quinta-feira, 11 de junho de 2015

Lição 10 - 2º Trimestre 2015 - O Discípulo de Jesus e os Movimentos Sociais. Jovens.

Lição 10

O Discípulo de Jesus e os Movimentos Sociais2° Trimestre de 2015
capa-subsidio-lbjINTRODUÇÃO
I - A DUPLA CIDADANIA DO CRISTÃO
II - MOVIMENTOS E ORGANIZAÇÕES SOCIAIS
III - A POSTURA DOS SERVOS DE JESUS FRENTE AOS MOVIMENTOS E ORNIZAÇÕES SOCIAIS
CONCLUSÃO

O PAPEL DO CRISTÃO NA SOCIEDADE (FILIPENSES 2.15)
Na aula desta semana, estudaremos concernente a participação do crente em uma mobilização social, ou, até mesmo, como integrante de uma organização não governamental.
Veremos que, como qualquer cidadão de bem, o cristão exerce direitos e deveres na sociedade em que vive. À medida que cumpre de forma adequada o que lhe compete, o cristão não somente contribui para uma sociedade mais igualitária, mas também testemunha, por intermédio de sua vida, que os princípios de justiça encontrados na Palavra de Deus valem a pena ser praticados, a fim de que alcancemos uma sociedade mais justa.

Para tanto, o cristão não deve estar alienado da sociedade, muito menos das questões políticas e sociais que a envolve. Antes, deve exercer o seu papel, nas mais importantes decisões de seu país, pois a liderança que impera, muitas vezes, não possui a verdade da Palavra de Deus como base ética que rege o seu governo. Por esta razão, a influência cristã pode e deve exercer papel significativo nas decisões, visto que muitas acabam por comprometer as atividades ministeriais e evangelísticas da igreja em determinado território.

Sendo assim, caro professor, participe aos seus alunos acerca dos direitos e deveres que o cristão deve tomar conhecimento para o exercício de sua dupla cidadania. Boa aula!

1. O cristão exerce direitos e deveres na sociedade.
Em vista disso, os direitos e deveres que envolvem o cristão são os mesmo que competem a qualquer cidadão comum. Os direitos são de categorias, civil, política e social.

Os civis são: o direito à vida, locomoção, privacidade, liberdade de expressão, de crença e consciência religiosa; Os políticos se referem à capacidade de votar e ser votado, participando ativamente da vida política de seu país; Os direitos sociais: acesso à saúde, trabalho, moradia, educação, etc. Todos estes são direitos que competem a cada cidadão de bem do seu país, dos quais, todos participam sem exceção.

Além disso, existem os deveres que estão de acordo com a Constituição, que é a Lei maior do país. Baseados nela há os códigos civil, penal, eleitoral, trabalhista, tributário e etc. Todos devem ser obedecidos, mas caso haja alguma desobediência ou irregularidade são passíveis de pena de acordo com a legislação vigente.

Dado isso, importa que o cristão cumpra de maneira adequada a responsabilidade que lhe compete, a fim de que contribua para uma sociedade mais igualitária, pois não é somente a justiça humana que envolve o seu cumprimento, mas também o cumprimento da justiça divina, servindo de testemunho para os descrentes de que a Palavra de Deus é constituída dos valores e princípios relevantes para que uma sociedade cresça de forma ética e saudável.
2. O cristão não deve estar alienado às questões políticas e sociais.
Por esta razão, é de suma importância que o cristão não esteja, de forma alguma, alienado às questões políticas e sociais de sua nação. Antes, deve entender que o exercício do seu papel é fundamental para que as decisões de seu país sejam tomadas com sabedoria e inteligência.

Elinaldo Renovato discorre que, “É fundamental que a Igreja do Senhor Jesus, formada por cidadãos dos céus, tenha uma influência marcante no meio social em que se insere. Não pode alienar-se dentro das quatro paredes dos templos, só pensando na parte espiritual. Esta é indispensável. Mas a participação na vida da comunidade é importante para o cumprimento da missão profética e salvífica que lhe está confiada. Assim, o cristão, desempenhando sua função política, precisa demonstrar com a mensagem e com a vida, que tem o melhor programa para o mundo, para a sociedade, para a família e para o indivíduo, baseado nos ditames da Palavra de Deus. A cidadania do céu, portanto, deve prevalecer em todas as decisões e envolvimento que o crente possa ter neste mundo”.

Outro aspecto fundamental em que o crente deve ter participação efetiva, a fim de manifestar o que pensa é quando exerce, sabiamente, o papel de eleitor. Nesse caso, Elinaldo Renovato continua a discorrer: “É de grande importância que o servo de Deus saiba exercer o seu direito, quando do momento das eleições municipais, estaduais ou federais. É hora de mostrar que é cidadão da terra. Como tal, lembrar-se de que é ‘sal da terra’ e ‘luz do mundo’ (Mt 5.13,14). A omissão do exercício do voto por parte do servo de Deus pode redundar em graves prejuízos para a própria igreja local, regional ou nacional.
[...] O ‘casamento’ entre homossexuais é condenado de modo veemente na Bíblia, tanto no Antigo Testamento (cf. Dt 23.17,18; Lv 18.22; 20.13), como no Novo Testamento (cf. Rm 1.24-32). Mas, nas casas legislativas, os parlamentares não se baseiam na Bíblia, e sim, nos interesses partidários, a na opinião pública, talvez entendendo, erroneamente, que ‘a voz do povo é a voz de Deus’. Assim, somente através dos representantes do povo é que uma lei pode ou não ser aprovada. E esses são eleitos pelas pessoas em geral, as quais, na hora da votação, são niveladas pelo direito legítimo do voto popular” (Ética Cristã: Confrontando as Questões Morais do Nosso Tempo. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2002, pp. 198-200).

Considerações finais
Assim sendo, os direitos e deveres que são de responsabilidade de cada cidadão praticar, não se resumem ao simples cumprimento de um conjunto de regras que fazem parte de uma esfera legislativa, mas servem de oportunidade para o cristão, além de exercer a sua cidadania, influir na sociedade, a sua ética de vida, baseada nas Escrituras Sagradas, mostrando ao mundo que a sociedade pode ser melhor, caso obedeça aos preceitos e valores da Palavra de Deus.

