domingo, 2 de junho de 2019

Lição 09 - 2º Trimestre 2019 - Seja Santo, Fuja do Pecado - Jovens.

Lição 9 - Seja santo, fuja do pecado

2º Trimestre de 2019
Introdução
I-Um Modo de Vida Santificado
II-Fomos Chamados para Sermos Santos
Conclusão
Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivos:
Conscientizar da necessidade de um modo de vida santificado;
Mostrar que chamados para sermos santos.
Palavras-chave: Cobiça e soberba.
I. Delimitações ao Prazer Sexual em Levítico
Nesse tópico, analisaremos um livro do Pentateuco (Levítico) que trata de uma época do Oriente Antigo para se falar a respeito da sexualidade. Por isso, se faz necessário a contextualização, tendo em vista o período antigo para ser aplicado ao Novo Testamento e para a contemporaneidade. O texto em estudo faz parte de uma unidade conhecida como Código da Santidade prescrito para regrar principalmente o comportamento sexual do povo hebreu que vivia em um ambiente rural e com formação de grandes clãs familiares. O povo hebreu é escolhido para fazer a aliança com Deus e ser seu representante e o critério de aprovação era não praticar as mesmas imoralidades realizadas pelos povos vizinhos. Para isso, serão abordadas algumas práticas rudimentares, mas que infelizmente, mesmo que em proporções menores, se repete na sociedade atual.
Uma visão panorâmica sobre o livro de Levítico
De início, vem o questionamento: o que um livro da antiguidade pode nos ajudar sobre a sexualidade nos dias atuais? Interessante ressaltar que livros bíblicos do AT, como Levítico, têm despertado interesse não somente nos meios teológicos cristãos, mas de estudiosos de várias áreas, é evidente que em grande número para contestar os princípios defendidos pelo cristianismo. No entanto, quando se fala de sexualidade e religião, seja por um religioso ou não, a consulta ao livro de Levítico é obrigatória. A perícope que iremos estudar (Lv 18.6-24), dentre outros capítulos do livro, é uma das preferidas pela ênfase sobre as práticas sexuais consideradas impuras. Todavia, não se pode desconsiderar que o livro de Levítico precisa ser entendido em seu contexto veterotestamentário, ser aplicado à luz do NT e contextualizado na contemporaneidade. 
O livro de Levítico é dividido em duas partes principais: 1) os 15 primeiros capítulos tratam de modo geral de princípios e procedimentos sacrificiais que dizem respeito à remoção do pecado e à restauração da comunhão das pessoas com Deus; 2) os 11 últimos capítulos enfatizam a ética, a moral e a santidade (HARRISON, 1983, p. 12). Para nosso estudo, interessa a segunda parte. Especialmente Levítico 17—26, que formam uma unidade conhecida como o Código de Santidade, relacionado com passagens paralelas como Êxodo 21.13,14; Levítico 11.43,45 e Números 15.37-41. Uma leitura mais acurada de Levítico 18.6-30, no hebraico, nos níveis gramaticais, sintáticos e léxicos demonstrará uma ênfase impositiva marcada pela presença do pronome vós, na segunda pessoa do plural, masculino (vv. 24,26,28,30). O discurso traz como pano de fundo a comparação com os povos que habitavam anteriormente a mesma região geográfica. As proibições sempre foram dirigidas a pessoa no singular, a maioria na 2ª pessoa, masculino, singular. A lição de hoje, dará ênfase no perícope constituída das proibições, que foram escritas na segunda pessoa do singular (vv. 6-23) e no verso 24, que faz da perícope de exortações (vv. 24-30), também redigido na segunda pessoa do singular. A forma como o texto foi construído demonstra o cuidado para destinar a um povo específico e em determinado momento histórico.
Assim sendo, fica evidenciado que o texto trata da aliança do povo israelita com Yahweh, e tem como base o projeto de vida que Ele tem para essa nação que passa a representá-lo diante dos outros povos que estavam distantes do projeto de Deus. Por isso, as proibições e exortações para que os israelitas não se misturem com os demais povos, em especial, com suas práticas. Essa é razão do texto ser conhecido como Código da Santidade. Se o conteúdo for contextualizado, contribuirá com orientações para procedimentos de como santificar a sexualidade aos moldes do projeto de Deus para a humanidade.
Proibição de relações sexuais entre consanguíneos no clã familiar 
Para a maioria dos leitores atuais das proibições das relações sexuais entre parentes consanguíneos e de aliança de Levítico pode parecer desnecessárias, mas ninguém legisla sobre o que não acontece. Os israelitas tinham o estilo de vida nômade devido à vida camponesa e as questões da agricultura ainda não desenvolvidas. A convivência no clã das tribos envolvia as diversas famílias que o compunha. Os clãs eram unidades sociais básicas conhecidas como a “casa paterna”, que incluía entre três a cinco gerações, dezenas de pessoas consanguíneas convivendo juntas. Dessa forma, muitos parentes conviviam juntos em um mesmo espaço e constantemente de encontrando. Esse estilo de vida precisava de um regramento para se evitar excessos no comportamento, inclusive na área sexual. Quando as regras são transmitidas em nome de Yahweh (v.30), o povo da aliança não poderia ter dúvida de que se tratava do projeto divino para relacionamento sexual saudável entre os membros da comunidade. 
O texto de Levítico 18.6-18 lista uma série de proibições de prática de relações sexuais, em que se destacam o caso do incesto, ao se repetir várias vezes a expressão “carne de sua carne” ou “qualquer parenta”. As proibições são dadas ao chefe/cabeça do grupo familiar, que tem a responsabilidade pessoal e direta de fazer com que as regras sejam cumpridas e quando não, tomar as providências para amenizar as consequências dos fatos. 
Segundo Harrison (1983, pp. 171,172), “as várias proibições abrangem seis graus de parentesco de consanguinidade (vv.7,9,10,11,12,13), e oito de afinidade (vv. 8,14,15,16,17,18). Esses são casos representativos, naturalmente, e não esgotam todas as possíveis combinações ilícitas”. Para ele, a expressão “descobrir a nudez” é um sinônimo de relações sexuais, especialmente para relacionamento fora do casamento considerado genuíno.
As proibições incluíam também a relação sexual com a nora (v. 15), uma vez que mesmo após a morte do marido ou o divórcio, ela continuava sendo considerada como filha da família. A lei do levirato (Gn 38; Dt 25.5-10; Rt 4; Mt 22.23-33) criou uma exceção quando de tratava do casamento com a esposa de um irmão (v. 16). O objetivo era dar continuidade ao nome da família do marido falecido, que morresse sem filhos. Assim, ele teria a sua descendência por meio do irmão do falecido que poderia se casar com a viúva e manter a linhagem familiar com as proles. Outra exceção que acaba acontecendo é o casamento entre sobrinhos e tias: Naor e Milcah, filha de seu irmão Haran (Gn 11.29); Otoniel e Acsa, filha de Caleb (Js 15.17; Jz 1.13), por questões sociais e em situações em que a convivência seria em novo clã. Na época, o relacionamento sexual fora da instituição matrimonial já era proibido (Êx 22.15-16; Dt 22.18-29). O relacionamento sexual com a mãe, e a filha, ou a neta, em quaisquer circunstâncias, também era proibido, considerado prostituição por serem parentes próximas (v.17). Além do relacionamento com a cunhada, enquanto a irmã estivesse viva (v.18). Os antropólogos que estudam essas regras para evitar o incesto nas mais diversas sociedades não chegaram a uma conclusão firme quanto à sua origem. Harrison (1983, p. 173) afirma que: “De modo geral, os antropólogos pensam que as leis que regem o incesto parecem ter surgido ou para impedir os resultados desastrosos da procriação consanguínea, ou como resultado das limitações sobre tal atividade pela população”. No caso de Levítico é apresentado como uma santidade comunitária na área da conduta sexual, no entanto mesmo os mandamentos divinos são reflexos para regramento de comportamentos sociais, econômicos, de saúde, entre outros, para uma saudável e justa convivência em comunidade. Como exemplo dos fatores genéticos das relações incestuosas de primeiros ou segundos graus de consanguinidade.
Para resumir, o texto estudado, aliado a outros como Levítico 20.10-21 e Deuteronômio 23.1; 27.20,22,23 fornecem uma lista de proibições de relações sexuais: a) por consanguinidade:  a mãe, a madrasta ou as madrastas, as esposas dos tios paternos, as tias paternas e maternas (geração dos pais); as irmãs ou meias-irmãs (própria geração); e as netas (segunda geração seguinte); b) por aliança: a sogra ou as sogras, as cunhadas, as enteadas e suas filhas.
Proibição de relações sexuais de origem ritual 
Na antiguidade, existia uma relação muito forte entre a prática sexual e os rituais religiosos. Helminiak (1998, p.50) afiança que nos ritos de fertilidade, cuja “cerimônias supostamente envolviam rituais sexuais que, acreditava-se, traziam a bênção sobre as estações, as colheitas e os rebanhos. Provavelmente, fazer sexo com uma mulher em seu período menstrual era uma suposta prática da cidade de Canaã listada no Código de Santidade”. O versículo 21 parece destoar do restante do texto, pois fala da proibição de oferecer crianças israelitas para o deus cananeu chamado de Moloque (Lv 20.2-5; 2 Rs 23.10; Jr 32.35). No entanto, o contexto é de sacrifício de origem ritual.
A homossexualidade também tem sua relação com rituais religiosos. Essa prática era conhecida no Oriente Próximo desde o tempo antigo como forma de satisfação carnal. Harrinson (1983, p. 176) assevera que “tais atividades entre indivíduos do mesmo sexo parecem ter desempenhado algum papel na adoração cultual mesopotâmica, conforme é sugerido pelos deveres dos sacerdotes Assinnu e kurgarrú da deusa do amor e da guerra, Istar”. Os sacerdotes com objetivo de servir a deusa do amor e da guerra se tornavam eunucos. “Práticas sacrohomossexuais e a prostituição feminina dentro do contexto cultual eram, provavelmente, bem estabelecidas em todo o Oriente Próximo antigo antes de os israelitas ocuparem Canaã”. Helminiak (1998, p. 49) assevera que “O Levítico condenava o sexo homogenital como um crime religioso de idolatria e não como uma ofensa sexual, e era esta traição religiosa o que era considerado grave o suficiente para merecer a pena de morte”. No entanto, não se pode desconsiderar a promiscuidade sexual. Na realidade, era utilizado o pretexto religioso para fazer uso de práticas sexuais em busca de prazer. 
A homossexualidade é um tema pouco abordado na igreja, mas está presente no seu cotidiano. O relacionamento entre pessoas do mesmo sexo era conhecido como “homossexualismo”, definido pela medicina a partir do século XIX como uma doença fisiológica. Freud, no século XX, tratou como um desvio no desenvolvimento sexual, uma anormalidade funcional do ser humano. Até 1973, o conceito de doença física ou de ordem mental foi mantido. Todavia, neste ano, a Associação Psiquiátrica Americana (APA) desconsiderou a homossexualidade como uma patologia e passou a considera-la como uma orientação sexual. Assim, para a sociedade o conceito depende de uma construção sociocultural. Todavia, na Bíblia essa prática sempre foi condenada. Nos textos do AT, a homossexualidade era condenada de modo uniforme como abominação contra o projeto de vida de Yahweh, que era de geração de vida e não ao que se prestava à concupiscência da carne. Tanto que a condenação para tal prática era a pena de morte (Lv 20.13), o que demonstra a seriedade com que era tratado o assunto. No NT, entre outros textos que condenam a prática estão Romanos 1.27, 1 Coríntios 6.9 e 1 Timóteo 1.10.
Outra prática condenada era a bestialidade (v.23), que era comumente praticada entre os heteus, os babilônios, os egípcios e os cananeus. Em sentido contrário ao projeto de criação de Deus, conforme estudado em lições anteriores, em que o ser humano foi criado para dominar e preservar o restante da criação, podendo se relacionar sexualmente somente com sua própria espécie. A bestialidade era praticada por seres humanos em busca de prazeres nas relações sexuais com animais. Da mesma forma que outras práticas sexuais aqui descritas, a bestialidade também era punida entre os hebreus com a pena de morte (Êx 22.19; Lv 20.15,16). 
