terça-feira, 9 de agosto de 2016

Lição 07 - 3º Trimestre 2016 - A Chamada e Purificação do Profeta - Jovens.

Lição 07

A CHAMADA E PURIFICAÇÃO DO PROFETA (6.1-13)
3° Trimestre de 2016
1-CAPA-JOVENS-PROFESSOR-3TRIINTRODUÇÃOI – A PARÁBOLA DA VINHA
II - DEUS CUIDOU E ESPEROU COISAS BOAS DA VINHA
III - O CASTIGO E O EXÍLIO DA VINHA
CONCLUSÃO
O profeta Isaías tem um vislumbre da glória e santidade que lhe toca assombrosa e magnificamente alterando completamente seu modo de pensar. Suas emoções e sua razão são afetadas positivamente pela visão, de tal forma que ele se entrega totalmente a partir deste evento. A glória denota o ser e a presença de Deus que se torna manifesta em aviltante contraste com a situação do ser humano; por isso ela causa tantas reações espirituais, psíquicas, emocionais e físicas, como no caso do profeta Isaías.
No Antigo Testamento esta glória é manifesta a Moisés na sarça ardente (Ex 3.2-4); na nuvem que os guiava no deserto e na coluna de fogo durante a noite (Ex 16.7,10); no monte Sinai onde Moisés viu a glória do Senhor face a face (Ex 24.15-18; 33.20; 34.5-8); no tabernáculo onde se manifestou a glória (Ex 40.34-35); nos sacrifícios (Lv 9.22-23); no templo (1 Re 8.11; 2 Cr 7.1-3); e também é revelada aos profetas Isaías (Is 6) e Ezequiel (Ez 1.28) e descrita nos Salmos 18 e 29.
No Novo Testamento ela é vista pelos pastores (Lc 2.9,14), pelos discípulos de Cristo (Jo 1.14); nos sinais e milagres de Cristo (Jo 2.11); na transfiguração (Mt 17.1-8); na demonstração de Sua própria glória (Jo 7.39; Hb 1.3) e será revelada na Sua vinda (Mc 8.38). Esta glória deve ser refletida pela igreja (2 Co 4.3-6) enquanto proclama o evangelho de Cristo (1 Pe 4.14). “E vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai.” (Jo 1.14). Esta glória que a tudo preenche será plenamente revelada aos seres humanos quando estivermos na cidade celestial (Ap 15.8; 21.23).
I – A VISÃO SANTA
Os símbolos da santidade do Senhor são majestade e glória, como vistos por Isaías. Ele tem um sentimento de criatura e nulidade, que é um efeito colateral do sentimento de receio e assombro levando a uma dependência total de Deus, que se revela na teofania e “pressupõe uma sensação de superioridade (e inacessibilidade) absoluta” de Deus (Hb 12.21), portanto, o ser humano como um todo, composto de emoções, sentimentos, desejos, volição, raciocínio, intelecto e corpo são tomados pela presença do Todo Poderoso nesta experiência. O ser humano sente-se como que um profano ante a augusta presença. Estes sentimentos podem estar presentes cada vez que o sujeito se abre a esta experiência com Deus, seja na conversão, no batismo no Espírito Santo ou em momentos de comunhão. Quem é atingido pelo milagre ou prodígio da presença de Deus fica boquiaberto, estupefato e assombrado (no sentido de espanto) diante da estranheza absoluta, do totalmente outro, daquele que foge ao entendimento.
Mas o assombro produz também a constatação da beleza do Eterno que traz admiração e é algo atraente, cativante, arrebatador, encantador e fascinante pelo perfeito caráter divino, demonstrados através do amor, da misericórdia, da compaixão e do consolo. Ninguém que tenha um encontro verdadeiro com Deus sai desta presença brincando ou indiferente. Sempre que alguém disse que teve um encontro destes é tomado de um santo temor, por uma mistura de inadequação, não merecimento e pequenez, ao mesmo tempo em que é tomado por uma admiração, um desejo de adoração, uma vontade de entregar-se, enfim, fascinação e assombro ao mesmo tempo, uma mistura de sentimentos que ao final produzem novas estruturas de compreensão mentais e emocionais, mas também constroem um novo sujeito.
A compreensão do amor de Deus, presente em sua glória, produz nele um alívio pela culpa do pecado, a certeza do livramento da condenação eterna, uma libertação de neuroses religiosas e traz esperanças concretas de um cuidado paterno que somente Deus pode dar. Mas este amor produz a grande responsabilidade da luta pela pureza e pela integridade, pois diante do santo nenhuma leviandade, lassidão ou flerte com o pecado são desculpáveis.
A visão lhe dá a constatação mais difícil para qualquer ser humano, a sua pecaminosidade e miséria, levando-o a uma confissão que sai do profundo do coração: “ai de mim, que vou perecendo!” (Is 6.5).
II – A PURIFICAÇÃO DO PROFETA
A manifestação da glória e santidade de Deus produz um contraste absoluto entre criatura e criador. Deus lhe estende a mão através da tenaz do anjo e da brasa tirada do altar. Mas ao Deus descer ao encontro do ser humano isto não lhe tira a majestade, não lhe diminui, antes salienta seu caráter majestoso de amor. Entretanto ao se aproximar do ser humano Deus lhe traz para perto Dele, lhe expande as virtudes, o torna santo como Ele é santo (Hb 12.10). Santificação (ou perfeição) não significa ausência absoluta de pecados, pois isto somente será possível no céu, mas antes significa desenvolver maturidade na consciência, na liberdade, nos relacionamentos e na transcendência de tal forma que, entre escolher um prazer momentâneo ilícito ou a felicidade e alegria constante do Espírito, optar-se-á por este último, pois é este que traz descanso e paz a alma humana.
Assim, o encontro com o Santo produz o equilíbrio necessário entre um ascetismo religioso empobrecedor que o leva a viver ansiosamente e o impossibilita de fazer escolhas sábias, bem como da liberdade desintegradora que o leva a lançar-se em situações confusas que conduzem a caminhos de morte. O evangelho nos conclama a viver o equilíbrio da liberdade interior onde tudo é lícito, inversamente ao compromisso de viver sem que nada fira a consciência ou entristeça o Espírito Santo. (Ef 4.30). Essa liberdade é fruto da vontade do ser unificada pelo Espírito Santo, onde a luta interior entre bem e mal é apaziguada e direcionada à vontade de Cristo.
III – A CHAMADA DO PROFETA
Somente consegue obedecer sinceramente quem é completamente livre, mas a verdadeira liberdade somente é possível quando se cultiva a liberdade interior, que brota do núcleo do ser, do interior mais invisível, porque é ali que Deus habita, e somente se é livre quando se atinge este lugar mais íntimo, onde não existem apenas aparências, hipocrisias ou faz de conta, mas é onde Deus tudo vê e discerne. Este é o lugar onde ninguém consegue nos manter presos a nada, nem a religiosidade, nem a normas ou dogmas religiosos. Embora em Cristo estejamos sujeitos a todos, em Cristo estamos também livres de tudo e de todos. Portanto, é no coração que se resolve esta paradoxal situação, ser completamente livre para obedecer.
Mas a liberdade tem um preço, as consequências da liberdade são reféns das escolhas, se forem escolhas sábias e prudentes elas nos levarão a lugares de sensatez e honra, mas se forem escolhas estúpidas elas nos levarão a lugares de amarga derrota e consequências fugazes. Como disse o poeta Pablo Neruda: “Você é livre para fazer escolhas, mas é prisioneiro das consequências.” É no coração que se fazem as melhores escolhas, podem matar ou fazer viver, mediocrizar ou fazer voar alto, fazer pecar ou embelezar-se de santidade. Portanto, é uma luta e escolha diária vencer o egoísmo de querer se satisfazer, dando lugar aos desejos próprios, aos pensamentos de orgulho, à justiça própria, aos pecados que gostamos, ao nosso planejamento de vida e a nossa vontade. Jesus nos convida a voluntaria e em total liberdade sujeitarmos tudo a Ele.
O resultado do ministério do profeta mostra que o ativismo e a busca desenfreada por sucesso em tudo que se faz, nem sempre é o desejo de Deus. Histórias deslumbrantes e testemunhos arrebatadores nem sempre estão de acordo com a santidade de Deus. Os frutos do trabalho podem demorar séculos como no caso de Isaías. A tentação do imediatismo ministerial tem sido um grande mal para a igreja, pois tem feito muitos trocarem os métodos de Deus, algumas vezes demorados, por métodos humanos fáceis e rápidos, mas que não correspondem com a santidade daquele que chamou nem produzem frutos duradouros.
Desta forma convém que diante do chamado pessoal de cada um, estejamos submissos e obedientes àquilo que o Santo quer de cada um, com um coração livre para atender ao seu ide, pois ver o Senhor implica em olhar para cima, olhar para si mesmo e olhar para os outros com compaixão.
Subsídio escrito pelo próprio comentarista da Revista, Pastor Claiton Ivan Pommerening.

