sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

Lição 11 - 4º Trimestre 2017 - Sabedoria Divina para Interagir com os Meios de Comunicação - Jovens.

Lição 11

                       Sabedoria divina para interagir                                           com os meios de comunicação                    4° Trimestre de 2017
jovens4tcapa
INTRODUÇÃO
I - OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO E SUA INFLUÊNCIA CULTURAL
II - A MÍDIA ÍMPIA E OS PERIGOS DO FALSO ENTRETENIMENTO
III - UTILIZANDO OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO COM SABEDORIA
CONCLUSÃO

Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivo central conscientizar os jovens a respeito da influência dos meios de comunicação social:
Sabedoria Divina para Interagir com os Meios de Comunicação
Como os cristãos devem interagir com a mídia? Qual deve ser a relação da igreja com a cultura popular? Tais perguntas não são triviais, afinal os meios de comunicação ocupam enorme espaço na sociedade contemporânea, com notável poder de propagação de ideias e formatação cultural. Uma vez que os cristãos têm a incumbência de confrontar e transformar a cultura à sua volta, os meios de comunicação igualmente devem ser alvo do inconformismo transformador dos crentes (Rm 12.2), o que implica, como veremos, fazer uso da sabedoria do alto para distinguir entre a mídia benéfica da ímpia.
OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO E SUA INFLUÊNCIA CULTURAL
No sentido aqui empregado, mídia refere-se ao conjunto dos meios de comunicação que atingem um grande número de pessoas, a exemplo dos jornais, revistas, rádio, televisão e a própria internet. Em qualquer sociedade civilizada, a mídia ocupa lugar de destaque e exerce importante papel social, visto que os seres humanos são comunicativos por natureza.

Teoricamente, o papel da mídia é difundir notícias e informações de interesse público. Utilizada adequadamente, portanto, ela pode informar, entreter e produzir cultura de qualidade, pois não é inerentemente má. Ao mesmo tempo, assim como ocorre com outros elementos da criação, o homem caído também subverte o propósito da comunicação, ao usar a mídia para propósitos espúrios que desonram a Deus, para o fim de disseminar ódio, pornografia e violência, ao tempo em que produz uma cultura popular banal.

Nenhuma coisa é imunda em si mesma, escreveu o apóstolo Paulo (Rm 14.14), mas ela torna-se imunda, corrompida e perversa quando o homem caído expressa a sua rebelião contra Deus 1. Nas palavras de Nancy Pearcey: “A linha entre o bem e o mal não é traçada entre uma parte e outra da criação, porém passa pelo coração humano — em nossa disposição de usar a criação para o bem ou para o mal” 2. Assim, Nancy destaca que a música é boa, mas músicas populares podem ser usadas para glorificar a perversão moral; a arte é um presente bom de Deus, mas livros e filmes podem ser usados para transmitir cosmovisões não bíblicas e promover a decadência moral 3
Walter Kaiser Jr. expressou isso da seguinte maneira: “Embora os meios de comunicação tenham um enorme potencial de unir a humanidade por meio de satélites e da internet [...], também é grande seu potencial para gerar efeitos nocivos e negativos na sociedade, dependendo da qualidade do conteúdo transmitido”4.
O poder de influência dos meios de comunicação
Entender os meios de comunicação sob a perspectiva cristã é crucial em nossos dias, especialmente em virtude do seu poder de influência sobre as mentes das pessoas e da sociedade em geral, seja de maneira explícita ou subliminar. Por esse motivo, a mídia é considerada o quarto poder, ao lado dos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário.

Em grande parte, a mídia molda a cultura popular, as preferências e os valores aceitos pela sociedade em geral. Ela dita tendência, constrói referenciais e estabelece ideologias. Isso porque, “todo veículo cultural popular do cinema aos vídeos de música comunicam uma crença ou valor”5. Dallas Willard retratou com fidelidade o influente poder da mídia ao dizer que vivemos sufocados por slogans, em que acontecimentos, coisas e informações nos afogam, nos subjugam, desorientando-nos com ameaças e possibilidades acerca das quais a maioria de nós não sabe o que fazer. Ele diz que “comerciais, slogans, bordões políticos e pretensiosos rumores intelectuais atulham o nosso espaço mental e espiritual. As nossas mentes e os nossos corpos ‘pegam’ essas coisas como um terno escuro pega fiapos”6.

Evidentemente, tal influência é responsável pela formatação da chamada cultura popular, em específico o entretenimento visual e musical. A cultura popular penetra como agulha no tecido social, ela “grita da televisão em inúmeros canais durante o dia inteiro, explode em nossos computadores, ressoa no rádio do carro e enfeita nossas camisetas e tênis” 7. O grande problema é que, conforme afirmaram Terrence Lindvall e J. Matthew Melton, “a cultura, como a natureza, detesta o vazio. Apressa-se em encher o vácuo do desejo humano”8. Consequentemente, em vez de serem propagados conteúdos que exaltem a verdade, a ética e os bons costumes, a mídia oferece, com raras exceções, conteúdo que visa saciar o que há de pior no coração humano.
A MÍDIA ÍMPIA E OS PERIGOS DO FALSO ENTRETENIMENTO

A mídia ímpia, descompromissada com os valores morais, espirituais e familiares, é eficiente (2Ts 2.9) em produzir programas, séries, músicas e filmes que exploram a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida (1Jo 2.16). Transmite-se a ideia de completa naturalidade na prática da luxúria (1Co 5.1), do adultério (2Pe 2.14), do orgulho (2Pe 2.18), da bebedice (1Pe 4.3), do roubo e da vingança, assim como exaltam a mentira e a libertinagem irresponsável (2Pe 2.19).