Interessante ressaltar que a abordagem dada para o assunto não é puramente de condenação as pessoas que praticam tais práticas. A reprovação bíblica é para a prática, o que não significa a rejeição das pessoas que as praticam, Deus sempre deixa o caminho aberto para todas as pessoas que se aproximam dEle.
1.1 Delimitação do Prazer Sexual no Âmbito do Casamento 
Nesta seção será destacada a diferença na interpretação do adultério pelas questões culturais entre o mundo bíblico e a contemporaneidade. Na sequência, será abordada a orientação paulina quanto à necessidade de santidade sexual também no âmbito do casamento.
O adultério no Antigo Testamento 
Ainda considerando o texto estudado anteriormente sobre Levítico, extraímos o versículo 20 que trata exclusivamente sobre o adultério. A intenção é destacar a titulo de exercício pedagógico que o adultério era condenado tanto no Antigo Testamento como também no Novo Testamento e na contemporaneidade, mas que existem as diferenças culturais que são interessantes para conhecimento sobre parte da história do sexo. 
O entendimento do adultério no Antigo Testamento era diferenciado do que conhecemos no Novo Testamento e o conceito atual, pois as culturas e o contexto social, econômico e político era outro. No AT, o adultério era considerado como sendo o ato sexual entre uma mulher casada ou noiva e um homem que não era seu marido. O ato não era uma ofensa apenas contra o marido, mas também envolvia prejuízo financeiro. Na cultura da época, a mulher era considerada uma espécie de propriedade do marido, pois era comprada por um dote pago ao seu pai. Além de ser a garantia do enriquecimento da propriedade do marido com a expansão da família, considerada mão de obra para os trabalhos nas propriedades da família. A pena para o esse delito era a morte (Lv 20.10; Dt 22.22). Portanto, a lei era severa contra o pecado do adultério no Antigo Testamento. O pastor Esequias Soares afirma que, todavia, ao longo do tempo essa regra foi se afrouxando:
Alguns princípios da lei de Moisés jamais foram observados, como, por exemplo, o ano do jubileu (Lv 25.8-55) que, à luz de 2 Crônicas 36.21, o povo havia esquecido. Com relação ao adultério, parece que nos primeiros séculos da história de Israel essa punição foi se afrouxando e aos poucos deixou de ser observada, salvo em casos esporádicos. No livro do profeta Oseias tem-se a impressão de que essa prática estava abandonada no reino do Norte, mas o profeta Ezequiel ainda menciona essa sanção da lei mosaica (16,38-40). No período interbíblico, segundo a Enciclopédia Histórico-Teológica da Igreja Cristã, essa prática deixou de ser observada (p. 482). O episódio da mulher adúltera, registrado em João 8.1-11, foi uma anomalia. A lei existia, mas ninguém ousava colocá-la em prática. Os escribas e fariseus pressionaram a Jesus, com o único objetivo de atingi-lo. A aplicação dessa lei era logo anormal, e, além disso, a Ele trouxeram apenas a mulher, ignorando o seu parceiro, o que também contrariava os princípios legais. Quando essa disciplina foi totalmente abandonada, é assunto obscuro. [...] Por causa da influência pagã, os judeus não executavam os adúlteros. (SOARES, 2017, p. 61)
Como visto, o tempo encarregou-se de abrandar a penalidade contra a prática do adultério, mas continuava sendo considerada uma atitude veemente reprovada pela comunidade judaica, principalmente quanto à mulher. O objetivo da prescrição era o reforço aos valores familiares, visando a sua estabilidade e segurança, além das questões econômicas já citadas. 
A vontade de Deus é que o cristão se abstenha da prostituição 
Uma das questões que são recorrentes quando se fala sobre a prostituição mencionada na Bíblia é com relação ao seu conceito, quanto a expressão grega que é traduzida para o português. Dois termos são utilizados para definir as relações sexuais ilícitas: porneiamoicheia. Porneia trata o tema de maneira mais genérica e, geralmente, não é muito específica, dependendo unicamente do contexto para se induzir a tradução, por isso se percebe nas diversas traduções. Ela pode ser utilizada para se referir à prática sexual ilícita entre pessoas solteiras, como para outras práticas sexuais condenadas na Bíblia: pessoa casada com uma solteira (Mt 5.32; 19.9); qualquer tipo de imoralidade sexual, entre outras (1 Co 5.11; 6.9; 7.2; Gl 5.19; Ef 5.3; Cl 3.15). Quando utilizado o verbo porneuo tem o sentido de imoralidade sexual de forma genérica. Dentre as traduções possíveis, o termo porneia também é traduzido por adultério. No entanto, mais apropriado por ser específico para essa tradução é o substantivo moicheia e o verbo moicheuo. Desse modo, de forma resumida, o substantivo porneia não tem um significado específico, portanto utilizado de forma genérica para identificar várias práticas de promiscuidade sexual, enquanto o substantivo moicheia é utilizado de forma mais específica para identificar o adultério, que envolve no mínimo uma pessoa casada. 
Em 1 Tessalonicenses 4, Paulo faz um apelo incisivo “rogamos e exortamos no Senhor Jesus”. Ele reconhece a comunhão de irmandade com os tessalonicenses, como família de Deus, demonstrando assim o amor com que adverte a comunidade, com vistas à santificação e preparação dos seus membros para viver segundo a vontade de Deus. Ele o faz para demonstrar o quanto é importante e sério o que tem para falar na sequência, considerando o seu zelo com o evangelho. O líder nessa situação, às vezes, fica tenso porque sabe que a palavra pode não agradar e não ser o que os expectadores esperam, mas tem a certeza de que é o que eles precisam ouvir para se livrarem da perda do sentido da vida. 
A advertência de Paulo era para que se lembrassem das orientações já recebidas anteriormente, visto que alguns estavam desfazendo do que ele havia ensinado e seguindo caminhos diferentes, fora do projeto de Deus. 1 Tessalonicenses 4.2 afirma “porque vós bem sabeis que mandamentos vos temos dado pelo Senhor Jesus”. Assim, Paulo chama a autoridade dada por Deus para deixar claro que não era coisa de sua cabeça, mas algo vindo diretamente do Espírito de Deus devido ao seu cuidado de orientar seu povo no caminho a ser seguido. Então, não era uma questão de capricho pessoal, ou seja, de que suas palavras teriam que ser ouvidas devido à sua liderança eclesial. A preocupação de Paulo era de que as pessoas deviam seguir as orientações dadas porque eram importantes para a manutenção da salvação. Em uma situação como essa, um líder sofre devido à sua responsabilidade e comprometimento com o Reino de Deus; sabe que não tem como exigir que as pessoas façam exatamente o que lhes recomenda; sabe que se não fizerem terão um prejuízo significativo na vida espiritual e as consequências definirão seu destino eterno. No entanto, o líder tem que fazer o que está ao seu alcance, alertar, neste caso, até rogar e exortar, esperando que alguns deem ouvido à palavra dita. 
Quando Paulo diz a maneira como convém andar e agradar a Deus, se refere à conduta pessoal, o estilo de vida e o comportamento tanto entre a comunidade de fé como na sociedade em geral. Isso estando o cristão presente ou na ausente (Fp 1.27), pois feliz é aquele que teme ao Senhor e anda nos seus caminhos (Sl 128.1). Essa felicidade não é ausência de conflitos e sofrimentos (Jo 16.33), mas é a convicção de que estando no caminho do projeto de Deus, no final, tudo será de acordo com a vontade. Portanto, vale a pena superar as tentações de agradar o mundo e andar pelo caminho que agrada a Deus, mesmo que pareça o mais difícil, pois quem ama o mundo o amor de Deus não está nele (1 Jo 2.15).
As delimitações sexuais no matrimônio cristão 
Paulo, depois de rogar e exortar com veemência para receber a atenção dos seus ouvintes, apresenta o assunto que considera fundamental para se andar de acordo com a vontade de Deus. Ele não estava falando simplesmente por falar, por certo, distorções estavam havendo no seio da comunidade que se dizia cristã e representante de Deus na terra. Ele apresenta qual é a vontade de Deus: “a vossa santificação”. O cristão pode perguntar se a Bíblia nos garante a justificação por meio da fé em Cristo, porque a exortação de se santificar? Quando a pessoa se entrega a Cristo, reconhecendo como seu Senhor e como o meio de religação com Deus, imediatamente é justificado. Evidente, que não são por seus méritos, mas pelos méritos de Cristo, simplesmente pelo reconhecimento de seu sacrifício, confissão e submissão diante de Deus. Todavia, uma vez tornado santo, essa situação para ser mantida depende da atitude da nova criatura formada por meio do poder do Evangelho de Cristo. Nesse momento, a santificação se torna um processo contínuo na vida do cristão. Se não fosse assim, não haveria motivo para Paulo exortar os tessalonicenses para cuidar com a vontade de Deus, que era a santificação 1
Na sequência, Paulo explica no que eles deveriam se santificar. Entende-se que nessa área específica é que havia distúrbios de comportamento, considerando a maneira correta de se portar, conforme Paulo já havia mencionado de ensinos anteriores. Ele especifica: “que vos abstenhais da prostituição, que cada um de vós saiba possuir o seu vaso em santificação e honra, não na paixão de concupiscência, como os gentios, que não conhecem a Deus”. O relatório recebido de Timóteo devia apontar que práticas de promiscuidade sexual estavam sendo cometidas, a exemplo do estilo de vida de seus patrícios, que não andavam segundo a vontade de Deus, mas de acordo com suas próprias concupiscências, comum no ambiente greco-romano (homossexualismo, abusos sexuais, orgias, pedofilia, entre outras práticas). Elinaldo Renovato faz menção às dúvidas de alguns cristãos sobre as práticas sexuais permitidas em relação ao que o mundo secular pratica. Renovato (2005, pp. 78,79) afirma que o cristão “não deve imitar os ímpios, cuja prática sexual envolve um comportamento lascivo, que pode ser comparada à prostituição, onde se praticam todo tipo de abominações e outras formas não naturais de sexo, contrariando o princípio da santidade (ver Ct 2.6 e 8.3)”.
O que chama mais atenção na advertência é que Paulo não esta falando de um ambiente externo ao lar, ele fala de “possuir o seu vaso em santificação”. Existem duas interpretações possíveis nesta afirmação: a) o vaso como o corpo do cônjuge, como em 1 Pedro 3.7 “Igualmente vós, maridos, coabitai com ela com entendimento, dando honra à mulher, como vaso mais fraco; como sendo vós os seus coerdeiros da graça da vida; para que não sejam impedidas as vossas orações”; b) como o próprio corpo do cristão (Rm 6.13; 1 Co 9.27). Independente da interpretação específica do texto, as duas situações são impactantes e devem ser observadas, pois os dois conceitos são previstos nos textos referendados, portanto um mandamento bíblico. No primeiro caso, aprendemos que o fato estar casado não dá plena liberdade para se fazer sexo com o cônjuge como queira. Faz-se necessário que seja com entendimento, respeito e devida honra. Não como se fosse um objeto de prazer que deve estar ao seu comando pessoal. Infelizmente, existem estupros e abusos sexuais dentro do próprio matrimônio. Pessoas, que estão se condenando dentro das quatro paredes de seu quarto, oprimindo o seu cônjuge como se fosse sua propriedade exclusiva de prazer de forma incondicional. O segundo caso, já foi abordado em outros pontos do livro, é a entrega do corpo que foi separado a Deus para cometer imoralidades sexuais fora do casamento. Os dois episódios são condenados pela Bíblia. Portanto, dentro do próprio casamento também há delimitações no comportamento sexual.
*Adquira o livro do trimestre. NEVES, Natalino. Cobiça e Orgulho: Combatendo o desejo da Carne, o Desejo dos Olhos e a Soberba da Vida. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2018.
Que Deus o(a) abençoe.
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista Lições Bíblicas Jovens

