domingo, 24 de junho de 2018

Lição 13 - 2º Trimestre 2018 - Ética Cristã e Redes Sociais - Adultos.

Lição 13 - Ética Cristã e Redes Sociais

2º Trimestre de 2018

PONTO CENTRAL
As redes sociais são um fenômeno social.
ESBOÇO GERAL
Introdução
I – Redes sociais
II – O perigo da relação descartável e as novas tecnologias
III – A rede social a serviço do Reino de Deus
Conclusão
OBJETIVO GERAL
Conscientizar de que as redes sociais são um fenômeno social, porém os relacionamentos virtuais podem substituir a relação interpessoal.
Ética Cristã e Redes Sociais
                                                                                                              Pr. Douglas Baptista
Devido ao avanço tecnológico, várias mudanças foram inseridas na sociedade. A rede mundial de computadores, conhecida como internet, conecta o mundo todo. Com o surgimento das redes sociais, tudo o que acontece é comentado e divulgado de modo instantâneo. Informações são transmitidas com rapidez surpreendente. Em contrapartida, vivemos um estágio em que as pessoas se relacionam mais virtualmente do que presencialmente.

O desenvolvimento das tecnologias digitais favoreceu o estabelecimento de novas formas de interação social e, a partir destas, novos paradigmas de relacionamentos. Nesse novo paradigma, as relações sociais tornaram-se virtuais, o contato e o diálogo foram se distanciando de seu conceito original e as relações sociais tornaram-se efêmeras. As publicações nas redes sociais apresentam distorções da felicidade, criam ilusões e padrões utópicos de vida perfeita. A falsa ideia de privacidade e anonimato permite extravasar sentimentos e paixões culminando em relações sociais descartáveis e desastrosas. Estatísticas indicam que mais de um terço da população mundial está conectada à web e interage por meio de redes sociais. Dados indicam que as redes sociais transformaram-se em um importante meio para a divulgação de informações e a propagação de ideologias e todo o tipo de ativismo.
Diante desses fatos, a igreja precisa instruir seus membros no uso das novas tecnologias e buscar métodos da evangelização por meio das redes sociais. O cristão precisa estar consciente de suas responsabilidades e deveres no mundo virtual. A igreja não pode viver alienada diante dessa realidade cada vez mais presente na vida dos fiéis. Neste capítulo, veremos a gênese da comunicação virtual, o conceito, o perigo e o mau uso das redes sociais, bem como o desafio da igreja hodierna em evangelizar por meio dessas novas tecnologias. Para tanto, dizem as Escrituras, “rejeitamos as coisas que, por vergonha, se ocultam, não andando com astúcia nem falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos à consciência de todo homem, na presença de Deus, pela manifestação da verdade” (2 Co 4.2).
I. O CONCEITO DE REDE SOCIAL
As redes sociais podem ser consideradas de modo genérico como sites de relacionamentos. Como fator positivo, possibilitam às pessoas se relacionarem virtualmente; todavia, também oferecem riscos aos seus usuários.

O termo é utilizado para indicar uma aplicação da rede mundial de computadores (web) cuja finalidade é relacionar as pessoas. Os que aderem a um site de relacionamentos podem conectar-se entre si, criar um perfil, adicionar amigos e conhecidos, enviar mensagens, fazer depoimentos, trocar informações, fotos e vídeos, além de estabelecer vínculos. A rede social moderna surgiu no início do século XXI e viabilizou aos usuários encontrar amigos do passado, reencontrar pessoas e ampliar o círculo social.

As redes sociais não são satisfatoriamente seguras. Os dados e informações pessoais podem ser invadidos por terceiros. Entre os principais riscos associados às redes sociais está a invasão de privacidade, danos à imagem e à reputação, vazamento de informações e contato com pessoas mal-intencionadas. Além disso, existem muitos perfis falsos (fakes), comunidades polêmicas, discriminatórias, conteúdos com imoralidade e preconceitos em geral. Como tudo na Internet e nas tecnologias da informação, as redes sociais apresentam danos para seus usuários.
II. O PERIGO DA RELAÇÃO DESCARTÁVEL E AS NOVAS TECNOLOGIAS
A velocidade da informação e a efemeridade nos relacionamentos virtuais têm provocado sérios danos nas relações sociais. Quando as novas tecnologias são utilizadas como fuga de problemas ou como substitutas das relações humanas, o chamado avanço tecnológico se torna um verdadeiro retrocesso.

1. A Distorção da Felicidade

Nas redes sociais em geral, as pessoas publicam uma vida perfeita e um mundo repleto de felicidade. As redes estimulam a prática do narcisismo, ou seja, o indivíduo que admira exageradamente a sua própria imagem e nutre uma paixão excessiva por si mesmo. Essas pessoas tendem a buscar uma felicidade fútil, em meio a fotos montadas e a sorrisos falsos. Os usuários editam a própria vida apresentando a si mesmos como vencedores e vendem a ilusão de que vivem em plena paz e harmonia. As Escrituras condenam os que se ufanam e vivem em hipocrisia (Is 5.20,21).

A verdadeira felicidade

A Organização Mundial de Saúde (OMS) define felicidade como “completo bem-estar físico, mental e social”. O “Relatório Mundial sobre a Felicidade” publicado pela Universidade de Columbia, em 2012, apontou multiplicidade no conceito:
A felicidade inclui avaliações sobre a vida de maneira geral e aspectos positivos e negativos de emoções que afetam o dia a dia de cada um. Alguns fatores são externos como emprego, renda e saúde. Outros são pessoais, como gênero, educação, saúde mental e idade. Outros são inter-relacionados: com maior renda é possível ter melhor educação e sendo mais feliz, a saúde também melhora. (KAHN, Jan. 2013)
O problema desses conceitos é que eles estão condicionados a algo, a alguém ou a alguma coisa. Quando esses quesitos não são preenchidos, a felicidade acaba ou não acontece, e se instala a frustração e, em consequência, a tristeza e o sofrimento. A Bíblia Sagrada apresenta a felicidade como sendo a alegria que não depende de nenhuma circunstância (Lc 12.15). Ela é fruto do Espírito, caracterizado por um deleite e regozijo permanente na vida do cristão (Gl 5.22, Fp 4.4). A tentação de buscar a felicidade nos bens efêmeros é insensatez e resulta em desgosto (1 Tm 6.8,9). A verdadeira alegria só pode ser encontrada no temor e na obediência ao Criador: “Bem-aventurado aquele que teme ao Senhor e anda nos seus caminhos! Pois comerás do trabalho das tuas mãos, feliz serás, e te irá bem” (Sl 128.1,2).
2. O Isolamento e a Solidão
Na década de 1990, pesquisadores chamaram atenção para o mal social chamado de “paradoxo da internet”. Trata-se da contradição de alguém ter vários relacionamentos virtuais e, ao mesmo tempo, ausência real de contato humano. Estudos recentes demonstram que o aumento no uso da Internet coincide com o aumento da solidão, problema acentuado pelas redes sociais. O ser humano está sendo integrado à tecnologia e tratado como se fosse também uma máquina. Essa falta de equilíbrio tem desencadeado crises emocionais, ansiedade e isolamento (Jr 6.14).

Dependência virtual

Reconhecemos a importância, a contribuição e os benefícios proporcionados pela internet e as redes sociais. No entanto, não podemos fechar os olhos diante de seus efeitos colaterais, como, por exemplo, a dependência virtual. Estudos psicológicos detectaram oito sinais de uso patológico da rede: (i) incapacidade de controlar o uso da internet; (ii) necessidade de se conectar mais vezes; (iii) acessar a rede para fugir dos problemas ou para melhorar o estado de ânimo; (iv) pensar na internet quando se está off-line; (v) sentir agitação ou irritação ao tentar restringir o uso; (vi) descuidar do trabalho, dos estudos ou até mesmo dos relacionamentos pessoais por causa da rede; (vii) sofrer pela abstinência; (viii) mentir sobre a quantidade de horas que passa conectado e/ou permanecer muito mais tempo do que o previsto (SAYEG, 2000, p. 153). O usuário enquadrado em alguns dos itens acima pode estar usando a internet como fuga para problemas psicológicos. O não tratamento desses sintomas resulta em dependência e isolamento cada vez maior.

3. Relações Sociais Efêmeras
Segundo o sociólogo polonês Zygmunt Bauman (1925-2017), a sociedade vive um momento de frouxidão nas relações sociais. Bauman chama esse fenômeno social de “modernidade líquida”. Os tempos são “líquidos” porque tudo muda tão rapidamente. Nada é feito para durar, para ser “sólido”. Nas redes sociais, com apenas um clique é possível bloquear, deletar e excluir pessoas. E com outro clique pode aceitar, comentar e curtir outras pessoas. Essa situação representa um declínio das sólidas relações humanas, uma vez que, por meio das tecnologias, a amizade, o amor e o respeito entre as pessoas são facilmente descartáveis (Ec 1.2).

O efeito paradoxal

A maior parte das pessoas busca nas redes sociais aproximação com outras pessoas. Mas, em total paradoxo, os relacionamentos virtuais tendem a ter maior importância que os relacionamentos reais. É comum, por exemplo, pessoas caminharem “conectadas” absortas e cabisbaixas pelas ruas, alienadas do mundo real. Quase ninguém mais conversa sem o uso da internet. Nos restaurantes, famílias inteiras ou grupo de amigos, acessam a internet e não dialogam entre si, exceto por monólogos ou sobre o que estão vendo nas redes sociais. Esse fenômeno também é observado nas escolas, no âmbito do trabalho e até de maneira insana e irresponsável no trânsito urbano. Tal comportamento é um retrocesso, pois torna as relações humanas superficiais, transitórias e irrelevantes. Faz-se necessário e imprescindível corrigir essas distorções, especialmente em nossa vida privada, junto de nossa família e de nossos amigos. A sensatez é primordial, uma vez que todo excesso é extremamente danoso ao ser humano.

