sábado, 17 de agosto de 2019

Lição 01 - 3º Trimestre 2019 - Jacó e Sua Grande Família - Primários.

Lição 1 - Ninguém Quer Ser Escravo

3º Trimestre de 2019
Objetivo: Que o aluno compreenda que o pecado escraviza.
Ponto central: Quem peca é escravo do pecado.
Memória em ação: “[...] Quem peca é escravo do pecado” (Jo 8.34).
Querido (a) professor (a), entramos em um novo trimestre e estamos prestes a iniciar uma nova jornada, até mesmo em nosso tema: “Conhecendo a viagem do povo de Deus pelo deserto”. Seus primários estão prestes a conhecer mais da bíblia e história do povo do Senhor; muitas aventuras, fé, desafios e milagres pela frente. Você está preparado?! 
Seus pequeninos são altamente contagiados pelas suas palavras, mas principalmente pelas suas ações e reações. Eles a observam em detalhes, para muito além da linguagem verbal. Percebem se você realmente está feliz em passar tempo com eles ou o faz por pura “obrigação”. Percebem se você acredita e/ou vive a Palavra que ensina a eles, etc. 
Portanto, sempre ore clamando ao Senhor para que renove em seu coração a chama e amor dEle pelo seu chamado, por cada pequenino de seu Reino. Assim como Jesus, isto é, a exemplo de seu Mestre, você também se faz caminho para o pedido do Rabi: “deixai vir a mim os pequeninos” (Mt 19.14).  Que ministério glorioso!
Nunca esqueça que seu trabalho no Senhor não é em vão. Algumas sementes levam mais tempo que outras para frutificar. Por isso, sua alma precisa encontrar satisfação no semear, que por si só é a expressão do amor de Deus que alcançou e salvou a todos nós. 
Para começar, nesta primeira aula vamos abordar um tema delicado e vergonhoso da humanidade: escravidão, que do ponto de vista histórico é uma atrocidade recente até mesmo em nosso País, com muitas consequências que perduram até hoje.
Nesta faixa etária seus alunos já estão estudando isso em suas escolas e é interessante lhes oferecer também o ponto de vista divino sobre o assunto, o quanto o Pai Criador se entristece de ver suas criaturas fazendo tamanha crueldade com seus semelhantes. Se puder, faça uma pesquisa sobre a escravidão no Brasil, leve livros de história que você dispuser, ilustrações apropriadas à faixa etária deles e converse sobre como acham que o coração de Deus ficou diante da escravidão de preciosos filhos que Ele mesmo criou. Aborde quão pecaminoso, triste e inaceitável é também o racismo – uma das sequelas da escravidão que infelizmente ainda está presente em nossa nação.  
Essa consciência social é uma marca crucial para um genuíno cristão, para quem tem de fato traços da mente e sentimentos de Cristo. E nunca é cedo demais para trabalhá-la.  Portanto, aproveite esse gancho como uma rica oportunidade para abordar essa questão em sua classe, explicando que nenhum ser humano é melhor do que o outro e devemos, como Jesus, amar a todos – não importando nossas peculiaridades e diferenças, sejam físicas, de gostos, personalidade, religião, etc. 
Este também é um ótimo link para abordar o assunto do bullying, quando uma criança inferioriza, persegue, machuca a outra, geralmente por uma característica física diferente. Pergunte se eles sabem o que é bullying; se já passaram por isso; como se sentiram; se já viram alguém passar; se já fizeram; se acham certo/divertido; o que Jesus faria se visse alguém sofrendo bullying... Neste momento esteja atenta caso perceba que algum caso narrado necessita de um especial cuidado.
Deus te abençoe e capacite. Boa aula!
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Primários da CPAD

Lição 06 - 3º Trimestre 2019 - Abra-se o Mar! Primários.

Lição 6 - Abra-se o Mar!

Objetivo: Que o aluno compreenda que podemos confiar na proteção de Deus mesmo quando parecer não haver saída.
Ponto central: Para Deus não existe impossível.Memória em ação: “O meu socorro vem do Senhor Deus, que fez o céu e a terra” (Sl 121.2). 
Querido(a) professor(a), vamos seguindo viagem com o povo de Deus nessa maravilhosa jornada cheia de aventuras, milagres e aprendizados. E desta vez vamos contar aos Primários uma das cenas mais marcantes de toda a história bíblica, quando o Deus Todo-Poderoso abre o Mar Vermelho para o seu povo atravessar. 
É de fundamental importância que você, professor (a), releia e conte esta passagem bíblica de Êxodo 14 como se fosse a primeira vez, porque para muitas crianças assim o é. Na verdade, é interessante que sempre tenhamos esta postura de humildade quando nos colocarmos diante da Palavra do Senhor. 
Lembremos que a Bíblia não é apenas letra, mas Espírito que vivifica (cf 2 Co 3.4-6), portanto, pode ministrar a nós perspectivas e lições diversas de uma mesma passagem. Você já teve esta experiência?! De ler um trecho pela centésima vez, porém, enxergando algo novo?! Recebendo do Alto uma direção para sua vida, uma resposta sobre algo que vinha orando, uma lição que antes não tinha visto ali naquela porção sagrada?! Podemos ir à Palavra com perguntas prontas, mas não com respostas. Assim, manteremos sempre nossa mente e coração abertos ao que o Espírito Santo deseja nos falar. É esta leitura que vivifica a fé. Afinal, como você reagiria se estivesse na praia e o mar se abrisse ao meio diante de seus olhos?! Como você contaria este episódio extraordinário?!
Que seja com esta empolgação que você dê sua próxima aula. Para fomentar as lições acerca desta cena icônica, você pode se valer do trecho correspondente presente na animação “O Príncipe do Egito”, facilmente encontrado na Internet em plataformas como YouTube, por exemplo. Além dos demais recursos contidos em sua revista, também sugerimos finalizar a lição com um louvor bem animado sobre o tema; é do Ministério Hebrom, gravado na AD de Bonsucesso (RJ), pela CPAD Music. Para visualizar clique AQUI. As crianças certamente vão adorar.
Deus te abençoe e capacite. Boa aula!
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Primários da CPAD

Lição 01 - 3º Trimestre 2019 - O Nascimento de João Batista - Juniores.

Lição 1 - O Nascimento de João Batista 

3º Trimestre de 2019
Texto Bíblico – Lucas 1.5-25,57-64.
Prezado(a) professor(a),
Estamos começando mais um trimestre da Revista Lições Bíblicas Juniores. Esperamos que seus alunos estejam agregando conhecimento das Escrituras Sagradas e aumentando o seu relacionamento com Deus. Afinal de contas, esse deve ser o resultado de todo o seu trabalho e empenho na preparação de cada aula. É gratificante quando ensinamos a Palavra de Deus aos nossos alunos e podemos acompanhar o crescimento espiritual de cada um deles.
Neste trimestre seus alunos conhecerão com mais detalhes a vida de Jesus. Seu nascimento, vida, ministério, morte e ressurreição foram registrados pelos quatro evangelistas em seus respectivos evangelhos: Mateus, Marcos, Lucas e João. A vida de Jesus é repleta de fatos e pessoas que foram alcançadas por sua bondade e graça.
A aula desta semana apresenta o nascimento do homem que foi o precursor de Jesus Cristo: João Batista era o seu nome. Um homem simples que se vestia de pele de ovelha e se alimentava de gafanhoto com mel silvestre. Este era a “voz que clama no deserto”, como disse o nosso Senhor, e veio preparar o coração dos homens para receber o evangelho do Reino e a Salvação já anunciada. Mas, antes que João Batista se tornasse o maior de todos os profetas, Deus operou de maneira gloriosa em seu nascimento. Lucas relata que o pai de João, o sacerdote Zacarias, havia recebido a visita de um anjo que lhe prometera a paternidade. Zacarias ficou atônito com a visão, e como não acreditou que um milagre poderia acontecer devido à sua idade avançada, o anjo disse que ele ficaria mudo até o nascimento do menino.
“O anjo apresenta um resumo da pessoa e ministério de João Batista (Lc 1.14-17). Seu ministério como precursor de Cristo será motivo de alegria para Zacarias e muitas outras pessoas. Prazer (chara) e alegria (agalliasis) são fortemente enfatizados em Lucas-Atos, sobretudo com relação ao ministério do Espírito Santo. A vinda de João Batista será motivo de alegria para muitos por causa da sua posição elevada aos olhos de Deus; ele foi especialmente escolhido para fazer uma grande obra de graça. Em Lucas 7.28, Jesus diz que nenhum dos nascidos de mulher antes de João tinha sido maior que ele. Sua grandeza é resultado de seu papel profético e função como precursor de Cristo.
João deveria abster-se totalmente de vinho e bebida forte. Até onde a devoção humana é possível, ele será um vaso pronto e limpo, totalmente consagrado ao Senhor. E o que é mais importante, ‘[ele] será cheio do Espírito Santo, já desde o ventre de sua mãe’. Este enchimento com o Espírito caracteriza João Batista como profeta. A criança prometida terá a missão profética de converter as pessoas da idolatria e pecado para Deus e a justiça. Pessoalmente dedicado a Deus, o ministério de João será capacitado pelo Espírito Santo. Como precursor que prepara o caminho do Senhor, ele será um profeta que cumpre a promessa de Malaquias 4.5,6, e, assim, ele fará o trabalho com o mesmo poder espiritual do profeta Elias” (Comentário Bíblico Pentecostal do Novo Testamento. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p. 320).
Compartilhe com seus alunos os detalhes do chamamento do profeta Zacarias e a forma como Deus o escolheu desde o ventre de sua mãe. Deus traçou um plano especial para a vida de Zacarias e ele obedeceu à vontade do Senhor do início até o fim. Mostre aos seus alunos que, do mesmo modo, Deus nos escolheu para fazermos a sua obra (cf. Jo 15.16). Para tanto, devemos ter uma vida consagrada que se afasta de tudo o que não agrada a Deus. Diga também que quando servimos a Deus com alegria, essa mesma alegria é transmitida para as demais pessoas.
Para reforçar a lição, escreva no quadro a seguinte frase:
“SOU FELIZ EM SERVIR AO SENHOR JESUS PORQUE...”
Peça aos alunos que escrevam numa folha de papel sulfite os motivos pelos quais eles sentem a alegria em servir a Deus.

