quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Lição 5 - 1º Trimestre 2016 - A Justificação Pela Fé - Jovens.

Lição 05

 A JUSTIFICAÇÃO 
1° Trimestre de 2016 
CAPA-LBJP-1TRI-2016INTRODUÇÃOI - A DOUTRINA DA JUSTIFICAÇÃO PELA FÉ (Rm 3.21-26)
II -  A INSUFICIÊNCIA DA LEI PARA A JUSTIFICAÇÃO (Rm 3.27-31; Lc 18.9-14)
III- ABRAÃO COMO EXEMPLO DA JUSTIFICAÇÃO PELA FÉ (Rm 4.1-25)
CONCLUSÃO 
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
1. Conceituar o que é a doutrina da justificação pela fé;
2. Conscientizar-se de que a Lei e nem obras meritórias são suficientes para a justificação;
3. Explicar o porquê Paulo utilizou a figura de Abraão para esclarecer a doutrina da justificação pela fé;
4. Aplicar o conteúdo aprendido à sua vida pessoal.
Introdução: 
Nesta lição iremos estudar sobre a doutrina da justificação pela fé, que foi o grande fundamento teológico utilizado pelo Lutero na Reforma Protestante. Para nivelar os conhecimentos, de início será:
a) apresentado os principais conceitos da doutrina da justificação pela fé;
b) ratificado a insuficiência da circuncisão e da lei para a justificação; e
c) apresentada a figura utilizada por Paulo para explicação didática da doutrina da justificação pela fé (Abraão).  Esta lição é muito importante para entender a Carta aos Romanos.
I – A doutrina pela fé (RM 3.21-26)
O que é a doutrina da justificação pela fé?
A DJF é o cerne da teologia paulina, utilizada especialmente quando em confronto direto com o ensino judaico. Paulo contra argumenta que basta ao ser humano ter fé na eficácia do sacrifício de Cristo na cruz para Deus o declarar justo. Paulo adverte os gálatas por desprezar este sacrifício e misturar a justificação com a santificação, confiando nas obras de justiça (Gl 1.6,9). Quem procura estabelecer sua própria justiça ou mistura a fé com as obras não alcança a justificação. A DJF é o princípio fundamental da reforma.
O aspecto forense da doutrina da justificação pela fé .
O termo forense = sistema e práticas judiciais . No que se refere à justificação pela fé, tem a ver com o conceito de declaração judicial e envolve não um tribunal comum, mas o supremo tribunal de Deus. Imputação da justiça de Cristo = cerne da justificação forense. Imagine o ser humano diante do tribunal do Criador! Para Lutero, quem é justificado é “ao mesmo tempo justo e pecador”. A graça tem como centro a cruz de Cristo para onde tudo se converge e os justificados são perfeitamente reconciliados.
Jesus e a doutrina da justificação pela fé
A doutrina da justificação pela fé está presente na mensagem propagada por Jesus e prática de vida. Paulo, que não andou junto com Jesus, demonstra que compreendeu melhor do qualquer outro personagem do NT, a mensagem de Jesus. Um dos exemplos clássicos é o relato de Jesus e o ladrão que estava ao seu lado na cruz (Lc 23.43). Outro exemplo é a parábola do fariseu e do samaritano (Lc 18.9-14), que será analisada no próximo tópico.
II – A insuficiência da lei e obras para a justificação (RM 3.27-31; LC 18.9-14)
A justiça do homem é como trapo de imundícia (v.27-30)
A justiça inerente do ser humano é insuficiente para a justificação, considerada como trapos imundícia (Is 64.6; Fp 3.8-9) Por isso, se faz necessária uma justiça superior que está fora do ser humano e que lhe seja atribuída. Essa justificação traz como efeito o perdão, a paz com Deus e a certeza da salvação. As boas obras não é a base, mas consequência da justificação. Antes da justificação, Deus é um juiz “irado” que exige justiça. Após a justificação, inocenta e trata o pecador como filho.
A parábola do fariseu e do publicano (Lc 18.9-14).
Os fariseus observavam os mais rigorosos padrões legalistas (jejuns, orações, esmolas e outros rituais que excediam a leis cerimoniais mosaicas). O ensino de Jesus chocou seus ouvintes. O publicano reconhecia que sua dívida era muito alta e não tinha condições de pagá-la – roga pela misericórdia de Deus. Não tentou justificar com obras. Por outro lado, o fariseu demonstrou arrogância, confiando que os jejuns realizados, dízimos e outras obras consideradas justas, o justificaria diante de Deus.
A justificação pela fé e a santificação (v. 31).
O apóstolo tem o cuidado para não ser entendido como um libertino, sem regras e disciplina. A justificação, como já vimos, é imediata, instantânea. No entanto, uma vez justificado o crente deve manter sua vida de comunhão e santificação. Alguns críticos da Bíblia afirmam que Paulo contradiz com Tiago, porque este assegura que a fé é comprovada pelas obras. È um equívoco! Enquanto, Paulo fala da justificação (instantânea), Tiago está falando da santificação (progressiva).
III – Abraão como exemplo didático da justificação pela fé (RM 4.1-25)
Como poderia um judeu com a crença milenar de que pertencia ao povo escolhido diretamente por Deus e com direito exclusivo de justificação aceitar a doutrina da justificação pela fé? Paulo precisava buscar no AT um exemplo para demonstrar que a doutrina da justificação que ele ensinava não era nenhuma novidade, mas estava presente na mesma escritura que era venerada pelos judeus. O apóstolo Paulo coloca Abraão acima de todas as figuras dominantes para o povo judeu e dedica todo o capítulo quatro para demonstrar que ele é uma figura adequada para explicar a DJF.
A justificação de Abraão não foi por obras meritórias, mas um presente divino (v. 1-8).
Paulo não evita o campo escolhido pelos seus adversários, ele refreia os judeus que se gloriavam por serem filhos de Abraão. Cita Gn 15.6 para demonstrar que Abraão foi justificado pela fé e não por qualquer obra efetuada. O que foi creditado na conta de Abraão não foi nada nenhuma obra que ele havia feito, mas unicamente a fé que ele demonstrou na Palavra de Deus. Ele é beneficiado pela imputação da justiça divina e não pela imputação das transgressões cometidas. Um presente de Deus.
A justificação de Abraão não foi por meio da circuncisão, nem da lei (v. 9-16).
O período em que Abraão foi declarado justo pela sua fé na palavra de Deus, conforme descrito em Gênesis 15.6, correspondia a uma época bem anterior à sua circuncisão.  Os v.13 a 16 trazem um novo elemento, a antítese entre a lei e a promessa. Esclarece que a lei mosaica foi estabelecida depois da promessa e justificação de Abraão pela fé (430 anos). Abraão foi justificado antes da circuncisão e do estabelecimento da Lei. Portanto, não serem requisitos necessários para a justificação.
O exemplo de Abraão demonstra que a justificação é para todos e por meio de Cristo (v. 17-25).
Paulo preparou todas as explicações anteriores para chegar a esse ponto, demonstrar que a justificação de Abraão está relacionada com Jesus e com sua obra na cruz. Abraão como pai da fé de todo aquele que crê em Cristo e em sua ressurreição, não somente e exclusivamente de uma nação (judaica). Abraão não foi justificado por obras meritórias, nem por rituais externos, mas pela fé, inclusive na ressurreição de seu filho Isaque, conforme Hb 11.18. Um protótipo da fé do verdadeiro cristianismo.
Considerações finais 
Nesta lição nos aprendemos que: a justificação pela fé é uma doutrina bíblica que acertadamente exclui a necessidade de obras meritórias para a salvação do ser humano, porém não abre possibilidade para o antinomismo e precede a santificação. O exemplo de Abraão demonstra, que nem mesmo ele foi justificado pelas suas obras e que a fé em Cristo e em sua obra é o único meio de justificação do(a) pecador(a) e de livramento da ira futura de Deus.
Referências
BALL, Charles Fergunson. A vida e os tempos do apóstolo Paulo. Rio de Janeiro: CPAD, 1998.
BARTH, Karl. Carta aos Romanos: Tradução e comentários Lindolfo K. Anders. São Paulo: Novo Século, 2003.
BRUCE, F.F. Romanos: introdução e comentário. São Paulo: Editora Vida Nova, 2004.
CABRAL, Elienai. Mordomia Cristã: aprenda como servir melhor a Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.
CABRAL, Elienai. Romanos: o evangelho da justiça de Deus. 7a edição. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.
CALVINO, João. Romanos. 2a Edição. São Paulo: Edições Parakletos, 2001.
GABY, Wagner Tadeu dos Santos. As doenças do Século. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.
GILBERTO, Antônio. O fruto do Espírito: a plenitude de Cristo na vida do crente. Rio de Janeiro: CPAD, 2004.
HENRY, Matthew. Comentário Bíblico de Matthew Henry. Tradução: Degmar Ribas Júnior. Rio de Janeiro: CPAD, 2002 JEREMIAS, Joaquim. A mensagem central do Novo Testamento. São Paulo: Editora Academia Cristã, 2005
KASEMANN, Ernest. Perspectivas paulinas. 2a edição. São Paulo: Teológica, 2003.
KÜMMEL, Werner Georg. Sintese teológica do Novo Testamento. São Paulo: Teológica, 2003.
LOHSE, E. Contexto e Ambiente do Novo Testamento. 2ª ed. São Paulo: Paulinas, 2004.
LUTERO, Martin. Comentarios de Martin Lutero: Romanos. Volumen I. Traducción de Erich Sexauer. Barcelona: Editorial Clie, 1998.
MACARTHUR JR., John et all. Justificação pela fé somente: a marca da vitalidade esperitual da igreja. São Paulo: Editora Cultura Cristã, 2005.
MOODY. Comentário bíblico Moody: Romanos à Apocalipse. V. 5. São Paulo: Editora Batista Regular, 2001.
MURRAY, John. Romanos: comentário bíblico fiel. São Paulo: Editora Fiel, 2003.
POHL, Adolf. Carta aos romanos. Curitiba: Editora Evangélica Esperança, 1999.
REGA, Lourenço Stelio e BERGMANN, Johannes. Noções do Grego Bíblico: gramática fundamental. São Paulo: Editora Vida Nova, 2004.
RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. Tradução de Degmar Ribas Júnior. Rio de Janeiro: CPAD, 2014.
RICHARDS, Lawrence O. Guia do leitor da Bíblia: uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. Rio de Janeiro: CPAD, 2012.
RIDDERBOS, Herman. A teologia do apóstolo Paulo: a obra definitiva sobre o pensamento do apóstolo dos gentios. São Paulo: Editora Cultura Cristã, 2004.
RONIS, Osvaldo. Geografia bíblica. 3a Edição. Rio de Janeiro: SEGRAFE, 1978.
SANDERS, E. P. Paulo, a lei e o povo judeu. São Paulo: Edições Paulinas, 1990.
SCHNELLE, Udo. A evolução do pensamento paulino. São Paulo: Edições Loyola, 1999.
STOTT, John. Romanos. São Paulo: ABU editora, 2000.
SCHRAGE, Wolfgang. Ética do Novo Testamento. São Leopoldo: Sinodal/IEPG, 1994.
STUHLMACHER, Peter. Lei e graça em Paulo: uma reafirmação da doutrina da justificação. São Paulo: Vida Nova, 2002.
TRASK, Thomas E.; GOODALL, Waide I. Um retorno à Vida Santificada. In: De volta para a Palavra: um chamado à autoridade da Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 2001, P. 187-205.
ZUCK, Roy B. Teologia do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.

