Lição 07
O DIVÓRCIO
19 de fevereiro de 2013
TEXTO ÁUREO
“Eu
vos digo, porém, que qualquer que repudiar sua mulher, não sendo por causa de
prostituição, e casar com outra, comete adultério; e o que casar com a
repudiada também comete adultério” (Mt 19.9).
VERDADE PRÁTICA
O
divórcio, embora admissível em caso de infidelidade, sempre traz sérias
consequências à família. Por isso Deus o odeia.
COMENTÁRIO DO TEXTO ÁUREO
“Eu vos digo,
porém, que qualquer que repudiar sua mulher, não sendo por causa de
prostituição, e casar com outra, comete adultério; e o que casar com a
repudiada também comete adultério” (Mt 19.9).
Nosso texto áureo esta
inserido no ensino do Senhor Jesus sobre o Divórcio (19.1-12), a mesma citação
do nosso texto áureo (Mt 19.9) é encontrada em Mateus 5.32: “Eu, porém, vos digo que qualquer que repudiar sua mulher, a
não ser por causa de prostituição, faz que ela cometa adultério; e qualquer que
casar com a repudiada comete adultério”.
O Senhor Jesus expõem o
assunto a respeito do divórcio em resposta a pergunta dos fariseus. Esse
episódio aconteceu nos confins da Judéia, além do Jordão.
De acordo com a
Bíblia Pentecostal: “A vontade de Deus para o casamento é que ele, seja
vitalício, i,e., que cada cônjuge seja único até que a morte os separe (vv.
5,6; Mc 10.7-9; Gn 2.24 nota; Ct 2.7 nota; Ml 2.14 nota). Neste particular,
Jesus cita uma exceção, a saber, a “prostituição” (gr. porneia), a palavra esta que no original inclui o adultério ou
qualquer outro tipo de imoralidade sexual (5.32; 19.9). O divórcio, portanto,
deve ser permitido em caso de imoralidade sexual, quando o cônjuge ofendido se
recusar a perdoar.
(1) Quando Jesus censura o divórcio em
19.8-9, não estava referindo-se à separação por causa de adultério, mas ao divórcio
como permitido no AT em casos de incontinência pré-nupcial, constatada pelo
marido após a cerimônia do casamento (Dt 24.1). A vontade de Deus em tais casos
era que os dois permanecessem juntos. Todavia, Ele permitiu o divórcio, por
incontinência pré-nupcial, por causa da dureza de coração das pessoas (vv.7,8).
(2) No caso de infidelidade conjugal depois
do casamento, o AT determinava a dissolução do casamento com a execução das
duas partes culpadas (Lc 20.10; Êx 20.14; Dt 22.22). Isto, evidentemente, deixaria
o cônjuge inocente livre para casar-se de novo (Rm 7.2; 1 Co 7.39).
(3) Sob a Nova Aliança, os privilégios do
crente não são menores. Embora o divórcio seja uma tragédia, a infidelidade
conjugal é um pecado tão cruel contra o cônjuge inocente, que este tem o justo
direito de pôr termo ao casamento mediante o divórcio. Neste caso, ele ou ela
está livre para casar-se de novo com um crente (1 Co 7.27-28).
Importante compreendermos que
historicamente ao falar sobre o assunto em Mateus 19.1-12, o Senhor Jesus
elevou o casamento acima das ideias, argumentos e crenças das escolas
teológicas judaicas de sua época.
O Senhor Jesus demonstra no
seu ensino qual a conduta ideal, qual a verdadeira ética do matrimônio, ou
seja, Ele vai a fonte, em Gênesis (Mt 19.4-6), na orientação dada pelo Criador.
Na época do Senhor, a mulher
era considerada coisa ou objeto, elas eram compradas, com frequência
escravizadas, no lar eram servidoras e objeto da satisfação do homem, por
qualquer razão eram repudiadas, pois eram consideradas propriedades dos homens.
Neste triste contexto
histórico, sem dúvida alguma o Senhor Jesus não somente elevou a posição da
mulher na sociedade, mas também elevou grandemente o estado de casado.