Lição 06 - 3º Trimestre 2019 - O Primeiro Milagre - Juniores.

Lição 6 - O Primeiro Milagre

3º Trimestre de 2019

Texto Bíblico – João 2.1-12
Prezado(a) Professor(a),
Na aula desta semana seus alunos terão a oportunidade de aprender um pouco mais a respeito dos milagres operados por Jesus. Dentre eles, encontramos um que é polêmico pela forma como o texto nos apresenta a situação. As diferentes versões bíblicas tentam elucidar este fato, porém este é um daqueles relatos bíblicos que exige uma pesquisa mais minuciosa: “As bodas de Caná da Galileia”.
A lição de hoje apresenta o episódio em que Jesus é convidado para ir a uma festa de casamento. Num certo momento da festa, a mãe de Jesus o notifica que o vinho havia acabado e todos ficariam sem a bebida. Imagina o constrangimento para aquele casal de noivos que no meio da sua festa ficariam sem um importante item da recepção aos convidados. Ao saber da situação, Jesus responde a Maria, “Não é preciso que a senhora diga o que eu devo fazer. Ainda não chegou a minha hora” (cf. Jo 2.4). Naturalmente a nossa perspectiva cultural nos faz enxergar o texto como se Jesus estivesse tratando sua própria mãe de forma mal educada. Tratamento este que não condiz com o caráter de Jesus, nem mesmo com o contexto da sua época que exigia total honra aos pais e punição para os filhos desobedientes. Mas o que Cristo quis dizer?
“Mulher, que tenho eu contigo? (2.4). A expressão em grego, ti emoi kai soi, quer dizer literalmente ‘o que [isso] tem a ver comigo ou com você?’ Sua ambiguidade levou a uma variedade de explicações. Certo comentarista sugere que Jesus quer dizer ‘o que isso tem a ver conosco?’, e sugere que, de acordo com o costume da época, os convidados faziam turnos comprando o vinho que seria bebido por todos pela saúde da noiva e do noivo. Ele supõe que Maria, ao dizer a Jesus que o vinho estava prestes a acabar, estava insistindo para que Ele realizasse o dever de um convidado, e comprasse a próxima rodada. A resposta de Jesus poderia simplesmente querer dizer ‘Não é a minha vez!’.
Embora esta seja uma interessante visão da cultura, provavelmente existem melhores traduções para a frase. Por exemplo, Cristo poderia estar perguntando gentilmente a Maria porque ela está falando a Ele sobre uma necessidade que Ele já entendeu e pretende satisfazer. Neste caso, as instruções de Maria para os servos são mais compreensíveis. Jesus não negou seu pedido, mas pretendia satisfazer a necessidade sem a intervenção de sua mãe.
[...] Mas ainda há outra possibilidade. Jesus está prestes a realizar o primeiro dos seus miraculosos sinais: um sinal que revelará sua glória e fazer com que os seus discípulos ‘creiam nele’ (2.11). Há muito tempo, quando criança, Jesus insistia: ‘me convém tratar dos negócios de meu Pai’ (Lc 2.49). No entanto, Jesus rejeita a intervenção de Maria: Mulher, agora nenhum relacionamento terreno pode deter, pois por fim Eu estou me iniciando nos negócios de Meu Pai.
Maria agora se curva ao seu filho, e diz aos servos: ‘fazei tudo quanto ele vos disser’ (2.5). Agora Jesus submete-se somente ao Pai, e, por causa disso, toda a humanidade submete-se a Cristo como Senhor” (RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, pp. 200, 201).
Tendo em vista que o comportamento de Jesus serve de referência para a conduta cristã, mostre aos seus alunos a importância de valorizar o respeito aos pais. Maria, além de ser uma grande mãe, era também uma ótima auxiliadora do ministério de Jesus, o que nos faz entender que ela deve ser respeitada como mãe e serva de Deus. Converse com seus alunos e pergunte se eles têm sido obedientes e, principalmente, carinhosos com suas mães. Explique que, assim como Jesus, eles também devem tratar suas mães com respeito, amor e carinho.

Lição 01 - 3º Trimestre 2019 - Chegou o Salvador - Pré Adolescentes.

Lição 1 - Chegou o Salvador 

3º Trimestre de 2019
A lição de hoje encontra-se em: Lucas 2.1-20.
Olá caro(a) professor(a)
Estamos iniciando mais um trimestre de estudo da Palavra de Deus e esperamos que os seus alunos estejam amadurecendo na fé. Neste trimestre vamos estudar a respeito da pessoa de Jesus, o nosso Salvador. Na fase em que seus alunos estão vivendo, é importante que eles saibam com propriedade, quem é Jesus e porque o chamamos de Salvador. Jesus não é somente o Filho de Deus, mas o nosso Salvador pessoal. Existe uma relação pessoal de Cristo com cada um de nós no que diz respeito a nossa entrada no Reino de Deus. Foi Ele quem entregou a própria vida em nosso lugar a fim de nos salvar. Ter essa certeza em nossos corações e manter esse relacionamento com Cristo é de suma importância para a vida espiritual de seus alunos. Para tanto, é imprescindível que seus alunos conheçam algumas verdades a respeito do Salvador:
“O Salvador... Cristo, o Senhor. Na ocasião do seu nascimento, Jesus é chamado ‘Salvador’. (1) Como Salvador, veio nos libertar do pecado, do domínio de Satanás, do mundo ímpio, do medo, do pecado, da morte e da condenação pelas nossas transgressões (ver Mt 1.21 – nota). (2) O Salvador também é ‘Cristo, o Senhor’. Foi ungido como o Messias de Deus, e o Senhor que reina sobre o seu povo (Mt 1.1 – nota sobre o nome de Cristo). Ninguém pode ter Cristo como Salvador, enquanto o recusar como Senhor. 
Cristo. O termo ‘Cristo’ (gr. Christos) quer dizer ‘ungido’. É a forma grega do hebraico ‘Messias’ (Dn 9.25,26). (1) Desde o início do seu Evangelho, Mateus afirma que Jesus é o Ungido de Deus, ungido com o Espírito Santo (cf. Is 61.1; Lc 4.18; Jo 3.34; At 10.38. (2) Foi ungido como Profeta, para trazer conhecimento e verdade (Dt 18.15); como Sacerdote, para oferecer o supremo sacrifício e expiar nossas culpas (Sl 110.4; Hb 10.10-14); e como Rei, para governar, guiar e estabelecer o reino da justiça (Zc 9.9). 
Jesus. Jesus é a forma grega do hebraico Yeshua (Josué), que significa ‘O SENHOR salva’ (Js 1.1). O termo define a futura missão do Filho de Maria, que é salvar o seu povo dos seus pecados (v. 21). O pecado é o maior inimigo da raça humana, arruinando a vida e a alma da pessoa. Através da morte expiatória de Jesus e do poder santificador do Espírito Santo, quem vem a Jesus é libertado da culpa e da escravidão do pecado (ver Jo 8.31-36; At 26.18; Rm 6; 8.1-16)” (Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, pp. 1386-87, 1503-04).
Leve estas informações para os seus alunos e pergunte se eles sabem o que significa cada termo. Em seguida, responda explicando os termos e pergunte a cada um se possui em seu coração a certeza de que Jesus é o seu Salvador pessoal. Reforce que Ele se torna o nosso Salvador a partir do momento que submetemos as nossas vidas ao seu senhorio.