Lição 07 - 3º Trimestre 2016 - O Evangelho no Mundo Acadêmico e Político - Adultos.

Lição 07

O Evangelho no Mundo Acadêmico e Político 
3° Trimestre de 2016
1-CAPA-LBP-3-Tri-2016 Page 1
INTRODUÇÃOI – DANIEL NA UNIVERSIDADE DE BABILÔNIA
II – DEUS NA ACADEMIA BABILÔNICA
III – A INTERVENÇÃO DE DEUS NA POLÍTICA BABILÔNICA
CONCLUSÃO
Entrar na universidade é uma tarefa complexa e requer muita força de vontade e esforço. Na perspectiva cristã, ela se torna mais complexa ainda, pois sob o ponto de vista do pensamento, as universidades são hostis aos alunos oriundos da tradição cristã. Essa hostilidade é sentida principalmente nos cursos das áreas de humanas. Somando ao fato de que a maioria dos nossos jovens não está preparada evangelicamente para defender sua fé; muitas vezes o desespero toma conta do jovem cristão. Ora, além da pressão do processo de vestibular, mais o ataque gratuito por parte de professores universitários, os jovens cristãos sentem-se isolados e não fazem uso do seu direito constitucional de manifestar a sua fé de maneira inteligente e coerente. Essa regra vale tanto para os jovens quanto para os adultos cristãos que ingressam mais tarde numa universidade.
Uma proposta?Para falarmos sobre evangelização em universidade, ou do mundo político, primeiramente, deve haver um estágio intenso de treinamento das mentes de nossos irmãos, como num treinamento de um candidato às missões transculturais, pois ele tem de se preparar muito para exercê-las, dominando a cultura e a língua, em primeiro lugar; e as particularidades dos países em que se deseja evangelizar. No caso do evangelismo universitário não é diferente.
O primeiro estágio passa pelo contato da historicidade da fé cristã. Nossos irmãos precisam ter o contato com a história a fim de conhecer a herança histórica e filosófica da própria fé, bem como ter contatos com obras dos primeiros pais da Igreja, o pensamento de Agostinho, Tomas de Aquino, Martinho Lutero, João Calvino, João Armínio, John Wesley etc. Em outro momento, servir aos nossos irmãos de bons filósofos e apologistas cristãos mais contemporâneos de grande envergadura intelectual: Chesterton, C.S. Lewis, Alister Mcgrath, Willian Lane Craig, Alvin Platinga e outros. Para introduzir nossos irmãos ao diálogo das principais cosmovisões de pensamento no mundo, a CPAD tem uma série de obras disponíveis para esse objetivo: “Sua Igreja está preparada?”; “Panorama do Pensamento Cristão”; “E Agora como Viveremos”; “Verdade Absoluta”.
Não há outra instituição especializada e capacitada, senão a Escola Dominical, para desenvolver com seriedade e qualidade esse urgente trabalho. Preparar nossos irmãos para este trabalho é fundamental para a evangelização universitária e a consequente sobrevivência nas comunidades acadêmicas atuais.
 Fonte: Revista Ensinador Cristão, Ano 17 - nº 67 – julho/agosto/setembro de 2016. 

Lição 06 - 3º Trimestre 2016 - Parábola do Castigo e Exílio de Judá - Jovens.