Lição 5 - 1º Trimestre 2016 - O Arrebatamento da Igreja - Adultos.

Lição 05


1° Trimestre de 2016
Capa-LBAP-1T16
INTRODUÇÃO
I - TODOS OS SALVOS SERÃO ARREBATADOS
II- O ARREBATAMENTO E A RESSURREIÇÃO DOS MORTOS
III – ANTES DO ARREBATAMENTO E DEPOIS DELE
CONCLUSÃO

Caro professor, a doutrina da Segunda Vinda do Senhor tem dois aspectos que precisam ser destacados: o secreto e o público. São duas as etapas que constituem a Segunda Vinda do Senhor. A primeira é visível somente para a Igreja, mas invisível ao mundo; a segunda etapa é visível a todas as pessoas, pois “todo olho verá”. Na presente lição, o aspecto tratado será o primeiro, ou seja, a doutrina do Arrebatamento da Igreja.
Ao introduzir a lição desta semana na classe, defina o termo “arrebatamento”. Mostre aos alunos que o termo se origina da palavra grega harpagês omethaque significa “àquilo que é frequentemente chamado”. Refere-se à ideia de se encontrar com o Senhor para celebrá-lo como Ele é. A ideia de nos encontrarmos com o Senhor faz um paralelo com 1 Tessalonicenses 4.15, onde a palavra parousia aparece determinando os seguintes significados: “presença” e “vinda” do Senhor. Por isso, há algumas linhas de pensamentos distintas, em que outros irmãos em Cristo consideram que o Arrebatamento e a Vinda Gloriosa serão um só evento.
Entretanto, o contexto do Arrebatamento como um acontecimento distinto à Vinda Gloriosa está nos escritos do apóstolo Paulo. Este tinha em mente o arrebatamento quando exortava os crentes do Novo Testamento a terem esperança: “nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor” (1 Ts 4.17). Textos como Colossensses 3.4; Judas 14 dão conta dos crentes voltando com Cristo para julgar os ímpios após o Arrebatamento da Igreja.
MÚLTIPLAS CORRENTES ESCATOLÓGICAS CONCERNENTES AO ARREBATAMENTO  
PRÉ-MILENISMO     AMILENISMOPÓS-MILENISMO
O Pré-Milenismo está dividido em Histórico Dispensasionalista.O Dispensasionalismo está dividido em: 
• Pré Tribulacionista 
• Meso-Tribulacionista• Pós-Tribulacionista
O Amilenismo tem um entendimento de que na Segunda Vinda de Jesus, o Arrebatamento e a Parousia estarão conectadas, isto é, serão um só acontecimento, seguindo assim o Juízo Final.Igualmente, o  Pós Milenismo entende que  a Segunda Vinda de Jesus, o Arrebatamento e a Parousia estarão conectadas, isto é, serão um só evento, seguindo assim o Juízo Final.
As Assembleias de Deus no Brasil adotam a corrente Pré-Milenista- Dispensacionalista- Pré-Tribulacionista, onde o Arrebatamento da Igreja ocorrerá antes dos sete anos de Grande Tribulação.
Fonte: Revista Ensinador Cristão, ano 17 - nº 65 – Janeiro/Fevereiro/Março de 2016. 