 Para maiores detalhes sobre a Doutrina da Salvação consultar o meu livro Justiça e Graça, listado nas referências deste livro.

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Lição 09 - 2º Trimestre 2019 - A Arca da Aliança - Adultos.

Lição 9 - A Arca da Aliança

2º Trimestre de 2019
ESBOÇO 
I – A DESCRIÇÃO DA ARCA DA ALIANÇA (ÊX 25.10)
II – O PROPICIATÓRIO DA ARCA (Êx 25.17-21)
III – OS ELEMENTOS SAGRADOS DENTRO DA ARCA 
Elienai Cabral 
A Arca da Aliança era um móvel nobre que tinha a madeira de cetim na sua estrutura interior e era coberta com uma lâmina de ouro maciço, tanto por fora quanto por dentro. O ouro simboliza a Deidade, e a madeira de cetim, a humanidade de Jesus.
Do ponto de vista da doutrina da expiação, entende-se que a Arca e seu Propiciatório representam a obra expiatória que Cristo realizou no Calvário. Quando o pecador entra no Pátio (ou Átrio) do Tabernáculo, iniciam-se os seus passos no “caminho para o Santuário” (Hb 9.8). Ele começa sua caminhada entrando pela porta de acesso ao Pátio, que fica na parte exterior do Tabernáculo, e, através do sacerdote, seu representante, o pecador depara-se com o Altar de Sacrifícios. Logo depois, ele passa pela Pia Lavatório (a fonte de bronze). Esses elementos materiais falam-nos da cruz de Cristo, o qual foi a verdadeira vítima, que se ofereceu pelos nossos pecados. 
Ao entrar na parte interior do Santuário, depois do Altar de Sacrifícios e da Pia Lavatório, o pecador entra no Lugar Santo através do sacerdote e depara-se com três móveis especiais: (1) a mesa dos Pães da Proposição, (2) o Castiçal de ouro com sete lâmpadas e (3) o Altar de Incenso, onde o sacerdote ministra o culto de comunhão e gratidão a Deus, que está no Lugar Santíssimo (ver 1 Jo 1.3,7).
Depois do Lugar Santo, está o Lugar Santíssimo, vedado por um véu. Só é possível ultrapassá-lo mediante o sangue da expiação nas mãos do sumo sacerdote. Na tipologia bíblica, nesse contexto, Jesus tornou-se nosso Cordeiro expiatório e com o seu próprio sangue tornou-se Sumo Sacerdote para ministrar diante do Pai junto ao Propiciatório (ver Hb 6.18-20). 
I – DESCRIÇÃO DA ARCA DA ALIANÇA (ÊX 25.10)
A Arca é o único móvel dentro do recinto do Lugar Santíssimo. Ao longo da vida religiosa do povo de Israel, a Arca recebeu vários nomes, que não sofrem qualquer mudança no significado geral; apenas descrevem e abrem o leque da compreensão para entendermos mais sobre ela. 
Nomes Dados a Arca
A designação dada à Arca tem a ver com o vocábulo hebraico arown beriyth, que significa “cofre, casa de madeira, baú, arca. Era o objeto mais valioso de todos os objetos do Tabernáculo, porque ocupava o primeiro lugar na vida religiosa de Israel. Os diferentes nomes não anulam os vários significados, porque todos objetivam mostrar a glória de Deus dentro do Lugar Santíssimo. 
Esses nomes são identificados como:
• A Arca da Deus
• A Arca do Senhor
• A Arca de Jeová
• A Arca do Pacto
• A Arca do Testemunho
• A Arca da Aliança
A Arca, portanto, aparece como o mais importante de todos os móveis do Tabernáculo e como o tesouro mais apreciado e reverenciado em Israel. Nela se culminam todos os rituais, desde o Altar de Sacrifícios, da Pia Lavatório e dos objetos do Lugar Santo.    
A Construção da Arca (Êx 25.10,11)
De todos os objetos feitos por Bezalel e Aoliabe, o mais valioso e sagrado em toda a estrutura do Tabernáculo era a Arca da Aliança. Sua feitura exigia um trabalho perfeito com todos os materiais empregados. A Arca foi feita com madeira de cetim (ou de acácia) na sua estrutura interna e revestida de ouro puro por dentro e por fora (Êx 25.10,11). A medida da Arca era retangular e tinha 2,5 côvados de comprimento, 1,5 côvado de largura e 1,5 côvado de altura. Essas medidas equivalem a 1,25 m de comprimento, 75 cm de altura e 75 cm de largura. São números arredondados que não comprometem a sua importância. A madeira de cetim não ficava exposta, e tudo o que podia ser visto era o ouro. Por isso, é a mais perfeita tipologia de Jesus Cristo, revelando, assim, suas duas naturezas, a humana e a divina. A madeira revelava a humanidade assumida de Jesus, que foi plenamente homem, e o ouro por cima da madeira representava a sua divindade.  
A Revelação Figurada da Dupla Natureza de Cristo
O ouro, que cobria totalmente a madeira interna, revelava sua divindade, pois Ele era plenamente divino (Hb 1). A madeira simbolizava sua natureza humana (Hb 2). Essas duas naturezas permanecem distintas, embora estejam unidas em uma só Pessoa — Deus e homem, juntos em uma só pessoa. Ele é o primogênito de toda a nova criação. Seu nome é Emanuel, isto é, Deus conosco. Ele é a Palavra que se fez carne, o Deus-Homem, o Senhor Jesus Cristo (ver Mt 1.21,23; Is 7.14; 9.6 e Jo 1.14). Portanto, em seu ministério terrestre, Jesus foi revelado como homem, e foi como homem que Ele submeteu-se à obra expiatória no Calvário para resgatar o homem do pecado (Jo 1.14; Rm 5.8). Ele nunca deixou de ser Deus, mas, ao assumir a humanidade, assim o fez plenamente. Paulo escreveu a Timóteo e referiu-se a Jesus como “aquele que se manifestou em carne” (1 Tm 3.16). Ele não se dividiu em 50% Deus e 50% homem. Não! Ele foi 100% homem, e foi como tal que operou seus milagres sob o poder do Espírito Santo, tendo morrido e ressuscitado como ser humano para garantir uma obra perfeita. A madeira interior da Arca representa sua humanidade, e o ouro, por dentro e por fora, sua divindade. 
Texto extraído da obra “O TABERNÁCULO”, editada pela CPAD. 
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quinta-feira, 23 de maio de 2019

Lição 08 - 2º Trimestre 2019 - O Papai do Céu me dá Alegria - Berçário.