Por esta razão, o crente não deve estar alienado de suas atribuições legais e nem das questões políticas e sociais que envolvem a sua nação. Visto que, sua influência na sociedade, seja de forma direta, a fim de propagar os valores da Palavra de Deus, ou, seja de forma política, sua contribuição para o país deve vir das mais diversas formas possíveis.

Portanto, que possamos ter a consciência de que o evangelho de Cristo não está restrito ao espaço geográfico eclesiástico, mas possui poder crucial na vida da sociedade, de forma política, filosófica, intelectual, espiritual e outras mais. Em todo lugar e de várias maneiras devemos ser o “Sal da terra” e a “Luz do mundo” (Mt 5.13-16; 28.19,20).

Por Thiago Santos.
Educação Cristã.
Publicações. CPAD.

Lição 9 - 2º Trimestre 2015 - Jesus e a Cobiça dos Homens. Jovens.

Lição 9

Jesus e a Cobiça dos Homens2° Trimestre de 2015
capa-subsidio-lbjINTRODUÇÃO
I - A GANÂNCIA
II - A COBIÇA POR PODER
III - O MAIOR NO REINO DE DEUS
CONCLUSÃO

APRENDENDO A CONTENTAR-SE COM O QUE TEM (FILIPENSES 4.10-13)
Na aula desta semana, aprenderemos que o crente deve ter o cuidado para que a avareza, a cobiça e o orgulho não dominem o seu coração. Por esta razão, há situações que Deus permite o cristão passar a fim de que o bom caráter de Cristo seja moldado em sua vida.
Muitas vezes, a fase de escassez e as intempéries no deserto da vida cristã cooperam para que o coração do servo de Deus não se endureça, e assim como o povo hebreu, que caiu no deserto, do mesmo modo não sejamos tragados pela ganância e vanglória de estar em uma boa situação na presença de Deus. Há muitos que, depois de alcançarem a benção de Deus se esquecem de agradecer ou não perseveram em servir a Deus com o mesmo ânimo e predisposição que tinham durante os momentos de dificuldade.

Por esse motivo, o Senhor permite que seus servos aprendam a lidar com a necessidade e a contentar-se com o que possuem; a estar abatidos, assim como a ter abundância; em toda maneira e em todas as coisas serem instruídos, seja na fartura ou na necessidade, para que, finalmente, possam dizer: “Posso todas as coisas naquEle que me fortalece” (cf. Fp 4.11-13). Desse modo, podemos compreender que o Senhor tem os seus meios de manifestar a sua providência na vida de seus servos.

Caro professor, enfatize para sua turma que, muitas situações que o jovem passa nesta fase é fruto do propósito divino para que tenham um futuro abençoado na presença de Deus. Ensine que, muitas vezes, um período de escassez ou dificuldade poderá ser revertido em êxito e benção de Deus, se não desfalecermos na fé. Que Deus abençoe e boa aula!

1. O bom resultado da escassez e intempéries da vida.
A juventude é uma etapa de semeadura. As mais importantes decisões da vida são tomadas nesta fase. No entanto é um período em que, muitas vezes, os recursos para subsistência e preparação para o futuro tornam-se escassos. Na vida cristã não é diferente, assim como o povo hebreu atravessou durante anos por um deserto escaldante (cf. Dt 2.7), também temos de enfrentar momentos de escassez como se estivéssemos numa terra seca. São as intempéries da vida que surgem sem avisar e por um instante, parece que perdemos toda a nossa estrutura e capacidade de resolver os eventuais problemas.

No entanto, a Palavra de Deus ensina: “Mas o justo viverá da fé” (Hb 10.39b). Nesse contexto, a nossa fé é aperfeiçoada mediante as provações para que o bom resultado seja um coração mais quebrantado e sensível a voz de Deus. Dado que, em muitas situações, após uma série de vitórias, a tendência humana é afastar-se de Deus e aderir ao comodismo. Muitos perdem o ânimo e a predisposição que tinham nos momentos de dificuldades. Mas Deus, que é riquíssimo em sabedoria e sabe o que é melhor para os seus filhos, permite com que sejam provados, a fim de moldá-los à estatura de Cristo (cf. Ef 4.13).

Bíblia de Estudo Pentecostal comenta este quadro da seguinte maneira: “O segredo do contentamento, da satisfação, é reconhecermos que Deus nos concede, em cada circunstância, tudo quanto necessitamos para uma vida vitoriosa em Cristo (1 Co 15.57; 2 Co 2.14; 1 Jo 5.4). Nossa capacidade de viver vitoriosamente acima das situações instáveis da vida provém do poder de Cristo que flui em nós e através de nós (v. 13; ver 1 Tm 6.8). Isso não ocorre de modo natural: precisamos aprender na dependência de Cristo” (CPAD, 1995, p. 1829). Somente assim, cresceremos e amadureceremos na vida cristã.

2. A providência divina no tempo certo.
De outro modo, as lições que aprendemos mediante as dificuldades nos tornam mais fortes espiritualmente e emocionalmente. À medida que somos tratados pelas mãos do Senhor, percebemos a sua providência em nossas vidas. No entanto, é importante enfatizar que há um tempo determinado para todas as coisas que Deus permite que sobrevenham em nosso viver (cf. Ec 3.1). Mas, certamente, podemos confiar que Ele não desampara os que são seus (cf. Sl 37.28).

A respeito disso, o apóstolo Paulo declara aos filpenses o seu exemplo, pois aprendeu a contentar-se com o que tinha e nas condições em que se encontrava. O Comentário Bíblico Beacon, discorre dos versos10 e 11 do capítulo 4: “Assegurando aos crentes filipenses que ele passa bem, embora, até recentemente, não pudessem ter parte nesse bem estar, Paulo declara: ‘Não digo isto por necessidade, porque já aprendi a contentar-se com o que tenho (v. 11). No original grego, com o que tenho é ‘nas circunstâncias em que estou’, indicando sua atual situação prisional. O termo grego autarkes (contentar) tem o sentido de ‘renda suficiente para necessidades’, ‘meios suficientes para a subsistência’. O apóstolo se ajusta a toda e qualquer situação, depois de ter aprendido que circunstâncias como estas não aumentam nem diminuem sua felicidade maior” (CPAD, 2006, p. 280).

