- Detalhes
- Categoria: Jovens
- Publicado: 08 Janeiro 2015
Eu creio em Deus Pai1° Trimestre de 2015
INTRODUÇÃO
I – O ÚNICO DEUS VERDADEIRO (Is 44.6)
II – DEUS É IMANENTE E TRANSCENDENTE
(Dt 4.39; Is 57.15; Jr 23.23,24)
III – ACUSAÇÕES CONTRA A DOUTRINA DE DEUS
CONCLUSÃO
QUEM É DEUS?
Oséias 6.1
Prezado professor, estamos iniciando mais uma obra de relevância para a vida cristã da juventude de nossa igreja. E neste primeiro trimestre do ano de 2015, em que estaremos iniciando a revista de Jovens, aprenderemos a respeito de um tema crucial para a juventude de nossos dias: Conhecer a Deus. Para tanto, iniciaremos a lição fazendo a seguinte pergunta: quem é Deus? Neste caso, para praticarmos o que o profeta Oséias discorre em seu livro: “Conheçamos e prossigamos em conhecer o Senhor” (Os 6.3), é necessário aprendermos a respeito da natureza divina através da sua Palavra.
Primeiramente, é importante considerarmos que Deus é o Criador dos céus e da terra, e tudo quanto subsiste neste universo (Cf. Gn 1; Jo 1.3); não há nada que esteja fora de Seu controle, pois todas as coisas estão bem claras e patentes diante de seus olhos. Outro aspecto relevante considera em que consiste a natureza de Deus: Ele simplesmente é pessoal e transcendental, ou seja, tem qualidades e está acima e além de todas as coisas (Cf. Sl 139; 1 Jo 3.20).
Por conta disso, possui uma terceira característica que o torna conhecido de todos: Ele mantém um relacionamento fiel com a sua criação. Deus se importa com a obra de suas mãos. Embora pareça que está tudo em desordem por conta do pecado, o Senhor Deus, ainda mantém tudo sob o seu controle, inclusive o homem, a peculiar obra de suas mãos. Em vista disso, o professor poderá através desta lição, refletir com seus alunos a respeito do conhecimento que possuem acerca do Criador e como se relacionam com Ele. Que tenhamos uma excelente aula!
1. Deus é o Criador
A princípio, para conhecermos a Deus, precisamos atentar que Ele, antes de tudo, é o Criador de tudo quanto existe e subsiste neste universo. Em Gênesis 1, vemos como Deus criou os céus e a terra, e o universo. Dessa forma, criação revela a veracidade de sua existência: “Os céus manifestam a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos. Um dia faz declaração a outro dia, e uma noite mostra sabedoria a outra noite. Sem linguagem, sem fala, ouvem-se as suas vozes em toda a extensão da terra, e as suas palavras, até ao fim do mundo” (Sl 19.1-4).
Assim, Ele também assume a responsabilidade de sustentar toda a obra de suas mãos (Cf. Jo 1.3; Cl 1.17). Ele cuida dos homens, em especial, daqueles que o servem com integridade e, por isso, é conhecido como o Deus da providência (Cf. Gn 22.14). Não há nada que fuja do controle do Senhor, visto que todas as coisas obedecem ao limite determinado por Ele (Jó 38.4-5, 8-11). E não há nada oculto aos olhos do Criador, pois todas as coisas estão bem patentes e claras perante os seus olhos (Hb 4.13).
Na obra Teologia Sistemática: Uma Nova Perspectiva Pentecostal, Horton declara: “O Deus onipotente não pode ser plenamente compreendido pelo ser humano, mas nem por isso deixou de se revelar de diversas maneiras e em várias ocasiões a fim de que o venhamos a conhecer. Deus não pode ser compreendido pela mera lógica humana, e nem sequer sua própria existência pode ser comprovada desta maneira. Com isso, queremos dizer que não estamos de forma alguma diminuindo os seus atributos, fazendo uma declaração confessional das nossas limitações e da infinitude divina. Nosso modo de entender a Deus pode ser classificado em duas pressuposições primárias: Deus existe; e Ele se revelou a nós de modo adequado através da sua revelação inspirada. Não se pode explicar Deus, mas somente crer nEle” (CPAD, 1996, p.151).
À vista do que podemos ver, Deus se manifestou de forma clara à sua criação e nela se revela, a fim de se fazer conhecer aos homens, de modo que todos venham a honrá-lo como Deus Criador e reconhecer a sua soberania.
2. Em que consiste a Natureza de Deus
Embora saibamos que Deus se revelou a humanidade por meio de suas obras, sua natureza divina é manifesta por meio de seus atributos em relação à sua criação, pelos quais, ele se comunica; e atributos de sua natureza, que revelam a essência de Deus, ou seja, quem Ele é. Sendo assim, é por meio de seus atributos que Deus se fez conhecer à humanidade e neles, encontramos em que consiste a natureza divina. Na obra, Teologia Sistemática, Eurico Bérgsten encontramos um breve estudo a respeito de como Deus se relaciona com a sua criação:
“Deus é uma personalidade divina que pode e quer se comunicar com a sua criação. A Bíblia manifesta os três atributos absolutos de Deus nessa sua comunicação, isto é, sua onipresença, sua onisciência e sua onipotência:
a) Deus é onipresente. Ele não está sujeito à matéria! Para Ele não existe espaço nem tempo. Deus se move com a mesma facilidade do nosso pensamento, que em um dado momento pode estar em um lugar e no instante seguinte em outro. Assim como o centro de uma circunferência está à mesma distância da periferia, assim também Deus está perto de qualquer ponto do universo (Cf. Sl 139).