Lição 08 - O Papai do Céu me dá alegria!

2º Trimestre de 2019
Objetivo da lição: Levar a criança a reconhecer, através das atividades e exposições, que o Papai do Céu nos dá alegria.
É hora do versículo: “Tenham sempre alegria [...]” (Fp 4.4).
Nesta lição, as crianças reconhecerão que o Papai do Céu nos dá alegria. Mas como elas, tão pequeninas, serão capazes disso?  
Ajude as crianças, através de fotos de bebês, a identificarem aqueles que estão sorrindo. Certamente um bebê sorri quando está alegre, nesta fase ele não sabe disfarçar o que está sentindo. Brinque com o bebê, finja que está chorando, escondendo o rosto e em seguida sorria, afirmando que o Papai do Céu nos dá alegria!
Faça uma cópia da imagem abaixo, mostre para o bebê e peça para apontar qual bebê está feliz e peça que repita: O Papai do Céu me dá alegria!
bebetristeealegre.bercario.licao8 
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Berçário

Lição 08 - 2º Trimestre 2019 - Quando eu Oro, o Papai do Céu me Protege - Maternal.

Lição 8 - Quando eu oro, o Papai do Céu me Protege

2º Trimestre de 2019
Objetivo da lição: Que o aluno compreenda que precisamos orar pedindo proteção e que Deus nos protege. 
Para guardar no coração: “O Senhor guardará você” [...] (Sl 127.7).
Perfil da criança
“Uma das necessidades básicas da criança de 3 e 4 anos é a segurança. E nada lhes suprirá mais perfeitamente esta carência que conhecer pessoalmente a Deus como o Pai amoroso, forte, protetor e provedor. Infelizmente, muitas criancinhas já vivem situações de risco, e sentem-se ameaçadas pela maldade de algum familiar ou pela violência do bairro onde moram. E mesmo aquelas que desfrutam da bênção de um lar saudável e de uma vida sem sustos não estão isentas de experimentar medo. Nesta idade, a sua imaginação é muito fértil, e os temores imaginários são-lhe tão perturbadores quanto os reais. Todas elas, pois, não importa onde e como vivam, precisam saber que Deus está ali, ao alcance da sua voz ou do seu pensamento, amando-as e protegendo-as” (Marta Doreto). 
Ideias para a aula
“Pegue um guarda-chuva (verdadeiro). Pergunte às crianças: Quem já sentiu medo alguma vez? Medo de que? As respostas serão variadas: medo do escuro, de chuva, de trovão, de ficar em casa quando a mamãe vai trabalhar, de cachorro bravo, de ficar na creche, do papai brigar com a mamãe, do pai ou tio chegar bêbado, etc (nem todas vêm de famílias completamente salvas).
Dê atenção particular a cada resposta, e assegure-lhes: O Papai do Céu é forte e poderoso. Ele protege você de todas as coisas ruins e que dão medo.
Comece a “brincadeira do guarda-chuva” com um de seus auxiliares, e depois repita-a com algumas das crianças que se oferecerem espontaneamente.
A criança voluntária deve abrigar-se encolhida sob o guarda-chuva e atrás dele, como se fosse um escudo, enquanto as demais tentam atingi-la com bolinhas de papel ou isopor, aviõezinhos de papel, e borrifos de água (molhando a mão na vasilha de água).
Viu como a bolinha não acertou o Gabriel? Assim como o guarda-chuva o protegeu da bolinha, Deus protege você do trovão, do cachorro...  Viu como o aviãozinho não atingiu a Juliana? Assim também Deus protege você das pessoas malvadas... Borrife água no guarda-chuva: Viu como o chuvisco não molhou a Priscila? Da mesma forma, Deus protege você das doenças, dos acidentes...” (Marta Doreto).
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista de Maternal 

Lição 08 - 2º Trimestre 2019 - Um Cego Volta a Ver - Jd. Infância.

Lição 8 - Um cego volta a ver

2º Trimestre de 2019
Objetivos: Os alunos deverão cultivar o hábito de orar diariamente e apresentar a Deus os pedidos de oração. 
É hora do versículo: "Peçam e vocês receberão [...]” (Mt 7.7).
Nesta lição, as crianças aprenderão que Jesus curou um cego que estava à beira do caminho por onde passaria. Aquele cego clamou com todas as suas forças para Jesus curá-lo. Seus alunos deverão ser estimulados a cultivar o hábito de orar diariamente, apresentando a Deus seus pedidos através da oração, pois é assim que falamos com Ele hoje. A criança deve confiar que a sua oração feita com fé será atendida. Jesus é nosso amigo e nunca devemos deixar de orar. Reforce que devemos sempre ter fé e pedir com confiança ao nosso Pai Celestial e assim, receberemos.
Como atividade complementar, após a realização das atividades propostas na revista do aluno e do professor, e caso haja tempo, sugerimos que imprima a atividade abaixo, uma para cada criança, a fim de colorirem a cena do momento que Jesus cura o cego. Reforce com a criança que devemos sempre ter fé em Deus e insistir em pedir a nossa bênção até recebê-la, assim como o cego pediu com insistência até chamar a atenção de Jesus e ser curado.
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Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Jardim de Infância

Lição 08 - 2º Trimestre 2019 - Governador, eu? Primários.

Lição 8 - Governador, eu?

Objetivo: Assegurar aos alunos que Deus tem permitido certas situações em nossas vidas porque Ele tem planos para o nosso bem, e não para o nosso mal.
Ponto central: Deus permite certas situações em nossas vidas porque Ele tem planos para o nosso bem, e não para o nosso mal.
Memória em ação: “[...] um homem em quem está o Espírito de Deus” (Gn 41.38b).
Querido (a) professor (a), em nossa próxima aula, vamos contar aos nossos Primários sobre a grande honra que Deus tinha reservado a José. Após ele passar por tantas adversidades, José se tornou mais forte, perseverante, mais íntimo/amigo do Senhor e até mesmo mais inteligente. Ou seja, tudo o que ele iria precisar no seu futuro para assumir uma grande e honrosa missão. No fim, tudo o que José passou, até mesmo de ruim, serviria para algo muito bom. Por isso, quando nós também enfrentarmos alguma dificuldade ou ficarmos tristes precisamos lembrar desta lição e do que diz o Senhor: 
[...] Só eu conheço os planos que tenho para vocês: prosperidade e não desgraça e um futuro cheio de esperança. Sou eu, o Senhor, quem está falando. Então vocês vão me chamar e orar a mim, e eu responderei. Vocês vão me procurar e me achar, pois vão me procurar com todo o coração. (Jr 29.11-13)
Sugerimos que você siga a programação da sua revista e havendo tempo hábil promova uma dinâmica para frisar de forma bem divertida o “Ponto Central” da nossa lição. Escreva-o em papel 40 kg ou qualquer papel maior para mural, que seja de sua preferência:
“Deus permite certas situações em nossas vidas porque Ele tem planos para o nosso bem”. 
Você pode escrever cada palavra de uma cor. Em seguida desenha dividindo-o de lápis as palavras onde você deverá cortar para que as crianças possam procurá-las pela sala (esconda as peças espalhadas em locais variados antes de aula começar) e em equipe irem localizando-as e unindo-as como para formar um quebra cabeças gigante. Deixe a frase original escrita em tamanho grande num quadro em que todos possam ver, para que sirva de norte aos pequenos. 
Além de trabalhar a capacidade lógica e de raciocínio gramatical, essa dinâmica também aprimora a habilidade de trabalhar bem em equipe, a comunhão e uma série de outros estímulos cognitivos importantes.
Você pode adaptar os materiais e a condução deste trabalho tanto quanto sua criatividade desejar e a realidade de sua sala de aula melhor se adequar. Mas ao final, é importante pedir que todos leiam juntos a frase completa, a fim de internalizar esta importante verdade. 
O Senhor te abençoe e capacite. Boa aula!
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Primários da CPAD

Lição 08 - 2º Trimestre 2019 - Josafá, o Herói que Cantou - Juniores.

Lição 8 - Josafá, o herói que cantou

2º Trimestre de 2019
Texto Bíblico – 2 Crônicas 20.1-30.
Caro(a) professor(a),
Em geral, somos inclinados a buscar a face de Deus apenas quando os problemas surgem e as circunstâncias não são favoráveis. Na lição de hoje vamos aprender com o exemplo de Josafá como o verdadeiro servo de Deus deve se comportar diante da adversidade. A história diz que quando tudo parecia muito difícil para o povo de Deus, a guerra se levantava e não havia forças para vencer os inimigos, Josafá reuniu o povo nos átrios da Casa do Senhor e orou reconhecendo a soberania divina.
A resposta de Deus foi imediata, o livramento veio a partir da resposta de Deus ao seu povo: “Quando os encontrarem, vocês não precisarão lutar. Fiquem parados ali e verão como o SENHOR Deus salvará vocês. Povo de Judá e moradores de Jerusalém, não se assustem, nem fiquem com medo; marchem contra os inimigos amanhã, pois eu, o SENHOR, estarei com vocês” (2 Cr 20.17). Então o povo se reuniu e se prostrou diante de Deus para adorar.
“Quando as forças do inimigo ameaçavam Judá, Deus falou por intermédio de Jaaziel: ‘Não temais [...], pois a peleja não é vossa, mas de Deus’. Talvez não tenhamos de enfrentar um exército inimigo, mas temos de lutar todos os dias contra as tentações, as pressões e ‘contra as forças espirituais do mal’ (Ef 6.12) que desejam que nos rebelemos contra Deus. Lembre-se de que, como cristãos, temos o Espírito de Deus dentro de nós. Se pedirmos o auxílio do Senhor quando enfrentamos lutas, Ele combaterá por nós. Deus sempre triunfa! Mas o que devemos fazer para que Ele possa lutar por nós? (1) Devemos entender que a batalha não é nossa, mas do Senhor; (2) Precisamos reconhecer as limitações humanas e permitir que o poder de Deus trabalhe em nossos temores e nossas fraquezas; (3) Devemos ter a certeza de que estamos buscando os interesses de Deus, e não apenas satisfazer nossos desejos egoístas; (4) Precisamos pedir o auxílio de Deus em nossas batalhas cotidianas.”
(Texto extraído da Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p. 618).
Converse com seus alunos sobre o dever de orar ao Senhor sempre que uma dificuldade surgir. Muitas lutas e batalhas são perdidas porque não nos lembramos de clamar ao Senhor nas horas de dificuldade. Para reforçar o ensinamento da lição desta semana, sugerimos a seguinte atividade:
Sente-se em círculo com as crianças. Converse com elas explicando o significado da palavra servir. Depois, peça que as crianças citem alguns personagens bíblicos que serviram ao Senhor. Em seguida, pergunte o que elas gostariam de fazer para servir a Deus. Vá anotando tudo em uma folha de papel ofício. Então, diga que podemos servir ao Senhor com as nossas ofertas, com as nossas orações, com o nosso LOUVOR... É muito bom servir a Deus, por isso, devemos servi-lo com alegria. Em seguida, divida a classe em dois grupos, meninos e meninas (depende do número de crianças) e peça que elas completem o quadro. Ganha o grupo que acertar mais vezes e escrever os nomes dos personagens corretamente. Conclua a atividade explicando que servir ao Senhor é muito bom, quando o servimos com alegria, todos ganham. Recite com eles o Salmo 100.2.
 Depois da morte de Moisés, servi a Deus liderando seu povo.                           
 Servi a Deus como profetiza e juíza. 
 Servi a Deus lutando contra os midianitas. 
 Servi a Deus ajudando minha sogra. 
 Servi a Deus lutando contra os profetas de Baal.  
 Servi a Deus ajudando uma viúva que não tinha dinheiro para pagar suas dívidas.  
 Servi a Deus ajudando Naamã a ser curado.  
 Servi a Deus tocando minha harpa. 
Servi a Deus construindo os muros de minha cidade. 
Servi a Deus costurando para os necessitados. 
(Atividade extraída do livro Boas Ideias Para Professores de Educação Cristã. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2015, p. 42).

