quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

Lição 03 - 1º Trimestre 2021 - Os símbolos da Igreja nas Escrituras - Juvenis.

 

Lição 3 - Os símbolos da Igreja nas Escrituras 

1º Trimestre de 2021

ESBOÇO DA LIÇÃO
1. A IGREJA SIMBOLIZADA COMO NOIVA DE CRISTO
2. A IGREJA SIMBOLIZADA COMO O TEMPLO DE DEUS
3. A IGREJA SIMBOLIZADA COMO CORPO DE CRISTO

OBJETIVOS
Falar sobre o papel da Igreja como Noiva de Cristo;
Refletir sobre o papel da Igreja enquanto Templo de Deus;
Discutir sobre a unidade da Igreja como Corpo de Cristo.

Querido (a) professor (a), nesta próxima lição você ensinará seus alunos acerca dos fortes símbolos que representam a Igreja do Senhor.

A simbologia na Bíblia é importante para ampliar o nosso entendimento humano acerca de coisas espirituais, transcendentes, que de tão elevadas, por vezes, faz-se necessário a utilização deste recurso para melhor compreendê-las. Por isso, desde os primórdios, o Senhor utilizava símbolos na comunicação com seu povo, inclusive quando por meio dos profetas. O objetivo principal é sempre a maior compreensão da mensagem.

É importante sempre termos em mente que um bom mestre não é aquele que fala “bonito”, usa palavras rebuscadas, difíceis, cuja maioria dos ouvintes nem mesmo conhece o significado. Ao contrário, o nosso próprio Rabi Jesus Cristo, o Mestre dos mestres, detentor do conhecimento de todas as coisas nos deu exemplo de genuína sabedoria ao ensinar às pessoas usando a linguagem simples delas, elementos de sua rotina acessíveis a sua compreensão. Por isso, não poucas vezes utilizou as parábolas.

Muitos palestrantes e professores buscam somente o aplauso, o status, admiração de sua platéia, de sua turma, não o enriquecimento intelectual e espiritual da mesma. Isto é lamentável. Em todos os ministérios, sobretudo no do ensino, é preciso constantemente avaliar e mortificar o próprio ego; lembrar que somos apenas servos da voz do Altíssimo. Que Ele cresça e somente a Ele sejam toda a glória e todo o louvor, através da realização do nosso trabalho com eficiência, zelo, humildade e temor.

O símbolo é aquilo que se coloca no lugar de alguma coisa, ou a representa. Trata-se de um objetivo visível ou a representação de um processo, idéia ou a qualidade de outro objeto. Os símbolos são diferentes dos tipos no sentido de que geralmente eles não são pré-figurativos, mas representam coisas que realmente existem. Etimologicamente falando, a palavra “símbolo” pode ser identificada com a palavra grega sumballein que significa lançar ou juntar, por exemplo, com a finalidade de fazer uma comparação. Em uma de suas formas esse termo refere-se aos dois lados de uma moeda ou outro objeto semelhante onde qualquer das partes separou-se, dando, portanto, a idéia de um “sinal” ou símbolo.

Nas Escrituras, o símbolo geralmente aparece sob a forma de objetos literais e sempre denota alguma coisa diferente. Candelabros ou castiçais, oliveiras, animais selvagens, cavalos, árvores, pássaros e pedras são alguns exemplos de objetos usados como símbolos. Eles são objetos vistos pelos profetas, mas naturalmente representam alguma outra coisa. Os símbolos sugerem idéias e conceitos ao invés de declará-los. Existe geralmente algum conceito paralelo entre o símbolo e aquilo que ele está simbolizando. (PFEIFFER, Charles F., VOS, Howard F., REA, John. Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p. 1818-1819).

O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula!

Paula Renata Santos
Editora responsável pela Revista Juvenis

segunda-feira, 11 de janeiro de 2021

Lição 03 - 1º Trimestre 2021 - A história de uma capa colorida - Berçário.

Lição 03 - A história de uma capa colorida 

1º Trimestre de 2021

Objetivo da lição: Evidenciar o fato de que devemos sempre respeitar os outros e amar nossos irmãos.

É hora do versículo: “[...] e fez-lhe uma túnica de várias cores” (Gênesis 37.3).

Nesta lição, as crianças aprenderão, através da história de José e seus irmãos, que devemos amar nossos irmãos. Sabemos que, às vezes, há alguma desavença entre os irmãos que é principalmente causada pelo ciúme, como aconteceu com os irmãos de José. Embora os bebês não tenham consciência disso, eles querem a atenção dos pais só para si, não sabem dividir seus brinquedos... Portanto deve ser ensinado desde cedo aos pequenos que eles devem compartilhar seus brinquedos e amar seus irmãos principalmente. Na lição de hoje as crianças aprenderão que José perdoou seus irmãos, depois de muitos anos, por todas as coisas ruins que eles lhe fizeram.  

Após realizar todas as atividades propostas no manual do professor e caso haja tempo, imprima a folha abaixo e distribua para as crianças desenharem um rosto para José: olhos, nariz e boca, utilizando o giz de cera. Em seguida, permita que pintem a túnica de José bem colorida. Diga que os irmãos devem viver unidos e se amarem.

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Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

Verônica Araujo

Responsável da Revista Berçário 

Lição 03 - 1º Trimestre 2021 - Amo o Papai do Céu - Maternal.

 

Lição 3 - Amo o Papai do Céu 

1º Trimestre de 2021 

Objetivo da lição: Mostrar ao aluno que devemos amar o Papai do Céu de todo o coração. 

Para guardar no coração: “[...] Ame o Senhor, seu Deus, com todo o coração [...].” (Lc 10.27)

Seja bem-vindo 
1. Receba os alunos com muita alegria, demonstrando o quanto são bem-vindos e importantes.
2. Faça um círculo com eles e inicie a aula com um período bem alegre de louvor e adoração. Deus merece toda a honra, glória e louvor. 
3. Logo depois de adorar o Senhor, recolha as ofertas. Incentive seus alunos a contribuírem com alegria, pois “Deus ama ao que dá com alegria.” Ore agradecendo a Deus pelas ofertas. 
4. Sente-se com as crianças em círculo no chão da classe.  Use o tapete. Inicie a conversa com elas fazendo a seguinte pergunta: “Quem foi que nos criou? Você ama o Papai do Céu?” (Incentive as respostas e ouça-os com atenção). 
5. Logo depois, faça a chamada. Incentive a assiduidade. 
(Tatiana Costa)

Para guardar no coração
“Leia o versículo juntamente com a classe diretamente da Bíblia. Para ajudar a memorizá-lo, recite uma parte do versículo, depois pare e sente. As crianças levantam e dizem a palavra seguinte. Então, fique de pé e diga mais algumas palavras, pare e sente. As crianças levantam outra vez para dizer a palavra seguinte. Faça isso até terminarem o versículo.”  (Tatiana Costa)

O que aprendemos hoje
Hoje nós aprendemos a respeito da mulher que demonstrou todo o seu amor por Jesus ungindo os seus pés. Esse fato ocorreu em Betânia, onde morava uma família que era amiga de Jesus. Acredita-se que a mulher era Maria, irmã de Lázaro. Ela demonstrou todo o seu amor em um gesto. Evidencie todo o seu amor por Jesus também em gestos, atitudes e palavras. O amor envolve ação, atitude.Sempre que tivermos alegres ou até mesmo tristes, devemos adorar ao Papai do Céu que nos ama e que enviou o Senhor Jesus Cristo para nos salvar. Quem vai se lembrar sempre disso?

Até logo
Depois de repetir o versículo e o cântico do dia, encerre a aula com uma oração. Prepare as crianças para a saída. Quando os pais ou responsáveis forem buscar as crianças, recomende que, em casa, leiam a história bíblica de hoje para o(a) filho(a). Sugira que utilizem uma bíblia infantil. O texto bíblico da lição se encontra em Mateus 26.6-13. 

Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista de Maternal

Lição 03 - 1º Trimestre 2021 - Na Casa do meu Amigo eu Oro - Jd. Infância.

 

Lição 3 - Na Casa do meu Amigo eu Oro 

1º Trimestre de 2021

Objetivos: Os alunos deverão compreender que orara é falar com o Papai do Céu; e reconhecer que a igreja é lugar de falar com o Papai do Céu também. 

É hora do versículo: “A minha casa será chamada 'Casa de Oração'” (Mt 21.13).

Nesta lição, as crianças aprenderão, através da história da libertação de Pedro da prisão pelo anjo, que a nossa oração tem muito poder. Aprenderão que os irmãos se reuniram na igreja para orar a fim de que Pedro fosse solto da prisão e não acabasse sendo morto. O Papai do Céu ouviu a oração da igreja e enviou o seu anjo para ajudar o seu amigo Pedro.

Quando nossa vida está guardada em Deus, podemos crer e confiar que os anjos do Senhor estão acampados ao nosso redor.

As crianças podem ser orientadas, no decorrer do trimestre, a fazerem uma caderneta de oração. Nela poderão constar nomes e motivos de oração.

Após realizar todas as atividades propostas na revista do professor e caso haja tempo, imprima a folha abaixo com a imagem de um anjo. Foi um anjo que Deus enviou para libertar Pedro da prisão como resposta à oração que os irmãos faziam na igreja. Peça que as crianças pintem o desenho do anjo conforme desejarem e disponibilize cola e algodão para que colem nas asas do anjo. Lembre que o anjo só foi realizar a tarefa que o Papai do Céu ordenou. Não devemos orar aos anjos.