Lição 06 - 3º Trimestre 2019 - Crucificação e Morte de Jesus - Pré Adolescentes.

Lição 6 - Crucificação e Morte de Jesus

3º Trimestre de 2019
Lição de hoje encontra-se em: Lucas 23.33-48.
 Caro(a) professor(a),
Na lição desta semana seus alunos terão acesso a maiores detalhes de um dos momentos mais cruciais do ministério de Jesus: sua morte por meio da crucificação. Esse momento, com certeza, foi o mais trágico da vida de Cristo e seus discípulos sentiram muito. A princípio, eles não entenderam como alguém que só havia feito o bem às pessoas poderia morrer de uma maneira tão covarde. Tudo pareceu muito confuso para os discípulos, pois a compreensão deles estava limitada a respeito de todos os eventos que estavam ocorrendo, muito embora Cristo houvesse predito que todas essas coisas haviam de acontecer.
Nesse contexto encontramos um personagem que, apesar de não compreender integralmente a intensidade de suas palavras, foi o único que mediante a fé conseguiu enxergar em Cristo o Messias verdadeiro tão esperado em Israel. Estamos falando do ladrão da cruz, um homem que estando no mesmo sofrimento que Jesus, reconheceu a pureza e inocência do Nazareno diante daquela injusta sentença de morte.!
 O ladrão da cruz
O criminoso que estava prestes a morrer teve mais fé do que todos os demais seguidores de Jesus. Embora continuassem a amar o Mestre, a esperança deles em relação ao Reino estava abalada. A maioria se escondeu. Como um dos seguidores de Jesus disse com tristeza dois dias depois da morte do Mestre: ‘E nós esperávamos que fosse ele o que redimisse Israel’ (Lc 24.21). Em contraste, o criminoso olhou para o Homem que morria ao seu lado e pediu: ‘Senhor, lembra-te de mim quando entrares no teu reino’. A julgar pelas aparências, o Reino estava acabado. Como é inspiradora a fé daquele ladrão que sozinho foi capaz de enxergar, além da vergonha presente, a glória vindoura!” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p. 1405).
O sofrimento do ladrão da cruz nos faz perceber que somente em momentos difíceis como aquele vivido na cruz é possível olhar inteiramente para Jesus como o único caminho que pode nos salvar e trazer livramento das aflições da vida. Parece que o quanto podemos resistir, nos negamos a depender de Deus, achando que é possível encontrar saída para os problemas sem contar com o auxílio do Criador.
É natural que o ser humano prefira esgotar todos os recursos possíveis e, somente então, volte-se para Deus em busca de resposta. Mas ao servo do Senhor que conhece o Deus a quem serve, voltar-se para Ele é prioridade, pois não há outro que possa livrar e salvar como o nosso Deus.
Aproveite a ocasião e converse com seus alunos a respeito do quanto eles têm dependido de Deus. Mostre que não podemos permitir que a nossa comunhão com o Pai se torne mais intensa somente quando os problemas vêm nos afligir. Pelo contrário, devemos manter a nossa intimidade com Deus de modo constante, todos os dias, em oração e estudo das Escrituras Sagradas.

Lição 01 - 3º Trimestre 2019 - O Que é uma Sociedade - Adolescentes.

Lição 1 - O que é uma Sociedade

3º Trimestre de 2019
ESBOÇO DA LIÇÃO:
O QUE É UMA SOCIEDADE
MUDANÇAS SOCIAIS
JESUS E A SOCIEDADE
OBJETIVOS
Compreender o que é uma sociedade;
Saber que os valores de Deus são eternos e imutáveis para todas as sociedades;
Conscientizar de que Jesus deseja que façamos a diferença em nossa sociedade.
CIRCUNSTÂNCIAS QUE RONDAM OS ADOLESCENTES NA SOCIEDADE ATUAL   
Prezado professor, prezada professora,
Nesta semana iniciaremos o terceiro trimestre com um tema palpitante: Vivendo em Sociedade. A primeira lição trata sobre o conceito de sociedade: O que é uma Sociedade.
Sabemos que hoje em dia é imprescindível estarmos conectados com a sociedade a nossa volta. Os acontecimentos não cessam e todos os dias somos surpreendidos com novos fatos no campo político, econômico e social. Podemos dizer que os adolescentes vivem numa sociedade conectada à era da informação. 
Na sociedade moderna, além dos meios de comunicação tradicionais, há muitas ferramentas eletrônicas como a internet, os blogs, os sites e as tvs por assinatura que trazem as informações em tempo real, mantendo sempre o público atualizado. Os filmes em DVD, na TV ou cartaz nos cinemas também são fontes de informação tendenciosa e intencional, pois podem mostrar várias mensagens subliminares. Devemos entender que por trás de uma história ou enredo, existe sempre uma idéia que influencia e manipula a opinião do telespectador de forma positiva ou não. Seja em programas de televisão, nos cinemas, jornais, revistas, e até mesmo na internet, encontramos diversos assuntos que já possuem opiniões pré-estabelecidas de seus idealizadores. 
Na obra “Adolescentes S/A” o autor adverte aos adolescentes acerca do cuidado que devemos ter com os filmes:  
“(...) Cuidado com os filmes que exaltam a imoralidade e banalizam a violência. O mal que pode causar é muito maior do que a diversão que proporcionam. (...) Jovens que não estranham a banalização da violência nos filmes podem estar perdendo a sensibilidade e o amor ao próximo sem saber.”
     Na sociedade em que vivemos, o volume informacional gerado pela mídia (rádio, jornais, revistas, tv) cresce assustadoramente e, ao passo que isso acontece, a qualidade das notícias e dos programas televisivos tem piorado consideravelmente. Muitas atrações televisivas procuram atrair o telespectador com cenas indecentes, apelativas e personagens que só proferem palavras torpes e desagradáveis. Cabe aos expectadores escolher e selecionar a programação que será conveniente para ele e sua família, usando a sabedoria para apenas assistir atrações que estejam de acordo com a faixa etária do público, que acrescente conhecimento e que edifiquem aqueles que a assistem. Tudo isso reflete o tipo de sociedade que estamos inseridos.
Portanto, muito cuidado e discernimento!    
Tenha uma boa aula!
Marcelo Oliveira de Oliveira
Redator do Setor de Educação Cristã da CPAD

Lição 06 - 3º Trimestre 2019 - Mantendo-se Puro na Sociedade - Adolescentes.