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Lição 4 - 1º Trimestre 2016 - A Necessidade Universal - Jovens.

Lição 04

 A NECESSIDADE UNIVERSAL (3.9-20)
1° Trimestre de 2016 
CAPA-LBJP-1TRI-2016INTRODUÇÃOI - OS JUDEUS E GENTIOS NECESSITAVAM DE UM MEIO EFICAZ PARA SALVAÇÃO (Rm 3.9)
II -  A HUMANIDADE NECESSITA ENCONTRAR O CAMINHO DA PAZ (Rm 3.10-18)
III- A HUMANIDADE NECESSITA DA SOLUÇÃO PARA O PECADO (Rm 3.19,20) 
CONCLUSÃO 
Objetivos:
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
1. Discorrer sobre a incompetência humana de alcançar meio de salvação diante de Deus;
2. Reconhecer que o ser humano sem Deus é dominado pelo seu desejo pecaminoso;
3. Explicar a função da lei no plano de Deus para salvação da humanidade;
4. Aplicar o conteúdo aprendido à sua vida pessoal.
Introdução 
Neste estágio, o apóstolo demonstra que todas as pessoas, independente de raça, cor, gênero, classe social estão na mesma situação e necessitam de uma única solução para a justificação diante de Deus. O apóstolo afirma que nem os gentios com seu conhecimento natural e racional, nem os judeus com a lei e a circuncisão foram justificados diante de Deus. Paulo demonstra que o estado pecaminoso do ser humano é universal, a insuficiência da lei para justificação e aponta Cristo como solução.
I – A alternativa para salvação da humanidade (Rm 3.9)
A filosofia humana não apresentou o caminho da salvação (v.9)
Os filósofos trouxeram grandes contribuições tanto para a ciência como para a teologia, basta ver a influência destes nos pais da Igreja. Entretanto, a revelação divina esta acima do raciocínio humano, que apenas consegue obter “lampejos” da revelação maior (possível por meio do Espírito Santo). Século XX (computadores, penicilina, transplante do coração, clonagem de mamíferos , estrutura do DNA, energia nuclear, exploração espacial, fibra ótica, laser, internet, avião, pílula anticoncepcional, radar, televisão, entre outras) Vs. 2 guerras mundiais.
A lei e a circuncisão não libertou o povo judeu (v.9)
Os rituais judeus e as práticas de purificação e pretensa santificação não foram suficientes para alcançarem a tão sonhada justificação diante de Deus. A religiosidade e o legalismo não salvam. A dificuldade judaica de entender a verdadeira mensagem do evangelho fica evidente ao lermos nos relatos dos evangelhos os inúmeros conflitos entre os principais líderes judaicos com o ensinamento de Jesus.
Sentença igual para todas as pessoas (v. 9)
Pergunta interessante dirigida à Igreja: “Somos nós mais excelentes?”
Ele mesmo responde: “De maneira nenhuma!”
Coloca todas as pessoas “no mesmo barco”, debaixo da mesma sentença (Rm 1.20; 2.1).
Os conflitos entre os dois grupos da igreja romana, judeus e gentios, causaram dissenções e prejuízos para o bom andamento das atividades na igreja. Todas as pessoas são indesculpáveis diante de Deus e totalmente dependentes da graça de Deus.
II– Paz com Deus (Rm 3.10-18)Não há nenhum justo sequer (v. 10-12)
A partir deste verso, Paulo faz vários recortes do AT, chamando assim, a escritura judaica para testemunhar a culpa universal. Inicia citando Sl 14.1-3 para demonstrar que toda humanidade estava corrompida pelo pecado. Embasado pelo AT enfatiza que ninguém consegue ser justo por si mesmo, pois a natureza humana é má. O único justo por mérito foi Jesus e ele não se considerou superior ou desprezou as pessoas por isso. Tratou as pessoas como iguais, incluindo os que eram considerados excluídos no seu convívio.
O ser humano, sem Deus, não consegue vencer o poder da carne (v. 13-16).
O autor prossegue citando Sl 5.10 e 140.4 para falar sobre o perigo da língua e das trapaças. O ser humano que consegue domar os animais, as tecnologias, entre outras coisas, não consegue domar sua língua (Tg 3.1-12). O apóstolo continua citando o Sl 10.7 e Is 59.7 para falar sobre a boca cheia de maldições e de amargor e os pés velozes para derramar sangue e causar ruina e desgraça. Paulo demonstra que ser humano por si só não consegue dominar sua língua e nem o poder da carne
A humanidade não alcança a paz a não ser em Cristo (v. 17-18).
Referenciando o AT (Is 59.8; Sl 36,2), destaca a busca sem sucesso da humanidade pela paz por não terem aprendido a temer a Deus (Pv). Vida de paz somente com a reconciliação com Deus por meio de Cristo (AT 4.12). O ser humano sem Deus está na posição de inimigo de Deus. Como ter paz sendo inimigo do Soberano e Criador?
Caminho da paz, apesar dos conflitos e aflições (Jo 16.33). Tudo tranquilo? “Tranquilo não, mas em paz!”
III – Uma solução definitiva para o pecado (Rm 3.19-20)A lei tem a função de mostrar ao ser humano sua condição de pecador (v. 19)
A função da lei não era justificar ninguém, mas tornar o pecador consciente de sua condição de pecador e merecedor da ira de Deus. Paulo estava dizendo aos judeu-cristãos que insistiam em buscar a justificação mediante a lei, continuavam na mesma condição anterior. Esta afirmação de Paulo serve para calar os judeus que se vangloriavam por causa da lei. Exemplo da pessoa doente que vai realizar exames médicos. O resultado servirá somente para identificar a enfermidade.
O ser humano não pode se justificar pelas suas próprias obras (v. 20a).
Nenhuma obra humana poderá justificar o ser humano diante de Deus (Gn 4.1-8).
Os judeus, como alguns crentes atuais, se dedicam à oração, jejuns e sacrifícios para “barganhar” com Deus. Motivação errada! Algumas pessoas que fazem a obra de Deus na base do sacrifício não por amor, mas para compensar pecados cometidos, geralmente ocultos. A redenção do pecado se dá mediante a misericórdia e graça de Deus, por meio do sacrifício de Cristo.
A lei não liberta, mas serve de tutor para conduzir a Cristo (v. 20b)
O apóstolo vem desenvolvendo uma argumentação para demonstrar a principal função da lei, que ele explicita na epístola enviada aos gálatas (Gl 3.23-25): servir de aio para se chegar a Cristo.  O aio (tutor/pedagogo) tinha uma função transitória e não definitiva. Mostra o caminho e sai de cena. Voltando ao exemplo do doente que realizou os exames médicos. O resultado possibilitará ao médico receitar o remédio que será eficiente para a cura. A lei identifica a situação de pecador, Paulo apresenta o “remédio” para a cura: Cristo.
Considerações finais 
Nesta lição nos aprendemos que:
toda humanidade esta na mesma situação de culpabilidade diante de Deus, pois nem a Lei, a circuncisão nem a filosofia humana pode justificar o ser humano; devido ao efeito do pecado o ser humano não tem paz, que é possível somente por meio de Cristo;  que o ser humano não tem como se justificar com obras, por isso a lei serviu como um tutor provisório para conduzir até Cristo.
Referências 
BALL, Charles Fergunson. A vida e os tempos do apóstolo Paulo. Rio de Janeiro: CPAD, 1998.
BARTH, Karl. Carta aos Romanos: Tradução e comentários Lindolfo K. Anders. São Paulo: Novo Século, 2003.
BRUCE, F.F. Romanos: introdução e comentário. São Paulo: Editora Vida Nova, 2004.
CABRAL, Elienai. Mordomia Cristã: aprenda como servir melhor a Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.
CABRAL, Elienai. Romanos: o evangelho da justiça de Deus. 7a edição. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.
CALVINO, João. Romanos. 2a Edição. São Paulo: Edições Parakletos, 2001.
GABY, Wagner Tadeu dos Santos. As doenças do Século. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.
GILBERTO, Antônio. O fruto do Espírito: a plenitude de Cristo na vida do crente. Rio de Janeiro: CPAD, 2004.
HENRY, Matthew. Comentário Bíblico de Matthew Henry. Tradução: Degmar Ribas Júnior. Rio de Janeiro: CPAD, 2002 JEREMIAS, Joaquim. A mensagem central do Novo Testamento. São Paulo: Editora Academia Cristã, 2005
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KÜMMEL, Werner Georg. Sintese teológica do Novo Testamento. São Paulo: Teológica, 2003.|
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POHL, Adolf. Carta aos romanos. Curitiba: Editora Evangélica Esperança, 1999.
REGA, Lourenço Stelio e BERGMANN, Johannes. Noções do Grego Bíblico: gramática fundamental. São Paulo: Editora Vida Nova, 2004.
RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. Tradução de Degmar Ribas Júnior. Rio de Janeiro: CPAD, 2014.
RICHARDS, Lawrence O. Guia do leitor da Bíblia: uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. Rio de Janeiro: CPAD, 2012.
RIDDERBOS, Herman. A teologia do apóstolo Paulo: a obra definitiva sobre o pensamento do apóstolo dos gentios. São Paulo: Editora Cultura Cristã, 2004.
RONIS, Osvaldo. Geografia bíblica. 3a Edição. Rio de Janeiro: SEGRAFE, 1978.
SANDERS, E. P. Paulo, a lei e o povo judeu. São Paulo: Edições Paulinas, 1990.
SCHNELLE, Udo. A evolução do pensamento paulino. São Paulo: Edições Loyola, 1999.
STOTT, John. Romanos. São Paulo: ABU editora, 2000.
SCHRAGE, Wolfgang. Ética do Novo Testamento. São Leopoldo: Sinodal/IEPG, 1994.
STUHLMACHER, Peter. Lei e graça em Paulo: uma reafirmação da doutrina da justificação. São Paulo: Vida Nova, 2002.
TRASK, Thomas E.; GOODALL, Waide I. Um retorno à Vida Santificada. In: De volta para a Palavra: um chamado à autoridade da Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 2001, P. 187-205.
ZUCK, Roy B. Teologia do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.