Pergunte se tem alguém que está com algum problema muito difícil para resolver (algum parente ou amiguinho dodói, algum papai ou mamãe que está sem trabalho, algum conhecido que precisa conhecer o Papai do Céu...) e convide as crianças para orarem por este assunto, já que a igreja também é o local de falar com o Papai do Céu através da oração. 

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Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

Verônica Araujo
Responsável pela Revista Jardim de Infância

Lição 03 - 1º Trimestre 2021 - Moisés: um líder de oração - Jovens.

 

Lição 3 - Moisés: um líder de oração 

1º Trimestre de 2021 

Para ajudá-lo(a) na sua reflexão, e na preparação do seu plano de aula, leia o subsídio de autoria do pastor Marcos Tedesco, comentarista do trimestre:

INTRODUÇÃO
Moisés é considerado, até os dias atuais, um dos líderes mais conhecidos da história da humanidade. Milênios se passaram e suas experiências ainda nos influenciam de forma vívida. Desde sua formação inicial em solo egípcio, passando pelas experiências durante os anos de solidão como um pastor do deserto e as magníficas histórias protagonizadas à frente do povo israelita no êxodo, a vida de Moisés foi marcada por uma condicionante decisiva: um relacionamento de grande intimidade com Deus. Nosso interesse maior nesse momento é justamente esse relacionamento tido pelo líder hebreu com Jeová. Desde menino, Moisés viveu momentos marcantes: de salvo das águas foi ao palácio viver como um príncipe; do luxo de uma monarquia escolheu abrandar o sofrimento do seu povo; da simplicidade do pastoreio de ovelhas tornou-se um grande líder; e, permitiu que o povo de Israel visse, de forma impressionante e pessoal, o agir do grande Eu Sou!

Moisés Fala com Deus 

Muitos fatos podem ser destacados quando analisamos a história de vida de Moisés, porém uma das faces mais impressionantes da vida desse homem era justamente a dimensão de seu relacionamento com Deus. A Bíblia nos revela o fato de ele falar com o Senhor de um modo muito direto e íntimo, ou seja, face a face (Êx 33.11; Nm 12.8; Dt 34.10). O relacionamento existente entre Moisés e o Senhor nos serve de inspiração de como devemos conduzir nossas vidas em todas as áreas do nosso cotidiano. As orientações divinas eram prontamente obedecidas (Êx 3; 4.19-20; 6.2; 14.21), embora uma exceção seja bem conhecida (Nm 20.11), e o poder de Deus se manifestava no meio do povo. Temos, nesse grande líder, um referencial para nós. Sigamos com ardor o exemplo de Moisés e busquemos, com entusiasmo, a presença divina em nossas vidas.

Um homem experimentado

Moisés era um homem com muitas habilidades e tinha plenas condições para se destacar no meio da multidão. Mas ele era diferente. Não se deixava confundir por sua história, seu prestígio ou sua experiência. Moisés tinha uma prioridade bem definida, ele queria Deus! Era alguém que não se deixava enganar pelas armadilhas e ciladas do dia a dia, pois sua visão focava o espiritual. Durante toda a sua trajetória à frente do povo hebreu, não foi diferente: em diversas ocasiões, sua vida de oração ganhou destaque, permitindo-nos ver, com nitidez, o quão precioso é levar todos os nossos sentimentos e pensamentos ao Deus Todo-Poderoso! Nascido escravo (Êx 2.2), foi adotado por uma princesa egípcia (Êx 2.10) e morou no palácio por muitos anos como um membro da realeza. Estudou com os maiores mestres da antiguidade e, ainda jovem, já era um erudito e muito talentoso. Vivendo no palácio, sentiu o coração apertar ao constatar o sofrimento do seu verdadeiro povo. Após um triste episódio (Êx 2.12), retirou-se para o deserto e, com as ovelhas e as cabras (Êx 3.1), aprendeu sobre cuidado, mansidão, paciência e simplicidade. Achava que sua vida tinha chegado ao período de estabilidade, um grande equívoco. Do meio da sarça ardente (Êx 3.4), o grande Eu Sou o chamou para uma missão de notável relevância: conduzir o povo de Israel, em liberdade e segurança, até a Terra Prometida (Êx 3.10). O início da grande história começa entre as pragas no Egito (Êx 7.20) e as constantes negativas do Faraó (Êx 8.15). Ele vivencia, com temor, o Mar Vermelho se abrir (Êx 14.21), a água brotar da rocha (Êx 17.5), as vitórias bélicas de um povo fraco sobre experimentados guerreiros do deserto (Êx 17.13), o pão que caía do céu (Êx 16.4), e a coluna de nuvem e de fogo que os cobria dia e noite pelo desafiador deserto (Êx 13.21). Esse foi Moisés, um homem, mesmo vivendo tantas histórias, teve a ousadia e o privilégio de falar com Deus, frente a frente (Êx 33.11). Ele conhecia o poder da oração.

Durante o evento narrado em Êxodo 33, Deus faz uma revelação que traria grande surpresa a Moisés: “... porque eu não subirei no meio de ti, porquanto és povo obstinado, para que te não consuma eu no caminho” (v. 3). O líder sabia que o povo era difícil, contudo não imaginava o quanto essa dificuldade criaria obstáculos para a trajetória. Deus deixara bem clara uma condição muito peculiar a respeito do povo: eram obstinados. Qual o sentido da palavra “obstinado” usada no texto? A palavra pode levar a duas interpretações, todavia, mediante o conhecimento desses significados, identificamos facilmente qual o significado da palavra no contexto do texto lido. Primeiramente, obstinado pode significar alguém perseverante e determinado. Uma segunda interpretação indica alguém porfiador, inflexível, intolerante, teimoso e relutante. Essa segunda definição é a que descreve com clareza o povo hebreu no contexto apresentado. Assim que saíram do Egito, os recém-libertos já iniciaram suas rotinas de reclamações (Êx 14.11) e murmurações relacionadas às maravilhas experimentadas de forma miraculosa. Os israelitas formavam um povo que, mesmo em meio a tantas bênçãos literalmente caídas dos céus (Êx 16.3), apenas viam o lado negativo da vida, muitas vezes inexistente, valorizando-o de modo exagerado e de forma injusta (Êx 15,24). Esse era o povo conduzido por Moisés. Movido por um amor só encontrado naqueles que verdadeiramente servem a Deus, Moisés queria algo mais do que apenas a sobrevivência física do povo hebreu. Ele queria o perdão e a restauração do povo, almejava a presença do Pai celeste à frente de um povo arrependido e confiante em marcha triunfante. Nesse sentido, ele intercedeu.

Essa é a marca de um verdadeiro servo de Deus, movido pelo amor. Diante da queda do povo e consequente juízo, Moisés intercedeu a fim de que Jeová os perdoasse e renovasse a sua aliança com o povo. A oração de um justo é um instrumento poderoso na intercessão pelos que estão sem esperança e caminham para a destruição.

Um líder de oração

 A missão dada por Jeová a Moisés possuía um grau de dificuldade muito elevado. Não bastava o preparo recebido na corte egípcia ou no deserto; a vitória apenas seria possível se o líder buscasse as suas forças em Deus. Esse princípio também pode ser aplicado em nossas vidas: diante das dificuldades levantadas, a oração é o caminho para buscarmos no Pai as condições para uma trajetória vitoriosa. Os momentos em que Moisés buscava a Deus representavam um verdadeiro refúgio frente ao clima escaldante das insatisfações do povo mal-agradecido e murmurador. Nesses momentos, Deus o consolava, fortalecia, direcionava e apresentava as soluções para as mais diversas dificuldades. A oração feita com devoção nos permite abrir o coração e levar todos os nossos medos, anseios, dúvidas e sentimentos ao Senhor e, mediante a fé, experimentar a sensação de ser acolhido e respondido por Deus. A presença divina toma o nosso coração e permite uma quietude restauradora. Aos poucos, as dúvidas se desfazem, o medo se dissipa e o que sobra é a certeza de que somos cuidados pelo Pai amado.   A oração tem esse maravilhoso papel: é no diálogo diário que Deus nos ouve e traz paz para nossa alma aflita. Desafios colossais não resistem aos efeitos de uma vida de oração aos pés do nosso amado Pai.

Deus Fala com Moisés Face a Face (Êx 33.11) 

A experiência narrada em Êxodo 33 nos leva a um entendimento muito peculiar sobre a relação existente entre Moisés e Jeová: uma amizade construída solidamente. Vejamos as expressões: “face a face” (v.11), “amigo” (v.11), “conheço-te por teu nome” (v.12), “graça aos meus olhos” (vv.12,13,16,17). Também, observemos a argumentação de Moisés em relação ao povo (vv.12-17) e o inusitado pedido para que pudesse ver a glória de Deus (vv.18-23). Todas essas palavras expressam um grau de relacionamento que não é comum em nenhum relato antigo e tampouco atual. Como era possível tal proximidade entre Criador e criatura? Qual o segredo da união entre o Deus soberano e o homem pequenino chamado Moisés? A resposta por completo é um mistério, entretanto boa parte dessa relação era impulsionada mediante uma maravilhosa vida de oração.