De acordo com Lindvall e Melton: “O cinema e a televisão nos tentam com visões do mundo que são niilistas ou utópicas. Provocam-nos com histórias que dizem que nossas ações não têm consequência moral, que podemos escapar do salário do orgulho, da vingança, da luxúria, do roubo e de outros pecados. Ou procuram nos hipnotizar com imagens que sejam excessivamente românticas ou asquerosas” 9.

Utilizando a estratégia da emoção e de enredos românticos, tais produções tentam convencer os expectadores da suposta normalidade da bruxaria pós-moderna, da homossexualidade e de outras práticas pecaminosas. Ao mesmo tempo, ridicularizam Deus, a igreja e os valores cristãos, sob o título de “entretenimento”.
A sedução do falso entretenimento
Esse tipo de falso entretenimento produzido pela mídia perversa impacta negativamente a vida dos expectadores contumazes. Essa não é uma afirmação eminentemente religiosa. Pesquisas científicas apontam que a exposição constante a certos conteúdos influencia diretamente o comportamento humano. Observe a seguir.

Sexo na TV tem correspondência com gravidez na adolescência. Estudo feito nos Estados Unidos e publicado pela revista científica Pediatrics, concluiu que jovens que têm altos níveis de exposição a programas de televisão com conteúdo sexual tem o dobro da chance de se envolverem em uma gravidez na adolescência, nos três anos seguintes do que aqueles que assistem poucos destes programas. A pesquisa constatou ainda que a televisão pode ter um papel significativo nas altas taxas de gravidez adolescente, e que a exposição aos programas televisivos pode acelerar a iniciação do ato sexual e influenciar a gravidez adolescente ao criar a percepção de que há muito pouco risco em fazer sexo sem contraceptivos.

Álcool na TV estimula consumo imediato de bebidas. Outro estudo, realizado por cientistas da Universidade de Radboud, Holanda, sugere que as pessoas tendem a consumir álcool quando veem pessoas bebendo em filmes ou em comerciais enquanto assistem à TV. Os pesquisadores monitoraram o comportamento de 80 jovens enquanto eles assistiam televisão e descobriram que os que viam mais referências a bebidas alcoólicas bebiam duas vezes mais do que os que não as viam. A pesquisa, que foi publicada na revista especializada Alcohol and Alcoholism, indica ainda que “mostrar bebidas alcoólicas em filmes e propagandas não apenas afeta as atitudes das pessoas e as regras para bebida na sociedade, mas pode funcionar como uma sugestão que afeta o desejo e o subsequente consumo de bebida”.
Novelas promovem o aumento do divórcio. Um estudo do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) sugere uma ligação entre as populares novelas da TV Globo e o aumento no número de divórcios no Brasil nas últimas décadas. Na pesquisa, foi feito um cruzamento de informações extraídas de censos nos anos 70, 80 e 90 e dados sobre a expansão do sinal da Globo — cujas novelas chegavam a 98% dos municípios do país na década de 90. Além disso, a pesquisa descobriu que esse efeito é mais forte em municípios menores, onde o sinal é captado por uma parcela mais alta da população local.

Jovens que ouvem música sexual transam mais cedo. Na esfera musical, em pesquisa realizada na Universidade de Pittsburgh constatou-se que jovens que ouvem músicas que contenham referências sexuais e degradantes, começam a fazer sexo mais cedo (ou investe nas preliminares, como a masturbação). As pesquisas foram feitas com 711 jovens de três grandes escolas em uma metrópole. Dos participantes que eram expostos a, em média, 14 horas de músicas “sexuais” por dia, um terço já havia feito sexo. Outro terço já havia tido “preliminares”, mas nunca havia praticado o ato em si.
Tais estudos são somente alguns indicativos que comprovam os males provocados por programas que se escondem por detrás das “cortinas do entretenimento” e da cultura popular de massa, com forte apelo sexual e uma gritante indiferença à instituição familiar. Isso demonstra que os meios de comunicação possuem influência penetrante no comportamento das pessoas, principalmente jovens, adolescentes e crianças, sobretudo quando há exposição contínua e incapacidade de filtrar as informações.

O problema, é claro, não é novo. Lindvall e Melton recordam:
No antigo Israel, os portadores primários
das mensagens narrativas e ideológicas eram os profetas e sacerdotes. Uma tentação ao povo
hebreu era entregar esta função vital a influências pagãs. Os profetas advertiam repetidamente os hebreus dizendo que os ídolos pagãos
eram meros paus e pedras; mesmo assim, esses paus e pedras eram muitas vezes sedutores. De modo análogo, as imagens dos filmes têm a capacidade de seduzir. Elas criam uma maneira de ver o mundo e moldar o espectador inconsciente no seu tipo de espectador. Como os ídolos antigos de madeira e pedra, nosso celulóide e imagens digitalizadas ativam as emoções e as respostas fisiológicas que adequadamente pertencem à vida real e à verdadeira adoração10.
Conclusão
Diante desse quadro, a igreja em geral e o cristão em particular deve valer da sabedoria do alto, a fim de proceder com discernimento com relação aos meios de comunicação. Antes de tudo, devemos saber usar adequadamente os meios de comunicação em vez de sermos manipulados por eles. Em um contexto saturado de mídia, com programas e mensagens midiáticas que insuflam nossos desejos, é imprescindível a sabedoria do alto (Tg 3.17) para nos ensinar a separar o joio do trigo em matéria de entretenimento, assim como a ajuda do Espírito Santo nos guiando para os hábitos saudáveis e edificantes.
*Este subsídio foi adaptado de NASCIMENTO, Valmir. Seguidores de Cristo: Testemunhando numa Sociedade em Ruínas. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, pp. 119-125.
Que Deus o(a) abençoe.
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista Lições Bíblicas Jovens

PEARCEY, 2006, p. 96.
2 PEARCEY, 2006, p. 96.
3 PEARCEY, 2006, p. 96.
4 KAISER JR., 2016, p. 72.
5 PALMER, 2001, p. 399.
6 WILLARD, 2010, p. 2
7 COLSON; PEARCEY, 2006, p.287-288.
8 PALMER, 2001, p. 400.
9 PALMER, 2001, p. 403.
10 PALMER, 2001, p. 401.
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Jovens. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo. 

quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

Lição 11 - 4º Trimestre 2017 - Adotados por Deus - Adultos.