4. A Falsa Sensação de Privacidade

Diversos usuários das redes sociais iludem-se com a sensação de privacidade e ficam expostos a toda espécie de constrangimentos. Comentários pessoais, sentimentos de foro íntimo, fotos e vídeos comprometedores saem da área do privado e se tornam públicos. Essa sensação de privacidade também favorece a prática do pecado viral (algo que se espalha rápido como um vírus). Pode ser desde a reprodução e retransmissão de pornografia até a divulgação de notícias falsas e difamatórias (2 Tm 2.22; Pv 16.28).
A indecorosa prática do “nudes”

A possibilidade de manter a identidade real oculta é um dos fatores que impulsionam o uso equivocado da internet. Algumas pessoas sentem-se à vontade para extravasar seus impulsos sexuais ilícitos sem medo de repercussão. A fantasia do anonimato e a falta de inibição estimulam a prática da imoralidade. Uma conduta deplorável tem sido a postagem de “nudes” (imagens da pessoa nua).

Segundo pesquisas divulgadas por sites especializados, mais de 50% das mulheres com acesso a redes sociais já enviaram, ao menos, uma foto de nudes e mais de 42% dos homens já realizaram tal prática (TRIBUNA DO CEARÁ, out. 2016). A postagem da imagem de “nudes” acontece no âmbito privado, mas, em vários casos, quem recebe as imagens salva as fotos e as compartilha nas redes sociais, tornando-as de domínio público. Tal atitude pode ser responsabilizada criminalmente; no entanto, nenhuma condenação poderá reparar o dano moral causado. Os que tiveram suas fotos divulgadas passaram e passam por diversos infortúnios, tais como o bullying, automartírio, abalos psicológicos e alguns chegam inclusive ao extremo de cometer o suicídio. O ideal mesmo é não compartilhar nenhuma imagem íntima nem sua e nem de terceiros, primeiro por ser uma prática imoral (Gl 5.19) e segundo por ser uma conduta antiética.

III. A REDE SOCIAL A SERVIÇO DO REINO DE DEUS

A igreja de Cristo precisa ser consciente quanto ao potencial das redes sociais e deve usá-la na propagação do Reino de Deus. Mas para evangelizar nas mídias não basta postar mensagens de cunho cristão; é indispensável o bom testemunho do usuário na rede de computadores.

1. O Bom Testemunho nas Redes Sociais

Cristo ensinou que o cristão é a luz do mundo (Mt 5.14) e que essa luz deve resplandecer por meio das boas obras a fim de glorificar o nosso Pai que está nos céus (Mt 5.16). Desse modo, para o bom testemunho nas redes sociais, o cristão não deve postar comentários negativos ou fazer pré-julgamento das pessoas. Deve tomar todo cuidado e precaução com fotos e vídeos que publicar, sejam pessoais, sejam de terceiros. Avaliar o conteúdo, a coerência, o vocabulário e a ética cristã das mensagens antes de postar, comentar ou curtir. Paulo nos ensina a fazer de tudo para ganhar as pessoas para Cristo (1 Co 9.22).

Importância da boa reputação

O requisito de boa reputação é fator preponderante na evangelização, tanto a pessoal (corpo a corpo) quanto a virtual (internet). O bom caráter e a idoneidade daquele que evangeliza deve ser testemunhado pelos não crentes. Espera-se dos cristãos que desfrutem de um viver reto e íntegro, por meio da oração e santificação no Espírito Santo. Se isso não for observado, a evangelização será inócua, quem evangeliza será difamado e envergonhado, a igreja colocada em descrédito e o evangelho de Jesus vilipendiado:
Um viver incoerente, contraditório com os valores morais e éticos do evangelho, certamente inviabilizaria toda e qualquer possibilidade de ser reconhecido como um líder cristão, como um instrumento de bênção nas mãos de Deus. Um viver incompatível com o evangelho apenas revela o profundo abismo existente entre o homem e Deus. (EMAD, 2005, p. 241)
Somos servos de Deus e estamos sendo observados. Se quisermos testemunhar de Cristo e seu evangelho, precisamos vigiar nossa conduta. Portanto, é inadmissível que aqueles que usam as redes sociais para provocar constrangimentos, estimular o preconceito e a discriminação, enviar ou receber “nudes”, curtir e compartilhar imagens, vídeos e mensagens com conteúdo lascivo ou duvidoso possam ter autoridade moral ou espiritual para evangelizar alguém. Quanto à necessidade de evangelizar corretamente, Paulo nos alertou: “se o faço de boa mente, terei prêmio; mas, se de má vontade, apenas uma dispensação me é confiada” (1 Co 9.17)
2. O Uso Correto da Evangelização Digital
A Internet é uma grande aliada na divulgação do  evangelho, porém alguns cuidados são necessários para não tornar a mensagem inócua. As postagens não podem ser grandes e os vídeos não podem ser demorados. A mensagem precisa ser clara, concisa e objetiva. Antes de compartilhar as imagens, deve-se verificar a veracidade bíblica daquela mensagem e o seu teor teológico. Em lugar de postagens com frases de efeito ou de autoajuda, devem-se priorizar os versículos bíblicos. Ao reproduzir áudios e vídeos, deve-se verificar se não existe algo que possa causar escândalos ou intolerância religiosa. Também não se deve atacar a ninguém, apenas anunciar e confessar a Cristo (1 Co 1.23,24).

Evangelizar é comunicar

No decorrer da história da humanidade, Deus tem se revelado e se comunicado com o ser humano. O escritor aos Hebreus assevera que Deus falou antigamente aos pais, pelos profetas, e a nós falou-nos nestes últimos dias pelo seu Filho (Hb 1.1). Desse modo, o ápice da comunicação divina acontece na Encarnação do Verbo Divino: “o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória” (Jo 1.14). Jesus Cristo é o encontro mais pleno alcançado entre Deus e o homem. Ao revelar sua mensagem aos escolhidos, Deus desejou que ela fosse compartilhada com todos: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado” (Mt 28.19, ARA). Portanto, evangelizar não é simplesmente anunciar uma doutrina, mas é comunicar-se com o outro, isto é, “entrar em diálogo, relacionar-se, viver em comunhão com Deus para poder testemunhar com autenticidade Àquele em quem se crê e entrar em comunhão com outras pessoas” (SILVA, 2015, p. 12). Sob essa perspectiva, as redes sociais tornam-se um campo fértil para a comunicação do evangelho.

Resultados promissores

Em 2011, a Global Media Outreach (Alcance Global pela Mídia) divulgou que mais da metade das pessoas que se decidem por Cristo na internet posteriormente compartilham sua fé com outros internautas. Desses convertidos on-line, 34% afirmam ler a Bíblia Sagrada diariamente. O estudo denominado de “Índice do Crescimento Cristão” ouviu mais de 100.000 pessoas ao redor do mundo. Segundo Walt Wilson, presidente da instituição, desde a sua fundação, em 2004, mais de 15 milhões de pessoas já se decidiram por Cristo. A eficácia da evangelização pode ser resumida em três processos bem simples: (i) levá-los ao Salvador — páginas web que ajudem a encontrar Jesus; (ii) alimentá-los na fé — websites de discipulado e guias para recém-conversos; e, (iii) conectá-los à Igreja — conduzir o convertido a frequentar uma igreja local. Para isso, explica Wilson, não basta ter uma página na internet, transmitir cultos e comunicar-se pelas web rádios. O resultado se obtém por meio do discipulado e a comunicação com o novo convertido; essas ações são tão imprescindíveis quanto o evangelismo (ARAGÃO, Dez. 2011).
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Adultos. Nossos subsídios estarão disponíveis toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não se trata de uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

quinta-feira, 14 de junho de 2018

Lição 12 - 2º Trimestre 2018 - Jesus Orou em um Jardim - Berçário.

Lição 12 - Jesus orou em um jardim

 2º Trimestre de 2018
Objetivo da lição: Mostrar às crianças que falar com o Papai do Céu nos ajuda a ficar longe do mal.

É hora do versículo: “[...] levantai e orai [...]” (Lucas 22.46).

Nesta lição, as crianças continuarão aprendendo sobre a oração, e saberão que orar nos ajuda a ficar longe do mal. O nosso exemplo disso é Jesus, que orou até mesmo em um jardim. Jesus orava em todos os lugares.
Após realizar todas as atividades propostas no manual do professor e caso haja tempo, imprima a folha abaixo e distribua para as crianças colorirem o desenho de Jesus orando no jardim do Getsêmani. Peça que as crianças façam desenhos de flores para enfeitar o jardim onde Jesus estava orando.
bercario.licao12.getsemani
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Berçário
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas lições da Revista Berçário. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

Lição 12 - 2º Trimestre 2018 - O Meu Amigo Cura o Empregado de Um Oficial - Maternal.

Lição 12 - O Meu Amigo Cura o Empregado de um Oficial

2º Trimestre de 2018
Objetivo da lição: Levar as crianças a reconhecerem que Jesus pode curar toda enfermidade. 
Para guardar no coração: “ [...] será feito como você crê [...]”. (Mt  8.13)
Seja bem-vindo
Receba os alunos com alegria. Cumprimente os visitantes e acomode-os em seus lugares. Comece a aula dizendo que está muito feliz por ser amigo(a) de Jesus. Diga: “É tão bom ser amigo(a) de Jesus! Quem convida Jesus para vir morar em seu coração pode viver com Ele para sempre lá no céu!
Cantem juntos uns corinhos que falem a respeito do céu, ou sobre a vida eterna. Pode ser o corinho ‘Meu coração era sujo, mas Cristo aqui já entrou...’ Acompanhados por um cântico apropriado, recolham as ofertinhas” (Karen Bandeira).
Somos assim“A criança adquire autoconfiança através do relacionamento que estabelece com aqueles que são importantes em sua vida — em primeiro lugar, os pais; depois, os professores e outros — e não por meio de lições que a ensinam a ser autoconfiante. O professor deve aceitar e respeitar o seu aluno. Precisa saber quando elogiá-lo por seus esforços e quando incentivá-lo a se esforçar mais. Deve lhe mostrar tudo aquilo que já aprendeu. Sua atitude e seu relacionamento para com o seu aluno são as mais poderosas ferramentas da sala de aula, na construção do seu amor-próprio” (BEECHICK, Ruth. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p. 42).
Atividade do aluno
 licao12maternal

Até logoDepois de repetir o versículo e o cântico do dia, encerre a aula com uma oração. Prepare as crianças para a saída. Quando os pais ou responsáveis forem buscar as crianças, recomende que, em casa, leiam a história bíblica de hoje para o(a) filho(a). Sugira que utilizem uma bíblia infantil. O texto bíblico da lição se encontra em Lucas 7.1-10. 
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista de Maternal
Envie suas dúvidas ou sugestões para telma.bueno@cpad.com.br
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas lições da Revista Maternal. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

Lição 12 - 2º Trimestre 2018 - Os Amigos que Andaram com Deus - Jd. Infância.