Se desejamos ser amigos de Deus, precisamos buscar um relacionamento contínuo, abrindo nosso coração com total sinceridade e com a certeza de sermos ouvidos e acolhidos. A comunhão com Deus não é estática e inerte, ela requer um movimento dinâmico e progressivo em busca de um crescimento constante. A nossa direção deve ser na busca incessante por uma comunhão profunda com Deus e com os seus propósitos. Um grande impeditivo para isso ocorrer é o fato de formalizarmos em excesso os momentos em que nos dirigimos a Deus em oração. Tentamos criar rituais e usamos palavras difíceis e mecânicas, que, com pouca clareza, expressam o que desejamos falar. Também criamos momentos fixos e predeterminados para as orações, tirando assim a espontaneidade que poderíamos ter. Oramos formalmente em alguns horários e, dessa maneira, corremos o risco de nos esquecer de que devemos “orar sem cessar” (1 Ts 5.17). Não podemos deixar de lado os momentos fixos de oração, como, por exemplo, no amanhecer, antes das refeições, nos horários de culto e devocionais, bem como antes de dormirmos, no entanto enfatizamos a necessidade de orarmos a todo tempo e amarmos a Deus com todas as nossas forças (Dt 6.5). O mesmo princípio se aplica também para com a linguagem utilizada. Não há problema em usarmos palavras rebuscadas e cultas, porém devemos cuidar para que elas não nos deixem tão distantes do real sentido de nossos sentimentos. Use as palavras que melhor expressam o que sente a sua alma. 

Poucas coisas trazem mais segurança e alegria do que quando nos sentimos conhecidos e compreendidos por quem nos ama. Quando vemos uma criança sozinha ou rodeada de pessoas estranhas, a insegurança a leva às lágrimas facilmente. É confortante quando ouvimos o som do nosso nome pronunciado junto com palavras de direcionamento, apoio, cuidado e incentivo. Provavelmente, esse foi o efeito alcançado quando o Senhor se dirigiu a Moisés e disse: “Conheço-te por teu nome”. Nessa hora, o grande líder hebreu sentiu-se seguro e acolhido pelo grande Eu Sou. Era a hora de interceder pelo povo, estava aberto o caminho. É importante destacar que em várias passagens bíblicas esse princípio é adotado (Gn 18.19; Jr 1.5; Jo 10.14; 2 Tm 2.19) e sempre com a prerrogativa de destacar o fato do conhecimento que Deus tem a respeito dos seus, preparando-os para uma grande responsabilidade a ser assumida. O termo “conheço-te”, utilizado nessa passagem bíblica, tem um significado diferente do verbo “conhecer”. Enquanto o verbo nos remete ao ato de perceber ou identificar a existência de algo, o texto bíblico citado nos impele a uma compreensão mais profunda sobre alguém. “Conhecer”, no contexto estudado, traz conforto e, ao mesmo tempo, um incentivo a seguir em frente. O texto bíblico nos permite visualizar um processo contínuo de conhecimento em que Deus se inclina e percebe na vida de alguém sentidos, intenções, práticas, desejos e comprometimentos. No Evangelho de João, há um texto que ilustra bem esse entendimento: “Eu sou o bom Pastor, e conheço as minhas ovelhas, e das minhas sou conhecido” (Jo 10.14). Jesus, nessa passagem, deixa claro que o “conhecimento” se dá através de um processo, envolvendo “relacionamento” e “troca” entre aquele que conhece e o que é conhecido. Devemos sempre buscar um relacionamento de fé e confiança em Deus levando a Ele todos os nossos sentimentos, sonhos, ansiedades e objetivos para que o Pai perceba em nós o profundo desejo de estar, sempre, no centro da sua vontade.

Nos inspira ou nos constrange? 

O texto estudado apresenta um Moisés vivendo um momento extremamente delicado em sua vida (Êx 19-34). Depois de passar um longo período, 40 dias e 40 noites, em jejum e oração, levou para o povo de Israel as tábuas da Lei. Era para ser tempo de renovo e confirmação de que estavam no caminho certo em direção à Terra Prometida. Mas não foi isso que aconteceu. O povo se desviou do que era certo e abandonou o culto a Jeová, entregando-se a um ídolo feito por mãos humanas. A decepção foi grande e as tábuas foram quebradas em um ato de grande indignação. De volta ao monte, era o momento do diálogo tão impressionante que estamos estudando (Êx 33.12-17). Moisés tem a oportunidade de ser o pai de uma grande nação, contudo ele sabia que esse não era o caminho a ser seguido. Deus diz: “[...] farei de ti uma grande nação” (Êx 32.10). Todavia, o grande líder, com ousadia, exclama: “[...] esta nação é o teu povo” (Êx 33.13). Aparentemente, Moisés seria alvo de uma grande bênção ao aceitar a proposta, entretanto ele era um amigo muito chegado de Deus. E o Pai conhecia o coração do seu servo. Ele não queria apenas a bênção, e sim, seu desejo ardente era pela presença real e contagiante do “Deus da bênção” (v.15). O próximo momento mostrou um homem falível, no entanto sincero e sedento, almejando uma intimidade inédita para com o Deus Todo-Poderoso, rogando para que o Senhor lhe mostrasse a sua glória. Que exemplo de visão espiritual! Todo cristão deve almejar tal relacionamento e buscar insistentemente essa condição. Essa é a vontade de Deus: também foi assim com Adão (Gn 3.8), com Abraão (Gn 12.1), com Josué (Js 1.1-9), com Samuel (1 Sm 3.10) e tantos personagens encontrados nas páginas da Bíblia. Esse relacionamento nos inspira ou nos constrange? Alegra-nos e motiva-nos a orar e buscar ainda mais a presença de Deus? Ou deixa-nos constrangidos pelo pouco que fazemos em nosso dia a dia para alcançarmos um relacionamento mais íntimo com Deus? Desejamos ardentemente que a resposta dada por cada um de nós seja sempre: inspira e constrange, ao mesmo tempo.

Moisés Roga a Deus a sua Presença (Êx 33.12-17)  

O grande líder do povo hebreu nos ensina uma grande lição no que tange ao estabelecimento de prioridades. Diante da possibilidade em seguir adiante sem a presença de Jeová, Moisés reage e abre o coração, manifestando onde estava o seu foco: ele queria mais de Deus. Inúmeras são as histórias de pessoas que se deixaram iludir por aparências e falsas sensações de poder e os encantos da ambição. Tanto nas narrativas bíblicas (Gn 3.1-6; 11.1-9; Js 7; Jz 16; 1 Sm 2.12-17; 1 Sm 13.8-23) quanto ao longo de toda a história da humanidade, podemos encontrar muitos casos de pessoas distanciadas de Deus e que começaram a depender apenas de suas próprias potencialidades a fim de alcançarem seus objetivos. Os resultados foram aqueles já esperados por nós: o esfriamento do amor, a destruição da vida e a perdição diante do engano. Porém, na história de Moisés, temos um bom exemplo a seguir, não é mesmo?

Sede por Deus: uma prioridade 

Não sentimos sede de algo que não é prioritário, sendo assim, devemos cuidar para não confundir “sede” com “desejo”. A “sede” apenas acontece quando dependemos extremamente de algo em falta no nosso organismo. O exemplo mais conhecido é a água. Quando sentimos sede de água, o nosso organismo já está desidratado. Já o “desejo” implica a vontade de fazer algo prazeroso ou necessário, contudo jamais imprescindível. Podemos desejar um copo de suco, todavia jamais morreremos se não o tomarmos. Já a água, se não for constantemente ingerida, fatalmente nos levará a perecer. Quando Moisés se referiu à “presença de Deus”, estava apontando algo vital para a sua existência. O grande líder compreendia perfeitamente que suas forças vinham de Deus, logo o que sentia era “sede”.

Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Jovens. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo. 

Lição 02 - 1º Trimestre 2021 - Abraão: A vida de oração de um homem de fé - Jovens.

 

Lição 2 - Abraão: A vida de oração de um homem de fé 

1º Trimestre de 2021

Para ajudá-lo(a) na sua reflexão, e na preparação do seu plano de aula, leia o subsídio de autoria do pastor Marcos Tedesco, comentarista do trimestre:Para ajudá-lo(a) na sua reflexão, e na preparação do seu plano de aula, leia o subsídio de autoria do pastor Marcos Tedesco, comentarista do trimestre:

INTRODUÇÃO

Abraão é conhecido por todos nós como o pai da fé e tornou-se uma referência a todos os que creem (Rm 4.11). Através da vida desse patriarca, Deus nos ensina grandes lições a respeito da fé, da confiança, da submissão e da disponibilidade de se deixar conduzir pela direção divina nos mais variados momentos. Originário de Ur na Caldeia, encontrava-se em uma sociedade profundamente pagã e voltada aos cultos tribais oferecidos às mais diversas deidades. Era um tempo marcado pelo paganismo e por um modo de vida que desagradavam ao Senhor (Gn 18.20). Diante de uma ordem divina (Gn 12.1), pôs-se em uma longa jornada enfrentando muitas dificuldades (Gn 21.14), chegando ao extremo entre decidir se obedecia a Deus ou poupava a vida de seu filho (Gn 22.2). Sua fidelidade ao Criador foi decisiva e inspira-nos até os dias atuais. Em um momento-chave de sua vida, é avisado sobre o estado pecaminoso de Sodoma e Gomorra e de sua eminente destruição. Ló, sobrinho do patriarca, morava em Sodoma e corria grande risco. Tem início então uma das orações mais curiosas da Bíblia (Gn 18.22-33), na qual um homem falível questiona o Deus soberano. O comprometimento de Deus para com Abraão foi notável. Motyer1 destaca que o Senhor mostrou sua fidelidade ao manter suas promessas para com o patriarca, pois se lembrou de Abraão e tirou Ló do meio da destruição que cairia sobre as duas cidades. Abraão intercedeu e Deus se mostrou justo ao poupar a vida de Ló e de sua família. A cidade estava condenada, mas a justiça e a fidelidade do Pai para com o servo que clamava se fez presente.