Lição 11

Adotados por Deus4° Trimestre de 2017
adultos4tcapa
ESBOÇO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
I – O CONCEITO BÍBLICO DE ADOÇÃO
II – A ADOÇÃO NO TEMPO PRESENTE
III – A ADOÇÃO PLENA NO FUTURO
CONCLUSÃO
OBJETIVO GERAL
Explicar que a obra de salvação de Jesus Cristo nos possibilitou sermos adotados como filhos de Deus.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
I – Apresentar o conceito bíblico de adoção;
II – Explicar a adoção no tempo presente;
III – Compreender a adoção plena no futuro.
PONTO CENTRAL
A nossa filiação divina é uma bênção proveniente da obra salvífica de Cristo Jesus.

O CONCEITO BÍBLICO DE ADOÇÃO
Claiton Ivan Pommerening
No sentido bíblico, os seres humanos são criaturas de Deus, e não filhos. Para tornar-se filho de Deus, é preciso crer e receber o sacrifício de Cristo, que tem o poder de tornar a criatura em filho de Deus (Jo 1.12); assim, antes da salvação, todos são criaturas, depois se tornam filhos por adoção (Gl 4.5). Em seguida, passam a fazer parte da família de Deus e chamá-lo de Aba (paizinho) (Gl 4.6), numa relação filial amorosa e relacional íntima, onde todos os demais membros da família passam a chamá-los e considerá-los irmãos em Cristo (1 Ts 2.14). A possibilidade da adoção só é possível por causa de Cristo, em quem fomos adotados como filhos por meio de Jesus Cristo (cf. Ef 1.5).

Os crentes são filhos de Deus por adoção. Isso significa que eles não são filhos de Deus por natureza, pois nem todos os seres humanos são filhos de Deus. Somente aqueles que possuem um relacionamento filial com Deus por meio de Cristo são filhos de Deus. Por meio dessa adoção, Deus coloca o pecador no estado de filho e passa a tratá-lo como filho. Em virtude de sua adoção, os crentes são inseridos na família de Deus e passam a ter direito a todos os privilégios da filiação. Por um lado, eles são adotados por Deus como filhos. Por outro, eles passam a comportarem-se como filhos de Deus. Paulo mostra-nos esses dois elementos da adoção funcionando lado a lado: “[...] Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para remir os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos. E, porque sois filhos, Deus enviou aos nossos corações o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai” (Gl 4.4-6). O Espírito de Cristo regenera-nos, e santifica-nos, e estimula-nos a dirigirmo-nos a Deus cheios de confiança, vendo-o como nosso Pai. Por isso, devemos assumir nossa relação filial com Deus e comportarmo-nos como seus filhos 1.

Fazer parte de uma família, e, nesse caso, da família de Deus (Ef 2.19) traz inúmeros benefícios como, por exemplo, segurança, confiança e conhecimento imediato de pertencer a uma casa paterna. Casa lembra um lugar de refúgio, paz e descanso; portanto, num mundo conturbado em que vivemos, encontrar a casa do Pai é um grande alívio e também um antídoto contra perturbações, angústias e aflições que este mundo traz. Portanto, a possibilidade de chamar Deus de Pai é um privilégio ímpar, pois já não somos mais escravos, e sim filhos (cf. Gl 4.7).

Na Oração do Pai Nosso, Jesus deixou claro que a realidade de ser filho altera o relacionamento com Deus. Antes, as orações eram frias, repetitivas e enfatizavam apenas a grandeza de Deus. Ele, agora, importa-se também com as fraquezas e necessidade humanas. No seu ensino sobre a oração, Jesus enfatiza que Ele é o “teu Pai que vê em oculto”, que Ele recompensa seus filhos, que Ele conhece as necessidades antes de pedirmos, que podemos pedir pelo pão diário — ou seja, todas as necessidades básicas —, que Ele está pronto a perdoar nossos pecados e que Ele nos livra da tentação. Tudo isso mostra um Deus cheio de cuidados paternos que não poupa esforços em prol dos seus filhos.

O Espírito Santo testifica no íntimo de nossos corações, dizendo-nos que somos realmente filhos de Deus (Rm 8.16) porque fomos adotados por Deus e passamos a fazer parte de sua família e desfrutar do privilégio de sermos herdeiros (Tt 3.7). “E, se nós somos filhos, somos, logo, herdeiros também, herdeiros de Deus e coerdeiros de Cristo” (Rm 8.17). Com a adoção, deixamos de ser escravos, sem herança nem direitos, e tornamo-nos filhos (Gl 4.7) com todos os privilégios da casa do Pai. A herança maior é incorruptível, incontaminável e imarcescível e está reservada nos céus para nós (1 Pe 1.4).