Vejamos que, não eram as circunstâncias pelas quais o apóstolo dos gentios passava que determinava a sua posição de fé perante Deus. Pelo contrário, Paulo era constante em todo tempo, e todas as dificuldades que ele sofreu contribuíam para o seu fortalecimento e testemunho diante das igrejas por onde passou.

Considerações finais
Assim sendo, devemos ter em mente que “todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados por seu decreto” (Rm 8.28). Por esta razão, a avareza, a cobiça e orgulho não devem dominar o coração dos que servem a Deus. Antes, o caráter de Cristo deve ser moldado no crente a cada dia.

Para isso, Deus permite com que aprendamos com as provações. A princípio, não parecem ser proveitosas, mas o resultado final de tais situações é o amadurecimento espiritual e o crescimento na presença de Deus. É importante que, os que querem servir a Deus e seguir as pisadas de Cristo, aprendam com as dificuldades e momentos difíceis, pois a cada etapa que atravessamos, Deus nos torna mais fortes e compreensivos com as intempéries da vida (cf. Rm 5.3,4).

Que possamos seguir o exemplo do apóstolo Paulo e contentar-nos com o que temos de maneira que o nome do Senhor seja glorificado em nosso viver (1 Co 11.1). Pois Deus é poderoso para reverter o nosso quadro de dificuldade em benção e êxito para nossas vidas em tudo quanto formos fazer.

Por Thiago Santos.
Educação Cristã.
Publicações. CPAD.

Lição 11 - 2º Trimestre 2015 - A Última Ceia. Adultos.

Lição 11

A Última Ceia
2º Trimestre de 2015
capa-subsidio-lbaINTRODUÇÃO
I – ANTECEDENTES HISTÓRICOS DA ÚLTIMA CEIA

II – A CELEBRAÇÃO DA ÚLTIMA CEIA

III – OS ELEMENTOS DA ÚLTIMA CEIA

CONCLUSÃO

“A SANTA CEIA, UM MOMENTO MUITO ESPECIAL” (LUCAS 22.17-20)
Na aula desta semana, aprenderemos acerca do significado da ceia instituída pelo Senhor. A Santa Ceia é um momento muito especial em que trazemos a memória, o ato vicário de Cristo sobre a cruz do Calvário por amor às nossas vidas. Por esta razão, devemos ser gratos a Deus, pois Cristo se tornou a causa da nossa salvação, e não somente nossa, mas também de todos quantos recebem a fé e obedecem ao evangelho.
Daí a importância da ceia instituída por Cristo três dias que antecedia a Páscoa judaica. Ele mesmo tomando o cálice declarou: “Tomai-o e reparti-o entre vós, porque vos digo que já não beberei do fruto da vide, até que venha o Reino de Deus. E, tomando o pão e havendo dado graças, partiu-o e deu-lho, dizendo: Isto é o meu corpo, que por vós é dado; fazei isso em memória de mim. Semelhantemente, tomou o cálice, depois da ceia, dizendo: Este cálice é o Novo Testamento no meu sangue, que é derramado por vós” (Lc 22.17-20).

Desse modo, deve haver a consciência de que este momento não pode ser realizado de qualquer maneira e, por isso, os que participam não devem fazê-lo indignamente (cf 1 Co 11.27). Deve haver uma profunda reflexão em nosso coração a respeito de nossa prática cristã. Será que estamos obedecendo a Palavra de Deus de maneira devida ou há rebeldia em nosso coração? “Examine-se o homem a si mesmo” (v. 28). Portanto, caro professor, apresente aos seus alunos, a importância do momento da santa ceia para a vida cristã. Boa aula!
I. A importância da Santa Ceia.
A Santa Ceia é uma importante ordenança que Cristo deixou aos seus discípulos. A nossa salvação deve ser lembrada com amor e gratidão a Deus, pois éramos pecadores perdidos e destituídos da glória de Deus (cf. Rm 3.23), mas agora, fomos alcançados por sua maravilhosa graça, pelo alto preço que Cristo pagou em nosso lugar, na cruz do Calvário (Cl 2.13,14).

Por este motivo, é muito importante que celebremos a ceia como o marco da libertação do pecado para uma vida graciosa na presença de Deus e em comunhão com Ele. A Bíblia de Estudo Pentecostal discorre a respeito da importância da santa ceia: “A Ceia do Senhor é descrita em quatro trechos bíblicos: Mt 26.26-29; Mc 14.22-25; Lc 22.15-20; 1 Co 11.23-32. Sua importância relaciona-se com o passado, o presente e o futuro.

(1) Sua importância no passado. (a) É um memorial (gr. anamnesis; vv. 24-26; Lc 22.19) da morte de Cristo no Calvário, para redimir os crentes do pecado e da condenação. Através da Ceia do Senhor, vemos mais uma vez diante de nós a morte salvífica de Cristo e seu significado redentor para nossa vida. A morte de Cristo é nossa motivação maior para não cairmos em pecado e para nos abstermos de toda a aparência do mal (1 Ts 5.22). (b) É um ato de ação de graças (gr. eucharistia) pelas bênçãos e salvação de Deus, proveniente do sacrifício de Jesus Cristo na cruz por nós (v. 24; Mt 26.27,28; Mc 14.23; Lc 22.19).

(2) Sua importância no presente. (a) A Ceia do Senhor é um ato de comunhão (gr. Koinonia) com Cristo e de participação nos benefícios de sua morte sacrificial e, ao mesmo tempo, comunhão com os demais membros do corpo de Cristo (10.16,17). Nessa ceia com o Senhor ressurreto, Ele, como o anfitrião, faz-se presente de modo especial (cf. Mt 18-20; Lc 24.35). (b) É o reconhecimento e a proclamação da Nova Aliança (gr. Kaine diatheke) mediante a qual os crentes reafirmam o senhorio de Cristo e o nosso compromisso de fazer a sua vontade, de permanecer leais, de resistir o pecado e de identificar-nos com a missão de Cristo (v. 25; Mt 26.28; Mc 14.28; Lc 22.20).