A Oração nos Torna Pacientes, Longânimos 

A história de Abraão nos inspira até os dias atuais: a fidelidade a Deus, a forma como se deixava ser conduzido por Deus, a longanimidade, a vida de oração e o recebimento da promessa de que seria pai de uma grande nação. Em suma, se buscarmos relacionar, a lista será grande. Quando o assunto é “vida de oração”, podemos aprender muito com o exemplo do patriarca peregrino. Sob o comando de Deus, Abraão deixou uma região bastante ativa em Ur e foi em busca de uma terra desconhecida que seria mostrada por Deus. De protagonista, o patriarca deixou-se conduzir por Deus com fé, longanimidade e obediência. O resultado dessa opção é bem conhecido por todos nós — Israel tornou-se uma grande nação e foi o canal escolhido pelo Criador para nos ensinar acerca de como se daria o plano de redenção da humanidade.

Ansiosamente, buscamos as conquistas em nosso cotidiano. Todos querem colecionar vitórias e abraçar as proezas alcançadas. Em uma caminhada ou batalha, se queremos obter êxito, faz-se necessário olhar para o foco, para a linha de chegada, para o lugar onde poderemos celebrar o tão esperado “final feliz”. O que há de errado nisso? A princípio, nada. Porém, nossas histórias não podem ficar reféns apenas do sabor das linhas de chegada: o processo é também essencial e igualmente uma conquista. A conclusão das etapas e dos desafios impostos pelo cotidiano deve ser algo almejado por todos nós. Não é saudável deixar tudo pela metade e não almejar as vitórias em nossas vidas; isso seria bastante preocupante. Contudo é preciso enfatizar algo determinante para o sucesso: o processo, a caminhada, o crescimento. É no processo que amadurecemos, testamos nossas habilidades, deixamo-nos trabalhar e vemos o desenrolar das consequências de nossas ações. Um claro exemplo do aperfeiçoamento durante o processo podemos encontrar na própria narrativa do êxodo do povo de Israel. A forma como o povo era percebido no início da jornada era uma, já a realidade ao final da longa jornada era outra, bem distinta.  

Essa era a condição do povo no início da caminhada: fraco, reclamador e incrédulo da bondade, sabedoria e vontade de Deus. Passaram-se quarenta anos e, após um longo processo, a realidade era outra completamente diferente se atentarmos para a narrativa da tomada de Jericó e a impressão que os habitantes daquela cidade tinham acerca do povo de Israel (Js 1–6). Ao final do processo, os israelitas formavam um povo forte, confiante, com fé em Deus e certos da vitória. Na oração, esse princípio também é observado. É em nossa rotina diária de diálogos com Deus que vamos aprendendo a confiar, a abrir nosso coração, a interceder pelo próximo e, de modo sereno, buscar ouvir também o que o Pai amado tem a nos dizer. Podemos observar o quanto Abraão se permitia viver esse processo. Ainda em Ur, e posteriormente em Harã (Gn 11.33), o patriarca já tinha uma disciplina de oração. Imaginemos como deve ter sido o dia em que ele ouviu claramente a ordem divina: “Sai-te da tua terra [...] para a terra que eu te mostrarei” (Gn 12.1). Esse foi o início de um longo processo que levaria o velho patriarca a ser considerado o nosso “pai na fé”. Será que temos valorizado a nossa caminhada de fé? O quanto estamos desenvolvendo a prática da oração em nosso dia a dia? São momentos como esses que nos permitem buscar a maturidade espiritual tão necessária e almejada por todos nós (Sl 90.12; 2 Pe 3.18). 

Quando falamos em Abraão, logo somos remetidos ao fato de o patriarca ser conhecido como um homem com grande fé (Hb 11.8-19). Ele é para todos nós uma referência quando o assunto é “fé”, e um dos segredos para tamanha fé repousa em uma vida de oração. Foi na prática constante da oração que Abraão impulsionava seu relacionamento com Deus. Sem oração, não há diálogo, muito menos relacionamento com o Pai. A maneira como Deus falava com o patriarca era impressionante: no seu chamado para ir a uma terra desconhecida (Gn12.1), no momento da partilha das terras (Gn 13.14), no concerto (Gn 17), na intercessão pelos justos (Gn 18.26), na solicitação ao sacrifício de Isaque (Gn 22.2), entre tantos outros momentos, o Senhor simplesmente falava! Abraão era sensível à voz de Deus. Será que nós também buscamos essa condição para nossas vidas? São ocasiões de grande relevância, no entanto apenas se fazem possíveis quando se anseia por uma vida de oração, buscando a vontade divina nos grandes como também nos pequeninos momentos da vida. Normalmente, nós nos lembramos de Deus em momentos desafiadores e cruciais; em contrapartida, facilmente passamos o nosso dia tomando decisões corriqueiras e ficamos envoltos em uma rotina que simplesmente nos impede de dobrar os joelhos. As horas passam e, se não tivermos disciplina, vamos nos esquecendo de conversar com o nosso melhor Amigo. Esse é um dos grandes ensinamentos que podemos destacar na vida do nosso pai na fé: a busca em estabelecer uma caminhada diária e constante de oração ao nosso Deus.

A vida de Abraão foi marcada por diversos momentos em que a paciência e a longanimidade foram decisivas. Imagine quantos anos separaram as promessas de Deus e a concretização delas na vida do patriarca. Apontemos um exemplo: a promessa de que seria pai de uma grande nação (Gn 12.2) e a concretização apenas muitos anos mais tarde. Os significados de paciência e longanimidade se confundem muito e, por vezes, achamos tratar-se da mesma coisa. Entretanto, segundo o Dicionário Aurélio, são palavras distintas. Quando falamos em paciência, indicamos a qualidade de quem sabe esperar, a virtude que consiste em suportar dores e infortúnios com resignação. Já a longanimidade aponta para a prática da generosidade, da intrepidez e da capacidade de aguardar nobremente muito tempo sem perder a esperança. Em conformidade com vários autores, os dois conceitos têm grandes semelhanças e podem indicar um mesmo caminho. O comentarista da Bíblia de Estudo Pentecostal5 nos explica que a palavra “longanimidade” vem do grego makrothumia e significa perseverança, paciência e capacidade de ser tardio em irar-se. Já para Figueiredo (1991),6 longanimidade é a capacidade recebida pelo servo de Deus para suportar as tensões, os desafios e os problemas sem desistir, nem retroceder ou desesperar. Em um sentido bíblico do termo, encontraremos algo bem mais amplo: é o ato de tolerar as adversidades e perturbações em favor de alguém. Quando manifesta a longanimidade bíblica, seu ato representa uma bênção para com o próximo. A oração nos torna pacientes e longânimos em uma trajetória onde somente o nosso relacionamento com Deus permitirá esse amadurecimento. Aos poucos, aprenderemos a ouvir o “sim”, o “ainda não” e o “não”. Nossa natureza nos impele a querer tudo para o tempo presente, todavia Deus sabe a hora certa para todas as coisas. Permita-se, em uma vida de oração, viver um amadurecimento a fortalecer, entre tantas características, também a sua paciência e a longanimidade.

Abraão Intercede em Favor dos Moradores de Sodoma e Gomorra (Gn 18.23-33) 

Orar pelas pessoas que praticam o bem, são cordiais e possuem valores morais elevados é algo bem comum. Interceder por pessoas assim é algo que fazemos com regularidade e é muito importante. Contudo, nossas orações intercessoras precisam abraçar não só aqueles que fazem o que achamos bom; devem também contemplar todas as outras pessoas. A oração intercessora é também fruto do amor despertado por Deus em nosso coração. Enquanto igreja, somos chamados para fazer a diferença em um mundo que está caminhando em direção oposta aos propósitos do Criador. Muitas vezes, é mais fácil nos escondermos em nossos templos e evitar qualquer contato com as pessoas que entristecem a Deus. Todavia, essa não é a vontade do Pai. Cabe a nós, salvos em Cristo, sermos verdadeiros intercessores para que todos sejam alcançados e possam viver uma nova vida.

Interceder diante de Deus em favor daqueles que são justos e bons parece não ser uma tarefa tão difícil. Não obstante, orar em favor de homens maus e perversos não é nada fácil. É preciso ter amor, fé em Deus, obediência, temor, esperança de que o Senhor pode reverter toda e qualquer situação, por mais difícil que possa parecer; vemos que Abraão tinha todas essas qualidades. Os pecados cometidos pelos habitantes de Sodoma e Gomorra eram uma afronta à santidade de Deus. Os pecados eram tantos que já não havia mais limites para suas abominações. Diante dessa situação, muitos sofriam e estavam perdendo as esperanças de uma mudança de vida para aqueles homens. Abraão é levado a interceder por aquelas cidades e por quem lá habitava. Não importava se eles eram perversos, o patriarca sentiu a necessidade de buscar uma mudança em relação ao que viria a acontecer. Essa intercessão foi caracterizada como um momento ímpar: em um longo diálogo, uma sequência de pedidos mostrou como Abraão estava profundamente comovido pelo que estava prestes a acontecer.

