afetivas diferentes daquelas apresentadas pela Palavra de Deus têm surgido. As tradições familiares e o respeito mútuo têm se perdido. Não são poucos os casamentos que têm se dissolvido por motivos banais. O ser humano tem se relacionado com o seu próximo não por aquilo que a pessoa é, mas sim por aquilo que ela tem a oferecer. Com relações tão instáveis e ambiciosas a sociedade tem vivido um momento de profunda apatia social e depressão. São males que têm trazido sérios problemas emocionais para a população e, inclusive, o suicídio. Somente a ação do Espírito Santo alinhada ao conhecimento da Palavra de Deus pode despertar o arrependimento nos corações (cf. Jo 16.8-11).

C. O papel da igreja na educação dos filhos. A igreja também exerce um papel primordial na sociedade e, como instrumento de Deus, deve acolher as pessoas e mostrar-lhes os valores da Palavra de Deus, inclusive no que diz respeito à educação dos filhos. Os espaços da educação cristã na igreja possibilitam aos filhos aprenderem os preceitos da obediência aos pais, o respeito às autoridades e como devem se comportar no tocante às suas responsabilidades no papel de filho (cf. Êx 20.12; Ef 6.1,2; Cl 3.20). Vale ressaltar que o respeito com os pais não termina quando crescemos e nos tornamos independentes. A consideração e o carinho para com eles devem permanecer até mesmo após formarmos outra família. Infelizmente, há muitos filhos que abandonam seus pais na velhice, não visitam nem se preocupam e acham que estão agindo corretamente. Deus está vendo a intenção de cada coração e recompensará a cada um de acordo com as suas obras. Por esse motivo, é importante enfatizar que a obediência aos pais deve ser prioridade dos filhos para que aprendam a conviver em família, e quando se tornarem pais, saberão que é fundamental a convivência sadia em família.

Aproveite a aula de hoje e converse com seus alunos sobre a importância de respeitarem seus pais. Pergunte se alguém já ficou de castigo por causa de alguma atitude errada que tenha cometido em desobediência às ordens dos pais. Explique que Deus se importa com a obediência aos pais. Como serão obedientes a Deus, a quem não veem, se não souberem respeitar aos seus pais, a quem estão vendo.

Tenha uma boa aula! 

Lição 01 - 1º Trimestre 2021 - Cartas Paulinas para Hoje - Adolescentes.

 

Lição 1 - Cartas Paulinas para Hoje 

1º Trimestre de 2021

ESBOÇO DA LIÇÃO
1. CONHECENDO O HOMEM CHAMADO PAULO.   
2. A COMPOSIÇÃO DAS CARTAS DE PAULO.   
3. A ATUALIDADE DOS CONSELHOS DE PAULO PARA NÓS.

TEXTO BÍBLICO: Gálatas 1.6-12

DESTAQUE: “Meus irmãos, eu afirmo a vocês que o evangelho que eu anuncio não é uma invenção humana. Eu não o recebi de ninguém, e ninguém o ensinou a mim, mas foi o próprio Jesus Cristo que o revelou para mim.” (Gl 1.11,12)

OBJETIVOS
Conhecer
 um pouco sobre a vida do Apóstolo Paulo;
Estimular uma visão geral das cartas de Paulo;
Refletir sobre a atualidade dos seus ensinamentos.

Querido (a) Professor (a),

A paz do Senhor Jesus!

Estamos começando um novo ano! Você está pronto para esta nova jornada? Prepare seu coração e sua alma para caminhar com seus alunos ao longo do trimestre. Vamos começar 2021 estudando as cartas do Novo Testamento. Por isso, é importante para a aula desta semana fazer a distinção das cartas de Paulo das cartas gerais. Para lhe ajudar neste objetivo, veja os fragmentos abaixo:

“Cartas Missionárias: Gálatas, 1 e 2 Tessalonisenses, 1 e 2 Coríntios e Romanos. Paulo escreveu essas epístolas por ser pastor fundador e estar preocupado com o bem-estar das igrejas plantadas por meio de seu ministério. Em geral, havia assuntos específicos com os quais ele se sentia impelido a lidar. Às vezes, como em 1 Coríntios, ele responde perguntas específicas da igreja. Ele, com frequência, atacava as falsas doutrinas ou as condutas impróprias que ameaçavam a estabilidade da comunidade cristã.