(3) Sua importância no futuro. (a) A Ceia do Senhor é um antegozo do reino futuro de Deus e do banquete messiânico, quando então, todos os crentes estarão presentes com o Senhor (Mt 8.11; 22.1-14; Mc 14.25; Lc 13.29; 22.17,18,30). (b) Antevê a volta iminente de Cristo para buscar o seu povo (v. 26) e encerra a oração: ‘Venha o teu Reino’ (Mt 6.10; cf. Ap 22.20). Na Ceia do Senhor, toda essa importância acima mencionada, só passa a ter significado se chegarmos diante do Senhor com fé genuína, oração sincera e obediência à Palavra de Deus e à sua vontade”. (CPAD, 1195, p. 1753).

II. Não devemos tomar do cálice indignamente.
Tendo em vista que a celebração da ceia possui um significado tão especial para nós, devemos observar de que maneira estamos participando desse momento. A Palavra de Deus exorta aos que participam do cálice do Senhor, que não devem participar de forma indigna (cf. 1 Co 11.27,28).

A Ceia do Senhor deve ser encarada como um momento de renovação espiritual e não de remorso. Qualquer espírito indiferente seja de autocomiseração, ou até mesmo em outro extremo, de egocentrismo e irreverência deve ser rejeitado. Na verdade, o que deve haver, é uma profunda reflexão com relação a nossa prática cristã, visto que é nossa responsabilidade não somente professar o evangelho, como também praticá-lo de bom grado.

Laurence O. Richards, em o Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento, discorre a respeito deste fato da seguinte maneira: “Algumas pessoas da igreja estão participando da Ceia ‘indignamente’, como mostram os versículos de 1 Co 11.27-34. Aqui a falha é a maneira indigna (v. 27) de participar. O problema não é a forma da celebração, mas a atitude do celebrante. Aqueles que se aproximam com soberba, ignorando pecados não confessados, se arriscam a desagradar a Deus, podendo vir a sofrer enfermidades e até mesmo a morte física. A Ceia do Senhor reverencia um sacrifício feito para nos libertar do grilhão do pecado. Não podemos participar dignamente, se estivermos chafurdando (corrompendo) alegremente na presas do pecado e, dessa forma, negando o propósito da morte de Cristo” (CPAD, 2012, p. 357).

Por esta razão, devemos aproveitar este momento para buscarmos fortalecimento e intimidade com Deus, a fim de que possamos crescer espiritualmente e evitar o pecado.
Considerações finais
Em vista do que temos aprendido, a ceia do Senhor deve ser um momento tratado com carinho e reverencia por cada crente. A fé que temos na morte de Cristo não deve ser lembrada com tristeza, e sim com alegria, pois Ele mesmo se tornou a razão da nossa redenção e salvação (cf. Hb 5.9).

Ao apresentar o cálice e o pão, Cristo inaugura um Novo Testamento que tem a marca do seu sangue, derramado por nós (Lc 22.17-20). Por este motivo, nosso coração deve anelar por uma prática de vida cristã de profunda comunhão e intimidade com Deus, pois os que negligenciam tal oportunidade, somente cumprem um formalismo e estão distantes de conhecerem as virtudes do Reino dos Céus e da graça divina.

Portanto, que possamos refletir, acerca da importância que este memorial tem para nossa vida cristã e buscarmos uma real renovação espiritual intensa, tanto em nossa mente como em nosso caráter diante de Deus (cf. Rm 12.1,2).

Por Thiago Santos.
Educação Cristã.
Publicações CPAD.

terça-feira, 9 de junho de 2015

Lição 10 - 2º Trimestre 2015 - Jesus e o Dinheiro - Adultos.

Lição 10

Jesus e o Dinheiro
2º Trimestre de 2015
capa-subsidio-lbaINTRODUÇÃO
I – O DINHEIRO, BENS E POSSES NAS PERSPECTIVAS SECULAR E CRISTÃ

II – DINHEIRO, BENS E POSSES NO JUDAÍSMO DO TEMPO DE JESUS

III – DINHEIRO, BENS E POSSES NOS ENSINOS DE JESUS

CONCLUSÃO

“A VIDA, UM BEM MAIOR QUE AS RIQUEZAS” (LUCAS 12.15)
Na aula desta semana, aprenderemos a respeito do uso devido do dinheiro. As Escrituras não condenam a aquisição honesta de riquezas, e, sim, o amor a elas dispensado.
Nesta perspectiva, veremos de que forma o secularismo e o materialismo estão presentes até mesmo no meio cristão. Embora essa seja uma triste realidade, importa que saibamos que a vida é o maior bem que podemos ter e cuidar. O próprio Deus, apesar de ser o dono e Criador de todas as coisas, considera o ser humano como a maior riqueza de toda a sua criação. Ele se preocupa com o que somos, e não com o que temos.

As riquezas e a inquietação pelos bens materiais não devem dominar o coração dos que servem a Deus. Por mais que seja necessário adquirirmos bens nesta vida, eles não devem assumir o lugar de honra e adoração que pertencem somente ao nosso Criador. Não é o dinheiro em si, e sim o amor desenfreado pelo dinheiro, a raiz de todos os males (1 Tm 6.10).

Portanto, caro professor, enfatize aos seus alunos a respeito da mordomia cristã. Reflita com a classe que devemos cuidar, sim, de todas as coisas que o Senhor nos dispensou, sabendo que somos apenas administradores de bens que não nos pertencem. Tenha uma ótima aula!
I. Deus se preocupa com o que somos e não com o que temos.
Em nossos dias, tem predominado na mente das pessoas, um secularismo tal, qual nunca ouve em toda a história da humanidade. São pessoas que vivem em uma sociedade onde os valores da Palavra de Deus já não fazem a menor diferença. Exercer uma religiosidade já não é mais tão interessante, afinal de contas, “Deus está em meu coração”, é o que muitos dizem.