O pecado em Sodoma e Gomorra havia alcançado os piores níveis, e tal condição nos lembra muito a que estamos vivendo na atualidade, pois a violência tomou conta das cidades, ou melhor, do mundo, e não importa a condição social ou política dos países. A vida humana parece ter perdido o valor e poucos são os que se importam com os altos índices de homicídios, de casos de pedofilia, de estupros, de violência doméstica e de tantos outros males. Para algumas pessoas, tudo não passa de dados estatísticos e muitos já não rogam a Deus em favor das cidades. Precisamos agir como intercessores, seguindo o exemplo de Abraão. 

Vivendo em meio ao pecado 

Nos tempos de Abraão, os homens já não mais estavam preocupados em seguir a Deus e seus preceitos. Como já vimos anteriormente, toda sorte de pecado reinava em muitas das cidades daquela região. A história bíblica nos mostra que Abraão fora chamado pelo Senhor para que deixasse sua cidade, Ur, e buscasse um lugar onde uma nova história seria escrita. Prontamente, a orientação divina foi atendida, porém, em pouco tempo, a região habitada por Ló estava imersa no pecado e a aplicação do juízo era apenas uma questão de tempo. Embora Abraão e Ló vivessem em meio a essas cidades ímpias, eles não deixaram se contaminar com o que lá havia. A comunhão mantida por ambos com Deus e a vida de oração que levavam os mantiveram a salvo das ameaças e dos pecados que os rodeavam. As cidades de Sodoma, onde Ló morava, e Gomorra estavam destinadas ao juízo por toda a perversidade de seus habitantes. No entanto, Deus, em sua infinita misericórdia, trouxe salvação aos justos. Deus é paciente e deve ter dado tempo para que as pessoas se arrependessem. Contudo, o dia do juízo do Deus santo chegou para aquelas cidades. Sabemos que Deus é justo e, um dia, nós vamos colher tudo aquilo que plantamos. As sementes espalhadas pelos habitantes daquelas cidades eram malignas, perversas, entretanto havia chegado a hora da colheita. Diante disso, Deus avisa a Abraão quanto à destruição que viria sobre os moradores das cidades de Sodoma e Gomorra. Diante da revelação do juízo de Deus, Abraão decide interceder em favor dos justos. Ele pergunta a Deus: “Destruirás também o justo com o ímpio?” (Gn 18.23). Abraão não estava tentando mudar a opinião de Deus, todavia vemos aqui a reflexão de um homem de fé, conhecedor da bondade e da justiça do Senhor. 

Vemos a atitude de um intercessor que se importava com o bem das pessoas, especialmente daquelas que buscavam servir ao Senhor. A compaixão e o amor são as características principais de um intercessor. Você tem demonstrado compaixão pelas pessoas que vivem em sua cidade? Tem rogado por elas como fez Abraão?  

O intercessor desenvolve um importante papel frente aos que estão imersos no pecado e sofrem as suas consequências. Conforme Cabral (2002),  aquele que intercede exerce um sacerdócio dado por Deus. Esse sacerdócio é percebido como uma obrigação sagrada e um privilégio em dirigir-se a Deus em favor dos que sofrem. Não importa quem sejam essas pessoas, Deus nos chama a interceder e a orar por elas. Ao olharmos a história vivida pelo patriarca, somos inspirados a ter o coração quebrantado para, com fé, orarmos pelos nossos próximos que carecem de intercessão. Sabemos que a humanidade, infelizmente, não consegue compreender o amor, a justiça e o juízo de Deus. Não obstante, o Senhor é justo, bom, paciente e pune o pecado. Até em seus julgamentos Deus é bom, pois Ele nos dá aquilo que semeamos. Cabe a nós, Corpo de Cristo, mostrarmos ao mundo quão justo, santo, agradável e amoroso é o Deus a quem servimos. Abraão nos ensina a interceder, com amor, bondade e persistência, por nossas cidades, pelos ímpios, por aqueles que zombam da nossa fé e da Igreja do Senhor, como também, por aqueles que são justos e bons. Muitas vezes, somos tentados a cair em uma armadilha bastante conhecida: o ato de julgar as pessoas e apontar apenas os defeitos, as incoerências e os erros delas. Essa prática é constantemente levada para o campo da oração, onde apenas apontamos essas falhas pedindo que as pessoas mudem. Mas é preciso ir além. Em nossas orações, devemos lembrar o quanto cada um é precioso para Deus e colocar o amor como eixo condutor dessa prática. Cada um de nós é salvo pela graça e pela misericórdia do Pai, e não porque fazemos coisas ou demonstramos competências. A salvação é um dom não merecido, porém nós a alcançamos pelo amor de Deus, manifesto no sacrifício de Jesus Cristo.

Se não fossem a graça e a misericórdia de Deus em nossas vidas, também seríamos alvo do juízo e da justiça do Senhor. Estaríamos perdidos, destinados à morte como os moradores de Sodoma e Gomorra. Por isso, vamos seguir o exemplo de vida de Abraão, fazendo da oração um estilo de vida.                                 

Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Jovens. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo. 

Lição 02 - 1º Trimestre 2021 - José, um Herói de Escravo a Governador - Primários.

 

Lição 2 - José, um Herói de Escravo a Governador 

1º Trimestre de 2021

Objetivo: Que o aluno compreenda que não deve desanimar diante das dificuldades, mas permanecer fiel a Deus.

Ponto central: Deus honra quem é fiel a Ele, mesmo em meio às dificuldades.

Memória em ação: “[...] Seja forte e corajoso! Não fique desanimado, nem tenha medo, porque eu, o Senhor, seu Deus, estarei com você [...]” (Js 1.9).

Querido (a) professor (a), quantas vezes ao longo da caminhada não passamos por situações tão difíceis, aparentemente intransponíveis, que chegamos a pensar que não iríamos suportar!? Lembre-se por uns momentos das fases mais árduas da sua trajetória, das suas maiores frustrações, derrotas, desertos áridos e tempestades violentas. Mas hoje você está aqui lendo essas linhas e só este fato já significa que não desistiu! Você é um milagre ambulante do Senhor! A Palavra dEle pregada em carne e osso. Por isso, não desanime! Assim como Ele te fez vencer todas essas coisas até aqui, continuará em muito mais além.

Deixamos para sua reflexão e devocional no preparo desta aula o hino 501 da nossa Harpa Cristã.

Vencendo Com o Bom Capitão

O que serve a Deus de coração, vence o mal;
Quem vencer terá um galardão eternal;
Ó não queiras mais desanimar, quando vier a provação;
Vencerá, quem puro conservar seu coração. 

Com todo o fervor, contra o tentador,
Vencerá então, co'o bom Capitão! 

Nada poderá a fé tirar, que dá Deus;
Pois seu povo sempre vai guiar para os céus;
Quem a Ele tudo confessar, nunca lutará em vão,Vencerá, quem puro conservar seu coração. 

Eis que as armas para combater vêm dos céus,
São as armas d'eficaz poder do bom Deus;
Com a espada pode pelejar e vencer a tentação,
Vencerá, quem puro conservar seu coração.

Deus honra quem é fiel a Ele, mesmo em meio às dificuldades. O maior desafio não é alcançar a vitória ou o sucesso segundo os padrões deste mundo, mas sim conservar PURO o seu coração, independente de qualquer pressão, dificuldade ou desdobramento dela.

O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula.

Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Primários da CPAD

Lição 02 - 1º Trimestre 2021 - A história do amigo de Deus - Berçário.

 

Lição 2 - A história do amigo de Deus 

1º Trimestre de 2021

 

Objetivo da lição: Levar a criança a reconhecer, através das atividades e exposições, Deus como o seu amigo.

É hora do versículo: “Abrão [...] partiu de Harã, como o Senhor havia ordenado” (Gênesis 12.4).

Nesta lição, as crianças aprenderão a história do homem que foi chamado "Amigo de Deus". Esse homem se chamava Abraão. Ele era muito obediente e fazia o que o Papai do Céu mandava e por isso sempre foi muito abençoado. A criança que obedece ao Papai do Céu, ao papai e à mamãe, também é mais feliz!  

Como complemento para esta lição, após realizar todas as atividades propostas no manual do professor, e caso ainda haja tempo, sugerimos que distribua uma folha com a imagem abaixo. Nela há o desenho de dois bebês: um chorando e outro feliz. Diga às crianças: "A criança que obedece ao Papai do Céu, ao papai e à mamãe, também é mais feliz!" Peça que circulem a criança feliz e risquem a criança triste. 

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Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

Verônica Araujo
Responsável da Revista Berçário

Lição 02 - 1º Trimestre 2021 - Sou do Papai do Céu - Maternal.

 

Lição 2 - Sou do Papai do Céu 

1º Trimestre de 2021

Objetivo da lição: Que a criança compreenda que pertencemos ao Papai do Céu. 

Para guardar no coração: “Antes, vocês não eram o povo de Deus, mas agora são o seu povo [...].” (1 Pe 2.10)

Seja bem-vindo 
“Chegue com antecedência à sala de aula para organizar as mesas e preparar o material, de modo que, quando os alunos chegarem, possam receber toda a sua atenção. Cante louvores ao Senhor e recolha as ofertas. Leve um bebê de brinquedo, uma manta e um cesto para a sala de aula e deixe em cima da mesa para despertar a atenção das crianças. Se perguntarem o que é, diga que logo explicará. Utilize os momentos iniciais para relembrar a aula passada. É importante repetir este procedimento no início de todas as aulas, a fim de dar continuidade ao que se aprendeu na aula anterior. Se necessário, mostre os visuais da aula anterior” (Fabiana Almeida).