Cartas da prisão: Efésios, Colossenses, Filemon e Filipenses. Quando escreveu essas epístolas, o apóstolo estava preso no cárcere] Incerto do próprio destino quando escreveu essas epístolas, Paulo transmite fé na soberania de Deus e a certeza do triunfo, independentemente do que possa acontecer a ele nesta vida.

Cartas Pastorais: 1 e 2 Timóteo e Tito
Embora nenhuma dessas epístolas use o termo “pastor”, elas tratam de questões importantes enfrentadas pelos que são chamados a posições de liderança pastoral na igreja” (ZUCK, Roy B. Teologia do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, pp. 271, 332).

“Epístolas Gerais
Sete cartas no NT – Tiago; 1 e 2 Pedro; 1, 2 e 3 João e Judas – são assim chamadas porque não contem destinatários específicos (note o contraste com as epístolas paulinas). A descrição “sete epístolas universais” (isto é, com destino indefinido e abrangente) foi dada pela primeira vez por um patriarca da igreja, Eusébio (História Eclesiástica, CPAD). No entanto, uma leitura superficial das cartas mostra que elas não são, todas, verdadeiramente “gerais” - 1 Pedro foi destinada a províncias específicas na Ásia Menor; 3 João foi enviada a um certo Gaio; e 3 João a uma igreja local ou a um indivíduo” (Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p.653).

Boa Aula!!
Flavianne Vaz 
Editora responsável pela Revista Adolescentes da CPAD.

Lição 01 - 1º Trimestre 2021 - A Igreja é um Projeto de Deus - Juvenis.

 

Lição 1 - A Igreja é um Projeto de Deus 

1º Trimestre de 2021 

ESBOÇO DA LIÇÃO
1. O QUE É IGREJA
2. UM MISTÉRIO ANTES OCULTO
3. A DIMENSÃO DA IGREJA

OBJETIVOS
Definir
 o termo “Igreja”;
Discutir sobre o mistério da Igreja revelado a Paulo;
Mostrar as duas perspectivas pelas quais a Igreja pode ser vista.

Querido (a) professor (a), 

Iniciamos mais um trimestre debaixo da graça e do poder de Cristo. Não deixe de refletir sobre o seu chamado e a forma como o tem conduzido até aqui. Sempre é tempo de reparar as arestas, consertar e aprimorar o que for necessário. Por mais habituada ou maior tempo que tenha a serviço do ministério de ensino, nunca perca de vista a tamanha responsabilidade de seu trabalho, ele vai muito além do que você imagina, com repercussões na Eternidade.

Ao longo destes meses estaremos estudando sobre a Igreja, tanto seu aspecto humano como organização, quanto sua implicação divina, enquanto Corpo do nosso Senhor Jesus Cristo. 

Atualmente tantas são as críticas às igrejas, não sem fundamentos, infelizmente. Porém, a Igreja é constituída por pessoas, imperfeitas claro, mas que juntas podem fazer a diferença. Então, ao longo deste trimestre inspire seus alunos a serem a igreja que desejam ter, aquela pela qual o Senhor Jesus de fato é bem representado na terra, aos que não o conhecem.

Serão inúmeras lições ricas para a sua classe, assim como para sua própria vida. Por isso, esteja atento a voz do Espírito Santo e receptivo para que a Palavra por ti pregada seja semeada e acolhida primeiramente no seu coração.

Que ao longo deste período você possa transbordar na vida de seus juvenis o amor e devoção que tem a Deus e a sua Palavra. Além das lições que você os ensina verbalmente, esta, da sua própria vida, é imensamente poderosa. Eles poderão, de forma direta ou indireta, ser influenciados por ela no decorrer de toda sua jornada espiritual.

