quarta-feira, 27 de maio de 2015

Lição 9 - 2º Trimestre 2015 - As Limitações dos Discípulos. Adultos.

Lição 9

 As Limitações dos Discípulos
2º Trimestre de 2015
capa-subsidio-lbaINTRODUÇÃO
I – LIDANDO COM A DÚVIDA

II – LIDANDO COM A PRIMAZIA E O EXCLUSIVISMO

III – LIDANDO COM A AVAREZA

CONCLUSÃO

“A AUTORIDADE ESPIRITUAL DO DISCÍPULO DE CRISTO” (MATEUS 20.25-28)
Nesta semana, estudaremos concernente ao comportamento dos discípulos de Jesus em relação aos seus ensinamentos. Veremos que a autoridade espiritual que Cristo concedeu aos seus discípulos está em contraste com os rudimentos deste mundo (Mt 20.25-28).
Jesus ensinou que os príncipes dos gentios dominam sobre eles com autoridade, mas não seria esta a maneira adequada com que os discípulos deveriam exercer a autoridade no Reino de Deus. Antes, a autoridade dos discípulos seria a espiritual, vinda do Alto, corroborada de poder e unção para que exercessem o ministério divino. Para isso, a humildade e a predisposição em servir seriam indispensáveis (1 Pe 5.1-3).

Além do mais, os que seguem as pisadas de Cristo, devem consagrar suas vidas no altar de Deus, a fim de que possam exercer o ministério divino com poder e autoridade. Uma vida de oração e obediência à Palavra de Deus é imprescindível para o crescimento e bom efeito da obra de Deus.

Caro professor, enfatize aos seus alunos que temos a responsabilidade de fazer a obra que Cristo nos outorgou com excelência e, para isso, devemos buscar ser humildes e ter uma vida consagrada a Deus. Visto que o Senhor deseja realizar muitas maravilhas por nosso intermédio, à medida que nos colocamos no altar de Deus.
I. A autoridade espiritual e a primazia terrena.
Em face disso, o ensinamento de Cristo contrasta com a concepção mundana a respeito do exercício da autoridade. No mundo, os que exercem autoridade, possuem as propriedades materiais e os meios de produção. Estes dominam literalmente sobre os que servem e não possuem recursos próprios para produzir. Dessa forma, há uma hierarquia que, por natureza, rege a ordem pública e organiza a sociedade em si, e conduz o funcionamento do mundo em que vivemos.

Nesse contexto, Cristo chama os seus discípulos para que sejam “Sal da terra” e “Luz do mundo”, dizendo-lhes como deveria ser a autoridade deles neste mundo: “Não será assim entre vós; mas todo aquele que quiser, entre vós, fazer-se grande, que seja vosso serviçal” (cf. Mt 20.26). Jesus concede aos seus discípulos uma lição de humildade, seguida de uma predisposição em servir que deve ser intrínseca daqueles que querem fazer parte do Reino e exercer autoridade nele.

O evangelho de Cristo não traz promessas de poder e status aos que aderem a fé. Os que querem alcançar posições mais altas a fim de exercer autoridade e domínio sobre as pessoas, certamente, estão equivocados com relação à proposta do Reino de Deus. De outro modo, devem dedicar suas vidas em favor de ajudar o próximo e trabalhar para o crescimento e edificação espiritual da Igreja de Cristo (cf. Jo 13.34; Cl 3.14; 1 Jo 3.14). Tais características são indispensáveis para o exercício do ministério divino.

II. Consagração a Deus para o exercício do ministério.
Semelhantemente, outro aspecto indiscutivelmente essencial para a vida cristã é a consagração a Deus. Os que seguem a Cristo e almejam por fazer a obra de Deus, devem consagrar suas vidas no altar do Senhor. A orientação divina aos seus servos da Igreja Primitiva consistia em que não realizassem a obra de qualquer maneira (cf. Fp 3.17; 1 Ts 1.6; 1 Tm 4.6,12-16).

Consagrar-se aqui, significa dedicar-se a Deus. O Senhor exorta a que nos purifiquemos de toda imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a santificação no temor de Deus (2 Co 7.1). O Dicionário Vine classifica o termo “aperfeiçoar (gr. epiteleo) como um processo em andamento” (CPAD, 2009, p. 406). A consagração a Deus deve ser algo contínuo na vida do cristão. O zelo pela realização da obra ministerial é um diferencial no Reino de Deus.

É bem verdade que o trabalho realizado pela igreja consiste em ações éticas, morais e sociais, mas o objetivo principal é espiritual. Neste âmbito encontra-se a missão de proclamar o evangelho a toda criatura, sabendo que teremos de enfrentar as investidas do inferno contra nós, que tentam impedir o alcance dos mais carentes de salvação.

Por esta razão, todo cristão deve consagrar a vida ao Senhor e encher-se do Espírito Santo, a fim de utilizar das armas da justiça para destruição das fortalezas e de toda altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus (2 Co 10.4-6). O crente deve ter uma vida devocional de oração e estudo da Palavra de Deus para que possa se fortalecer, pois em tudo deve se mostrar santificado (1 Ts 5.23).

Dado que, a autoridade divina, diferentemente da secular, não consiste em tempo de Igreja ou em fartura de conhecimento, e sim na obediência de um coração puro e verdadeiro para com Deus e a sua igreja. Esta é a verdadeira consagração a Deus.
Considerações finais
Finalmente, entendemos que a autoridade concedida aos discípulos de Cristo, em momento algum atendeu à ambição pessoal de qualquer um deles, ou mesmo teve por crédito, promovê-los individualmente. Antes, a graça do evangelho transformou homens indignos e discriminados pela sociedade em pescadores de homens (Mt 4.19). O evangelho de Cristo trouxe a regeneração dos corações arrependidos e constituiu apóstolos de um ministério divino, cuja marca oficial é a humildade.

Sendo assim, a autoridade a eles concedida deveria ser seguida de uma vida de oração e obediência à Palavra de Deus. Porquanto, disso depende o crescimento e edificação da igreja (1 Co 12.12-14).

Do mesmo modo, o exercício do ministério na igreja moderna também deve ser realizado com primor. Além disso, a nossa motivação em fazer a obra deve ir além de um simples encargo a nós dispensado. Isso explica o porquê de muitas vezes, não testemunharmos tantos milagres na igreja atual. O apóstolo Paulo afirma: “Verdade é que também alguns pregam a Cristo por inveja e porfia, mas outros de boa mente; [...] Mas que importa? Contanto que Cristo seja anunciado de toda a maneira, ou com fingimento, ou em verdade, nisto me regozijo e me regozijarei ainda” (Fp 1.15,18).

Portanto, que possamos refletir na maneira como temos feito a obra, pois desfrutamos de um mesmo Espírito, mas a nossa convicção e motivação para realização da obra de Deus devem ser repensadas.
Por Thiago Santos.
Educação Cristã.
Publicações CPAD.

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