Comentando sobre Mateus 19, o
escritor Matthew Henry no seu livro Comentário Bíblico Novo Testamento: Mateus a
João (1 ed., RJ: CPAD, 2008, p.240) declara:
“A Lei do Divórcio [Mateus
19] vv.3-12. Nós temos aqui a lei de Cristo no caso de divórcio, ocasionada,
como algumas outras manifestações da sua vontade, por uma discussão com ‘os
fariseus’. Ele suportou tão pacientemente as contradições dos pecadores, que as
transformou em instruções para os seus próprios discípulos! Observe aqui:
O caso proposto pelos
fariseus (v.3): ‘É lícito ao homem repudiar sua mulher por
qualquer motivo?’. Os fariseus lhe perguntaram isso para
provocá-lo, e não porque desejassem ser ensinados por Ele.
Algum tempo atrás, Ele havia,
na Galileia, manifestado seu pensamento sobre esse assunto, contra aquilo que
era uma prática comum (cap. 5.31,32); e se Ele, do mesmo modo, se pronunciasse
agora contra o divórcio, eles fariam uso disso para indispor e enfurecer o povo
desse país contra Ele, que olharia com desconfiança para alguém que tentasse
diminuir a liberdade de que eles tanto gostavam. Os fariseus esperavam que Ele
perdesse o afeto das pessoas tanto por esse como por qualquer um dos seus
preceitos. Ou então, a armadilha pode ter sido planejada dessa forma: se Ele
dissesse que os divórcios não eram legais, eles o apontariam como um inimigo da
lei de Moisés, que os permitia; se dissesse que eram legais, eles
caracterizariam a sua doutrina como não tendo em si aquela perfeição que era
esperada na doutrina do Messias, uma vez que, embora os divórcios fossem
tolerados, eles eram vistos pela parte mais rígida do povo como não sendo algo
de boa reputação [...].
A pergunta dos fariseus foi a
seguinte: Será que um homem pode repudiar a sua mulher
por qualquer motivo? O divórcio era praticado, como acontecia
geralmente, por pessoas irresponsáveis, e por qualquer motivo. Será que ele
poderia ser praticado por qualquer motivo que um homem pudesse julgar adequado
(embora fosse, como sempre, frívolo), como também por qualquer antipatia ou
desagrado? A tolerância, nesse caso, permitia isso: ‘Se não
achar graça em seus olhos, por nela achar coisa feia, ele lhe fará escrito de
repúdio’ (Dt 24.1). Eles
interpretavam esta passagem literalmente; e assim, qualquer desgosto, mesmo que
sem motivo, poderia ser tornar a base para um divórcio”.
RESUMO DA LIÇÃO 07
O
DIVÓRCIO
I. O DIVÓRCIO NO ANTIGO
TESTAMENTO
1.
A lei de Moisés e o divórcio.
2.
A carta de divórcio.
II. O ENSINO DE JESUS A RESPEITO
DO DIVÓRCIO
1.
A pergunta dos fariseus.
2.
O ensino de Jesus.
3.
Permissão para novo casamento.
III. ENSINOS DE PAULO A RESPEITO
DO DIVÓRCIO
1.
Aos casais crentes.
2.
Quando um dos cônjuges não é crente.
3.
O cônjuge fiel não está sujeito à servidão.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Dissertar sobre o divórcio no Antigo Testamento.
Defender como padrão o ensinamento de Jesus sobre o
divórcio.
Explicar o porquê do
ensino de Paulo acerca do divórcio.
INTERAÇÃO
Divórcio
é o tema da lição desta semana. É
um assunto laborioso para se desenvolver. Tenha
muita atenção e cuidado ao tratar desse tema, pois é possível que exista alguém
nessa situação em sua classe. Lembre-se
que o objetivo de ministrarmos essa lição é o de descrever o que as Escrituras
Sagradas têm a falar sobre o assunto.
Assim,
teremos o respaldo bíblico para agirmos quanto à realidade do divórcio na
igreja local. No
decorrer da lição procure enfatizar que no projeto original de Deus, não havia
espaço para o divórcio.
COMENTÁRIO
PALAVRA
CHAVE
DIVÓRCIO:
Dissolução do vínculo
matrimonial.
INTRODUÇÃO
Por ser algo
traumático, o divórcio é sempre um assunto difícil de ser tratado. Existem
pessoas que não o aceitam em nenhuma condição. Há pessoas
que, sob determinadas circunstâncias são favoráveis, e há até os que buscam
base nas Sagradas Escrituras para admiti-lo em qualquer situação. Qual a
posição da Bíblia? É o que
estudaremos nesta lição.
I. O DIVÓRCIO NO ANTIGO TESTAMENTO
1.