Lição 06

PARÁBOLA DO CASTIGO E EXÍLIO DE JUDÁ (5.1-30)
3° Trimestre de 2016
1-CAPA-JOVENS-PROFESSOR-3TRIINTRODUÇÃOI – A PARÁBOLA DA VINHA
II - DEUS CUIDOU E ESPEROU COISAS BOAS DA VINHA
III - O CASTIGO E O EXÍLIO DA VINHA
CONCLUSÃO
As parábolas eram um método de linguagem largamente usado pelos escritores do Antigo Testamento e isto atesta o poder de sua eficácia. As parábolas eram o mais perfeito exem­plo de linguagem figurada para mos­trar e reforçar as verdades divinas. O ensino por parábolas é, sem dúvida, muito produtivo. Quando completamente compreendida a parábola é mais fácil de ser lembrada por seu estilo literário ser mais atraente. A vinha é identificada com a casa de Israel, que aqui é sinônimo da tribo de Judá que representava toda a nação de Israel. Afim de que o povo ouvisse a voz de Deus, o profeta Isaías não somente fala como também emprega, em suas profecias, sinais que declaravam a desgraça que estava por vir. O juízo divino estava às portas da cidade culpada, as palavras de Deus tinham sido pronunciadas em vão e o profeta a partir da parábola da vinha transmite mais uma vez o alerta de iminente condenação.
Entretanto apesar da situação trágica do povo, o profeta Isaías nos apresenta também o amor e carinho de Deus pela sua vinha, amor e carinho que não podem ter como contrapartida frutos de egoísmo e de injustiça. O Povo de Deus precisa deixar-se transformar pelo amor sempre fiel de Deus e produzir frutos bons como a justiça, o direito, o respeito pelos mandamentos e a fidelidade à Aliança. A imagem da vinha de Deus fala deste povo que aceita o desafio do amor do seu Deus, mas Ele exige frutos de amor, de paz, de justiça, de bondade e de misericórdia.
I – A PARÁBOLA DA VINHA
Todos os esforços foram investidos para que a vide produzisse bons frutos, no entanto o que ela produziu foram uvas bravas. Israel era grande em número, no entanto, a fé que professavam não refletia a justiça que verdadeiramente engrandeceria a nação. Israel podia estar visivelmente saudável como uma vide em toda a sua pujança, mas não havia nenhuma vida interior de piedade, não havia amor nem fé genuína, os frutos produzidos eram amargos como o fel e não ofereciam vida espiritual para quem destes frutos se alimentava.
A vinha era indubitavelmente magnífica, foi cultivada pelo próprio Deus, mas seus frutos não dignificaram quem a cultivou, ou seja, o povo não era nem santo, nem justo, nem leal a Deus e muito menos tinha amor ao próximo, se fundamentavam numa religiosidade sem uma genuína vida espiritual. Podem existir grandes ofertas, e muitos esforços exteriores, contudo, sem o espírito da oração, da fé, da graça e da consagração, qualquer boa intenção é desprovida de verdadeiros valores espirituais. As uvas que a vide produziu foram de qualidade ruim. Embora o agricultor tivesse plantado as melhores mudas produziu apenas uvas bravas (Is 5.2-4).
Nos Evangelhos, Jesus retoma a imagem da vinha e a partir dela, critica severamente os líderes judaicos que se apropriaram, em benefício próprio, da vinha de Deus e se recusaram a oferecer a Deus os frutos que lhe eram devidos. Jesus anuncia que a vinha (Mt 21.33) vai ser-lhes retirada e vai ser confiada a trabalhadores que produzam e que entreguem a Deus os frutos que ele espera. Paulo também exorta os cristãos da cidade grega de Filipos e todos os que fazem parte da vinha de Deus a viverem na alegria e na serenidade, respeitando o que é verdadeiro, nobre, justo e digno (Fp 4.8). São esses os frutos que Deus espera da sua vinha.
II - DEUS CUIDOU E ESPEROU COISAS BOAS DA VINHA
Seu cuidado não se baseia apenas em seu poder, mas primeiramente em seu amor divino que protege os seus filhos, Ele sustenta o ser humano e não os deixa tropeçar (Sl 121). Deus prometeu ao seu povo proteção contra todos os seus inimigos e em contrapartida Israel teria que obedecer e confiar em seu Deus, apesar dos muitos perigos potenciais. Nos dias do Antigo Testamento era comum a invasão de saqueadores para roubar ou destruir as plantações, isto trazia muito sofrimento para os moradores das cidades que, sem comida, enfrentavam tempos de privação ou eram obrigados a deixar sua terra em busca de outra que lhes oferecesse as condições básicas para sobrevivência, e este êxodo poderia trazer alegria ou muita tristeza como no caso de Noemi e sua família. 
O próprio Deus era o vigia de sua vinha, Ele não dorme nem se cansa, está sempre alerta para proteger e guardar o seu povo. A invasão de povos inimigos que destruíram o reino do norte e em breve destruiriam o reino do sul não aconteceram por falta de atenção do vigia, mas por permissão Dele que se usou destas nações como vara de sua ira para ensinar ao seu povo o que eles não foram capazes de aprender, apesar de todas as demonstrações de amor do seu Deus em ensinar seu povo.
Deus esperava de seu povo obediência a sua lei e ordenanças, a prática da justiça e submissão ao Seu senhorio, mas tudo que ele colheu foram roubos, injustiças, corrupção, idolatria, opressão e toda sorte de males. Sendo desobediente e insubordinado o povo agora luta contra a lei de Deus que uma vez fora estabelecida, dando lugar às leis de seu coração corrompido pelo pecado. A rebeldia do povo se revestiu de uma violência que foi capaz de cegá-los tornando-os insensíveis a percepção do bem e do mal.
III – O CASTIGO E O EXÍLIO DA VINHA
O povo havia perdido o senso de moralidade e tornou-se especialista em perverter as coisas, a lei mosaica era o guia dos homens, mas aquele povo a muito já tinha abandona a lei. Se tornaram cínicos quanto ao que realmente era bom, para eles o que funcionava era bom, em suas vidas havia lugar para tudo menos para Deus e suas orientações, suas consciências estavam longe da influencia divina. Deus é pai, mas não age baseado em sentimentos paternalistas e parciais, Sua natureza não permite que seja injusto, Ele sempre julgará e agirá em retidão, por isto não poupa nem mesmo seus filhos, se estes se tornarem rebeldes e indiferentes ao seu amor e cuidado.
Isaías prevê com extrema exatidão várias invasões que Judá e Jerusalém sofreriam, primeiramente pelos Assírios, sob o comando de Senaqueribe em 701 a.C., e finalmente, várias invasões pelo exército Babilônico, culminando no cativeiro final e destruição de Jerusalém em 587 a.C., sob o comando de Nabucodonosor, cumprindo-se assim a profecia de Isaías. Quando Cristo se aproxima de nossa alma Ele a examina com discernimento agudo. Dele não se zomba, não é possível enganá-lo. As exterioridades podem nos enganar, mas nosso Senhor não comete nenhum engano assim, Ele está atento ao fruto que sua vinha está produzindo. Ele conhece o fruto seja em que estágio este se achar, Ele nunca confunde uma expressão puramente religiosa com o fluir real do Espírito no coração, jamais confunde graça autêntica com mero emocionalismo. Ele sabe exatamente quem somos, onde estamos e o que nos motiva e não julga segundo a aparência, mas segundo a verdade.
O cuidado de Deus a favor do seu povo é perfeito, nada lhes falta (Sl 23), ele os esconde debaixo de suas asas (Sl 91), portanto, provê tudo e tem grande esperança que nós frutifiquemos abundantemente. “Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o lavrador. Toda a vara em mim, que não dá fruto, a tira; e limpa toda aquela que dá fruto, para que dê mais fruto. Vós já estais limpos, pela palavra que vos tenho falado.” João 15:1-3.
Subsídio escrito pelo próprio comentarista da Revista, Pastor Claiton Ivan Pommerening.