Os que seguem por este caminho, encontram aconchego no bem estar material, e acreditam que uma boa condição financeira é suficiente para suprir todas as necessidades desta vida. No entanto, isso é um engano e pura vaidade, pois a natureza humana é composta de matéria, mas também possui caráter espiritual, cujo autor e Criador é Deus e a esta necessidade, somente Ele pode inteirar.

Diante disso, a maior preocupação que encontramos além da predominância do secularismo e do materialismo em nossa sociedade, é quando tais práticas adentram o espaço da igreja. Quando falamos espaço da igreja, não nos referimos somente ao espaço físico, mas quando estas práticas tornam-se parte da concepção de vida cristã, em que se aprende a ter fé em Deus, baseada na prosperidade material e na busca incessante pelo suprimento das necessidades materiais e emocionais.

Contudo, este é um perigo que tem rondado as igrejas, de modo que muitos já não veem a necessidade de se cultivar uma vida espiritual santa e obediente a Deus de maneira que o Senhor seja honrado e respeitado em primazia. Mas, para Deus, o maior bem não consiste nos bens que temos a oferecer, e sim na qualidade de um coração que adore a Deus em espírito e em verdade (cf. Jo 4.23,24).

II. As riquezas não devem ocupar o lugar de Deus.
Em face disso, Jesus ensinou a respeito de não andarmos ansiosos pelos cuidados desta vida. No evangelho de Mateus, no capítulo 6, versículos 19 a 34, nosso mestre salienta a respeito da preocupação humana pelos bens materiais em contraste com o bem maior que é a eternidade.

Há um a preocupação incessante no coração do homem pelo seu bem estar presente e também futuro. Por esta razão, ele se inclina a trabalhar e a ajuntar tesouros nesta vida, a ponto de se tornar um escravo do dinheiro de modo que lhe obedece em tudo o que ele exigir para que a vida humana tenha dignidade (cf. Rm 6.16; 1 Tm 6.10).

Em contraste, Jesus afirma: “Não podeis servir a Deus e às riquezas” (Mt 6.24). Laurence O. Richards discorre deste texto da seguinte maneira: “Nós sabemos o que significa servir a Deus. Mas como pode uma pessoa servir ao Dinheiro? A palavra grega para ‘servir’, douleuein, enfatiza a sujeição da vontade. Ela tem a mesma raiz que a palavra ‘escravo’. Podemos parafrasear este versículo do seguinte modo: ‘Ninguém pode ser escravo do dinheiro e ainda servir a Deus’.

Jesus está afirmando uma profunda verdade espiritual e psicológica. Podemos ser capazes de compartimentar nossos pensamentos, de modo que o trabalho, o lar, a diversão e a igreja sejam mantidos separadamente. No fundo, no entanto, elas serão um valor que orienta a maneira como cada escolha é avaliada. Para alguns, este valor é a popularidade, e tais pessoas farão qualquer coisa para obter a aprovação da multidão. Para muitos, o valor básico é a riqueza, e cada escolha é, em última análise, avaliada pelo resultado econômico final. Jesus nos diz que o valor orientador do reino é a vontade de Deus, e Deus deve ter prioridade em nossas vidas. Se não decidirmos servir a Deus, e fazer com que agradar a Ele seja a coisa mais importante de nossas vidas, certamente seremos escravizados a alguma coisa que não tem nenhum valor. Somente o serviço a Deus é que traz as riquezas eternas” (Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2012. 32,33).

Sendo assim, os que são motivados pelo amor ao dinheiro, farão o que for preciso para consegui-lo, mesmo se for necessário abrir mão dos valores da Palavra de Deus. Todavia, por maiores que sejam as nossas necessidades materiais, elas nunca serão mais importantes que a nossa devoção a Deus.
Considerações finais
Concluímos que, embora tenhamos por necessário, adquirirmos bens deste mundo para nossa subsistência, devemos usufruir dele como se nada dele tivéssemos (cf. 1 Co 7.30,31).

O secularismo e o materialismo têm invadido o meio cristão, ditando uma nova maneira de viver, totalmente inadequada aos padrões bíblicos. Embora seja essa a realidade de muitos, contudo não deve ser a nossa. Sabemos que temos um Deus que supre todas as nossas necessidades em glória (Fp 4.19). Nosso Deus ama a humanidade e nos considera como primícias de todas as suas criaturas (cf. Tg 1.18). Ele nos considera pela qualidade do que somos para Ele, e não por aquilo que provém de nossas mãos.

Desse modo, as riquezas e os bens materiais não devem dominar o coração dos que servem a Deus, pois somente ao Senhor pertence a honra e a glória. O dinheiro até pode ser um recurso passível de ser utilizado, porém não deve ser o alvo da nossa devoção. Os bens que o Senhor nos dispensa, faz de nós, simplesmente administradores do seu Reino e deveremos prestar contas ao nosso Deus de todas as coisas que fazemos com as suas propriedades (Rm 14.10). Que possamos prestar uma excelente mordomia ao nosso Senhor, pois certamente Ele nos recompensará (2 Co 5.10).
Por Thiago Santos.
Educação Cristã.
Publicações CPAD.

quarta-feira, 27 de maio de 2015

Lição 9 - 2º Trimestre 2015 - As Limitações dos Discípulos. Adultos.

Lição 9

 As Limitações dos Discípulos
2º Trimestre de 2015
capa-subsidio-lbaINTRODUÇÃO
I – LIDANDO COM A DÚVIDA

II – LIDANDO COM A PRIMAZIA E O EXCLUSIVISMO

III – LIDANDO COM A AVAREZA

CONCLUSÃO

“A AUTORIDADE ESPIRITUAL DO DISCÍPULO DE CRISTO” (MATEUS 20.25-28)
Nesta semana, estudaremos concernente ao comportamento dos discípulos de Jesus em relação aos seus ensinamentos. Veremos que a autoridade espiritual que Cristo concedeu aos seus discípulos está em contraste com os rudimentos deste mundo (Mt 20.25-28).
Jesus ensinou que os príncipes dos gentios dominam sobre eles com autoridade, mas não seria esta a maneira adequada com que os discípulos deveriam exercer a autoridade no Reino de Deus. Antes, a autoridade dos discípulos seria a espiritual, vinda do Alto, corroborada de poder e unção para que exercessem o ministério divino. Para isso, a humildade e a predisposição em servir seriam indispensáveis (1 Pe 5.1-3).