Lição 4 - 1º Trimestre 2016 - Esteja Alerta e Vigilante, Jesus Voltará - Adultos.

Lição 04

Esteja alerta e vigilante, Jesus voltará
1° Trimestre de 2016
Capa-LBAP-1T16
INTRODUÇÃO
I - A VINDA DE JESUS SERÁ REPENTINA
II – COMO FOI NOS DIAS DE NOÉ
III – A CORRUPÇÃO GERAL NA TERRA
CONCLUSÃO

A nação brasileira nunca esteve mergulhada num vale de corrupção como se encontra hoje. As manchetes são vastas. A corrupção está entranhada nas esferas pública e privada. E as notícias do aumento da violência?! E o confronto entre as pessoas, o desejo de fazer “justiçamento” com as próprias mãos?! De um lado, um poder público acuado, atordoado; do outro, menores e adultos, agentes do crime galgando os “louros” para suas próprias vantagens. A sensação é de total insegurança: a polícia rende, mas a justiça solta.
Há a agenda do doutrinamento do Homossexualismo na tentativa de promovê-lo à normalidade, como se a heterossexualidade fosse exceção. Igualmente, a agenda da Ideologia de Gênero empurrada à força para dentro das escolas pelos intelectuais das secretarias estaduais e municipais de Educação — e claro, sob a tutela do Ministério da Educação, o MEC.
O mundo está perplexo com a crise dos refugiados na Síria, o avanço do Estado Islâmico e os desentendimentos diplomáticos entre EUA, Rússia, Irã e Israel, as ditaduras na América Latina, as ameaças de invasão da Venezuela à Guiana e a busca do confronto com a Colômbia. Cada vez mais os acordos diplomáticos são ignorados e o respeito aos pactos internacionais são completamente ignorados. Este é o quadro nada positivo do mundo hoje. 
A Bíblia relata que nos dias de Ló e de Noé os acontecimentos estavam assim. Índices altíssimos de corrupção, a violência praticada em números desproporcionais, as ameaças contra os mais fracos e o predomínio da imoralidade daquelas sociedades. Como elemento surpresa, ambas as sociedades foram julgadas e destruídas pelos juízos de Deus. O Altíssimo é justo e o ato da sua justiça se mostra contra toda a injustiça. A primeira vinda de Jesus Cristo foi um “brado” da justiça de Deus contra a injustiça dos homens (Jo 1.4,5). Desde muito tempo, o ser humano se aprofunda em suas mazelas e pecados (Rm 1.18-32).
A condenação injusta da pessoa de Jesus de Nazaré demonstra o quanto o ser humano é mau e capaz de cometer as maiores atrocidades — principalmente em nome de Deus. Portanto, haverá um dia em que o nosso Senhor julgará grandes e pequenos, ricos e pobres (Mt 25.31-46). O Filho retribuirá cada um conforme a verdade das suas ações. A Segunda Vinda de Jesus Cristo demonstrará a sua grandiosa justiça. Embora, ninguém saiba dia e hora! 
Fonte: Revista Ensinador Cristão, ano 17 - nº 65 – Janeiro/Fevereiro/Março de 2016. 

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Lição 3 - 1º Trimestre 2016 - A Necessidade Espiritual dos Judeus - Jovens.