Lição 06 - 3º Trimestre 2016 - A Evangelização dos Grupos Desafiadores - Adultos.

Lição 06

A Evangelização dos Grupos Desafiadores
3° Trimestre de 2016
1-CAPA-LBP-3-Tri-2016 Page 1
INTRODUÇÃOI – JESUS ANUNCIA O EVANGELHO DA INCLUSÃO
II – O EVANGELHO ÀS PROSTITUTAS
III – O EVANGELHO AOS HOMOSSEXUAIS
IV – O EVANGELHO AOS CRIMINOSOS
V – O EVANGELHO AOS VICIADOS
CONCLUSÃO
No mundo inteiro, uma agenda progressista e revolucionária nos costumes invade a cultura ocidental, de modo a causar graves confrontos de ideias, até mesmo físicos. Todo estudioso sério sobre a cultura mundial sabe que a partir de Antonio Gramsci, sobretudo, da queda do Muro de Berlim, em 1989, há uma proposta hegemônica em curso para fazer uma revolução, não mais por intermédio das armas ou da violência física, mas pela via cultural. Uma revolução que ganhe a consciência, o sentimento e a alma do indivíduo ao ponto de ele começar a pensar sem discernir a origem daquele pensamento, onde sua individualidade e consciência fossem dissolvidas no “mar das lutas coletivas”. Por isso assistimos a intensificação da agenda ideológica da defesa do aborto, da ideologia de gênero, do homossexualismo como doutrinação, da legalização e naturalização da prostituição, do controle do Estado sobre o indivíduo, do enfraquecimento do conceito de propriedade privada etc. Tudo isso faz parte de uma grande agenda contra a herança civilizatória ocidental. Esta é resulta da simbiose entre a filosofia grega, o direito romano e o cristianismo bíblico. Por isso se pode dizer que o tripé do Ocidente está constituído em três grandes cidades: Atenas, Roma e Jerusalém. A proposta dessa agenda é implodir esse tripé.
O que isso tem a ver com a evangelização da Igreja?
Para quem não tem a esperança em Cristo, o quadro é de caos no mundo. Por isso, uma vez portadora dessa consciência histórica, a Igreja deve exercer um papel profético, se dirigindo aos meandros de uma sociedade sem Deus, mas não se envolvendo em guerras abertas sobre temas periféricos em que em nada contribui para a ação evangelizadora.
A Igreja, sob o ponto de vista moral, deve se declarar a favor da vida, do modelo de família estabelecido por Deus, da dignidade da pessoa humana, se posicionando claramente contra a ideia da prostituição etc. Mas por outro lado, ela deve ter o cuidado de não transformar isso numa guerra contra pessoas por intermédio da política partidária, pois a natureza primária da evangelização é alcançar todos os povos e, principalmente, as pessoas mais excluídas da sociedade (Lc 4.18-19). Devemos reconhecer que há prejuízo para a prática da evangelização quando os confrontos são radicalizados. Neste sentido, devemos amar os grupos desafiadores por intermédio do amor do Pai derramado em nossos corações.
 Fonte: Revista Ensinador Cristão, Ano 17 - nº 67 – julho/agosto/setembro de 2016. 

segunda-feira, 25 de julho de 2016

Lição 05 - 3º Trimestre 2016 - A Evangelização Urbana e suas Estratégias - Adultos.

Lição 05

A Evangelização Urbana e suas Estratégias
3° Trimestre de 2016
1-CAPA-LBP-3-Tri-2016 Page 1
INTRODUÇÃOI – ESTRATÉGIAS URBANAS DE EVANGELISMO
II – OS DESAFIOS DA EVANGELIZAÇÃO URBANA
III – COMO FAZER EVANGELISMO URBANO
CONCLUSÃO
No século 21, há um desafio imenso para a Igreja de Cristo: evangelizar a sociedade urbana. Por isso, é importante, a partir da lição estudada, nós refletirmos sobre as razões de uma evangelização de grande porte numa sociedade urbana e o meio de evangelização.
A mensagem de Jesus deve ser apresentada a todos
Um dos requisitos necessários à evangelização é a capacidade de quem evangeliza compartilhar, publicar, espalhar e anunciar uma notícia boa e nova para todo o ser humano, declarando que ela é relevante e verdadeira. A boa nova é a mensagem de nosso Senhor. Ela foi anunciada ontem pelos santos apóstolos, é anunciada hoje pela igreja visível do Senhor e, até a vinda de Jesus Cristo, será anunciada sempre.
O conteúdo da mensagem
O que pregar na evangelização? Ora, o conteúdo da mensagem de quem evangeliza passa inevitavelmente pelo tema da salvação, que é o anúncio de que Deus está consertando alguma situação destruída ou completamente equivocada. Imediatamente esse processo pode ser descrito pela Perdição, ou seja, o ser humano não sabia que algo de errado havia acontecido com ele, mas que por intermédio da encarnação de Jesus Cristo, da crucificação de nosso Senhor e a da ressurreição do nosso Rei, o ser humano teve o caminho livre para adentrar, pelo nome de Jesus, ao “Trono da Graça de Deus”. Portanto, salvação e perdição, vida e morte, resgate e pecado são temas recorrentes da verdadeira mensagem do Evangelho passando inevitavelmente pelo acontecimento temporal e atemporal da encarnação, crucificação e ressurreição de nosso Senhor.
Os meios de Evangelização
Esta é uma questão importantíssima, pois a despeito da urgência e da necessidade de comunicarmos o Evangelho para uma sociedade urbana, os fins não podem justificar os meios da evangelização. Há algumas práticas inaceitáveis: usar assistência social como “isca”; pressões psicológicas numa “evangelização” centrada nos benefícios da fé; promessas falsas e utópicas para o fim do sofrimento. Estes são exemplos do que não se pode ser feito em nome da “urgência evangelística”. Por isso, os meios de evangelização devem ser usados da maneira mais natural possível. Os instrumentos mais atuais e disponíveis são a mídia eletrônica, impressa, artísticas e o mais poderoso de todos: o relacionamento pessoal.
Que Deus use sua Igreja para discernir o melhor meio de comunicar o Evangelho!
 Fonte: Revista Ensinador Cristão, Ano 17 - nº 67 – julho/agosto/setembro de 2016. 