Lição 6 - Mantendo-se Puro na Sociedade

3º Trimestre de 2019
ESBOÇO DA LIÇÃO:POR QUE DEUS CRIOU O SEXO?
UM PLANO OPOSTO AO DE DEUS
AS MENTIRAS DA MÍDIA
TUDO TEM O SEU TEMPO
UM CAMINHO DE SANTIDADE
OBJETIVOSEnsinar que Deus criou o sexo com um propósito distinto;
Enfatizar que Deus criou o homem com desejo sexual e que o Diabo tem deturpado este instinto;
Refutar biblicamente as mentiras da mídia quanto à sexualidade.
Os Mistérios do Amor Conjugal em CantaresNo centro de Cantares está o amor que se exprime com naturalidade, simplicidade, pureza e calor a sua paixão e intimidade.
Por
Esdras Costa Bentho
"Que ele me beije com os beijos da sua boca!" (1.2)
Cantares é a obra mais romântica e simbólica da literatura universal. Seus símbolos ilustram o amor em uma profusão que o leitor fugaz não percebe. Trata-se de uma óde atemporal, que representa o amor entre um homem e uma mulher do modo mais sagrado e belo.
No centro de Cantares está o amor que se exprime com naturalidade, simplicidade, pureza e calor a sua paixão e intimidade: “gritos de alegria, a voz do noivo e a voz da noiva” (Jr 7.34; 16.9; 25.10). Justamente por causa da absoluta universalidade dessa experiência, os símbolos usados em Cantares são constantes e logo perceptíveis, pelo menos a nível global, embora nos detalhes estejam carregados de conotações orientais, exóticas e, às vezes, exasperadas.
AmorCantares é um encontro com o amor. Trata-se de um verdadeiro minivocabulário de palavras repetidas dezenas de vezes, porque o enamorado nunca se cansa de dizer à sua mulher: Tu és fascinante (na’wah); és encantadora (iafah); minha amada (‘ahabah); minha irmã (‘ahotî); minha esposa (kallah); meu tesouro (ra ‘iatî); amor de minha alma (‘ahabah nafsî), minha única (6.9). Cantares convida o homem moderno a expressar sem medo ou receio o seu mais profundo amor à mulher amada. Desperta o amásio a expressar as mais significativas e belas frases de amor. A palavra é geradora de sentimentos e fertilizante para o coração.
E para a mulher, o esposo é sempre dodî, “o meu amado”. É assim que o coração é arrebatado (4.9), a paixão é fremente (7.11; 8.7), a delícia (5.17) cancela a vergonha (8.1,7), o anelo inconsciente (6.12) gera contemplação (7.1) e predileção (6.9). Há quase um desmaio de amor (2.5), numa espécie de doença incurável (2.5; 5.8), num sono estático (2.7; 3.5; 5.2; 7.10; 8.4,5), numa embriaguez (5.14), num desfalecimento incitante (5.6). Mas também há o medo que perturba (6.5), há a ausência insuportável (5.6), os pesadelos noturnos (3.8). Mas tudo se esvaece e apenas ouve-se aquela voz doce e suave (2.14). Então tudo volta a ser triunfo dos sentidos numa espécie de paraíso do olfato e do paladar: os frutos do amor são saborosos (2.3; 4.16; 7.9,14), são mel, néctar, leite (4.11; 5.1,12), doçura para o paladar (5.17) [1].O amor é comparado a cheiros e sabores. Na carreira diária, às vezes, nos esquecemos do estro que nos torna humanos. Colocamos os nossos sentidos reféns do vil metal, enquanto eles são indispensáveis ao conhecimento do outro. Não se ama sem odores e cheiros. O amásio conhece o doce cheiro de sua amada e o paladar de seus lábios. O amor demonstrado na obra eleva o amor a um estado de completo arrebatamento. O poema recomenda aos amásios a sentirem o cheiro e o sabor um do outro. É um convite ao verdadeiro encontro! Nesse amor sublime, nada espiritual e muito menos mundano, os amásios são convidados a viverem com toda intensidade a sua plena humanidade e conjunção carnal nos laços do matrimônio.
CorpoNão existe, de fato, um livro bíblico que siga tão intensamente a realidade do corpo em todos os seus meandros e segredos e em toda a sua aparência. Vemos o rosto (2.14; 5.2,11; 7.6; 8.3) com a boca aberta ao beijo (1,2; 4.3; 8.1); e à voz (2.8,14; 5.2; 8.12), com os lábios frementes (4.3,11; 5.13; 7.10), com a língua (4.11), com os dentes cândidos (4.2; 5.12; 6.6), com o paladar que deseja saborear (5.16; 7.10); e o nariz atraído pelos perfumes (7.9), com as faces 1.10; 4.3; 5.13; 6.7), com os olhos (1.15; 4.11; 5.2,11; 6.5; 7.5; 8.10) que muito se movem e piscam (2.9) ou ternos (4.9), com os cabelos e as tranças (4.1,6; 5.10), com o pescoço harmonioso (1.10; 4.4; 7.5).
Nada mais óbvio do que afirmar que cada detalhe da amada ou do amado não passa despercebido ao verdadeiro amor. Em uma cultura que aprendeu a ditar suas regras estéticas e seus gostos artesanais à moda Michelangelo, o ser (Dasein) desaprende a ver as qualidades intrínsecas da própria fisionomia humana, irretocável. Não importa o formato do nariz, o importante é usá-lo para cheirar os mais preciosos odores do cônjuge. Pouca importância tem a densidade dos lábios, o essencial é saborear aquilo que o amor reservou para os amantes. A cor dos olhos não cativa tanto quanto o seu brilho.
Quem ama encontra suas próprias razões para amar, apesar de tudo.
Depois, eis o corpo ereto (2.9; 7.8) que se ergue solene (2.10,13; 3.2; 5.5), que aperta com força o ser amado (3.4), que abraça (2.6; 8.3,6), que dança de júbilo (2.8), mas que também é plantado sobre as pernas e sobre os pés (5.3; 7.2). [2] O corpo é visto em Cantares como um cântaro cheio de surpresas e venturas.
O amor, sentimento difícil de ser descrito em palavras, tem através das imagens corpóreas do Cântico a sua mais elevada expressão e propósito. Se ama verdadeiramente quando se entrega. Tentaram em vão, Orígenes e São Bernardo, explicar as imagens corporais como símbolos da virtude cristã, ou sabedoria e ciência. Pobres teólogos mortais...que se negam a amar e a reconhecer que o amor entre cônjuges é uma dádiva da criação divina!
Observa-se também o esplendor dos seios (1.13; 4.5; 7.4,8,9; 8.8,10), a perfeição dos quadris (7.2), da bacia (7.3), do ventre (5.14; 7.3). Os seios com todo o seu esplendor é o repouso do abraço apaixonado! Um dado muito interessante relata em 7.4: os seios como crias gêmeas da gazela. Nada mais risonho, infantil e dócil. Nego-me a aceitar a interpretação de que os dois seios são as colinas de Ebal e Gerizin. Trata-se da mais eficaz sedução da parte da amada, que desejam os intérpretes reduzir a duas colinas vetustas e de valor espiritualmente simbólico. Ao movimentar freneticamente os quadris, os seios movem-se rapidamente, lembrando ao amado os gamos gêmeos saltitando pelos bosques.
Eis ainda, acima de tudo o coração que, na linguagem bíblica é sinônimo de consciência, inteligência e amor (5.4; 8.6). Nessa luz, o conhecimento recíproco dos enamorados não acontece só através da mente, mas também da paixão, dos sentidos, da ação e da alegria que se completa na plena realização sexual do casal: Meu bem amado põe a mão pela fenda e minhas entranhas estremecem. Não precisamos "abrir o verbo" para não corar os mais tímidos! Os símbolos "mão" e "fenda", desde a Antiguidade representavam os órgãos sexuais masculino e feminino, e no mínimo, aqui, as carícias entre os cônjuges. A destreza do amado é comparada em 5.14 à "mãos de ouro torneadas, cobertas de pedras preciosas". Cântares convida o casal a viver a vida sexual em sua completude, sem receios ou moralismo hipócrita que impede a felicidade dos cônjuges. Viva plenamente!
PerfumesCantares é permeado por perfumes (1.3,12ss; 2.13; 3.6; 4.10-11; 5.13; 7.9,14): Nardo (1.12; 4.13), cipreste (1.14; 4.13); bálsamo (2.17; 5.1,13; 6.2; 8.14), essência exótica (6.6; 4.14), incenso (3.6), açafrão, canela e cinamomo (4.14). Existe até mesmo um “monte da mirra”, uma “colina do incenso” (4.6) e os “montes do bálsamo” (8.14). A suavidade do vinho é a comparação mais espontânea para exprimir a embriaguez e doçura do amor (2.4; 4.10; 5.1; 7.3,10; 8.2). Nada melhor do que comparar o amor ao cheiro exótico da canela, que se supõe poderes afrodisíacos! As plantas odoríficas estão plantadas no "jardim fechado", figura que destaca o mistério, o espanto e assombro que é o amor de uma mulher com o seu marido. Ela é um jardim fechado em cujo canteiro estão plantados diversas ervas aromáticas que jamais poderiam crescer juntas. Esse jardim fechado também é um belo e delicioso pomar, cujas frutas saborosas são para a degustação dos amados. É um paraíso de romãs (4.13), um pomar das delícias que só o encontro assombroso entre um homem e uma mulher poderia desfrutar. O jardim das delícias é carregado com o cheiro do amor e dos sentimentos que se perpetuam e se fixam com os odores das plantas. Trata-se, na verdade, de um convite ao amor, comparado a pomares e ervas aromáticas. Um mistério que somente os que amaram intensamente são capazes de revelar.
Objetos PreciososA vista e o tato são envolvidos, seja por causa do contato físico entre os dois corpos, seja porque o esplendor do amor é pintado segundo as impressões produzidas por deslumbrantes objetos preciosos: Ouro e prata (1.11; 3.10; 5.11,13,15; 8.9,11,12), pérolas e brincos (1.10,11; 4.9), coroas (3.11), selos (8.6), taças (7.3), madeira nobre do Líbano (3.9); bordados (3.10), púrpura (3.10; 4.3; 7.6), safiras (5.14), marfim cinzelado (5.14; 7.5).
JardimSobre o jardim brilha o sol (1.6; 6.10) e se reflete a lua (6.10). Sucedem-se as auroras e as noites (6.10; 7.12,13), descem as sombras (4.6), sopram o aquilão e o austro (4.16), sopra a brisa (2.17; 4.6), levantam-se colunas de fumaça (3.6), gotejam as chuvas e o orvalho (2.11; 5.2). O jardim “fechado” (4.12) é a figura do “eu feminino”, a “inviolabilidade da pessoa”, um “mistério inatingível contido no corpo da mulher e do seu parceiro”. Salomão salienta que a amada é exclusivamente dele, como um jardim que pertence unicamente ao seu dono, sendo inacessível a todos. Também os poços e fontes eram, às vezes, selados para preservar água, coisa mais do que preciosa no oriente, evitando que outros a tomassem.
Finalmente, só poderíamos terminar com o verso mais célebre dos Cânticos dos Cânticos:
“... azzah kammawet ‘ ahabah..”
“forte como a morte é o amor”.
Notas
[1,2] RAVASI, Gianfranco. Cântico dos Cânticos: pequeno comentário bíblico. São Paulo: Paulinas, 1988.