Lição 03

 A NECESSIDADE ESPIRITUAL DOS JUDEUS 
1° Trimestre de 2016 
CAPA-LBJP-1TRI-2016INTRODUÇÃOI - OS JUDEUS NECESSITAVAM SE LIBERTAR DO JUGO DA LEI (Rm 2.1-16)
II - OS JUDEUS NECESSITAVAM ABANDONAR A HIPOCRISIA (Rm 2.17-24)
III – OS JUDEUS PRECISAM SE LIBERTAR DO RITUALISMO (Rm 2.25-3.8)
CONCLUSÃO 
Objetivos:
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
1. Defender a afirmação de que a Lei não foi suficiente para a justificação do ser humano;
2. Sensibilizar-se de que quem ensina e não pratica o que ensina é um hipócrita e está debaixo da ira de Deus;
3. Demonstrar que o ritual serve apenas como um sinal externo, como exemplo da circuncisão, e não justifica o ser humano diante de Deus;
4. Aplicar o conteúdo aprendido à sua vida pessoal.
 INTRODUÇÃO
Os judeu-cristãos de Roma não se sentiam à vontade com a mensagem da justificação por meio da fé (opressão do jugo da lei por longa data) . O comportamento dos judeu-cristãos colocava-os, da mesma forma que os gentios, debaixo da ira de Deus. Assim sendo, para estes judeus ainda era necessário: se libertar do jugo da lei; abandonar a vida hipócrita de se ensinar e não viver o que ensina; e se libertar da dependência do ritualismo como se fosse requisito de justificação.
I – LIBERTAÇÃO DO JUGO DA LEI (Rm 2.1-16)
O julgamento mediante a lei provoca a ira de Deus (v. 1-10).
Os judaizantes deve ter gostado do discurso anterior(1.18-32). Agora, o comportamento deles que é questionado. O apóstolo afirma que da mesma forma que os gentios provocaram a ira de Deus pela sua conduta pecaminosa, os judeus também estavam sob o julgamento da ira de Deus pelo legalismo. Eles queriam impor um jugo sobre as pessoas, que nem mesmo Deus requeria. Jugo que somente Jesus poderia libertar (Ver Mt 11.28-30).
Deus não faz acepção entre judeu e gentio (v. 11)
Deus sempre vai primar pela justiça. O parâmetro utilizado para o julgamento é a prática da injustiça e não a nacionalidade ou origem das pessoas. Como poderia um Deus de amor e criador de todos os seres humanos privilegiarem uns em detrimentos de outros? O apóstolo inicia o que vai descortinar de uma vez por todas nos próximos capítulos. Não era uma novidade, pois essa visão já estava presente nos textos do AT, mas que os judeus ainda não haviam aprendido
Os gentios que não conhecem a lei serão julgados pela sua consciência moral (v. 12-16)
Um questionamento comum é como serão julgados as pessoas que nunca tiveram a oportunidade de conhecer o evangelho. Seria justo uma pessoa que não conheceu a Cristo devido às circunstâncias de sua vida, que não por sua própria vontade, seja condenada pela ira de Deus? Exemplo de pessoas que nascem em comunidades regidas pelo Estado Islâmico. Qual a tendência? Julgamento não pelo conhecimento da lei, mas pela prática da lei de Cristo, sem mesmo o conhecer.
II – ABANDONO DA HIPOCRISIA (Rm 2.17-24)
Os judeus se achavam superiores por serem os receptores da lei (v. 17-18).
Os judeus, numa linguagem jovem, “achavam que estavam podendo” por terem “por sobrenome judeu”.
Os judeu-cristãos tinham, no mínimo, duas opções: se sentirem superiores pela recepção da revelação; ou se sentirem responsáveis e gratos pela disseminação da revelação .
Os gentios eram tratados como cães pelos judeus (Mc 7.24-30).
Você têm um comportamento diferente dos judeus?
Jesus advertiu que seremos julgados da mesma forma que julgamos (Mt 7.1-5).
Os judeus não viviam o que ensinavam (v. 19-23)
Paulo afirma que o relacionamento entre judeus e gentios era de um cego querendo conduzir outro.
Exemplo do treinamento vivencial.
No sentido espiritual, quem tem a visão deve se compadecer de quem não tem e apontar a solução para seu problema, que é Cristo. Evidência da cegueira dos judeus = comportamento hipócrita. Ensinavam o que não praticavam. Ditado popular “faz o que eu mando, mas não faça o que eu faço”.
Os judeus envergonhavam o nome de Deus (v. 24).
As pessoas estão atentas para o comportamento das outras, principalmente...
O texto diz que os gentios blasfemavam contra Yahweh devido ao comportamento repreensível deles.
Você tem envergonhado o nome de Deus?
Não devemos desonrarmos a Deus para não sermos condenados com o “mundo” (1 Co 11.28-32). Cristianismo, entre a teoria e a prática. Fazer a diferença na sociedade em que está inserida para que suas práticas glorifiquem a Deus.
III – LIBERTAÇÃO DO RITUALISMO (Rm 2.25-3.8)
Os judeus exigiam a circuncisão, mas eram incircuncisos de coração (2.25-29).
Circuncisão: sinal externo que representa a fidelidade do judeu com sua fé e sua nação/Deus. Obrigatória e motivo de vanglória por pertencer ao “povo escolhido”. Procedimento de alguns judeus na época do império grego. A verdadeira circuncisão é aquela que acontece no interior do ser humano, em seu coração. O interior do ser humano que transforma seu exterior e não o contrário.
Os judeus transformaram somente em privilégio o que era uma responsabilidade (Rm 3.1-2).
Paulo não desmerece o privilégio de povo judeu de receber a revelação de Deus. Paulo critica o comportamento deles devido a esse privilégio. O recebimento da revelação das escrituras foi um privilégio, mas acima de tudo, era uma grande responsabilidade. Abraão e sua descendência foram escolhidos para intermediar as bênçãos à humanidade (Gn 12). Há um grande risco em transformar responsabilidades em privilégios.
Deus transforma a maldade humana em benção (Rm 3.3-8)
Perigo de interpretação: justificar suas mentiras e más intenções por um suposto bem para os outros. Israel teve uma função pedagógica para si próprio e para os não judeus. Transgrediu a Lei e comportou-se como pagão. Exemplo de mal sendo transformado em bem: José (Gn 50.15-21). A falha dos judeus foi transformada por Deus em benefício aos gentios.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nesta lição nos aprendemos que: os judeus que se achavam perfeitos e privilegiados por serem os receptores da revelação de Deus e portadores da Lei, diante de Deus estavam na mesma condição que os gentios; para alcançar a justificação os judeus precisavam abandonar a vida de hipocrisia, baseada em ritualismo e sinais externos. Os judeus intentavam transformar a responsabilidade de receber a revelação de Deus somente em privilégios pessoais.
REFERÊNCIAS
BALL, Charles Fergunson. A vida e os tempos do apóstolo Paulo. Rio de Janeiro: CPAD, 1998.
BARTH, Karl. Carta aos Romanos: Tradução e comentários Lindolfo K. Anders. São Paulo: Novo Século, 2003.
BRUCE, F.F. Romanos: introdução e comentário. São Paulo: Editora Vida Nova, 2004.
CABRAL, Elienai. Mordomia Cristã: aprenda como servir melhor a Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.
CABRAL, Elienai. Romanos: o evangelho da justiça de Deus. 7a edição. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.
CALVINO, João. Romanos. 2a Edição. São Paulo: Edições Parakletos, 2001.
GABY, Wagner Tadeu dos Santos. As doenças do Século. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.
GILBERTO, Antônio. O fruto do Espírito: a plenitude de Cristo na vida do crente. Rio de Janeiro: CPAD, 2004.
HENRY, Matthew. Comentário Bíblico de Matthew Henry. Tradução: Degmar Ribas Júnior. Rio de Janeiro: CPAD, 2002 JEREMIAS, Joaquim. A mensagem central do Novo Testamento. São Paulo: Editora Academia Cristã, 2005
KASEMANN, Ernest. Perspectivas paulinas. 2a edição. São Paulo: Teológica, 2003.
KÜMMEL, Werner Georg. Sintese teológica do Novo Testamento. São Paulo: Teológica, 2003.
LOHSE, E. Contexto e Ambiente do Novo Testamento. 2ª ed. São Paulo: Paulinas, 2004.
LUTERO, Martin. Comentarios de Martin Lutero: Romanos. Volumen I. Traducción de Erich Sexauer. Barcelona: Editorial Clie, 1998.
MACARTHUR JR., John et all. Justificação pela fé somente: a marca da vitalidade esperitual da igreja. São Paulo: Editora Cultura Cristã, 2005.
MOODY. Comentário bíblico Moody: Romanos à Apocalipse. V. 5. São Paulo: Editora Batista Regular, 2001.
MURRAY, John. Romanos: comentário bíblico fiel. São Paulo: Editora Fiel, 2003.
POHL, Adolf. Carta aos romanos. Curitiba: Editora Evangélica Esperança, 1999.
REGA, Lourenço Stelio e BERGMANN, Johannes. Noções do Grego Bíblico: gramática fundamental. São Paulo: Editora Vida Nova, 2004.
RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. Tradução de Degmar Ribas Júnior. Rio de Janeiro: CPAD, 2014.
RICHARDS, Lawrence O. Guia do leitor da Bíblia: uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. Rio de Janeiro: CPAD, 2012.
RIDDERBOS, Herman. A teologia do apóstolo Paulo: a obra definitiva sobre o pensamento do apóstolo dos gentios. São Paulo: Editora Cultura Cristã, 2004.
RONIS, Osvaldo. Geografia bíblica. 3a Edição. Rio de Janeiro: SEGRAFE, 1978.
SANDERS, E. P. Paulo, a lei e o povo judeu. São Paulo: Edições Paulinas, 1990.
SCHNELLE, Udo. A evolução do pensamento paulino. São Paulo: Edições Loyola, 1999.
STOTT, John. Romanos. São Paulo: ABU editora, 2000.
SCHRAGE, Wolfgang. Ética do Novo Testamento. São Leopoldo: Sinodal/IEPG, 1994.
STUHLMACHER, Peter. Lei e graça em Paulo: uma reafirmação da doutrina da justificação. São Paulo: Vida Nova, 2002.
TRASK, Thomas E.; GOODALL, Waide I. Um retorno à Vida Santificada. In: De volta para a Palavra: um chamado à autoridade da Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 2001, P. 187-205.
ZUCK, Roy B. Teologia do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.