Além do mais, os que seguem as pisadas de Cristo, devem consagrar suas vidas no altar de Deus, a fim de que possam exercer o ministério divino com poder e autoridade. Uma vida de oração e obediência à Palavra de Deus é imprescindível para o crescimento e bom efeito da obra de Deus.

Caro professor, enfatize aos seus alunos que temos a responsabilidade de fazer a obra que Cristo nos outorgou com excelência e, para isso, devemos buscar ser humildes e ter uma vida consagrada a Deus. Visto que o Senhor deseja realizar muitas maravilhas por nosso intermédio, à medida que nos colocamos no altar de Deus.
I. A autoridade espiritual e a primazia terrena.
Em face disso, o ensinamento de Cristo contrasta com a concepção mundana a respeito do exercício da autoridade. No mundo, os que exercem autoridade, possuem as propriedades materiais e os meios de produção. Estes dominam literalmente sobre os que servem e não possuem recursos próprios para produzir. Dessa forma, há uma hierarquia que, por natureza, rege a ordem pública e organiza a sociedade em si, e conduz o funcionamento do mundo em que vivemos.

Nesse contexto, Cristo chama os seus discípulos para que sejam “Sal da terra” e “Luz do mundo”, dizendo-lhes como deveria ser a autoridade deles neste mundo: “Não será assim entre vós; mas todo aquele que quiser, entre vós, fazer-se grande, que seja vosso serviçal” (cf. Mt 20.26). Jesus concede aos seus discípulos uma lição de humildade, seguida de uma predisposição em servir que deve ser intrínseca daqueles que querem fazer parte do Reino e exercer autoridade nele.

O evangelho de Cristo não traz promessas de poder e status aos que aderem a fé. Os que querem alcançar posições mais altas a fim de exercer autoridade e domínio sobre as pessoas, certamente, estão equivocados com relação à proposta do Reino de Deus. De outro modo, devem dedicar suas vidas em favor de ajudar o próximo e trabalhar para o crescimento e edificação espiritual da Igreja de Cristo (cf. Jo 13.34; Cl 3.14; 1 Jo 3.14). Tais características são indispensáveis para o exercício do ministério divino.

II. Consagração a Deus para o exercício do ministério.
Semelhantemente, outro aspecto indiscutivelmente essencial para a vida cristã é a consagração a Deus. Os que seguem a Cristo e almejam por fazer a obra de Deus, devem consagrar suas vidas no altar do Senhor. A orientação divina aos seus servos da Igreja Primitiva consistia em que não realizassem a obra de qualquer maneira (cf. Fp 3.17; 1 Ts 1.6; 1 Tm 4.6,12-16).

Consagrar-se aqui, significa dedicar-se a Deus. O Senhor exorta a que nos purifiquemos de toda imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a santificação no temor de Deus (2 Co 7.1). O Dicionário Vine classifica o termo “aperfeiçoar (gr. epiteleo) como um processo em andamento” (CPAD, 2009, p. 406). A consagração a Deus deve ser algo contínuo na vida do cristão. O zelo pela realização da obra ministerial é um diferencial no Reino de Deus.

É bem verdade que o trabalho realizado pela igreja consiste em ações éticas, morais e sociais, mas o objetivo principal é espiritual. Neste âmbito encontra-se a missão de proclamar o evangelho a toda criatura, sabendo que teremos de enfrentar as investidas do inferno contra nós, que tentam impedir o alcance dos mais carentes de salvação.

Por esta razão, todo cristão deve consagrar a vida ao Senhor e encher-se do Espírito Santo, a fim de utilizar das armas da justiça para destruição das fortalezas e de toda altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus (2 Co 10.4-6). O crente deve ter uma vida devocional de oração e estudo da Palavra de Deus para que possa se fortalecer, pois em tudo deve se mostrar santificado (1 Ts 5.23).

Dado que, a autoridade divina, diferentemente da secular, não consiste em tempo de Igreja ou em fartura de conhecimento, e sim na obediência de um coração puro e verdadeiro para com Deus e a sua igreja. Esta é a verdadeira consagração a Deus.
Considerações finais
Finalmente, entendemos que a autoridade concedida aos discípulos de Cristo, em momento algum atendeu à ambição pessoal de qualquer um deles, ou mesmo teve por crédito, promovê-los individualmente. Antes, a graça do evangelho transformou homens indignos e discriminados pela sociedade em pescadores de homens (Mt 4.19). O evangelho de Cristo trouxe a regeneração dos corações arrependidos e constituiu apóstolos de um ministério divino, cuja marca oficial é a humildade.

Sendo assim, a autoridade a eles concedida deveria ser seguida de uma vida de oração e obediência à Palavra de Deus. Porquanto, disso depende o crescimento e edificação da igreja (1 Co 12.12-14).

Do mesmo modo, o exercício do ministério na igreja moderna também deve ser realizado com primor. Além disso, a nossa motivação em fazer a obra deve ir além de um simples encargo a nós dispensado. Isso explica o porquê de muitas vezes, não testemunharmos tantos milagres na igreja atual. O apóstolo Paulo afirma: “Verdade é que também alguns pregam a Cristo por inveja e porfia, mas outros de boa mente; [...] Mas que importa? Contanto que Cristo seja anunciado de toda a maneira, ou com fingimento, ou em verdade, nisto me regozijo e me regozijarei ainda” (Fp 1.15,18).

Portanto, que possamos refletir na maneira como temos feito a obra, pois desfrutamos de um mesmo Espírito, mas a nossa convicção e motivação para realização da obra de Deus devem ser repensadas.
Por Thiago Santos.
Educação Cristã.
Publicações CPAD.

quinta-feira, 21 de maio de 2015

Lição 8 - 2º Trimestre 2015 - Jesus e as Minorias - Jovens.