Subsídio professor
“A criança de 3 e 4 anos é naturalmente curiosa, porque está “descobrindo o mundo”. E é por meio dos sentidos que ela toma conhecimento das coisas que a cercam, principalmente pela visão, que é muito ativa nesta fase. Por isto a sua aula deve ser rica em visuais – não apenas gravuras e objetos, mas também gesticulação, expressão facial e corporal do professor. Isto não significa, no entanto, que a criança contentar-se-á em ver as coisas que você leva para ilustrar a aula. Os demais sentidos também entram em ação, e ela tem necessidade de tocá-las, cheirá-las, levá-las à boca, experimentá-las. A caixa surpresa de hoje, por exemplo, explorará o sentido da visão, mas passada a surpresa, as crianças desejarão abrir a caixa e pegar a boneca. Não as proíba!

Procure ter um material resistente, que possa ser manuseado pelos alunos. Não se limite ao uso de figuras. Substitua-as, sempre que possível, por bonecos ou objetos que poderão ser tocados por eles” (Marta Doreto). 

Revista do aluno

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Até logo

Depois de repetir o versículo e o cântico do dia, encerre a aula com uma oração. Prepare as crianças para a saída. Quando os pais ou responsáveis forem buscar as crianças, recomende que, em casa, leiam a história bíblica de hoje para o(a) filho(a). Sugira que utilizem uma bíblia infantil. O texto bíblico da lição se encontra em Juízes 13.1-25. 

Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista de Maternal 

Lição 02 - 1º Trimestre 2021 - Na Casa do meu Amigo eu Louvo - Jd. Infância.

 

Lição 2 - Na Casa do meu Amigo eu Louvo 

1º Trimestre de 2021

 

Objetivos: Os alunos deverão entender que a igreja é o lugar de adorarmos o Papai do Céu; e saber se comportar na igreja. 

É hora do versículo: “Ó Senhor Deus, eu te louvarei com todo o coração [...].” (Sl 9.1).

Nesta lição, as crianças aprenderão, através da história da inauguração do Templo de Salomão, que a igreja é lugar de louvarmos a Deus. Através do louvor reconhecemos que o Papai do Céu é bom e nos ama.

Após realizar todas as atividades propostas na revista do professor e caso haja tempo, imprima a folha abaixo com a imagem do coração. Reforce o versículo do dia: “Ó Senhor Deus, eu te louvarei com todo o coração [...]” e por isso o nosso coração é feliz!Pergunte quem está com o coração feliz, mas tão feliz a ponto de cantar muito alto. Cante um corinho muito animado e de adoração a Deus. Distribua bolinhas de papel crepom de cores bem sortidas ou papel laminado vermelho picado para as crianças enfeitarem o coração bem bonito. Sugira que façam carinhas sorridentes no coração.

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Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

Verônica Araujo
Responsável pela Revista Jardim de Infância

Lição 02 - 1º Trimestre 2021 - Felizes os que confiam no Senhor - Juniores.

 

Lição 2 - Felizes os que confiam no Senhor 

1º Trimestre de 2021

Texto bíblico: Salmos 84.12; Mateus 6.25-34.

Prezado(a) professor(a),

Na lição desta semana seus alunos aprenderão que a confiança no Senhor é fundamental para lidar com a ansiedade. Estamos chegando à reta final do ano e neste período é natural que eles estejam ansiosos para concluir os estudos e iniciarem o período de férias. Fato é que a confiança em Deus é uma ferramenta poderosa para lidar com as preocupações da vida. Os discípulos vivenciaram dificuldades durante o período do ministério de Jesus que os deixaram muito ansiosos. Vez por outra, o Mestre os submetia a situações difíceis para testá-los ou mesmo para ensiná-los. Dentre as lições que Jesus ensinou estão o cuidado de Deus com relação às nossas necessidades materiais e a primazia do Reino de Deus na vida do crente (cf. Mt 6.19-34). O mesmo Deus que cuida da sua criação, espera receber a reverência e adoração devida ao seu nome. Ressaltar estes pontos em sala de aula é importante tendo em vista que o relacionamento com Deus é uma via de mão dupla. O Senhor almeja abençoar seus servos, mas também merece a consideração e fidelidade dos mesmos. Afinal de contas, não há outro Deus maior que o nosso Deus.

1. Deus supre as necessidades de seus servos. No Sermão da Montanha, Jesus ensinou várias verdades aos seus discípulos. Durante o exercício da pregação do evangelho, muitas preocupações surgiram na mente dos discípulos. Dentre as maiores preocupações estava aquela que diz respeito ao alimento e à vestimenta, necessidades básicas de sobrevivência para qualquer pessoa (cf. Mt 14.15,16; 6.31,32). Esta era uma dúvida que pairava sobre a mente dos discípulos: como iriam sobreviver apenas pela pregação do evangelho? Como poderiam acolher suas famílias e continuarem o serviço da pregação? Este era um projeto de Deus para a nova comunidade que surgiria futuramente: a igreja. Nela os discípulos de Jesus trabalhariam de maneira unificada e contribuiriam com o sustento um dos outros. Além disso, a obra ministerial seria sustentada pelos irmãos que tivessem condições de apoiar os missionários que estavam no campo (cf. At 2.44,45). De qualquer forma, era um chamado para viver pela fé, confiando na provisão do Senhor. Aproveite a ocasião para reforçar que Deus nos chama para ajudar no sustento da sua obra. Mostre com isso que as nossas ofertas devem ser doadas com amor tendo em vista o avanço do Reino de Deus.

2. A primazia do Reino de Deus na vida do crente. É importante enfatizar umas das principais lições que Jesus ensinou aos seus discípulos neste sermão. Buscar primeiramente o reino de Deus e a sua justiça deve ser prioridade de todo cristão (Mt 6.33). Por mais importantes que sejam as outras necessidades, dedicar atenção à causa do Reino é um compromisso que todos os discípulos de Jesus devem estar dispostos a assegurar. Os que querem fazer parte do Reino precisam entender que Deus deve assumir o primeiro lugar em suas vidas. Acontece que muitos buscam apenas receber suas bênçãos, quando na verdade, o que mais importa é ter comunhão com o Deus da bênção. Ensine seus alunos que o Senhor deseja abençoá-los, mas também observa o compromisso deles com a sua santa Palavra.

Confiar em Deus é um grande desafio, ainda mais para aqueles que ainda estão aprendendo a dar os primeiros passos na fé. Seus alunos, certamente estão nesta etapa de aprendizado, e é fundamental que entendam a realidade de modo honesto. Servir a Deus não é fácil e seus alunos devem encarar os fatos como eles realmente são. Viver pela fé é um grande desafio, pois importa ir à contramão do mundo, com suas vontades e oportunidades. Mostre que servir a Deus tem o seu lado prazeroso e recompensador. Os que servem a Deus com comprometimento não ficarão desamparados nem confundidos (cf. Sl 25.3).

Para reforçar a lição desta semana, sugerimos a seguinte atividade: utilize um pano para vendar os olhos de seus alunos. Divida a classe em duplas. Leve para a sala de aula pães, roupas, a Bíblia, frutas, doces e outras coisas materiais que você achar interessante utilizar. Cada dupla terá a sua oportunidade. Um dos alunos da dupla deverá ser vendado e conduzido apenas pela voz do seu amigo. Espalhe os objetos e alimentos sobre as mesas da sala. A regra é clara: o aluno ou aluna vendado não deve tocar nos bens materiais, apenas na Bíblia. Trace um percurso na sala e desenhe um círculo denominado Reino de Deus. A dupla que conseguir concluir o trajeto sem encostar-se nas mesas onde estão as coisas materiais, com exceção da Bíblia, vence a brincadeira. Ao final, distribua as frutas e doces para os alunos. Mostre com a atividade que aqueles que confiam em Deus e buscam o seu Reino em primeiro lugar recebem todas as coisas. 

Tenha uma boa aula!

Lição 02 - 1º Trimestre 2021 - O Convívio entre os irmãos - Pré Adolescentes.

 

Lição 2 - O Convívio entre os irmãos 

1º Trimestre de 2021

Texto bíblico: Salmos 133.1; Romanos 12.9,10.

Prezado(a) professor(a),

Na lição desta semana seus alunos estudarão a respeito da convivência entre irmãos. A Palavra de Deus trata esta temática desde o inicio da criação. Deus sempre quis que a harmonia reinasse na família, inclusive entre os irmãos. Infelizmente esta proposta não se concretizou devido à entrada do pecado no mundo (cf. Gn 3—4). Mesmo assim, o Senhor tornou a usar seus servos de tempo em tempo para exortar a respeito do amor ao próximo (cf. Is 58.6-8). Este ensinamento deve ser aplicado quanto ao amor entre os irmãos de uma mesma comunidade cristã, ou também com relação aos irmãos de sangue. Seja qual for o vínculo a convivência harmoniosa entre as pessoas faz parte do projeto de Deus para a humanidade.