A lei de Moisés e o divórcio. O capítulo
24 do livro de Deuteronômio trata a respeito do divórcio. Como a
prática havia se tornado comum em Israel, o propósito da lei era regulamentar
tal situação a fim de evitar os abusos e preservar a família. Nenhuma lei
do Antigo Testamento incentivava alguém a divorciar-se, mas servia como base
legal para a proibição de outros casamentos com a mulher divorciada.
O divórcio
era e é um ato extremo (Ml 2.16). Infelizmente,
muitos que conhecem a Palavra do Senhor se divorciam por qualquer motivo. O casamento
é uma aliança de amor, inclusive com Deus, um pacto que não pode ser quebrado,
sobretudo por motivos fúteis e torpes.
2.
A carta de divórcio. Uma vez que
recebia a carta de divórcio, tanto o homem quanto a mulher estavam livres para
se casarem novamente. Todavia,
segundo a lei, a mulher que fora repudiada, depois de viver com outro marido,
não poderia retornar para o primeiro, pois tal atitude era considerada
abominação ao Senhor (Dt 24.4).
Divorciar-se
não era fácil, pois havia várias formalidades, e somente o homem podia pedir o
divórcio. A mulher não
tinha tal direito. A Lei de
Moisés, apesar de não incentivar o divórcio, dispunha de vários mecanismos para
torná-lo mais humano (Dt 24).
SINÓPSE DO TÓPICO (1)
A lei de Moisés não
incentivava o divórcio, mas dispunha de mecanismos diversos, com o objetivo de
garantir a dignidade humana.
II. O ENSINO DE JESUS A RESPEITO DO DIVÓRCIO
QUANDO
AS ESCRITURAS NÃO CONDENAM O DIVÓRCIO
Infidelidade
conjugal
“Ele [Jesus]
permite o divórcio em caso de adultério; sendo que a razão da lei contra o
divórcio consiste na máxima: ‘Serão dois numa
só carne’. Se a esposa
[ou o esposo] se prostituir e se tornar uma só carne com um adúltero [ou uma
adúltera], a razão da lei cessa, e também a lei.
O adultério
era punido com a morte pela lei de Moisés (Dt 22.22). Então, o
nosso Salvador suaviza o rigor, e determina que o divórcio seja a penalidade” (HENRY,
M. Comentário Bíblico Novo Testamento: Mateus a João. 1 ed., RJ: CPAD, 2008,
p.242).
1.
A pergunta dos fariseus. Procurando
incriminar Jesus, e imbuídos da ideia difundida pela escola do rabino Hilel
(que defendia o direito de o homem dar carta de divórcio à mulher “por qualquer
motivo”), os fariseus questionaram: “É lícito ao homem
repudiar sua mulher por qualquer motivo?” (Mt 19.3b).
Respondendo
aos acusadores, Jesus relembrou o “princípio” divino para o casamento, quando Deus fez o ser
humano, “macho e fêmea”, “ambos uma [só] carne” (cf. Gn
2.24). Assim, o
Mestre concluiu: “Portanto, o que Deus ajuntou não separe o
homem” (Mt 19.6b). Essa é a
doutrina originária a respeito da união entre um homem e uma mulher; ela
reflete o plano de Deus para o casamento, considerando-o uma união
indissolúvel.
2.
O ensino de Jesus. Os fariseus
insistiram: “Então, por que mandou Moisés dar-lhe carta de
divórcio e repudiá-la?” (Mt 19.7b). Respondendo
à insistente pergunta, Jesus explicou que Moisés permitiu dar carta de repúdio
às mulheres, “por causa da dureza dos vossos corações”.
Uma mulher
abandonada pelo marido ficaria exposta à miséria ou à prostituição para
sobreviver. Com a carta
de divórcio ela poderia casar-se novamente. Deus não é
radical no trato com os problemas decorrentes do pecado e com o ser humano. Ele se
importava com as mulheres e sabia o quanto elas iriam sofrer com a dureza do
coração do homem, e tornou o trato desse assunto mais digno para elas.
2.1.-
Jesus permitiu o divórcio apenas no caso de “impureza sexual” (grego pornea) Segundo ensinou
o Senhor Jesus, o divórcio é permitido somente no caso de infidelidade
conjugal.
Ao invés de
satisfazer o desejo dos fariseus, que admitiam o divórcio “por
qualquer motivo”, o Mestre disse: “Eu vos
digo, porém, que qualquer que repudiar sua mulher, não sendo por causa de
prostituição, e casar com outra, comete adultério; e o que casar com a
repudiada também comete adultério” (Mt 19.9).