Lição 2 - 1º Trimestre 2016 - A Necessidade dos Gentios - Jovens.

Lição 02

A NECESSIDADE DOS GENTIOS (1.18-32)
1° Trimestre de 2016
CAPA-LBJP-1TRI-2016INTRODUÇÃOI -  CONHECIMENTO DE DEUS PARA SALVAÇÃO (Rm 1.18-20)
II - RECONHECIMENTO DA GLÓRIA DE DEUS (Rm 1.21-27)
III – O CONHECIMENTO EXPERIENCIAL DE DEUS QUE LIBERTA DO PODER DO PECADO (Rm 1.28-32)
CONCLUSÃO
Objetivos: 
1. Reconhecer que o conhecimento natural e racional de Deus não é suficiente para salvação.
2. Conscientizar-se de que a idolatria (desprezo pela glória de Deus) induz o ser humano à perversão.
3. Reconhecer que somente o conhecimento experiencial de Deus liberta da ira de Deus.
4. Aplicar o conteúdo aprendido à sua vida pessoal.
INTRODUÇÃO
O ser humano sempre buscou a Deus, mas falhou porque buscou da forma errada. No texto a ser estudado, o apóstolo argumenta que todo ser humano, criado à imagem semelhança de Deus, tem consciência da existência divina, pois a própria natureza é a prova desta existência. Nesta lição, Paulo evidencia algumas necessidades dos gentios: reconhecer que o conhecimento natural e racional não é suficiente para salvação; reconhecer a glória de Deus e ser-lhe grato; e ter um conhecimento experiencial com Deus, único que liberta da ira divina sobre o pecado.
I – CONHECIMENTO DE DEUS PARA SALVAÇÃO (Rm 1.18-20)

