quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Lição 2 - 1º Trimestre 2015 - Jovens!

Lição 2

Eu creio em Deus Filho1° Trimestre de 2015
rev-jovensINTRODUÇÃO

I – A CONCEPÇÃO DO FILHO DE DEUS E SEU NASCIMENTO VIRGINAL (Is 7.14; Mt 1.18-22)
II – A OBRA SALVÍFICA DE JESUS CRISTO (Jo 1.41; 10.10; Lc 19.10)
III – HERESIAS A RESPEITO DA NATUREZA DE JESUS CRISTO
CONCLUSÃO
EVIDÊNCIAS DA DUPLA NATUREZA DE CRISTO
COLOSSENSES 2.9
Prezado professor, na lição desta semana, estudaremos a respeito das duas naturezas distintas encontradas em Jesus Cristo: a divina e a humana. O Filho de Deus, como é chamado nas Escrituras Sagradas, veio em forma de homem a este mundo, nascendo do ventre de uma virgem por intermédio da ação do Espírito Santo, e cumpriu a missão que lhe foi incumbida de proclamar a salvação aos perdidos e oprimidos, e trazê-los de volta a Deus. Embora, tenha deixado o trono da glória para cumprir o seu propósito, Cristo não abandonou a sua natureza divina, ele continua a se revelar como Deus Bendito e Poderoso, com seus atributos divinos.


Todavia, “aniquilou-se a si mesmo, assumindo a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens” (Cf. Fl 2.7), apresentando também todos os aspectos de um homem comum. Assim sendo, o Messias se entregou a morte, como um cordeiro mudo, ele não abriu a boca. Nosso Senhor cumpriu o propósito divino, para o qual foi enviado, de morrer na cruz do Calvário e, por meio de seu sangue derramado, trazer a redenção aos crentes e a remissão de seus pecados. Em razão disso, as Escrituras sagradas apresentam várias evidências que comprovam a deidade de Cristo, visto que tanto o seu lado humano, como o seu lado divino revelam ao mundo, a natureza do amor de Deus. Portanto, professor, é relevante que seus alunos compreendam a respeito da dupla natureza de Cristo, a fim de que possam buscar um relacionamento mais íntimo com o Cristo Deus.

1. A deidade de Cristo

As Escrituras confirmam a deidade de Cristo. Em várias passagens, Cristo apresenta aspectos que evidenciam a sua natureza divina. Na obra Teologia Sistemática de Eurico Bérgsten, podemos destacar alguns:
“a. Jesus é chamado Deus. ‘Do Filho diz: Ó Deus, o teu trono subsiste’ (Hb 1.8). Duas vezes Ele o chamou: ‘Meu Filho amado’ (Mt 3.17; Mc 9.7). Todo aquele, pois, que nega que Jesus é Filho de Deus, faz o próprio Deus mentiroso, ‘porquanto não creu no testemunho que Deus de seu Filho deu’ (1 Jo 5.10).
b. Jesus possuía atributos divinos. Ele era(é) onipotente (Lc 4.35,36,41); onisciente (Jo 2.24; 4.16-19); onipresente (Mt 28.20; 18.20; 2 Co 13.4); imutável (Hb 3.8; Hb 1.12); eterno (Cl 1.17; Jo 1.1; Mq 5.2); adorado. Ele que afirmou: ‘Ao Senhor teu Deus adorarás’ (Mt 4.10) e aceitou adoração (Mt 28.9-17; 14.33; 15.25). Veja também Hb 1.6.
c. Suas obras divinas provam a sua deidade. Jesus tomou parte na criação do mundo (Jo 1.3; Cl 1.16; 1 Co 8.6), e por Ele todas as coisas subsistem (At 17.28); realizou obras divinas (Jo 5.36; 10.25,37,38) e ressuscitou mortos (Lc 7.14,15; 8.54,55; Jo 11.39-44). Ele mesmo é a ‘Ressurreição e a vida’ (Jo 11.25; 5.25); também perdoou e perdoa pecados (Mt 9.5; Lc 5.20; 7.47-50; At 10.38).
d. A sua natureza divina prova a sua deidade. Jesus é santo. Era chamado ‘santo’ (At 2.27; 3.14; 4.27). Ele fez sempre o que era agradável a Deus (Cf. Jo 8.29). Amava a justiça e aborrecia a iniquidade (Cf. Hb 1.9). Ele não conhecia pecado (2 Co 5.21), era imaculado (Hb 7.26), sem mancha (1 Pe 1.19) e puro (1 Jo 3.3)” (CPAD, 2013, pp.50-52).