Por isso, recobre seu ânimo, renove sua aliança com o Senhor e o “sim” que lhe deu ao seu chamado e desde já planeje com alegria aulas empolgantes e inesquecíveis para os seus alunos no decorrer de todo este trimestre.

O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula!

Paula Renata Santos
Editora responsável pela Revista Juvenis

Lição 01 - 1º Trimestre 2021 - A Pessoa do Espírito Santo - Adultos.

 

Lição 01 – A Pessoa do Espírito Santo  

1º Trimestre de 2021

ESBOÇO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
I – A REVELAÇÃO DO ESPÍRITO SANTO NAS ESCRITURAS
II – O ESPÍRITO SANTO E JESUS CRISTO
III – O ESPÍRITO SANTO AGE NO MUNDO E NO SER HUMANO 
CONCLUSÃO

OBJETIVO GERAL
Expor a doutrina bíblica acerca da pessoa do Espírito Santo.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
I – Apresentar a revelação do Espírito Santo nas Escrituras;
II – Relacionar a pessoa do Espírito Santo com a de Jesus;
III – Afirmar que o Espírito Santo age no mundo e no ser humano.

PONTO CENTRAL
A Bíblia revela a verdade sobre a pessoa do Espírito Santo.


Vejamos o que o comentarista da lição, pastor Esequias Soares, discorre sobre O Espírito Santo na Teologia Cristã

 “Pneumatologia é a doutrina do Espírito Santo, o termo vem de duas palavras gregas, pneuma, “espírito”, e logos, “palavra, estudo, tratado”. O estudo da Pessoa do Espírito é importante para todos os cristãos, pois é Ele quem guia os crentes e os leva mais próximo de Deus. Ser pentecostal significa ter intimidade com a pessoa do Espírito, pois a teologia pentecostal não é teórica. Nossa doutrina se baseia nas Escrituras Sagradas, única regra de fé e prática para a vida cristã, mas a experiência pentecostal torna Deus mais real, Ele não está longe de cada um de nós (At 17.27). Por isso, é fundamental o conhecimento bíblico sobre a identidade do Espírito Santo como a sua deidade e personalidade, atributos divinos e obras. São elementos que mostram a consubstancialidade do Espírito com o Pai e o Filho, como terceira Pessoa da Trindade.

A teologia pentecostal é atual e está em voga no cenário evangélico. É a teologia do Espírito em que todos nós devemos nos aprofundar por duas razões simples: somos pentecostais e a nossa dispensação é a dispensação do Espírito. Nessa dispensação, o Espírito Santo é a pessoa específica da Trindade que mais atua em nós. Outro ponto importante que se deve levar em conta é que a obra do Pai chamou mais atenção no período do Antigo Testamento; a obra do Filho, nos evangelhos, mas desde o dia de Pentecostes o Espírito Santo vem conduzindo a igreja, é por meio dele que temos contato com Deus. Foi exatamente isso que disse Gregório de Nazianzo (329-389), um dos pais capadócios: 

O Antigo Testamento manifestou claramente o Pai e, mais obscuramente, o Filho. O Novo Testamento deu a conhecer abertamente o Filho e, obscuramente, indicou a divindade do Espírito Santo. Hoje, o Espírito habita entre nós e se dá mais claramente a conhecer. Porque teria sido inseguro pregar abertamente o Filho antes de ser reconhecida a divindade do Pai; ou antes de ser reconhecida a divindade do Filho, impor-se, por assim dizer, a do Espírito Santo (Discurso teológico 5 [31] – Sobre o Espírito Santo).1 

A cultura cristã atual é pentecostal. Desde o avivamento da Rua Azusa em 1906 que até mesmo os não pentecostais têm valorizado a experiência com o Senhor Jesus por meio do Espírito. A igreja vive hoje nos domínios do Espírito como nunca desde o período apostólico. É tempo de cultivar cada vez mais a experiência com o Espírito Santo. 