As injustiças provocam a ira de Deus (v. 18).
A perícope começa com o testemunho dos céus, demonstrando a observância divina sobre tudo o que acontece na terra (justiça vs injustiça). O termo “ira de Deus” não é compreendido por muitas pessoas. As expressões “Deus é amor” e “Deus é justiça” não são contraditórias. Toda injustiça é pecado (1 Jo 5.17a) e as práticas de injustiça serão julgadas por Deus (+ igreja). Portanto, a ira de Deus está relacionada com a sua justiça.
O conhecimento natural e racional não liberta da ira de Deus (v. 19-20a).
O conhecimento natural e racional de Deus é acessível a todo ser humano. Quando se trata da criação de Deus, para Paulo não existe o ateu em estado puro, pois pelas coisas criadas é possível se descobrir Deus. Como explicar o funcionamento do universo, com milhares de galáxias, além das conhecidas, e a harmonia entre elas? Diferente do conhecimento natural e racional de Deus, o conhecimento experiencial é somente por meio da fé e é manifesto mediante a produção de frutos de justiça. A falta de conhecimento experiencial de Deus é indesculpável (v. 20b).  O ser humano não tem como justificar suas práticas de injustiças por não conhecer à Deus.  Existem várias pessoas que reconhecem a existência e a criação de todas as coisas por Deus, mas não se submetem ao poder e a vontade deste Deus. O atendimento aos interesses próprios tem tido prioridade em relação aos interesses do reino de Deus.
II – O RECONHECIMENTO DA GLÓRIA DE DEUS (Rm 1.21-27)
A falta o reconhecimento da Glória de Deus induz à ingratidão (v.21-22).
O versículo 21 usa a expressão “tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus”. Algumas pessoas, mesmo sabendo da existência de Deus, têm como motivação seu interesse pessoal, e o busca, mesmo que com práticas de injustiça. “dizendo-se sábios, tornaram-se loucos”. Por isso, a necessidade de reconhecer a glória de Deus, ser grato por tudo que Ele tem nos proporcionado e, em tudo, glorificar ao nome de Deus.  O antropocentrismo ambiciona transformar a Glória de Deus em objeto (v.23)
Antropocentrismo = Deus como se fosse um objeto à disposição da vontade do ser humano. Tentativa de transformar a glória do Deus incorruptível em objetos de imagem. Algumas pessoas têm mais facilidade para reconhecer e adorar animais e as coisas criadas por Deus do que reconhecer o próprio Criador e o adorar. Algumas pessoas entendem idolatria somente o ato de se adorar objetos animados ou inanimados. Contudo, idolatria vai além disso.  Paulo vivia, tendo Cristo como centro de tudo 
O antropocentrismo perverte o plano original para a sexualidade (v. 24-27).
O apóstolo afirma que Deus entrega as pessoas que não reconhecem a sua glória às suas próprias concupiscências. Uma das práticas citadas pelo apóstolo é a relação sexual entre pessoas do mesmo sexo (Rm 1.24-27), diferente do projeto original de Deus (Gn 1.27; 2.18).  No mundo greco-romano da época do apóstolo uma das práticas estimuladas era a pederastia, inclusive vista como perfeição sexual.  
O antropocentrismo perverte o plano original para a sexualidade (v. 24-27).
Este tema tem sido um tabu em nossas igrejas e, por isso, a grande maioria não está preparada para tratar do assunto e das pessoas com essa orientação sexual, vindas de fora ou mesmo entre os membros da própria igreja.  A igreja não deve demonizar as pessoas com orientação sexual diferente, mas sim tratá-las como Cristo o faria. O apóstolo recrimina o que considera como perversidade sexual, todavia recomenda o amor ao próximo como veremos ao estudar o capítulo.
III – O CONHECIMENTO EXPERIENCIAL QUE LIBERTA DO PODER DO PECADO (Rm 1.28-32)
O desprezo pelo conhecimento experiencial de Deus conduz à perversidade (v. 28-30).
A pessoa que não tem o conhecimento experiencial de Deus age como se ele não existisse. Ditado popular “fulano não tem nada a perder”. O apóstolo afirma que serão julgados sob a ira de Deus. Portanto, “muito a perder”.  Quando o ser humano se coloca como centro de tudo, na sua vida não há espaço para Deus. Enquanto, a pessoa que tem o conhecimento experiencial com Deus sente a presença de Deus e o Espírito Santo tem liberdade para orientá-la.
O desprezo pelo conhecimento experiencial de Deus torna o ser humano irreconciliável (v. 31).
Quem despreza o Espírito Santo, o meio que Deus proveu para nos convencer do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.8-11), se torna irreconciliável. Quem rejeita o projeto de Deus para salvação abraça o projeto que torna a mentira em verdade. Não podemos mudar as pessoas, elas mudarão somente se quiserem e derem abertura ao Espírito Santo.  As pessoas que se distanciam de Deus não tem afeição natural (relação familiar). A cumplicidade com a injustiça é uma prática injusta (v. 32). Paulo afirma que mesmo conhecendo a justiça de Deus, por opção escolheram praticar a injustiça por meio de práticas egoístas. Entretanto, Paulo afirma que os coniventes com a injustiça também são culpados.  
“Quem aceita o mal sem protestar coopera com ele” (Martin Luther King Júnior).
“O mundo não será destruído por aqueles que fazem o mal, mas por aqueles os olham e nada fazem” (Albert Einstein ).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nesta lição nos aprendemos que: a criação é uma prova evidente da existência de Deus, o ser soberano que se ira contra as práticas de injustiça.
para não ser consumido pela ira deste Deus é preciso ter um conhecimento experiencial de Deus, pois o conhecimento natural e racional não é suficiente para salvação. O apóstolo adverte-nos que não é suficiente não cometer práticas de injustiças, mas também não ser conivente com elas (pecado de omissão).
REFERÊNCIAS
BALL, Charles Fergunson. A vida e os tempos do apóstolo Paulo. Rio de Janeiro: CPAD, 1998.
BARTH, Karl. Carta aos Romanos: Tradução e comentários Lindolfo K. Anders. São Paulo: Novo Século, 2003.
BRUCE, F.F. Romanos: introdução e comentário. São Paulo: Editora Vida Nova, 2004.
CABRAL, Elienai. Mordomia Cristã: aprenda como servir melhor a Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.
CABRAL, Elienai. Romanos: o evangelho da justiça de Deus. 7a edição. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.
CALVINO, João. Romanos. 2a Edição. São Paulo: Edições Parakletos, 2001.
GABY, Wagner Tadeu dos Santos. As doenças do Século. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.
GILBERTO, Antônio. O fruto do Espírito: a plenitude de Cristo na vida do crente. Rio de Janeiro: CPAD, 2004.
HENRY, Matthew. Comentário Bíblico de Matthew Henry. Tradução: Degmar Ribas Júnior. Rio de Janeiro: CPAD, 2002 JEREMIAS, Joaquim. A mensagem central do Novo Testamento. São Paulo: Editora Academia Cristã, 2005
KASEMANN, Ernest. Perspectivas paulinas. 2a edição. São Paulo: Teológica, 2003.
KÜMMEL, Werner Georg. Sintese teológica do Novo Testamento. São Paulo: Teológica, 2003.
LOHSE, E. Contexto e Ambiente do Novo Testamento. 2ª ed. São Paulo: Paulinas, 2004.
LUTERO, Martin. Comentarios de Martin Lutero: Romanos. Volumen I. Traducción de Erich Sexauer. Barcelona: Editorial Clie, 1998.
MACARTHUR JR., John et all. Justificação pela fé somente: a marca da vitalidade esperitual da igreja. São Paulo: Editora Cultura Cristã, 2005.
MOODY. Comentário bíblico Moody: Romanos à Apocalipse. V. 5. São Paulo: Editora Batista Regular, 2001.
MURRAY, John. Romanos: comentário bíblico fiel. São Paulo: Editora Fiel, 2003.
POHL, Adolf. Carta aos romanos. Curitiba: Editora Evangélica Esperança, 1999.
REGA, Lourenço Stelio e BERGMANN, Johannes. Noções do Grego Bíblico: gramática fundamental. São Paulo: Editora Vida Nova, 2004.
RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. Tradução de Degmar Ribas Júnior. Rio de Janeiro: CPAD, 2014.
RICHARDS, Lawrence O. Guia do leitor da Bíblia: uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. Rio de Janeiro: CPAD, 2012.
RIDDERBOS, Herman. A teologia do apóstolo Paulo: a obra definitiva sobre o pensamento do apóstolo dos gentios. São Paulo: Editora Cultura Cristã, 2004.
RONIS, Osvaldo. Geografia bíblica. 3a Edição. Rio de Janeiro: SEGRAFE, 1978.
SANDERS, E. P. Paulo, a lei e o povo judeu. São Paulo: Edições Paulinas, 1990.
SCHNELLE, Udo. A evolução do pensamento paulino. São Paulo: Edições Loyola, 1999.
STOTT, John. Romanos. São Paulo: ABU editora, 2000.
SCHRAGE, Wolfgang. Ética do Novo Testamento. São Leopoldo: Sinodal/IEPG, 1994.
STUHLMACHER, Peter. Lei e graça em Paulo: uma reafirmação da doutrina da justificação. São Paulo: Vida Nova, 2002.
TRASK, Thomas E.; GOODALL, Waide I. Um retorno à Vida Santificada. In: De volta para a Palavra: um chamado à autoridade da Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 2001, P. 187-205.
ZUCK, Roy B. Teologia do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.

Lição 1 - 1º Trimestre 2016 - Conhecendo a Epístola Aos Romanos - Jovens.