Marcelo Oliveira de Oliveira
Redator do Setor de Educação Cristã da CPAD

Lição 01 - 3º Trimestre 2019 - O Que é Ética Cristã - Juvenis.

Lição 1 - O que é Ética Cristã

3º Trimestre de 2019
“Os preceitos do Senhor são retos e alegram o coração; o mandamento do Senhor é puro e alumia os olhos” (Sl 19.8).
OBJETIVOS
Conceituar Ética;
Diferençar Ética e Moral;
Apresentar a Ética na perspectiva cristã;
Expor a importância da Ética Cristã para a vida.

ESBOÇO DA LIÇÃO
O QUE É ÉTICA
ÉTICA E MORAL
A ÉTICA SOB A PERSPECTIVA CRISTÃ
A IMPORTÂNCIA DA ÉTICA CRISTÃ PARA A VIDA
Querido (a) professor (a), já entramos no penúltimo trimestre do ano. Tantos foram os compromissos, desafios, lutas, livramentos, conquistas... Você pode parar por um momento e fazer uma breve recapitulação?! Não só no âmbito ministerial, em classe com seus alunos, mas também na esfera pessoal. Esta pausa com reflexão é muito importante para nos renovarmos no Senhor e podermos avançar com os pés bem firmados nEle.
Você é um instrumento de Deus para transmitir a Palavra do Senhor aos seus juvenis. Por isso, renove-se nEle, comece esta nova etapa refletindo, como nesta oração de Moisés, registrada como o mais antigo salmo da bíblia:
“Senhor, ensina-nos a contar os nossos dias, de tal maneira que alcancemos coração sábio” (Sl 90.12).
Perceber que a vida é curta nos ajuda a usar o pouco tempo que temos mais sabiamente e para o bem eterno. Reserve um momento para “contar seus dias” e perguntar-se: o que desejo que aconteça em minha vida antes de morrer? Que pequeno passo tenho de dar em direção a tal propósito hoje? (Bíblia de Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, p. 797)
O tema deste trimestre é de fundamental importância para a Igreja, especialmente no atual cenário político-social ao qual nos encontramos como nação. A corrupção age como metástase de um câncer em nossa sociedade, desde o Congresso Nacional, passando inclusive pela Bancada Evangélica na Câmara, descendo até as camadas mais profundas de todo o nosso País. E infelizmente também dentro das igrejas. Como o nosso Mestre Jesus já nos havia predito, o joio cresceria junto ao trigo. Ah e como ele cresce! Está cada vez mais difícil encontrar cristãos honestos, íntegros, genuínos, que realmente são pequenos Cristos, como o significado etimológico do termo “cristão”. Será que as pessoas se sentem perante Jesus quando olha a mim e a você?!
Além é claro, das complexidades sociais, virtuais, avanços tecnológicos e todos os dilemas pós-modernos que nos bombardeiam diariamente. E se até mesmo para cristãos maduros é difícil lidar assertivamente com tantas ofertas, decisões, possibilidades que parecem se renovar vorazmente em nosso tempo, imagine para os Juvenis. Por isso, esteja preparado e tenha paciência com eles, frente às dúvidas, contestações, debates e até mesmo controvérsias que possam vir a surgir em classe ao longo das próximas lições.
É crucial que você mestre, a exemplo do nosso grande Rabi, proporcione aos seus discípulos um ambiente acolhedor, onde eles se sintam encorajados a se expressar livremente, tanto sobre suas dúvidas, quanto até mesmo suas discordâncias. Uma vez expostas estas questões podem ser sanadas. Porém, se por autoritarismo forem reprimidas, elas poderão crescer e causar grandes estragos, individuais e coletivos.
É verdade, como você sabe bem o desafio de seu ministério é grande, mas o amor, a graça e capacitação de Deus a você é maior. Esteja dependente dEle em todo o tempo. Por mais experiente, erudito e preparado academicamente que você seja nunca entre em uma sala de aula sem levá-lo contigo, sem a humildade necessária para que o Espírito Santo desfaça seu planejamento se preciso para operar o dEle. Não se esqueça que a Palavra que você ensina não é sua, é dEle. Este temor e reverência é a fonte de toda sabedoria que Jesus anseia derramar sobre sua vida e a de seus alunos. Que o seu coração esteja sempre aberto e arado para frutificar desta boa e eterna semente.
O Senhor te abençoe e capacite. Boa aula!
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Juvenis da CPAD

Lição 06 - 3º Trimestre 2019 - A Ética Cristã e o Bullyng - Juvenis.

Lição 6 - A Ética Cristã e o Bullying 

3° Trimestre de 2019
“Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós, porque esta é a lei e os profetas” (Mt 7.12).“Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós, porque esta é a lei e os profetas” (Mt 7.12).
Esboço da Lição
1.O QUE É BULLYING?
2. NÃO HÁ JUSTIFICATIVA PARA A PRÁTICA DO BULLYING
3. BEM-AVENTURADOS OS PACIFICADORES
Objetivos
Definir o que é bullying;
Ensinar que não há justificativa para o bullying;
Defender que felizes são os pacificadores.
Querido (a) professor (a), em nossa próxima aula teremos a preciosa oportunidade de conversar com nossa classe sobre um tema extremamente relevante, em especial nesta faixa etária: Bullying. Lamentavelmente isto que muitos pais e educadores mais retrógrados consideram apenas uma “frescura” ou “mi mi mi” tem ceifado centenas de jovens mundo a fora. 
Uma polêmica série da Netflix foi tema de debate em diversos países por abordar o extremo da onde o Bullying pode levar – ao suicídio. A série“13 Reasons Why”, baseada no livro Thirteen Reasons Why (2007), gira em torno de uma estudante – na faixa etária de seus juvenis –, que se mata após uma série de ações, perseguições e pressões culminantes, provocadas por  outros adolescentes de sua escola. Ela grava 13 fitas cassetes antes de se suicidar relatando o que cada um dos treze “amigos” fizeram com ela, tornando-se um dos motivos pelos quais ela decidiu tirar sua própria vida.
Como cristãos, podemos pensar que nossos jovens estão livres de chegar a este terrível ponto de perturbação mental. Porém, infelizmente, não é o que as estatísticas revelam. E como responsáveis precisamos falar, instruir, prevenir tamanha tragédia. 
Devido a grande repercussão da série provavelmente seus alunos já viram ou ouviram falar a respeito. Então, melhor que debatam a mesma sendo instruídos e orientados por você, do que apenas falem entre outros adolescentes – que também estão no auge de suas crises e intensidade, típicas desta fase.
Por isso, sugerimos que você promova esse debate, conscientizando seus alunos que podem ser alvos ou mesmo os algozes, da seriedade e terríveis consequências que certas “brincadeiras”, “zoações”, podem repercutir na vida de outras pessoas. Lembrando que também existe o “cyberbullying”, que também é uma forma de violência psicológica criminosa. 
Professor (a), talvez muitos de seus alunos que estejam vivenciando tal prática, como vítima ou mesmo como agressor, não querem se identificar como tal. A negação é um mecanismo de defesa da nossa psique, para não lidarmos com algo muito incômodo ou doloroso.
Portanto, interceda para que o Espírito Santo convença os corações, tanto dos que estão sendo vitimizados, como os dos que estão vitimizando. Ambos necessitam urgentemente de ajuda e cura. Esteja muito atento às declarações de seus alunos no decorrer de toda a aula, para observar se há casos que precisem ser tratados posteriormente, em particular.
Não permita que o tema seja banalizado ou ridicularizado em classe. Para tanto, enfatize que existem inúmeras notícias de crianças e adolescentes que morrem por causa de tal violência todos os dias. E que, por isso, em 2013, a Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado aprovou a proposta que inclui no Código Penal (Decreto-lei 2.848/40) o crime de intimidação vexatória (bullying).
Normalmente a prática é associada ao ambiente escolar, mas não nos enganemos, ela também pode está acontecendo em qualquer outro local, até mesmo em casa ou na igreja. E em algumas ocasiões por parte de pessoas adultas. Infelizmente isto não é incomum e neste caso pode ser ainda mais difícil para um juvenil identificar a violência psicológica ou mesmo pedir ajuda para lidar com ela.
Note o quão delicado pode ser o cenário. Por isso, ore e prepare-se muito para esta aula, colocando-se sempre a disposição de seus alunos, caso precisem conversar. Também amplie o debate, mencionando todas essas possibilidades, citando exemplos até mesmo de pais, professores e outros adultos em posição de maior poder, que usam de sua autoridade para ridicularizar, estigmatizar, intimidar ou manipular.
Pergunte se eles já presenciaram alguns casos de bullying. Deixem que narrem e preste muita atenção, pois alguns que se sentem constrangidos de contar suas histórias poderão dizer que se trata da experiência de um “amigo” ou “conhecido”.
Explique que como cristãos não podemos nos omitir quando vemos qualquer tipo de injustiça, inclusive as de bullying. Para finalizar peça que leiam juntos os seguintes versículos:
"Portanto, aquele que sabe que deve fazer o bem, e não o faz nisso está pecando"  (Tg 4.17).
“Abre a tua boca em favor dos que não podem se defender; sê o protetor dos direitos de todos os desamparados!” (Pv 31.8)
O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula.
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Juvenis da CPAD

Lição 01 - 3º Trimestre 2019 - As cartas de Pedro: Vivendo em Esperança e Firmados na Verdade - Jovens.