Numa outra
versão bíblica, lê-se: “exceto por causa de
infidelidade conjugal” ou “relações sexuais
ilícitas”. Essa foi a
única condição que Jesus entendeu ser suficiente para o divórcio.
2.2.-
A questão da “fornicação”. “[...] De
onde veio a ideia de que a fornicação é o pecado sexual entre solteiros? O ...
Dicionário Patrístico responde a essa pergunta em seguida: ‘Basílio, o único
entre os Padres, junto com Ambrosiáster, a manter uma desigual concepção de
adultério, com hesitação aplica o termo de fornicação à união de um homem
casado com uma jovem não casada e reserva a palavra adultério para os casos em
que se trata de uma mulher casada’.
Diante
disso, não se sustenta a ideia de que o termo ‘prostituição’, na cláusula de
exceção, aplica-se apenas aos solteiros; também não é verdade que ‘fornicação’
é o pecado sexual entre os solteiros. Essa
interpretação não resiste a exegese bíblica.
Tudo é
pecado, tudo é prostituição, casados também se prostituem, como a prática da
sodomia pode ocorrer dentro do casamento. Ninguém pode
provar que porneia se aplica apenas a pessoas solteiras. Nenhuma
autoridade em língua grega afirma isso” (SOARES, E. Casamento, Divórcio & Sexo à
Luz da Bíblia. 1 ed., RJ: CPAD, 2011, pp.48-49).
3.
Permissão para novo casamento. Pelo texto
bíblico, está claro que Jesus permite o divórcio, com a possibilidade de haver
novo casamento, somente por parte do cônjuge fiel, vítima de prostituição, ou
infidelidade conjugal. Deus admite
a separação do casal, não como regra, mas como exceção, em virtude de práticas
insuportáveis relacionadas à sexualidade, que desfazem o pacto conjugal.
Do
contrário, um servo ou uma serva de Deus seria lesado duas vezes: pelo Diabo,
que destrói casamentos e, outra, pela comunidade local, que condenaria uma
vítima a passar o resto da vida em companhia de um ímpio, ou viver sob o jugo
do celibato, que não faz parte do plano original de Deus (Gn 2.18). Todavia, em
Jesus o crente tem forças para perdoar e fazer o possível para restaurar seu
casamento.
SINÓPSE DO TÓPICO (2)
O Senhor Jesus
condena o divórcio, excetuando àquele que foi motivado por prostituição.
III. ENSINOS DE PAULO A RESPEITO DO DIVÓRCIO.
QUANDO
AS ESCRITURAS NÃO CONDENAM O DIVÓRCIO
Abandono do cônjuge
“A
iniciativa de romper os laços do casamento deve partir do descrente, por não
estar disposto a viver tal situação (v.15). O texto
grego é expressivo: ‘se o descrente se apartar, [chorizo, como no
verso 10], aparte-se’.
O gênero
masculino de ‘descrente’ é usado de modo inclusivo, assim como o restante do
verso indica. ‘Neste
caso o irmão, ou irmã, não está sujeito à servidão’.
Não está
sujeito à servidão em que sentido? [...] Não está
sujeito a permanecer solteiro, mas casar-se novamente (Hering, 53; Bruce, 70)”
[ARRINGTON, F. L.; STRONSTAD, R. (Eds.) Comentário Bíblico Pentecostal: Novo
Testamento. 2 ed., RJ: CPAD, 2004, pp.974-75].
1.
Aos casais crentes. Paulo diz: “todavia, aos casados, mando, não eu, mas o Senhor, que a
mulher se não aparte do marido. Se, porém, se apartar, que fique sem casar ou
que se reconcilie com o marido; e que o marido não deixe a mulher” (1Co
7.10,11).
Esta
passagem refere-se aos “casais crentes”,
os quais não devem divorciar-se, sem que haja algum dos motivos prescritos na
Palavra de Deus (Mt 19.9; 1Co 7.15). Se há
desentendimentos o caminho não é o divórcio, mas a reconciliação acompanhada do
perdão sincero ou o celibato por opção e não por imposição eclesiástica.
2.
Quando um dos cônjuges não é crente. Paulo ensina
que, se o cônjuge não crente concorda em viver (dignamente) com o crente, que
este não o deixe (1Co 7.12-14). O crente
agindo com sabedoria poderá inclusive ganhar o descrente para Jesus (1Pe 3.1).
3.
