sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

Lição 10 - 4º Trimestre 2017 - Os Perigos e as Oportunidades das Redes Sociais - Jovens.

Lição 10

                                   Os Perigos e as Oportunidades das Redes Sociais 4° Trimestre de 2017
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INTRODUÇÃO
I - O FENÔMENO DAS REDES SOCIAIS E SEUS BENEFÍCIOS
II - OS PERIGOS DAS REDES SOCIAIS
III - USANDO AS REDES SOCIAIS PARA A GLÓRIA DE DEUS
CONCLUSÃO 
Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivo central conscientizar os jovens a respeito dos perigos presentes nas redes sociais e as oportunidades disponíveis para usá-las para a glória de Deus:

Os Perigos e as Oportunidades das Redes Sociais

“Inegavelmente, as novas plataformas de comunicação e interação online são o ponto alto da cultural digital neste início de século XXI, alterando até mesmo a forma como interagimos. Esse tema é propício para refletirmos a respeito da relação da fé cristã com a cultura, nesse caso, com a cultura digital ou a cibercultura. Isso porque, a relevância cristã depende em grande medida da sua capacidade de se relacionar com os fatores de influxo da sociedade, sem perder a sua essência, é claro.
Uma vez que as mídias sociais são responsáveis hoje por grande parte das informações e experiências na Rede de Computadores, estabelecendo um novo ethos, os cristãos devem usá-las adequadamente, a fim de fazer brilhar a luz de Cristo no ambiente virtual.
As mídias sociais transformaram-se na principal forma de comunicação e troca de informações entre as pessoas na internet. Elas representam uma nova forma de relacionamento digital, criando espaços de interação e compartilhamento de conteúdo, opinião e experiências virtuais.
Historicamente, a popularização massiva desse tipo de ambiente virtual voltado para a produção de conteúdo pessoal, e baseado na formação de redes sociais se deu em 2004, com a criação dos sites Orkut, Flickr, Digg e Facebook, restrito, à época, a membros da faculdade de Harvard. Um ano depois, foi lançado o YouTube. Em 2006, o Facebook liberou esse mercado e desde então o uso desses serviços aumentou consideravelmente:
 22% da população total do planeta usa o Facebook;
 75% dos usuários de internet do sexo masculino estão no Facebook;
 32% dos adolescentes consideram o Instagram a rede social mais importante;
 Mulheres na internet estão mais propensas a usar o Instagram do que os homens: 38% versus 26%.
 Acesso para o público geral. Este também foi o ano [2006] do lançamento do Twitter, plataforma de micro-blogging 1.
 29% dos internautas com ensino superior completo usam o Twitter, comparando com 20% dos que têm ensino médio completo ou inferior a isso.
 81% dos millennials2 verificam o Twitter pelo menos uma vez por dia.
 A maioria dos usuários do Instagram estão entre 18-29 anos.
 LinkedIn possui mais de 450 milhões de perfis cadastrados.
Em nossos dias, tais serviços de comunicação são tão utilizados que em alguns círculos é quase incompreensível uma pessoa não possuir conta em pelo menos um desses canais. Entretanto, antes de falarmos propriamente sobre a utilização dessas redes sociais para os propósitos do evangelho, devemos ter em mente que a interação digital criou uma nova forma de cultura: a cibercultura. Desse modo, devemos analisar o tema em uma abrangência maior, refletindo sobre o relacionamento da fé com a própria cultura.
Etimologicamente, derivada do latim colere, a palavra cibercultura significa cultivar. Ela também deriva de agricultura, a atividade de preparar a terra para torná-la melhor do que era a princípio — arando, adubando e cultivando. Em uma abordagem mais ampla, como nos lembra D. A. Carson, a definição pioneira mais importante, oriunda dos campos da história intelectual e da antropologia, talvez seja a de A. L. Kroeber e C. Cluckhon:
A cultura consiste em padrões, explícitos e implícitos, de comportamento adquirido e transmitido por símbolos, constituindo a realização distintiva de grupos humanos, inclusive sua expressão em artefatos; o núcleo essência da cultura consiste em ideias tradicionais (i.e. derivadas e selecionadas ao longo da história) e, especialmente nos valores a elas associados; sistemas culturais podem ser considerados, de um lado, produtos de ação, de outro, elementos condicionados de ação posterior 3.
Considerando que toda cultura é criação humana, e o homem é criado à imagem de Deus (Gn 1.26), muitas formas de cultura podem ser plenamente aceitas pelos cristãos, ainda que não formuladas em termos estritamente religiosos. Nesse sentido, certa adequação à cultura vigente é essencial para o anúncio e para a defesa do evangelho, afinal embora a mensagem cristã não mude, o método sim.
Dentro dessa perspectiva, Silas Daniel nos lembra de que os profetas do Antigo Testamento eram sintonizados às tendências, fatos e peculiaridades da sociedade em que viviam. Com efeito, “o princípio da contextualização consiste em aplicar um texto bíblico à nossa realidade, e para isso é preciso pinçar fatos seculares para submetê-los ao escrutínio da Palavra de Deus” 4, razão pela qual encontramos exemplos dessa prática na vida dos discípulos no Novo Testamento, de Paulo e até mesmo de Jesus. Deveras, “Jesus costumava usar o cotidiano para introduzir um princípio divino. Foi assim com as parábolas, quando, por exemplo, usou a semente e o solo para falar do efeito da mensagem divina no coração humano” 5.
Sendo assim, os cristãos podem se valer da cibercultura como forma de contextualizar o anúncio e a defesa do evangelho, atentando-se, porém, para os perigos inerentes ao ambiente virtual.
OS PERIGOS DAS REDES SOCIAIS
Se por um lado as redes sociais apresentam vários pontos positivos, por outro, também podem ser nocivos, tudo depende da forma como são administradas. Vejamos alguns dos seus perigos:
 Vício digital. Matéria da revista Isto É apontou que “com a explosão dos smartphones, cerca de 10% dos brasileiros já são viciados digitais” . Esse tipo devício é uma realidade e tem prejudicado a vida de milhares de jovens e adolescentes desta geração. A utilização por horas ininterruptas da internet é um claro sinal de tal compulsão digital. Rapazes e moças que desenvolveram dependência das atividades online não conseguem vencer a tentação de acessar seus dispositivos para acompanhar as publicações de seus contatos. Normalmente, demonstram, como sintomas, desinteresse pelas demais atividades da vida real e sensação de ansiedade e angústia quando não estão conectadas, em momento de abstinência. Isso se chama nomofobia! A vigilância e a oração são hábitos espirituais essenciais para o crente vencer a dependência, inclusive a cibernética (Mc 14.38; 1Co 10.13).
 Uso inadequado do tempo. Graças ao poder de interatividade das mídias sociais, há quem passe horas e mais horas conectadas aos seus equipamentos digitais consumindo tempo nas atividades do mundo virtual, seja no decorrer do dia, da noite e até mesmo durante as madrugadas. Isso resulta em ociosidade, atrasos e pouco (ou quase nenhum) tempo para estudo, leitura das Escrituras, interação com as pessoas do mundo real e para outras atividades importantes. Se é certo que há tempo para todas as coisas debaixo do céu (Ec 3.1), podemos pressupor que há tempo de estar conectado e tempo de estar desconectado das mídias sociais. Afinal, somos aconselhados a aproveitar o tempo pois os dias são maus (Ef 5.16). Se você não tem mais tempo para orar e desfrutar períodos devocionais com o Senhor, em virtude do tempo gasto na internet, então, parafraseando o Evangelho de Marcos 1.18, é necessário deixar as redes sociais para estar com Jesus!