Chamar Deus de Pai ajuda a livrar a mente humana da perturbação às vezes presente em situações em que não se compreende corretamente a pessoa de Deus — isso é o que leva a pessoa a pensar que Ele é um Deus vingativo, irado e pronto a castigar. Essa imagem de Deus é extremamente maléfica e é vencida na compreensão da doutrina da adoção, que faz compreender que Ele nos tem concedido seu amor (1 Jo 3.1); que Ele entende cada um de nós, pois é “como um pai [que] se compadece de seus filhos, assim o SENHOR se compadece daqueles que o temem. Pois ele conhece a nossa estrutura; lembra-se de que somos pó” (Sl 103.13-14); toma todos os cuidados em nossas necessidades, pois “vosso Pai celestial bem sabe que necessitais de todas essas coisas” (Mt 6.32); Ele dá a nós bons presentes como gesto de amor, pois “se, vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas coisas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará bens aos que lhe pedirem?” (Mt 7.11); Ele concede-nos também seu Espírito Santo para confortar e consolar nas angústias (Lc 11.13).
Texto extraído do livro “A Obra de Salvação”, Editora CPAD, 2017.
Marcelo Oliveira de OliveiraRedator do Setor de Educação Cristão (CPAD)

1 BARBOSA, Vagner. Justificação: o ponto de partida da Reforma. Disponível em: http://ultimato.com.br/sites/estudos-biblicos/assunto/igreja/justificacao-o-ponto-de-partida-da-reforma/. Acesso em 8 de Junho de 2017.
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Adultos. Nossos subsídios estarão disponíveis toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não se trata de uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

Lição 10 - 4º Trimestre 2017 - O Livro de Deus conta a História de um Amigo - Jd. Infância.

Lição 10

Avaliação do Usuário
Estrela inativaEstrela inativaEstrela inativaEstrela inativaEstrela inativa
  
                     O Livro de Deus conta a História de um Amigo
4° Trimestre de 2017
jardimdeinfancia4tcapa
OBJETIVO: Os alunos deverão entender que o amor e a ajuda oferecidos aos necessitados e aos que nos rodeiam fazem parte do estilo de vida que Deus quer que tenhamos.
É HORA DO VERSÍCULO: “[...] Ame o seu próximo como você ama a você mesmo” (Lc 10.27).
Nesta lição, as crianças irão aprender, através da história do bom samaritano, que amar ao próximo é o dever de todos os cristãos, e entenderão que o amor e a ajuda oferecidos aos necessitados e aos que nos rodeiam fazem parte do estilo de vida que Deus quer que tenhamos. O amigo da nossa história nem sequer conhecia o homem que precisou de sua ajuda, mas ele foi tocado de uma bondade e de um grande amor por ele. Precisamos ajudar sempre, mesmo aqueles que não conhecemos e assim seremos seus amigos.

Como atividade complementar, após a realização das atividades propostas na revista do aluno e do professor, e caso haja tempo, sugerimos que você imprima a folha abaixo, entregue uma para cada aluno colorir conforme desejar. Reforce que não devemos agir como os outros homens que passaram pelo rapaz caído e nada fizeram para ajudá-lo.
bomsamaritano.licao10.jardim

Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica AraujoEditora Responsável pela Revista Jardim de Infância da CPAD
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas lições da Revista Jardim de Infância. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

Lição 10 - 4º Trimestre 2017 - Saul Tem Inveja de Davi - Primários.

Primários

Lição 10

                                 Saul Tem Inveja de Davi
4° Trimestre de 2017
primarios4tcapa
OBJETIVO: Que o aluno compreenda que Deus não aprova a inveja.
PONTO CENTRAL: A inveja nos afasta de Deus e das pessoas.
MEMÓRIA EM AÇÃO: “Pois antigamente nós mesmos não tínhamos juízo e éramos rebeldes e maus [...].” (Tt 3.3)
     Querido (a) professor (a), na próxima aula ensinaremos nossos alunos contra um grande mal, mundialmente considerado como um dos sete pecados capitais: a inveja. A palavra “capital” vem do latim caput, que tem o significado de “líder”, “chefe”. Isto é, refere-se a um pecado que encabeça, se desdobra em muitos outros.

     De fato, podemos observar claramente em diferentes histórias trágicas relatadas nas Sagradas Escrituras os imensos abismos originados por este “carro-chefe” chamado inveja. Este sentimento tão negado, mas ainda assim inerente a todo e qualquer ser humano. Porque a nossa natureza pecaminosa é invejosa. Não a toa, Deus colocou entre os 10 mandamentos o “não cobiçarás” coisa alguma de teu próximo (Êx 20.17). O alerta a vigilância é para TODOS, mas poucos admitem que precisam dele. E está justamente aí o perigo. “Aquele, pois, que pensa estar em pé, cuide para que não caia” (1Co 10.12).

     Em uma interessante palestra sobre o tema, um professor perguntou à platéia: “Quem aqui sente inveja?”, praticamente ninguém levantou a mão. Em seguida, fez outra indagação: “Quem aqui é invejado por alguém?”, praticamente todos levantaram as mãos. Assim ele ilustrou o seu argumento do quanto temos facilidade de enxergar a inveja do outro, mas não as nossas. E assim a inveja gera outros pecados: a mentira, auto-engano, soberba, etc. Por isso, desde já, é crucial ensinar nossas crianças a examinarem a si mesmas e serem honestas para com Deus, que é longânimo e está sempre pronto a perdoar um coração sincero e arrependido (Sl 51.17).