Lição 12 - Os Amigos que andaram com Deus

 2º Trimestre de 2018
Objetivos: Os alunos deverão aprender que Eliseu seguiu a Elias e que devemos ser bons imitadores de Deus.

É hora do versículo: “Vocês são filhos queridos de Deus” (Ef 5.1).

Nesta lição, as crianças aprenderão, através da história da amizade de Elias e Eliseu, que Eliseu aprendeu com seu amigo Elias a ser um bom imitador do Papai do Céu. Elias não estava sozinho e não era o único amigo de Deus naquela cidade que adorava deuses de mentira. Deus mandou que Eliseu continuasse fazendo o trabalho de Elias quando ele foi para o céu.
Após realizar todas as atividades propostas na revista do professor e caso haja tempo, imprima a folha abaixo com o desenho de um coração e, apresentando às crianças o valor da amizade, peça que desenhem a criança e um amigo no interior do coração. Um amigo deve ser guardado dentro do coração. Sugira que as crianças desenhem amigos que andam com o Papai do Céu, que sejam amigos de Deus, assim como elas são. 
coracao.licao12.jardim
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Jardim de Infância
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas lições da Revista Jardim de Infância. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

Lição 12 - 2º Trimestre 2018 - Jesus Ajuda um Homem a Escutar - Primários.

Lição 12 - Jesus Ajuda um Homem a Escutar

2º Trimestre de 2018
Objetivo: Que o aluno compreenda que Deus faz coisas impossíveis, de acordo com sua vontade e o seu tempo.

Ponto central: Quem recebe a Jesus, recebe o único Salvador!

Memória em ação: “Tudo o que faz ele faz bem; ele até mesmo faz com que os surdos ouçam e os mudos falem!” (Mc 7.37)

Querido (a) professor (a), na próxima aula daremos continuidade ao tema do trimestre, contando às crianças sobre mais um milagre de Jesus. Este, na vida de um homem que não podia ouvir e falava com dificuldade. Agora reflita mos por um momento, se hoje em dia, pessoas com esta limitação são marginalizadas, devido à falta de acessibilidade e adaptação para a linguagem delas em ambientes públicos, imagine há mais de 2000 anos? Quão solitário não deveria se sentir um deficiente auditivo sem conseguir se comunicar, ouvir ou entender as pessoas a sua volta!?

Infelizmente, mesmo em nossos dias, muitos surdos ainda se sentem excluídos desta maneira. E se não os cristãos, imitadores do Cristo, quem mais se importarão em incluí-los? Em alcançá-los? Quantas igrejas possuem um ministério ou ao menos um tradutor do culto para Libras (Língua Brasileira de Sinais)? Por isso é tão urgente falar a respeito de inclusão, desde já, para os pequeninos. Afinal, eles podem ser levantados por Deus como a geração que mudará este quadro! Portanto, além do objetivo e ferramentas já disponibilizados em sua revista, sugerimos aproveitar o personagem de nossa lição para conversar com os Primários sobre a inclusão de pessoas com qualquer tipo de deficiência.
Você sabia que em nosso país há mais de 9,7 milhões de pessoas com deficiência auditiva?
Quem as evangelizará? “Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem não ‘ouviram’? E como ‘ouvirão’, se não há quem pregue?” (Romanos 10.13,14)
Alguns podem pensar que basta lhes entregar uma bíblia. Porém, a maioria dos deficientes auditivos não entende a nossa escrita tradicional; 70% dos surdos brasileiros têm dificuldades em compreender o português. Sua comunicação é muito visual, por isso dependem muito que lhes falem em Libras.
“A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 360  milhões de pessoas sofrem de perda auditiva, ou seja, mais de 5% da população mundial é surda. Ter a bíblia na língua de sinais é muito importante para poder evangelizar essa comunidade.
A organização Wycliffe Bible Translators (WBT), dedicada a traduzir a Bíblia para todas as línguas, iniciou um projeto para tornar isso possível na Tailândia.
Existem mais de 400 idiomas de sinais diferentes. A comunidade surda é um dos grupos menos evangelizados do mundo. Nenhum deles tem uma Bíblia completa em seu idioma. Segundo a WBT,apenas 5% da população surda do mundo pode ser evangelizada.
A maioria das pessoas surdas e mudas não sabe ler. Portanto, eles não podem entender completamente o amor, graça e verdade de Deus. Há muitas coisas sobre Deus que elas não conseguem entender porque não estão em sua própria língua” (Texto extraído do Portal de notícias CPAD News).
Sugerimos que você, professor (a), leve para esta aula alguém que conheça a linguagem dos sinais. Diga aos alunos que hoje trouxe um (a) convidado (a) especial  que lhes deixará uma importante mensagem para eles passarem adiante, como na brincadeira de telefone sem fio, um ao ouvido no colega ao lado. Em seguida, peça para a pessoa entrar, a apresente para a turma, dizendo seu nome e um pouco sobre ela e pergunte às crianças se ela pode começar a lhes passar a mensagem. Frise para estarem bem atentas. Quando todas concordarem empolgadas, a pessoa convidada falará apenas em Libras:
“Quem recebe a Jesus, recebe o único Salvador!”; “Jesus te ama e morreu para salvar todas as pessoas”; “Precisamos falar da salvação de Jesus a todos”
Observe a reação das crianças, ouça os seus questionamentos e pergunte por que não estão entendendo ou passando a mensagem adiante. Expliquem-nas o que é a Língua Brasileira de Sinais, Libras; o que nosso (a) convidado (a) falou, frisando a importância de comunicarmos o amor de Deus para todas as pessoas, inclusive as surdas, para que elas se sintam amadas e acolhidas, jamais excluídas.
Para finalizar essa importante mensagem, de maneira lúdica e divertida, ensinem aos Primários a falarem algumas frases evangelísticas em Libras, fazendo todos juntos.
librasCaso você, professor (a), se sinta impulsionado por Deus a levar este importante tema para além das paredes da Escola Dominical, para quem sabe, até mesmo sugerir a criação de um ministério para surdos em sua igreja, ou apenas se inteirar mais em Libras, lhe indicamos o livro da CPAD “Manual Prático de Libras”, de autoria da pedagoga Siléia Chiquini, líder do ministério de surdos “Mãos Ungidas”, da AD de Curitiba. 
Você pode encontrar essa preciosa obra em qualquer loja CPAD ou mesmo em nossa loja virtual através do link: https://www.cpad.com.br/manual-pratico-libras-322716/p
O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula.

Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Primários da CPAD

Lição 12 - 2º Trimestre 2018 - Uma Casa de Fazer Discípulos - Juniores.

Lição 12 - Uma Casa de Fazer Discípulos

 2º Trimestre de 2018
Texto bíblico – Atos 11.25,26.

Prezado(a) professor(a),

Na lição desta semana seus alunos aprenderão que a Casa de Deus é um lugar onde aprendermos a ser discípulos do maior Mestre que já existiu. Certa vez Jesus disse aos judeus que acreditavam nEle: “— Se vocês continuarem a obedecer aos meus ensinamentos, serão, de fato, meus discípulos e conhecerão a verdade, e a verdade os libertará” (cf. Jo 8.31,32). Um critério definido por Jesus para que as pessoas, de fato, se tornem seus discípulos é permanecer na Palavra dEle.
A obediência aos ensinamentos de Cristo expressa que verdadeiramente entendemos a proposta do evangelho. O Senhor nos escolheu para sermos um povo exclusivamente seu, separados e dispostos a alcançar outros para fazerem parte também deste Reino de Amor. E os seus ensinamentos não são pesados ou difíceis de praticá-los se, de fato, estamos dispostos a colocá-los em prática. O Senhor não pede de nós nada além daquilo que não podemos entregar.
O exemplo utilizado na lição de hoje revela esta verdade. Barnabé é conhecido na Bíblia como um homem de bem e cheio do Espírito Santo e de fé (cf. At 11.24). Ele foi o instrumento usado por Deus para conduzir Paulo até Antioquia e ali permaneceram durante um ano ensinando muitas pessoas a respeito da salvação. Esse período que Paulo passou ao lado de Barnabé foi muito importante para o seu crescimento espiritual, um verdadeiro treinamento missionário. Deus estava preparando Paulo para as adversidades que ele havia de enfrentar por pregar o evangelho de Cristo.
O discipulado é uma importante etapa que não deve ser ignorada. É uma fase de aprendizado em que aprendemos os preceitos básicos da fé e que não devem ser esquecidos por toda a caminhada cristã. Um detalhe importante neste contexto é o fato de que Deus levanta pessoas que se tornam grandes amigos e que fazem toda a diferença na caminhada da fé. Eis uma lição importante que seus alunos devem aprender: quem são as pessoas que Deus tem levantado para ajudá-los a permanecerem na fé? As amizades que partilhamos estão nos ajudando a crescer e ser uma pessoa melhor? Se este não for o caso é importante estar alerta, pois há certas amizades que, ao invés de nos ajudar, podem nos prejudicar e impedir que alcemos as bênçãos que Deus tem reservado para cada um de nós.
Mostre o exemplo da amizade entre Paulo e Barnabé. Explique que um ajudava ao outro, pois eles tinham o mesmo objetivo: pregar a Palavra de Deus e ajudar os irmãos que estavam passando necessidades (cf. At 11.28-30). Aproveite e realize a seguinte atividade com seus discípulos: confeccione dois cartazes. Um cartaz deverá apresentar as características de amizades que nos ajudam a permanecer firmes nos ensinamentos do Senhor. No outro cartaz, apresente as características de amizades que são prejudiciais para a nossa vida espiritual e podem nos atrapalhar de modo que não permaneçamos bons discípulos de Cristo. Ajude seus alunos a identificarem que tipo de amizade tem influenciado o relacionamento deles com o Mestre.
Por Thiago Santos
Educação Cristã - Publicações CPAD
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Pré-Adolescentes. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

Lição 12 - 2º Trimestre 2018 - O Amadurecimento Cristão - Pré Adolescentes.