Lição 05 - 3º Trimestre 2016 - Predições de Juízo e Glória - Jovens.

Lição 05


PREDIÇÕES DE JUÍZO E GLÓRIA (4.2-6)
3° Trimestre de 2016
1-CAPA-JOVENS-PROFESSOR-3TRIINTRODUÇÃOI – O JUÍZO DE DEUS
II – A GLÓRIA DO RENOVO DO SENHOR
III – A PROTEÇÃO DO SENHOR
CONCLUSÃO
Um grande desafio do ponto de vista humano é compreender como Deus pode, ao mesmo tempo, executar um juízo que traga choro, dor e lamento e também, um amor imensurável, e em grande misericórdia providenciar renovo e abrir o caminho para a redenção, a proteção e a glória. O homem, ao rejeitar o amor de Deus, abre os braços a escolhas que tem consequências nos tempos presente e futuro. É nesse contexto que o juízo de Deus se faz necessário, mas há no tempo atual, assim com nos dias de Isaías uma importante missão a ser cumprida. Naqueles dias, o profeta foi a voz que clamava, nos dias atuais cabe a Igreja ser a voz profética que anuncia que é preciso arrependimento e restauração.
I – O JUÍZO DE DEUS
Antes de enviar seu juízo Deus havia mostrado claramente ao povo que não deveriam agir de forma contrária ao seu amor. Deus, sempre movido por amor e misericórdia, buscou estabelecer alianças com o seu povo, levantou vozes para que trouxessem palavras de retidão, realizou maravilhas e supriu as necessidades. A lista de intervenções é imensa, desde pão do céu, o mar que se abrindo, as muralhas indo ao chão, até palavras proféticas de homens ungidos. Porém, nada disso conseguiu manter o povo de Israel longe do pecado. Bastou o tempo passar e os milagres “esfriarem” para que o povo começasse a abandonar seus princípios e imergisse em uma série de abominações.
Por isso, Deus alertou por intermédio do profeta contra a corrupção dos governantes e a violência. A substituição do Senhor pelas riquezas; a ganância; o suborno recebido pelo juiz; a exploração dos trabalhadores para a manutenção do luxo no palácio, do rei, da corte e do templo; a concentração de riquezas nas mãos de poucos; o empobrecimento da população; a administração fraudulenta; a impunidade e a opressão. Tudo isto característica do afastamento sistemático do amor e do cuidado de Deus, dando as costas a ele, e na prática querendo afirmar que não precisariam dele nem de suas ordenanças para organizarem suas vidas.
Multidões são vítimas dessas condições onde o coletivo cada vez tem menos importância e o individualismo é a palavra de ordem que lança um contra os outros sem piedade, em uma realidade de dor e solidão. Essa é a plataforma ideal para que se estabeleçam injustiças e se viole o direito e a dignidade do próximo, ou seja, são as condições para a prática de todo pecado, este latente no coração humano esperando apenas a oportunidade de se mostrar.
II – A GLÓRIA DO RENOVO DO SENHOR
Nesse ponto da profecia há uma referência tanto à época em que ela fora proferida quanto a um tempo muito posterior, em um tempo já escatológico. Para os estudiosos do texto bíblico, Isaías ao falar do Renovo do Senhor está se referindo ao Messias que seria rejeitado pelo povo de Israel, mas aceito ao final de muito aperto.
Ao apontar para o contexto imediato, faz-se referência à invasão babilônica que durante muitas décadas assolou todo o mundo conhecido de então promovendo a destruição de reinos e cidades e ampliando o seu poder. Talvez nesse momento, quando eram levados cativos, muitos dos que choravam começaram a repensar seus atos e como estavam fora dos propósitos estabelecidos por Deus, porém tarde demais.
III – A PROTEÇÃO DO SENHOR
O profeta Isaías evoca a proteção do Senhor sobre seu povo lembrando-os da nuvem de dia e da coluna de fogo durante a noite que os acompanhou durante os quarenta anos no deserto. Tendo isto em mente é que o profeta afirma: “Criará o Senhor sobre toda a habitação do monte de Sião e sobre as suas congregações uma nuvem de dia, e uma fumaça, e um resplendor de fogo chamejante de noite; porque sobre toda a glória haverá proteção. E haverá um tabernáculo para sombra contra o calor do dia, e para refúgio e esconderijo contra a tempestade e contra a chuva.” (Is 4.5). Trata-se de uma recordação agradável para o povo de Deus, pois evoca o cuidado Dele durante o calor do sol diário para não queimar o povo e da escuridão e do frio da noite trazendo proteção e calor, respectivamente.
O profeta Isaías trouxe ao povo a lembrança do cuidado de Deus quando na travessia do deserto com a finalidade de afirmar que de forma mais gloriosa ainda, a mesma proteção será presente para o povo de Deus. Essas expressões trazidas pelo profeta estão, obviamente, em sentido figurado e remetem para um tempo futuro, no reinado messiânico, em que Deus protegerá seu povo de forma miraculosa contra todos os inconvenientes, tanto da natureza quanto de seus inimigos, mas além desta proteção, fornecerá provisões de calor durante a noite e sombra durante o dia (Is 4.6).
Subsídio escrito pelo próprio comentarista da Revista, Pastor Claiton Ivan Pommerening.

segunda-feira, 18 de julho de 2016

Lição 04 - 3º Trimestre 2016 - O Juízo de Judá e de Jerusalém - Jovens.