     A começar por você, professor, confesse-se diante do Altíssimo. E lembre-se que o melhor antídoto contra este mal, ao qual todos nós estamos sujeitos, é um coração cheio de genuína gratidão. Por isso, traga a memórias as inúmeras bênçãos que o Senhor tem derramado sobre você e alegre-se também pelas bênçãos na vida de seus irmãos. “Pois onde há inveja e ambição egoísta, aí há confusão e toda espécie de males” (Tg 3.16). Vemos esta constatação exatamente através da história da nossa próxima lição, que mostra o quanto o Rei Saul se destruiu, à medida que, sem perceber, mais e mais invejava e desejava a destruição de Davi.

     Propomos que após a história contada, você bata um papo com sua classe sobre estas verdades aqui mencionadas. Para isto, sugerimos que antes da aula começar, você espalhe alguns versículos sobre o tema pela sala. Para dar início a este bate-papo, peça que as crianças os procurem. Para você saber quantos são, numere os papéis. Cada aluno ficará apenas com um e quando todos forem encontrados, sente-os em círculo e peça que os leia, um por vez, à medida que você os pergunte o que entenderam e converse com eles sobre cada um.

     Em seguida, estimule-os a confessarem as vezes que agiram com inveja em oração, pedindo perdão ao Senhor, para que seus corações sejam limpos deste mal e não fiquem como o do rei Saul, que até mesmo adoeceu por causa da inveja.

     Segue algumas sugestões de versículos para a dinâmica sugerida:

“Não cobiçarás a casa do teu próximo; não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo” (Êx 20.17).

“ [...] a inveja destrói o tolo” (Jó 5.2).

“Quando o meu coração estava amargurado e no íntimo eu sentia inveja, agi como insensato e ignorante; minha atitude para contigo era a de um animal irracional” (Sl 73.21-22).

“O coração em paz dá vida ao corpo, mas a inveja apodrece os ossos” (Pv 14.30).

“O rancor é cruel e a fúria é destruidora, mas quem consegue suportar a inveja?” (Pv 27.4).

“Não sejamos presunçosos, provocando uns aos outros e tendo inveja uns dos outros” (Gl 5.26).

“Vivíamos na maldade e na inveja, sendo detestáveis e odiando uns aos outros. Mas, quando, da parte de Deus, nosso Salvador, se manifestaram a bondade e o amor pelos homens, não por causa de atos de justiça por nós praticados, mas devido à sua misericórdia, ele nos salvou pelo lavar regenerador e renovador do Espírito Santo, que ele derramou sobre nós generosamente, por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador” ( Tt 3.3-6).

“Pois onde há inveja e ambição egoísta, aí há confusão e toda espécie de males” (Tg 3.16).

“Portanto, livrem-se de toda maldade e de todo engano, hipocrisia, inveja e toda espécie de maledicência” (1 Pe 2.1).

O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula!
Paula Renata SantosEditora Responsável pela Revista Primários da CPAD
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas lições da Revista Primários. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

Lição 10 - 4º Trimestre 2017 - A Bíblia Ensina a Honrar os Pais - Adolescentes.