Lição 08 - 2º Trimestre 2019 - Sentindo Insegurança - Pré Adolescentes.

Lição 8 - Sentindo Insegurança 

2º Trimestre de 2019
A lição de hoje encontra-se em: Provérbios 14.26,27.
Prezado(a) professor(a),
A insegurança é um sentimento natural que surge devido ao desafio de ter que lidar com “o novo”. Na lição desta semana seus alunos aprenderão que o medo e a insegurança devem ser administrados. Deus inseriu em cada um de nós o medo como uma espécie de “sensor” que previne tomada de decisões precipitadas.
Seus alunos ainda são inexperientes e estão em fase de aprendizado. A cada situação nova eles aprendem a lidar melhor como os próprios sentimentos e conflitos da nova fase que estão vivendo. Seu papel, professor, é incentivar seus alunos a atentarem para a Palavra de Deus, pois nela eles encontrarão a direção certa para evitar sofrimentos além da conta ao longo da pré-adolescência.
Aflições são normais nesta etapa da vida, até mesmo para o amadurecimento saudável de seus alunos. O grande desafio para eles é manter o equilíbrio das emoções para que não percam o ânimo e a fé.
Lidar com o medo é também uma oportunidade de aprender a confiar em Deus. Se não somos desafiados na fé não crescemos e também não aprimoramos a confiança que afirmamos ter no Senhor. Pedro ensina que “Essas provações são para mostrar que a fé que vocês têm é verdadeira. Pois até o ouro, que pode ser destruído, é provado pelo fogo. Da mesma maneira, a fé que vocês têm, que vale muito mais do que o ouro, precisa ser provada para que continue firme. E assim vocês receberão aprovação, glória e honra, no dia em que Jesus Cristo for revelado” (1 Pe 1.7). Assim é a fé, ela precisa ser testada para que seja aperfeiçoada ao longo da caminhada cristã, afinal de contas, “vivemos por fé, e não por vista” (2 Co 5.7).
Ao contrário do que podemos afirmar a respeito da insegurança, sentir-se seguro é importante para a autoestima. Sentir confiança e tranquilidade e não se permitir influenciar pelas opiniões negativas de terceiros, até mesmo com as ofensas conhecidas como “Bullying”, é fundamental para o amadurecimento das emoções na adolescência. 
“As emoções.
A emoção é explicada por causas exteriores que desorganizam o adolescente. Nessa perspectiva, o adolescente sozinho não consegue defender-se contra essa turbulência emotiva de que é vítima; só quem pode dominar esse momento de emoção é Deus, se este tiver oportunidade de agir.
Para que o problema seja resolvido de fato, será necessário encontrar a causa do desequilíbrio emocional, pois a dificuldade da situação se identifica com sua história pessoal. As emoções são explicadas pelos eventos da infância, pelos conflitos recalcados, pelo relacionamento familiar, pelo seu ‘inconsciente’, enfim, a emoção nasce de uma situação difícil, de um choque, tornando-se um tanto constrangedora à medida que não se trata somente de opinião ou de uma afirmação verbal, trata-se de uma participação de todo o corpo, o qual se torna testemunha de tal comportamento. Assim, a emoção é notada pelas palpitações interiores — cardíacas, pelo desejo de perder a consciência ou, para outros, pela quentura no rosto ou palidez e pelas lágrimas.” (COSTA, Débora F. Os Maravilhosos Anos da Adolescência. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p. 33).
Finalmente, lidar com o medo e as inseguranças é manter as emoções sadias. Tal feito é possível quando há permissão para que o Espírito Santo oriente a nossa maneira de pensar. Então, Deus usará as dificuldades para nos guiar por um caminho mais excelente e nos livrar de fazer escolhas erradas.
Converse com seus alunos e pergunte como eles lidam com as emoções. O que fazem quando sentem raiva, tristeza, desânimo, falta de fé? E quando estão alegres e animados? Como administram os momentos de alegria? Ressalte que, independentemente do momento, a nossa confiança no Senhor deve permanecer sólida, pois há um tempo determinado para todas as coisas (cf. Ec 3).

Lição 08 - 2º Trimestre 2019 - Fazendo a Diferença - Adolescentes.

Lição 8 - Fazendo a Diferença 

2º Trimestre de 2019
ESBOÇO DA LIÇÃO:
A INSTABILIDADE POLÍTICA DE JUDÁ
UM REI JOVEM E TEMENTE A DEUS
PURIFICANDO O ALTAR: O AVIVAMENTO
JOSIAS FOI POUPADO DO MAL
OBJETIVOS
Estimular o aluno a obedecer e a respeitar os princípios divinos;
Demonstrar que é possível alcançar testemunho perante Deus e os homens;
Conscientizar de que devemos fazer a diferença no mundo.
O livro de 2 Crônicas 34.1 diz que o rei Josias tinha somente oito anos quando começou a reinar. Isso não é uma coisa comum. As forças das circunstâncias muitas vezes obrigam medidas emergenciais e circunstanciais. Mas o que chama atenção, que desde novo, o rei Josias buscava ao Senhor de todo o coração: “E fez o que era reto aos olhos do Senhor e andou nos caminhos de Davi, seu pai, sem se desviar deles nem para a direita nem para a esquerda” (35.2). Um ponto que deve ser afirmado e reafirmado, pois este é o objetivo do trimestre: para ter compromisso com Deus não importa a idade.
O rei Josias, além de ser um jovem que temia a Deus, foi um ícone em Israel no sentido de restabelecer o culto, a fidelidade à Lei de Deus e uma verdadeira oposição à idolatria pagã. “No seu décimo oitavo ano (621 a.C.) Josias providenciou os reparos necessários ao Templo, e foi nessa época que aconteceu o evento mais importante de seu reinado. Hilquias, o sumo sacerdote, encontrou o ‘livro da lei’ no Templo.”1 Segundo os estudiosos, provavelmente o livro achado pelo sumo sacerdote era o de Deuteronômio. 
O ponto importante aqui é que ao tomar conhecimento do que dizia a Lei, o rei Josias tratou de reparar o que estava errado e, assim, centralizou a religião judaica na cidade de Jerusalém. Ora, não se pode ignorar que o período em que o rei viveu de grande influência da idolatria, isto é, dos deuses estrangeiros das nações vizinhas. Nesse sentido, Josias foi usado por Deus para se levantar contra tudo isso. 
Na aula desta semana, procure deixar claro para os seus alunos que hoje não acontece algo tão diferente. As oposições contra a nossa fidelidade a Deus continuam de pé, persuadindo-nos a desistir daquilo que Deus tem para as nossas vidas. Por isso, por intermédio da Palavra de Deus, somos instados a resistir e guardar a nossa fé em Cristo Jesus. Tenha uma boa aula! 
Marcelo Oliveira de Oliveira
Editor da revista Adolescentes Vencedores

Lição 08 - 2º Trimestre 2019 - Cristo, Nosso Modelo de Liderança - Juvenis.

Lição 8 - Cristo, nosso modelo de liderança

2º Trimestre de 2019
“E Jesus lhes respondeu: Meu Pai trabalha até agora e eu trabalho também” (Jo 5.17).
OBJETIVOS
Definir Jesus como nosso modelo de líder;
Demonstrar que Jesus foi um líder na pratica de vida;
Apresentar cinco princípios de liderança a partir de Jesus.
ESBOÇO DA LIÇÃO
1. JESUS, UM LÍDER EM AÇÃO
2. ENVOLVIMENTO E COMPROMETIMENTO
3. PESSOALIDADE E INTIMIDADE
4. VISÃO DE FUTURO
Querido (a) professor (a), a próxima aula estudaremos a mais importante lição do trimestre, a que foca Jesus Cristo como nosso maior e mais excelente modelo de liderança a ser seguido. Temos tanto a aprender com sua humildade, dependência do Pai, sabedoria no se dar e ao se recolher, no se indignar e no se compadecer, disciplinar e perdoar; sua espiritualidade sadia, humana, genuína, manifesta, sobretudo no amor, não na religiosidade. Diante dos desafios e tentações de uma posição hierarquicamente superior, precisamos sempre nos questionar: “Nesta situação, o que JESUS faria? Como Ele reagiria? De que maneira o nosso Rabi trataria as pessoas envolvidas?” 
Nosso líder mor nos transmitiu infinitas e riquíssimas lições com seu próprio exemplo. Que possamos junto aos juvenis, refletir sobre algumas delas na próxima aula. 
Abaixo segue uma reflexão sobre o tema publicada pela nossa revista virtual Geração JC. Como é voltado justamente para este público jovem, havendo tempo hábil, você pode distribuí-lo em classe, pedindo que após a leitura eles debatam acerca do que foi lido e passagens bíblicas mencionadas.