Lição 04

O JUÍZO DE JUDÁ E DE JERUSALÉM (3.1-4.1)3° Trimestre de 2016
1-CAPA-JOVENS-PROFESSOR-3TRIINTRODUÇÃOI - A INJUSTIÇA E A OPRESSÃO DE UM POVO
II - A ARROGÂNCIA QUE CEGA
III - A MISERICÓRDIA E A JUSTIÇA DE DEUS
CONCLUSÃO
A paciência de Deus com o povo chegou ao fim nestas profecias, apesar de inúmeras advertências e avisos o coração se endureceu sempre mais, assim não restou outra coisa a não ser deixar o povo cair no próprio poço que cavaram, haveria ingovernabilidade, gemidos e desolação. Além disso, o profeta descreve em detalhes toda a injustiça, opressão, vaidade e ostentação praticadas.

I - A INJUSTIÇA E A OPRESSÃO DE UM POVO
O colapso da nação era iminente para Isaías, por haverem pervertido o juízo ou trocado o que seria justo pelo injusto. Situações como esta sempre acabam prejudicando aqueles que não têm como se defender como o fraco, o pobre, o órfão e a viúva (Is 1.17; 23). Os líderes privaram os pobres e oprimidos da justiça e ainda roubaram o órfão e a viúva (Is 3.14; 10.2). Os tempos de prosperidade de Judá trazem junto sua apostasia, embora a prosperidade não seja necessariamente má.
Em decorrência deste enfoque, pode-se considerar, diante das injustiças em todos os níveis da sociedade de Judá denunciadas pelo profeta, que essa prosperidade não vinha do Senhor, mas a partir da exploração do pobre. As autoridades de Judá viviam uma anarquia no governo (Is 3.4), os governantes agiam de forma imprudente, corrupta e leviana (Is 3.12), quem tinha chances de oprimir alguém, o fazia deliberadamente (Is 3.5) e se instalou o desrespeito contra o idoso (Is 3.5). As autoridades de Judá promoviam a injustiça e, consequentemente, a desigualdade social.
As autoridades e líderes de Judá tiravam proveito de sua posição privilegiada, para se enriquecer. Estabeleceram-se, então, práticas contrárias a justiça de Deus. Contudo, usavam o nome do Senhor para enfatizar a prosperidade de Judá. A respeito disto, tomavam o nome do Senhor em vão (Ex. 20.7). Assim, o profeta acusava as autoridades e os líderes de Judá, por intermédio da profecia, que eles estavam roubando, esmagando e explorando os pobres (Is 3.14-15). A este respeito Deus ordena a seu povo de fazer valer a justiça em benefício daqueles que não têm voz (Pv 31.9), visto que o Senhor se levanta de seu trono devido a opressão do necessitado e do gemido do pobre, para trazer segurança aos que o anseiam (Sl 12.5). Os pobres também pertencem ao povo de Deus, por este motivo Ele defende a causa dos necessitados e castiga aqueles que defraudam o povo, por meio da extorsão.
A igreja tem a capacidade e responsabilidade dadas pelo Espírito Santo, sendo ela a representante do Reino de Deus e uma das repostas de Deus ao mundo que sofre, de profetizar contra as injustiças nas esferas sociais, políticas, religiosas e econômicas. Os mecanismos de denuncias podem ser efetivados em decorrência da política e da denúncia profética, como fez Isaías, como também por meio de ações sociais que combatam as injustiças, os problemas e os sofrimentos do povo em sua origem. Todo este mal deve ser combatido pela prática do bem.
II - A ARROGÂNCIA QUE CEGA
O profeta descreve de forma clara que os atos de Jerusalém e Judá eram praticados em rebelião contra Deus, mesmo os líderes sabendo que o Senhor estava contemplando seus atos, o desafiavam em público. As lideranças políticas de Judá e Jerusalém chegaram à certeza de que poderiam viver tranquilamente sem o Senhorio de Deus. A elite da religião e os anciãos, que eram tidos como pessoas de respeito, achavam-se em conluio com o poder político. E estando ensoberbecidos, agiam como se Deus não existisse e se pelo menos Ele existisse, era uma pessoa desprezível e passível de ser zombada, estando presente a contemplar os atos e palavras de escárnio. O resultado dessa arrogância é o desprezo pelas pessoas mais fracas, explorando-as como se não fossem a imagem e semelhança de Deus. O roubo aos pobres é denunciado pelo profeta de maneira veemente, delatando a prática de tirar o alimento da mesa dos necessitados (Is. 3.14-15).
A arrogância ou orgulho é um pecado tão antigo e ao mesmo tempo tão atual que infecta a alma de cada geração de seres humanos. É um atrativo castelo de pedras que resiste à idade do homem. Se trata de uma fortaleza invencível para qualquer indivíduo que tem a petulância de escalá-la. A principal arma do orgulho é o poder. O desejo de poder foi o cerne da tentação no Éden. A violação do poder consiste em pensar que se sabe ou pode mais do que Deus. O poder que Deus confere ao homem na criação é a capacidade de cuidar e gerir a natureza. Mas o homem em pecado viola esse princípio quando quer estender seu domínio aos outros homens ao ponto de controlar e explorar seus semelhantes.Em nome de Deus adquire-se com facilidade o domínio dos corpos e consciências dos outros indivíduos. Depois de ter o coração embriagado pelo poder, o indivíduo não o devolve mais, é preciso ser tirado dele.
A idolatria é um pecado resultado do orgulho não só a partir da veneração aos outros deuses, mas reside também no fato de criar um deus que atenda as paixões e desejos humanos. Assim, criar um deus que atenda todas as expectativas humanas é o desejo do indivíduo em pecado, pois em rebeldia ao senhorio de Deus, a fantasia pelo desejo de independência o impele aos ídolos, que figuram a fonte dos caprichos pecaminosos do homem. Tem-se um deus passível de ser controlado e que atende todos os desejos egoístas da humanidade, esse deus se torna como nós. Essa é a procura humana pelos ídolos que nada são (1 Co. 8.4), com objetivo de se tornar igual a Deus. O orgulho tende ao acúmulo de poder e tira proveito, explora e usa pessoas como objetos. Pode-se chamar isto de cultura narcisista. O narcisista fantasia um conceito elevado dele mesmo, imagina-se com ilimitado poder, inteligência, beleza, amor e sucesso.