Lição 10

A Bíblia ensina a honrar os pais
4° Trimestre de 2017
adolescentes4tcapa
ESBOÇO DA LIÇÃO: 
A FAMÍLIA COMEÇA COM UM PAI E UMA MÃE
RESPEITANDO OS PAIS TANTOS CASADOS QUANTOS SEPARADOS
RESPEITANDO OS PAIS ADOTIVOS
OBJETIVOSEsclarecer que honrar e amar aos pais são coisas diferentes, porém, necessárias;
Conscientizá-los de que nem todas as famílias são ideais, mas os pais devem ser honrados;
Traçar um paralelo entre a adoção de filhos e a nossa adoção por Deus.
O VALOR DO ENSINO
Elaine Cruz
Desde o útero, sofremos interferência do meio e da família em que vivemos. Uma gestação desejada, na qual os pais e a parentela estão harmonizados para receber o novo ser com afeto e comprometimento, certamente gera filhos mais seguros e tranqüilos. Um lar desajustado gera um desequilíbrio de humor na gestante, que será vivenciado pelo feto até mesmo quimicamente. Já pais ajustados, que se amam e se respeitam, irão formar filhos mais saudáveis física e emocionalmente.
Contudo, é a partir dos primeiros dias de vida do bebê que as funções educadora e formativa da família começam a se tornar mais evidentes. Desde cedo a criança começa a discernir entre o sim e o não, o certo e o errado, a conhecer e dominar regras, valores e normas, bem como a sofrer as conseqüências ao quebrá-las. E nestes primeiros meses e anos é primeiramente a família (pais, filhos e irmãos), e depois a parentela (avós, tios, primos etc) que agirão na e sobre a criança, completando seus gestos, interpretando seus movimentos, direcionando suas ações e ensinado as regras de convivência na sociedade em que vivem.
Quanto mais os anos passam, mais importantes e atuais se tornam as palavras de Salomão: “Ensina a criança no caminho que deve andar, e até quando envelhecer não se desviará dele”, Pv 22.6. O ensino não só informa, mas forma o caráter e interfere na aquisição das propriedades psicológicas humanas, como inteligência, atenção, memória e linguagem, entre outras.
Vale ressaltar que ensinar ou educar os filhos não é uma opção dos pais, mas uma obrigação, um dever da paternidade ou da maternidade. Há muitos avós e parentes que, pela impossibilidade dos pais, criam muito bem algumas crianças. Contudo, quando os pais estão presentes e ignoram os seus compromissos, ou tentam repassar para outros a responsabilidade de educar (para professores da Escola Dominical ou da escola regular, para avós, tios e empregadas), certamente serão pais que colherão desamor e vergonha.
Não podemos esquecer que todos nascemos sob o pecado, e que mesmo a criança já tem uma tendência a errar. Ela testa os limites colocados pelos pais, ignora os nãos, busca os seus interesses e procura sempre fazer o que lhe dá prazer. Assim sendo, se ela não for educada, se só fizer o que quer e não for bem direcionada, acabará gerando tristeza para seus pais (Pv 28.17; 29.15).
a) Ensinado pelo exemplo: A primeira forma de aprendizagem se dá através da imitação. O bebê, desce cedo, imita o sorriso, os movimentos, a fala e os atos dos que o cercam, antes até de poder interpretá-los. Isso significa que os primeiros sorrisos ou carinhos do bebê acontecem porque alguém sorriu para ele, e não porque ele quis ser simpático ou afetuoso. Só depois de alguns meses é que seus atos começam a ser intencionais.
Observamos o outro e aprendemos pela imitação a usar uma gravata ou um xale mais sofisticado, ou imitamos a maneira de utilizar os pauzinhos num jantar chinês ou japonês, por exemplo. Por mais importante que seja o ensino formal, a leitura dos textos bíblicos ou a educação na igreja ou na escola, é o exemplo dos pais e dos irmãos que formarão os primeiros sistemas de ações. Assim sendo, pais que não comem legumes não podem ensinar seus filhos a serem vegetarianos. Pais que não dizem obrigado ou por favor, não terão filhos educados. Ou pais agressivos, que falam alto e asperamente, não formarão filhos mansos e calmos. Já os pais que são justos, formarão filhos justos e felizes (Pv 20.7).
Se você quer que seus filhos falem a verdade, não minta, nem de “brincadeira”. Se sua intenção é a de que eles se firmem na igreja, não vá à Casa de Deus de má vontade e não fale mal do seu pastor. Se quer ter filhos carinhosos, dê carinho, colo e afeto. Lembre-se que as duas coisas mais importantes a deixar para os filhos são exemplo e exemplo.
b) Ensinando por valores: A despeito das crianças terem espírito, e portanto nascerem com o caráter moral de Deus impresso nelas, os valores que evidenciarão e formarão o bom ou o mau caráter deverá ser ensinado pelos pais. É como se os filhos tivessem o mapa, a potencialidade, mas somos nós quem devemos dar as coordenadas – são os pais que podem dar as diretrizes para que os filhos sejam tudo o que Deus quer que sejam.
Portanto, ensine, não importa a idade ou a maturidade dos seus filhos. Ensine regras básicas de educação à mesa (como saber comer de boca fechada ou usar os talheres) e de convívio social. Ensine normas sociais como respeitar os mais velhos, obedecer a autoridades, não usurpar bens dos outros, não maldizer ou fofocar. Abra a Bíblia e ensine leis divinas básicas como não mentir, não fornicar, amar o inimigo e honrar os pais (Pv 10.1).
Marcelo Oliveira de Oliveira
Redator do Setor de Educação Cristã da CPAD
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições da Revista Adolescentes Vencedores. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

Lição 10 - 4º Trimestre 2017 - Os Perigos e as Oportunidades das Redes Sociais - Jovens.

Lição 10

                                   Os Perigos e as Oportunidades das Redes Sociais 4° Trimestre de 2017
jovens4tcapa
INTRODUÇÃO
I - O FENÔMENO DAS REDES SOCIAIS E SEUS BENEFÍCIOS
II - OS PERIGOS DAS REDES SOCIAIS
III - USANDO AS REDES SOCIAIS PARA A GLÓRIA DE DEUS
CONCLUSÃO 
Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivo central conscientizar os jovens a respeito dos perigos presentes nas redes sociais e as oportunidades disponíveis para usá-las para a glória de Deus:

Os Perigos e as Oportunidades das Redes Sociais

“Inegavelmente, as novas plataformas de comunicação e interação online são o ponto alto da cultural digital neste início de século XXI, alterando até mesmo a forma como interagimos. Esse tema é propício para refletirmos a respeito da relação da fé cristã com a cultura, nesse caso, com a cultura digital ou a cibercultura. Isso porque, a relevância cristã depende em grande medida da sua capacidade de se relacionar com os fatores de influxo da sociedade, sem perder a sua essência, é claro.
Uma vez que as mídias sociais são responsáveis hoje por grande parte das informações e experiências na Rede de Computadores, estabelecendo um novo ethos, os cristãos devem usá-las adequadamente, a fim de fazer brilhar a luz de Cristo no ambiente virtual.
As mídias sociais transformaram-se na principal forma de comunicação e troca de informações entre as pessoas na internet. Elas representam uma nova forma de relacionamento digital, criando espaços de interação e compartilhamento de conteúdo, opinião e experiências virtuais.
Historicamente, a popularização massiva desse tipo de ambiente virtual voltado para a produção de conteúdo pessoal, e baseado na formação de redes sociais se deu em 2004, com a criação dos sites Orkut, Flickr, Digg e Facebook, restrito, à época, a membros da faculdade de Harvard. Um ano depois, foi lançado o YouTube. Em 2006, o Facebook liberou esse mercado e desde então o uso desses serviços aumentou consideravelmente:
 22% da população total do planeta usa o Facebook;
 75% dos usuários de internet do sexo masculino estão no Facebook;
 32% dos adolescentes consideram o Instagram a rede social mais importante;
 Mulheres na internet estão mais propensas a usar o Instagram do que os homens: 38% versus 26%.
 Acesso para o público geral. Este também foi o ano [2006] do lançamento do Twitter, plataforma de micro-blogging 1.
 29% dos internautas com ensino superior completo usam o Twitter, comparando com 20% dos que têm ensino médio completo ou inferior a isso.
 81% dos millennials2 verificam o Twitter pelo menos uma vez por dia.
 A maioria dos usuários do Instagram estão entre 18-29 anos.
 LinkedIn possui mais de 450 milhões de perfis cadastrados.
Em nossos dias, tais serviços de comunicação são tão utilizados que em alguns círculos é quase incompreensível uma pessoa não possuir conta em pelo menos um desses canais. Entretanto, antes de falarmos propriamente sobre a utilização dessas redes sociais para os propósitos do evangelho, devemos ter em mente que a interação digital criou uma nova forma de cultura: a cibercultura. Desse modo, devemos analisar o tema em uma abrangência maior, refletindo sobre o relacionamento da fé com a própria cultura.
Etimologicamente, derivada do latim colere, a palavra cibercultura significa cultivar. Ela também deriva de agricultura, a atividade de preparar a terra para torná-la melhor do que era a princípio — arando, adubando e cultivando. Em uma abordagem mais ampla, como nos lembra D. A. Carson, a definição pioneira mais importante, oriunda dos campos da história intelectual e da antropologia, talvez seja a de A. L. Kroeber e C. Cluckhon:
A cultura consiste em padrões, explícitos e implícitos, de comportamento adquirido e transmitido por símbolos, constituindo a realização distintiva de grupos humanos, inclusive sua expressão em artefatos; o núcleo essência da cultura consiste em ideias tradicionais (i.e. derivadas e selecionadas ao longo da história) e, especialmente nos valores a elas associados; sistemas culturais podem ser considerados, de um lado, produtos de ação, de outro, elementos condicionados de ação posterior 3.
Considerando que toda cultura é criação humana, e o homem é criado à imagem de Deus (Gn 1.26), muitas formas de cultura podem ser plenamente aceitas pelos cristãos, ainda que não formuladas em termos estritamente religiosos. Nesse sentido, certa adequação à cultura vigente é essencial para o anúncio e para a defesa do evangelho, afinal embora a mensagem cristã não mude, o método sim.
Dentro dessa perspectiva, Silas Daniel nos lembra de que os profetas do Antigo Testamento eram sintonizados às tendências, fatos e peculiaridades da sociedade em que viviam. Com efeito, “o princípio da contextualização consiste em aplicar um texto bíblico à nossa realidade, e para isso é preciso pinçar fatos seculares para submetê-los ao escrutínio da Palavra de Deus” 4, razão pela qual encontramos exemplos dessa prática na vida dos discípulos no Novo Testamento, de Paulo e até mesmo de Jesus. Deveras, “Jesus costumava usar o cotidiano para introduzir um princípio divino. Foi assim com as parábolas, quando, por exemplo, usou a semente e o solo para falar do efeito da mensagem divina no coração humano” 5.
Sendo assim, os cristãos podem se valer da cibercultura como forma de contextualizar o anúncio e a defesa do evangelho, atentando-se, porém, para os perigos inerentes ao ambiente virtual.
OS PERIGOS DAS REDES SOCIAIS
Se por um lado as redes sociais apresentam vários pontos positivos, por outro, também podem ser nocivos, tudo depende da forma como são administradas. Vejamos alguns dos seus perigos:
 Vício digital. Matéria da revista Isto É apontou que “com a explosão dos smartphones, cerca de 10% dos brasileiros já são viciados digitais” . Esse tipo devício é uma realidade e tem prejudicado a vida de milhares de jovens e adolescentes desta geração. A utilização por horas ininterruptas da internet é um claro sinal de tal compulsão digital. Rapazes e moças que desenvolveram dependência das atividades online não conseguem vencer a tentação de acessar seus dispositivos para acompanhar as publicações de seus contatos. Normalmente, demonstram, como sintomas, desinteresse pelas demais atividades da vida real e sensação de ansiedade e angústia quando não estão conectadas, em momento de abstinência. Isso se chama nomofobia! A vigilância e a oração são hábitos espirituais essenciais para o crente vencer a dependência, inclusive a cibernética (Mc 14.38; 1Co 10.13).
 Uso inadequado do tempo. Graças ao poder de interatividade das mídias sociais, há quem passe horas e mais horas conectadas aos seus equipamentos digitais consumindo tempo nas atividades do mundo virtual, seja no decorrer do dia, da noite e até mesmo durante as madrugadas. Isso resulta em ociosidade, atrasos e pouco (ou quase nenhum) tempo para estudo, leitura das Escrituras, interação com as pessoas do mundo real e para outras atividades importantes. Se é certo que há tempo para todas as coisas debaixo do céu (Ec 3.1), podemos pressupor que há tempo de estar conectado e tempo de estar desconectado das mídias sociais. Afinal, somos aconselhados a aproveitar o tempo pois os dias são maus (Ef 5.16). Se você não tem mais tempo para orar e desfrutar períodos devocionais com o Senhor, em virtude do tempo gasto na internet, então, parafraseando o Evangelho de Marcos 1.18, é necessário deixar as redes sociais para estar com Jesus!

 Pornografia na rede. As mídias sociais também abrem várias possibilidades de acesso à pornografia e conteúdos imorais que aguçam a concupiscência da carne e a concupiscência dos olhos (1Jo 2.16). Uma pesquisa realizada pelo Instituto Barna apontou que a nova realidade tecnológica dos smartphones e da internet, de alta velocidade,mudaram fundamentalmente a paisagem da pornografia e a introduziram na cultura atual, passando a ser cada vez mais aceita. Davi caiu em um momento de descuido em sua vida, que o levou ao adultério, porque estava olhando o que não lhe era devido (2Sm 11.1,2). Tome cuidado com as páginas que você acessa na internet; um clique errado pode ser fatal para sua integridade moral e espiritual. Todas as coisas nos são lícitas, mas nem todas nos convém (1Co 10.23). Tal recomendação bíblica também se aplica aos bate-papos virtuais e às conversas eletrônicas, que, às vezes, podem conduzir para a troca de conteúdos inadequados. Seja fiel a Deus, ainda que as pessoas não estejam vendo o que você faz!