Ao lermos o registro de Mateus 16. 24, percebemos que o Mestre emite uma orientação extraordinária aos seus seguidores. Mas que tipo de conteúdo é este que Jesus expõe aos seus aprendizes / discípulos? Devemos desprezar nossas próprias vontades, desejos e convicções? Que características preciso desenvolver para ser um líder segundo o coração de Cristo? 
O convite é, com certeza, muito mais sério do que pensamos e esta palavra exorta-nos a vivermos conforme a proposta do Evangelho para nos tornarmos semelhantes a Jesus, observando seus ensinamentos através de suas atitudes.
A vida do Mestre sempre foi fundamentada, sobretudo na prática da verdade e do amor, (Jo 18. 20-21; Mt 5. 34-37) inclusive no trabalho de motivar e valorizar seus seguidores, tendo como base fundamental o seu amor e estilo doador, a ponto de dar até sua própria vida a favor deles ( Jo 10.11). Para Ele o amor e a misericórdia sempre estavam acima das convenções sociais e da religiosidade. Não só como crentes, mas também enquanto líderes, precisamos seguir esta premissa de Jesus. 
Além dessas características soberanas, um genuíno líder cristão deve agir com determinação, compromisso, perseverança, autoridade, mas também humildade.  Cabe a nós oferecermo-nos como servos dos fiéis (Mc 10. 45). 
Também é crucial a capacidade de delegar. Jesus sempre teve multidões o seguindo, e tudo o que fazia demonstrava gerenciamento e organização. Ele escolhia nunca trabalhar sozinho, sempre sabendo o que delegar e compartilhar com os seus discípulos, assim os ensinava e valorizava (Mt 10. 1-16). Esse estilo de liderança precisa urgentemente ser implantado especialmente nas igrejas, para que possamos desfrutar de bons resultados. Já que em nosso meio há tantos líderes que tomam para si toda a responsabilidade, tornando-se centralizadores sobrecarregados.
Reflitamos sobre a ocasião da multiplicação dos pães que exemplifica isto de forma muito clara. O Senhor ensina-nos na prática como devemos proceder e administrar as situações; o envolvimento dos liderados jamais deve ser menosprezado ou dispensado, pois como um corpo que a Igreja deve ser, é fundamental trabalhar em unidade.
Ao meditarmos em Mateus 28.18-20 e Atos 1 e 8, por exemplo, percebemos a importância que Jesus deu a sua missão discipuladora. O líder precisa praticar esse princípio para que o propósito tenha êxito.
Um dos grandes descontentamentos de muitos líderes é de não ter preparado seus substitutos para dar continuidade a sua missão ou estarem aptos a seguirem com ela até mesmo na sua ausência. O discipulado conduzido pelo Mestre foi tão eficaz que vem atravessando gerações, séculos adentro.
Ele sempre dava aos discípulos uma visão mais ampla da realidade. Potencializava e cofiava nos seus liderados, por isso lhes deu a missão de continuidade (Mt 28.20). 
O apóstolo Paulo entendeu tão bem a dinâmica do discipulado de Cristo, que chegou a dizer: “Sede meus imitadores, como também eu, de Cristo” (1Cor. 11.1). Ele não só aprendeu, mas praticou a arte do discipulado, como percebemos no caso do jovem pastor Timóteo (2Tm 2. 1-2).
O Apóstolo dos gentios sempre priorizou a saúde espiritual de seu educando, ele entendia a importância da continuidade do trabalho e que estava diretamente ligada ao jovem Timóteo estar sadio espiritualmente. A missão dos líderes precisa retornar a premissa do fazer discípulos que sigam praticando e passando adiante o que com eles aprenderam.
Então, para aqueles que desejam alcançar um estilo de liderança semelhante ao de Jesus, faz-se necessário compromisso com a sua Palavra (na leitura e prática), assim como o recolhimento para reflexão e oração, coisas que Jesus priorizava constantemente, por isso teve completa vitória em seu ministério (Mt 4. 1-4). 
Quando analisamos as escrituras percebemos que Jesus nunca despediu seus discípulos sem antes atentar para suas diversas necessidades (Lc 9.10-17). Para isto, o líder precisa investir tempo no seu preparo, a fim de reunir conteúdo, alimentar e conduzir seus discípulos. Similarmente o líder jamais pode esquecer-se do altar da oração, pois o Senhor Jesus só opera no ambiente que está saturado pelo Espírito Santo (2 Cr 7. 14). A prática da oração é, sem dúvida, um ato sublime no Reino de Deus e desse modo o líder que desenvolve a prática da oração certamente terá sua vida e de seus liderados transformadas.
Tendo em vista os aspectos referentes aos princípios da liderança de Jesus, resta aos homens vocacionados e chamados por Deus a iniciativa de seguir os passos do Mestre, sendo exemplo para os fiéis, na Palavra, no trato, no espírito, na fé, na pureza e acima de tudo no amor (1Tm 4. 11-15). Como o apóstolo Paulo bem compreendeu: sem amor, nem mesmo o mais grandioso ou heroico dos atos aos olhos dos homens terá qualquer valor aos olhos de Deus ( 1 Co 13).
Texto de Ezequiel Pereira da Silva, diácono da Assembleia de Deus do Ministério do Ouro Fino (RJ), exercendo a função de auxiliar de congregação. Licenciado em história, bacharel em teologia e pós-graduado em psicopedagogia.
O Senhor te abençoe e capacite. Boa aula!
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Juvenis da CPAD

Lição 08 - 2º Trimestre 2019 - Relacionamento Sexual Segundo a Perspectiva Cristã - Jovens.