2. Jesus Cristo, homem

Da mesma maneira, Cristo apresentou todos os aspectos concernentes à natureza humana. Porquanto, ele era 100% Deus e 100% homem. Sendo assim, Cristo, a fim de cumprir a sua missão, “aniquilou-se a si mesmo, assumindo a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens” (Fl 2.7). Ele deixou a sua glória e se fez carne, a fim de se tornar Ele mesmo, a razão da salvação de todo aquele que nele crer. Durante o tempo em que esteve neste mundo, viveu como um homem comum, sujeito a todas às paixões humanas, mas sem pecado. Ele permaneceu santo e justo até o fim. A fim de entendermos melhor esta verdade, vejamos alguns aspectos apresentados por Eurico Bérgsten, que comprovam a sua humanidade:
“a. A Bíblia chama Jesus de ‘homem’. Quando Pedro falou, disse: ‘Jesus Nazareno, varão aprovado por Deus’ (At 2.22); Pilatos disse a respeito de Jesus: ‘Eis aqui o homem’ (Jo 19.5). Jesus disse, falando de si mesmo: ‘Nem só de pão viverá o homem’ (Mt 4.4); Ele também afirmou: ‘Mas, agora, procurais matar-me a mim, homem que vos tem dito a verdade’ (Jo 8.40); Paulo escreveu que a graça (Rm 5.15-18) e a ressurreição vieram por um homem (1 Co 15.21) e que há ‘um só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, homem’ (1 Tm 2.5).
b. Jesus nasceu como qualquer homem. Embora Maria houvesse concebido de modo sobrenatural pelo Espírito Santo (Lc 2.7), Jesus nasceu como todos os homens nascem (Lc 2.7). Deus lhe preparou um corpo (Hb 10.5), e Ele ‘veio em carne’ (1 Jo 4.2), e se fez carne (Jo 1.14), e como outro homem qualquer participou ‘da carne e do sangue’ (Hb 2.14). Assim, Ele teve corpo (Mt 26.12; Lc 24.39), alma (Mt 26.38) e espírito (Jo 11.33). Ele estava sujeito ao crescimento e ao amadurecimento naturais (Lc 2.40,52), e aprendeu a obediência (Hb 5.8).

3. Jesus integrou-se completamente na sociedade de sua época

a. Jesus era membro de uma família. Quando Maria concebeu pelo Espírito Santo, era noiva de José. Por revelação de um anjo, ele tomou conhecimento disso e resolveu aceitar Maria como a sua esposa.
b. Jesus teve um nome, como qualquer outro homem. O nome que Maria lhe deu foi aquele que o anjo havia dito que lhe dessem: ‘E lhe porás o nome de Jesus’ (Mt 1.21; Lc 1.31).
c. Jesus teve, como qualquer outro homem, a sua genealogia. A Bíblia até registra duas genealogias do lado de José, o pai adotivo de Jesus, o cabeça da família, que definia a sua posição jurídica (Mt 1.1-17), e a segunda genealogia do lado de Maria, a sua mãe, que definia a sua posição biológica (Lc 3.23-38). Nas genealogias judaicas não se registravam nomes de mulheres e, por isso, Maria não aparece em Lucas 3.23 como filha de seu pai Eli, mas em lugar dela, José, seu marido, como ‘filho de Eli’ (Cf. Mt 1.16).
d. Jesus teve a sua profissão secular. O seu pai adotivo era carpinteiro (Mt 13.55). Jesus aprendeu a mesma profissão, e por isso, era chamado de ‘carpinteiro’ (Mc 6.3)” (2013, pp.53-55).

4. Propósito, pelo qual, Cristo assumiu a forma humana

Em vista disso, a vinda de Cristo a este mundo, como homem, possuía uma finalidade: a salvação do homem. Sua morte na cruz do Calvário trouxe redenção aos crentes e a remissão dos pecados, por meio do seu sangue derramado (cf. Ef 1.7). Como um cordeiro mudo, Ele não abriu a boca, mas se entregou a fazer a vontade do Pai, “sendo obediente até a morte e morte de cruz” (Fl 2.8). O ato de Cristo abriu caminho para que o homem alcançasse a restauração da sua comunhão com o Criador e adentrasse no Santo dos santos, porquanto, o véu que os separava se rasgou e já não há mais impedimento para estar na presença de Deus.

Desse modo, que tipo de pessoa Jesus deveria ser, ou mesmo, se apresentar aos homens para que realmente trouxesse esperança aos que estavam perdidos em seus pecados? Não haveria outra maneira mais verdadeira e precisa do que Cristo se manifestar em carne, assumir a forma humana e sentir na pele o que realmente é enfrentar todos os dias as tentações e os problemas decorrentes da natureza humana decaída.

O autor de Hebreus relata a idoneidade de Cristo como nosso sumo sacerdote diante do Pai: “Visto que temos um grande sumo sacerdote, Jesus, Filho de Deus, que penetrou nos céus, retenhamos firmemente a nossa confissão. Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado. Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno” (Hb 4.14-16). Portanto, Ele é a causa da nossa salvação, pois a sua justiça na cruz é imputada a todo aquele que nEle crer e se arrepende dos seus pecados (Cf Rm 4.5).

Considerações finais

Considerando as evidências abordadas na lição, concluímos que tanto a divindade de Cristo, quanto o seu lado humano revelam ao mundo, a natureza do seu infinito amor. Porquanto Ele se esvaziou de sua glória para assumir a forma humana, e se humilhou como servo, a fim de fazer a vontade do Pai, e isso, até o fim, culminando em sua morte. Mesmo sendo Deus e possuindo os atributos divinos, se fez homem, adquirindo todos os aspectos da humanidade comum. Ele não hesitou em se entregar por amor, não abriu a boca para reclamar, nem replicou ou achou que não valeria a pena passar por tamanho sofrimento. Antes, glorificou ao Pai no momento mais angustiante de sua vida, dizendo: “Meu Pai, se é possível, passa de mim este cálice; todavia, não seja como eu quero, mas como tu queres” (Mt 26.39).

Com isso, Jesus cumpriu o propósito divino, para o qual, veio a este mundo e trouxe salvação ao perdido pecador, a fim de que a comunhão com o Criador fosse restaurada. Portanto, é imprescindível adquirir tal conhecimento acerca de Cristo, pois é Ele o nosso sacerdote real que nos compreende e fiel para interceder por nós diante do Pai.
Por Thiago Santos.
Educação Cristã. 
Publicações. CPAD.

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