Lição 1 - As Cartas de Pedro: vivendo em esperança e firmados na verdade

3º Trimestre de 2019
Introdução
I-Servo e apóstolo de Cristo;
II-A Primeira Carta de Pedro: Alegria e Esperança em Tempos de Provação;
III- A Segunda Carta de Pedro: Crescimento Espiritual e Firmeza na Verdade.
Conclusão
Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivos:
Apresentar o perfil de Simão Pedro, autor das Epístolas;
Expor sobre a ocasião e o conteúdo da Primeira Carta;
Apresentar o conteúdo da Segunda Carta.
Palavras-chave: Esperança, alegria, crescimento e firmeza.
Para ajudá-lo(a) na sua reflexão, e na preparação do seu plano de aula, leia o subsídio de autoria do pastor Valmir Nascimento:
Por volta dos anos 60-67 d.C, o apóstolo Pedro direcionou duas importantes cartas para as igrejas espalhadas por cinco regiões da Ásia Menor. Apesar do curto espaço de tempo entre uma e outra, os contextos eram distintos. Pedro escreve a primeira numa época em que os crentes estão enfrentando diversas provações, de sorte que o seu propósito é reavivar neles a alegria na esperança da salvação, além de instruí-los sobre como viver em diferentes contextos sociais, enquanto cidadãos, empregados, membros de uma família e da Igreja de Cristo. O segundo documento foi elaborado para advertir os cristãos acerca das heresias que estavam sendo ensinadas entre eles pelos falsos mestres. O apóstolo conclama os crentes a recordarem o que haviam aprendido; crescerem no conhecimento de Deus e a se manterem firmes na Palavra da Verdade. 
As duas cartas, portanto, complementam-se de uma forma extraordinária, pois formam um todo coerentei. Numa, somos instruídos a viver com esperança, alegria e santidade em tempos de provação; na outra, advertidos a não esquecer a vocação e as verdades da Palavra de Deus numa época de falsidade religiosa. Uma prepara e inspira, a outra diz: agarre-se à verdade e mantenha-se firme nela. Juntas, elas ensinam que esperança e verdade devem andar abraçadas no caminho da fé. A esperança sem a verdade é mero otimismo humano, e verdade sem esperança é religiosidade vazia. É exatamente essa junção que faz com que tenham um propósito comum: despertar o ânimo sincero dos crentes (2 Pe 2.1).
Apesar do tempo e da distância, o conteúdo de ambas continua relevante como nunca. Seus conselhos e exortações compõem uma mensagem poderosa e revigorante para os cristãos do tempo presente, e deixam transparecer o sentido da esperança cristã; uma esperança viva e eficaz que, além de nos preparar para o porvir, nos fortalece, encoraja e nos orienta para vivermos plenamente a fé cristã nesta Era de descrença e desespero, enquanto esperamos o retorno do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Isso porque, o mesmo Espírito que as inspirou é o mesmo que sopra ainda hoje entre nós, razão pela qual continuamos comprometidos com a fé cristã como eles lá o foram.
Autenticidade e Autoria
O autor se identifica na primeira carta como “Pedro, apóstolo de Jesus Cristo” (1 Pe 1.1), na segunda, apresenta-se como “Simão Pedro, servo e apóstolo de Jesus Cristo” (2 Pe 1.1). Inegavelmente, trata-se da mesma pessoa, Pedro, também chamado Cefas, homem de reconhecida influência dentro da Igreja Primitiva, a quem Jesus chamou para ser um dos seus discípulos originais. Apesar da declaração de autoria que constam das cartas e da sua ampla aceitação na história da igreja cristã, desde a comunidade primitiva de crentes, com base nas evidências tanto internas quanto externas, questionamentos minoritários sobre a autoria petrina têm sido levantados. 
Uma das objeções reside na linguagem culta empregada na primeira carta. Conforme alguns críticos, não poderia ter sido redigida pelo apóstolo, um homem de poucos estudos e iletrado (At 4.13). Contudo, como bem observa Wayne Grudem, apesar do bom vocabulário e do grego excelente, é um exagero dizer que a primeira carta se trata de “uma obra prima da literatura” em termos de estilo e linguagem. Além disso, a palavra agrammatos utilizada em Atos 4.13, segundo Grudem, pode significar “iletrado, incapaz de ler ou escrever”, mas também pode indicar uma pessoa “sem instrução formal”, alguém que não tenha passado pelo ensino judaico da elite religiosa sob a orientação dos rabinosii. Esta é a melhor interpretação ao caso, visto que os membros do Sinédrio não poderiam supor, com base simplesmente na exposição oral dos discípulos, que eles não sabiam ler ou escrever.  Aliás, o termo “simples e sem erudição” também poderia significar que não eram treinados na retórica grega (oratória)iii, de sorte que o motivo do espanto dos líderes religiosos é que eles falavam com coragem e eloquência, mesmo não pertencendo à aristocracia sacerdotal. 
Portanto, longe de fundamentar uma postura anti-intelectual por parte dos primeiros discípulos, como se fossem ignorantes e sem inteligência, como supõem algunsiv, o verso em questão simplesmente revela que a elite religiosa da época ficou perplexa com o pronunciamento dos apóstolos. Apesar de considerados leigos aos olhos dos membros do Sinédrio, sabiam ler e escrever, inclusive no grego, pois este idioma era bem conhecido e normalmente utilizado na Palestina do primeiro séculov.
Ali, em verdade, estava se cumprindo o que disse o apóstolo Paulo: “Mas Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; e Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes” (1 Co 1.27).
Outro ponto a ser considerado é que Pedro possivelmente recebeu o apoio de Silvano, também chamado Silas, o companheiro das viagens de Paulo (At 15.40; 17.15), como escriba ou amanuense na escrita da sua carta (1 Pe 5.12), algo comum à época. Cidadão romano (At 16.37), tudo indica que Silvano vinha de uma família próspera e tinha boa formação cultural. Nas palavras de Craig Keener: “É possível que Pedro lhe tenha dado algum grau de liberdade com as palavras na composição da carta”vi, o que presumivelmente explicaria a diferença de estilos entre as cartas do apóstolo.
O fato é que a não aceitação da autoria petrina é precária. A Primeira Epístola de Pedro foi “o livro mais antigo e mais unanimemente aceito como autêntico”vii. Charles Bigg declara: “Não há livro do Novo Testamento que possua um testemunho melhor, mais primitivo e mais forte do que 1 Pedro”viii. Eis o motivo pelo qual sua autenticidade foi reconhecida por muitos pais da igreja, a exemplo de Irineu, Tertuliano, Clemente de Alexandria e Orígenes. 
Mais ainda que a primeira carta, a autoria de Segunda Epístola de Pedro é frequentemente questionada. Todavia, os argumentos também não se sustentam. Além da diferença de estilo decorrente do auxílio de Silvano, conforme dito anteriormente, Norman Geisler e Thomas Howe apresentam outras evidências da autenticidade: 1) diferenças de estilo e de tom seriam de se esperar em duas cartas escritas com dois diferentes propósitos, em épocas distintas; o versículo 1 apresenta uma evidência interna da escrita petrina, que rememora as palavras de Jesus concernentes à sua morte (cf. Jo 21.18,19). O autor dessa carta foi testemunha ocular do que ocorreu no Monte da Transfiguração (cf. Mt 17.1-8; 2 Pe 1.16-18). Pedro refere-se a esta como sendo sua “segunda carta” (3.1), pressupondo uma primeira; 2) apesar das diferenças, há muitas semelhanças entre as cartas: ambas põem ênfase em Cristo: 1 Pedro no seu sofrimento e 2 Pedro na sua glória. Ambas se referem a Noé e o Dilúvio (1 Pe 3.20; 2 Pe 2.5; 3.5,6); 3) há uma boa evidência externa sobre a autoria de Pedro, ainda no primeiro século. O arqueólogo William F. Albright datou 2 Pedro de um tempo anterior ao ano 80 d.C. O livro foi citado como autêntico por numerosos pais da igreja, inclusive por Orígenes, Eusébio, Jerônimo e Agostinhoix.
Pedro, o Autor das Cartas
Para entendermos a importância dessas epístolas, vale destacar que o seu autor foi uma das principais personagens do Novo Testamento, comparável em número de citações e pujança ministerial somente ao apóstolo Paulo. Ao analisar o livro de Atos dos Apóstolos o erudito pentecostal Roger Stronstad concluiu que, “se Paulo foi três vezes cheio do Espírito Santo (9.17; 13.9,52), Pedro também o foi antes dele (2.4; 4.8,31). Se Paulo foi chamado para ser o apóstolo dos gentios (9.15), Pedro já havia inau¬gurado um precedente desse ministério quando foi à casa do gentio Cornélio (10.1-11,18; 15.6-11). O ministério de Paulo era itinerante e peripatético (13.1-28,31), da mesma forma como fora o de Pedro antes dele (9.32-41)” . Segundo Stronstad, Pedro foi um profeta carismático, poderoso em palavras e em obras, e pela descrição de Lucas foi ele, e não Paulo, o herói da Igreja Primitiva . Não obstante, só não podemos considerá-lo o primeiro papa, o Sumo Pontífice da igreja, como acreditam os católicos...
Mas nem sempre Pedro foi um exemplo de liderança e caráter. Sua vida foi marcada por altos e baixos, da mesma forma que era o seu temperamento: instável. Mas quem era este homem, e como tudo mudou? 
A Bíblia o apresenta como Simão Barjonas, um homem simples e de temperamento forte que com seu irmão André vivia da pesca no mar da Galiléia, também chamado mar de Tiberíades e lago de Genesaré (Mt 4.18; Mc 1.16). Eram companheiros de Tiago e João, filhos de Zebedeu, igualmente pescadores (Lc 5.10). Jonas, seu pai, era provavelmente um pescador (Jo 1.42).
Nos Evangelhos, Pedro e André são os primeiros discípulos vocacionados por Jesus, chamados para serem “pescadores de homens” (Mc 1.16), numa alusão ao trabalho de ganhar almas para o Reino de Deus. Posteriormente, a chamada foi confirmada quando Jesus escolheu os Doze (Mc 3.13-19). Em hebraico, Simão (Shimon) significa “aquele que houve”. Ao conhecê-lo, o Senhor o chamou de Cefas (em aramaico) ou Pedro (em grego), que quer dizer pedra (Jo 1.42). Todavia, para que fizesse jus a este nome, seria necessário aprender muito com os ensinamentos do Nazareno, e experimentar o trabalhar de Deus em sua vida.
Desde o início, Pedro assumiu certa proeminência e liderança entre os demais discípulos. Atuava regularmente como o interlocutor deles, e é mencionado em primeiro lugar em todas as listas (Mt 14.28; 15.15; 18.21; 26.35,40; Mc 8.29; 9.5; 10.28; Jo 6.68). Apesar das virtudes e boas-intenções, Cefas era também impulsivo e instável. Às vezes falava sem pensar (Cf. Mt 16.22), e estava sempre pronto para revidar com violência (Jo 18.10). Num instante mostrava certa maturidade espiritual sobre o Reino de Deus (Mt 16.16), no outro, fazia revelar sua ignorância acerca dos desígnios divinos (v.22). Nos bons momentos parecia ser proativo (Mc 9.5), porém, sob pressão, reagia mal, a ponto de adormecer quando o seu Mestre mais precisava (Mt 26.40,41).
A sua derrota mais amarga ocorreu na ocasião do julgamento e suplício de Jesus. Temendo ser condenado e morto ao lado do seu Mestre, negou-o veementemente por três vezes (Mt 26.69-74). Lawrence Richards descreve a cena da seguinte maneira: “Quando Pedro se assentou junto ao fogo que ardia no átrio do Sumo Sacerdote, amaldiçoando e negando ser um dos seguidores ‘de tal homem’, parecemos ver a figura entristecida de Jesus assentado junto à mesa, anteriormente, e ouvir a sua voz carregada de tristeza, dizendo a Pedro, ‘nesta mesma noite... três vezes me negarás’(v.34). Sentimos uma sensação esmagadora da presença de Jesus, inclusive quando Pedro falava. E, repentinamente, Pedro também a sentiu! Ele percebeu o que tinha feito, e ‘saindo dali, chorou amargamente’ (v.75)”xii.