III - A MISERICÓRDIA E A JUSTIÇA DE DEUS
A prosperidade da elite dominante de Judá custou um alto preço, a espoliação e a opressão do pobre. A consequência desta atitude das autoridades e líderes de Judá se estabelecia no juízo iminente de Deus. Paulo destaca a atitude de Jesus como exemplo de proceder de todos os seus seguidores. Ele comenta que, embora Jesus sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se; mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo, tornando-se semelhante aos homens. E, sendo encontrado em forma humana, humilhou-se a si mesmo e foi obediente até à morte, e morte de cruz! (Fp 2.6-8). Deste modo, Jesus conseguiu expressar toda sua humanidade, baseada na humildade, pois ele é manso e humilde de coração (Mt 11.28). A humildade é símbolo da dependência de Deus. A partir deste conceito pode-se entender o discurso de Jesus sobre quem é o maior no Reino dos céus. Ele disse: “portanto, quem se faz humilde como esta criança, este é o maior no Reino dos céus.” (Mt 18:4). Assim, quem não se tornar humilde e dependente do pai como criança não poderá entrar no Reino de Deus (Mt 18.3).
Deus reage contra a injustiça, visto que a justiça faz parte da natureza de Deus (Sl 145.17). A respeito disto, no contexto das escrituras vetero e neotestamentárias, o que é creditado como justiça não são as obras, mas sim a fé (Gn 15.6). Essa justiça pela fé produz obras na vida do justo em decorrência da graça de Deus. Este conceito é evidenciado pelo profeta Habacuque (Hb 2.4) e na teologia paulina (Rm 1.17). O justo viverá da fé. O profeta de Deus é também porta-voz de uma mensagem que anuncia, denuncia e alerta diante de situações presentes e conhecidas e neste capítulo o profeta denunciou a injustiça e a arrogância. Que nossos corações sejam humildes diante de Deus para reconhecer quando precisamos de arrependimento, que nossa dependência de Deus seja evidente em atitudes, palavras e pensamentos, e que ao mesmo tempo sejamos jovens profetas que sabem fazer frente com sabedoria às injustiças do mundo.
Subsídio escrito pelo próprio comentarista da Revista, Pastor Claiton Ivan Pommerening.

Lição 04 - 3º Trimestre 2016 - O Trabalho e Atributos do Ganhador de Almas - Adultos.

Lição 04

O trabalho e atributos do ganhador de almas
3° Trimestre de 2016
1-CAPA-LBP-3-Tri-2016 Page 1
INTRODUÇÃOI – EVANGELISTA, GANHADOR DE ALMAS
II – ATRIBUTOS DE UM EVANGELISTA
III – O TRABALHO DE UM EVANGELISTA
CONCLUSÃO
Amar sem reservas a pessoa toda e não economizar esforços para alcançá-la em todas as esferas da sua existência é a razão da vida de todo evangelista. Este é o portador das Boas Novas, o arauto do Reino de Deus numa sociedade dominada pelas ideias e cosmovisões que afrontam o propósito do Altíssimo para a humanidade. Amar, amar, amar... É a palavra-chave do evangelista!
Antigo e Novo Testamento: a fundamentação bíblica do ministério do Evangelista
No Antigo Testamento, o ministério que lembra o do Evangelista neotestamentário é o de Profeta. A palavra hebraica que aparece em Isaías 40.9 e 52.7 traz a ideia de “mensageiro” e “pregador”. Note que o ministério do profeta veterotestamentário visava convencer o rei ou o povo dos seus pecados e os estimulava a fazer o caminho do arrependimento em amor e sinceridade.
Em o Novo Testamento, o ministério de Evangelista é apresentado claramente pelo diácono Filipe. O livro de Atos nos conta que este evangelista evangelizou uma cidade inteira: Samaria (At 8.4-7), além de levar o maior tempo individualmente com o eunuco (At 8.26-40). “Entendes o que lês?”, foi a pergunta do evangelista ao eunuco. Percebendo a inabilidade do eunuco com as Escrituras, o evangelista passou-lhe a explicar a Escritura.
Sagradas Escrituras: o fundamento de quem evangeliza
Tanto o Antigo quanto o Novo Testamento nos mostram que as Escrituras Sagradas são o fundamento do evangelista. O seu trabalho vai desde o anúncio do Evangelho à integração do novo convertido, passando obrigatoriamente pela apologia da fé evangélica. Essas frentes de trabalho passam pelas Escrituras como o esteio do ministério do evangelista. A Igreja de Cristo precisa de evangelista carismático que honrem a Deus e ame o próximo.
O Evangelista consciente do seu ministério
Não nos referimos aqui necessariamente a um ministério baseado na itinerância, até porque a itinerância contemporânea se dá muito mais para ministrar a crentes do que para ministrar entre não crentes. Portanto, a itinerância do evangelista é fundamentalmente uma itinerância secular, no sentido de encontro com os seculares, com os não crentes, os que não conhecem o Evangelho. O evangelista consciente do seu ministério não é necessariamente midiático, mas comunitário. Ele vai de comunidade em comunidade, rua a rua, casa a casa, pessoa a pessoa. Ele vai a lugares que ninguém vai. Ele prega onde Cristo nunca foi anunciado.
 Fonte: Revista Ensinador Cristão, Ano 17 - nº 67 – julho/agosto/setembro de 2016. 

Lição 03 - 3º Trimestre 2016 - O Dia Do Senhor - Jovens.