Lição 01

CONHECENDO A EPÍSTOLA AOS ROMANOS 
1° Trimestre de 2016
CAPA-LBJP-1TRI-2016INTRODUÇÃOI - PRIMEIRAS QUESTÕES
II - OS DESTINATÁRIOS E O PROPÓSITO DA EPÍSTOLA
III - A GRATIDÃO DE PAULO E A JUSTIÇA DE DEUS REVELADA
CONCLUSÃO

Objetivos: Após esta aula, o aluno deverá estar apto a: 1. Conhecer as questões introdutórias e básicas da Epístola aos Romanos; 2. Entender o motivo que o apóstolo escreveu a epístola para os romanos; 3. Reconhecer o poder do Evangelho para salvação de todo que crê; 4. Aplicar o conteúdo aprendido à sua vida pessoal.
I – QUESTÕES INTRODUTÓRIAS
A AUTORIA, DATA E LOCAL DA ESCRITA
Autor: Apóstolo Paulo (apesar de não ser o fundador da igreja em Roma). Durante os três meses que o apóstolo esteve em Corinto, hospedado na casa de Gaio (Rm 16.23, 1Co 1,14-15), em sua terceira viagem missionária (At 20.2). Aproximadamente no final do ano de 56 e início de 57 d. C. O apóstolo não escreveu com suas próprias mãos, mas ditou a carta para o copista Tércio.
A CIDADE DE ROMA
Para Roma afluíam pessoas de toda espécie e de todas as partes do império romano por meio de um moderno sistema de estradas. Portanto, na cidade de Roma, devido a essa miscigenação, havia as mais diversas religiões e filosofias da época. A cidade era caracterizada por seus grandes empreendimentos e suas desigualdades sociais. A cultura helenística era predominante (língua e forma de vida grega). Na área religiosa, era famosa pelo seu politeísmo e superstições: o culto ao Imperador; os movimentos filosóficos; as Religiões de Mistério; e os variados movimentos religiosos e cultos orientais, como Cíbele, Átis, Osíris e a influência do pensamento apocalíptico.
Os deuses do panteão grego foram adotados pelos romanos, todavia os nomes originais foram trocados.Quando o apóstolo Paulo chegou a Roma, cerca de 60 d. C., encontrou uma população diversificada e cosmopolita (cerca de um milhão de habitantes).
A COMUNIDADE JUDAICA EM ROMA
Dentro da comunidade judaica a sua maioria era contrária ao império (fariseus e zelote), porém, havia também simpatizantes (herodianos e saduceus). A maioria chegou em Roma no ano 61 a. C. trazidos por Pompeu, depois de ter conquistado a Judeia.Judeus de todas as classes sociais viviam em Roma ou a visitava (arqueologia – nomes latinos). A comunidade judaica era bem representada na capital do império, a ponto de no primeiro século constituir o maior centro judaico do mundo antigo.
II – OS DESTINATÁRIOS E O PROPÓSITO DA CARTA
ENDEREÇO E SAUDAÇÃO (RM 1.1-7)
A carta de Paulo tinha um endereço certo, a comunidade cristã em Roma. Como ele não conhecia a comunidade cristã em Roma ele acentua suas credenciais de servo, apóstolo e escolhido de Deus (Rm 1.1-7), se igualando aos profetas do AT (Am3.7; Jr 25.4; Jr 1.5). Ele enfatiza que recebeu o seu apostolado diretamente de Jesus, isso era importante para a igreja primitiva que tinha como verdadeiros apóstolos aqueles que andaram com Jesus e aprenderam diretamente dele.
A COMUNIDADE CRISTÃ EM ROMA
Provavelmente o início se deu com os novos convertidos que retornaram da festa de Pentecostes. O crescimento inicial da igreja se deu como fruto da obra missionária entre os judeus (sinagogas).  A igreja era constituída tanto por judeus como gentios, estes foram se tornando a maioria (Rm 1.5s, 13s; 11.13s). Diferença foi acentuada depois do decreto do Imp. Cláudio, que baniu os judeus de Roma (49 d.C) – detalhes no livro. Paulo chega em Roma 05 anos depois da escrita.

O PROPÓSITO DA CARTA
Aparentemente, Paulo não tinha um único propósito ao escrever a carta. Pelo menos quatro podem ser identificados:
missionário – O trabalho missionário na Ásia e na Grécia já estava completo (Rm 15.19-20) e Paulo tencionava ir para região europeia;
doutrinário - exposição de forma didática e compreensiva as verdades centrais do evangelho, provável deficiência devido a ausência de um líder apostólico;
apologético - argumentação sobre a justificação pela fé não parecem ser simplesmente informativo, mas uma oposição aos legalistas judaicos;
didático - principalmente na seção de prática geral, sobre a moral e a conduta cristã (Rm 12-15).
III – A GRATIDÃO DE PAULO E A JUSTIÇA DE DEUS (Rm 1.8-17)

PAULO AGRADECE A DEUS PELA COMUNIDADE CRISTÃ EM ROMA (1.8-15)
O fato de Paulo não ser o fundador da igreja não o impediu de orar e reconhecer a fé e o trabalho de seus membros (testemunho do próprio Deus). Vontade de visitar a igreja de Roma. Provavelmente, foi impedido de ir a Roma devido as diversas perseguições que sofreu. Paulo era grato à Deus por todas as pessoas da comunidade, independente de nacionalidade ou classe social. Infelizmente, muitos líderes têm dificuldade de aprender esta lição com Paulo.

PAULO ERA TESTEMUNHA DA JUSTIÇA DE DEUS REVELADA PELO PODER DO EVANGELHO (1.16-17)
O apóstolo reconhecia a situação em que estava diante de Deus antes de conhecer a Jesus. Convicto de sua justificação pela fé e não pelas obras, ele testifica o seu amor ao evangelho, a ponto de afirmar: “Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê” (Rm 1.16).
Algumas pessoas que se identificam como cristãos evangélicos para tirar vantagem. Por outro lado, há cristãos com vergonha de se identificarem como tal.
A JUSTIÇA DE DEUS REVELADA EM RM 1.17 E A REFORMA PROTESTANTE
No século XVI, o principal protagonista da Reforma Protestante, Martin Lutero, foi profundamente influenciado por Rm 1.17. A doutrina da justificação pela fé foi a força propulsora para a reforma protestante.
Concílio de Trento com objetivo de rebater a doutrina da justificação pela fé. Paulo afirma que a justificação provém de Deus, mediante sua graça justificadora, que extravasa largamente à esfera jurídica (Rm 4.2, 5.1 e 5.9).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nesta lição nos aprendemos que:
- a epístola foi escrita por Paulo, cerca de 57 a.C., na cidade de Corinto, durante a terceira viagem missionária de Paulo.
- a comunidade cristã de Roma não foi fundada por Paulo, mas ele se ocupou em reforçar para a comunidade a revelação da justiça de Deus por meio da fé, tema central da epístola e fundamento para o desencadeamento da Reforma Protestante do Século;
- Paulo deu exemplo de gratidão pela justiça de Deus e seus efeitos.
REFERÊNCIAS
BALL, Charles Fergunson. A vida e os tempos do apóstolo Paulo. Rio de Janeiro: CPAD, 1998.
BARTH, Karl. Carta aos Romanos: Tradução e comentários Lindolfo K. Anders. São Paulo: Novo Século, 2003.
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