Lição 12 – O Amadurecimento Cristão

 2º Trimestre de 2018
A lição de hoje encontra-se em: 1 Coríntios 13.11; 14.20.

Prezado(a) professor(a),

Na aula de hoje seus alunos terão a oportunidade de aprender a respeito do amadurecimento cristão. Talvez eles possam pensar que falar de maturidade é coisa para pessoas que já viveram bastante tempo e podem aconselhar os mais novos. No entanto, a Palavra de Deus nos ensina que enquanto estamos vivendo neste mundo nunca saberemos todas as coisas, pois sempre haverá algo novo a aprender. Assim como no crescimento físico o alimento é necessário para nutrir o organismo, na vida espiritual, é preciso se alimentar da Palavra de Deus para que o espírito esteja fortalecido.
Vale ressaltar que conhecer as Escrituras Sagradas no que diz respeito aos aspectos histórico e teológico não é suficiente. É preciso haver um relacionamento próximo com o Senhor a fim de que as verdades bíblicas não estejam apenas no entendimento, mas no caráter de cada cristão. Quando as verdades bíblicas começam a fazer parte dos hábitos diários, o caráter de Cristo passa a ser moldado na pessoa. E quando esse processo ocorre na conduta do crente de forma natural, este se torna alguém maduro, experimentado na Palavra, capaz de discernir entre o certo e o errado (cf. Ef 4.13-15). Ao passo que esses processos ocorrem, significa que o crente está madurecendo na fé. Já não depende de que alguém lhe diga o que deve fazer, pois sabe que é o próprio Deus quem o direciona e o leva por um caminho mais excelente (cf. 1 Co 12.31).
O apóstolo Paulo declara uma comparação na Carta que escreveu aos irmãos da igreja de Corinto quando diz: “Quando eu era criança, falava como criança, sentia como criança e pensava como criança. Agora que sou adulto, parei de agir como criança” (cf. 1 Co 13.11). Isso não significa que seus alunos devam deixar de pensar ou agir como crianças, afinal de contas, tudo tem o seu tempo. Mas o que o apóstolo está explicando nesta ocasião trata-se do nível de compreensão que temos acerca de Deus e o que podemos conhecer e receber dEle enquanto estamos nesta esfera terrena.
Deus, certamente, espera que seus filhos cresçam no entendimento. O que você sabe a respeito de Deus? O que seus alunos sabem e o que aprendem na sua aula são suficientes para que desenvolvam um relacionamento sincero com Deus? Esta é uma pergunta que você deve fazer a si mesmo antes de entrar em sala de aula. Você e seus alunos têm crescido espiritualmente? O que mede o nosso crescimento espiritual não é o nível de conhecimento adquirido ao longo da caminhada cristã, e sim o nível de relacionamento com Deus e a obediência aos seus ensinamentos. Somente poderemos dizer que estamos crescendo espiritualmente quando “fazer a vontade de Deus” for algo tão natural em nossa conduta que não nos sintamos mais obrigados a cumpri-la. Reserve um momento da aula para perguntas quanto ao conteúdo das lições que estudaram até o presente momento.
Por Thiago Santos
Educação Cristã - Publicações CPAD
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Pré-Adolescentes. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

Lição 12 - 2º Trimestre 2018 - Outros Tipos de Famílias - Adolescentes.

Lição 12 – Outros Tipos de Famílias

 2º Trimestre de 2018
TEXTO BÍBLICO: 2 Timóteo 1.3-7.

OBJETIVOS:
Explicar sobre os diversos tipos de família;
Mostrar a importância da família para a nossa fé;
Afirmar que Deus ama a família.

Olá caro(a) professor(a),

A lição desta semana tem com proposta ensinar seus alunos a lidarem com a nova realidade que tem sido a de muitos lares, até mesmo de lares evangélicos. Em geral, nós cristãos, entendemos que as famílias devem permanecer unidas independentemente das circunstâncias que surjam. Porém, os fatos revelam um quadro completamente diferente. Não são poucos os lares que possuem apenas a figura da mãe ou a do pai como provedor. Em outras ocasiões os pais são apenas provedores distantes da criação dos filhos. Muitos se contentam em apenas prover o alimento ou a vestimenta e não param para refletir que a presença e o apoio emocional são mais importantes do que qualquer bem material que alguém possa oferecer.
O assunto da lição aborda a nova configuração dos lares e apresenta como exemplo o jovem pastor Timóteo, alguém chamado por Deus para cuidar de pessoas (1 Tm 1.1-3; 2 Tm 2.1-3). Se o jovem Timóteo limitasse a sua vida apenas ao que observou na estrutura de seu lar não encontraria referência para seguir uma vida ministerial segura, pois ao que tudo indica o seu pai não era cristão. Entretanto, Timóteo encontrou preparo nas instruções de sua mãe Eunice e de sua avó Loide. Além delas, o jovem pastor teve como seu mentor ninguém menos do que o próprio apóstolo Paulo. Esses referenciais tiveram grande importância para a vida de Timóteo que se tornou um dos braços de Paulo na pregação do evangelho.
O exemplo de Timóteo nos mostra a importância de bons exemplos na formação espiritual do crente. Seus alunos precisam de boas referências para que possam crescer na fé e no conhecimento das Sagradas Escrituras. Infelizmente, muitos deles não encontram em casa o apoio que precisam para caminharem firmes na presença de Deus, frequentarem os cultos ou participarem das atividades na igreja. Pelo contrário, muitas vezes, encontram oposição e até mesmo retaliações por causa da fé em Jesus Cristo. É preciso pedir ao Senhor sabedoria para que saibam como lidar com essas diferenças.
Além das oposições seus alunos ainda precisam lidar com as mudanças que acontecem na configuração do lar. O número de pais separados cresceu assustadoramente e a convivência com o padrasto ou madrasta é um processo de readaptação que demora, resultando, em algumas ocasiões, no desgaste das relações. Esses e outros problemas de convívio familiar influenciam na formação do caráter do adolescente e devem ser tratados com muito cuidado.
O melhor a fazer é despertar seus alunos para o compromisso com os valores da vida espiritual, atraindo o adolescente para um ambiente de acolhimento e amizade cristã, e esse espaço chama-se igreja (cf. Fl 4.8,9; At 2.42-47). Nela seus alunos poderão aprender a conviver em comunhão e a praticar os ensinamentos da Palavra de Deus. Receberão o alimento espiritual que nutre a alma e fortalece a fé. Aproveite e pergunte aos seus alunos quais são as referências que eles têm. Que pessoas eles podem confiar compartilhar as suas dificuldades?
Thiago Santos
Editor do Setor de Educação Cristã da CPAD
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições da Revista Adolescentes Vencedores. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo. 

Lição 12 - 2º Trimestre 2018 - Bullyng - Juvenis.

Lição 12 - Bullying

2º Trimestre de 2018
Esboço da Lição
1. BULLYING, O QUE É ISSO?
2. BULLYING NA BÍBLIA?
3 SOFRO BULLYING, O QUE DEVO FAZER?

Objetivos
Entender que o Bullying é uma forma de violência;
Compreender que o crente não pode aceitar ou praticar o bullying.
Querido (a) professor (a), você recorda de quando tinha 15 anos de idade? Seus dilemas, fragilidades, medo de rejeição, complexos, etc.? É muito importante não menosprezar as dificuldades dos juvenis, nem invalidar seus sentimentos com relação a elas. Nesta faixa etária a identidade ainda está em formação e muito do que não nos incomoda mais na vida adulta, para eles pode ser causa de um enorme sofrimento. Principalmente quando se trata de algo tão grave, quanto ao que vamos tratar na aula do próximo domingo: Bullying.

Erroneamente, muitos adultos não levam este problema a sério, rotulam como meras “brincadeiras” os apelidos maldosos e tantas vezes humilhantes que podem trazer ou reforçar um estigma maligno, que prejudicará alguém por toda sua vida. Alguns chamam a vítima de dramática, frágil, aumentando ainda mais a sua dor e solidão perante a violência. Sim, porque é isto que é o bullying, atos de violência, quer sejam físicos ou psicológicos, portanto, devem ser tratados com a seriedade necessária.

Professor (a), talvez muitos de seus alunos que estejam vivenciando tal prática, como vítima ou mesmo como agressor, não quer se identificar como tal. A negação é um mecanismo de defesa da nossa psique, para não lidarmos com algo muito incômodo ou doloroso. Por isso, interceda para que o Espírito Santo convença os corações, tanto dos que estão sendo vitimizados, como os dos que estão vitimizando. Ambos necessitam, urgentemente de ajuda e cura. Esteja muito atento às declarações de seus alunos no decorrer de toda a aula, para ver se há casos que precisam ser tratados posteriormente, em particular.

Não permita que o tema seja banalizado ou ridicularizado em classe. Para tanto, enfatize que existem inúmeras notícias de crianças e adolescentes que morrem por causa de tal violência todos os dias. E que, por isso, em 2013, a Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado aprovou a proposta que inclui no Código Penal (Decreto-lei 2.848/40) o crime de intimidação vexatória (bullying).

Normalmente a prática é associada ao ambiente escolar, mas não nos enganemos, ela também pode está acontecendo em qualquer outro local, até mesmo em casa ou na igreja. E em algumas ocasiões por parte de pessoas adultas. Infelizmente isto não é incomum e neste caso, pode ser ainda mais difícil para um juvenil identificar a violência psicológica ou mesmo pedir ajuda para lidar com ela.

Note o quão delicado pode ser o cenário. Portanto, ore e prepare-se muito para esta aula, colocando-se sempre a disposição de seus alunos, caso precisem conversar. Também amplie o debate, mencionando todas essas possibilidades, citando exemplos até mesmo de pais, professores e outros adultos em posição de maior poder, que usam de sua autoridade para ridicularizar, estigmatizar, intimidar ou manipular.

Pergunte se eles já presenciaram alguns casos de bullying. Deixem que narrem e preste muita atenção, pois alguns que se sentem constrangidos de contar suas histórias poderão dizer que se trata da experiência de um “amigo” ou “conhecido”.