 Perigo da superesposição. A exposição exagerada é outro perigo real na utilização das mídias sociais. O compartilhamento indiscriminado e impulsivo de opiniões, imagens e acontecimentos da vida particular expõe indevidamente a imagem de alguém. Em muitos casos, essa busca de “curtidas” representa certa fuga da realidade e desejo de aprovação social. Seguindo o exemplo de Cristo, devemos nos afastar da cultura da fama e celebridade instantânea, com modéstia e singeleza de coração. A melhor maneira de exposição do crente na sociedade é por meio do brilho de Cristo, no meio de uma geração corrompida e perversa, entre a qual precisamos resplandecer como astros no mundo (Fp 2.15).

 Amizades instantâneas e descartáveis.Na maior parte das vezes, os “amigos” das redes sociais não são verdadeiros amigos. Não raro, as amizades são instantâneas e descartáveis. Lembre-se: O amigo real é aquele que é mais chegado que irmão (Pv 18.24).
USANDO AS REDES SOCIAIS PARA A GLÓRIA DE DEUS
Apesar da adversidade do ambiente virtual, podemos aproveitar as plataformas sociais como uma grande oportunidade para glorificar o nome do Senhor. Para isso, é preciso ter critérios, a fim de que as redes digitais sejam utilizadas para a glória de Deus (1Co 10.31).

Vale aqui as recomendações7 abaixo:
 Tenha cuidado com o que “fala”, principalmente com o que coloca sobre os outros. Não esqueça que é um espaço público.
 Não finja ser quem você não é. Mantenha sua identidade.
 Defina um objetivo e um público-alvo. Quem são os amigos ou as comunidades das quais deseja participar. Antes de fazer parte de uma rede, defina claramente:
a) Que tipo de dados vai compartilhar.
b) Se vai usar dados pessoais e profissionais em uma mesma rede ou não.
c) Se vai utilizar essa rede apenas para assuntos pessoais, familiares ou profissionais.
d) Se vai deixar configurado para que qualquer pessoa veja seus dados ou não.
e) Se qualquer pessoa poderá adicioná-lo ou se ficará condicionado à sua aprovação.
f) Qual a frequência de acesso que você fará.
 Use senhas seguras e diferentes.
 Aprender a rejeitar e a ter seus pedidos de amizades rejeitados. Aceitar todos os convites de amizade é como abrir as portas da sua casa, e permitir que qualquer pessoa entre e saiba o que está acontecendo, além de poder causar o mesmo desconforto aos seus amigos.
 Respeito ao próximo e ao formato das comunidades das quais faz parte.
 Compartilhe o que é bom. Afinal, um dos objetivos das redes sociais é este: trocar informações úteis, dicas, matérias, sites, blogs – “poste”.
 Muito cuidado ao clicar em links recebidos, eles podem levá-los a outras páginas que contenham verdadeiras pragas virtuais.
 Não acredite em todas as mensagens que você receber. Em caso de dúvida, confirme se de fato pertence realmente a um dos seus amigos.
Conclusão
Usadas de maneira correta e com sabedoria, as mídias sociais podem proporcionar vários benefícios. Manter contato com amigos e parentes; criar uma rede de contato profissional; atualizar-se com informações e notícias do dia a dia; adquirir conhecimento; produzir conteúdo e divulgar as ideias para outras pessoas são alguns exemplos de como tais plataformas digitais podem servir como bênção para a vida das pessoas.”
*Este subsídio foi adaptado de NASCIMENTO, Valmir. Seguidores de Cristo: Testemunhando numa Sociedade em Ruínas. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, pp. 112-118.
Que Deus o(a) abençoe.
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista Lições Bíblicas Jovens

CALAZANS, J. H. C; LIMA, C. A. R. Sociabilidadesvirtuais: do nascimento da Internet à popularização dos sites de redessociais online. Disponível em: http://www.ufrgs.br/alcar/encontros-nacionais-1/9o-encontro-2013/artigos/gt-historia-da-midia-digital/sociabilidades-virtuais-do-nascimento-da-internet-a-popularizacao-dos-sites-de-redes-sociais-online.Acessoem 12/jan/2017.
2 N. do E.:Millennials [são] a Geração do Milênio ou da Internet. “Essa geração teve uma convivência já muito cedo [...] com a tecnologia avançada. Por isso, são tidos como sempre conectados, multitarefas, vidrados em mídias sociais, empreendedores e donos das ferramentas para produzir e espalhar suas criações”. (Disponível em: http://projetodraft.com/verbete-draft-o-que-e-geracao-y/. Acesso em 13/jul/2017.)

3 CARSON, D. A., Cristo e Cultura: umareleitura. São Paulo: Vida Nova, 2012, p. 13.
4 DANIEL, S. A sedução das novas teologias. Rio de Janeiro. CPAD, 2007, p. 96.

5 DANIEL, 2007, p. 98.

6 Disponível em: http://istoe.com.br/326665_VITIMAS+DA+DEPENDENCIA+DIGITAL. Acesso em 3/mar/17.

7Adaptado de: KAPITANSKI; STREY, 2010, p. 504.


Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Jovens. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.