 Pornografia na rede. As mídias sociais também abrem várias possibilidades de acesso à pornografia e conteúdos imorais que aguçam a concupiscência da carne e a concupiscência dos olhos (1Jo 2.16). Uma pesquisa realizada pelo Instituto Barna apontou que a nova realidade tecnológica dos smartphones e da internet, de alta velocidade,mudaram fundamentalmente a paisagem da pornografia e a introduziram na cultura atual, passando a ser cada vez mais aceita. Davi caiu em um momento de descuido em sua vida, que o levou ao adultério, porque estava olhando o que não lhe era devido (2Sm 11.1,2). Tome cuidado com as páginas que você acessa na internet; um clique errado pode ser fatal para sua integridade moral e espiritual. Todas as coisas nos são lícitas, mas nem todas nos convém (1Co 10.23). Tal recomendação bíblica também se aplica aos bate-papos virtuais e às conversas eletrônicas, que, às vezes, podem conduzir para a troca de conteúdos inadequados. Seja fiel a Deus, ainda que as pessoas não estejam vendo o que você faz!

 Perigo da superesposição. A exposição exagerada é outro perigo real na utilização das mídias sociais. O compartilhamento indiscriminado e impulsivo de opiniões, imagens e acontecimentos da vida particular expõe indevidamente a imagem de alguém. Em muitos casos, essa busca de “curtidas” representa certa fuga da realidade e desejo de aprovação social. Seguindo o exemplo de Cristo, devemos nos afastar da cultura da fama e celebridade instantânea, com modéstia e singeleza de coração. A melhor maneira de exposição do crente na sociedade é por meio do brilho de Cristo, no meio de uma geração corrompida e perversa, entre a qual precisamos resplandecer como astros no mundo (Fp 2.15).