Jesus ensinou um nível diferente de amor aos seus discípulos quando ainda estava com eles: “Eu lhes dou este novo mandamento: amem uns aos outros. Assim como eu os amei, amem também uns aos outros” (Jo 13.34). O apóstolo Paulo reforçou esta mesma mensagem aos cristãos de Roma: “Amem uns aos outros com o amor de irmãos em Cristo e se esforcem para tratar uns aos outros com respeito” (Rm 12.10). Tanto o Mestre quanto o apóstolo ensinaram não somente a respeito desse amor como também a qualidade com que os servos de Deus deveriam amar uns aos outros. Este é o maior testemunho que a igreja pode oferecer à sociedade a fim de alcançar os perdidos. Em um mundo onde prevalece o narcisismo e o egoísmo, somente o amor de Deus praticado pela igreja pode acolher os cansados e oprimidos, e trazer cura aos doentes. 

1. Um amor genuíno entre os irmãos. O amor ensinado, tanto por Jesus quanto pelo apóstolo Paulo, visava o bem-estar do próximo, seja no que diz respeito às suas necessidades materiais como também às espirituais. Esse amor envolve o tratamento mútuo, a solidariedade e a compaixão entre irmãos como pontos importantes para a convivência harmoniosa. O amor de Cristo não se resume aos espaços da igreja, antes é primordial para a convivência até mesmo entre os irmãos de sangue. O relacionamento familiar sadio é fundamental para a vida da igreja. Famílias onde a convivência é harmoniosa e os seus integrantes preocupam-se uns com os outros, contribuem para que a igreja seja um ambiente saudável, onde as pessoas cuidam umas das outras. Jesus ensinou um nível de amor diferente aos seus discípulos e fez isso a partir do seu próprio exemplo. Não se tratava de um amor que amava apenas aqueles que eram judeus, como havia sido ensinado pelos líderes em Israel, mas sim de um amor que perdoava até mesmo aqueles que lhes perseguiam ou faziam algum mal (cf. Mt 5.10-12). A excelência do amor de Cristo elevava a fé dos discípulos para um patamar maior de compromisso com a verdade.

2. Um testemunho verdadeiro que alcança vidas. A natureza do amor ensinado por Jesus ultrapassa o discurso vazio dos fariseus e vai ao encontro das necessidades mais essenciais da natureza humana. Mais importante do que serem conhecedores das verdades do reino celestial os discípulos deveriam praticar os ensinamentos de Cristo a fim de que o exemplo de convivência harmoniosa fosse o a luz de que o mundo precisava para ser salvo (cf. Jo 13.35). Assim também a igreja dos dias atuais — isso inclui o pré-adolescente cristão — deve ater-se ao pensamento de que a sua contribuição é fundamental para a construção de uma sociedade pacificada e harmonizada a partir do amor de Deus (cf. Jo 15.4,20,26,27). Infelizmente a intolerância, a falta de perdão e compaixão para com o próximo tem predominado em muitos relacionamentos, inclusive, entre familiares e irmãos da igreja. Todavia, o Senhor, que é o dono da obra, espera uma mudança de comportamento desta geração, e porque não começar com os pré-adolescentes. Esta é uma oportunidade que seus alunos terão de chamar a atenção da igreja e convidá-los a tomada de posição contra todo e qualquer pensamento ou atitude que contribua para uma convivência desarmoniza e conflituosa no seio da igreja (cf. 2 Co 10.5). Se a igreja é o sal da terra e a luz do mundo, esta verdade precisa começar a ser vivida a partir do nosso meio para que de fato a sociedade veja que o amor de Deus verdadeiramente prevalece em nossos corações (cf. Jo 17.22-24).

Para reforçar esta importante verdade aos seus alunos, sugerimos a seguinte atividade: elabore cartazes juntamente com seus alunos e apresente para toda a igreja ao final da sua aula. Nos cartazes deverão constar frases de apoio às verdades da Palavra de Deus, ao amor de Cristo e à harmonia do Espírito Santo na igreja. Expresse também frases de combate à falta de compaixão e comunhão entre os cristãos. Ressalte a importância de sermos uma igreja ativa que se importa com o próximo e não apenas prega a Palavra de Deus, mas também as pratica através de uma convivência harmoniosa.

Tenha uma boa aula!

Lição 02 - 1º Trimestre 2021 - A Manifestação da Graça de Deus - Adolescentes.

 

Lição 2 - A Manifestação da Graça de Deus 

1º Trimestre de 2021

ESBOÇO DA LIÇÃO   
1. O QUE É GRAÇA?   
2. A GRAÇA NO ANTIGO E EM O NOVO TESTAMENTO.   
3. A GRAÇA DE DEUS APRESENTADA EM ROMANOS.

TEXTO BÍBLICO: Romanos 5.12-21

DESTAQUE: “Mas existe uma diferença entre o pecado de Adão e o presente que Deus nos dá. De fato, muitos morreram por causa do pecado de um só homem; mas a graça de Deus é muito maior, e ele dá a salvação gratuitamente a muitos, por meio da graça de um só homem, que é Jesus Cristo.

OBJETIVOS
Explicar a graça de Deus revelada em Jesus;# Analisar a graça no Antigo e no Novo Testamento;
Demonstrar o conceito de graça na epístola aos Romanos;

Querido (a) Professor (a),

A paz do Senhor Jesus!

Nesta semana vamos estudar a maravilhosa doutrina da Graça de Deus. Para lhe auxiliar na construção desse conhecimento, selecionamos o texto do Pr Claiton Pommerening. 

A SALVAÇÃO PELA GRAÇA

O FAVOR IMERECIDO DE DEUS

1. Superabundante graça. Não há pecador, por pior que seja, que não possa ser alcançado pela graça divina, pois onde abundou o pecado, que foi exposto pela lei, superabundou a graça de Deus (Rm 5.20). Por meio da compreensão dessa maravilhosa graça, o apóstolo João escreveu: “se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o Justo” (1 Jo 2.1).

2. Fé e graça. A graça opera mediante a fé no sacrifício vicário de Cristo Jesus. Ambas, fé e graça, atuam juntamente na obra de salvação: a graça, o presente imerecido de Deus; a fé, a contrapartida humana à obra de Cristo. Nesse sentido, não é a fé que opera a salvação, mas a graça de Deus que atua mediante a fé do crente no Filho de Deus (Rm 3.28; 5.2; Fp 3.9).

3. A graça não é salvo conduto para pecar. Segundo o ensino das Sagradas Escrituras, a graça jamais pode ser vista como um salvo conduto para a prática do pecado ou da libertinagem (Gl 5.13). Pelo contrário, a graça de Deus nos convoca à obediência ao doador da graça, pois quando se ama fazemos de tudo para agradar a pessoa amada. Por isso, o amor de Cristo nos “constrange” (2 Co 5.14) a fazer algo que agrade ao Pai (1 Ts 4.1). Logo, quem é alcançado pela graça compreende o quanto somos devedores a Deus e aos irmãos (Rm 13.8) e, por isso, desejamos amar o outro como Cristo amou (Jo 13.35). Os que estão sob a liberdade da graça vivem a santidade que reflete a beleza de Cristo no homem interior, onde este se revela vivo para Deus, mas morto para o pecado (Rm 6.11,13).

O ESCÂNDALO DA GRAÇA

1. Seria a graça injusta? Se comparada com a humana, a justiça divina é imensamente perdoadora. Nesse aspecto, e sob a ótica humana, a graça se torna injusta. Por esse motivo, e de acordo com o apóstolo Paulo, a graça pode ser denominada de escandalosa (Cl 2.14; Ef 2.8,9). Pelo fato de a graça depender exclusivamente de Deus, pois não há merecimento por parte do recebedor, o apóstolo enfatiza a impossibilidade de a graça e a lei “andarem juntas”, pois ambas são excludentes: “porquanto pelas obras da lei nenhuma carne será justificada” (Gl 2.16); pois como diz Atos dos Apóstolos: “mas cremos que seremos salvos pela graça do Senhor Jesus Cristo” (15.11). Logo, pela lei é impossível o pecador se salvar, mas dependendo única e exclusivamente da maravilhosa graça de Deus, ele encontrará descanso para a alma (Mt 11.28-30).

2. A divina graça incompreendida. Nos dias do apóstolo Paulo, muitos não compreenderam seus ensinamentos sobre a graça de Deus (2 Pe 3.15,16). Por isso, ao longo da história da Igreja, dois extremos estiveram presentes acerca da compreensão da graça: (1) Liberdade total para pecar (Rm 6.1,2); (2) a impossibilidade de receber tão valioso presente (Gl 5.4,5). O primeiro, naturalmente, leva a pessoa à libertinagem. Entretanto, a Palavra de Deus mostra que maior castigo sobrevirá sobre os que profanarem o sangue do pacto e ultrajarem o Espírito da graça (Hb 10.29). O segundo extremo se refere ao perigo do legalismo, a ideia de que para ser salvo por Deus é preciso dar algo em troca. Tal atitude pode levar o crente ao orgulho espiritual (Ef 2.8-10) e gerar toda sorte de comportamentos hipócritas (Mt 23.23).

3. Se deixar presentear pela graça. Humanamente é impossível o crente alcançado pela graça retribuir a Deus tão grande salvação. Se fosse possível, já não seria graça, favor imerecido; mas mérito pessoal. O que tiraria de Deus a autoria divina da salvação. Em nosso relacionamento com Ele, quem tem mérito é seu Filho, Jesus Cristo (Fp 2.9-11). Assim, os que compreendam o favor inefável de Deus, mediante sua graça, devem deixar-se presentear por ela. Quem compreende o que significa ser justificado por Deus se permite “embalar nos braços de amor e de perdão” do Pai. Para os filhos de Deus, cônscios do valor da graça do Pai, tudo é presente, tudo é dádiva, tudo é favor imerecido! Portanto, deixe-se presentear pela graça de Deus!    