Lição 8

Jesus e as Minorias2° Trimestre de 2015
capa-subsidio-lbjINTRODUÇÃO
I - JESUS, OS POBRES E OS ENFERMOS
II - JESUS,  AS MULHERES, AS CRIANÇAS E OS SAMARITANOS
III - COMO TRATAR AS MINORIAS
CONCLUSÃO

BEM-AVENTURADOS VÓS, OS POBRES, PORQUE VOSSO É O REINO DE DEUS (LUCAS 6.20)
Na lição desta semana, estudaremos acerca da compaixão que Cristo demonstrou pelos menos favorecidos da sociedade. O Reino de Deus é diferente do reino humano, porque está disponível a todos que o buscam com um coração humilde e dependente da graça divina (Mt 6.19-21).
Nesse Reino, não há acepção de pessoas, pois o amor de Deus é manifesto a todos que o aceitam e desejam fazer parte dele. A provisão desse Reino vai ao encontro das maiores necessidades da natureza humana, sejam elas de âmbito espiritual, emocional ou mesmo material (Mt 5.1-12).

A compaixão de Cristo excedeu e muito a compreensão humana do que significa apieda-se do sofrimento do próximo. Antes, Cristo, por sua morte vicária, assumiu o nosso lugar no sofrimento da cruz, a fim de nos garantir uma vida de paz e a confiança da vida eterna. Por essa razão, o Reino de Deus compreende e supre as maiores das necessidades da humanidade, visto que Deus se solidariza com a sua carência (Mc 6.34).

Sendo assim, caro professor, destaque nesta lição, o papel primordial da Igreja em apresentar um evangelho que se importa com a carência das pessoas. Além disso, destaque a qualidade do Reino de Cristo em condenar qualquer tipo de opressão ou discriminação ao próximo, seja em função de força política ou ideológica. Boa aula!

1. A compaixão de Cristo pelos menos favorecidos.
Uma das qualidades mais intrínsecas e louváveis de Cristo é a compaixão. Nosso Senhor Jesus Cristo se compadeceu puramente de todos aqueles à sua volta que o suplicavam por uma cura ou algum milagre de qualquer natureza. Quando se refere aos pobres como bem-aventurados, Cristo ensina que aqueles que têm a fé, já não estarão sem provisão. Pois mostram em seu espírito, a dependência humilde da graça de Deus (Mt 6.25-34).

Assim, a provisão do Reino de Cristo está disponível a todos os que creem, pois em Cristo, não há acepção de pessoas. Antes, sua graça é poderosa para suprir as maiores necessidades da humanidade, seja no âmbito espiritual, no que diz respeito à salvação, visto que Ele já pagou o preço com a sua morte vicária em que levou os nossos pecados sobre si para a nossa justificação (Rm 5.1,2); seja de cunho emocional, pelo fato de interceder por nossas necessidades emocionais, a fim de que tenhamos o Consolador para nos amparar e fortalecer mediante as aflições deste mundo (Jo 14.16-18); ou mesmo pelas necessidades materiais, que precisamos que sejam supridas durante o tempo da nossa peregrinação, mas que não devem ser prioridade, pois os que buscam o Reino de Deus em primeiro lugar, de nada têm falta (Mt 6.33).

Portanto, o Reino de Cristo está fundamentado em amor para que os pobres, ou mesmo aqueles que reconhecem a sua pobreza, encontrem neste Reino, a verdadeira bem-aventurança que desfrutam os que recebem a Palavra do evangelho com humildade.
2. O Reino de Deus e a pobreza humana.
Em face disso, quando discorremos a respeito da bem-aventurança que desfrutam os pobres no Reino de Deus, devemos ter em mente que a pobreza humana, destacada por Cristo, não se detém somente aos que se esvaziam de si mesmos, a fim de serem cheios de Cristo e possuem a sua satisfação na provisão divina, mas também aos carentes da provisão material.

Jesus não apresenta um evangelho que prioriza um discurso teórico em detrimento da necessidade material humana. Antes, Ele ordenou aos seus discípulos que ajudassem os pobres deste mundo, pois Deus também se preocupou com que o cuidado mútuo e a comunhão fizessem parte da cultura da Igreja Primitiva que estava por surgir através dos apóstolos (Lc 9.11-17; At 3.42-46).

Um exemplo de sua graça e misericórdia é manifesto nas duas multiplicações dos pães e peixes, em que, aproximadamente dez mil pessoas foram alimentadas. O texto diz que Jesus sentiu compaixão pela multidão.

De acordo com a Bíblia de Estudo Pentecostal, “O termo original é splagchnizomai, o qual descreve uma emoção que comove a pessoa até o íntimo do seu ser. Fala da tristeza que alguém sente pelo sofrimento e infortúnio do próximo, justamente com o desejo de ajudá-lo. É uma característica de Deus (Dt 30.3; 2 Rs 13.23; Sl 78.38; 111.4) e do seu Filho Jesus Cristo (Mc 1.41; 6.34; 8.2; Mt 9.36; 14.14; 15.32; Lc 7.13). Em todas as épocas, e particularmente nestes dias de indiferença ante o sofrimento dos outros. Jesus espera que semelhante atitude motive atos compassivos dos seus seguidores (Mt 18.33; Lc 10.33)” (CPAD, 1995, p. 1473).

Portanto, a bem-aventurança está disponível a todos que, com um coração humilde, recebem o Reino de Deus e tornam-se participantes de sua graça.

Considerações finais
Em vista do que podemos observar, os valores do Reino de Deus são opostos ao que presume a concepção humana. A compaixão expressa em Jesus excede as boas intenções do homem natural e vai ao encontro das maiores carências da humanidade.

Em cristo, encontramos a provisão, não somente de nossos anseios espirituais para com o divino, mas também o conforto e descanso para as nossas emoções, além do cuidado divino em nossas necessidades materiais. De fato, temos um evangelho que é pleno e atende a plenitude humana (Mt 11.28-30).

De forma alguma o Reino de Cristo, compartilha das práticas de interesse político ou ideológico, a fim de se apropriar da potencialidade do homem. Pelo contrário, seu Reino aflora o que tem de melhor na natureza humana, a fim de que sejamos para sua glória (Jo 18.36).