b) Deus é onisciente. ‘Deus conhece todas as coisas’ (1 Jo 3.20). ‘O seu entendimento é infinito’ (Sl 147.5). A sua onisciência não é um resultado de seu esforço de aprender, ou coisa que alguém tenha lhe favorecido. Não existe nenhum que tenha dado algo para aumentar o saber de Deus (Cf. Rm 11.35; Jó 41.11). Até o mais alto grau da sabedoria ou da ciência que um homem possa atingir, tem em Deus a sua origem (Cf. 1 Co 4.7).
c) Deus é onipotente. O próprio Deus disse: ‘Eu sou Deus Todo-Poderoso’ (Gn 17.1); ‘Haveria coisa alguma difícil ao Senhor?’ (Gn 18.14); ‘Eu sou o Senhor que faço todas as coisas’ (Is 44.24). A Bíblia afirma: ‘O poder pertence a Deus’ (Sl 62.11). Jesus chamou a seu Pai de ‘o Poder’ (Mt 26.64, ARC 1969) e disse : ‘A Deus tudo é possível’ (Mt 19.26), e ‘as coisas que são impossíveis aos homens, são possíveis a Deus’ (Lc 18.27). O anjo Gabriel disse: ‘Para Deus nada é impossível’ (Lc 1.37). Jó falou de Deus: ‘Bem sei eu que tudo podes’ (Jó 42.2). A onipotência de Deus significa que o poder dEle é ilimitado.
Da mesma maneira, Deus também se revela por meio dos atributos da sua natureza:
[...] Todas as características da sua Pessoa e da sua natureza não são apenas expressões de algumas atitudes que demonstra ou tem, mas constituem a própria substância, a essência da sua divindade. Assim, os atributos de Deus que correspondem a sua natureza são: verdade, perfeição, eternidade, fidelidade, santidade, justiça, amor, misericórdia, longanimidade e graça.” (CPAD, 2013, pp.30-40).
3. Como Deus se relaciona com a sua criação
Em vista disso, o Senhor Deus trata com a sua criação, a partir dos seus atributos, pelos quais, o homem se identifica com o seu Criador. Como vimos, por meio deles, Deus se faz conhecer ao homem. Porquanto, tanto as suas capacidades de onipresença, onipotência e onisciência, assim como as qualidades de sua natureza: verdade, perfeição, eternidade, fidelidade, santidade, justiça, amor, misericórdia, longanimidade e graça, são, de fato, peculiaridades de Deus, que Ele opera para que o homem reconheça a sua soberania, e também, aprenda a ser como o seu Criador, praticando tudo quanto, é agradável ao coração de Deus.
Além disso, Deus se importa com a sua criação, visto que o homem é a principal e mais excelente de todas as criaturas de Deus. Por isso, Ele cuida de tudo quanto envolve a humanidade, pois se importa, verdadeiramente com ela (Sl 8.3-8; Mt 10.29-31; Jo 3.16). No entanto, Deus tem um cuidado todo especial para com os seus. Os que servem a Deus recebem um tratamento diferenciado da parte do Criador, visto que são “filhos de Deus”, comprados por bom preço, e o Senhor os guarda e os guia por um caminho excelente. Não obstante, o pecado tenha gerado desordem na humanidade, ainda assim, o Criador resolveu estender a sua graça por meio de Cristo, a fim de que todos tenham uma nova oportunidade de tornarem a comunhão com Deus.
Considerações finais
Em virtude do que aprendemos até aqui, reafirmamos que, para conhecermos verdadeiramente a Deus, precisamos reconhecer a sua soberania. Ele é Deus, Ele é Senhor, e tudo quanto existe e subsiste está plenamente em suas mãos. Todas as coisas estão bem patentes aos seus olhos e nada foge do seu controle. Ele se manifesta de forma pessoal para com o homem, sua natureza é conhecida por meio dos seus atributos naturais e por meio daqueles que lhe são peculiares. A partir disso, Ele se relaciona com o homem, a principal e mais excelente de todas as suas criaturas. E, sobretudo, para com os seus filhos. Ele os guarda e os mostra qual o caminho que devem seguir.
Embora pareça que está tudo em completa desordem, tendo em vista que o mal é predominante sobre a terra, por conta do pecado do homem, ainda assim, Deus mantém o pleno controle sobre todas as coisas e sua presença transcende todas as coisas, porquanto, Ele é atemporal. Mesmo assim, Ele ama a obra de suas mãos e, a fim de demonstrar o seu incomensurável amor, Ele enviou o seu Filho Unigênito para morrer na cruz do calvário, para que todo aquele que nEle crer, não pereça, mas tenha a vida eterna. Conheçamos e prossigamos em conhecer o Senhor, pois Deus deseja fazer-se conhecido aos seus servos, de modo que nos identifiquemos com Ele e vivamos para sua glória.
Por Thiago Santos.
Educação Cristã.
Publicações. CPAD.