O canto do galo fez-lhe lembrar das palavras de Jesus que, conhecendo as suas fraquezas, previra o acontecimento (Mt 26.34). Pedro havia chegado ao “fundo do poço”. Sem o seu Mestre, e tendo na consciência o peso da sua falha, sentiu naquele curto instante um profundo pesar pelo que havia feito. Era o momento mais amargo da sua vida. Mas o seu choro foi de arrependimento; eram lágrimas de alguém que sabia que havia errado, e estava disposto a se redimir. 
Todos nós, afinal, estamos suscetíveis ao erro, mas a forma como reagimos às nossas falhas define o nosso futuro. Podemos seguir nossas vidas como se nada tivesse acontecido, sem aprender nada, ou podemos chorar como o fez Pedro, dispostos a nos arrepender e a tomar o curso correto da vida.
Felizmente, Pedro tomou a decisão certa, e por isso a sua história não termina aqui. Fortalecido e encorajado pela ressurreição de Cristo, Pedro iria reafirmar posteriormente o seu amor por Jesus, que o perdoaria (Mc 16.7; Jo 21.15-19). De um pescador simples, temperamental e inconstante, Deus o transformou em um destemido líder da Igreja Primitiva e um dos principais da história do cristianismo. 
A sublime mudança faz-se evidente no Dia de Pentecostes (At 2), ocasião em que o apóstolo pregou o seu primeiro sermão no poder do Espírito. French Arrington diz: "Inspirado pelo Espírito, o sermão e caráter de Pedro ficam em contraste com suas negações ao Senhor (Lc 22.54-62). Depois do derramamento do Espírito, ele se torna corajoso e ousado. Seu primeiro sermão reflete suas convicções claras. Ele já não tem dúvida sobre o Salvador e a missão do Salvador e interpreta o significado da vida e ministério de Jesus"xiii.
Fica evidente que 1 e 2 Pedro foram escritas por um homem com rica experiência com Deus. Sua mensagem é afetuosa, seu tom é humilde e sua preocupação é legítima. Expressa a ternura e zelo de um pastor com o seu rebanho de ovelhas, que buscava pôr em prática a ordem direta que recebeu de Cristo (Jo 21.15). Sua experiência de arrependimento e renovação espiritual é um aspecto que inspira esperança na vida daqueles que, por um motivo ou outro, não se acham capazes de vencer suas fragilidades e superar seus reveses. 
Da mesma forma que Pedro teve a sua vida restaurada após um fracasso espiritual, Deus também é suficientemente capaz de prover uma cura interior e mudar o rumo da história daqueles que fraquejaram na caminhada.
1 Pedro: alegria e esperança em tempos de provação
Os destinatários da carta
Pedro direciona sua primeira carta aos estrangeiros dispersos no Ponto, Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia; cinco províncias da Ásia Menor à época pertencente ao Império Romano, atualmente parte da Turquia. É consenso que a sua audiência era formada pelas comunidades cristãs espalhadas nesta região, incluindo não somente judeus convertidos como também cristãos de origem gentílica. 
Embora Pedro utilize várias referências judaicas, a exemplo de diáspora – termo usado para os judeus que viviam fora da Terra de Israel, e apelar às profecias do Antigo Testamento que haviam se cumprido (1.16), a carta também contém uma linguagem que fala diretamente aos gentios convertidos. O apóstolo afirma que foram "resgatados da vossa vã maneira de viver que, por tradição, recebestes dos vossos pais" (1.18), e que "em outro tempo, não éreis povo, mas, agora, sois povo de Deus; que não tínheis alcançado misericórdia, mas, agora, alcançastes misericórdia" (2.10).
Pedro chama os destinatários da carta de “eleitos segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito, para a obediência e aspersão do sangue de Jesus Cristo...” (v.2). Apesar de estarem numa condição social desfavorável, eles são eleitos de Deus. O texto deixa evidente que tal eleição não se deu por um decreto, pelo qual Deus escolheu um grupo específico de pessoas, rejeitando outras. A eleição é segundo a presciência de Deus. Ou seja, Deus conhece de antemão, pela sua onisciência, aqueles que aceitarão a Cristo como Senhor e Salvador (Cf. Rm 8.28,29). Logo, a eleição é cristocêntrica, “O Eleito” ou “O Escolhido” (Is 42.1; Mt 12.18). A partir da eleição de Cristo, segue-se a eleição de Israel, através da qual o Messias viria e que seria também o canal de Deus para transmitir a mensagem divina ao mundoxiv. Depois, a eleição da Igreja como o corpo eleito de crentes em Cristo e, por fim, a eleição de indivíduos que aceitarão a graciosa oferta do evangelho para fazerem parte do corpo eleito de Cristoxv.
Sobre esta passagem, Ênio Muller destaca que o termo “eleitos” é comum nas Escrituras, e deve ser analisado a partir da ideia da escolha da nação de Israel dentre os demais povos.  Assim, “como 1 Pedro foi endereçada a grupos de origem predominantemente gentia, transparece que o autor não hesitava em aplicar para a igreja, o novo povo de Deus, os títulos e privilégios que pertenciam até então ao povo da antiga aliança”xvi. Não obstante, ao que tudo indica, a menção do termo na primeira carta de Pedro tem o propósito de encorajar os seus leitores, com ênfase no serviço, no ministério, visto que, conforme Muller, “a eleição é eleição para alguma coisa”xvii.
Ocasião e propósito
Não é possível saber com exatidão a data em que a carta foi escrita, por isso os estudiosos a situam entre 60-63 d.C. Percebe-se claramente que os cristãos da época não viviam em condições favoráveis; as circunstâncias e o tom da epístola deixam transparecer que os crentes estavam padecendo provações e sofrimentos em inúmeros contextos. A religião dos cristãos ainda era uma pequena seita, composta de uma minoria que vivia oprimida e à margem da sociedade. 
Por diversas razões, o padrão de vida dos crentes não era aceito pelos costumes da época; não se adequava nem ao judaísmo, muito menos ao paganismo grego-romano, por isso os cristãos eram injustiçados e até mesmo acusados de serem ateus, pois rejeitavam os deuses pagãos e adoravam um Deus Único. Todavia, ao que tudo indica, não se tratava ainda de uma perseguição oficial, notadamente aquela que viria a ser promovida pelo imperador Nero a partir de 64 d.C, após atribuir a causa do grande incêndio em Roma aos seguidores de Cristo. 
Na verdade, Pedro parece estar preparando a comunidade cristã para esta prova ardente que estava por vir (4.12), na qual ele próprio viria a ser martirizado. Assim, diante desse contexto difícil, Pedro escreve esta epístola com a intenção de encorajar os cristãos a manterem a esperança em tempos de provações e desfrutar alegria nas adversidades.  Não é de estranhar que Pedro seja chamado de o "apóstolo da esperança", pois ele insiste que a despeito de tudo, em Cristo temos uma esperança viva, que nos ensina a viver o tempo presente e a descansar em Deus na jornada para o céu.
Inspiradora, doutrinária e instrutiva
A primeira carta de Pedro é um documento único e abrangente. Ela é devocionalmente inspiradora, teologicamente doutrinária e ricamente instrutiva. Roy Richolson afirma que a Primeira Epístola de Pedro tem sido descrita como “Epístola da Esperança”, “Epístola da Coragem” e “Epístola da Esperança e Glória”; também pode ser chamada de “Epístola da Vida Santa”, pois enfatiza o fato de que “a santidade de vida é mais importante do que o livramento do sofrimento”xviii.
Ensina sobre vários princípios fundamentais da fé, e ao mesmo tempo contém valiosos conselhos para o viver diário. Pedro se dirige a grupos específicos dentro da comunidade cristã, dentre os quais servos, esposas, esposos, jovens, idosos e líderes, fazendo surgir um guia abrangente sobre diversos assuntos éticos e doutrinários. Os temas tratados englobam, além de outros, a obra da salvação, graça, perseguição, sofrimento de Cristo, santidade, integridade, vida familiar, relacionamento conjugal, relação com o governo, convivência cristã e liderança. Ufa! Certamente será muito proveitoso e enriquecedor estudar cada um desses temas no decorrer do trimestre, não acha?
2 Pedro: crescimento espiritual e firmeza na verdade
Os destinatários da carta
No início de sua segunda epístola, Pedro registra quem são os seus destinatários: "(...) aos que conosco alcançaram fé igualmente preciosa pela justiça do nosso Deus e Salvador Jesus Cristo" (1.1). É provável que estes crentes em Cristo fossem os mesmos a quem a primeira carta fora destinada, conforme se depreende do que o autor registra em (3.1). 
Portanto, Pedro está escrevendo para uma comunidade cristã heterogênea, composta de judeus e gentios convertidos ao Evangelho, incluindo escravos, esposas com maridos pagãos, jovens e anciãos (1 Pe 2.13;3.1;5.5). Conquanto não tivessem visto o Senhor (1 Pe 1.8), e embora tivessem passado por diversas provações, estes irmãos haviam alcançado uma fé preciosa. 
Ocasião e propósito
Quando foi escrita a segunda carta de Pedro? Considerando que Nero, o algoz do apóstolo, morreu em 68 d.C, a maioria dos estudiosos colocam a data da escrita entre 65-67 d.C. Embora o público seja o mesmo da primeira epístola, as circunstâncias e propósitos são bastante distintos. Na primeira, a comunidade cristã passa por severa provação advinda de fora da igreja, na ocasião da segunda epístola os perigos são internos, por causa dos ensinos heréticos que estavam sendo disseminados dentro dela. 
Chegou ao conhecimento do apóstolo que falsos mestres havia se introduzido entre os irmãos e estavam distorcendo a verdade do Evangelho, produzindo heresias de perdição (2 Pe 2.1). Entre outros ensinamentos insidiosos, os falsários da fé negavam a divindade e a volta gloriosa de Cristo. Além da falsa doutrina, apregoavam também o falso comportamento, pelo qual induziam os crentes a abandonarem o padrão de vida santa e piedosa. 
Diante disso, com coragem e tenacidade Pedro escreve esta segunda carta com a intenção de advertir os cristãos sobre os falsos ensinadores e incentivá-los a crescerem na fé e no verdadeiro conhecimento de Deus. Pedro está dizendo para os cristãos ficarem firmes na chamada de Deus, para agirem com diligência e empenho, aguardando confiantemente o cumprimento da promessa do retorno do Filho de Deus!
A segunda epístola de Pedro tem uma profunda ênfase teológica, com destaque para a Transfiguração de Cristo, a veracidade da Palavra de Deus e das profecias, a depravação do homem e a volta de Jesus. É preciso assentir com as palavras de Hernandes Dias Lopes quando afirma: “Mesmo com todas as lutas que esta carta enfrentou para ser aceita no cânon sagrado, temos plena convicção de que estamos lidando com um livro inspirado pelo Espírito Santo”.                                                                            
*Adquira o livro do trimestre. NASCIMENTO, Valmir. A Razão da Nossa Esperança:Alegria, Crescimento e Firmeza nas Cartas de Pedro. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2019.
Que Deus o(a) abençoe.
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista Lições Bíblicas Jovens