O cônjuge fiel não está sujeito à servidão. O apóstolo,
porém, ressalva: “Mas, se o descrente se apartar, aparte-se;
porque neste caso o irmão, ou irmã, não está sujeito à servidão; mas Deus
chamou-nos para a paz. Porque, donde sabes, ó mulher, se salvarás teu marido?
Ou, donde sabes, ó marido, se salvarás tua mulher?” (1Co 7.15,16).
Ou seja, o
cristão fiel, esposo ou esposa, não é obrigado a viver até a morte sob a
servidão de um ímpio. Nesse caso,
ele ou ela, pode reconstruir a sua vida de acordo com a vontade de Deus (1Co
7.27,28,39). Entretanto,
aguarde o tempo de Deus na sua vida.
SINÓPSE DO TÓPICO (3)
O apóstolo Paulo
afirma que a pessoa crente, quando abandona da pelo cônjuge não crente, está
livre para conceber novas núpcias. Contanto, que seja no Senhor.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O divórcio
causa sérios inconvenientes à igreja local, às famílias e à sociedade. No projeto
original de Deus, não havia espaço para o divórcio. Precisamos
tratar cada caso de modo pessoal sempre em conformidade com a Palavra de Deus. Não podemos
fugir do que recomenda e prescreve a Bíblia Sagrada. E não
podemos nos esquecer de que a Igreja é também uma “comunidade terapêutica”.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
ARRINGTON,
F. L.; STRONSTAD, R. (Eds.) Comentário Bíblico Pentecostal: Novo
Testamento. 1 ed., RJ: CPAD, 2008. HENRY, M. Comentário
Bíblico Novo Testamento: Mateus a João. 1 ed., RJ: CPAD, 2008. SOARES, E. Casamento,
Divórcio & Sexo à Luz da Bíblia. 1 ed., RJ: CPAD, 2011.
SUBSÍDIOS
ENSINADOR CRISTÃO
O DIVÓRCIO
O divórcio é a dissolução do casamento. No direito
brasileiro, é a oficialização do término de um compromisso conjugal e a
oportunidade de se contrair novas núpcias. Para Deus, o divórcio é um ato nocivo, condenado
em diversos textos da Bíblia devido ao seu grande prejuízo para a instituição
familiar.
O parecer de Jesus quanto ao divórcio — Em certa
ocasião, Jesus se deparou com a questão do divórcio quando foi questionado por
seus opositores. Isso porque nos anos finais do Antigo Testamento não era
incomum os homens de Israel abandonarem suas esposas para contraírem um novo
casamento com mulheres mais novas de outras nações: Deus usa o profeta
Malaquias para condenar a atitude dos israelitas: “Além disso, ainda cobris o
altar do Senhor com lágrimas, choro e gemidos, porque ele não olha mais para as
ofertas, nem as aceita da vossa mão com prazer.
Mesmo assim, perguntais: por
quê? Porque o Senhor tem sido testemunha entre ti e a esposa que tendes desde a
juventude, para com a qual foste infiel, embora ela fosse tua companheira e a
mulher da tua aliança matrimonial... Pois eu odeio o divórcio e também odeio
aquele que se veste de violência” (Ml 2.13,14,16).
Se analisarmos o texto,
teremos duas observações a fazer: primeiro, que não adianta a pessoa se
derramar diante do altar do Senhor e ofertar de forma abundante se não for fiel
à companheira de sua mocidade (uma referência ao casamento feito na juventude e
desprezado após os anos de convivência); e segundo, aos olhos de Deus, o
divórcio e a violência são como se fossem a mesma coisa. Divórcio e violência
são usados no mesmo verso, como se demonstrasse que o divórcio é uma verdadeira
violência para com Deus e a família.
Retornemos para Jesus, quando questionado no
tocante à licitude do divórcio. Jesus só entendeu ser tolerável o divórcio em
caso de infidelidade conjugal, e isso porque os israelitas tinham um coração
duro. E quando os fariseus citaram a pessoa de Moisés, querendo dizer que a Lei
deveria ser “respeitada”, Jesus retornou ao princípio da criação, ou seja,
séculos antes da Lei, quando Deus criou o homem e a mulher e fez dos dois “uma
só carne” no casamento.
Os fariseus queriam colocar Jesus contra a Lei, mas se
esqueceram de analisar o que Deus havia proposto antes de a Lei de Moisés ser
apresentada ao povo de Israel. E foi esse lembrete que Jesus fez, a fim de que
o divórcio não fosse uma prática comum entre o povo de Deus, mas, sim, uma
exceção entre os santos.
FONTE:
www.professoralberto.com.br