Lição 8 - Relacionamento sexual segundo a perspectiva cristã

2º Trimestre de 2019
Introdução
I-O Relacionamento Sexual no Casamento
II-A Perspectiva Cristã a Respeito do Relacionamento Sexual no Casamento
Conclusão
Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivos:
Compreender que o relacionamento sexual é para o casamento;
Conscientizar os jovens da perspectiva cristã a respeito do relacionamento sexual no casamento. 
Palavras-chave: Cobiça e soberba.
I. Amor e Fidelidade Conjugal
Alguns livros que temos na Bíblia tiveram dificuldades para serem inclusos no cânon devido ao temática sexual. Felizmente, foram inseridos e hoje servem como orientações para a satisfação correta do prazer criado por Deus. Um desses livros é Provérbios. Dele foi extraído a perícope (5.15-19) para o estudo das orientações veterotestamentárias sobre o relacionamento sexual. 
A escolha de uma esposa para desfrutar dos prazeres sexuais juntos
A cultura cristã usou por séculos alguns símbolos e imaginários espirituais com referências sexuais para caracterizar a relação entre a alma humana e Deus. Na época da canonização dos livros do Antigo Testamento, alguns textos e livros foram questionados e por pouco não ficaram fora do cânon bíblico devido a textos que tratavam do relacionamento sexual entre o homem e a mulher. O mais famoso é o caso da literatura do Cântico dos Cânticos, permeada por referências de amor, bastante difundido nos meios intelectuais cristãos e que teria inspirado a arte e a literatura medieval. O texto em estudo é mal interpretado, uma vez que estudiosos bíblicos mais conservadores preferem espiritualizá-lo a considerar o seu real propósito. 
No tópico anterior, o apóstolo Paulo rebate a grande promiscuidade sexual da cidade de Corinto com a recomendação da dinâmica da atividade sexual bem desfrutada dentro do casamento. O esposo e a esposa têm diferentes deveres e obrigações, mas em 1 Coríntios 7.5, Paulo deixa claro que em na preservação da fidelidade, ambos estão em pé de igualdade. Vemos em Provérbios 5.15-19 o reforço a essa recomendação. Quando o poeta recomenda que se beba da água da própria cisterna se refere a um simbolismo oriental para esposa, comparada a uma fonte de águas. Uma referência à mulher da tua mocidade (v. 18), ou seja, a mulher pela qual se enamorou, conheceu, teve um relacionamento amadurecido e, por fim, se casaram. Os prazeres sexuais, por sua vez, são representados pela bebida dessa fonte. Uma referência à formalização de uma vida a dois. O pastor Jamiel de Oliveira Lopes destaca algumas consequências potenciais quando os jovens se envolvem sexualmente antes da formalização do casamento:
Algumas consequências do envolvimento sexual antes do casamento: a) sentimento de culpa, que poderá tornar-se uma tortura constante, além da perda da comunhão com Deus, que só poderá ser restaurada mediante o perdão de Deus quando a pessoa mostra-se arrependida e deixa suas práticas pecaminosas (1 Jo 1.7,9; Pv 28,13); b) Muitos jovens sucumbem por causa de doenças sexualmente transmissíveis; c) Gravidez indesejada, que pode ocasionar aborto ou o nascimento de uma criança num lar desestruturado — um problema para a adolescente, que terá que interromper os estudos para ser mãe antes da hora. Há aqueles que pregam o uso de preservativos, mas, no momento, o instinto fala mais alto que a razão, e são raros aqueles que pensam nisso. O melhor é que os jovens fiquem com a Palavra de Deus e esperem o momento certo para desfrutar dessa bênção do Senhor, evitando perturbação posterior. [...] os defensores do “sexo livre” se esquecem de que o adolescente e o jovem não estão preparados para encarar as consequências advindas dessa prática, tampouco os problemas sociais e espirituais que surgirão. O apóstolo Paulo, em 1 Coríntios 6.12, afirma: “Tudo me é permitido, mas nem tudo convém. Tudo me é permitido, mas eu não me deixarei que nada me domine” (NVI). (LOPES, 2017, p. 432-434)
Portanto, a recomendação bíblica é um casamento planejado e sem culpas. Um ambiente em que o casal possa desfrutar junto de uma vida abençoada por Deus. No texto em estudo, o poeta compara a mulher com uma fonte. Uma fonte é diferente de um lago parado, ela corresponde a um manancial que jorra água constantemente de forma que possa satisfazer a sede, quando necessário. Assim, não se faz necessário a busca de outra fonte alternativa, uma vez que se está saciado. Há um adágio popular que diz que: “Uma ovelha é mantida segura em seu curral quando provida de um pasto verde e farto, ela estando farta, não procurará pasto fora”. Por analogia, isso serve para os cônjuges que vivem em uma vida sexual saudável. 
O prazer mútuo é o elo da fidelidade mútua 
O casamento é recomendado para se evitar uma vida sexual livre e sem compromisso. Mathew Henry coloca o casamento como meio de desfrute da satisfação e conforto de uma vida a dois:
Desfrutar com satisfação os confortos do casamento lícito, o que era ordenado para evitar a impureza, e por isso deveria ser usado no devido tempo, para que não acabasse sendo ineficaz para a cura daquilo que poderia ter evitado. Que ninguém se queixe de que Deus lidou de maneira cruel consigo, proibindo-lhe os prazeres pelos quais há um desejo natural, pois Ele bondosamente providenciou a satisfação regular de tais desejos. Não podes comer de todas as árvores do jardim, mas escolhe a tua, a que quiseres, desta poderás comer livremente; a natureza ficará satisfeita com isso, mas a luxúria não terá nada. Deus, ao limitar o homem a uma só, estava tão longe de lhe impor quaisquer dificuldades, que na realidade buscava o seu melhor interesse; pois, como observa o Sr. Herbert: “Se Deus tivesse permitido tudo, certamente, o homem teria sido o limitador”. Este é um provérbio conhecido pela igreja. Aqui Salomão explica isso, não somente prescrevendo como um antídoto, mas apresentando como um argumento contra a prostituição, o fato de que os prazeres permitidos no casamento (ainda que a sagacidade dos ímpios, que colabora com o espírito da impureza possa tentar ridicularizá-los), transcendem, e muito os falsos prazeres proibidos da prostituição. (HENRY, 2015, p. 743)
O casamento tem a função de unir o casal para que tenham uma vida prazerosa e feliz. Quando o prazer é compartilhado a fidelidade mútua é uma consequência natural. Os desejos sexuais tem o desígnio de aproximar o casal por meio do prazer mútuo, com certa regularidade, mas esses prazeres devem ser explorados da maneira certa. Para isso, é necessário que o casal converse sobre a maneira de satisfazer as necessidades sexuais um do outro, sem sacrificar a dignidade, afinal o prazer sexual não pode ser desfrutado de forma egoísta. Uma das formas de visão egoísta da prática sexual é a masturbação. Embora os sexólogos não admitam a possibilidade de pecado, e tenham essa prática como uma válvula de escape, defendendo a necessidade de liberação do líquido orgásmico, para proteção do próprio corpo, essa teoria não subsiste em si, uma vez que isso ocorrerá naturalmente com as chamadas poluções noturnas. A Bíblia é categórica ao afirmar que: “Todas as cousas me são lícitas, mas nem todas convêm. Todas as cousas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma delas” (1 Co 6.12, ARA); “Digo, porém: andai no Espírito e jamais satisfareis à concupiscência da carne” (Gl 5.16, ARA). 
Uma das barreiras a serem rompidas é a disparidade no desejo sexual. Em geral, o desejo masculino é mais frequente do que o feminino. Isso não é uma regra e varia de casal para casal. Dependendo do grau de disparidade entre os cônjuges isso pode ser um problema e causar o desinteresse pelo ato sexual. Por esse motivo, o casal precisa trabalhar junto e conversar com maturidade sobre o assunto. A necessidade do casal deve estar acima da satisfação pessoal. A disparidade pode ser causada por problemas físicos ou emocionais como impotência, ejaculação precoce, depressão, angústia, estresse, ter recebido forte repressão sexual em determinada fase de idade, entre outros. Nesse caso, o casal não pode desanimar ou desistir, mas deve procurar a ajuda de profissional habilitado para o caso. Não pode deixar o orgulho ou a vergonha privá-los de sua intimidade pessoal. Hoje a ciência está bem avançada nessa área. 
O casal precisa um ao outro no que se refere ao estímulo sexual, quais as partes são mais sensíveis do corpo do cônjuge e como ele gosta de ser tocado. O casal não pode omitir isso ao outro, mas deve ter em mente que o prazer é o objetivo comum. Os jovens precisam se conhecer antes do casamento e ter um conhecimento mínimo afetivo, observando seus limites, devido à prática da fornicação, identificada nos termos bíblicos também com a palavra grega porneia 1. A liberação sexual antes do casamento não é prova de amor, como alguns se aproveitam para sedução. Os jovens da igreja, em especial, têm sofrido com a influência da banalização cultural do sexo. Existe a defesa do sexo sem controle e sem compromisso, desde que seja seguro pelo uso do preservativo. Há um incentivo aos relacionamentos fortuitos em detrimento aos relacionamentos estáveis, responsáveis e ao vínculo afetivo. Lopes (2017, p. 431) afirma que: “Biblicamente falando, os casados honram o casamento com a fidelidade, e os solteiros, com a castidade (Hb 13.4). Saber esperar é uma ordem bíblica (1 Ts 4.3-8). [...] Quem ama espera (1 Co 13.7)”. 
1.1 Paulo Apresenta a Perspectiva Cristã sobre o Casamento 
A comunidade cristã hoje tem um texto escrito com orientações da perspectiva cristã sobre o relacionamento sexual graças à resposta de Paulo ao questionamento da comunidade cristã de corinto. A principal dúvida dos cristãos coríntios era sobre a abstinência sexual e a castidade. Dúvidas que surgiram devido à desigualdade entre a novidade de vida do novo cristão apresentada à igreja recém-criada com a cultura local. Paulo apresenta a perspectiva cristã sobre o relacionamento sexual contrastando-a com a cultura local.
Paulo responde sobre um questionamento dos coríntios 
Peixoto (2008, p. 20) afirma que “as cartas aos coríntios são uma constante pergunta pelo que fazer e como fazer com a novidade da vida cristã”. A dicotomia dos gnósticos diferenciava da crença da tradição judaica e dos ensinos de Paulo. Eles acreditavam que a matéria era má e a distinguia do espírito, considerado bom. Isso provocava dúvidas nos habitantes de Corinto, inclusive os cristãos. A doutrina gnóstica estava provocando nos moradores dois tipos de comportamento: o primeiro, já citado, na lição anterior, levava as pessoas fazerem o que bem entendessem com o corpo, uma vez que a crença era de que não afetava o espírito; o segundo comportamento, era o inverso, baseado na mesma crença dicotômica, já que o corpo era matéria má, melhor não fazer nada com ele para mortificá-lo. Portanto, dois extremos, onde o primeiro comportamento pecava pelo excesso e o segundo por falta. 
1 Coríntios 7.1 começa informando que Paulo estava respondendo a um questionamento da comunidade em relação isso: “Ora, quanto às coisas que me escrevestes, bom seria que o homem não tocasse em mulher”. Essa era a orientação dos mestres ascetas da época. Por isso, pode se ter a impressão de que o apóstolo está concordando com a crença de que o corpo era mal e precisava ser mortificado, ou seja, não toque em mulher para não se contaminar alimentando os desejos da carne. Todavia, o apóstolo demonstrará que utiliza o pensamento para recomendar outra prática. A perspectiva é masculina, não se pergunta isso em relação ao corpo feminino, o que caracteriza o pensamento machista também em Corinto. Entretanto, como iremos ver à frente, isso também é resgatado por Paulo. 
O comportamento ascético frutificou, e os membros da igreja começaram a aderir à abstinência sexual, mesmos os casados. O entendimento era se o corpo é mau e desprezível o sexo que torna os dois corpos um só, também é inapropriado. Isso se tornou em um grande problema, imagine um casal em que cada um dos cônjuges tem uma motivação ou libido diferente, em que um tinha o sexo como desprezível, enquanto o outro tinha por essencial e necessário. Corre-se o risco do casal que tem o sexo por prazeroso buscá-lo em outra fonte. Surge também, motivado por esse pensamento, o celibato, em que a pessoa tinha por meta nunca mais em sua vida fazer sexo, ou seja, abstenção total e permanente. O celibato é uma opção bem específica e pessoal, mas que nem sempre era uma a própria pessoa que decidia, mas era imposta, principalmente pelos pais. 