Lição 03

O DIA DO SENHOR (2.1-22)3° Trimestre de 2016
1-CAPA-JOVENS-PROFESSOR-3TRIINTRODUÇÃOI – A ALTIVEZ ORIUNDA DA PROSPERIDADE
II – O DIA DO SENHOR PARA ISRAEL
III – O DIA DO SENHOR PARA A IGREJA
CONCLUSÃO
De acordo com Soares, o termo hebraico para “dia” é yom, que pode significar “dia” literalmente (Jó 3.3) ou até período de tempo (Gn 2.4). Assim, segundo ele, o dia do Senhor indica o período reservado por Deus para o “acerto de contas” com todos os moradores da terra. Gerhard von Rad, estudioso do Antigo Testamento, analisa as imagens que acompanham esse dia escatológico, e conclui que o mesmo remonta às guerras santas do Senhor, ou seja, este dia se refere à ocasião em que Jeová aparecerá pessoalmente para aniquilar seus inimigos.
Portanto, não existe uma única definição da natureza do dia do Senhor na literatura profética, mas, diversos aspectos e imagens bíblicas que descrevem esse dia. Contudo, a principal ideia está relacionada ao grande julgamento e restauração do reino do Senhor. Também, podemos observar em Sofonias 1.15,16, uma das mais completas descrições do dia do Senhor. Assim, lemos que o dia de Jeová é:
a) Um dia de ira;
b) Um dia de aflição e angústia;
c) Um dia de ruína e devastação;
d) Um dia de trevas e escuridão;
e) Um dia de trombeta e grito de guerra.
Em Isaías, o dia do Senhor se refere principalmente à intervenção divina contra a altivez humana, expressadas no apego excessivo às riquezas e a desvios morais que culminaram em corrupção e idolatria, mas também diz respeito às histórias de proezas e grandes feitos de Deus intervindo milagrosamente na história do seu povo, Israel (Is 2.6-9, 17-18). Nesse caso de Isaías, o dia do Senhor, primeiramente alude à Judá e Jerusalém, mas, também se aplica aos últimos dias, pois a maioria das profecias bíblicas tem um cumprimento imediato e um cumprimento remoto, ou seja, aplicam-se num período de tempo próximo, mas também são aplicáveis há tempos mais distantes e escatológicos. 
I – A ALTIVEZ ORIUNDA DA PROSPERIDADE
O desenvolvimento econômico acabou não sendo visto como bênção de Deus; na realidade acabou se tornando em pedra de tropeço para o povo, uma vez que os induziu a cometer uma série de pecados: corrupção, mentira, arrogância, idolatria, enriquecimento ilícito, injustiças sociais e toda sorte de perversão advinda de uma má compreensão da prosperidade, que resultou numa má utilização da mesma (Is 2.8-12). O que sucedeu com o povo de Israel é que os reis e suas mais altas autoridades acumularam para si riquezas desnecessárias, mediante a prática de injustiças, indo contra o mandamento de Deus, o que fez com que seus corações se corrompessem. Frequentemente as riquezas excessivas apartam o coração humano da confiança em Deus (cf. Lc 12. 13-21; 34).
Com a riqueza, em alguns casos, vem a corrupção. Na verdade a corrupção vem desde os primórdios da humanidade, pois segundo a Bíblia, se manifesta já na queda da humanidade no pecado (Gn 3). Neste episódio, aprendemos que a corrupção está ligada com a cobiça, diz respeito a não satisfação com o que se tem e, portanto, resulta em todo tipo de ação (ainda que desonesta) para obter o que se não tem. O famoso “jeitinho brasileiro”, em muitos casos, pode ser uma forma disfarçada de corrupção, embora possa ter conotações positivas da cultura brasileira.
Lemos nos Evangelhos, que por diversas vezes Jesus foi tentado pelo diabo a se corromper, por meio da ganância, da fama e da celebração do poder. Todavia, Jesus não “se desviou com os assuntos deste mundo”, Ele permaneceu fiel à missão recebida do Pai celestial (Mt 4.1-11). Dessa maneira, se tornou modelo para todos àqueles que pretendem fazer a diferença no mundo, não se permitindo, assim, ser moldados pela corrupção do mundo (Rm 12.1-2).
II - O DIA DO SENHOR PARA ISRAEL
Assim, o povo de Deus seria finalmente vingado, por todos os sofrimentos impostos pelas nações pagãs, que lhe dominaram, resultando em más condições econômicas, sociais e políticas (Is 2.4). Sendo assim, esse dia possui aspectos políticos, tanto quanto espirituais. Na realidade, na perspectiva profética do Antigo Testamento, não se separa política e vida religiosa, ambas se encontram entrelaçadas. Mas este dia também representa a justiça de Deus sobre seu próprio povo que havia se apartado do culto verdadeiro e praticado os pecados descritos no tópico I, portanto, seria um dia de muito sofrimento para o povo de Deus.
No capítulo 1, o Senhor diz que a adoração de Israel não é autêntica. O Senhor não tem prazer nos animais que eles sacrificam. Quando o rito externo da religião, não vem acompanhado de atitude sincera e verdadeira do coração, o resultado só pode ser o descontentamento divino (Is 1.13-15). O profeta denuncia a idolatria de Israel, em que a criatura é servida como se fosse Deus (Is 2.8-9). Ainda, hoje, muitos entre a humanidade adoram obras feitas por mãos humanas, em explícita ofensa ao Criador, o único digno de adoração. Esta descrição profética de acusação de Israel pode ser relacionada ao materialismo atual, onde o ser humano atribui grande valor aos objetos materiais, em detrimento das pessoas.
Também, em nossos dias há apreço apenas pelos ricos e afamados, e, assim, a soberba humana é cultivada e Deus é desprezado. Mas, chegará o dia do Senhor, em que a glória da sua majestade afugentará os pecadores. Nesse dia os soberbos serão abatidos e humilhados. Há em todo o mundo um clima de guerra iminente no ar, especialmente, com o crescimento da tensão entre o Oriente e o Ocidente, devido aos crescentes atentados por parte de grupos extremistas islâmicos, etc. Portanto, o medo está por toda parte, não há paz no mundo. Mas, no futuro prometido pelo Senhor, ninguém mais precisará temer a guerra. Não se investirá mais recursos econômicos em ferramentas que fomentam a morte e o medo porque reinará o príncipe da paz, Jesus Cristo.
III - O DIA DO SENHOR PARA A IGREJA
Ao longo da tradição cristã o dia do Senhor é frequentemente associado à segunda vinda de Cristo. A principal perspectiva cristã é a pré-tribulacionista, ou seja, acredita na obra de Cristo que removerá a sua Igreja do mundo antes da grande tribulação. A tribulação será uma das formas de manifestação do juízo de Deus para com aqueles que não viveram segundo sua palavra.Mas antes desse dia, a igreja é desafiada a enxugar o choro dos que choram, porque no reino futuro não haverá choro, pregar o evangelho para os aprisionados porque o reino de Deus é de liberdade, a restaurar famílias porque o reino de Deus é de restauração, a pregar e viver a justiça porque o reino de Deus é de Justiça.
Subsídio escrito pelo próprio comentarista da Revista, Pastor Claiton Ivan Pommerening.