Que possamos aprender e levar os ideais de Cristo em nosso viver, de modo que o mundo conheça e experimente das bem-aventuranças que Deus coloca à disposição dos que reconhecem humildemente suas carências e necessidades diante do Criador, que é compassivo e amoroso para com as suas criaturas.


Por Thiago Santos.
Educação Cristã.
Publicações. CPAD.

Lição 7 - 2º Trimestre 2015 - Jesus, o Mestre da Justiça - Jovens.

Lição 7

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Jesus, o Mestre da Justiça2° Trimestre de 2015
INTRODUÇÃO

I - JESUS, O MESTRE QUE CUMPRIU TODA A JUSTIÇA (Mt 3.15)

II - JESUS ENSINA A PRÁTICA DA JUSTIÇA (Mt 6.33)

III - A JUSTIÇA QUE AGRADA A DEUS (Mt 5.6; Is 58.6)
CONCLUSÃO

O CARÁTER DA JUSTIÇA DIVINA (EFÉSIOS 4.24)
Na aula desta semana, estudaremos concernente a justiça aplicada pelo Mestre dos mestres, a partir do seu caráter moral e espiritual. Em relação ao seu aspecto moral, Cristo nos ensina que a justiça divina rege a conduta dos justos, a fim de ensiná-los em que consiste a vontade de Deus, de modo que confronta os nossos erros e aponta a retribuição para o pecado (Mt 8.12).
Do mesmo modo, o aspecto espiritual da justiça divina, mostra-nos a sua capacidade restaurativa, em que Deus perdoa o pecador e restabelece o homem à condição de filho de Deus (Jo 8.11).

Cristo é o nosso maior exemplo de justiça, pois ele mesmo apontou para o homem o caminho que devia seguir, mostrando que a justiça divina não consistia no cumprimento de preceitos e ordenanças seguidas por uma tradição, e sim na justiça que ajuda o pobre e o necessitado, cuida das viúvas e exorta a guardar-se da corrupção do mundo.
Caro professor, que nesta lição, você possa levar a sua classe a compreender os aspectos moral e espiritual da justiça divina, de modo que os jovens compreendam sobre o que há de mais importante na justiça de Deus.

1. O caráter moral da justiça divina.
Em vista disso, a justiça divina possui o aspecto moral pelo fato de ser intrínseca ao caráter de Deus a moralidade. Quando Cristo ensinava mandamentos que eram contrários ao que era ensinado e distorcido pelos doutores da lei, na verdade, Ele quis mostrar a essência do que realmente Deus espera de seus servos (Mt 5.17).

O Senhor confronta os nossos erros não porque quer ver a nossa condenação, ou mesmo deixar um sentimento de culpa em nós, e sim para nos convencer a um sincero arrependimento para que alcancemos perdão por meio da sua graça (Mt 4.12; Lc 5.31,32).

Dicionário Bíblico Wycliffe, aponta o aspecto moral da justiça divina: “A justiça de Deus é um correlato necessário de sua santidade ou excelência moral. Uma vez que Deus é infinitamente perfeito, Ele deve ser imparcial em seus juízos e sempre tratar as suas criaturas com equidade. [...] A doutrina da justiça de Deus tem muitas ramificações, mas ela é mais frequentemente discutida em relação ao pecado do homem, e nesta relação é mais próxima em significado à severidade de Deus. Severidade é o modo pelo qual o pecador sente a justiça de Deus” (CPAD, 2010, p. 1122).

Portanto, tal exigência moral da justiça só poderia ser satisfeita, por intermédio de uma consciência transformada pelo poder do evangelho que regenera o homem pecador, mediante a fé em Jesus Cristo (Rm 12.2).
2. O caráter espiritual da justiça divina.
Além do mais, a justiça divina também possui o caráter espiritual, pelo fato da morte vicária de Cristo satisfazer às exigências do juízo divino com relação ao pecado do homem (Hb 9.13-15).

Dicionário Bíblico Wycliffe, continua a discorrer: A respeito da justiça divina ou retidão de Deus, Paulo declara: ‘Todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus, ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no seu sangue, para demonstrar a sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de Deus; para demonstração da sua justiça neste tempo presente, para que ele seja justo e justificador daquele que tem fé em Jesus’ (Rm 3.23-26). Esta passagem tem sido felizmente chamada de ‘a acrópole do evangelho’, as boas novas de que através de Cristo, os requisitos da justiça divina foram atendidos. As Escrituras não ensinam que a justiça de Deus seja puramente corretiva. Ela não é uma expressão da benevolência de Deus. É a qualidade que faz parte de Deus, e que garante a todas as suas criaturas, que o pecado deve ser castigado por causa de sua inerente apostasia, e que a retidão deve ser reconhecida e recompensada por causa do seu mérito e dignidade intrínsecos” (CPAD, 2010, pp. 1122-23).

Isso nos faz entender que a justiça de Deus foi feita em Jesus. Sua morte na cruz pagou o preço pelo pecado, e dessa forma, todos os que creem no ato vicário de Cristo, alcançam a justificação e a remissão de seus pecados perante Deus, o que qualifica a justiça divina como o cumprimento pleno de uma reivindicação espiritual (Rm 3.21-26). Dessa forma, ao homem é concedida a graça de ter a sua condição restaurada à de filho de Deus.

Considerações finais
Consideramos que a justiça divina possui os aspectos moral e espiritual necessários, para que o homem obtenha o conhecimento de Deus e tenha uma vida correta. Do mesmo modo, Ele providenciou o meio pelo qual possamos ser salvos e tornarmos à condição de filhos de Deus por intermédio da morte vicária de Cristo sobre a cruz.

Sabemos que Cristo satisfez a justiça divina, não somente pelo fato de viver e ensinar a essência do ensinamento da lei de Deus, mas também por entregar a própria vida, a fim de se tornar a justiça de todo pecador arrependido e justificá-lo diante de Deus. Que a partir do estudo desta lição, seus alunos possam conhecer melhor os aspectos da justiça divina e sua maravilhosa graça restauradora, disponível aos homens em Jesus Cristo.

Por Thiago Santos.
Educação Cristã.
Publicações. CPAD.