 Amizades instantâneas e descartáveis.Na maior parte das vezes, os “amigos” das redes sociais não são verdadeiros amigos. Não raro, as amizades são instantâneas e descartáveis. Lembre-se: O amigo real é aquele que é mais chegado que irmão (Pv 18.24).
USANDO AS REDES SOCIAIS PARA A GLÓRIA DE DEUS
Apesar da adversidade do ambiente virtual, podemos aproveitar as plataformas sociais como uma grande oportunidade para glorificar o nome do Senhor. Para isso, é preciso ter critérios, a fim de que as redes digitais sejam utilizadas para a glória de Deus (1Co 10.31).

Vale aqui as recomendações7 abaixo:
 Tenha cuidado com o que “fala”, principalmente com o que coloca sobre os outros. Não esqueça que é um espaço público.
 Não finja ser quem você não é. Mantenha sua identidade.
 Defina um objetivo e um público-alvo. Quem são os amigos ou as comunidades das quais deseja participar. Antes de fazer parte de uma rede, defina claramente:
a) Que tipo de dados vai compartilhar.
b) Se vai usar dados pessoais e profissionais em uma mesma rede ou não.
c) Se vai utilizar essa rede apenas para assuntos pessoais, familiares ou profissionais.
d) Se vai deixar configurado para que qualquer pessoa veja seus dados ou não.
e) Se qualquer pessoa poderá adicioná-lo ou se ficará condicionado à sua aprovação.
f) Qual a frequência de acesso que você fará.
 Use senhas seguras e diferentes.
 Aprender a rejeitar e a ter seus pedidos de amizades rejeitados. Aceitar todos os convites de amizade é como abrir as portas da sua casa, e permitir que qualquer pessoa entre e saiba o que está acontecendo, além de poder causar o mesmo desconforto aos seus amigos.
 Respeito ao próximo e ao formato das comunidades das quais faz parte.
 Compartilhe o que é bom. Afinal, um dos objetivos das redes sociais é este: trocar informações úteis, dicas, matérias, sites, blogs – “poste”.
 Muito cuidado ao clicar em links recebidos, eles podem levá-los a outras páginas que contenham verdadeiras pragas virtuais.
 Não acredite em todas as mensagens que você receber. Em caso de dúvida, confirme se de fato pertence realmente a um dos seus amigos.
Conclusão
Usadas de maneira correta e com sabedoria, as mídias sociais podem proporcionar vários benefícios. Manter contato com amigos e parentes; criar uma rede de contato profissional; atualizar-se com informações e notícias do dia a dia; adquirir conhecimento; produzir conteúdo e divulgar as ideias para outras pessoas são alguns exemplos de como tais plataformas digitais podem servir como bênção para a vida das pessoas.”
*Este subsídio foi adaptado de NASCIMENTO, Valmir. Seguidores de Cristo: Testemunhando numa Sociedade em Ruínas. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, pp. 112-118.
Que Deus o(a) abençoe.
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista Lições Bíblicas Jovens

CALAZANS, J. H. C; LIMA, C. A. R. Sociabilidadesvirtuais: do nascimento da Internet à popularização dos sites de redessociais online. Disponível em: http://www.ufrgs.br/alcar/encontros-nacionais-1/9o-encontro-2013/artigos/gt-historia-da-midia-digital/sociabilidades-virtuais-do-nascimento-da-internet-a-popularizacao-dos-sites-de-redes-sociais-online.Acessoem 12/jan/2017.
2 N. do E.:Millennials [são] a Geração do Milênio ou da Internet. “Essa geração teve uma convivência já muito cedo [...] com a tecnologia avançada. Por isso, são tidos como sempre conectados, multitarefas, vidrados em mídias sociais, empreendedores e donos das ferramentas para produzir e espalhar suas criações”. (Disponível em: http://projetodraft.com/verbete-draft-o-que-e-geracao-y/. Acesso em 13/jul/2017.)

3 CARSON, D. A., Cristo e Cultura: umareleitura. São Paulo: Vida Nova, 2012, p. 13.
4 DANIEL, S. A sedução das novas teologias. Rio de Janeiro. CPAD, 2007, p. 96.

5 DANIEL, 2007, p. 98.

6 Disponível em: http://istoe.com.br/326665_VITIMAS+DA+DEPENDENCIA+DIGITAL. Acesso em 3/mar/17.

7Adaptado de: KAPITANSKI; STREY, 2010, p. 504.


Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Jovens. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo. 

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