i Cf. CARREZ, Maurice (et al.). As cartas de Paulo, Tiago, Pedro e Judas. São Paulo: Paulus, 1987, p. 273.
ii GRUDEM, Wayne. Comentário bíblico de 1 Pedro. São Paulo: Vida Nova, 2016, p. 28.
iii KEENER, Craig S. Comentário histórico-cultural Novo Testamento. São Paulo: Vida Nova, 2017, p. 390.
iv  Cf. NAÑES, Rick. Pentecostal de coração e mente: um chamado ao dom divino do intelecto. São Paulo: Editora Vida, 2007, p. 80.
v GRUDEM, 2016, p. 31.
vi  KEENER, 2017, p. 822.
vii NICHOLSON, Roy.  A Primeira Epístola de Pedro. Em: Comentário Bíblico Beacon – vol. 10 – Hebreus a Apocalipse. Rio de Janeiro: CPAD, 2016, p. 205.
viii Idem.
ix GEISLER, Norman; HOWE, Thomas. Manual popular de dúvidas enigmas e “contradições” da Bíblia. São Paulo: Mundo Cristão, 1999, pp. 543-544.
x STRONSTAD, Roger. Comentário Bíblico Pentecostal – Novo Testamento – Vol. 2. Rio de Janeiro: CPAD, 2015, p. 1692.
xi Idem.
xii RICHARDS, Lawrence. Comentário devocional da Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, pp. 590, 591.
xiii ARRINGTON, French. Comentário Bíblico Pentecostal – Novo Testamento – Vol. 1. Rio de Janeiro: CPAD, 2015, p. 635.
xiv Ver DANIEL, Silas. Arminianismo: a mecânica da salvação. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, p. 428. 
xv TITILLO, Thiago. Eleição condicional. São Paulo: Editora Reflexão, 2015, p. 24.
xvi MUELLER, 1988, p. 65.  Idem.
xvii NICHOLSON, 2016, p. 205.

Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Jovens. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.