Boa Aula!!

Flavianne Vaz 
Editora responsável pela Revista Adolescentes da CPAD.

Fonte: Texto extraído de Lições Bíblicas Adultos, 1º Tri de 2017, editado pela CPAD.

Lição 02 - 1º Trimestre 2021 - O Fundamento da Igreja - Juvenis.

 

Lição 2 - O Fundamento da Igreja 

1º Trimestre de 2021

ESBOÇO DA LIÇÃO
1. CRISTO FUNDOU A IGREJA.
2. O NASCIMENTO DA IGREJA.
3. A PROMESSA DA VOLTA DO SENHOR.

OBJETIVOS
Apresentar
 a Cristo como o fundamento da Igreja;
Discutir a ação do Espírito Santo sobre a Igreja e o seu papel na fundação dela;
Refletir sobre a fundação da Igreja e a promessa da volta do Senhor.

Querido (a) professor (a), 

É crucial que seus alunos percebam seus ensinamentos refletidos em sua postura, impregnados na sua maneira de viver. Ao longo deste trimestre estaremos abordando o tema “Igreja, o Corpo de Cristo”. Como está sua relação com sua igreja? Com os membros deste Corpo? E com respeito à sua vida, enquanto Igreja do Senhor em pessoa nesta terra?

Independente do tempo que temos de caminhada cristã, estas questões precisam ser levantadas e analisadas com o mesmo zelo e fervor de outrora, no primeiro amor. Até porque muitas vezes as suas atitudes falam mais alto aos seus juvenis do que os seus discursos, por mais bem preparada que seja sua aula. 

Por isso, antes de transmiti-los esta lição, se for o caso, conserte-se com sua comunidade, reconcilie-se com algum irmão, caso seja necessário. Faça isso em prol de si mesma, de sua comunhão com Cristo, e também em prol do Corpo, da instituição que o próprio Jesus fundou e instituiu sobre si mesmo, sendo sua pedra angular.

Jesus se referia a si mesmo como a si mesmo como “a pedra que os edificadores rejeitaram”. Embora fosse rejeitado pela maioria dos líderes religiosos judaicos, Ele se transformara na coluna fundamental de um edifício espiritual, a Igreja (At 4.11,12). A pedra fundamental era usada como base para assegurar que as outras que formavam um edifício estivessem niveladas a prumo. Da mesma forma a vida e os ensinamentos de Jesus são o fundamento da Igreja (...)

A pedra angular une duas paredes no canto de um edifício, mantendo-o estável. Pedro disse que os judeus rejeitaram Jesus, mas Ele era a Pedra angular da Igreja (Sl 118.22; Mc 12.10; 1Pe 2.7) Sem Jesus a Igreja não existiria; não seria capaz de resistir às pressões (externas e também internas). (Bíblia de Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, p. 1319, 1484).

O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula!

Paula Renata Santos
Editora responsável pela Revista Juvenis

sexta-feira, 8 de janeiro de 2021

Lição 02 - 1º Trimestre 2021 - A Atuação do Espírito Santo no Plano da Redenção - Adultos.

 

Lição 02 – A Atuação do Espírito Santo no Plano da Redenção 

1º Trimestre de 2021

ESBOÇO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
I – O ESPÍRITO SANTO COMO PROMESSA
II – O ESPÍRITO SANTO CONSOLA E ENSINA
III – O ESPÍRITO SANTO REPROVA E CONVENCE O MUNDO 
CONCLUSÃO

OBJETIVO GERAL
Ensinar que o Espírito Santo atua no plano de redenção.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
I – Desenvolver o ensino sobre o Espírito Santo como promessa nas Escrituras;
II – Destacar o Espírito Santo como o “Consolador” e “Ensinador”;
III – Asseverar que o Espírito Santo tanto reprova como convence o mundo.

PONTO CENTRAL
O Espírito Santo atua de maneira contínua e dinâmica para a salvação.


Vejamos o que o comentarista da lição, pastor Esequias Soares, discorre sobre O Espírito Santo como Promessa

“A pergunta dos discípulos: ‘Será este o tempo em que o Senhor irá restaurar o reino a Israel?’ (At 1.6) é muitas vezes interpretada como se eles ainda não tivessem a real compreensão do reino de Deus antes do dia de Pentecostes, quando foram cheios do Espírito Santo. Às vezes interpretamos assim, e não está errado, mas devemos admitir que a pergunta deles fazia sentido, há uma interpretação possível, que merece atenção, visto que geração judaica contemporânea de Jesus associava a vinda do Espírito Santo ao fim dos tempos (Is 44.3; Ez 37.14; 39.29, Jl 2.28-32). Ao ouvir Jesus falar sobre a vinda do Espírito, a pergunta dos discípulos era óbvia e mais do que natural. A expectativa messiânica do povo estava associada ao Espírito. A primeira metade do evangelho de João menciona o Espírito Santo apenas quatro vezes ao passo que na segunda metade, à medida que a morte de Jesus vai se aproximando, o Espírito vai se tornando cada vez mais o ponto mais central. Os capítulos 14 a 16 revelam o papel, a função e a natureza do Espírito Santo com mais detalhes. A maior parte dessa pneumatologia diz respeito ao relacionamento do Consolador com o crente; no entanto, 16.8-11 trata do seu relacionamento com o mundo, ou seja, com as pessoas em geral. Jesus disse que precisava voltar ao Pai para a vinda do Consolador: ‘é melhor para vocês que eu vá, porque, se eu não for, o Consolador não virá para vocês’ (Jo 16.7). A vinda do Espírito Santo está vinculada à obra expiatória do Calvário (At 2.33). Jesus deixa claro que precisava voltar ao Pai para o que o Consolador pudesse vir. Essas palavras dizem respeito à morte, à ressurreição e ao retorno de Cristo ao Pai. Era essa a condição para a vinda do Consolador. Quando Jesus disse, antes, na Festa dos Tabernáculos: ‘Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva’ (Jo 7.38), o evangelista João esclarece que Jesus estava falando do Espírito Santo: ‘Isso ele disse a respeito do Espírito que os que nele cressem haviam de receber; pois o Espírito até aquele momento não tinha sido dado, porque Jesus ainda não havia sido glorificado’ (v. 39). João está dizendo que está chegando o momento, e o Espírito virá como resultado, ou consequência completa do Calvário, por isso o Espírito ainda não havia sido dado (At 2.33). O que Jesus tinha ainda para ensinar aos seus discípulos, eles não poderiam suportar sem o Espírito (Jo 16.12). O Espírito Santo habita em todos os crentes, somos moradas dele (1 Co 3.17; 6.19). Quem não tem o Espírito não é cristão (Rm 8.9). Mas isso não funcionava assim nos tempos do Antigo Testamento, a atuação dele era restrita às pessoas vocacionadas e escolhidas por Deus para uma obra específica como Gideão, Sansão, Davi (Jz 6.34; 14.6; 1 Sm 16.13). Mas, na dispensação da graça, o Espírito Santo está em todos os crentes, e isso foi prometido por Deus por meio dos profetas do Antigo Testamento (Is 44.3; Jl 2.28-30). A promessa da vinda do Espírito Santo vem desde o Antigo Testamento e dela falou João Batista e foi com certa frequência reiterada pelo Senhor Jesus. O discurso sobre a vinda do Consolador em João 16.8-11 fala do relacionamento do Espírito Santo com o mundo, ou seja, as pessoas em geral. Há diversas profecias messiânicas diretas no Antigo Testamento como Isaías 55 e o salmo 22, entre outras; no entanto, a ideia cristológica não se restringe a esses vaticínios e ocupa todo o pensamento das Escrituras Hebraicas. Os escritores do Novo Testamento reconhecem a presença e a obra de Cristo na história da redenção (Os 11.1; Mt 2.15), nas suas instituições e festas de Israel (Êx 25.8; Jo 1.14; Hb 5.4-5; Êx 12.3-13; Lc 22.15; 1Co 5.7). As profecias messiânicas incluem também a promessa do Espírito Santo. A tríplice função, criar, salvar e julgar, é atividade exclusiva de Deus, e os primitivos escritores cristãos não se cansavam de enfatizar essas obras em Cristo. Essas atividades divinas são reveladas também na Pessoa do Espírito na criação do céu e da terra (Gn 1.2; Sl 104.30) e do ser humano (Jó 33.4). O Espírito exerce a função de juiz (Jo 16.8-11) e inspira os profetas (2 Pe 1.19-21). As obras do Espírito continuam na atualidade na igreja, na experiência conhecida dos pentecostais pela manifestação dos dons espirituais miraculosos (1 Co 12.4-11) bem como na vida individual com o fruto do Espírito (Gl 5.22). É por meio dele que glorificamos a Jesus. A missão central do Espírito é revelar o Cristo ao pecador, seu ministério traz glória ao Filho. Jesus disse a seu respeito: ‘Ele me glorificará, porque há de receber o que é meu’ (Jo 16.14).”

Texto extraído da obra “O Verdadeiro Pentecostalismo: A Atualidade da Doutrina Bíblica sobre a Atuação do Espírito Santo”.

Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

Verônica Araujo
Setor de Educação Cristã


Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Adultos. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.