Explique que como cristãos não podemos nos omitir quando vemos qualquer tipo de injustiça, inclusive as de bullying. Para finalizar peça que leiam juntos os seguintes versículos:

"Portanto, aquele que sabe que deve fazer o bem, e não o faz nisso está pecando"  (Tg 4.17).

Abre a tua boca em favor dos que não podem se defender; sê o protetor dos direitos de todos os desamparados!” (Pv 31.8)

O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula. 
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Juvenis da CPAD
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Juvenis. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

Lição 12 - 2º Trimestre 2018 - Uma Vida Exemplar diante de Deus e dos Homens - Jovens.

Lição 12- Uma vida exemplar diante de Deus e dos homens 

 2º Trimestre de 2018
INTRODUÇÃO
I - EXISTE UM MODELO A SER LIMITADO
II - COMO SE PORTAR NUMA SOCIEDADE DESORDENADA
III - SOMOS CHAMADOS PARA VIVER DE QUE MANEIRA
CONCLUSÃO
Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivos:
Apresentar os modelos bíblicos de comportamentos e espiritualidade para o cristão;
Refletir a respeito da necessidade de sermos modelos para esta sociedade;
Discutir o modelo de vida a ser adotado por cada cristão.
Palavra-chave: Exemplo.
Para ajudá-lo(a) na sua reflexão, e na preparação do seu plano de aula, leia o subsídio abaixo:

No final do capítulo 3 de sua segunda epístola aos tessalonicenses, Paulo dedica-se a fazer orientações práticas àquele grupo de irmãos, a fim de que as anomalias comportamentais e os abusos de autoridade fossem absolutamente superados. Foram introduzidas entre aqueles irmãos pessoas de mau caráter, verdadeiros charlatões, que, sob o pretexto de conduzirem os crentes de Tessalônica a uma suposta espiritualidade, estavam, na verdade, explorando aqueles já sofridos irmãos.

É escandaloso pensar nisto: existem pessoas que, conscientes da simplicidade e ingenuidade de alguns e, também, do desespero e ansiedade de outros, se aproveitam das fraquezas alheias para locupletarem-se. É por isso que movimentos religiosos que vendem sonhos, leiloam bênçãos ou mesmo alugam promessas têm um “mercado promissor” em nossa sociedade até hoje.

Pensemos nas orientações apostólicas, de modo a reconhecer quais medidas devemos tomar para evitarmos cair nas mãos de “predadores espirituais”.

Vivendo como Modelos em uma Sociedade Relativista
A vida cristã deve ser sempre exemplar e inspirativa em todos os âmbitos. Se alguém deseja ser líder cristão, por exemplo, Paulo deixa claro ao escrever para Timóteo que os frutos de uma vocação divina manifestam-se em uma vida pessoal e familiar equilibrada (1 Tm 3.1-13).

Há, muitas vezes, um discurso de vitimização dos líderes por meio do qual se invoca o caráter humano destes, e, por isso, falível, bem como de suas famílias. Esse tipo de argumento falacioso distorce várias verdades bíblicas:
a) Não se exige perfeição do líder, e sim integridade. Todos estamos suscetíveis a erros, falhas e pecados — na verdade, como assevera João, aquele que diz que é impecável vangloria-se pecaminosamente. Todavia, aqueles que lideram devem ser conscientes de que a repercussão de seus erros será bem maior, por exercerem um raio de influência bem maior que um não líder. Sendo o líder uma pessoa com suas dificuldades e angústias pessoais, cabe a esse indivíduo exigir dos outros aquilo que ele mesmo é capaz de realizar, sem hipocrisias ou farisaísmos. O que se testemunha em muitas comunidades, no entanto, é que a medida de exigência, em todos os níveis, para líderes, é muito menor do que para não líderes; ou seja, na hora de julgar e exigir dos outros, muitos líderes fazem isso com rigidez e contundência; todavia, quando o crivo dos julgamentos cai sobre eles mesmos, estes invocam a misericórdia e o perdão. Um líder precisa ser consciente de que ele também precisa incluir-se em seus julgamentos e exigências.
b) Como bem esclarecem as Escrituras, uma pessoa que não foi capaz, durante seu tempo de líder apenas de seu lar, de realizar a contento o serviço que lhe foi confiado, como poderá ser achado digno de orientar as demais famílias de uma comunidade? A verdade é que, se houvesse garantias de sigilo e manutenção da integridade física e emocional, muitas famílias não concordariam com o estabelecimento institucional do ministério de líderes de muitas pessoas. Infelizmente, os critérios para eleição de líderes muitas vezes fogem por completo dos critérios bíblicos e concentram-se muito mais nos políticos (apadrinhamento, nepotismo, tráfico de influências). Não é depois que alguém se tornou líder que sua família tem que se tornar vitrine; todavia, a questão é exatamente o contrário: é das famílias que são exemplares que se devem eleger os líderes de uma comunidade local.
c) Se alguém não deseja prestar contas a ninguém daquilo que realiza em sua vida particular, tal pessoa não se enquadra nem mesmo nos critérios para ser um cristão, muito menos um líder cristão. É evidente que nossa intimidade diz respeito apenas a nós e a nossa família; contudo, por vivermos em comunidade, nosso testemunho não pode apenas ser delimitado a nossa vida pública, mas também ao âmbito privado. De que adianta alguém ser um exímio pregador, mas um péssimo cumpridor de suas responsabilidades financeiras? Como creremos nas palavras proféticas de uma determinada pessoa se o vocabulário da mesma, em sua vida privada, escandaliza o mais profano dos homens? O critério jesuânico é claro: fomos chamados para ser sal da terra e luz do mundo; se nossa presença não fizer diferença no ambiente em que estamos, o próprio Jesus afirma que a suposta graça que está sobre nós não serve para nada, senão apenas para ser humilhantemente pisada pelos homens.
Os Tessalonicenses e o Testemunho quanto ao Trabalho
Concentrado em esclarecer aos tessalonicenses sobre essas especificidades da liderança, Paulo faz questão de tocar de novo no assunto da exigência da integridade social do cristão e, de maneira especial, do líder. Para o apóstolo, é um completo absurdo defender a tese de que um cristão pode abdicar de suas responsabilidades econômico-financeiras para com sua família sob o pretexto de estar envolvido na obra de Deus.