A compreensão da pessoa do Espírito Santo, sua natureza e obras é ainda incompleta e até certo ponto confusa em relação às outras doutrinas. Com relação à Trindade, a figura do Pai é de razoável compreensão por causa da figura do pai na estrutura familiar, o mesmo pode ser dito sobre o Filho. Mas a do Espírito é mais complexa por ser intangível e invisível, como disse Millard J. Erickson:

Para complicar, há uma terminologia infeliz da King James e de outras traduções inglesas mais antiga que se referem ao Espírito Santo como o ‘Holy Ghost’ [Fantasma Santo]. Muitas pessoas que cresceram usando essas versões da Bíblia entendem o Espírito Santo como alguma coisa por baixo de um lençol branco.2 

Na verdade, as palavras mais usadas na Bíblia, nas línguas originais, possuem sentido amplo. Ruah., do hebraico, tem significado profundo, trata-se de uma expressão ‘que possui uma série de significados, em que cada um deles esclarece de algum modo as complexas ideias associadas à noção cristã a respeito do Espírito Santo’;3 pneuma, grego, é similar. 

Há ainda as dificuldades em relação ao ministério do Espírito Santo de glorificar e proclamar o Filho (Jo 16.14), que, às vezes, leva o crente a pensar na ideia de hierarquia na Trindade ou até mesmo no subordinacionismo do Espírito. Essa hierarquia não existe, pois, a Trindade é a união de três Pessoas – o Pai, o Filho e o Espírito Santo – em uma só Divindade, sendo iguais, eternas e da mesma substância, embora distintas, sendo Deus cada uma dessas Pessoas. A Declaração de fé das Assembleias de Deus confessa que ‘há uma absoluta igualdade dentro da Trindade, e nenhuma das três Pessoas está sujeita, por natureza, à outra, como se houvesse uma hierarquia divina. Existe, sim, uma distinção de serviço’.4 Por muito tempo o Espírito Santo foi visto como a Cinderela da Trindade. Essa ilustração das três pessoas da Trindade com o conto de fada da Cinderela é uma ajuda elucidativa.5 A ilustração é a seguinte: as duas irmãs do conto, representadas pelo Pai e o Filho, vão ao baile, e toda vez, o Espírito Santo fica em casa. Com o moderno movimento pentecostal, isso não acontece mais. Segundo Stanley M. Horton, a doutrina do Espírito Santo nunca havia recebido um tratamento justo nos tratados de teologia: ‘os antigos compêndios de teologia sistemática, em sua maioria, não possuem nenhum capítulo sobre pneumatologia’.Durante e depois do avivamento da Rua Azusa, estudiosos bíblicos empreenderam vários estudos sobre o Espírito Santo e fizeram pesquisas acadêmicas sobre o batismo no Espírito Santo, a glossolalia, os dons espirituais e o fruto do Espírito.”  

Texto extraído da obra “O Verdadeiro Pentecostalismo: A Atualidade da Doutrina Bíblica sobre a Atuação do Espírito Santo”.

Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

Verônica Araujo
Setor de Educação Cristã


1 NACIANCENO, Gregorio. Los discursos teológicos. Madrid, España: Editorial Ciudad Nueva, 1995, p. 254; GOMES, Cirilo Folch. Antologia dos santos padres. São Paulo: Edições Paulinas, 1985, p. 254.
2 ERICKSON, Millard J. Introdução à Teologia Sistemática. São Paulo: Vida Nova, 1997, p. 345.
3 McGRATH, Alister E. Teologia Sistemática, Histórica e Filosófica. São Paulo: Shedd, 2005, p. 361.
4 SOARES, Esequias (organizador). Declaração de Fé das Assembleias de Deus no Brasil. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, p. 42.
 McGRATH, Alister E. Ibdem, 2005, p. 361; KÄRKKÄINEN, Veli-Matti. A Guide to Christian Theology – The Holy Spirit. Louisville, Kentucky, USA: Westminster John Knox Press, 2012, p. 16.
6 HORTON, Stanley M. O Avivamento Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2001, p. 9.


Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Adultos. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.