O apóstolo responde então a essas questões que são levantadas pelos coríntios, certamente, perguntaram por que estava provocando distúrbios na comunidade. Provavelmente, o prejuízo dessas crenças e comportamentos para a igreja era desanimador. Costa e Rodrigues (2008, p. 121) afirmam que entre os membros da comunidade existiam alguns que “procuravam impor absoluto ascetismo sexual à comunidade toda, proibindo as relações sexuais no casamento, excluindo a possibilidade de novos casamentos e até procurando romper casamentos já realizados”. Eles acrescentam que alguns até se consideravam “já participantes da nova era, alguns coríntios imaginavam-se com a vida imortal dos anjos. [...] não havia nenhuma necessidade de nova procriação e, portanto, não se justificavam mais as relações sexuais”. 
Os extremos da igreja de Corinto ajudam a entender toda a argumentação do apóstolo em relação ao comportamento sexual. Paulo responde aos questionamentos afirmando que tanto o casamento como o celibato eram opções legítimas para o cristão. O celibato deve ser visto como o dom divino; se você não o tem, case-se; é melhor casar do que viver abrasado. No entanto, o apóstolo recomenda que para se tomar essa decisão, deveria ser levado em consideração o histórico da própria cidade e da cultura que estava influenciando a igreja. Não bastava tomar a decisão para se arrepender na sequência. O mais importante é a pessoa estar em paz e em obediência a Deus do que irracionalmente optar por sacrifícios tolos, que não agregam nada na vida espiritual, se baseados em crenças humanas e contrárias ao evangelho.
Paulo recomenda o casamento e orienta sobre o sexo entre cônjuges 
Quando o cristianismo chegou à grande metrópole de Corinto era novidade e conseguiu vários fiéis. No entanto, como afirma Peixoto (2008, p. 20): “Toda nova ideia interage com o contexto social, altera a realidade e é alterada ao contextualizar-se”. Mesters e Orofino (2008, p. 51) afirmam que em Corinto, “a vida sexual era muito livre. Chamar uma moça de coríntia era o mesmo que chamá-la de prostituta. ‘Viver a modo de coríntio’ era o mesmo que frequentar a prostituição”. O apóstolo cita a prostituição tão acentuada na cidade como um perigo para aqueles que queriam ficar solteiros, como para os casais que estavam se propondo a se abster do relacionamento sexual. Para muitos o prazer é culpa e o sexo é pecado, para alguns esse conceito vale até mesmo dentro do próprio casamento, sendo um mal necessário para que haja procriação. Assim, definido o número de filhos por família, uma vez gerados, abandona-se ou se evita a prática sexual.  Parece um absurdo para os dias atuais, mas essa prática ainda acontece e não com pouca frequência tanto em igrejas, como também o meio secular. 
No entanto, Paulo “reconhece que poucas pessoas têm disposição psicológica e fisiológica necessária para manter inativa sua capacidade sexual” (COSTA; RODRIGUES, 2008, p. 120). Então, ele recomenda o casamento e a prática saudável da vida sexual do casal. Inclusive, coloca a relação sexual como uma forma de obrigação, entendendo que uma vez casado o relacionamento sexual deve ser uma prática comum e constante, permitindo a exploração do corpo pelo seu conjugue, visando além da procriação o prazer de ambos. Aqui Paulo surpreende com o tratamento igualitário em relação ao gênero quando ressalta a dignidade da mulher. Ele coloca a esposa como possuidora dos mesmos direitos e responsabilidades, com voz, para decidir junto com o esposo o comportamento a ser adotado nas relações sexuais. Paulo afirma que cada cônjuge tem o poder sobre o corpo do outro para desfrutar do prazer sexual e que essa recomendação não dá liberdade para abusos de nenhuma das partes, como se tivessem “direito” de fazerem sexo quando, como e onde desejar. Por esse motivo, é importante o bom relacionamento entre o casal para um sexo prazeroso e sem constrangimento, e acima de tudo, com respeito à dignidade do outro. Como Paulo havia sido questionado sobre o uso da abstinência sexual entre os cônjuges a pretexto de santificação, ele orienta que isso só pode ocorrer com o consentimento mútuo. Um breve momento de abstenção para dedicação ao jejum e oração para não serem tentado à prostituição e a prática sexual ilícita. 
Costa e Rodrigues (2008, p. 123) apresentam uma tabela que resume bem as recomendações e as concessões feitas pelo apóstolo Paulo em 1 Coríntios 7.1-40:
 Versículos  Grupo  Paulo recomenda  Paulo aceita
 1—7  Casados/as Permanecer em sua relação sexual  Abster-se das relações por algum tempo
  8—9  Descasados Permanecer sozinhos  Casar-se de novo
 10—11 Casados/as  Permanecer como estão  Separar-se sem casar-se de novo
 12—16  Casados/as com não cristãos   Permanecer como estão Separar-se
   17—24  Judeus, pagãos e escravos  Permanecer como estão  Aproveitar a oportunidade para libertar-se
 25—38  Não casados/as comprometidos/as Permanecer sem se casar  Casar-se
  39—40 Viúvas  Permanecer sem se casar   Casar-se
Resumo Todos Permanecer como estãoMudar de posição
Fonte: Costa e Rodrigues (2008, p. 123).
Os problemas não eram fáceis de resolver. A comunidade cristã já experimentara a nova forma de viver, apesar das influências ainda presentes. Muitos dos questionamentos que eram feitos ao apóstolo já tinham uma resposta praticamente pronta devido à tradição existente, quando isso ocorria ele usava termos como “eu recebi o que também vos entreguei” (1 Co 11.23). Para questionamentos que eram novidade para a doutrina já estabelecida, ele utilizava outros termos como “digo eu, não o Senhor” (1 Co 7.12, ARA) e segundo a minha opinião” (1 Co 7.40, ARA). Ainda hoje, existem questões que surgem nas igrejas que não tem uma resposta pronta e acabada. Por essa razão, há a necessidade de pessoas experientes para orientar os fiéis e, mesmo assim, ainda é muito complicado resolver muitas questões sobre sexualidade, a igreja cristã cada vez mais se depara com confrontos que desafiam suas doutrinas. Mesters e Orofino comentam sobre alguns problemas atuais:
Hoje, também há muitos problemas nesta questão do sexo e acontecem coisas que revelam uma confusão muito grande. A TV e as revistas propagam um comportamento sexual bem diferente do que se ensinava antigamente. Orientada pelas novelas, a juventude toma liberdades que dão susto nos pais. Há maridos que saem do interior para procurar serviço na cidade e deixam a esposa em casa como “viúva de marido vivo”. [...] E há muitos outros problemas graves: relacionamento sexual instável, sexo sem compromisso, gravidez precoce e mãe solteira; dimensão erótica da vida que invade tudo e promove costumes livres; camisinha, aborto, pílulas, passeata gay de milhões de pessoas, etc. Tem gente que aprova tudo; tem outros que desaprovam tudo. Não são problemas fáceis de serem resolvidos. (MESTERS; OROFINO, 2008, p. 52)
Graças aos questionamentos da comunidade cristã em Corinto, as orientações paulinas sobre essas questões foram registradas por escrito, mas, como visto, ainda temos muitos desafios pela frente quando se trata da vida sexual da sociedade e os conflitos de ideologias com a comunidade cristã.
Um breve panorama a respeito de questões sobre sexualidade na história da igreja cristã
O cristianismo contribui para a evolução do pensamento mais restrito a cerca da relação sexual e conjugal, de origem judaica. Ele utiliza da metáfora do vínculo entre a alma e Deus, da união entre Cristo e a Igreja, como uma antecipação do prazer do amor que se viverá no paraíso. Diferente do pensamento disseminado pelos gregos estoicos, de desprezo pelo prazer sexual, o cristianismo oferece um significado espiritual ao ato sexual carregando de uma importância que contribui para a sua prática sem culpa. Desse modo, o cristianismo valorizou o casamento e a castidade como vias espirituais, e passou a conceber a ligação entre os cônjuges como uma ligação de amor. Ao atribuir um sentido espiritual à relação sexual, o cristianismo se diferencia das demais religiões monoteístas. O sexo passa a ser valorizado pelo argumento teológico da encarnação, bem como a ideia do corpo como templo do Espírito Santo. Outra alteração advinda com o cristianismo com os autores da Patrística foi a castidade perpétua, como via de ascensão espiritual e como estágio superior ao casamento. Isso atraiu tanto homem como mulheres, mas especialmente elas, pois viam nessa alternativa a possibilidade de escapar de maridos indesejáveis, da morte prematura no parto e aproximação com ostatus masculino (PELAJA; SCARAFFIA, 2014, p. 4-15).
Durante a história da igreja o tema da sexualidade rendeu muitos e acalorados debates em sínodos e concílios da Igreja. No mundo medieval, referências ao corpo e ao sexo estiveram no centro dos debates teológicos, inclusive com ampla discussão dos dias proibidos para a prática sexual, mas povoaram a arte e os textos literários (PELAJA; SCARAFFIA, 2014, p. 99). No período moderno, o Concílio de Trento reforça o casamento como sacramento, bem como a superioridade do estado de castidade e virgindade. A reforma mais significativa foi elevar o caráter público da cerimônia do casamento, que passa a ser formal e deveria ser celebrado na presença de um padre, e de testemunhas e nem a coabitação, nem a consumação deveriam vir antes da benção do sacerdote. Cria-se a atribuição exclusiva da igreja na realização tanto da cerimônia nupcial como da normatização da sexualidade matrimonial.
A partir do século XVIII os estudos científicos passaram a ganhar espaço e coube à ciência desvendar os aspectos fisiológicos e morfológicos do corpo. Assim criou métodos e categorias não só para diferenciar machos e fêmeas, mas para definir comportamentos, da mesma maneira que os limites entre normalidade e anormalidade (PELAJA; SCARAFFIA, 2014, p.221). A partir do século XIX houve uma mudança significativa, pois o discurso sobre a sexualidade passou às competências científicas (médicas, biológicas, antropológicas e psicanalíticas), em contraponto ao domínio da Igreja que assumia o direito de impor normas sobre a sexualidade. Assim, questionou-se o significado espiritual do sexo. Os tratados morais foram substituídos pela literatura científica e as competências em relação ao matrimônio passaram da alçada da Igreja para as mãos do Estado. Surge então, o casamento civil e o divórcio como exemplos desse processo e transição.  A sexualidade passou a ser tratada como de interesse público, com a ingerência crescente do Estado. A masturbação e a homossexualidade passaram a ser encaradas como doenças, necessitando o seu estudo científico para alcançar formas de cura. Na mesma direção, a prostituição passou a ser combatida como forma de sanear a sociedade.
No final do século XIX e início do século XX, período marcado pela revolução demográfica, e pela revolução ideológica e cultural que a acompanhou. Surgem métodos anticoncepcionais, portanto a sociedade passa a ser dominada por valores liberais e democráticos, a sobrevivência das famílias já não dependiam de um grande número de filhos e as regras sociais dos comportamentos sexuais impostos pela moral cristã cada vez é questionada. A cultura passa a dissociar a procriação de sexualidade e procriação de matrimônio, desafio em proporções até então não enfrentados pela igreja cristã. A pílula anticoncepcional mudou o comportamento e as práticas da sexualidade. Além de possibilitar a escolha do momento desejado das mulheres serem mães, também tornou possível a separação entre sexualidade, amor e família como era possível até então somente aos homens. Com isso, a propagação da satisfação dos desejos hedonistas pregado pelas ideologias modernas (PELAJA; SCARAFFIA, 2014, p. 231-263).
O atual pensamento secularizado relegou a sexualidade a uma questão do indivíduo, da pessoa, enquanto o pensamento religioso continua defendendo a dimensão espiritual cunhada no início do cristianismo. 
*Adquira o livro do trimestre. NEVES, Natalino. Cobiça e Orgulho: Combatendo o desejo da Carne, o Desejo dos Olhos e a Soberba da Vida. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2018.

1 Esse termo grego será explicado com detalhes no próximo capítulo.

Que Deus o(a) abençoe.
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista Lições Bíblicas Jovens 
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Jovens. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.