A exortação paulina é que TODOS trabalhemos. Refletindo sobre a natureza de alguns indivíduos desordenados que havia em Tessalônica, bem como a reação de Paulo ao comportamento destes, defende o Comentário da Bíblia de Aplicação Pessoal:
É possível que estas pessoas preguiçosas estivessem sendo preguiçosas por motivos “espirituais”. Alguns, na igreja de Tessalônica, podiam ter dito que as pessoas deveriam deixar de lado as suas responsabilidades, deixar de trabalhar, não fazer planos para o futuro, e simplesmente esperar pelo retorno do Senhor. Ou podiam ter pensado que o trabalho estivesse em um nível inferior ao deles e quisessem passar o seu tempo de maneira espiritual. Mas não ter nada para fazer somente os tornava bisbilhoteiros. A sua falta de atividade os estava conduzindo ao pecado. Eles tinham se tornado um peso para a igreja, que os estava sustentando; eles desperdiçavam um tempo que podia estar sendo usado para ajudar outras pessoas. Estes membros da igreja podem ter pensado que estavam sendo mais espirituais com a falta de trabalho, mas Paulo ordenou com firmeza que eles vivessem de um modo correto, trabalhando para se sustentar. Paulo não mediu palavras com estas pessoas. O fato de que Paulo tenha dado esta ordem em nome de nosso Senhor Jesus revela a compreensão que ele tinha de sua autoridade como apóstolo — como um representante pessoal do próprio Senhor. (2010, p. 471)
Naturalmente, se hoje em dia vivemos uma crise econômica em nosso país, na qual postos de trabalho estão sendo fechados, e oportunidades de emprego estão reduzidas, é esperável que tais problemas também atinjam aqueles que servem a Cristo. Não estamos imunes ao desemprego.
Todavia, não é sobre isso que Paulo está refletindo. Às críticas do missionário recaem sobre aqueles que, de maneira imoral, querem permanecer sem trabalhar, mesmo tendo oportunidade de fazê-lo. O apóstolo repudia completamente a hipótese de alguém exigir auxílio financeiro da igreja e dos irmãos se tal pessoa tem plena possibilidade de produzir seu sustento, mas não o fez por ter confiado na exploração da bondade e misericórdia alheias.
Para com esses, a exortação paulina é clara: devemos ficar distantes deles e deixá-los colher o que deliberadamente escolheram. Se não querem trabalhar, então não comam.
Talvez, seja necessário fazer um relevante destaque sobre essa orientação de Paulo acerca do trabalho. Não necessitamos ficar sujeitos ao modelo enlouquecedor da sociedade contemporânea, que busca o enriquecimento a todo e qualquer custo. A orientação paulina é que trabalhemos com sossego (2 Ts 3.12), tendo, como paga de nosso esforço, a honra de receber o sustento necessário para nós e para quem amamos.
Há pessoas que largaram a fé em Cristo para servirem exclusivamente a Mamom em seus trabalhos. A autoilusão a que se submetem tais pessoas chega ao disparate de elas proclamarem que são mais úteis ao Reino de Deus fora da igreja e trabalhando compulsivamente em busca de dinheiro do que “perdendo tempo” numa vida de comunhão.
Essas pessoas imaginam que podem comprar o perdão e o amor de Deus por meio de seus dízimos e ofertas. Não sabem elas que o Senhor, dono de todas as riquezas do universo, deseja muito mais o coração desprendido delas do que os cifrões de suas doações que são ofertadas para desencargo de consciência.
O Senhor tem prometido a cada um de nós o acesso ao nosso sustento pessoal e familiar com sossego e paz. O sucesso de nenhuma carreira compensará o fracasso da vida espiritual de uma pessoa.
Por fim, é necessário ratificarmos uma posição que foi assumida por Paulo, não apenas em Tessalônica, mas também em toda a sua trajetória ministerial. Não podemos apoiar injustiças ou abusos sob o pretexto de sermos submissos e obedientes às autoridades constituídas política ou eclesiasticamente.
O Cristão e a Naturalização da Corrupção
O cristão deve ser o indivíduo mais rigoroso com a corrupção banalizada que procura naturalizar-se em nossa sociedade. Diante de escândalos de repercussão nacional nos campos da política e da administração pública, existem aqueles em nossa sociedade que pretendem convencer-nos de que todos nós somos corruptos — no significado político da palavra — e que, por isso, não temos o direito de criticar ou denunciar quem quer que seja.
A versão religiosa desse processo de naturalização da corrupção no Brasil orienta-nos a sermos apenas expectadores passivos da história, onde, no máximo, devemos orar por tudo o que está acontecendo. Dizer a um cristão que ele deve orar é o mesmo que orientar um peixe a nadar quando ele estiver na água, ou seja, é tão evidente que não faz sentido algum.
Quando o pecado do homem em Corinto tornou-se público (1 Co 5), assim como seu caráter insubmisso e contumaz pervertido, Paulo não orientou orações por ele; diante do adultério público de Herodes, João não fez intercessões por ele; antes, denunciou seu pecado (Mc 6.18).
O que se deve fazer quando líderes religiosos possuem salários imorais definidos por eles próprios, ou quando, além dos mega-salários, ainda recebem um conjunto de penduricalhos financeiros, como, por exemplo, auxílio-paletó, auxílio-transporte, auxílio-moradia? Denunciá-los. Essa deve ser a postura prática da Igreja de Jesus.
Como seria aceitável — num mundo de tantas desigualdades e injustiças — a manutenção de privilégios para um determinado indivíduo que não trabalha de modo algum sob o pretexto de estar envolvido num ofício eclesiástico? O princípio paulino continua em vigor: quem não trabalha não come.
Sobre essa contundente afirmação de Paulo e sua correlação com a obra e comportamento de Jesus de Nazaré, assevera Boor:
De modo incompreensível para o entendimento grego — com os coríntios, entre os quais justamente se encontra, Paulo tem de discutir repetidamente a respeito dessa questão — o majestoso enviado do rei dos reis, do soberano celestial, é um humilde operário, que se nega decididamente a “comer pão de graça de alguém”, preferindo acrescentar à sua imensa atuação apostólica, que podia ocupar todo o tempo de uma pessoa, ainda o trabalho manual para o sustento da vida, “em labor e fadiga, de noite e de dia, trabalhamos, a fim de não sermos pesados a nenhum de vós” (v. 8), como repete literalmente sua narrativa de 1Ts 2.9. Desse modo ele, os três, se ofereceram “como exemplo, como tipo, para nos imitardes” (v. 9). Se os fundadores da igreja, os mensageiros do grande rei, vivem dessa forma, que irmão na igreja teria então o direito “de andar fora dos trilhos” e viver “desordenadamente”, ou seja, fora dessa límpida “ordem”? (BOOR, 2007, p.34)
Seguindo as orientações paulinas, devemos, enquanto Igreja, colocarmo-nos como modelo para a sociedade atual de tal forma que nos reconheça como uma coletividade que se desenvolve para além das categorias da ambição e do poder. Se somos Igreja de Jesus, então nosso comportamento é fundamentado no amor e moldado pela simplicidade.
A Necessidade de Apartar-se dos Desordenados
As pessoas que Paulo denuncia tinham um conjunto de práticas completamente reprováveis pela própria comunidade em Tessalônica. Além de ociosos quanto a suas responsabilidades individuais de trabalhar para produzir seu próprio sustento, também eram “pesados” aos mais simples, exigindo para si privilégios que nem mesmo aqueles que trabalhavam arduamente usufruíam.
O mau-caratismo desses indivíduos, como se pode perceber, beira o cinismo. Além de nada produzirem, ainda exigiam regalias e honras para si. Lembremo-nos: orar e pregar não são atividades profissionais; mas, se por uma radical vocação divina, alguns se dedicam exclusivamente aos seus chamados ministeriais, então que estes estejam cônscios de que devem viver o estilo de vida de Jesus, João Batista e Paulo, e não como Herodes, Pôncio Pilatos e César.
O apóstolo denuncia ainda que, para a execução de tarefas úteis, tais indivíduos não possuíam empenho ou disposição, mas eram mestres para coisas vãs (2 Ts 3.11). É escandalosa a quantidade de pessoas que se dedicam exclusivamente a inutilidades sob o pretexto de “viverem da obra”. A bem da verdade, tal grupo de indivíduos não é novo; eles estão presentes nas comunidades cristãs e judaicas desde o primeiro século, como bem denuncia Paulo (2 Tm 3.1-6) e o próprio Jesus de Nazaré (Mt 23.13-16). Esses indivíduos enganam e exploram almas incautas sob o pretexto de piedade.
Há, no entanto, na recomendação paulina, uma orientação cristã de qualidade elevadíssima. Depois de orientar o afastamento dos cristãos sérios do convívio com os indivíduos desordenados, o apóstolo pede que estes sejam acolhidos como irmãos, e nunca como inimigos, desde que haja humildade dos desocupados em procurar a reconciliação.
Sobre as orientações de Paulo aos tessalonicenses em comparação às que foram dadas à Igreja em Corinto com relação aos problemas similares que enfrentava, defende Glubish:
Esse afastamento não parece ser tão severo quanto à ordem que o apóstolo deu aos crentes de Corinto, em relação aos irmãos imorais: “seja entregue a Satanás para destruição” (1 Co 5.5). Podemos estar certos de que Paulo não está falando aos tessalonicenses sobre uma exclusão completa, sem esperança de retorno por meio do arrependimento. Não nos são dados os detalhes precisos de como tal tratamento deve ser aplicado. O rompimento é sinônimo de vergonha; os culpados devem ser envergonhados, perceber a seriedade da ofensa, e se adequar ao ensinamento apostólico. O coração pastoral de Paulo, sempre cheio de esperança de reconciliação, é surpreendentemente exposto quando defende a igreja e, pelo fato de não considerar seus ofensores como inimigos, mas como irmãos, diz: “admoestai-o como irmão” (v. 15). Marshall (228) esclarece que “um dos problemas de se exercitar a disciplina é a tentação de permitir que sentimentos pessoais afetem a aplicação da mesma”. Uma tendência deplorável ao lidar com os impenitentes é permitir que a hostilidade chegue a tal ponto que a ira intensa seja sentida e demonstrada, ou, de modo trágico, que o ofensor possa ser considerado como morto e não mais visto como parte da família. (GLUBISH, 2006, p. 1431)
Essa proposta de Paulo alinha-se completamente com os valores proclamados por Jesus. Não são os convertidos em Tessalônica que precisam fazer alguma coisa má para que a vida dos desordeiros seja prejudicada. Infelizmente, a falta de conversão daqueles somente os autoprejudicarão.
A exortação do missionário para a Igreja é que esta não se canse de fazer o bem (2 Ts 3.13). Se alguns indivíduos fazem o mal, cabe a cada cristão o esforço de sempre agir de maneira correta e de sempre estar alinhado com os valores do Reino. A igreja, enquanto comunidade, sempre deve estar de coração aberto para receber aqueles que, arrependidos, optam por regressar pelo caminho da salvação.
Evidentemente, as marcas e dores do passado tendem a dificultar as relações; contudo, nosso esforço sempre deve ser o de avaliar as pessoas e circunstâncias pela ótica do amor de Deus. Por isso, mesmo aqueles que nos aborreceram e prejudicaram devem ser acolhidos como irmãos se eles forem constrangidos por seus erros e convencidos da necessidade de recomeçar.
Conclusão
Sobre os ombros de cada cristão, por assim se autodenominar, pesa a responsabilidade de viver pia, justa e honestamente, assim como o Salvador viveu e desempenhou seu ministério terreno. Os homens sem Deus podem até lutar por honras e glórias, mas a nós cabe o desejo pela simplicidade da vida em Cristo.
*Este subsídio foi extraído de BRAZIL, Thiago. A Igreja do Arrebatamento: O Padrão dos Tessalonicenses para Estes Últimos Dias. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.
Que Deus o(a) abençoe.
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista Lições Bíblicas Jovens
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Jovens. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo. 

Lição 12 - 2º Trimestre 2018 - Ética Cristã e Política - Adultos.

Lição 12 - Ética Cristã e Política

 2º Trimestre de 2018
PONTO CENTRALA política faz parte da vida em sociedade.
ESBOÇO GERAL
Introdução
I – Uma perspectiva bíblica da política
II – A separação do estado da igreja: uma herança protestante
III – Como o cristão deve lidar com a política
Conclusão
OBJETIVO GERALMostrar que a política faz parte da vida em sociedade e que o crente deve ter consciência política.
Ética Cristã e Política
Pr. Douglas Baptista
As Escrituras registram a liderança política de grandes personagens bíblicos, entre eles, José como governador do Egito (At 7.10) e Ester como a rainha da Pérsia e da Média (Et 5.2). Contudo, apesar desses exemplos, por muitas décadas a política foi satanizada no meio evangélico. Como resultado, a Igreja permitiu com sua omissão, que o Poder Público fosse exercido por ateus, ímpios e imorais. Pela inexistência de consciência política, os evangélicos se resignavam em votar no candidato “menos pior”. Esse comportamento desastroso contribuiu com a eleição, por exemplo, de governos formados por “feministas radicais”, “defensores da imoralidade”, “articuladores pró-aborto”, “manipuladores de dados” e “opositores da liberdade religiosa”. Porém, diante do cerceamento de algumas liberdades, a Igreja passou a despertar para a realidade política.
As mudanças e as transformações sociais passam pelo processo político. Por que então não eleger candidatos que reproduzam a moral e a ética cristã? Por que não apoiar políticos que rejeitam as leis contrárias aos princípios cristãos? Para que isso seja possível, faz-se necessário que a Igreja amadureça e desfrute de “consciência política”. A Igreja deve ser educada e alertada sobre as questões debatidas em todas as esferas dos poderes constituídos. Essa conscientização tem florescido em muitas igrejas, e os evangélicos, antes marginalizados pelos políticos, começaram a experimentar o poder do voto nas urnas.
Mercê dessa realidade, um movimento cada vez maior acredita que é possível moralizar o poder público, substituindo os políticos corruptos por políticos cristãos e conservadores. Em contrapartida, para vencer suas batalhas, a Igreja não depende exclusivamente da força política, embora não deva subestimá-la ou negligenciá-la. É a presença da Igreja de Cristo na sociedade que detém a espada do juízo divino sobre os cidadãos da terra. As advertências bíblicas sobre o papel do povo de Deus na restauração da nação incluem clamor e consagração (2 Cr 7.14).
I. CONCEITO GERAL DE POLÍTICAA conotação do termo política é muito abrangente. Envolve as formas de governo e o Estado. A palavra é carregada de significados e também está relacionada ao cidadão. Indica não apenas os procedimentos de governar e organizar o Estado, mas também os direitos e deveres do cidadão em participar, concordar ou discordar do governo. Basicamente, são “gestos, decisões e movimentos dirigidos para o exercício do poder” (BOMENY, 2014, p. 55).

1. Origem e Conceito de Política
A política nasceu na Grécia Antiga como a “ciência ou arte de governar”. O surgimento da pólis (cidade-estado) constituída por um aglomerado de cidadãos livres, que abrangia toda a vida pública e social, despertou a necessidade de como deveria ser governada a pólis. O filósofo grego Platão é considerado o pai da política. A obra intitulada República (380 a.C.), escrita por ele, foi a primeira a tratar de forma de governo, dos papéis e da conduta do Estado.
2. As Formas de Governo
O filósofo Aristóteles (384-322 a.C.) dividiu a organização do Estado em três formas: monarquia — poder centrado em uma pessoa; aristocracia — poder centrado em um grupo; e democracia — poder centrado na maioria. Para Aristóteles, um bom governo deve visar ao bem comum e ao interesse da coletividade, e isso não depende do número de pessoas que exercem o poder ou se elas possuem ou não capacidade adequada. Não obstante, o filósofo advertiu que toda forma de governo pode ser corrompida: a monarquia pode degenerar em tirania (interesse próprio); a aristocracia pode degenerar em oligarquia (interesse de um grupo); e a democracia pode degenerar em demagogia (interesse de uma ideologia). Nicolau Maquiavel (1469-1527), italiano famoso da época do Renascimento, classificou as formas de governo em República e Monarquia. A República classifica-se em “presidencial”, em que o presidente ocupa a função de Chefe de Estado e Chefe de Governo, e a “parlamentar”, em que as funções são divididas, ficando o presidente com a função de Chefe de Estado e o Conselho de Ministros com a chefia de governo. O modelo brasileiro é República Presidencial.

O governo brasileiro
A colonização do Brasil ocorreu por meio das capitanias hereditárias, que consistia em doze porções de terra às margens do nosso litoral. Esse sistema de governança não prosperou, pois as medidas dos donatários eram independentes entre si e visavam apenas ao lucro próprio. Nesse período, o Brasil era colônia de Portugal. Com a vinda de D. João VI ao Brasil (1808), instalou-se no país o governo monárquico. Anos mais tarde, D. João VI retornou a Portugal e deixou seu filho, D. Pedro, como príncipe regente. Em 7 de setembro de 1822, D. Pedro proclamou a independência, adotando o nome de “Imperio do Brazil”, dando continuidade à monarquia. Décadas depois, em 1889, o Marechal Deodoro da Fonseca e seus apoiadores assumiram o poder, e a partir de então o Brasil tornou-se uma república. O novo governo adotou o sistema presidencialista. Embora esse seja o nosso sistema preponderante, houve um período de parlamentarismo (1961-1963). Ainda, em 1993 foi realizado um plebiscito para que a população escolhesse entre “presidencialismo” ou “parlamentarismo”. Com 55,4% dos votos válidos, os cidadãos brasileiros escolheram o presidencialismo. Nesse plebiscito também foi ratificada nossa posição a respeito da forma de governo, a República (SILVA, 2005, p. 102).

3. O Estado e a Política
O Estado tem como função garantir, por meio de políticas públicas, as condições necessárias para a vida digna de uma determinada sociedade. Nesse contexto, a obrigação do Estado depende da forma de governo e das leis que regulamentam os deveres e os direitos dos cidadãos e de seus governantes. Desse modo, o exercício do poder político legítimo é uma atividade própria do Estado.

O Estado brasileiro
No dia 5 de outubro de 1988 foi promulgada em nosso país a Constituição da República em vigor, a denominada “constituição cidadã”. Nesse documento político-jurídico estão asseguradas garantias aos cidadãos brasileiros. No artigo terceiro, o texto constitucional apresenta seus objetivos, que são:
(I) “construir uma sociedade livre, justa e solidária”,
(II) “garantir o desenvolvimento nacional”. Nossa teoria está perfeita, porém, na prática, o Brasil não observa a própria constituição. Por exemplo, o governo gastou mais de 25 bilhões de reais na organização da Copa do Mundo (BRANDÃO, dez. 2014), entretanto, o investimento com saneamento básico nesse mesmo período nem sequer chegou à metade desse capital (BARBOSA, jul. 2016);
(III) “erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais”. Ao contrário desse preceito, conforme dados do Banco Mundial, o número de pessoas vivendo na pobreza no Brasil deverá aumentar entre 2,5 milhões e 3,6 milhões até o fim de 2017 (WELLE, Fev. 2017). Em contrapartida, calcula-se que o Brasil perverta cerca de R$ 200 bilhões com corrupção anualmente (LEOPOLDO, Fev. 2017). Sem dúvida alguma, esse dinheiro ampararia as famílias carentes e pobres de nossa pátria;
(IV) “promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação”. Apesar da clareza do texto constitucional, as últimas legislaturas no âmbito federal, por razões ideológicas, incitaram em nosso país uma intolerância aos que pensam de modo diferente. O objetivo do Estado é promover “o bem de todos”; não obstante, os cristãos que se posicionam contrários à prática do aborto, à legalização da maconha e jogos de azar ou ao casamento homoafetivo são discriminados, por parcela de representantes do poder público, como sendo “homofóbicos”, “fascistas”, “intolerantes” e outros termos depreciativos. Essa conduta caracteriza o desvirtuamento da intenção constitucional. 
4. O Estado e a Bíblia
O Novo Testamento retrata o Estado como instrumento ordenado por Deus (Rm 13.1). Os que resistem ao Estado resistem a Deus (Rm 13.2). O Estado é servo do Altíssimo para aplicar a justiça (Rm 13.4). O Estado não é problema para os que fazem o bem, apenas para os que fazem o mal (Rm 13.4). É licito pagar tributos e impostos ao Estado (Rm 13.6,7). O Estado deve louvar aquele que faz o bem (1 Pe 2.14), e o cristão deve orar pelas autoridades que constituem o Estado (1 Tm 2.2).
Os deveres do cristão
É fato que o cristão também é um cidadão e, portanto, sujeito aos deveres e direitos inerentes à sua cidadania. Todavia, o Estado e a Igreja possuem papéis diferentes, e o cristão possui responsabilidade para com ambos, segundo as palavras de risto: “Dai, pois, a César o que é de César e a Deus, o que é de Deus” (Lc 20.25). O apóstolo Paulo enfatiza a submissão e a cooperação dos crentes às autoridades constituídas. As Escrituras declaram que toda autoridade humana é derivada da autoridade de Deus e que ninguém deve rebelar-se contra quem Deus constituiu (Rm 13.1,2). Porém, com respeito a essa afirmação paulina, para dirimir dúvidas, convém esclarecer que os deveres do cristão para com o Estado não implicam uma submissão absoluta, acrítica ou incondicional. Temos o dever de respeitar e cumprir as leis, pagar impostos e tributos, honrar, amar e interceder pelas autoridades. De outro lado, requer-se que o Estado não seja totalitário, antibíblico, anarquista, imoral ou antiético. Quando as vontades do Estado emanadas por suas leis e a vontade divina revelada nas Escrituras entram em conflito, “mais importa obedecer a Deus do que aos homens” (At 5.29). O cristão deve exercer sua cidadania com temor e tremor, ciente de seus direitos e deveres. Apesar disso, a verdade cristã não pode ser relativizada para acomodar-se aos ditames de um Estado ateu ou anticristão.

II. A SEPARAÇÃO DO ESTADO E A IGREJA: UMA HERANÇA PROTESTANTE
O conceito de Estado laico é compreendido como a separação entre o Estado e a Igreja. Significa que um não pode interferir nas atividades do outro e vice-versa. Foi a partir da Reforma Protestante, deflagrada por Lutero em 1517, que se quebrou o monopólio exercido pelo catolicismo na Europa Ocidental e se estabeleceram as bases para a “tolerância religiosa” e a separação da Igreja do Estado.

1. A União entre a Igreja e o Estado
No ano 313, Constantino e Licínio, imperadores no Ocidente e do Oriente respectivamente, promulgam o Édito de Milão. O decreto outorgou liberdade e tolerância religiosa aos cristãos no Império Romano. O imperador Teodósio, decretou, em 380 d.C. o Édito de Tessalônica, estabelecendo o cristianismo como religião oficial do império. O Édito prometia vingança divina e castigo do Estado aos que não aderissem à lei. A partir de então, a união entre a Igreja e o Estado passou a ser indiscutível.

O desvirtuamento do papel da Igreja
Em 324, Constantino torna-se o único imperador romano e deu início ao “Império Cristão” (COMBY, 2001, p. 71). O imperador adota o título de pontifex maximus — chefe da religião tradicional. A igreja cristã une-se ao Estado. O imperador presta favores ao clero e a igreja recorre ao imperador para resolver suas querelas. O concílio de Niceia (325 d.C.), por exemplo, foi convocado e presidido pelo imperador para tratar da controvérsia ariana. No final do IV século, o Império Romano foi dividido em duas partes. Durante o V século, o império no Ocidente desapareceu. O império no Oriente sobreviveu por dez séculos. Ao se desmoronar o Império Romano, que era a unidade política, persistiu o Império religioso através de toda a Idade Média. No período medieval, o poder político estatal estava subordinado ao poder da igreja. O papa delegava ao imperador o ofício de ser o “braço material da igreja”. No período de transição da Idade Média e Tempos Modernos, a religião católica permaneceu com grande influência na vida econômica, social e política do mundo civilizado. O Estado apoiava-se na igreja em busca de legitimação, e assim, a igreja superava o poder do Estado (ARRUDA, 1982, p. 32).

2. A Separação entre a Igreja e o Estado
Ao fim da Idade Média, os ideais humanistas valorizavam os direitos individuais do cidadão e isso despertou nos cristãos a necessidade de reformar a igreja, especialmente o clero. Os abusos de Roma e a venda das indulgências deflagraram a Reforma Protestante. O monge Martinho Lutero rompeu com o catolicismo e gradualmente os conceitos de liberdade, tolerância religiosa e separação entre igreja e Estado foram alçados ao status de direito fundamental (CHEHOUD, 2012, p. 33).

O papel da independência dos Estados Unidos
A influência da filosofia iluminista, somada a fatores culturais e a política de repressão adotada pela Inglaterra incitaram a Independência dos Estados Unidos. As “Leis Intoleráveis” provocaram a convocação do Primeiro e Segundo Congresso Continental de Filadélfia. George Washington foi nomeado comandante do Exército e Thomas Jefferson, em 4 de julho de 1776, redigiu a Declaração da Independência. Em 1787, a primeira Constituição dos Estados Unidos foi promulgada. Adotou-se o regime republicano presidencialista com a divisão e independência dos três poderes, conforme a teoria iluminista de Montesquieu e Rousseau. Na primeira das dez emendas da Constituição americana, há duas cláusulas sobre religião. A primeira garante o livre exercício da religião, e a segunda, o princípio da separação entre o Estado e as confissões religiosas. Pela primeira vez, a liberdade de religião e o conceito de laicidade aparecem numa Constituição. A Independência dos Estados Unidos deu início a um movimento revolucionário global.

3. O Modelo de Estado Laico Brasileiro
A Constituição do Brasil outorga ao cidadão plena liberdade de crença e garante o livre exercício dos cultos e liturgias, além da proteção aos locais de adoração (Art. 5º). No artigo dezenove, está definida a separação entre o Estado e a igreja, mas ressalva na forma da lei, a colaboração de interesse público. Assim, a laicidade brasileira não é a de separação absoluta entre o Estado e a igreja, e sim a de uma separação relativa. Desse modo, o Estado brasileiro, embora laico, não é ateu.

O debate atual de laicidade
Muitos questionamentos têm surgido a partir da prática nacional das tradições herdadas pelo grupo majoritário do catolicismo cristão, tais como: a invocação do nome de Deus no preâmbulo da Constituição Federal, a expressão “Deus seja louvado” nas cédulas do Real, o calendário público e anual organizado com feriados e celebrações essencialmente católico-cristãs (Sexta-Feira da Paixão, Páscoa, Corpus Christi, Festas Juninas, Padroeira do Brasil, Natal e outras), o usos dos símbolos religiosos, tais como o crucifixo, que ocupam diversos espaços da esfera pública e as imagens de “santos” que emolduram o acesso principal de milhares de municípios brasileiros. Por causa dessas questões, diversos projetos de cunho ideológico tramitam no Congresso Nacional e provocam acaloradas discussões entre adeptos de valores laicos e preceitos religiosos. Dentre os debates estão à criminalização da homofobia, tributação das igrejas, descriminalização do aborto, ensino religioso, ideologia de gênero, entre outros. O debate tem gerado tensas relações entre valores religiosos, conceitos laicos, política e direitos humanos.
Fundamentalismo laicista
Mercê desses questionamentos, observa-se o surgimento do “fundamentalismo laicista”, que luta pela eliminação de toda crença e de todos os valores religiosos, e especialmente combate a influência do cristianismo na constituição do espaço público. Programas de ação são elaborados para fazer triunfar a propagação de ideologias puramente laicas e contrárias à cultura judaico-cristã. Este debate tem sido travado no âmbito dos poderes constituídos com relevante embate na esfera legislativa e judiciária.

Diante desse debate, não se pode ignorar a importância, a força e a vitalidade da religião em nossa nação. A crescente secularização da sociedade não pode negar a persistência e o avanço das concepções e necessidades religiosas. O Estado laico não pode impor sua linguagem e nem impedir a prática ou a manifestação dos valores do cidadão religioso. É fundamental o equilíbrio e a mediação entre fé e as questões laicas, teológicas e éticas. Não se pode simplesmente restringir a presença da religiosidade nos espaços públicos. Em contrapartida, na opinião de muitos educadores, juristas e legisladores, por sua natureza laica, afirmam que o Estado deve ignorar os assuntos de fé como forma de proteger a liberdade de consciência, de crença e de culto.
III. COMO O CRISTÃO DEVE LIDAR COM A POLÍTICA
A Igreja de Cristo precisa tomar cuidado com a “politicagem” e definir com cuidado e temor a Deus a sua atuação e mobilização política. Não poucos crentes são contrários ao envolvimento ou a posição da Igreja em relação à política. Acreditam que a Igreja não pode comprometer-se com o poder temporal sob o risco dos escândalos. No entanto, o argumento dos escândalos não se sustenta, pois infelizmente eles são inevitáveis (Mt 18.7). O que a Igreja precisa é de equilíbrio e sabedoria para tratar essas questões e não ficar alienada acerca daquilo que acontece na vida em sociedade na qual está inserida e faz parte.

1. O Perigo da Politicagem
Os dicionários em geral conceituam politicagem como “política reles e mesquinha de interesses pessoais”. O perigo dos atos politiqueiros envolvendo os cristãos é colocar em descrédito o evangelho e a igreja. Assim, os políticos contrários às convicções cristãs não podem receber o apoio e nem o voto da igreja. No cristianismo primitivo, a Igreja em Corinto foi advertida a observar este princípio: “Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas?” (2 Co 6.14).

Um mal a ser combatido
Infelizmente, nesse quesito, alguns segmentos cristãos ludibriam e manipulam o rebanho do Senhor Jesus. Interessados em levar vantagem pessoal não hesitam em apoiar candidatos políticos corruptos e contrários à fé cristã. Vislumbram benefício econômico e “status” social. Sem nenhum pudor, estão interessados em manter ou adquirir privilégios para si ou para os seus e indispostos a sofrer retaliações por causa do evangelho. Não satisfeitos em apoiar candidatos de conduta repreensível, soma-se a esse erro o uso da mídia e do púlpito da igreja para angariar votos aos que praticam a iniquidade. Como cidadãos, temos o direito de votar e pedir voto para quem quisermos. Contudo, não podemos nos esquecer de que, como embaixadores de Cristo, representamos os interesse do Reino de Deus na terra. Portanto, não podemos permitir e nem promover apoio àqueles que afrontam o Reino de Deus.
2. Como Delimitar a Atuação da Igreja
Os princípios éticos devem ser estritamente observados. O púlpito da igreja não pode ser transformado em “palanque eleitoreiro”. A igreja precisa de conscientização política, contudo, não deve para tal propósito ocupar o espaço da Palavra ou da adoração em suas reuniões. A conscientização deve ser fundamentada em princípios cristãos. As propostas e as ideologias dos partidos políticos devem ser conhecidas e analisadas sob a ótica cristã. A postura, propostas e ideais do candidato precisam ser avaliados à luz das Escrituras Sagradas (Is 5.20).

A missão da Igreja
Não se pode confundir a cruz de Cristo com ideologias partidárias. A renovação política não pode ser substituída pela transformação espiritual. A degeneração da sociedade não será resolvida ou corrigida por uma série de leis que inibam a má conduta. Somente a propagação do evangelho de Jesus Cristo pode deter o declínio e a ruína moral de nossa sociedade. A igreja deve fazer oposição a qualquer lei que desrespeite a mensagem do evangelho. Precisa se mobilizar para erradicar os políticos corruptos nas esferas municipal, estadual, distrital e federal. Porém, a batalha nas urnas será constante. Se usarmos apenas a ferramenta política, com certeza venceremos umas batalhas e perderemos outras. Mas, se cumprirmos nosso papel de sal da terra e luz do mundo, o poder do evangelho pode desarraigar para sempre a iniquidade dos corações. Levantemos a bandeira da conscientização política e da mobilização evangélica, contudo, sem esquecermos que a nossa luta não é contra a carne e o sangue (Ef 6.12).

3. Ajustando o Foco da Igreja
O povo de Deus não pode limitar-se a fazer oposição e oferecer resistência à iniquidade no poder temporal. Não pode depositar sua confiança e esperança nas decisões políticas. As lideranças devem buscar e incentivar o avivamento espiritual. O avivamento liderado por John Wesley (1703-1791) trouxe mudanças sociais na Inglaterra. O mal a ser combatido é o pecado. Quando a mensagem de arrependimento for pregada ao mundo, então vidas serão transformadas. O Espírito Santo terá liberdade para convencer os ouvintes da verdade, da justiça e do juízo (Jo 16.8). Nossa nação sofrerá transformações sociais e espirituais.

A ação do Espírito Santo
Essa ação do Espírito Santo acontece quando a igreja se recusa a ser um mero clube de encontros e transforma-se em lugar de adoração. Com a liberdade concedida ao Espírito, pecados são confessados e abandonados. A velha natureza é substituída e ocorre radical transformação, e o caráter passa ser revestido “do novo homem, que, segundo Deus, é criado em verdadeira justiça e santidade” (Ef 4.24). Desse modo, quando a Igreja se deixar guiar total e plenamente pelo Espírito, então poderemos ser o sal da terra e a luz do mundo (Mt 5.13,14).

Quando certos líderes cristãos deixarem de se preocupar com o crescimento numérico desprovido de qualidade. Quando a disputa por audiência ou por poder for deixada de lado. Quando os embates para conquistar igreja maior ou mais rica forem abandonados. Quando o foco for ajustado ao cumprimento do Ide de Cristo (Mt 28.19). Quando o foco for ajustado para a unidade do corpo de Cristo (Jo 17.21). Quando os crentes começarem a viver para a glória de Deus (1 Co 10.31). Quando a ortodoxia cristã for defendida e proclamada (Jd 3). Quando tudo isso e muito mais acontecer por obra do Espírito, então será possível experimentar um avivamento espiritual. Nossa nação sofrerá transformações sociais e espirituais. E, acima de tudo, o nome do Senhor será glorificado “tendo o vosso viver honesto entre os gentios, para que, naquilo em que falam mal de vós, como de malfeitores, glorifiquem a Deus no Dia da visitação, pelas boas obras que em vós observem” (1 Pe 2.12).
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Adultos. Nossos subsídios estarão disponíveis toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não se trata de uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.